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LEI DECRETO

LEI COMPLEMENTAR Nº 755, DE 28 DE DECRETO N° 29.590, DE 09 DE OUTUBRO


JANEIRO DE 2008 DE 2008. (*)

(Autoria do Projeto: Poder Executivo) Regulamenta a Lei Complementar n° 755, de 28


de janeiro de 2008, no que se refere à
Define critérios para ocupação de área pública Concessão de Direito Real de Uso, e dá outras
no Distrito Federal mediante concessão de providências.
direito real de uso e concessão de uso, para as
utilizações que especifica. O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no
uso das atribuições que lhe confere o artigo 100,
incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito
O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO Federal, DECRETA:
SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO
DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO
A SEGUINTE LEI: CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei Complementar regula a
concessão de direito real de uso e a concessão Seção I
de uso de áreas públicas no Distrito Federal. Das Definições

Parágrafo único. A ocupação de área pública de Art. 1º. Este Decreto regulamenta a Lei
que trata esta Lei Complementar fica Complementar n° 755, de 28 de janeiro de 2008,
condicionada à disponibilidade de área, às que define critérios para a ocupação de área
limitações urbanísticas e ambientais e àquelas pública no Distrito Federal mediante Concessão
referentes ao zoneamento e à segurança da de Direito Real de Uso e Concessão de Uso.
edificação, dos equipamentos e das redes de
serviços públicos, observados os parâmetros Art. 2º. Para efeito deste Decreto, considera-se:
definidos nesta Lei Complementar e em sua
regulamentação, sempre priorizados os I - compartimento técnico - compartimento ou
interesses públicos e coletivos no uso da área. ambiente destinado a abrigar as instalações
técnicas da edificação;
Art. 2º A concessão de direito real de uso de que
trata esta Lei Complementar, estabelecida com II - Concessão de Direito Real de Uso -
base nos arts. 7º e 8º do Decreto-Lei nº 271, de transferência do uso remunerado ou gratuito de
28 de fevereiro de 1967, e considerando-se o área pública - no solo, no subsolo e no espaço
que determina o art. 48 da Lei Orgânica do aéreo -, a particular, como direito real resolúvel,
Distrito Federal, será aplicada, de forma onerosa para que seja utilizado com fins específicos, por
ou não, nos limites das zonas de categoria prazo determinado;
urbana definidas no Macrozoneamento do Plano
Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito III - concessionário - parte que celebra o
Federal, nos termos desta Lei Complementar, contrato de Concessão de Direito Real de Uso
em subsolo, no nível do solo e em espaço aéreo. com o Distrito Federal;

Art. 3º Será admitida a ocupação por concessão IV - cota de soleira - indicação ou registro
de direito real de uso onerosa, com finalidade numérico fornecido pela Administração Regional
urbanística, nos termos e condições definidos que corresponde ao nível de acesso de pessoas
nesta Lei Complementar e em sua à edificação e ao nível do “pilotis” em projeções;
regulamentação, nas seguintes áreas públicas
do Distrito Federal: V - greide - indicação gráfico-numérica em
projeto que define o perfil longitudinal de uma
I - em subsolo: via;

a) para garagem vinculada a edificações VI - laudo técnico especializado - documento


comerciais, institucionais ou industriais; escrito e fundamentado, emitido por órgão ou
entidade competente aprovando as instalações
b) para passagens de pedestres e de veículos; técnicas ou emitindo o Comunicado de
Exigência;
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II - no nível do solo: VII - passagem de pedestres e de veículos -
elementos construtivos, localizados em área
a) para torres de circulação vertical vinculadas a pública, exclusivamente destinados à circulação
edificações comerciais, institucionais ou de pessoas e de veículos, e interligando
industriais; edificações construídas em lotes ou projeções;

b) para passagens de pedestres; VIII - projeção - unidade imobiliária peculiar do


Distrito Federal que constitui parcela autônoma
III - em espaço aéreo: de parcelamento, definida por limites
geométricos e caracterizada por possuir, no
a) para varandas e expansão de compartimento mínimo, três de suas divisas voltadas para área
vinculadas a edificações comerciais, pública e taxa de ocupação de cem por cento de
institucionais ou industriais; sua área;

b) para passagens de pedestres. IX - torre de circulação vertical - elemento da


edificação constituído, no máximo, pela caixa de
§ 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, escada e seus patamares, rampas e seus
patamares, poços de elevadores e seus
considera-se expansão de compartimento o
vestíbulos, compartimentos para lixo e
fechamento da varanda e sua incorporação ao
compartimentos técnicos.
compartimento ou ambiente. (Parágrafo
renumerado(a) pelo(a) Lei Complementar 948
de 16/01/2019) Seção II
Das Siglas
§ 2º Na área de abrangência da Lei de Uso e
Ocupação do Solo - LUOS, a ocupação de área Art. 3º. São utilizadas neste Decreto as
pública disposta no caput é admitida apenas nas seguintes abreviaturas:
situações previstas no inciso I, a, e inciso III,
b. (Parágrafo acrescido(a) pelo(a) Lei I - Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
Complementar 948 de 16/01/2019) - CBMDF;

Art. 4º Será admitida a ocupação por concessão II - Código de Edificações do Distrito Federal -
de direito real de uso não-onerosa, com CE/DF;
finalidade urbanística, nos termos e condições
definidos nesta Lei Complementar e em sua III - Departamento de Trânsito do Distrito
regulamentação, nas seguintes áreas públicas Federal - DETRAN/DF;
do Distrito Federal:
IV - Diário Oficial do Distrito Federal - DODF;
I - em subsolo, para garagem vinculada a
edificações residenciais; V - Fundo de Desenvolvimento Urbano do
Distrito Federal - FUNDURB;
II - no nível do solo:
VI - Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU;
a) para as escadas, quando exclusivamente de
emergência; VII - NOVACAP - Companhia Urbanizadora da
Nova Capital do Brasil;
b) para torres de circulação vertical vinculadas a
edificações residenciais; VIII - Procuradoria Geral do Distrito Federal -
PGDF;
III - em espaço aéreo:
IX - Plano Diretor de Ordenamento Territorial do
a) quando decorrente de compensação de área; Distrito Federal - PDOT;

b) para varandas e expansão de compartimento X - Plano Diretor Local - PDL;


vinculadas a edificações residenciais;

