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FUNDAMENTOS E PILARES DA EDUCAÇÃO INFANTIL

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SUMÁRIO

NOSSA HISTÓRIA ...................................................................................................... 2

1- EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................................................................... 3

ORIGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNDO ................................................. 3

EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL ........................................................................ 4

LEGISLAÇÃO ............................................................................................................. 5

Situação atual................................................................................................................ 6

UM NOVO OLHAR PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................. 6

O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................... 7

Considerações finais ................................................................................................... 17

Referências bibliográficas ........................................................................................... 19

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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1- EDUCAÇÃO INFANTIL

Educação infantil ou educação pré-escolar consiste


na educação das crianças antes da sua entrada no ensino obrigatório. É ministrada
normalmente no período compreendido entre os zero e os cinco anos de idade de uma
criança. Neste tipo de educação, as crianças são estimuladas - através de atividades
lúdicas e jogos - a exercitar as suas capacidades motoras e cognitivas, a fazer descobertas
e a iniciar o processo de alfabetização.
Internacionalmente, a educação infantil ou pré-escolar corresponde normalmente
o nível 0 definido pela ISCED. Contudo, em alguns sistemas educativos, este tipo de
educação pode incluir a que é ministrada a crianças de idade inferior a três anos, portanto
a um nível inferior ao do ISCED 0.
A educação infantil ou pré-escolar é ministrada em estabelecimentos educativos
de vários tipos como berçários, creches, pré-escolas, infantários ou jardins-escola.
Apesar de não ser obrigatório, é direito da população que o Estado disponibilize o espaço
e os educadores de forma pública. Existe, também, diversas instituições privadas que
oferecem o serviço de educação infantil no Brasil.

ORIGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNDO

O modo de lidar com as crianças na Idade Média era baseado em alguns costumes
herdados da Antiguidade. O papel das crianças era definido pelo pai. Os direitos do pai
no mundo grego que o pai, além de incluir total controle sobre o filho, incluía também de
tirar-lhe a vida, caso o rejeitasse. No mundo germânico, além do poder do pai exercido
no seio da família, existia o poder patriarcal, exercido pela dominação política e social.
Nas sociedades antigas, o status da criança era nulo. Sua existência no meio social
dependia totalmente da vontade do pai, podendo, no caso das deficientes e das meninas,
ser mandadas para prostíbulos em lugar de serem mortas, em outros casos, (as pobres)
eram abandonadas ou vendidas. Com a ascensão do cristianismo, o modo de lidar com as
crianças mudou, apesar da mudança ter sido um processo lento. Maria Montessori foi
uma das precursoras do tema.

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EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL

No Brasil, por volta da década de 1970, com o aumento do número de fábricas,


iniciaram-se os movimentos de mulheres e os de luta por creche, resultando na
necessidade de criar um lugar para os filhos da massa operária, surgindo então as creches,
com um foco totalmente assistencialista, visando apenas o “cuidar”. Pois segundo Faria
(1999, p.25). Se os anos 70 voltaram-se para a mulher, nos anos 80, essa mulher voltou-
se para as crianças. Foram, em geral, as feministas intelectualizadas de classe média, e
que eram contra a ditadura, que passaram a pesquisar sobre a infância e assessorar os
governos progressistas que, atendendo às reivindicações populares, prometeram creches
nas suas campanhas eleitorais.
Só em 1988 a educação infantil teve início ao seu reconhecimento, quando pela
primeira vez, foi colocada como parte integrante da Constituição, depois em 1990, com
o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei federal 8069/90), entre os direitos
estava o de atendimento em creches e pré-escolas para as crianças até os 6 anos de idade.
Pela primeira vez na história, uma Constituição do Brasil faz referência a direitos
específicos das crianças, que não sejam aqueles circunscritos ao âmbito do Direito da
Família. Também pela primeira vez, um texto constitucional define claramente como
direito da criança de 0 a 6 anos de idade e dever do Estado, o atendimento em creche e
pré-escola. (CAMPOS, ROSEMBERG, FERREIRA, 1995, p.17 e18) Posteriormente,
entramos em um período de debate em torno da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), período que se estendeu até meados da década de 90. Nesse período,
sem a aprovação da LDB, a lei maior, o Ministério da Educação em conjunto com outros
segmentos define uma política nacional para educação infantil, propondo a criação de
uma Comissão Nacional de Educação Infantil (CNEI), que a visão de formular e
implementar políticas na área, atuando de 1993 a 1996. Em 1994, aconteceu a
Conferência Nacional de Educação para Todos, e um dos eventos preparatórios à
conferência foi o I Simpósio Nacional de Educação Infantil, que aprovou a Política
Nacional de educação Infantil, com o apoio da CNEI. A partir da Constituição de 1988,
do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990 (ECA, Lei Federal 8069/90) e da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996, lei 9394/96 (BRASIL, 1996),
a Educação Infantil foi colocada como a primeira etapa da Educação Básica no Brasil,
abrangendo as crianças de 0 a 6 anos, concedendo-lhes um olhar completo, perdendo seu
aspecto assistencialista e assumindo uma visão e um caráter pedagógico. Nesse momento

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acontece a Municipalização, a Educação Infantil passa a ser responsabilidade dos
Municípios, com certo vínculo de verba com o Estado. De acordo com Faria (1999, p.68).
Barreto (2008, p.24) coloca que atenção à Educação Infantil no Brasil é decorrente
das últimas duas décadas de reflexões, pois a partir da LDB a Educação Infantil passou a
ser o início da Educação Básica, buscando abolir a visão assistencialista e com o olhar na
formação dos profissionais que atuam nessa área.

