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SUBSTITUIÇÃO

TRIBUTÁRIA

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

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INTRODUÇÃO

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A substituição tributária é caracterizada pelo deslocamento da
responsabilidade pelo pagamento do ICMS, relativo a determinadas
operações ou prestações, para um sujeito que não pratica o fato
gerador do imposto.

O contribuinte-substituto é aquele ao qual, por força de lei, lhe é


imputada a responsabilidade de reter e recolher o imposto relativo ao
fato gerador praticado por terceiros.

Regra geral, o contribuinte-substituto é o industrial, o importador, o


arrematante de mercadoria importada e o detentor de regime
especial de tributação.

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O contribuinte-substituído é aquele cuja lei designa como realizador
da hipótese de incidência (fato gerador), mas a responsabilidade pelo
recolhimento do tributo é atribuída a outro.

Na responsabilidade por substituição o dever de recolher é imputado,


diretamente por lei, a uma pessoa não envolvida diretamente com o
fato gerador, mas que mantém com o substituído uma relação que
lhe permita a compensação da substituição.

Existe ainda a figura do contribunte-substituto eventual ou


contribuinte-substituído intermediário, que se refere ao contribuinte
anteriormente substituído e que assume a condição de contribuinte-
substituto relativamente ao ICMS antecipado da operação posterior.

Isso ocorre na substituição tributária sem liberação ou quando o


contribuinte-substituído realiza operações interestaduais.

O contribuinte-substituído que receber, de dentro ou de fora do


Estado, mercadoria sujeita à substituição tributária, que tenha sido
feita a retenção a menor ou sem que tenha sido feita a retenção total
na operação anterior, fica solidariamente responsável pelo
recolhimento do imposto que deveria ter sido retido. Fica também
responsável pelo recolhimento do ICMS relativo à substituição
tributária, o contribuinte deste Estado que adquirir mercadoria sujeita
à substituição tributária de contribuinte de Unidade da Federação
não-signatária de protocolo ou convênio.

O ICMS Substituição Tributária (ICMS-ST) será cobrado “por fora” por


permissão de Convênios e Protocolos específicos, ao contrário do
ICMS Normal que se encontra incluído no preço da mercadoria.

Na aplicação das regras relativas à substituição tributária, quando


houver a indicação simultânea da descrição do produto e da
respectiva classificação na Nomenclatura Brasileira de Mercadorias -
NBM/SH, deverá prevalecer a sua descrição, limitada aos produtos
relacionados na referida classificação.

O regime de substituição tributária dos produtos identificados por


meio NBM/SH, enquanto vigente, continua aplicável ainda que os
respectivos códigos tenham sido alterados ou indicados sem
corresponderem ao produto discriminado.

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Ou seja, as reclassificações, agrupamentos e desdobramentos de
códigos da NBM/SH não implicam inclusão ou exclusão das
mercadorias e bens classificados nos referidos códigos no regime de
substituição tributária, permanecendo aidentificação dos produtos
pela NBM/SH original até que o convênio ou protocolo seja alterado.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO DA SUBSTITUIÇÃO


TRIBUTÁRIA
A substituição tributária alcança as operações internas e
interestaduais de determinados produtos na forma que dispõem os
Convênios e Protocolos celebrados entre os Estados para esta
finalidade, e, conforme dispõe a legislação estadual, o regime
também pode ser aplicado, mesmo na ausência de convênio ou
protocolo, em relação a determinadas mercadorias e apenas em
operação de âmbito interno.

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APLICABILIDADE E INAPLICABILIDADE DA SUBSTITUIÇÃO
TRIBUTARIA

HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Define o art. 1º, da Parte 1 do Anexo XV do RICMS/MG, que, ocorre a


substituição tributária, quando o recolhimento do imposto devido:

•pelo alienante ou remetente da mercadoria, ficar sob a


responsabilidade do adquirente ou do destinatário da mercadoria ou
do usuário do serviço – (ST Antecedente)

•pelo prestador do serviço de transporte ficar sob a responsabilidade


do alienante ou do remetente da mercadoria ou de outro prestador de
serviço – (ST Concomitante)

•pelo adquirente ou destinatário da mercadoria ficar sob a


responsabilidade do alienante ou do remetente, nas hipóteses de
entrada ou recebimento em operação interestadual de:

a) mercadoria para uso, consumo ou ativo permanente;

b) petróleo, de lubrificante e combustível líquido ou gasoso dele


derivados ou de energia elétrica, quando não destinados à
comercialização ou à industrialização do próprio produto, ainda que o
adquirente ou destinatário não seja inscrito como contribuinte deste
Estado;

pelos adquirentes ou destinatários da mercadoria, pelas operações


subseqüentes, ficar sob a responsabilidade do alienante ou do
remetente da mercadoria – (ST Subsequente)

pelo depositante da mercadoria, em operações anteriores ou


subseqüentes, ficar sob a responsabilidade do depositário

O contribuinte-substituto subroga-se em todas as obrigações do


substituído, relativamente às operações/prestações internas.

A substituição tributária não exclui a responsabilidade do


contribuinte-substituído na hipótese do documento fiscal próprio não
indicar o valor do imposto objeto da substituição, quando o
respectivo destaque for exigido pela legislação tributária.

O regime de substituição tributária pode ser adotado apenas por um


Estado, neste caso abrangendo os contribuintes nele situados, ou por
várias Unidades da Federação, mediante a celebração de um acordo

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(convênio ou protocolo). Portanto, o regime de substituição tributária
nas operações interestaduais aplica-se às operações que envolvam
Estados signatários do mencionado acordo. Entretanto, poderá ser
concedida a condição de contribuinte-substituto ao remetente situado
em Unidade da Federação não signatária de convênio ou protocolo de
ICMS, mediante Regime Especial concedido pelo Estado.

Convênios: são atos celebrados nos termos da Lei Complementar nº


24/1975, pelo CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária),
assinados pelos representantes de todos os Estados e do Distrito
Federal, que deliberam sobre a concessão de benefícios,incentivos
fiscais e regimes de tributação, que terão aplicação nas operações
internas e interestaduais.

Protocolos: são atos celebrados no âmbito do CONFAZ, assinados


apenas por alguns dos Estados, para determinar a aplicação de
benefícios, incentivos fiscais e regimes de tributação, nas operações e
prestações internas e interestaduais.

Nas hipóteses de aquisição interestadual de mercadoria sujeita ao


regime de substituição tributária, sem a retenção antecipada do
imposto o estabelecimento atacadista/distribuidor ou o varejista
passam a ser, em caráter excepcional, responsáveis pelo
recolhimento do imposto antecipadamente.

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ESPÉCIES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - ANTECEDENTE

Popularmente conhecida como substituição tributária “para


trás”, esta modalidade aplica-se, quando o imposto devido
pelo remetente ou alienante da mercadoria ficar sob a
responsabilidade do destinatário. Esta sistemática, acoberta
as operações com Diferimento, seja ele legalmente
reconhecido, ou concedido por meio de Regime Especial de
Tributação. Nesta modalidade, o substituto tributário
recolhe o imposto relativo às operações anteriores

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HIPÓTESES EM QUE É APLICÁVEL

Com definição no art. 7°, da Parte Geral do RICMS/MG,


ocorre o Diferimento, nas situações em que o lançamento e
recolhimento do imposto incidente na operação com
determinada mercadoria ou sobre a prestação de serviço
forem transferidos para operação ou prestação posterior.
Ou seja, este instituto, representa o adiamento do
pagamento do imposto para uma etapa posterior, cujos
eventos são pré-determinados na legislação do ICMS.

O diferimento aplica-se somente às operações e prestações


internas, nas hipóteses relacionadas no Anexo II do
RICMS/MG, podendo ser estendido a outras operações ou
prestações, mediante regime especial autorizado pelo
Diretor da Superintendência de Legislação e Tributação
(SLT).

Como exceção, o diferimento não se aplica às operações ou


prestações promovidas por microempresa ou empresa de
pequeno porte.

As hipóteses de substituição tributarias antecedentes estão


elencadas no Anexo II do RICMS/MG como passíveis de
diferimento.

ESPÉCIES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - CONCOMITANTE

Esta é uma modalidade menos comum, aplica-se a


determinados casos onde é atribuída a terceiros a
responsabilidade pelo pagamento do imposto, sendo que

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essa atribuição de responsabilidade ocorre no mesmo
momento em que ocorre o fato gerador do imposto.

O caso mais comum de ST concomitante acontece nas


prestações de serviço de transporte realizado por
AUTÔNOMOS, por EMPRESAS NÃO INSCRITAS NO
CADASTRO DE CONTRIBUINTES DO ICMS NO ESTADO em
que a atividade for iniciada, inclusive TRANSPORTADOR DE
OUTRO ESTADO, ainda que optantes pelo Simples Nacional,
tendo em vista o disposto na alínea “a” do inciso XIII do §
1º do art. 13 da Lei Complementar nº 123/2006.

Mas, com o advento do Decreto nº 46.591, de 4 setembro


de 2014, não mais se aplica a substituição tributária às
prestações praticadas pelo transportador inscrito no
cadastro de contribuintes deste Estado. Assim, em todas as
prestações praticadas pelo transportador inscrito no
Cadastro de Contribuintes do ICMS, ele próprio será
responsável pelo recolhimento do ICMS devido, conforme
seu regime de apuração do imposto. Ressalte-se que
prevalecem as hipóteses de isenção do imposto, tanto na
prestação interna de serviço de transporte rodoviário
intermunicipal de cargas, quanto na prestação de serviço
de transporte rodoviário interestadual de cargas, que
tenham como tomador do serviço contribuinte do imposto
inscrito no cadastro de contribuintes deste Estado, nos
termos dos itens 144 e 199, ambos da Parte 1 do Anexo I
do RICMS/02.

Na hipótese de alienante ou remetente que seja


microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo
Simples Nacional, a responsabilidade somente se aplica em
se tratando de estabelecimento industrial.

Destaque-se que não se aplicara a substituição tributaria


caso o transportado rrecolha o imposto antes de iniciar a
prestação.