IV - no nível do solo, em subsolo e em espaço


aéreo, para instalações técnicas que serão
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definidas na regulamentação desta Lei XI - Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Complementar, por motivo de segurança ou por Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal -
exigência de condições de funcionamento dos SEDUMA;
equipamentos. (Inciso regulamentado(a)
pelo(a) Decreto 29400 de 14/08/2008) XII - Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito
Federal - SEF;
§ 1º Na área de abrangência da Lei de Uso e
Ocupação do Solo - LUOS: (Parágrafo XIII - Agência de Fiscalização do Distrito Federal
acrescido(a) pelo(a) Lei Complementar 948 de – AGEFIS.
16/01/2019)
CAPÍTULO II
I - é vedada a expansão de compartimento DA CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE
prevista no inciso III, b; (Inciso acrescido(a) USO
pelo(a) Lei Complementar 948 de 16/01/2019)
Seção I
II - a aplicação do inciso III, a, é restrita à Das Disposições Gerais
hipótese de adequação de edificações existentes
às normas do Corpo de Bombeiros Militar do Art. 4º. O disposto na Lei Complementar nº
Distrito Federal - CBMDF. (Inciso acrescido(a) 755/2008 e neste Decreto só será aplicado
pelo(a) Lei Complementar 948 de 16/01/2019) naquilo em que não conflitar com o estabelecido
na legislação de uso e ocupação do solo, nos
§ 2º A compensação de área prevista inciso III, PDLs e no PDOT, prevalecendo as normas
a, é a permuta entre avanços e reentrâncias especiais, assim consideradas as leis que
situados nas fachadas externas da edificação estabelecem normas de ocupação de área
acima do pavimento térreo, mantida a pública específica para determinados lotes ou
equivalência de área do pavimento. (Parágrafo projeções.
acrescido(a) pelo(a) Lei Complementar 948 de
16/01/2019) Art. 5º. A ocupação de área pública poderá
ocorrer por meio do instrumento urbanístico da
Art. 4º-A É admitida a ocupação por concessão Concessão de Direito Real de Uso Onerosa ou
de direito real de uso não onerosa, com não-Onerosa, de acordo com a especificidade de
finalidade urbanística, nos termos e nas cada uma dessas ocupações.
condições definidos nesta Lei Complementar e
em sua regulamentação, nas áreas públicas do § 1º Os critérios e parâmetros estabelecidos
Distrito Federal para a instalação de poço inglês para cada tipo de ocupação de área pública de
vinculada às edificações de uso residencial com que trata o caput deste artigo, encontram-se
atividade de habitação multifamiliar e aos usos discriminados no Anexo I deste Decreto.
comerciais, prestação de serviços, institucionais
e industrial, atendidos os seguintes § 2º O preço público cobrado em razão da
requisitos: (Artigo acrescido(a) pelo(a) Lei ocupação de área pública por Concessão de
Complementar 948 de 16/01/2019) Direito Real de Uso Onerosa será revertido
diretamente à conta do FUNDURB.
I - largura máxima de 1,00 metro, medido a
partir dos limites do lote ou da projeção; (Inciso Art. 6º. A ocupação de área pública por
acrescido(a) pelo(a) Lei Complementar 948 de Concessão de Direito Real de Uso dar-se-á
16/01/2019) somente quando vinculada, integrada e lindeira
à edificação.
II - finalidade única de iluminação e ventilação
do subsolo. (Inciso acrescido(a) pelo(a) Lei Art. 7º. A ocupação de área pública por
Complementar 948 de 16/01/2019) Concessão de Direito Real de Uso poderá ocorrer
em:
Art. 5º Será admitida a ocupação por concessão
de uso, onerosa ou não, nos termos e condições I - projeção, lote isolado ou geminado
definidos nesta Lei Complementar, em sua destinados a habitação coletiva;
regulamentação e em legislação específica, para
implantação de infra-estrutura de energia
II - projeção ou lote isolado destinados a
elétrica, telecomunicações, água, esgoto, hospedagem, e;
radiodifusão sonora e de sons e imagens, gás
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canalizado, entre outros serviços e atividades III - projeção, lote isolado ou geminado com
que impliquem o uso de bens do Distrito Federal, qualquer destinação, exceto habitação coletiva e
no nível do solo, em subsolo e em espaço hospedagem.
aéreo. (Artigo regulamentado(a) pelo(a)
Decreto 29397 de 13/08/2008) (Artigo § 1º Lote isolado, conforme definido na Lei
regulamentado(a) pelo(a) Decreto 33974 de Complementar, é o que se encontra afastado
06/11/2012) mais de dez metros de lotes ou projeções
vizinhos.
§ 1º A concessão de uso de que trata este artigo
será formalizada mediante contrato de § 2º Lote geminado, para efeitos deste Decreto,
concessão de uso assinado entre o Distrito é o que não se enquadra na exigência definida
Federal e o interessado e obrigatoriamente no § 1º.
registrado em livro próprio na Procuradoria-
Geral do Distrito Federal, publicado o extrato § 3º A ocupação de que trata este artigo não
respectivo no Diário Oficial do Distrito poderá trazer prejuízo ao sistema viário, à
Federal. (Legislação correlata - Decreto 34981 circulação de pedestres, às redes de serviços
de 19/12/2013) públicos existentes e projetadas e, ainda, deverá
resguardar a segurança de terceiros e de
§ 2º Constarão, obrigatoriamente, do contrato edificações vizinhas.
de concessão de uso cláusulas referentes à área