LEGISLAÇÃO

No Brasil considera-se como educação infantil o período de vida escolar em que


se atende, pedagogicamente, crianças com idade entre 0 e 5 anos e 11 meses. A Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional chama o equipamento educacional que atende
crianças de 0 a 3 anos de "creche". O equipamento educacional que atende crianças de 4
a 6 anos se chama "pré-escola". Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante
acompanhamento a registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção,
mesmo para o acesso ao ensino fundamental.
Recentes medidas legais modificaram o atendimento das crianças PRÉ-ESCOLA,
pois alunos com seis anos de idade devem obrigatoriamente estar matriculados no
primeiro ano do Ensino Fundamental.
Os dispositivos legais que estabeleceram as modificações citadas são os seguintes:
 O Projeto de Lei nº 144/2005, aprovado pelo Senado em 25 de janeiro de 2006, e
que resultou na lei nº 11.274/06, estabelece a duração mínima de 9 (nove) anos
para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de
idade. Essa medida teve o ano de 2010 como prazo para ser implantada pelos
Municípios, Estados e Distrito Federal, fazendo com que a pré-escola, assim,
atenda a crianças de 4 e 5 anos de idade.
Esta lei foi alterada pela lei número 12.796 que altera a lei que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional. Como novidade, o texto muda o artigo 6º
tornando "dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação
básica a partir dos 4 anos de idade".
O Brasil sempre sofreu a influência de métodos de ensino de outros países. Essa
influência se nota na grande quantidade de colégios particulares estrangeiros no país,
principalmente os colégio de ensino bilíngue, no qual as crianças desde cedo tem o
contato com uma língua estrangeira, além da língua pátria. No começo do século XX
muitas escolas, hoje ditas tradicionais, se estabeleceram pelo país.

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Situação atual

No censo escolar de 2009, 18,4% da população de 0 a 3 anos estavam matriculados


em creches. No censo de 2011, na pré-escola, cerca de 80% dos brasileiros de 4 e 5 anos
estavam na escola, mas ainda há uma demanda grande a ser atendida. Em São Paulo (SP),
por exemplo, 125 mil crianças esperam por uma vaga em creche e 42 mil na pré-escola. O
último Censo Escolar (2013) indica um aumento de 7,5% na oferta de vagas para crianças
entre 0 e 3 anos.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_infantil

UM NOVO OLHAR PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

Autor: Elissandra Bernardino Pereira (Adaptado)


A Educação Infantil vem passando por transformações no Brasil, especialmente
nesses 20 anos. Já se sabe que as crianças pequenas devem ser estimuladas a adquirir
autonomia na solução de problemas, mas para isso é preciso dar espaço e liberdade a elas
para explorar o mundo ao seu redor.
Hoje, a criança é amparada por uma pedagogia que pretende atende-la em todos
os seus aspectos; social, cultural etc. Fazendo com que esta, em seu tempo, seja educada
por um adulto. Portanto, a participação da criança junto a sociedade atual é de extrema
relevância para a sobrevivência da espécie.
Durante os primeiros anos de vida, as crianças aprendem o padrão básico do
discurso que usarão no decorrer de suas vidas; absorvem naturalmente a linguagem,
ouvindo e utilizando a do adulto como referência. Porém, não é só ouvindo e repetindo
palavras que serão capazes de construir a linguagem. É principalmente pelo significado,
pelas aproximações com a realidade e pela disposição para procurar evidências que as
levarão a mudanças de hipóteses que são capazes de compreender o mundo e agir sobre
ele. Ouvir, falar, ler e escrever são habilidades que se desenvolvem em total interligação.
A linguagem não é aprendida isoladamente, ela é integrada a todas as atividades e vivida
a cada dia. Torna-se o caminho do desenvolvimento intelectual e possibilita ao indivíduo
expressar seus sentimentos e seus pensamentos.
A criança faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma
sociedade, com uma determinada cultura, num determinado momento histórico. Portanto,
ela constrói o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas
e com o meio em que elas vivem. Sendo assim, compreender, conhecer, o jeito particular
das crianças serem e estarem no mundo é o grande desfio da educação infantil e,