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ESPÉCIES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – SUBSEQUENTE

Subsequentes – também conhecida como substituição


“para frente” ou “progressiva”,refere-se às operações ou
prestações futuras. Como é uma tributação antecipada não
se tem o preço exato, assim, para o cálculo do valor do
ICMS, a legislação estabelece, por produto, um percentual
de agregação (Margem de valor agregado - MVA) à base de
cálculo. Neste tipo de substituição, normalmente é o
primeiro da cadeia de comercialização - o fabricante, o
importador ou o arrematante - quem tem a atribuição de
recolher o ICMS relativo às operações subsequentes, até a
saída destinada a consumidor ou usuário final.

Essa é a hipótese mais conhecida e refere-se à substituição


tributária com retenção do imposto por antecipação. Nessa
modalidade, determinado contribuinte da cadeia produtiva
e/ou comercial fica responsável pela retenção e pelo
recolhimento do imposto incidente nas operações
subsequentes com a mesma mercadoria, até que chegue ao
consumidor final.

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Em relação ao diferencial de alíquota

Na entrada, em operação interestadual, de mercadorias


destinadas a uso, consumo ou ativo permanente do
adquirente, o valor a recolher serácalculado mediante
aplicação do percentual relativo a diferença entre aalíquota
interna e a interestadual sobre a respectiva base de calculo.

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CFOP :

1.406 e 2.406 – Compra de bem para o ativo imobilizado


cuja mercadoria esta
sujeita ao regime de substituição tributaria

1.407 e 2.407 – Compra de mercadoria para uso ou


consumo cuja mercadoria
esta sujeita ao regime de substituição tributaria.

SUBSEQUENTE -Em relação ao diferencial de alíquota

RICMS/2002 Anexo XV

Art. 12.
[..] e responsável, na condição de sujeito passivo por
substituição, pela
retenção e pelo recolhimento do ICMS devido nas
operações subsequentes.

§ 2o A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se


também ao imposto devido na entrada, em operação
interestadual iniciada em unidade da Federação com a qual
Minas Gerais tenha celebrado protocolo ou convênio para a
instituição de substituição tributária, das mercadorias
submetidas ao regime de substituição tributária
relacionadas na Parte 2 do Anexo XV, e destinadas a uso,
consumo ou ativo imobilizado do destinatário.

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HIPÓTESES EM QUE NÃO SE APLICA A ST:

1 - às operações, inclusive de importação e de aquisição


em licitação promovida pelo poder público, que destinem
mercadorias submetidas ao regime de substituição
tributária a estabelecimento industrial fabricante da mesma
mercadoria, assim entendida a classificada no mesmo
Código Especificador da Substituição Tributária - CEST -,
hipótese em que a retenção do imposto devido por
substituição tributária será realizada no momento da saída
da mercadoria;

2 - às operações promovidas por estabelecimento industrial


em retorno ao estabelecimento encomendante da
industrialização, hipótese em que a este é atribuída a
responsabilidade pelo recolhimento do imposto a título de
substituição tributária;

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Na hipótese do inciso acima em se tratando de
encomendante estabelecimento não-industrial, a apuração
do imposto a título de substituição tributária será efetuada
no momento da entrada da mercadoria no estabelecimento
encomendante, salvo na hipótese prevista no § 6º do
Anexo XV.

Para os efeitos do disposto no inciso 2, retorno ao


estabelecimento encomendante compreende as remessas
das seguintes mercadorias ao encomendante:

I - mercadoria produzida pelo industrial com emprego de


produto recebido do encomendante;

II - mercadoria produzida pelo industrial, com a marca


comercial de propriedade de outra pessoa ou do
encomendante, ainda que o industrial não tenha recebido
produto do encomendante.

3 - às transferências promovidas entre estabelecimentos do


industrial fabricante, exceto quando destinadas a
estabelecimento varejista, hipótese em que a
responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto
recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da
mercadoria com destino a outro contribuinte;

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4 - às operações que destinem mercadorias a
estabelecimento industrial para emprego em processo de
industrialização como matéria-prima, produto intermediário
ou material de embalagem, desde que este
estabelecimento não comercialize a mesma mercadoria
(não se considera industrialização a modificação efetuada
na mercadoria pelo estabelecimento comercial para atender
à especificação individual do consumidor final.”);

5 - às operações que destinem mercadorias submetidas ao


regime de substituição tributária a contribuinte detentor de
regime especial de tributação de atribuição de
responsabilidade, na condição de substituto tributário, pela
retenção e recolhimento do ICMS devido pelas saídas
subsequentes, concedido pelo Superintendente de
Tributação, exceto em relação às mercadorias constantes
dos capítulos 1, 3 a 7, 13 e 23 a 26, todos da Parte 2 do
Anexo XV;

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6 - às mercadorias discriminadas em item da Parte 2 do
Anexo XV para as quais haja previsão de isenção do ICMS
nas operações internas, subsistindo o regime de
substituição tributária apenas em relação às demais
mercadorias constantes do item.

7 - às operações com mercadorias produzidas em escala


industrial não relevante, observado o disposto no art. 18-A
do Anexo XV;

8 - às operações realizadas entre estabelecimentos de


empresas interdependentes, conforme previsão em
dispositivos específicos da legislação tributária mineira.

OBS. Nas operações a que se refere o inciso 2 do artigo 18


do Anexo XV, com as mercadorias enquadradas na NBM/SH
nos códigos 02.01, 02.02, 02.03, 02.04, 02.05.00.00,
02.06, 02.07, 02.09, 02.10,(Carnes e miudezas,
comestíveis ) 0504.00, 15.01, 15.02, 1601.00.00 e 16.02,(
Outros produtos de origem animal, não especificados nem
compreendidos noutros Capítulos. O estabelecimento cuja
atividade principal cadastrada na Secretaria de Estado de

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Fazenda de Minas Gerais seja classificada na CNAE 4634-
6/01, 4634-6/02 ou 4634-6/99( comercio atacadistas)será
o responsável pela retenção do imposto devido a título de
substituição tributária no momento da saída dessas
mercadorias.

Ressalvado o disposto nos itens 4 e 7 acima mencionados


a Inaplicabilidade da Substituição Tributária não se aplica
às operações interestaduais destinadas a contribuintes
deste Estado com as mercadorias especificadas nos itens
83.0 a 87.2 do Capítulo 17 da Parte 2 do anexo XV do
RICMS.

NÃO SE CONSIDERA INDUSTRIALIZAÇÃO

Art. 222, Inciso II – Industrialização é qualquer operação


que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento,
a apresentação ou a finalidade do produto ou o aperfeiçoe
para o consumo

(...) § 6° - Não se considera industrialização a produção ou


o preparo de produtos alimentares na residência do
preparador ou em estabelecimentos comerciais, tais como
hipermercado, supermercado, restaurante, bar, sorveteria,
confeitaria e padaria, desde que, cumulativamente:

a) Os produtos se destinem a venda direta a consumidor;

b) Não tenha havido recolhimento do IPI.

DA RESPONSABILIDADE DO ALIENANTE OU DO REMETENTE


DA MERCADORIA PELO IMPOSTO DEVIDO NAS OPERAÇÕES
SUBSEQÜENTES OU NA ENTRADA DE MERCADORIA EM
OPERAÇÃO INTERESTADUAL
O estabelecimento industrial situado neste Estado ou nas
unidades da Federação com as quais Minas Gerais tenha
celebrado protocolo ou convênio para a instituição de
substituição tributária mesmo que o imposto tenha sido
retido anteriormente, nas remessas das mercadorias

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submetidas ao regime de substituição tributária
relacionadas na Parte 2 do Anexo XV, para estabelecimento
de contribuinte deste Estado, é responsável, na condição de
sujeito passivo por substituição, pela retenção e pelo
recolhimento do ICMS devido nas operações subsequentes.

As unidades da Federação com as quais Minas Gerais tenha


celebrado protocolo ou convênio para a instituição de
substituição tributária, por mercadoria ou grupo de
mercadorias, são as identificadas na Parte 2 do Anexo XV

O regime de substituição tributária alcança somente as


mercadorias constantes dos itens vinculados aos
respectivos capítulos nos quais estão inseridas.

As mercadorias passíveis de sujeição ao regime de


substituição tributária relativo às operações subsequentes
são todas as mercadorias relacionadas na Parte 2 deste
anexo, nos termos do Convênio ICMS 142, de 14 de
dezembro de 2018.artigo 12-A do Anexo XV do RICMS

As mercadorias submetidas ao regime de substituição


tributária relativo às operações subsequentes neste Estado
são apenas aquelas para as quais foi instituído tal regime,
conforme o âmbito de aplicação constante da Parte 2 deste
Anexo. Artigo 12-B do Anexo XV do RICMS

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RELAÇÃO DAS MERCADORIAS MENCIONADAS NO
CONVÊNIO ICMS 142, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2018

RESPONSABILIDADE SOLIDARIA

Com regulamentação no art. 124 do Código Tributário


Nacional, são solidariamente obrigadas as pessoas que
tenham interesse comum na situação que constitua o fato
gerador da obrigação principal e/ou aquelas em que a lei
designar.

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A “SOLIDARIEDADE” é polêmica e muito discutida em
âmbito administrativo e judicial.

RESPONSABILIDADE SUPLETIVA DO ADQUIRENTE

O contribuinte mineiro, inclusive o varejista, destinatário de


mercadoria relacionada na Parte 2 do Anexo XV, em
operação interestadual, é responsável pela apuração e pelo
recolhimento do imposto devido a este Estado, a título de
substituição tributária, no momento da entrada da
mercadoria em território mineiro, quando a
responsabilidade não for atribuída ao alienante ou ao
remetente.Artigo 14 do Anexo XV do RICMS

A responsabilidade prevista acima aplica-se também ao


estabelecimento depositário, na operação de remessa de
mercadorias para depósito neste Estado.