objeto da concessão e suas destinações Art. 7º-A Os parâmetros e condições para
específicas; à responsabilidade do concessão de direito real de uso de área pública,
concessionário pela preservação ambiental e em projeções, lotes isolados e em lotes
pelos eventuais danos causados ao meio geminados, que apresentem uso misto, de que
ambiente, aos equipamentos públicos urbanos e trata o §5º do art. 12 da Lei Complementar nº
às redes de serviços públicos; à utilização 755, de 28 de janeiro de 2008, são os
individual ou compartilhada do espaço público; consignados no Anexo deste Decreto. (Artigo
ao prazo da concessão, que não poderá ser acrescido pelo(a) Decreto 35348 de 16/04/2014)
superior a 30 (trinta) anos, prorrogável por
iguais períodos; ao preço público a ser pago pelo Art. 8º. O avanço em área pública no espaço
concessionário, quando for o caso, com base no aéreo, quando utilizada, concomitantemente, a
valor, periodicidade e forma de recolhimento, a compensação de área e a varanda ou a
serem definidos na regulamentação desta Lei expansão de compartimento, não poderá ser
Complementar ou em legislação específica. superior a dois metros, medidos a partir dos
limites do lote ou da projeção registrada em
§ 3º O preço público cobrado em razão da cartório.
ocupação prevista neste artigo será revertido
diretamente à conta do Fundo de Art. 9º. O contrato de Concessão de Direito Real
Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal – de Uso para a utilização da área pública
FUNDURB. vinculada às edificações obedecerá à legislação
pertinente, sendo inexigível a licitação por
§ 6º A ocupação de área pública no nível do solo, quando for inviável a competição.
em subsolo e em espaço aéreo para a instalação
de infra-estrutura prevista neste artigo fica SEÇÃO II
condicionada à aprovação e ao licenciamento da DA OCUPAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA
Administração Regional competente, ouvidas a
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Subseção I
Urbano e Meio Ambiente e as concessionárias e Ocupação em Subsolo para Garagem
permissionárias de serviços públicos sobre
possíveis interferências nas respectivas redes e
Art. 10. O avanço em subsolo para garagem
áreas objeto de parcelamento ou intervenções
poderá ocorrer em todo o perímetro do lote ou
urbanas, nos termos da regulamentação desta
da projeção.
Lei Complementar e da legislação específica.
§ 1º A laje de cobertura da garagem, quando
Art. 6º A concessão de direito real de uso de que
sob a via de circulação de veículos e
trata esta Lei Complementar será formalizada
estacionamentos, deverá ser executada de
mediante contrato de concessão de uso assinado
forma a não alterar o greide da via e do
entre o Distrito Federal e o interessado, no qual
estacionamento, e será projetada de modo a
se indicará que a cada unidade imobiliária está
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vinculada, em metros quadrados ou em fração permitir a sobrecarga de veículos pesados e a
ideal da área total concedida, uma área pública drenagem de águas pluviais.
e o qual será obrigatoriamente registrado no
Ofício de Registro de Imóveis competente, na § 2º O avanço de subsolo sob vias de trânsito
forma da lei, e em livro próprio na Procuradoria- Rápido e Vias Principais ou Arteriais, conforme
Geral do Distrito Federal, publicado o extrato dispõe a Lei Complementar nº 755/08, ficam
respectivo no Diário Oficial do Distrito Federal. condicionados à aprovação da SEDUMA, ouvido
previamente o DETRAN.
§ 1º Cabem ao concessionário do direito real de
uso todas as despesas com o registro do § 3º A laje de cobertura da garagem sob a área
contrato respectivo no competente Ofício de verde deverá estar situada, no mínimo, a
Registro de Imóveis, devendo ele apresentar a sessenta centímetros abaixo da cota de soleira
certidão de tal registro ao Distrito Federal. da edificação, permitindo a continuidade dessa
área verde e das calçadas e atendendo às
§ 2º Nos projetos de edificação que normas de acessibilidade.
compreendam área pública objeto de direito real
de uso, a emissão do alvará de construção fica § 4º Quando o desnível do terreno ocasionar o
condicionada ao prévio registro do respectivo afloramento do subsolo, este será minimizado
contrato, pelo concessionário, no Ofício de por meio de tratamento arquitetônico e
Registro de Imóveis competente, e à paisagístico adequado, garantindo a
comprovação do registro e, quando for o caso, acessibilidade.
do pagamento em cota única ou da primeira
parcela do preço público cobrado pela ocupação. § 5º É obrigatória a recuperação da área pública
danificada para construção de garagem em
§ 3º É dispensada a celebração do contrato de subsolo, por ocasião da expedição do Certificado
concessão de uso na hipótese prevista no art. de Conclusão.
4º, III, a, desta Lei Complementar,
formalizando-se a concessão de direito real de Art. 11. A ocupação de área pública em subsolo
uso não-onerosa pela aprovação do projeto de para construção de garagem em projeção
obra inicial, subscrito pela Administração destinada a habitação coletiva e hospedagem,
Regional competente, com a expressa referência obedecerá, nos termos do art. 8º da Lei
da compensação de área no alvará de Complementar nº 755/08, aos seguintes
construção. parâmetros:

Art. 7º Constarão, obrigatoriamente, dos I - impossibilidade de atender o número de


contratos de concessão de direito real de uso vagas pretendido na área da projeção registrada
referidos nesta Lei Complementar: em cartório;

I - as áreas objeto da concessão, suas II - largura da projeção insuficiente para


destinações específicas e a vinculação de uma distribuir as vagas e circulações exigidas;
parcela dessa área total, em metros quadrados
ou em fração ideal da área total concedida, a III - logística necessária para permitir o perfeito
cada uma das unidades imobiliárias; e seguro funcionamento da garagem para o
usuário.
II - a responsabilidade do concessionário pela
preservação ambiental e pelos eventuais danos § 1º Em qualquer uma das hipóteses
causados ao meio ambiente, aos equipamentos relacionadas no caput deste artigo, os projetos
públicos urbanos e às redes de serviços públicos; serão aprovados pelas Administrações Regionais
respectivas.
III - o prazo máximo de vigência do contrato,
que será de 30 (trinta) anos, prorrogável por § 2º A garagem em subsolo de que trata o caput
iguais períodos; deste artigo ocorrerá, primeiramente,
obedecendo aos limites da projeção registrada
IV - o preço público a ser pago pelo em cartório, conforme dispõe a Lei
concessionário, no caso da concessão de direito Complementar regulamentada, para que possa
real de uso onerosa, com base no valor, existir ocupação de área pública.
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periodicidade e forma de recolhimento definidos § 3º No caso de fundamentação técnica não
na regulamentação desta Lei Complementar; enquadrada nas relacionadas no caput deste
artigo, o processo deverá ser encaminhado à
V - cláusula que condicione a expedição de SEDUMA, para aprovação da fundamentação
alvará de construção à comprovação do apresentada.
pagamento da primeira parcela do preço público
cobrado pela ocupação da área pública vinculada § 4º A fundamentação para ocupação de área
à edificação, no caso de parcelamento do débito, pública em subsolo para construção de garagem
bem como do pagamento do preço público em projeção destinada a habitação coletiva e
referente à lavratura do contrato na hospedagem será também aplicada para o caso
Procuradoria-Geral do Distrito Federal, quando dos lotes e das demais projeções tratados na Lei
se tratar da concessão de direito real de uso Complementar.
onerosa;
Art. 12. A localização prevista no projeto
VI - cláusula que condicione a expedição da urbanístico para rampas de acesso ao subsolo
carta de habite-se à comprovação do pagamento para garagem poderá ser alterada, desde que
total do preço público devido no ano da não acarrete conflitos viários e prejuízos a
expedição, quando se tratar da concessão de imóveis lindeiros, a circulação de pedestres, a
direito real de uso onerosa; redes existentes ou projetadas, e a
equipamentos públicos.
VII - o compromisso do concessionário de sub-
rogação de seus direitos e obrigações aos Parágrafo único. Quando as rampas de acesso
adquirentes das unidades imobiliárias, sob pena de que trata este artigo estiverem voltadas para
de responsabilidade, devendo ele, para tanto, vias locais e secundárias ou coletoras, a
fazer constar, detalhadamente, as condições do aprovação do projeto arquitetônico dar-se-á
contrato de concessão de direito real de uso pela Administração Regional respectiva,
celebrado nos seguintes documentos: respeitados os parâmetros constantes do
Decreto nº 26.048, de 20 de julho de 2005.
a) Memorial de Incorporação do Imóvel ou
Instituição do Condomínio, conforme o caso; Art. 13. A solicitação para aprovação do projeto
de arquitetura com o avanço em subsolo para
b) Convenção de Condomínio; garagem será acompanhada das consultas aos
órgãos e entidades responsáveis pela infra-
c) contratos de compra e venda ou contratos de estrutura urbana, inclusive à NOVACAP, quanto
promessa de compra e venda celebrados com os à interferência de redes existentes ou
adquirentes das unidades imobiliárias, em que projetadas.
ficará definida a área pública objeto da
concessão de forma individual, para cada Subseção II
unidade imobiliária, sendo estabelecido que a Ocupação ao nível do solo para Torre de
transferência da concessão operar-se-á na data Circulação Vertical
do respectivo registro no Ofício de Imóveis
competente, passando a responsabilidade do Art. 14. A ocupação de área pública para Torre
pagamento do preço público ao adquirente; de Circulação Vertical poderá ocorrer em
qualquer ponto do perímetro da edificação.
VIII - a obrigação do concessionário de
providenciar o registro da transferência da § 1º Na hipótese da torre de que trata este
concessão de direito real de uso respectiva no artigo situar-se dentro dos limites do lote ou da
Ofício Imobiliário competente, quando do projeção, as áreas dos elementos que a
registro da compra e venda da unidade compõem poderão ser utilizadas para
imobiliária; compensação de área em qualquer ponto da
periferia da edificação, limitada a compensação
IX - a obrigação do concessionário de divulgar, de área dos vestíbulos a 4 m² (quatro metros
de forma clara e precisa, ao adquirente da quadrados) por elevador.
unidade imobiliária que esta incorpora uma
parcela de “x” metros quadrados, ou uma fração § 2º O vestíbulo de elevador da Torre de
ideal da área total concedida, de área pública Circulação Vertical situada fora dos limites da
que é objeto de uma concessão de direito real
de uso e em relação à qual o adquirente assume,
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a partir da aquisição, a responsabilidade pelo projeção ou do lote terá, no máximo, quatro
pagamento anual de preço público pela metros quadrados por elevador.
respectiva utilização, no caso da concessão de
direito real de uso onerosa. Art. 15. A Torre de Circulação Vertical situada
fora dos limites do lote ou da projeção manterá
Art. 8º A construção de garagem em subsolo, em o afastamento mínimo de dois terços da
projeção destinada a habitação coletiva ou distância entre a projeção e demais projeções e
hospedagem, obedecerá aos limites da projeção lotes vizinhos, não podendo ser inferior a seis
registrada em cartório, admitindo-se, metros.
excepcionalmente e por motivos técnicos
devidamente fundamentados, a serem § 1º O avanço máximo em área pública para a
aprovados pela Secretaria de Estado de Torre de Circulação Vertical de que trata o caput
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, a deste artigo será de cinco metros, medidos a
ocupação em área pública em subsolo, quando partir do limite da projeção registrada em
terá o limite máximo de cento e cinqüenta e cartório, conforme dispõe a Lei Complementar.
cinco por cento da área de projeção registrada
em cartório. § 2º No caso em que a Torre de Circulação
Vertical estiver contígua à via de circulação de
§ 1º O percentual fixado no caput poderá ser veículos, fica dispensado o afastamento de seis
aumentado em hipóteses especiais, em que a metros disposto no caput deste artigo, devendo
logística necessária para permitir o perfeito ser mantido um afastamento de, no mínimo,
funcionamento da garagem e a quantidade de dois metros do meio-fio da via pública.
vagas exigida pela legislação específica o
justifique, devendo a ocupação ser precedida, Art. 16. A área da Torre de Circulação Vertical
nesses casos, por estudos técnicos aprovados será considerada, para efeito de cobrança, em
pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento apenas um pavimento, mesmo que a circulação
Urbano e Meio Ambiente. vertical ocorra do subsolo ao último pavimento.