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consequentemente de seus profissionais. Por mais que tentamos desenvolver o universo
infantil apontando algumas características comuns de ser da criança, ela permanece única
em suas individualidades e diferenças.
À medida que as crianças começam a adquirir as habilidades de raciocínio verbal,
elas necessitam de uma instrução reflexiva, ou seja, uma aprendizagem mediada por um
adulto, que faz com que elas reflitam sobre o próprio pensamento. Diante de muitas
expectativas dessa natureza, a educação infantil permite que as crianças sejam pensadores
sistêmicos, trabalharem em equipe e a construam visões compartilhadas com outros, e,
quanto mais cedo isso acontecer melhor é para o desenvolvimento delas.
Outro aspecto muito importante é considerar a especificidade da faixa etária das
crianças, pois isso implica em reconhecê-las como cidadãs e, portanto, possuidoras de
direitos, entre eles, educação pública de qualidade, proteção e cuidado por parte do poder
público. Muitos estudiosos afirmam que não investir em educação nos primeiros anos de
vida de uma criança pode custar muito caro para o país futuramente.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua
singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas capacidades. Disso
depende a construção de um vínculo afetivo entre quem cuida e é cuidado (RCNEI- Vol.
1, p. 75, MEC/SEF, 1988).
É muito difícil compreender o outro, mas quando o que está em questão é
educação, então, é preciso analisar e perceber que a responsabilidade é tão grande quanto
ao se tratar de um curso superior. A educação infantil caminha rumo ao patamar do
sucesso da escola em termos gerais. Isso porque ela é a base do ensino. Portanto, toda
base tem que ser bem feita. E é apostando nela que iremos traçar um novo caminho para
a educação.

O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O professor é a base fundamental de qualquer que seja o processo de ensino-


aprendizagem. Ele é considerado o responsável em repassar conhecimentos aos
alunos. Segundo Tosi (2013, p.24), ele "... é a pessoa habilitada, especializada e
contratada para sistematicamente, passar para o aluno um conjunto de conhecimentos que
o tempo e a experiência selecionaram da cultura universal e diz respeito a nossa vivência
cultural." Portanto, espera-se muito do professor e, muitas vezes eles se sentem
sobrecarregados para cumprir uma missão tão complexa e exigente.

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Para compreender o seu papel na educação, muitos educadores procuram
respostas em seu próprio ambiente de trabalho e, na tentativa frustrada, acabam chegando
a uma conclusão de que o seu papel é apenas tentar ensinar o aluno a ler e escrever quando
possível. "Satisfazer a própria vontade, fazer algo apenas pelo prazer de dizer que fez -
atitudes como essas devem ser abolidas da prática da educação infantil e de qualquer
outro nível de ensino", diz Ostetto, 2012. Na educação infantil o pedagogo trata
diretamente com crianças pequenas, por isso deve estar mais atento ainda para os sinais
transmitidos por elas. Muitas vezes, algumas crianças não tem o vocabulário bem
desenvolvido, e, as expressões tipo: o choro, o riso e os gestos fazem com que saibamos
entende-las, se forem bem observadas e analisadas. É preciso ter um olhar bastante atento
para as necessidades dessas crianças, para a partir daí saber como e o que trabalhar com
elas.
O trabalho com pequenos grupos de crianças é importante porque permite ao
educador uma melhor observação das mesmas. Observá-las como um ser pensante,
portanto, é necessário para que o educador dê mais valor ao processo do que aos
resultados. Uma criança que está brincando, interagindo com um colega, está sim
realizando uma atividade de construção de hipóteses. O educador precisa estar atento às
necessidades de interação do educando e não limitar-se apenas em realizar atividades
rotineiras de cópias para treinar a coordenação motora dos educandos. Muitas vezes fica
a sensação de que não fez nada durante a aula porque não realizou nem se quer uma
atividade de treino ortográfico na aula. Uma vez que, a coordenação motora da criança
está se aperfeiçoando dia após dia, através de atividades físicas que a criança também
realiza, tipo, correr, saltar etc. Então, a função do educador na área de educação infantil
é muito mais do que isso, é atuar como se fosse um guia nesse processo de ensino-
aprendizagem. Seu papel é muito mais do que só falar e sim, ouvir e observar mais, para
assim, poder criar suas estratégias de trabalho, valorizando aquela criança tão pequena
como um ser pensante, capaz de criar e recriar novas experiências.
Sabemos que o discente precisa resgatar o pedagógico e examinar suas próprias
concepções sobre o conhecimento, tem que levar a sério sua formação, se esforçar para
estar por dentro de sua principal tarefa: exercer com autonomia e conhecimento o
processo de ensino-aprendizagem, valorizando o conhecimento prévio e cultural do
aluno. Ele não pode ficar preso a uma ideia de que existe um método pronto e eficaz para
lecionar, deve estar atento que existe uma grande relação entre o conhecimento e a
sociedade.