O estabelecimento destinatário de mercadoria relacionada


na Parte 2 do Anexo XV, inclusive o varejista, é responsável
pelo imposto devido a este Estado a título de substituição
tributária, quando o alienante ou o remetente, sujeito
passivo por substituição, não efetuar a retenção ou efetuar
retenção a menor do imposto. ( Artigo 15 do Anexo XV do
RICMS )

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FALTA DO GNRE

A responsabilidade prevista No disposto acimaaplica-se


também ao destinatário de mercadoria desacompanhada do
comprovante de recolhimento, na hipótese em que o
imposto deveria ter sido recolhido por ocasião da saída da
mercadoria.

O disposto neste artigo não se aplica quando o destinatário


adquirir mercadoria de estabelecimento alienante ou
remetente mineiro, detentor de regime especial de
tributação de atribuição da responsabilidade pela retenção
e recolhimento do imposto devido por substituição
tributária, e não tiver acesso às informações necessárias à
conferência do preço de partida da mercadoria para a
formação da base de cálculo do imposto devido por
substituição tributária.”.(§2 do Artigo 15 do Anexo XV do
RICMS

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA E O DIFERENCIAL DE ALIQUOTA.

Esclareça-se, inicialmente, que a substituição tributária é o


instituto jurídico que atribui a determinado contribuinte a
responsabilidade pelo pagamento do imposto incidente na
saída de mercadoria, em razão do fato gerador presumido,
assim considerado como a ocorrência de operações
subsequentes tributadas à alíquota interna no Estado de
situação do adquirente, implicando a retenção do imposto.

A responsabilidade prevista no artigo 12ª do Anexo XV


aplica-se também ao imposto devido na entrada, em
operação interestadual iniciada em unidade da Federação
com a qual Minas Gerais tenha celebrado protocolo ou
convênio para a instituição de substituição tributária, das
mercadorias submetidas ao regime de substituição
tributária relacionadas na Parte 2 deste Anexo, e
destinadas a uso, consumo ou ativo imobilizado do
destinatário.

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O regime de substituição tributária alcança somente as
mercadorias constantes dos itens vinculados aos
respectivos capítulos nos quais estão inseridas.”.

Convém lembrar que nas operações e prestações


interestaduais sujeitas ao ICMS há normas específicas em
sede constitucional que determinam os percentuais de
alíquota aplicáveis conforme o destinatário e a destinação
que esse dará à mercadoria.( EC 87/2015 ).

Assim, caso a mercadoria ou a utilização de serviço se


destinar ao consumo final por parte do adquirente,
contribuinte do ICMS, aplica-se a alíquota interestadual e
esse deverá efetuar o recolhimento do valor relativo à
diferença entre a alíquota interna e a interestadual para o
Estado de sua localização.

Na entrada, em operação interestadual, de mercadorias


submetidas ao regime de substituição tributária destinadas
a uso, consumo ou ativo imobilizado do adquirente, o valor
calculado na forma prevista no inciso I do § 8º do art. 43
C/C 20 inciso II DO Anexo XV deste Regulamento.

Ainda, entende-se como consumo final o processo que


retira a mercadoria do ciclo produtivo ou econômico, ou
seja, que não mais irá circular com intuito comercial,
fixando-se no destinatário como um bem para uso,
consumo ou ativo permanente.

Vide responsabilidade quando a mercadoria for destinada a


consumidor final com a nova redação dada pela Emenda
Constitucional 87/2015.

Para definição da tributação aplicável na saída de


mercadoria descrita na Parte 2, Anexo XV do RICMS/02,
tendo em vista as regras aplicáveis ao regime de
substituição tributária, a Consulente deverá se ater às
informações prestadas pelo adquirente relativamente à

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destinação da mercadoria. Para tanto, poderá utilizar-se de
declaração do adquirente.

É importante ressaltar que o conteúdo da declaração


poderá ser objeto de verificação fiscal.

Reitere-se, finalmente, que a Consulente deverá observar a


sistemática da substituição tributária, conforme acima
explicitado, também em relação às mercadorias destinadas
a uso, consumo ou ativo permanente por seus clientes.

SUBSTITUIÇAO TRIBUTARIA INTERNA/OPERAÇAO


INTERESTADUAL/ MATERIAL DE USO E CONSUMO

Em relação á substituição tributária interna, em operação


interestadual, quando a mercadoria destinar ao uso e
consumo ou ativo do contribuinte adquirente não se
aplicará a substituição tributária.

Neste caso, o contribuinte adquirente mineiro, deverá


recolher o ICMS relativo ao diferencial de alíquota, quando
devido em DAE – distinto Código 317-8, no mesmo prazo
de suas operações próprias.

FUNDAMENTOS DO CÁLCULO DO DIFAL POR DENTRO

A partir de 2018 como será o cálculo do ICMS devido a


titulo de Diferencial de Alíquotas em relação aos bens e
mercadorias submetidos ao regime de substituição
tributária?

O Confaz através do Convênio ICMS 142 de 2018


estabeleceu nova regra de cálculo do ICMS devido a título
de diferencial de alíquotas nas operações com bens e
mercadorias sujeitos a substituição tributária destinados ao
uso, consumo e ativo imobilizado do adquirente.

Com o advento do Convênio ICMS 142 de 2018, a partir de


2019 O CONFAZ estabelece novas regras para adição do
imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna
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a consumidor final estabelecida na Unidade Federada de
destino para o bem ou a mercadoria e a alíquota
interestadual;

Dessa forma, o cálculo será realizado da seguinte maneira,


observando o exemplo hipotético:

Valor da Operação: R$ 1.000,00

ALIQ intra: 18%

ALIQ inter: 7%

Diferencial de alíquotas: 11% = 1-11%= 0,89

R$ 1.000,00 / 0,89 = R$ 1.123,60 x 11% = R$ 123,60


(Valor DIFAL

CÁLCULO DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO DE MINAS


GERAIS QUANDO A RESPONSABILIDADE COUBE AO
ADQUIRENTE.

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CÁLCULO DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO QUANDOA
RESPONSABILIDADE COUBE AO REMETENTE.

FEM

O Decreto nº 46.927/2015 dispõe sobre o adicional de dois


pontos percentuais na alíquota do ICMS, com vistas a
financiar o Fundo de Erradicação da Miséria - FEM, previsto
no § 1° do art. 82 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias da Constituição da República e no art. 12-A da
Lei nº 6.763/1975, na redação dada pela Lei nº
21.781/2015.

Conforme estabelece o referido decreto, o adicional de


alíquota deve ser aplicado nas operações internas que
tenham como destinatário consumidor final, contribuinte
ou não do ICMS, realizadas até 31 de dezembro de 2019,
com as seguintes mercadorias:
I - cervejas sem álcool e bebidas alcoólicas, exceto
aguardente de cana ou de melaço;

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II - cigarros, exceto os embalados em maço, e produtos de
tabacaria;
III - armas classificadas nas posições 93.02, 93.03, 93.04 e
93.07 da NBM/SH;
IV - refrigerantes, bebidas isotônicas e bebidas energéticas;
V - rações tipo pet;
VI - perfumes, águas-de-colônia, cosméticos e produtos de
toucador, assim consideradas todas as mercadorias
descritas nas posições 33.03, 33.04, 33.05, 33.06 e 33.07
da NBM/SH, exceto xampus, preparados antissolares e
sabões de toucador de uso pessoal;
VII - alimentos para atletas, assim considerados os
constantes dos incisos III a VIII do art. 4º da Resolução da
Diretoria Colegiada (RDC) nº 18, de 27 de abril de 2010 da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
VIII - telefones celulares e smartphones;
IX - câmeras fotográficas ou de filmagem e suas partes o
acessórios;
X - as varas de pesca, anzóis e outros artigos para a pesca
à linha, bem como as iscas e chamarizes (exceto os das
posições 92.08 e 97.05), classificados na posição 95.07 da
NBM/SH;
XI - equipamentos de som ou de vídeo para uso
automotivo, inclusive alto- falantes, amplificadores e
transformadores.
Ressalte-se que o adicional de alíquota deve ser aplicado
também nas operações interestaduais que tenham como
destinatário consumidor final, contribuinte ou não do ICMS,
e na retenção ou no recolhimento do ICMS devido por
substituição tributária, inclusive nos casos em que o
estabelecimento do responsável esteja situado em outra
unidade da Federação, nos termos do art. 3º do DECRETO
Nº 46.927, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2015

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DOS BENS E MERCADORIAS PASSÍVEIS DE SUJEIÇÃO

AO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Cláusula vigésima do Convênio 142/2018 estabelece:

Os bens e mercadorias passíveis de sujeição ao regime de


substituição tributária são os identificados nos Anexos II ao
XXVI, de acordo com o segmento em que se enquadrem,
contendo a sua descrição, a classificação na Nomenclatura
Comum do Mercosul baseada no Sistema Harmonizado
(NCM/SH) e um CEST.

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CÁLCULO DO IMPOSTO RELATIVO ÀS
OPERAÇÕES/PRESTAÇÕES SUBSEQUENTE.

Na substituição tributária “para frente”, considerando que o


fato gerador da operação tributada ainda não ocorreu, o
imposto é cobrado antecipadamente com base em “fato
gerador presumido” respaldado na suposição de que a
operação subsequente seja interna e tributada.

São elementos de composição do ICMS-ST:

– MVA.

Alíquota

Será aplicada a alíquota interna do Estado de destino,


portanto a alíquota do Estado do contribuinte-substituído.
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Crédito Fiscal

O crédito fiscal será o valor correspondente ao ICMS de


responsabilidade direta (ICMS normal) destacado no
documento fiscal do contribuinte-substituto.