§ 2º A ocupação disposta neste artigo poderá ser Subseção III


aplicada em edificações já construídas, sem Ocupação ao nível do solo para Escada de
subsolo ou com subsolo parcialmente utilizado, Emergência
desde que elas possuam carta de habite-se.
Art. 17. A construção de escada de emergência
§ 3º A ocupação a que se refere este artigo deverá obedecer à legislação do CBMDF,
obedecerá, no mínimo, às seguintes condições: inclusive quanto ao número de escadas
necessárias para atendimento à edificação.
I – manter o projeto urbanístico definido para a
área; § 1º A escada de emergência de que dispõe o
caput deste artigo poderá ser substituída por
II – construir laje de cobertura dimensionada de rampa, em conformidade com as determinações
modo a permitir a sobrecarga de jardins ou do CBMDF e em observância às normas de
estacionamentos de veículos pesados, sendo acessibilidade.
obrigatória a recomposição da área e de seu
entorno; § 2º A escada de emergência situada fora dos
limites do lote ou da projeção a que se refere
III – não avançar sobre a faixa non aedificandi este artigo não poderá ser utilizada como escada
das superquadras; de uso comum da edificação.

IV – não ultrapassar a metade da distância entre § 3º A escada de emergência manterá o


o limite da projeção e as projeções ou lotes afastamento mínimo de dois terços da distância
vizinhos, podendo essa distância ser aumentada, entre a projeção ou lote e demais projeções e
desde que haja conveniência urbanística, a juízo lotes vizinhos, não podendo a distância ser
do Distrito Federal, por intermédio da Secretaria inferior a seis metros.
de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio
Ambiente, e anuência dos proprietários das § 4º Nos casos em que a Escada de Emergência
projeções ou lotes, ou dos condomínios, quando estiver contígua à via de circulação de veículos,
constituídos. fica dispensado o afastamento de seis metros
disposto no parágrafo anterior, devendo ser
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V - laje de cobertura deve estar situada a no mantido um afastamento de, no mínimo, dois
mínimo 0,60 metro abaixo da cota de soleira da metros da via pública.
edificação, permitindo a continuidade dessa área
verde e das calçadas e atendendo às normas de § 5º As escadas de emergência deverão ser
acessibilidade. (Inciso acrescido(a) pelo(a) Lei aprovadas pelo CBMDF.
Complementar 948 de 16/01/2019)
Subseção IV
§ 4º Os subsolos para garagem poderão ser Ocupação em Espaço Aéreo para Varanda
interligados mediante anuência dos proprietários e Expansão de Compartimento
e com a aprovação, na Administração Regional
competente, do respectivo projeto arquitetônico, Art. 18. A ocupação do espaço aéreo para
observando-se as demais disposições deste construção de varanda obedecerá, além do
artigo. disposto na Lei Complementar, ao seguinte:

§ 5º A ocupação poderá avançar sob as vias de I - manutenção de altura livre mínima de dois
circulação de veículos e os estacionamentos, metros e cinqüenta centímetros, medidas a
ficando, neste caso, condicionada à aprovação partir do nível do solo até a face inferior de seu
da Secretaria de Estado de Desenvolvimento piso;
Urbano e Meio Ambiente, quando não se tratar
de vias de acesso à quadra ou à unidade II - não possuir outro elemento de vedação além
imobiliária e seus respectivos estacionamentos, de empenas e eventuais divisores.
observando-se as demais disposições deste
artigo. § 1º A área da varanda será desconsiderada
para o cálculo da área mínima que caracteriza a
§ 6º Na área de abrangência da LUOS, a unidade domiciliar econômica, conforme dispõe
ocupação prevista no caput deve obedecer à o CE/DF.
fórmula Lc = (Dep/2) x 0,8, onde: (Parágrafo
acrescido(a) pelo(a) Lei Complementar 948 de
§ 2º Poderá existir a continuidade entre as
16/01/2019) varandas por meio de interligações no perímetro
da edificação, incluindo empenas e reentrâncias.
I - Lc é a largura da área de concessão de área
pública no subsolo; (Inciso acrescido(a) pelo(a)
§ 3º A varanda de que trata este artigo, em
Lei Complementar 948 de 16/01/2019)
edificação destinada a habitação coletiva,
atenderá ao seguinte:
II - Dep é a distância entre o lote ou a projeção
e os lotes ou as projeções vizinhos. (Inciso
a) estar contígua, vinculada e interligada
acrescido(a) pelo(a) Lei Complementar 948 de
somente a compartimentos ou ambientes de
16/01/2019) permanência prolongada, destinados a estar ou
lazer e repouso, exceto dormitório de
Art. 9º A ocupação de área pública no nível do empregado;
solo para construção de torre de circulação
vertical, em projeção destinada a habitação b) não estar contígua, vinculada ou interligada à
coletiva ou hospedagem, não poderá exceder a
área de serviço, cozinha e quarto e banheiro de
cinco metros, medidos a partir do limite da empregado.
projeção registrada em cartório, obedecidos os
parâmetros definidos na regulamentação desta
§ 4º Nas edificações destinadas a hospedagem
Lei Complementar e o seguinte:
ou com qualquer outra destinação, exceto
habitação coletiva, as varandas não poderão
I – avançar, no máximo, um terço da distância
ocupar, linearmente, mais que setenta por cento
entre o limite da projeção e as projeções ou lotes da fachada.
vizinhos, observado o limite definido no caput;
§ 5º Poderá ser procedida a expansão de
II – ser constituída, no máximo, pela caixa da compartimento, que consiste no fechamento da
escada e seus patamares, rampas e seus varanda com material que permita a
patamares, poços de elevadores e seus transparência visual sobre o guarda-corpo ou
vestíbulos, compartimentos para lixo e
jardineira e a sua incorporação ao
compartimentos técnicos. compartimento ou ambiente a que se interliga.
LEI DECRETO
Art. 10. A ocupação do espaço aéreo para § 6º Para a expansão de compartimento, deverá
construção de varandas ou expansão de ser mantida a fachada da edificação com o
compartimentos, em projeções destinadas a guardacorpo ou jardineira da varanda e o seu
habitação coletiva ou hospedagem, não poderá, fechamento, com vidro ou material similar.
em nenhuma hipótese, exceder a dois metros,
medidos a partir dos limites da projeção § 7º Os vãos de aeração e de iluminação
registrada em cartório. voltados para varanda que venha a ser fechada,
conforme permitido na Lei Complementar nº
§ 1º Fica permitida a continuidade entre 755/08 e nesta regulamentação, serão
varandas nas empenas e reentrâncias da desconstituídos e a aeração e iluminação dos
edificação, desde que não se ultrapasse a compartimentos ou ambientes atenderão ao
largura máxima permitida em qualquer ponto de exigido no CE/DF.
seu perímetro.
§ 8º A expansão de compartimento de que trata
§ 2º A ocupação do espaço aéreo para o parágrafo anterior poderá ser objeto de
construção de varandas obedecerá, no mínimo, aprovação no projeto de arquitetura de obra
ao seguinte: inicial, ou ser apresentada para aprovação,
como modificação de projeto.
I – localizar-se nos pavimentos acima do térreo;
§ 9º A instalação de pia e churrasqueira em
II – manter afastamento de, no mínimo, dois varandas previstas no § 3º deste artigo será
terços da distância entre o limite da projeção e permitida, desde que acompanhada de
projeções ou lotes vizinhos; mecanismos que garantam o devido
escoamento dos produtos decorrentes da
III – possuir guarda-corpo ou jardineira, com utilização dos referidos
altura máxima de um metro e vinte centímetros, equipamentos. (Parágrafo acrescido pelo(a)
observada a permissão para seu fechamento, Decreto 33734 de 22/06/2012)
conforme previsto nesta Lei Complementar;
Art. 19. A varanda poderá avançar sobre área
IV – não invadir faixa de segurança exigida para pública, no máximo, dois metros, medidos a
redes de transmissão e distribuição de energia partir dos limites do lote ou da projeção
elétrica, conforme normas específicas da registrada em cartório.
concessionária;
§ 1º No caso de avanço da varanda sobre
V – manter afastamento mínimo igual à metade estacionamento, a altura mínima em relação ao
da distância entre o limite da projeção e o mais piso do estacionamento e a face inferior da laje
próximo meio-fio da via pública ou do piso da varanda não poderá ser inferior a
estacionamento; quatro metros.