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Para tanto, o profissional de educação também enfrenta muitas dificuldades, como
violência na escola, falta de incentivo dos pais, baixo salário, etc. Mas para ser professor
hoje, tem que acreditar no desenvolvimento da sociedade, buscar transformações nas
informações de conhecimento, desenvolver a consciência crítica e praticar a pedagogia
da esperança, e acreditar que
(...) O que importa, na formação docente, não é a repetição mecânica do gesto,
este ou aquele, mas a compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, dos desejos,
da insegurança para ser superada pela segurança, do medo que, ao ser educado, vai
gerando a coragem (FREIRE, 2014, p. 45).
Na educação infantil não é diferente, o educador precisa saber que ensinar não é
só transferir conhecimento, mas mostrar na sua prática escolar que a educação merece um
tratamento sério e dedicado. Alguns acham que ser professor de pré-escola é muito fácil
porque a maior parte do seu trabalho irá resumir-se em "brincar". Porém, esquece-se de
que essa fase é a mais significativa no histórico de aprendizagem que o educando
possuirá. Ser professor não é uma tarefa fácil como muitos que ingressam nessa área
imaginam. É entrar nesse universo (escolar) sabendo que urgentemente precisamos de
pessoas capazes de mudar, transformar, reelaborar; mesmo que essa mudança que emerge
o movimento, torna vivo o espaço para a criação de processos e culturas novas.
No contexto da educação infantil, o educador é aquele que caminha junto com as
crianças, observando/registrando, discutindo e refletindo sobre suas ações e sobre seus
modos de expressão. Assim, ele rompe com a educação centralizada somente no adulto e
passa a ter a criança como foco, adotando, então uma postura não só de observador, mas
também de investigador das várias maneiras de se viver a infância. (Ostetto, 2012, p. 57)
É comum ver em nossos municípios a acessibilidade de professores em
habilitações, especializações, etc, entretanto, não é só isso que um professor,
principalmente de educação infantil deve ter. A formação do professor é muito
importante, mas ele precisa estar consciente de seu papel na vida escolar de uma criança.
Saber que não é o dono da razão e compreender a influência cultural que cada aluno
carrega em sua trajetória de vida. Em sua rotina diária tem que estar presente a observação
e o registro das atividades realizadas pelos alunos sempre. Só assim, o educador passa
ater uma melhor postura diante do aluno.
Vocação é uma palavra muito utilizada em discursos de formações pedagógicas
oferecidas aos discentes. TOSI (2013, p. 26), diz que "a vocação é uma característica já
consagrada na literatura e significa a inclinação interna e natural para determinado tipo

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de vida e de atividade que dá plena satisfação". Os que estão na ativa, por sua vez,
acreditam que isso é só ideologia, não funciona na prática e, os que ainda não estão,
imaginam que, ter vocação para ensinar é ter o dom de ensinar. Quando se deparam com
realidade, o conto de fadas acaba. Portanto, ao concluir o curso de pedagogia, pelo menos
a maioria, acredita que tudo será um sonho, que será realizado dia após dia com a prática
de lecionar. O professor deve sim estar atento a sua vocação, mas deve ter um espírito de
curiosidade e solidariedade, para assim, exercer sua função com responsabilidade e
clareza. O papel do educador.
"O pessimismo pedagógico abateu-se sobre os educadores, esvaziando o nosso
papel enquanto agentes de mudança, destinando-nos ao imobilismo, à perplexidade"
(KRAMER, 2001). Se os educadores não acreditarem mais numa mudança positiva na
educação, então quem vai ser o agente transformador dessa missão? É preciso, antes de
tudo, acreditar. Acreditar que são capazes, que a educação ainda tem jeito, e que as
políticas públicas estão tentando nos auxiliar, mas para isso, eles devem também fazer a
sua parte. Buscar métodos, alternativas para aguçar o gosto pelo aprendizado do aluno,
parece ser impossível nos dias de hoje, onde os recursos tecnológicos e a base familiar
não ajudam. Porém, essa missão: de educar, não pode ser apenas mais um trabalho a se
cumprir, e sim, um desafio a ser conquistado.
Na hora de escolher uma área, um curso para prestar vestibular, pensamos: será
que estou fazendo a escolha certa? É difícil saber, isso porque só a prática poderia nos
responder claramente qual seria a escolha certa. Entretanto, faz-se necessário pesquisar e
conhecer mais um pouco da profissão escolhida. Porém, isso não acontece. Ser professor
agora virou ?moda? porque é a profissão que mais oferece oportunidades de emprego,
principalmente em cidades pequenas, onde a variedade de empregos não existe. Daí surge
outra questão: ser professor pela razão e não pelo coração? Não sabe ele que, para ser
professor é necessário que:
(...) tenha uma linguagem fluente, clara e simples; tenha confiança em si mesmo,
mantendo seu controle emocional; seja firme, perseverante e criativo; tenha habilidade de
manter boas relações com seus alunos e, acima de tudo tenha consciência profissional dos
deveres e responsabilidades do magistério, afirma TOSI (2013, p. 28).
Para ser um bom educador hoje também é importante que o mesmo esteja
engajado em tudo o que acontece na escola. Ele não pode achar que apenas tem o papel
de ensinar a ler e escrever de forma mecanizada. Participar dos projetos, das regras de
disciplinas com os alunos perante a direção para o bom andamento do estabelecimento de