Regras Específicas:

A BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO PARA FINS DE


SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA É:

Operações Subseqüentes (ICMS/ST “Para Frente”):

I - Em relação às operações subsequentes:

a) Tratando-se de mercadoria submetida ao regime de


substituição tributária cujo preço final a consumidor, único
ou máximo, seja fixado por órgão público competente, o
preço estabelecido;

b) Tratando-se de mercadoria submetida ao regime de


substituição tributária que não tenha seu preço fixado por
órgão público competente, observada a ordem:

1. O preço médio ponderado a consumidor final (PMPF)


divulgado em portaria da Superintendência de Tributação
(cimento, refrigerantes, água mineral, cerveja, chope);

2. O preço final a consumidor sugerido ou divulgado pelo


industrial ou pelo importador; ou

3. O preço praticado pelo remetente acrescido dos valores


correspondentes a descontos concedidos, inclusive o
incondicional, frete, seguro, impostos, contribuições,
royalties relativos a franquia e de outros encargos
transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionado da
parcela resultante da aplicação sobre o referido montante
do percentual de margem de valor agregado - MVA -
estabelecido para a mercadoria submetida ao regime de
31
substituição tributária relacionada na Parte 2 deste anexo e
observado o disposto nos §§ 5º a 8º;

4 MVA Ajustada

Nas operações interestaduais com as mercadorias


relacionadas nos itens da Parte 2 do Anexo XV, quando o
coeficiente a que se refere o inciso IV do parágrafo 5 do
artigo 19 do Anexo XV for maior que o coeficiente
correspondente à alíquota interestadual, para efeitos de
apuração da base de cálculo com utilização de margem de
valor agregado (MVA), esta será ajustada à alíquota
interestadual aplicável, observada a fórmula “MVA
ajustada.

32
SIMPLES NACIONAL

Cláusula décima primeira do convênio 142/2018

§ 1º Nas hipóteses em que o contribuinte remetente seja


optante pelo Simples Nacional, será aplicada a MVA prevista
para as operações internas na legislação da unidade federada
de destino ou em convênio e protocolo.

RETRONO DE MERCADORIA INDUSTRIALIZADA POR ENCOMENDA

A base de cálculo é o custo da mercadoria, assim


considerados todos os valores incorridos, tais como os
relativos à industrialização, aquisição de matéria-prima,
embalagem, frete, seguro e tributos, adicionado da parcela
resultante da aplicação sobre o referido montante do
33
percentual de margem de valor agregado (MVA)
estabelecido para a mercadoria na Parte 2 deste Anexo e
observado o disposto nos §§ 5º a 8º deste artigo.

BASE DE CÁLCULO REDUZIDA DO ICMS

Ressalte-se que, quando houver redução de base de cálculo


para as operações subsequentes, a dedução, a título de
crédito, deverá ser proporcional à redução da base de
cálculo da substituição tributária efetuada, conforme
determinação contida no § 1º, art. 70,do RICMS, salvo
determinação sobre a manutenção de créditos.

34
Em se tratando de operação de importação em que o
imposto, a título de substituição tributária, seja apurado no
momento da entrada da mercadoria no estabelecimento, o
percentual de margem de valor agregado (MVA) será
aplicado sobre o valor que serviu de base de cálculo do
imposto na importação.
APURAÇÃO DO ICMS
(+) Valor da 7.000,00
mercadoria

(+) valor do IPI 700,00


(+) Valor do 300,00
Imposto de
Importação
(+) despesas
aduaneiras 200,00

PIS/COFINS 2.000,00
(=) valor de partida 10.200,00
(/) 0,82*
(=) Base de 12.439,00
cálculo
(x) Alíquota de importação
(18%)
(=) ICMS relativo à 2.239,00
importação

Dividimos por 0,82, que corresponde a 100% - 18%, para


incluir o montante do ICMS na sua base de cálculo.
ICMS ANTECIPADO

Valor de partida 12.439,00


(+) Agregação de 3.731,70
30%
(=) BASE DE 16.170,70
CÁLCULO
(x) Alíquota (18%)
(=) ICMS total 2.970.72
(-) ICMS relativo à 2.239,00
importação
( =) ICMS 671,72
antecipado

35
NÃO INCLUSÃO DO VALOR DO FRETE NA BASE DE
CÁLCULO

Não sendo possível incluir o valor do frete, seguro ou outro


encargo na composição da base de cálculo, o
estabelecimento destinatário recolherá a parcela do
imposto a eles correspondente, aplicando a alíquota interna
prevista para a mercadoria sobre o valor do frete, seguro
ou outro encargo, acrescido do percentual de margem de
valor agregado estabelecido para a respectiva mercadoria.

EXEMPLO :

Valor do frete referente aquisição de lápis de escrever e de


colorir código NBM/SH – 9609.10.00/Subitem 19.18:

R$ 1.000,00

Margem de valor agregado do produto 29,89%

Alíquota interna do produto 18%

Cálculo:

R$ 1.000,00 X 29.89% = R$ 298,90

R$ 1.000,00 + R$ 298,90 = R$ R$ 1.298,90

R$ 1.298,90 X 18% = R$ 233,00

Substituição tributaria subseqüente implica em dois


cálculos, um referente ao imposto da própria operação e
outro referente ao imposto retido, que por se tratar de uma
etapa a ser vencida, é calculado de forma presumida.A
apuração do preço na ponta do ciclo econômico é a
essência do mecanismo.

Fórmula prática para o Valor do ICMS/ST a recolher


O valor do ICMS/ST deve ser calculado a cada operação
de saída de mercadoria sujeita à substituição tributária.
Para efeitos didáticos, podemos usar seguinte fórmula
prática para o cálculo do seu valor:

36
ICMS/ST = (Alíquota Interna UF destino x Base Cálculo ST) - ICMS
próprio

Sendo:
ICMS/ST: o valor do imposto devido por substituição
tributária, a ser destacado no campo próprio da nota fiscal
de saída da mercadoria sujeita à substituição tributária;
Alíquota Interna: percentual de 12%, 18%, 25% ou 30%,
conforme previsão da legislação para a respectiva
mercadoria;
Base de Cálculo ST:valor dabase de cálculo da
substituição tributária de acordo com a Parte 2 Anexo XV
do RICMS/2002, a ser destacado no campo próprio da
nota fiscal de saída da mercadoria;
ICMS próprio: o correto valor do ICMS devido pela própria
operação, destacado na nota fiscal de saída do remetente
da mercadoria, conforme dispuser a legislação tributária
da unidade da Federação onde está localizado o seu
estabelecimento.
Exemplificando, consideremos a seguinte operação
hipotéticas:

OPERAÇÃO:

Empresa Industrial Alpha Ltda:

a) venda de pneus novos para automóveis de passageiro;

b) classificação fiscal NCM/SH 4011.10.00, com IPI de


20%;

c) destinatário: Empresa Atacadista Betha Ltda;

d) operação interestadual de MG para o ES;

e) alíquota interestadual do ICMS de 7%;

f) alíquota interna do ICMS de 17%;

g) quantidade: 300 unidades;

h) valor unitário: R$ 40,00;


37
i) valor total dos produtos: R$ 12.000,00;

j) valor do frete: R$ 20,00;

k) valor do seguro: R$ 12,00;

l) margem de valor agregado de 42%;

m) valor total da NF: R$ 17.081,58;

n) operação sujeita ao regime de Substituição Tributária


nos termos do Convênio ICMS nº 85/1993.

1 Exemplo de apuração do ICMS (substituição tributária):

O ICMS (substituição tributária) será apurado conforme o


exemplo a seguir:

Valor da Operação (...) R$ 12.000,00

IPI (alíquota de 20%) (...) R$ 2.406,40

Frete (...) R$ 20,00

Seguro (...) R$ 12,00

--------------------

R$ 14.438,40

1.1.1. Cálculo do ICMS da operação própria:

- Base de cálculo = R$ 12.032,00;

- ICMS (alíquota interestadual) = 7%;

- ICMS = R$ 12.032,00 x 7% = R$ 842,24.

1.1.2. Cálculo do ICMS da substituição tributária:

- Base de cálculo (substituição tributária) = (R$ 12.000,00


+ R$ 2.406,40 + R$ 20,00 + R$ 12,00) = R$ 14.438,40 +
MVA (42%) = R$ 14.438,40 + R$ 6.064,12 = R$
20.502,52;

38
- ICMS (alíquota interna) = 17% ;

- ICMS (substituição tributária) = [Base de cálculo


(substituição tributária) x ICMS (alíquota interna)] - ICMS
(alíquota interestadual) = [R$ 20.502,52 x 17%] - R$
842,24 = R$ 3.485,42 - R$ 842,24 = R$ 2.643,18

1.1.3. Valor total da nota fiscal:

Valor da Operação (...) R$ 12.000,00

IPI (alíquota de 20%) (...) R$ 2.406,40

Frete (...) R$ 20,00

Seguro (...) R$ 12,00

ICMS (substituição tributária) (...) R$ 2.643,18

--------------------

R$ 17.081,58

1.2. Exemplo de Emissão da nota fiscal:

A nota fiscal do contribuinte substituto, considerados os


dados apurados, deverá ser emitida, por ocasião da venda
da mercadoria, conforme o exposto na legislação tributária
de cada Unidade da Federal, sendo, regra geral, conforme
abaixo se exemplifica:

39
40
O IMPOSTO A RECOLHER A TÍTULO DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
SERÁ:
I - em relação às operações subseqüentes, o valor da
diferença entre o imposto calculado mediante aplicação da
alíquota estabelecida para as operações internas sobre a
base de cálculo definida para a substituição e o devido pela
operação própria do contribuinte remetente;

II - na entrada, em operação interestadual, de mercadorias


submetidas ao regime de substituição tributária destinadas
a uso, consumo ou ativo imobilizado do adquirente, o valor
calculado conforme a fórmula “ICMS ST DIFAL = [(V oper -
ICMS origem) / (1 - ALQ interna)] x ALQ interna - (V oper x
ALQ interestadual)”,
onde:
a) “ICMS ST DIFAL” é o valor do imposto correspondente à
diferença entre a alíquota interna a consumidor final
estabelecida neste Estado para a mercadoria e a alíquota
interestadual;
b) “V oper” é o valor da operação interestadual, acrescido
dos valores correspondentes a frete, seguro, impostos,
contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados
do destinatário;”
c) “ICMS origem” é o valor do imposto correspondente à
operação interestadual, destacado no documento fiscal de
aquisição;
d) “ALQ interna” é a alíquota interna estabelecida neste
Estado para as operações com a mercadoria a consumidor
final;
e) “ALQ interestadual” é a alíquota estabelecida pelo
Senado Federal para a operação.
Para efeito do disposto no item I do disposto acima, na
hipótese em que o remetente for microempresa ou
empresa de pequeno porte, deverá ser deduzido, a título de
ICMS da operação própria, o resultado da aplicação da
alíquota interna ou interestadual sobre o valor da
respectiva operação.”.
É vedada a compensação de débito relativo a substituição
tributária com qualquer crédito do imposto decorrente de
entrada de mercadoria ou de utilização de serviço.