VI – não utilizar a laje da marquise como piso, § 2º A dimensão máxima permitida para
nos casos em que a legislação de uso e ocupação varandas será medida considerando-se uma
do solo exigir a construção desse elemento. linha perpendicular a qualquer ponto da
fachada. (Parágrafo alterado pelo(a) Decreto
§ 3º A varanda poderá avançar sobre o 31296 de 01/02/2010)
estacionamento desde que a face inferior da laje
mantenha altura mínima de quatro metros em § 3º O afastamento mínimo de dois terços da
relação ao nível do piso do estacionamento. distância entre a projeção e demais projeções e
lotes vizinhos, de que trata ao Inciso II do § 2º
§ 4º Será permitido o fechamento das varandas do artigo 10 da Lei Complementar aqui
de que trata este artigo com material que regulamentada, não poderá ser inferior a sete
permita a permeabilidade ou transparência metros.
visual, instalado sobre o guarda-corpo ou a
jardineira. § 4º No caso em que o afastamento mínimo de
que trata o parágrafo anterior for inferior a sete
§ 5º Fica permitida a incorporação da varanda metros, o avanço máximo da varanda será
ou de parte dela ao compartimento ou ambiente calculado com base na formula A= (D - 6) / 2,
a que ela esteja vinculada, promovendo a sendo que:
expansão do compartimento, desde que essa
LEI DECRETO
área não seja computada para fins de cálculo da a) “A” corresponde ao avanço máximo;
área mínima exigida para aqueles e o adquirente
da unidade seja informado de que parte da área b) “D” corresponde ao afastamento entre as
da unidade imobiliária adquirida é objeto de projeções ou lotes.
concessão de direito real de uso.
§ 5º Quando da utilização da fórmula de que
§ 6º Na área de abrangência da LUOS, a varanda trata o parágrafo anterior, o “A” for menor ou
deve ter largura máxima de 1,50 metro, medida igual à zero, não será admitida a ocupação do
a partir dos limites do lote ou da projeção, espaço aéreo para construção de varanda.
vedada a expansão de
compartimentos. (Parágrafo acrescido(a) § 6º A varanda deverá manter afastamento
pelo(a) Lei Complementar 948 de 16/01/2019) mínimo de três metros de redes aéreas de
energia elétrica.
Art. 11. A ocupação de espaço aéreo para
aplicação do instrumento da compensação de § 7º A marquise de construção obrigatória não
área, em projeções destinadas a habitação poderá ser utilizada como piso de varanda e nem
coletiva ou hospedagem, terá um avanço poderá existir varanda nesse pavimento, na
máximo de um metro, medido a partir do limite fachada onde ela estiver situada.
da projeção registrada em cartório.
§ 8º Poderá ser utilizada como terraço a laje do
§ 1º As áreas das torres de circulação vertical, teto da varanda do pavimento imediatamente
quando localizadas dentro dos limites das abaixo do pavimento da cobertura, onde é
projeções, poderão ser utilizadas para permitida a ocupação de quarenta por cento
compensação de área em qualquer ponto da para lazer, recreação ou outras atividades,
periferia da edificação. prevista em legislação específica, não podendo,
em hipótese alguma, ser coberto e nem se
§ 2º No trecho da fachada onde for aplicado o constituir em expansão de compartimento.
instrumento da compensação de área em
conjunto com a ocupação de espaço aéreo para Subseção V
varanda, a ocupação total do espaço aéreo não Ocupação em Espaço Aéreo para
poderá, em nenhuma hipótese, ultrapassar dois Compensação de Área
metros da projeção registrada em cartório.
Art. 20. A ocupação do espaço aéreo para o
§ 3º Na área de abrangência da LUOS, a instrumento de compensação de área de que
ocupação total do espaço aéreo estabelecido no trata a Lei Complementar ocorrerá mediante
§ 2º é de no máximo 1,50 metro medido da permuta entre avanços e reentrâncias situados
projeção registrada em cartório. (Parágrafo nas fachadas externas da edificação acima do
acrescido(a) pelo(a) Lei Complementar 948 de pavimento térreo, mantida a equivalência de
16/01/2019) área do pavimento.

