LEVANTAMENTO DIAGNÓSTICO
REGIÃO OESTE - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
CULTURA
Em 1985, através da Lei Municipal nº 3.050, foi criada a Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) para administrar
a política cultural do Município de São José dos Campos em substituição ao antigo Departamento de Cultura da
Prefeitura, e em conjunto com o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e
Cultural do Município de São José dos Campos (COMPHAC), criado através da Lei Municipal n° 2.869 de 1984, trabalha
para a preservação dos patrimônios material e imaterial, avaliando a importância de cada bem cultural do Município, bem
como quanto aos cuidados necessários para a salvaguarda-los. A grande maioria dos patrimônios edificados do Município
está inserida na Região Central. A Região Oeste, por ter uma ocupação mais recente, não possui edificações históricas,
apenas um único Patrimônio Histórico definido pela Lei Municipal nº 4.943 de 1996: a Estação Ferroviária Limoeiro. O
local, que faz parte da memória da época cafeeira, foi construído em 1926 e está abandonada desde a década de 1990,
como é possível comparar entre seus tempos áureos e atualmente nas imagens 11 e 12, e aguarda restauros prometidos
pela prefeitura.
O Sistema Municipal de Cultura (SMC), aprovado pela Lei Municipal nº 9.343 de 2016, é uma forma de gestão
compartilhada de políticas públicas de cultura que garante a participação da comunidade. Desde 1993, a Lei de Incentivo
Fiscal à Cultura é um instrumento de financiamento público por meio de renúncia fiscal para projetos artístico-culturais.
Na Região Oeste, o único equipamento de desenvolvimento cultural é a Biblioteca Pública Hélio Pinto Ferreira, que com
acervo de aproximadamente 13 mil títulos, possui local para acesso à internet e área para a leitura.
São José dos Campos promove o turismo cultural através dos circuitos regional, nacional e internacional. Possuindo
vários instrumentos para desenvolvimento da cultura, o Município ainda peca na questão cultural na Região Oeste com a
quantidade ínfima de bens culturais e falta de cuidados dos que existem. Conurbada com Jacareí, a região poderia ser um
pólo regional de cultura se houvesse interesse político para tanto.
RENDA
De acordo com o Censo Demográfico (IBGE, 2010), São José dos Campos é o 16º Município com maior renda per
capita do Estado de São Paulo, com a média de R$ 984,00, empatado com São Bernardo do Campo. O Portal Atlas Brasil,
ilustra o crescimento da renda em São José dos Campos entre os censos de 2000 e 2010, conforme gráfico da imagem 13,
e obteve crescimento de 27% em 10 anos, maior que o crescimento do estado de 23%.
A Região Oeste é a de maior renda no Município, de acordo com dados do Relatório Atlas das Condições de Vida em
São José dos Campos (2004). Nele o território está dividido em setores socioeconômicos, e a maioria dos domicílios dos
setores da Região Oeste são classificados como classe A e B, conforme imagem 14. No Setor Urbanova/Aquarius mais de
60% dos domicílios apresentam rendas maiores de 10 salários mínimos. Isso indica que a população destes setores
possuem maior poder aquisitivo e que a aglomeração de pessoas de alta renda se atribui aos loteamentos de alto padrão
nas áreas de adensamento mais recente.
QUALIFICAÇÃO IDHM
Desde as bases, a educação de São José dos Campos é referência. Partindo da alfabetização, o Relatório Atlas das A medição do desenvolvimento de uma localidade, que antes se dava pelo
Condições de Vida em São José dos Campos (2004) mostra que 96,4% da população urbana de 15 anos ou mais sabe ler e Produto Interno Bruto (PIB) que indicava apenas o crescimento econômico, hoje
escrever, acima do percentual do Brasil (90%) e do Estado de São Paulo (94%) de acordo com dados do Censo (2000). A se dá pelo IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, que mede três dimensões
Região Oeste possui a menor quantidade de pessoas não-alfabetizadas, como se vê na imagem 15. O relatório afirma consideradas fundamentais para o desenvolvimento: saúde (longevidade),
ainda que da população com idade para o ensino fundamental, entre 7 a 14 anos, 99% frequenta a escola e entre 15 a 19 educação (conhecimento) e renda (dignidade). O IDHM é o índice adaptado às
anos 72% de frequência e 25% para 20 a 24 anos. No Relatório São José em Dados (2016), com dados do Censo Escolar de realidades municipais e usa os dados do Censo Demográfico realizado pelo IBGE
2014, é indicado que haviam aproximadamente 32 mil matrículas em ensino infantil, 82 matrículas em ensino (2010) para calcular os indicadores que variam entre 0 (mínimo) e 1 (máximo) para
fundamental e 34 mil matrículas no ensino médio. de cada uma das dimensões.