41
LIMITES DO CRÉDITO DE ICMS

Nas entradas, em operação interestadual, com mercadorias


sujeitas à substituição tributária relacionadas no Anexo
Único da Resolução 3.166 de 11 de julho de 2001 o crédito
do ICMS a ser abatido será limitado ao percentual de
creditamento informado no Anexo Único dessa Resolução,
conforme exemplo a seguir:

1 – ESPÍRITO SANTO
1.9 Instrumentos musicais e seus acessórios Crédito
presumido de 5%
(Art. 494, I e 495, I do RICMS/ES)

Crédito Admitido
7% s/ BC
NF emitida a partir de 01/03/1999

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - CRÉDITO DO IMPOSTO

Em observância ao princípio da não-cumulatividade do


imposto previsto no art. 62 do RICMS/02, O contribuinte
que receber mercadoria com o imposto retido por
substituição tributária ou que tenha recolhido o imposto sob
o referido título em virtude da entrada da mercadoria em
território mineiro ou no momento da entrada da mercadoria
em seu estabelecimento e não destiná-la à comercialização,
poderá apropriar-se, sob a forma de crédito, do valor do
imposto que incidiu nas operações com a mercadoria(§ 8º
art. 66, parte Geral do RICMS.

42
RESTITUIÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

RESTITUIÇÃO DE ICMS/ST

NOVIDADES NO JUDICIÁRIO (DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL


FEDERAL)

CONTRIBUINTE TEM DIREITO A DIFERENÇAS EM REGIME DE


SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA, DECIDE STF

Foi concluído pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento do Recurso


Extraordinário (RE) 593849, com repercussão geral reconhecida, no qual foi
alterado entendimento do STF sobre o regime de substituição tributária do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O Tribunal entendeu que o contribuinte tem direito à diferença entre o valor do


tributo recolhido previamente e aquele realmente devido no momento da
venda.

O julgamento foi retomado com o pronunciamento do ministro Ricardo


Lewandowski, o último a votar,acompanhando a posição majoritária definida
pelo relator da ação, ministro Edson Fachin. Segundo o voto proferido
por Lewandowski, o tributo só se torna efetivamente devido com a ocorrência
do fato gerador, e a inocorrência total ou parcial exige a devolução, sob pena
de ocorrência de confisco ou enriquecimento sem causa do Estado.

Fonte:http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?id

RESTITUIÇÃO DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Com regulamentação expressa nos arts. 22 a 31, da Parte 1 do Anexo XV do


RICMS/MG, terá direito à restituição do Imposto sobre Operações relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação por substituição tributária
(ICMS–ST) o contribuinte que recolheu, em favor do Estado de Minas Gerais, o
imposto correspondente a FATO GERADOR PRESUMIDO QUE NÃO SE
REALIZOU.

Nas seguintes situações:

O estabelecimento que receber mercadoria sujeita a substituição


tributária poderá ser restituído do valor do imposto pago, quando
com a mercadoria ocorrer:

I - saída para outra unidade da Federação;

II - saída amparada por isenção ou não-incidência;

III - perecimento, furto, roubo ou qualquer outro tipo de perda.


43
O valor do imposto pode ser restituído mediante:

- Ressarcimento junto a sujeito passivo por substituição inscrito no


Cadastro de Contribuintes do ICMS deste Estado;

- Abatimento de imposto devido pelo próprio contribuinte a título de


substituição tributária;

- Creditamento na escrita fiscal do contribuinte.

APROPRIAÇÃO DOS CRÉDITOS DE ICMS/ST NA OPERAÇÃO


PROPRIA
De acordo com o disposto no artigo 66 §§ 10 e 10A Na nova redação
pelo Decreto 47.621 de DE 28 DE FEVEREIRO DE 2019 (MG de
01/03/2019):
“Art. 66 - (...)
§ 10 - Na hipótese de restituição do valor do imposto pago a título de
substituição tributária correspondente a fato gerador presumido que
não se realizou, nos termos dos incisos I e II do caput do art. 23 da
Parte 1 do Anexo XV, o contribuinte, quando for o caso, poderá se
creditar do imposto relativo à operação própria, desde que observado
o disposto no art. 25 da Parte 1 do Anexo XV, caso em que os
lançamentos realizados não implicam o reconhecimento da
legitimidade dos créditos.”.

§ 10-A - Para fins do disposto no § 10, o contribuinte emitirá Nota


Fiscal Eletrônica - NF-e - em seu próprio nome contendo, nos campos
próprios, as seguintes indicações, vedada qualquer indicação no
campo destinado ao destaque do imposto:

I - como natureza da operação: “Restituição de ICMS OP”;

II - como CFOP, o código 1.949;

III - no grupo “Dados do Produto”, uma linha contendo o valor a ser


restituído a título de ICMS operação própria;

IV - no campo “Informações Complementares” da nota fiscal:

a) a expressão: “Creditamento de ICMS OP - § 10-A do art. 66 do


RICMS”;

b) o período de apuração do imposto ao qual a restituição se refere.

44
PROCEDIMENTOS FISCAIS PARA SOLICITAR A RESTITUIÇÃO

Conforme disposto no artigo “Art. 25 do Anexo XV - Para os efeitos


de restituição, o contribuinte deverá gerar e transmitir à Secretaria
de Estado de Fazenda, via internet, até o dia vinte e cinco do mês
subsequente ao período de referência, arquivo eletrônico contendo os
registros “10”, “11”, “88STES”, “88STITNF” e “90”, observado o
disposto na Parte 2 do Anexo VII, bem como arquivo digital conforme
leiaute publicado em Portaria do Subsecretário da Receita Estadual,
relativo às mercadorias que ensejaram a restituição.”

O “Art. 30 DO Anexo XV –Dispõe: Em se tratando de restituição por


motivo de saída da mercadoria submetida ao regime de substituição
tributária para outra unidade da Federação, no prazo de trinta dias,
contados da entrega dos arquivos de que trata o art. 25 do Anexo XV,
deverá o contribuinte apresentar cópia da Guia Nacional de
Recolhimento de Tributos Estaduais ou de outro documento de
arrecadação admitido, relativamente ao imposto retido ou recolhido
em favor da unidade da Federação destinatária, se for o caso.”.

O Decreto nº 47.547 (MG de 06/12/2018) combinado com O


Decreto 47.621 de DE 28 DE FEVEREIRO DE 2019 (MG de
01/03/2019) vem estabelecer procedimentos a serem
adotados quanto ao cálculo de restituição e complementação
do valor de ICMS pago a título de Substituição Tributária.

A determinação implica em grandes mudanças nos processos


operacionais das empresas. Principalmente os varejistas, que
deverão recolher o valor da complementação do ICMS ST ou da
restituição do valor pago a maior.

Essas situações são realizadas quando há venda ao consumidor final


com valores superiores ou inferiores a Base de Cálculo Presumida (BC
ST) em relação ao fato gerador da compra.

OPÇÃO AO REGINE DE COMPLEMENTAÇÃO E RESTITUIÇÃO DO


ICMS ST COM A INCLUSÃO DO ARTIGO 31J NA REDAÇÃO DADA
PELO DECRETO 47.621/2019.

“Art. 31-J - Em substituição ao disposto nos arts. 31-A a 31-I


da Subseção IV-A da Seção II do Capítulo III do Título I da
Parte 1 do Anexo XV do RICMS, os contribuintes abaixo
especificados poderão acordar a definitividade da base de
cálculo do ICMS devido por substituição tributária por meio de
opção no Sistema Integrado de Administração da Receita
Estadual - SIARE -, hipótese em que não será devido imposto
a complementar nem a restituir:

45
I - contribuinte substituído exclusivamente varejista;

II - contribuinte substituído atacadista e varejista, em relação


às operações em que atuar como varejista.

§ 1º - O contribuinte que exercer a opção de que trata este


artigo permanecerá vinculado a partir do primeiro dia do mês
de realização da opção até o término do mesmo exercício
financeiro, ressalvada a revogação de ofício promovida pela
Secretaria de Estado de Fazenda.

§ 2º - A renovação da opção para o ano-calendário


subsequente far-se-á até o dia vinte de fevereiro de cada ano.

§ 3º - A opção de que trata este artigo poderá ser feita por


núcleo de inscrição estadual, hipótese em que produzirá
efeitos apenas em relação aos estabelecimentos que se
subsumam aos incisos I e II do caput.

§ 4º - O Microempreendedor Individual - MEI - fica dispensado


de formalizar a opção de que trata este artigo, considerando-
se automaticamente optante pela definitividade da base de
cálculo presumida do ICMS devido por substituição tributária,
ressalvada a possibilidade de renúncia por meio de
manifestação expressa à Administração Fazendária de sua
circunscrição.

§ 5º - A opção pela definitividade poderá ser revogada a


qualquer tempo pelo Delegado Fiscal, quando ocorrerem
situações que a justifiquem, segundo critérios estabelecidos
em resolução do Secretário de Estado de Fazenda, visando à
preservação dos interesses da Fazenda Pública, hipótese em
que o contribuinte será cientificado da decisão e, se desejar,
poderá apresentar, no prazo de dez dias, recurso hierárquico
ao Superintendente Regional de Fazenda, cuja decisão é
definitiva.

§ 6º - Na hipótese de revogação da opção, nos termos do § 5º,


fica vedada nova opção no mesmo ano-calendário.”.