Art. 12. A ocupação de área pública de que trata § 1º As reentrâncias não poderão acarretar
esta Lei Complementar será aplicada em lotes e seccionamento da projeção ou lote.
projeções da seguinte forma:
§ 2º As reentrâncias que possuírem vãos de
I – em projeções ou lotes isolados destinados a aeração e iluminação serão consideradas como
habitação coletiva, serão admitidas as prismas abertos de aeração e iluminação,
ocupações previstas no art. 4º, I, II, III e IV, conforme estatui o COE, para fins de
obedecidos os parâmetros e as condições dimensionamento.
constantes dos arts. 8º, 9º, 10 e 11, todos desta
Lei Complementar; § 3º A área dos elementos que compõem a torre
de circulação vertical, quando situada dentro dos
II – em lotes geminados destinados a habitação limites da projeção, poderá utilizada para
coletiva, será admitida: compensação de área, de acordo com o disposto
no § 1º do artigo 14 deste Decreto.
a) em subsolo, a ocupação prevista no art. 4º, I,
obedecidos os parâmetros e as condições § 4º A área das varandas inseridas em
reentrâncias resultantes de compensação de
área e que estejam situadas dentro dos limites
LEI DECRETO
constantes do art. 8º, todos desta Lei da projeção ou do lote, não serão incluídas na
Complementar; área correspondente à concessão de direito real
de uso referente à ocupação de área pública em
b) no nível do solo, a ocupação prevista no art. espaço aéreo, sendo incluídas na área do
4º, II, a, desta Lei Complementar; pavimento.

c) em espaço aéreo, a ocupação prevista no art. Subseção VI


4º, III, b, sendo permitido um avanço máximo Ocupação em Subsolo, ao Nível do Solo e
de um metro, medido a partir do limite do lote em Espaço Aéreo para Passagens de
registrado em cartório, obedecidos os Pedestres e de Veículos
parâmetros e as condições constantes dos
parágrafos do art. 10, todos desta Lei Art. 21. O projeto arquitetônico das passagens
Complementar; de pedestres e de veículos em subsolo serão
precedidos de consulta técnica aos órgãos e
d) em subsolo, solo e espaço aéreo, a ocupação entidades responsáveis pela infra-estrutura
prevista no art. 4º, IV, desta Lei Complementar; urbana, quanto a eventuais interferências com
as redes de serviços existentes ou projetadas, e
III – em projeções ou lotes isolados destinados ao DETRAN/DF, quando houver interferência
a hospedagem, serão admitidas: dos acessos de veículos com a via pública.

a) em subsolo, as ocupações previstas no art. Art. 22. O projeto arquitetônico da passagem de


3º, I, obedecidos os parâmetros e as condições pedestres ao nível do solo receberá anuência
constantes do art. 8º, todos desta Lei prévia do CBMDF e, no caso de áreas tombadas,
Complementar; dos órgãos e entidades responsáveis pela
preservação do patrimônio artístico nacional e
b) no nível do solo, as ocupações previstas no do Distrito Federal.
art. 3º, II, obedecidos os parâmetros e as
condições constantes do art. 9º, e no art. 4º, II, Art. 23. Para aprovação do projeto arquitetônico
a, todos desta Lei Complementar; da passagem de pedestres em espaço aéreo,
deverão ser consultados:
c) em espaço aéreo, as ocupações previstas no
art. 3º, III, obedecidos os parâmetros e as I - os órgãos e entidades responsáveis pela
condições constantes dos arts. 10 e 11, e no art. infra-estrutura urbana, quanto a eventuais
4º, III, a, obedecidos os parâmetros e as interferências com as redes aéreas de serviços
condições constantes do art. 11, todos desta Lei existentes ou projetadas;
Complementar;
II - o DETRAN/DF;
d) em subsolo, solo e espaço aéreo, a ocupação
prevista no art. 4º, IV, desta Lei Complementar; III - o CBMDF;

IV – em projeções ou lotes isolados com IV - os órgãos e entidades responsáveis pela