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ensino, enfim, ser conhecedor do conjunto das atividades que a escola oferece. Para tanto,
as estratégias de formação do professor em serviço está relacionada a mudança na
organização do trabalho no interior da escola. Ele deve acreditar que faz parte desse
universo, onde seu objetivo é propiciar o bem estar do aluno na escola.
Na educação infantil, tudo é mais delicado, mais fantástico, mais interessante. A
formação da identidade da criança está em construção e, cabe ao educador ajudar nessa
formação. A partir daí entra em ação a prática pedagógica enquanto função social e
política. Nesse caso, o aluno é visto como um ser concreto, que necessita de cuidados
para futuramente exercer sua cidadania. Mas muitas questões atrapalham essa função do
professor. Na maioria das escolas ele tem que cumprir o currículo, muitas vezes com
exigências que não condizem com a realidade de seu alunado. Resta apenas tentar separar
atribuições fragmentadas e o seu compromisso em sala de aula. Portanto, é preciso refletir
que
Há muito o que pensar em relação aos limites que o professor encontra em sua
própria prática. Vivendo o cotidiano, ele se depara com situações em que precisa fazer
escolhas, tomar decisões, enfim, se arriscar. Tais atitudes são muito importantes no seu
processo de se fazer educador. Rosa & Lopes (apud Ostetto, 2012, p. 60).
Atualmente, existem diversos cursos direcionados a educação infantil. Uns que
mostram teorias e outros que trabalham a didática em sala de aula. Logo, isso é muito
importante para o educador. Ele tem a chance de compartilhar experiências vividas e
aprender mais sobre sua área de atuação. Porém, não é realizada uma pesquisa de campo
para validar muitas informações passadas para eles, e, de contrapartida, eles reclamam da
realidade que vivenciam. O educador que atua na área de educação infantil precisa refletir
criticamente sobre seu próprio papel. Para que ele atua, porque está realizando tal
atividade e, compreender sua importância na vida do educando. A responsabilidade desse
profissional está apontando para a presença de um profissional que saiba o momento exato
de exercer o perfil mais adequado em sala de aula. Nesse sentido, a responsabilidade de
um professor de educação infantil é mais importante do que se imagina. KRAMER (2001,
p. 88) diz que "é preciso sobretudo, considerar os professores como produtores de
conhecimento que são, como leitores reais, e em função desse pressuposto, ajudá-los..."
Ele tem que procurar mudança, e essa mudança exige leitura e trabalho manual.
Em seu discurso, Freire (2014) atenta para a questão da autonomia do professor
em sala de aula, muitas vezes, o próprio educador desrespeita a curiosidade do educando,
ironizando sua opinião, propondo limites a liberdade de expressão do mesmo. Em

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educação infantil é muito comum esse tipo de prática adotado por profissionais que atuam
nessa área porque acham que os conteúdos são mais fáceis de lecionar ou porque estão
bem perto de se aposentarem. Para atuar nessa área o profissional tem que gostar e querer
mudar sua maneira de pensar sobre educação. Não pode achar que é o dono do saber e
que seu conhecimento é o que basta para se trabalhar com crianças nessa faixa etária.
Além de querer um bom salário, o professor deve querer mudança em suas
estratégias de ensino. Entretanto, o mesmo precisa de apoio perante seu órgão de
funcionamento, supervisão, secretaria de educação, etc. É muito importante a participação
de todos nesse processo de mudança. As universidades com seus projetos, as políticas de
acesso a escrita (jornais, livros, revistas), e o mais importante de tudo: ele acredite que
esse trabalho é possível. A formação em serviço é bastante valiosa se o professor souber
valorizar e perpetuar essa construção de conhecimentos que pode ser aplicada na prática
como opção de mudança de estratégia em sala de aula. Nesse mesmo pensamento,
KRAMER (2001, p. 92), afirma que "considera que um processo de formação em serviço,
sistemático, substancial e construído coletivamente, é capaz de - entre outros fatores -
gerar a melhoria da qualidade de ensino." Deve-se valorizar o diferente para aprender a
conviver com as mudanças no processo de ensino atual.
"Pela primeira vez na história, fazemos parte de uma era que une o real e o virtual.
Um fato com qual ainda não sabemos lidar e que vem tomando proporções cada vez
maiores." CHALITA (2003, p. 64). Então, ainda temos mais um privilégio do que nossos
profissionais de antigamente, temos recursos digitais pelos quais nos auxiliam na
administração de uma aula prática que não será cansativa para os pequenos. Faz-se
necessário, procurar compreender as atividades das crianças, para pouco a pouco, captar
seus interesses. Ao optar pelo uso de recursos tecnológicos, o professor precisa observar
e refletir para dar continuidade às ações educativas que irão contribuir para o progresso
da aprendizagem do aluno com aquele tipo de material.
Além de ocultar-se de sua grande importância na vida do discente, o professor,
principalmente de educação infantil, não reflete teoricamente sobre a s possibilidades das
crianças em termos de estágios de desenvolvimento. Nessa faixa etária a criança precisa
aprender brincando, os jogos lúdicos são bastante importantes no desenvolvimento da
aprendizagem da criança. Segundo ASSIS:
Ora, se insistimos em ensinar as formas geométricas às crianças de quatro anos,
por exemplo, sem que elas explorem com seu corpo o espaço à sua volta e os objetos que
aí estão antes de "decorar" o que é um quadrado, um círculo, um triângulo, estaremos