DATA PARA PEDIDO DE OPÇÃO EM 2019:

De acordo com o disposto no Art. 6º do Decreto 47.621/2019,


na redação nova dada pelo Decreto 47.642/2019
Relativamente aos fatos geradores que ensejarem a
restituição ou a complementação, ocorridos no mês de março
de 2019, os contribuintes poderão exercer a opção de que

46
trata o art. 31-J da Parte 1 do Anexo XV do RICMS até o dia 15
de maio de 2019.

OPÇÃO AO REGINE DE COMPLEMENTAÇÃO E RESTITUIÇÃO DO


ICMS ST de acordo com o disposto no Decreto nº 47.547/2018
Com a publicação do decreto, os contribuintes passam a ter que
realizar mensalmente uma “apuração” dos preços de
venda praticados dos produtos sujeitos ao ICMS ST. Em seguida, é
preciso confrontar o levantamento com o valor de compra e calcular o
ICMS ST que foi praticado pela Indústria. Este poderá gerar uma
diferença de ICMS ST a complementar ou a restituir.ICMS a
Complementar abaixo relacionamos alguns exemplos, duvidas,
casos deste decreto.

Dois exemplos clássicos considerado alíquota interna MG de


18% ( VIA DE REGRA):
A) Loja em MG compra um rolo de cabo nacional de fábrica
em MG no valor 100,00 (ncm 8536, MVA 40%)
VALOR PRODUTO 100,00
ALIQUOTA DE IPI 0,00
ICMS ORIGEM 18,00
ICMS INTERNO 18,00
MVA 40,00
MVA APARTIR DE 1º JANEIRO 2009 40,00
BASE CALCULO ICMS ST 140,00
GNRE A RECOLHER R$ 7,20
B) Loja em MG compra de fabrica de SP refletor LED
importador no valor de 200,00 (9405 MVA 45% sem ajuste)
VALOR PRODUTO 200,00
ALÍQUOTA DE IPI 15,00
ICMS ORIGEM 4,00
ICMS INTERNO 18,00
MVA 45,00
MVA A PARTIR DE 1º JANEIRO 2009 69,76
BASE CALCULO ICMS ST 390,44
GNRE A RECOLHER R$ 62,28

47
Com base nos dois exemplos analisaremos o pedido de
restituição ou complementação da ST, já que de acordo com o
STF, a mesma não é mais definitiva. Imaginemos que no
primeiro exemplo a loja venda o rolo de fio a 150,00. O artigo
31 e 32 do anexo XV do RICMS 2002 (já atualizado com o novo
decreto) diz o seguinte:
“ Art. 31-A - O contribuinte substituído deverá recolher o valor
relativo à complementação do ICMS ST quando promover
operação interna de venda a consumidor final em montante
superior à base de cálculo presumida utilizada para o cálculo
do ICMS ST da mesma mercadoria, observado o disposto nesta
subseção.
Parágrafo único - A complementação do ICMS ST de que trata
o caput também é devida pelo contribuinte substituído na
saída de mercadoria para outra unidade da federação
promovida por microempresa ou empresa de pequeno porte
quando destinada a consumidor final não contribuinte.
Art. 31-B - O valor do imposto referente à complementação do
ICMS ST corresponderá à aplicação da alíquota estabelecida
para as operações internas sobre a diferença entre o valor de
venda da mercadoria em operação destinada a consumidor
final e o valor da base de cálculo presumida do ICMS ST da
mesma mercadoria constante do documento fiscal que
acobertou sua entrada, relativamente ao disposto no art. 31-A
desta parte.”
Porém a base de cálculo em que foi paga a ST é de 140,00
então existe uma diferença sobre 10,00 a complementar, que
de acordo com decreto vai ser de $ 1,80.
150,00-140,00x18% = 1,80 o valor de ICMS a complementar.
Se a loja vendesse por 130,00 teria o mesmo valor a pedir
restituição. 130,00-140,00x18% = 1,80 negativo (restituir)
No exemplo B , se a loja vender o refletor a 423,81 existirá
uma diferença de 33,37 de base de cálculo a complementar
que será de $ 6,00 de ICMS.
423,81 – 390,44 x18% = 6,00
Aplicação Do Preço Médio Ponderado
Nas hipóteses em que não for possível estabelecer a correspondência
entre a mercadoria que ensejou a complementação e sua respectiva
base de cálculo presumida do ICMS ST, deverá ser utilizado o valor
médio ponderado da base de cálculo do ICMS ST apurada com
fundamento nos documentos fiscais que acobertaram as últimas

48
entradas até a quantidade de mercadorias existente em estoque, na
data da respectiva operação destinada a consumidor final.
ESTOQUE DE MERCADORIA
ÓLEO DE SOJA. = 1.000
1 - AQUISIÇÃO EM 12/2108 - BASE DE CÁLCULO PRESUMIDA
DO ICMS ST:
1.000,00 = 100 LITROS DE ÓLEO
2 – AQUISIÇÃO EM 01/2019 – BASE DE CÁLCULO PRESUMIDA
DO ICMS ST:
3.000,00 = 200 LITROS DE ÓLEO
3 – AQUISIÇÃO EM 02/2019 – BASE DE CÁLCULO PRESUMIDA
DO ICMS ST:
6.000,00 = 700 LITROS DE ÓLEO
CÁLCULO MEDIA PONDERADA DO ICMS ST
1.000,00 +3.000,00 + 6.000,00 = 10.000,00 DIVIDO POR
1.000 = 100 ( PREÇO MEDIO PRESUMIDO POR PRODUTO )
MEDIO BASE DE CÁLCULO PRESUMIDA POR LITRO DE ÓLEO.)
PREÇO DE VENDA 15,00 – 10,00 = 5,00 X 18% = 0,90
PREÇO DE VENDA 8,00 – 10,00 = 2,00 X 18% = 0,36
DIFERENÇA A COMPLEMENTAR = 0,54
Nos casos em que houver redução da base de cálculo para a
mercadoria em operação interna a consumidor final, o percentual de
redução deverá ser aplicado sobre o valor da mercadoria nessa
operação, para fins do confronto de que trata o artigo 31-A do anexo
XV DO RICMS/MG.
Na hipótese em que a mercadoria estiver sujeita ao adicional de
alíquota para os fins do disposto no § 1° do art. 82 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição da República
- ADCT - devido ao FEM, o valor do referido adicional corresponderá a
dois pontos percentuais da diferença apurada nos termos deste
artigo.

ICMS a restituir
Nos casos em que o fato gerador se realizar por um valor inferior ao
da base de cálculo presumida do ICMS ST, o contribuinte que houver
praticado a operação interna de circulação da mercadoria a
consumidor final fará jus à restituição.

49
Somente fará jus à restituição a que se refere o disposto acima, o
contribuinte que não tiver realizado o repasse do valor do imposto
pleiteado no preço da mercadoria ou, no caso de tê-lo feito, estar
expressamente autorizado a recebê-lo por quem o suportou, caso em
que os documentos comprobatórios deverão ser mantidos à
disposição do Fisco.

Para fins de cálculo da restituição de que trata o disposto acima,


quando as notas fiscais que acobertaram as entradas das
mercadorias tiverem sido emitidas por contribuintes substituídos sem
a observância do disposto na alínea “a” do inciso II do caput do art.
37 desta parte, o Fisco poderá utilizar o menor valor de base de
cálculo do ICMS ST informado no registro “88STITNF” ou nos campos
do Grupo relativo ao Código de Situação Tributária - CST - 60 ou
Código de Situação Tributária da Operação no Simples Nacional -
CSOSN - 500.

50
OBRIGAÇÕES DO SUBSTITUÍDO

O contribuinte que receber mercadoria com o imposto retido por


substituição tributária observará o seguinte:

A nota fiscal de aquisição será escriturada no Sped Fiscal com CST


060.

A nota fiscal que acobertar a saída da mercadoria será emitida sem


destaque do imposto, contendo, além das demais indicações, no
campo Informações Complementares, o seguinte:

1- O código CST 060;

2- O código Especificador da Substituição Tributária (CEST) previsto


para a mercadoria, constante da Parte 2 deste Anexo.

2- a declaração: "Imposto recolhido por ST nos termos do (indicar o


dispositivo) do RICMS";

3- tratando-se de operação entre contribuintes:

3.1 - a título de informação ao destinatário:

3.1.1 - a importância sobre a qual incidiu o imposto, que


corresponderá ao valor que serviu de base para cálculo do ICMS
devido a título de substituição tributária; e

3.1.2 - o valor do imposto que incidiu nas operações com a


mercadoria, que corresponderá à soma do valor do imposto devido a
título de substituição tributária e do imposto devido pela operação
própria do sujeito passivo por substituição ou do remetente quando a
responsabilidade for atribuída ao destinatário da mercadoria;

3.2 - o valor do reembolso de substituição tributária, se for o caso.

Cabe ressaltar, novamente, a importância da obrigação do


contribuinte substituído de informar no documento fiscal de remessa
da mercadoria, o valor do reembolso, pois, desta informação depende
o procedimento de restituição, bem como a apuração do VAF dos
município

A restituição do ICMS ST também é devida ao contribuinte substituído


na saída de mercadoria para outra unidade da federação promovida
por microempresa ou empresa de pequeno porte quando destinada a
consumidor final não contribuinte.

51
A restituição de que trata o art. 31-C do anexo XV corresponderá à
aplicação da alíquota estabelecida para as operações internas sobre o
montante relativo à diferença entre o valor da base de cálculo
presumida do ICMS ST da mercadoria constante do documento fiscal
que acobertou sua entrada e o valor da mesma mercadoria em
operação interna destinada a consumidor final, limitada ao valor do
ICMS ST constante da nota fiscal de entrada.

Nas hipóteses em que não for possível estabelecer a correspondência


entre a mercadoria que ensejou a restituição e sua respectiva base
de cálculo presumida do ICMS ST, deverá ser utilizado o valor médio
ponderado da base de cálculo do ICMS ST apurado com fundamento
nos documentos fiscais que acobertaram as últimas entradas até a
quantidade de mercadorias existente em estoque, na data da
respectiva operação destinada a consumidor final, limitado ao valor
unitário médio do ICMS ST relativo ao estoque.