O Relatório São José em Dados (2016) mostra dados de 2015 do Ministério do Trabalho e Emprego onde somam O índice é dividido em faixas do desenvolvimento humano municipal, sendo
194.753 empregados em São José dos Campos, sendo a maioria do setor de serviços (50,7%), seguido de indústria (22%), elas: 0 a 0,499 - muito baixo desenvolvimento humano, 0,500 a 0,599 - baixo
comércio (20,4%) e construção (6,9%). O Relatório Atlas das Condições de Vida em São José dos Campos (2004) tem a desenvolvimento humano, 0,600 a 0,699 - médio desenvolvimento humano e
divisão do emprego por regiões com dados de 2003, onde na Região Oeste se mantém a realidade do restante do 0,700 a 0,799 - alto desenvolvimento humano e 0,800 a 1 - muito alto
Município, com serviços em primeiro, seguido de indústria e comércio, conforme imagem 16. desenvolvimento humano. Com dados do último censo, o IDHM de São José dos
Campos é de 0,807, caracterizado como desenvolvimento humano muito alto.
Esse resultado mostra o aumento na qualidade de vida para a população se
comparado com os índices referentes à 1991 de 0,607 (médio desenvolvimento
humano) e à 2000 de 0,739 (alto desenvolvimento humano).
Na Região Oeste, como se vê na imagem 18, a grande parte do território se
enquadra no índice de desenvolvimento muito alto, apenas possuindo nível médio
na região industrial e da APA Rio Paraíba do Sul.
O Qualifica São José é um programa municipal de capacitação para o mercado de trabalho, onde são aprimoradas
as habilidades do trabalhador para executar funções específicas que o mercado de trabalho necessita, permitindo que as
empresas contratem mão de obra qualificada.
Há em São José dos Campos uma grande quantidade de instituições de ensino superior de renome (ITA, UNIFESP,
UNESP, FATEC), incluindo universidades privadas (UNIVAP, UNIP, ETEP, Anhanguera, FAAP) e uma parceria entre a
Prefeitura e a Universidade Aberta do Brasil (UAB) para ampliar a oferta de vagas no ensino superior a distância. O
Município possui uma das melhores estruturas de pesquisa e desenvolvimento do Estado de São Paulo e isso acaba Estando em 24º no ranking do país e 12º do estado, é possível dizer que São
atraindo pessoas de toda a região, estado e até país para se qualificar, além de atrair muitas empresas uma vez que José dos Campos possui uma boa qualidade de vida. Com bons índices em todas
possuindo mão de obra qualificada em inovação se consegue um diferencial decisivo no mercado. Na Região Oeste está
inserido o Campus Urbanova da UNIVAP, a sede e principal infraestrutura, onde estão instaladas boa parte das
as dimensões (saúde - 0,855, educação - 0,764 e renda - 0,804) o Município pode
ser considerado um bom lugar para se viver.
Faculdades, o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, a Incubadora de Empresas, o Parque Tecnológico, Laboratórios e
outras áreas destinadas ao desenvolvimento educacional e intelectual.
São José dos Campos tem grande importância regional na questão qualificação, podendo ser considerada o pólo da ANÁLISE SWOT
educação superior da região.
Fatores Internos - Forças Fatores Internos - Fraquezas
DEMOGRAFIA
alto índice de qualidade de vida para a demanda por equipamentos culturais;
No último Censo (IBGE, 2010) São José dos Campos possuía uma população de 629.921 pessoas, e em razão da sua população; alta renda per capita; boa densidade demográfica má distribuída,
área territorial de 1.099,409 km² a densidade demográfica era de 572,96 hab/km². A estimativa do IBGE para a população estrutura de educação resultando em problemas de habitação
em 2020 é de 729.737 pessoas, o que resultaria numa densidade demográfica de 663,75 hab/km², com um aumento de
15,84% da população em 10 anos. Fatores Externos - Oportunidades Fatores Externos - Ameaças
O aumento expressivo da população se dá em conta
dos atrativos de trabalho e educação do Município, que é Atrativas oportunidades de emprego e migração de pessoas resulta em maior
considerado o centro da Região Metropolitana do Vale do qualificação para toda a região demanda de infraestrutura e
Paraíba e Litoral Norte. A migração se dá por conta da planejamento
oportunidade de emprego e qualificação profissional,
através das indústrias e das universidades.
Como é possível ver na imagem 17, com dados
demográficos do Censo 2010, a Região Oeste do
Município tem a grande maioria do território com baixo
adensamento populacional. Os grandes setores em
amarelo, com menos de 4.000 habitantes por quilômetro
quadrado, são as áreas industriais (entorno da Rodovia
Presidente Dutra), área de proteção ambiental (do Rio
Paraíba do Sul) e as áreas residenciais de alto padrão
(Urbanova). Portanto, baixo adensamento como
resultado das diretrizes de uso e ocupação do solo.