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forçando uma situação artificial em que nem as características do seu desenvolvimento
nem o mundo natural e social que circundam estão sendo considerados (1998, p. 58).
Todavia, é claro a incompreensão desses profissionais com essas crianças sobre
as necessidades delas em diferentes momentos de sua vida. Algo concreto irá se tornar
mais interessante porque nessa fase, a criança não se interessa por objetos ou assuntos
que não fazem parte de sua vivência no cotidiano.
O professor de educação infantil tem que estar claro sobre "a importância de
criar/garantir canais de socialização das práticas vivenciadas nos processos formativos do
educador da educação infantil" (Ostetto, 2012, p. 08). Dessa forma, ele precisa estar ciente
de seu compromisso pela educação, sabendo que refletir, criticar, analisar e avaliar sua
relação com as crianças faz parte de práticas formativas importantes para o sucesso de
seu trabalho. Para que esse trabalho aconteça, o educador tem que adotar a prática do
registro de suas atividades com as crianças diariamente para poder compreender o que
está dando certo e o que não está funcionando em seu trabalho.
Registrar não no sentido de elaborar um documento para prestar contas de seu
trabalho a coordenação da escola. Mas, no propósito de rever sua prática e a situação em
que cada aluno se encontra. Nesse sentido, ficará mais fácil para o educador, projetar o
futuro de acordo com as reais necessidades do aluno. Na educação infantil, a prática desse
registro facilita o trabalho do professor porque, segundo Ostetto (2012), "ao escrever e
refletir sobre o escrito que, por sua vez, reflete a prática, o professor pode fazer teoria,
tecer pensamento-vida". É possível articular prática e teoria se o mesmo registrar e
analisar cada situação vivida em sala de aula. Para colocar isso em prática é um desafio
ousado, mas bastante proveitoso para o professor, pois o registro passa a ser um grande
aliado para clarear a visão e com mais entusiasmo as crianças que estão a sua frente.
Sobretudo, esse registro é tipo um diário para o professor. Toda vez que ele sentir
a necessidade de conhecer e compreender as potencialidades de seu aluno, ele se refugiará
nele. É como se o educador construísse suas próprias provas a respeito de seu próprio
trabalho. Porém se quiser e se sentir seguro em compartilhar com sua equipe de trabalho
a experiência vivida por ele, será muito importante. Esse registro também poderá servir
como sua base para relatórios individuais dos alunos.
Diante de tantos desafios e dificuldades que o professor enfrenta todos os dias, a
questão de educar para obter resultados satisfatórios torna-se cada vez mais difícil. É
comum escutar educadores desacreditados sobre a educação. Nessa profissão, escutamos
relatos negativos e desanimadores de professores sobre o futuro de nossas crianças.

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Reclamam do baixo salário, da indisciplina dos alunos, das teorias que nunca funcionam
na prática etc. Nessas mesmas queixas, escutamos muito a frase: no final de todo o
processo escolar, quando a coisa não funciona, a culpa é sempre só nossa!
Além de todas as dificuldades que a escola enfrenta ainda tem como agravante o
desânimo de professores com o sistema de ensino de hoje. Então, chegamos ao ponto
inicial: Por que é que muitos de nossos alunos estão chegando ao final do ensino
fundamental I (5º ano) sem dominar a leitura e a escrita, sem poderem explorar textos que
edifiquem seu conhecimento de mundo particular? Ora se o profissional que trabalha
diretamente com o aluno não acreditar, então, não resta mais nada a fazer. Ao não ser
agirmos como cidadãos que somos. Cada um faz a sua parte e no final, nosso esforço será
prêmio para crianças que dependem de nós. Sabe-se que sozinhos não conseguiremos
nunca transformar a educação, pois no contexto sociológico em que vivemos é incabível
essa transformação. Mas, se cobrarmos de nossos políticos mudança no tratamento da
educação, em efeito demorado, pode ajudar em alguma coisa. Kramer (2001) afirma, "...
só é possível conversar sobre escola e cidadania pensando no projeto de sociedade que
temos e no papel que cada um de nós assume na construção desse projeto". Portanto, não
é responsabilidade só do professor o fracasso da escola, a responsabilidade é de todos que
estão envolvidos nesse projeto. Mas o professor tem que lutar para conseguir trabalhar.
Tem que reivindicar pela criação de grupos de estudos, para a discussão de problemas em
sala de aula, trocando sugestões entre colegas, cursos de aprimoramento para capacitação
de professores etc. Nesse mesmo eixo de pensamento, a escola precisa abrir mais as portas
para a participação da família na escola.
Quando a família vem à escola, em reuniões de pais, o mesmo assunto é sempre
colocado em questão, a culpa é dos pais! Assim, os mesmos se sentem reprimidos em
quererem participar das reuniões. É melhor que deixem de procurar um culpado pelo
fracasso da escola e discutir em conjunto, maneiras de tentar amenizar, ao longo prazo,
as dificuldades em sala de aula. Na escola, como em todas as áreas de trabalho, o
fundamental é a união do coletivo para conquistar o sucesso esperado. É importante se
unir em prol de melhorias para a educação. E, sendo assim, o professor é a peça chave
para essa conquista. Principalmente, o educador que atua na área de educação infantil e
alfabetização (1º ano do ensino fundamental de nove anos).
Freire (2014, p. 61), deixa claro que
... quanto mais pomos em prática de forma metódica a nossa capacidade de
indagar, de comparar, de duvidar, de aferir, tanto mais eficazmente curiosos nos podemos