Nos casos em que houver redução da base de cálculo para a


mercadoria em operação interna a consumidor final, o percentual de
redução deverá ser aplicado sobre o valor da mercadoria.

Em se tratando de mercadoria sujeita ao adicional de alíquota devido


ao FEM, o valor do referido adicional corresponderá a dois pontos
percentuais da diferença apurada nos termos deste artigo.

O valor apurado será restituído por meio do abatimento do imposto


devido pelo próprio contribuinte a título de substituição tributária,
observadas as condições estabelecidas na IV-A, da Seção II, do
Capítulo III, do Título I, da Parte I, do Anexo XV do RICMS.

O valor de que trata o FEM somente poderá ser restituído por meio do
abatimento do imposto devido pelo próprio contribuinte a título de
substituição tributária relativo ao adicional de alíquota devido ao FEM.

Quais os procedimentos a serem realizados para cumprir o


Decreto?

1º Passo: Calcular o Valor da Complementação e da


Restituição
As empresas deverão realizar o levantamento dos valores de venda e
confrontar com os das respectivas compras. Caso não seja
possível estabelecer a correspondência entre a mercadoria que
ensejou a restituição e sua respectiva Base de Cálculo presumida,
deverá ser utilizado o preço médio ponderado da Base de Cálculo do
ICMS ST, apurado com fundamentação nos documentos fiscais.
52
É importante se atentar para a real carga tributária incidente nas
operações, pois o fato somente se confirmará com a efetiva venda da
mercadoria. Deverá ser observada ainda a aplicação
de descontos para correta precificação dos produtos.

2º Passo: Emitir a Nota Fiscal


Após o levantamento dos valores de ICMS ST a restituir ou
complementar, o contribuinte deverá emitir uma NF-e em seu nome,
seguindo as especificações contidas no decreto.

Da Nota Fiscal de Complementação da ST

A empresa emitirá, ao final do período de referência, NF-e em seu


nome contendo, nos campos próprios, as seguintes indicações:

Nos casos em que houver valores a complementar:

a) como natureza da operação: “Complemento de ICMS ST - Aspecto


quantitativo”;

b) como CFOP, o código 5.949;

c) no grupo “Dados do Produto”, uma linha contendo o valor a ser


complementado a título de ICMS ST e, quando for o caso, outra linha
contendo o valor a ser complementado a título de adicional de
alíquota devido ao FEM;

d) no campo “Informações Complementares” da nota fiscal, o período


de apuração do imposto ao qual a complementação se refere.

Da Nota Fiscal de Restituição

O contribuinte emitirá, ao final do período de referência, NF-e em seu


nome contendo, nos campos próprios, as seguintes indicações,
vedada qualquer indicação no campo destinado ao destaque do
imposto:

I - nos casos em que houver valores a restituir:

a) como natureza da operação: “Restituição de ICMS ST - Aspecto


quantitativo”;

b) como CFOP, o código 1.603;

53
c) no grupo “Dados do Produto”, uma linha contendo o valor a ser
restituído a título de ICMS ST e, quando for o caso, outra linha
contendo o valor a ser restituído a título de adicional de alíquota
devido ao FEM;

d) no campo “Informações Complementares” da nota fiscal, o período


de apuração do imposto ao qual a restituição se refere;

Na hipótese em que houver valores a restituir e a


complementar, o contribuinte deverá emitir notas fiscais
distintas.

3º Passo: Declarações Fiscais


O setor fiscal conta com mais um desafio para o ano de 2019. Para
além de cumprir com as declarações mensais, a publicação do
decreto aumenta as responsabilidades, já que é considerado como
uma “nova apuração”. São acrescentadas duas novas obrigações que
se tornam mensais, o Sintegra e a Declaração de Estoque, além
da Declaração de Apuração e Informação do ICMS (DAPI) e da
Escrituração Digital com Informações do ICMS (EFD-ICMS).

DAPI
Se o emitente utilizar o regime normal de apuração do ICMS:
Nos casos em que houver valores a restituir:

a)no campo 79 (Restituição - Ressarc. e Abatim.) da Declaração de


Apuração e Informação do ICMS, modelo 1 - DAPI 1 -, o valor do
ICMS ST a ser restituído, utilizando-se o código de motivo 2
(Abatimento de ICMS ST);”.( redação nova dada pelo Decreto47.621)

b) deduzir do valor contido no campo 82.2 (Fundo de Errad. Da


Miséria a recolher) da DAPI 1 a quantia a ser restituída a título de
adicional de alíquota devido ao FEM, quando for o caso;

Nos casos em que houver valores a complementar:

lançado pelo emitente, da seguinte forma:

I - se o emitente utilizar o regime normal de apuração do ICMS:

a) no campo 77.1 (Outros Débitos) da DAPI 1, deverá ser indicado o


valor total do documento fiscal de que trata o inciso II do caput;

b) no campo 82.1 (Estorno devido ao FEM) da DAPI 1, deverá ser


indicado o valor relativo ao adicional de alíquota devido ao FEM a ser
complementado, quando for o caso;

54
Do Lançamento na DeSTDA pelas ME/EPP

Caso o emitente apurar o ICMS pelo regime do Simples Nacional,


deduzir do valor contido no campo “ICMS ST Operações
Subsequentes” do quadro “ST Substituto Tributário” da Declaração de
Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação –
DeSTDA.

A quantia a ser restituída a título de ICMS ST e de adicional de


alíquota devido ao FEM, e no caso de valor a complementar informar
o valor a pagar no campo “ICMS ST Operações Subsequentes” do
quadro “ST Substituto Tributário”

EFD-ICMS
Para o contribuinte que já entrega a EFD-ICMS, as notas fiscais
emitidas deverão ser escrituradas conforme as orientações
do Manual publicado na Resolução nº 5.198, contendo os registros
C100, C195,C197 e tendo seu reflexo no Bloco E-Registro E210.

Sintegra
Apesar de constar a dispensa de entrega do arquivo SINTEGRA para
os contribuintes que são obrigados a EFD-ICMS, em caso de
complementação e restituição de impostos, ambas as declarações
serão obrigatórias. Inclusive, além de gerar e enviar, o contribuinte
deverá manter à disposição do Fisco o referido arquivo eletrônico.

55
O decreto trouxe alterações no leiaute dos registros, e deverão ser
enviados no Sintegra os registros “10” , “11”, “88STES” , “88STITNF”
, “88EAN” “88DV” e “90”. Assim, o SINTEGRA volta a ser uma
obrigação constante no dia a dia das empresas. Vide PORTARIA SRE
Nº 165, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2018 (MG DE 28/11/2018)

Da Apuração Mensal

O montante do imposto a ser restituído ou a ser complementado,


será obtido por meio do confronto entre o somatório dos valores a
restituir e a complementar apurados no período.

Na hipótese de apuração de saldo credor de ICMS ST no período, o


referido saldo poderá ser utilizado nos períodos subsequentes.

Do Documento de Arrecadação e Prazo de Recolhimento

O saldo devedor de ICMS ST no período deve ser recolhido utilizado


os códigos de receita 220-4 ou 221-2 e para FEM pelo código de
receita 305-3.

O prazo para recolhimento será:

a) até o dia 9 do mês subsequente ao da apuração, se utilizar o


regime normal de apuração do imposto;

b) até o dia 2 do segundo mês subsequente ao da apuração, se for


optante pelo Simples Nacional, nos termos do inciso XVI do art. 222
do RICMS/MG.

Declaração de Estoque
Deverá ser entregue mensalmente pelo contribuinte a Declaração de
Estoque. Sempre no dia 25 do mês subsequente, quando houver
valor a restituir ou a complementar. Como a possibilidade de não
existir diferença de impostos praticamente não existe, é provável que
sempre haverá valor a compensar ou a restituir. Vide Portaria
165/2018

FORMA DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO


O imposto devido a este Estado a título de substituição
tributária e seus acréscimos serão recolhidos, em agência
bancária credenciada, mediante:
I - Documento de Arrecadação Estadual (DAE), em se
tratando de recolhimentos efetuados neste Estado;

56
II - Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais
(GNRE), em se tratando de recolhimentos efetuados em
outra unidade da Federação.
Na hipótese do item I, o DAE relativo ao recolhimento
devido a título de substituição tributária será distinto
daquele relativo ao recolhimento do imposto devido pelas
operações próprias.

Na hipótese do item II, deverá ser utilizada GNRE específica


sempre que o sujeito passivo por substituição operar com
mercadorias sujeitas a regimes de substituição tributária
regidos por convênios ou protocolos distintos.

Recolhimento através da GNRE.

O contribuinte substituto tributário somente deverá utilizar


esta Guia para fins exclusivo recolhimento do ICMS/ST,
quando o recolhimento ocorrer em unidade da Federação
distinta da unidade Favorecida.

Código: 10.0048 – ICMS Substituição Tributária por


apuração diretamente na escrita fiscal por contribuinte
substituto tributário devidamente inscrito no Cadastro de
Contribuintes Substituto na unidade da Federação do
destinatário.

Código: 10.0099 – ICMS Substituição Tributária por


operação. Neste caso, deverá ocorrer o recolhimento do
ICMS antes da saída da mercadoria, devendo o substituto
tributário remetente da mercadoria fazer anexar a GUIA
devidamente recolhida na nota fiscal acobertadora da
operação.

Obs: O Código de recolhimento poderá ser variado de


acordo com a unidade Favorecida.

57
O RECOLHIMENTO DO IMPOSTO DEVIDO A TÍTULO DE SUBSTITUIÇÃO
TRIBUTÁRIA SERÁ EFETUADO ATÉ:

Substituto tributário mineiro, até o dia 9(nove) do mês subsequente

O momento da entrada da mercadoria no território mineiro, nas


hipóteses dos arts. 14,15,75e110-A desta Parte;

Substituto tributário de outra UF consignatário inscrito no cadastro de


contribuinte substituto mineiro, até o dia 9 (nove) do mês
subseqüente;

Substituto tributário de outra UF mediante regime especial inscrito no


cadastro de contribuinte substituto mineiro, até o dia 9(nove) do mês
subseqüente;

Distribuidor hospitalar ou central de compras inscrito no cadastro de


contribuinte substituto mineiro, até o dia 9(nove) do terceiro mês
subseqüente;

Contribuinte substituto mineiro, no momento da entrada da


mercadoria em território mineiro:

1 - O momento da entrada da mercadoria no território mineiro, nas


hipóteses dos arts. 14,15,75 e110-A do Anexo XV

Contribuinte mineiro responsável pela complementação do ICMS


sobre o valor do frete

O dia 9 (nove) do mês subsequente:

a) ao da entrada da mercadoria no estabelecimento, nas hipóteses:

1. do art. 16, III, do art. 19, § 2º, III, do art. 58, § 2º, III, do art.
67, do art. 68 e do art. 70, do Anexo XV.