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tornar e mais crítico se pode fazer o nosso bom- senso. O exercício ou a educação de bom
senso vai superando o que há nele de instintivo na avaliação que fazemos dos fatos e dos
acontecimentos em que nos envolvemos. Se o bom senso, na avaliação moral que faço de
algo não basta para orientar ou fundar minhas táticas de luta, tem, indiscutivelmente,
importante papel na minha tomada de posição, a que não pode faltar a ética, em face do
que deve fazer.
Preciso afirmar que o educador tem o compromisso de diminuir a distância entre
a prática e a teoria, para que não falte ética em seu trabalho, como qualquer profissional
que se preze. É necessário ter coragem, iniciativa para questionar e procurar melhorias
para a escola. As crianças quando entram na escola, tem em sua imaginação a ideia que a
escola é o melhor lugar do mundo para se estar. Mas, se essa ideia não for cultivada o
encanto se acaba e a escola passa a ser um lugar chato e cheio de obrigações a se cumprir.
Então, sem encanto, sem descobertas, sem respeito a cultura, sem profissionais que
acreditam no progresso escolar, sem investimento em educadores... a escola por si própria
vai se tornando um espaço desagradável de convivência. Logo, o educador pode sim,
mudar esse cenário; por ética, profissionalismo, missão, compromisso ou seja lá o que
for. Os pequenos merecem uma chance para se tornarem agentes construtores do saber e
o educador, não deve se esquivar disso.
Infelizmente, a passos largos o educador vem sendo desvalorizado, e ele, por
analisar, vem percebendo isso. Mais um ponto que interfere na prática profissional dele.
Se discrimino ou generalizo a 'peça chave' para o sucesso da educação, como posso exigir
dele organização e dinamização em sua prática? É como educar uma criança. Se não
consigo ver nela uma fonte inesgotável de conhecimento, como posso tentar investir em
seu aprendizado? A responsabilidade do educador é muito grande, ele sempre passa pelo
aluno deixando sua marca, seja ela qual for.
Na educação infantil a raiz é mais profunda. Para a criança, o educador é como
uma pessoa de sua própria família. Isso porque passa horas de seu dia aos cuidados dele.
Alguns especialistas afirmam que a afetividade nessa fase de desenvolvimento é muito
importante.
Existem educadores que não lê e querem ensinar o aluno a ler. Que não escreve e
querem ensinar a escrever. Se for exigido deles a prática do registro de suas atividades,
logo vem a insegurança devido à dificuldade em expressar suas ideias por meio de
palavras. Não é tão fácil assim ser educador. Muitos acham que precisam só de um
diploma, mas

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...não basta amar as crianças e a escola para saber realizar o trabalho, até porque
dificilmente gostamos daquilo que não sabemos fazer! Ao mesmo tempo, nunca estamos
prontos - nem nós nem as crianças. O trabalho pedagógico é sempre construído e
reconstruído, avança e recua, sofre influências da escola e de fora da escola, de nós
mesmos e das crianças, não caminha monótono, em linha reta, mas traz conflitos, dá
saltos, tem contradições e por isso mesmo pode ser rico, fascinante, revelador (Kramer,
2001, p. 113).
O educador, principalmente de educação infantil, precisa ser dinâmico e
inteligente em suas práticas pedagógicas. Tais práticas, pelas quais, educadores e crianças
vão, a cada dia, construindo autonomia como sujeitos de suas próprias ações. Precisa ter
em mente que educar exige mais do que cumprir seu horário. Exige uma grande
responsabilidade, que se não for cumprida pode deixar marcas irreversíveis no educando.
Ele nunca deve parar de ler e buscar novas ideias para trabalhar em sua sala de aula. Se
não tiver disposto a investir no educando desde pequeno, então é melhor que não assuma
essa profissão. Comparo o educador infantil a um médico, se não buscar descobertas para
os desafios de novas doenças, ele pode deixar marcas na vida da pessoa que nunca mais
poderá reverter.
É comum perceber preocupações de muitos educadores no que se refere ao uso da
ludicidade, sobretudo no primeiro ano do ensino fundamental. Em muitas escolas o
brincar é colocado em oposição a alfabetização, como se fosse possível fazer uma coisa
ou outra, como se aprender a ler e escrever fosse algo maçante, incompatível com a
imaginação, à fantasia e a ludicidade; geralmente presentes na infância.
Os jogos de construção e aqueles que possuem regras, danças, cantos, faz de conta
e brincadeiras espontâneas precisam ser usados como instrumentos pedagógicos,
respeitando o desenvolvimento cognitivo da criança. Porque é por meio da atividade
lúdica que a criança amplia seu conhecimento. É preciso que o educador tenha
consciência que é nas brincadeiras que as crianças recriam aquilo que sabem sobre seu
conhecimento de mundo. Logo, cabe ao educador, organizar situações onde as
brincadeiras aconteçam de forma diversificada, dando oportunidade as crianças de
viverem sua infância sem aproveitar o que há de melhor. Dentre essas questões, é válido
refletir que o trabalho com crianças pequenas exige que o educador tenha um certo
conhecimento, competência, sensibilidade e, principalmente, comprometimento para
assegurar que a transição da educação infantil para o ensino fundamental ocorra da forma

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mais natural possível, não provocando traumas no processo de desenvolvimento e de
escolarização da criança.

Considerações finais

Pesquisas neurológicas recentes reforçam a importância da aprendizagem nos


anos iniciais. Porém, observa-se que poucas escolas preocupam-se com esta questão, tão
pouco valorizada entre os profissionais de educação. A infância, certamente é a etapa
mais importante na vida de todas as pessoas, pois é durante esta etapa, que todos
aprendem, desenvolvem, compreendem, muitas habilidades, estas que serão
imprescindíveis para a vida toda, e se acontece alguma falha durante este período,
futuramente a pessoa pode sentir as consequências.
Nota-se que, as políticas públicas educacionais estão cada vez mais falando e
investindo em educação infantil. Então, surge a questão: Qual realmente é a função da
educação na vida de uma pessoa? E então analisamos os resultados de uma política
pública educacional falida no Brasil.
É preciso desvendar os motivos pelos quais ocasionam o fracasso na educação
infantil e consequentemente, no ensino fundamental. A grande dificuldade está na
compreensão dos gestores em educação, pois eles precisam conhecer o problema de perto.
Entender porque a educação nas séries iniciais está desacreditada, e, tantos projetos
investidos nela, falidos e sem resultados positivos. Esse é o caminho, pelo menos o
começo.
Com as atuais mudanças, percebe-se que o interesse do aluno é fundamental para
a aprendizagem, mas, o que vivenciamos hoje é a falta desse interesse. O aluno perdeu
esse encanto pela escola, e, demonstram ainda estarem nela por obrigação.
O professor é um líder na medida em que orienta e coordena os alunos em sala de
aula. Para isso, é preciso que ele tenha capacitação profissional, condição básica de
nortear o seu saber fazer, o como fazer, o porquê fazer e o para quem fazer.
A relação professor/aluno, envolvendo laços de afetividade é muito importante
para que o caminhar do ensino aprendizagem torne-se um sucesso. Todos os segmentos
da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da escola, basta observar e
compreender qual a principal dificuldade que ela enfrenta. Segundo a professora de
ética e cidadania Silvânia da Silva Santos, "A escola é palco de constantes debates e trocas
de opiniões, onde se busca desenvolver o sujeito pleno e atualizado, capaz de interagir
com a sociedade". Entretanto, muita teoria não funciona na prática, e assim, o resultado

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torna-se negativo na educação por não acreditarem e investirem pedagogicamente em
educação infantil.

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Referências bibliográficas

ASSIS, Regina Alcântara de. O trabalho do professor na pré-escola. Ideias nº 2 - A pré-


escola e a criança, hoje. Secretaria de Educação, São Paulo, 1988, 55-59.

TIRIBA, Lea. Educar e cuidar: buscando a teoria para compreender discursos e práticas.
Rio de Janeiro: Ática, 2005

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam, São
Paulo.Cortez:2006

KRAMER, Sonia. Alfabetização, leitura e escrita: formação de professores em


curso. São Paulo: Ática, 2001

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 48ª


ed. - Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014

CHALITA, Gabriel. Pedagogia do amor: a contribuição das histórias universais para a


formação de valores das novas relações. São Paulo: Editora Gente, 2003

TOSI, Maria Raineldes. Didática geral: um olhar para o futuro. 4ª ed. - Campinas SP.
Editora Alínea, 2013

OSTETTO, Luciana Esmeralda (org.). Educação infantil: Saberes e fazeres da


formação de professores. 5ª ed. - Campinas- SP: Papirus, 2012

Disponível em:

http://www.pedagogia.com.br/artigos/um_novo_olhar/index.php?pagina=6

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