SIMPLES NACIONAL

Na hipótese de atribuição da responsabilidade por


substituição tributária às microempresas e empresas de
pequeno porte, inscritas no Cadastro de Contribuintes do
ICMS deste Estado, o recolhimento do respectivo imposto
será efetuado até o dia 2 (dois) do segundo mês
subsequente ao da ocorrência do fato gerador.

58
De acordo com o disposto no Art. 91. Parte Geral do RICMS
Os prazos fixados para o recolhimento do imposto, inclusive
os indicados no artigo 217 deste Regulamento, só vencem
em dia de expediente normal na repartição fazendária ou
na agência arrecadadora onde deva ser efetuado o
pagamento.

Na hipótese de recolhimento por sujeito passivo por


substituição situado em outra unidade da Federação e não-
inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS, será
observado o seguinte:

I - deverá ser emitida uma Guia Nacional de Recolhimento


de Tributos Estaduais (GNRE) distinta para cada um dos
destinatários, constando no campo N° do Documento de
Origem o número da nota fiscal a que se refere o respectivo
recolhimento;II - a 3ª via da GNRE deverá acompanhar o
transporte e ser entregue ao destinatário.

ST – Cálculo do Imposto – Redução da Base de Cálculo

Exposição

A Consulente, com matriz em outro Estado e filial em Minas


Gerais, tem como objeto social a fabricação, comercialização,
importação e exportação de partes, peças, componentes,
acessórios para motores e para veículos automotores.

Informa que possui inscrição como substituto tributário em


Minas Gerais e que, na consecução de suas atividades, a
matriz fornece para seus clientes mineiros produtos listados
no item 22, Parte 2 do Anexo XV do RICMS/02, dentre outros,
sujeitos à substituição tributária.

Informa, ainda, ser beneficiária de Regime Especial que


permite, na hipótese de realizar vendas de produtos
relacionados nos itens 14, 18 e 22 da Parte 2 citada, para
destinatários mineiros, o recolhimento antecipado do imposto
devido nas operações subsequentes.

59
Aduz que, dentre os produtos que fornece, constam itens
relacionados na Parte 4, Anexo IV do RICMS/02, os quais são
beneficiados pela redução da base de cálculo do ICMS, nos
termos do disposto no item 16, Parte 1 do mesmo Anexo IV.
Cita como exemplos os produtos relacionados no item 101 da
Parte 4 referida.

Entende que em todas as operações com as mercadorias


relacionadas na Parte 4, Anexo IV do RICMS/02,
independentemente de sua destinação (insumo, revenda, uso e
consumo ou ativo imobilizado), deve ser aplicada a referida
redução prevista no item 16, Parte 1 do mesmo Anexo IV, tanto
no cálculo do ICMS próprio como do ICMS/ST.

Com dúvidas a respeito da legislação tributária, formula a


seguinte consulta: Está correto o entendimento de que a
redução da base de cálculo prevista no item 16, Parte 1, Anexo
IV do RICMS/02, aplica-se tanto no cálculo do ICMS próprio
quanto no cálculo do ICMS/ST, independentemente da
destinação da mercadoria?

Solução

Na hipótese de existir, para a operação subsequente, previsão


de redução de base de cálculo constante da Parte 1, Anexo IV
do RICMS/02, estando tal operação sujeita à substituição
tributária, ao valor da base de cálculo do ICMS/ST deverá ser
aplicado o percentual de redução previsto no respectivo item
da Parte 1 mencionada.

No mesmo sentido, o crédito da operação própria a ser


considerado para fins de cálculo do imposto será também
proporcional à mencionada redução, em atendimento ao
disposto no § 1º, art. 70 do RICMS/02, exceto se houver
previsão expressa na legislação de manutenção integral de
crédito para a operação.

Conforme disposto no item 16, Parte 1, Anexo IV do RICMS/02,


estão alcançadas pela redução de base de cálculo as
operações internas e interestaduais de máquina, aparelho ou
equipamento, industriais, relacionados na Parte 4 desse Anexo,
independentemente de sua destinação.

60
No caso específico de tais mercadorias, o crédito relativo à
operação própria será integralmente considerado no cálculo do
ICMS/ST devido pela Consulente, nos termos do subitem 16.2
da Parte 1 mencionada.

Cumpre acrescentar que, no caso de previsão legal de margem


de valor agregado (MVA) para a mercadoria, a base de cálculo
da substituição tributária será o preço praticado pelo
remetente, acrescido dos valores correspondentes a frete,
seguro, impostos e outros encargos transferíveis ou cobrados
do destinatário, adicionado da parcela resultante da aplicação
sobre o referido montante do percentual de MVA estabelecido
para a mercadoria na Parte 2, Anexo XV do RICMS/02.

Saliente-se ainda que, nos termos do disposto no § 5º, art. 19,


Parte 1 do citado Anexo XV, nas operações interestaduais com
as mercadorias relacionadas pela Consulente, constantes dos
itens 14, 18 e 22, Parte 2 do mesmo Anexo XV, dentre outras,
quando a alíquota interna for superior à interestadual, para
efeitos de apuração da base de cálculo com utilização de
margem de valor agregado (MVA), esta será ajustada à alíquota
interestadual aplicável, observada a fórmula constante do
citado dispositivo.

Legislação

RICMS/02: art. 70, § 1º; Anexo IV, Parte 1, item 16, subitem 16.2,
Parte 4; Anexo XV, Parte 1, art. 19, § 5º e Parte 2, itens 14, 18 e
22.

Consulta(s) de Contribuinte(s): 114/2009

Data de Atualização: 02/06/2009

61
Convênio ICMS nº 142/18 - Nova Regras - 2019

Data de publicação:26/12/2018

Liminar - Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)

Na reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária


(CONFAZ) do dia 14/12/2018 foi aprovado o Convênio ICMS nº
142/18, que foi publicado no Diário Oficial da União de
19/12/2018, com efeitos a partir de 01/01/2019, revogando o
Convênio ICMS nº 52/17.

O Convênio ICMS 52/2017 disciplinava sobre as normas gerais


a serem aplicadas aos regimes de substituição tributária e de
antecipação do ICMS com encerramento de tributação,
relativos às operações subsequentes.

Diante de tantas controvérsias relacionadas ao Convênio ICMS


52/2017, que teve grande parte de suas cláusulas suspensas
por força de liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal,
foi necessária a criação do Grupo de Trabalho n. 63,
constituído com o intuito de resolver as polêmicas
relacionadas ao tema.

Convênio ICMS nº 142/18 - Alterações - 2019

Após observamos o tratamento jurídico acerca da revogação


do Convênio ICMS nº 52/17, temos que analisar as alterações
que terão eficácia a partir de janeiro de 2019 e os Estados e
Distrito Federal deverão alterar as suas legislações para
recepcionar as futuras alterações, dentre as quais destacamos:

Alteração do dispositivo que estabelece a inclusão do ICMS na


base de cálculo do diferencial de alíquotas (base de cálculo
dupla) para adição do imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna a consumidor final estabelecida na
Unidade Federada de destino para o bem ou a mercadoria e a
alíquota interestadual;

Dessa forma, o cálculo será realizado da seguinte maneira,


observando o exemplo hipotético:

62
Valor da Operação: R$ 1.000,00

ALIQ intra: 18%

ALIQ inter: 7%

Diferencial de alíquotas: 11% = 1-11%= 0,89

R$ 1.000,00 / 0,89 = R$ 1.123,60 x 11% = R$ 123,60 (Valor DIFAL)

Importante destacar que algumas Unidades Federadas já


realizam, desde 2016, fórmula de cálculo prevista em suas
legislações internas.

Assim o contribuinte que realizar uma operação interestadual


com bens e mercadorias submetidas ao regime de substituição
tributária, destinados a uso, consumo ou ativo imobilizado do
adquirente localizado nos Estados de Acre, Alagoas, Bahia,
Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins devem
observar as regras internas das aludidas Unidades Federadas
que estabelecem particularidade no cálculo do DIFAL ST.

Com a publicação do Convênio ICMS 142/2018 novas regras


foram definidas para o regime da substituição tributária, com
efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.

Em linhas gerais destacamos adiante os principais tópicos e


alterações apresentadas pelo novo Convênio:

As operações interestaduais continuam dependendo de acordo


entre os estados e esses acordos podem trazer regras
diferentes do previsto no Convênio 142/18. Por isso os
convênios devem ser minuciosamente analisados no momento
da aplicação da ST.

Energia Elétrica, Combustíveis e lubrificantes, venda porta a


porta e veículos terão disposições específicas em outra
legislação.

63
Exclusão da regra da responsabilidade solidária ao adquirente;

Dentre as regras da não aplicação da ST estão a operação


destinada a portador de regime especial no outro estado e
também a operação com produto industrial fabricado em
escala não relevante;

Também permanece a regra de que quando o frete não estiver


incluído no cálculo da ST o destinatário deverá efetuar o
pagamento complementar da ST ;

Foi retirada a proibição de compensação de crédito de ICMS


com débitos de ICMS-ST;

Previsão de maior participação das entidades de classe


representativas de segmentos econômicos nos levantamentos
de preço realizados para a definição de MVA e PMPF;

Estabelecido um prazo de 90 dias para a autorização prévia do


ressarcimento do ICMS-ST;

O convenio não trata da MVA ajustada, isso deverá ser tratado


pelos estados.

64

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