qualquer destinação, exceto habitação coletiva e preservação do patrimônio histórico e artístico
hospedagem, serão admitidas: nacional e do Distrito Federal, no caso de áreas
tombadas.
a) em subsolo, as ocupações previstas no art.
3º, I, obedecidos os parâmetros e as condições Parágrafo único. As passagens de pedestres de
constantes do art. 8º, todos desta Lei que trata este artigo deverão manter altura
Complementar; mínima livre de quatro metros e cinqüenta
centímetros, medida a partir do nível do solo até
b) no nível do solo, as ocupações previstas no a face inferior da laje de seu piso.
art. 3º, II, b, e no art. 4º, II, a, todos desta Lei
Complementar; Subseção VII
Ocupação em Subsolo, ao Nível do Solo e
c) em espaço aéreo, as ocupações previstas no em Espaço Aéreo para Instalações
art. 3º, III, sendo permitido um avanço máximo Técnicas
de um metro, medido a partir do limite da
projeção ou lote registrado em cartório, Art. 24. A ocupação de área pública para
obedecidos os parâmetros e as condições instalações técnicas em subsolo, ao nível do solo
LEI DECRETO
constantes dos parágrafos do art. 10, e no art. e em espaço aéreo de que trata a Lei
4º, III, a, obedecidos os parâmetros e as Complementar não trará prejuízo ao sistema
condições constantes do art. 11, todos desta Lei viário e à circulação de pedestres e resguardará
Complementar; a segurança de terceiros, de lotes e projeções
vizinhas.
d) em subsolo, solo e espaço aéreo, a ocupação
prevista no art. 4º, IV, desta Lei Complementar; § 1º As instalações técnicas de que trata o caput
se referem a centrais de ar condicionado,
V – em lotes geminados com qualquer subestações elétricas, grupos geradores,
destinação, exceto habitação coletiva e bombas, casas de máquinas, caixas d’água em
hospedagem, serão admitidas: subsolo, equipamentos de carga, descarga e
armazenamento e centrais de Gás Liquefeito de
a) em subsolo, as ocupações previstas no art. Petróleo – GLP. (Parágrafo alterado pelo(a)
3º, I, obedecidos os parâmetros e as condições Decreto 31296 de 01/02/2010)
constantes do art. 8º, todos desta Lei
Complementar; § 2º A área dos compartimentos de que trata o
caput deste artigo deverá ser justificada por
b) no nível do solo, as ocupações previstas no laudo técnico, assinado por profissional
art. 3º, II, b, e no art. 4º, II, a, todos desta Lei especializado, que justifique suas dimensões.
Complementar;
§ 3º A regulamentação da instalação técnica
c) em espaço aéreo, as ocupações previstas no relativa a central de gás liquefeito de petróleo –
art. 3º, III, sendo permitido um avanço máximo GLP, é regida pelo Decreto nº 29.400, de 14 de
de um metro, medido a partir do limite da agosto de 2008.
projeção ou lote registrado em cartório,
obedecidos os parâmetros e as condições § 4º A Administração Regional competente
constantes dos parágrafos do art. 10, todos poderá emitir licenciamento no caso de
desta Lei Complementar; ocupação de área pública para instalação de
caixas d'água em subsolo, exclusivamente, para
d) em subsolo, solo e espaço aéreo, a ocupação as edificações cujas obras tenham sido
prevista no art. 4º, IV, desta Lei Complementar. iniciadas: (alterado pelo(a) Decreto 36990 de
17/12/2015)
§ 1º O disposto neste artigo só será aplicado nos
casos em que a norma urbanística permitir cem I - após a obtenção do alvará de construção
por cento de ocupação no pavimento em que se mediante aprovação/visto do projeto
pretenda a ocupação de área pública. arquitetônico que tenha previsto a referida
ocupação; e (Inciso acrescido pelo(a) Decreto
§ 2º Para a aplicação das ocupações previstas 36990 de 17/12/2015)
neste artigo, os lotes isolados deverão estar
afastados mais de dez metros dos lotes ou II - em data anterior a 30/09/2015. (Inciso
projeções vizinhos. acrescido pelo(a) Decreto 36990 de 17/12/2015)

§ 3º A ocupação de área pública no nível do solo § 5º Será permitida a ocupação de área pública
para construção de torres de circulação vertical no nível do solo para instalação de
e em espaço aéreo para construção de varandas, equipamentos de carga, descarga e
expansão de compartimentos e compensação de armazenamento exclusivamente para
área não será permitida no Setor de Comércio empreendimentos industriais ou de
Local Sul – SCLS, Setor Comercial Residencial abastecimento, situados em área adjacente à
Norte e Sul – SCRN/S, Setor de Administração rede ferroviária. (Parágrafo acrescido pelo(a)
Federal Norte e Sul – SAFN/S, Setor de Decreto 31296 de 01/02/2010)
Autarquias Norte e Sul – SAUN/S, Setor Bancário
Norte e Sul – SBN/S, Setor de Clubes Esportivos § 6º No caso de ocupação de área pública para
Norte e Sul – SCEN/S, Setor de Diversões Norte instalação de caixas d’água em subsolo ou de
e Sul – SDN/S, Setor Médico-Hospitalar Norte e equipamentos de carga, descarga e
Sul – SMHN/S, Setor de Rádio e Televisão Norte armazenamento no nível do solo, o interessado
e Sul – SRTVN/S, Restaurantes de Unidade de deverá obter parecer prévio da Secretaria de
Vizinhança – RUVs e Entrequadras Norte e Sul – Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio
Ambiente do Distrito Federal, mediante a
LEI DECRETO
EQN/S, todos localizados na Região apresentação da seguinte
Administrativa de Brasília. documentação: (Parágrafo acrescido pelo(a)
Decreto 31296 de 01/02/2010)
§ 4º Para os lotes e as projeções de que trata o
inciso IV deste artigo, deverá ser ouvida a I – laudo técnico elaborado por profissional
Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio habilitado, com respectiva Anotação de
Ambiente quanto a possíveis interferências em Responsabilidade Técnica – ART registrada no
projetos de urbanismo elaborados ou em Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
elaboração por essa Secretaria. do Distrito Federal – CREA/DF, que comprove a
impossibilidade da instalação da caixa d’água ou
§ 5º Nos lotes que apresentem uso misto, a dos equipamentos nas áreas internas da
possibilidade de ocupação de área pública e os edificação ou do lote. (Inciso acrescido pelo(a)
respectivos parâmetros e condições deverão ser Decreto 31296 de 01/02/2010)
estabelecidos considerando-se a destinação
prevista na legislação de uso e ocupação do solo II – planta de locação com indicação das
para os pavimentos onde se pretenda a sua edificações existentes no lote, das vias e dos
aplicação. pontos de captação de águas pluviais próximos,
das redes de infra-estrutura urbana, da área
§ 6º Não se aplica o § 1º na área de abrangência pública a ser ocupada, das redes de alimentação
da LUOS. (Parágrafo acrescido(a) pelo(a) Lei e de distribuição aos usuários e da sinalização
Complementar 948 de 16/01/2019) de segurança. (Inciso acrescido pelo(a) Decreto
31296 de 01/02/2010)
§ 7º A ocupação de área pública prevista no
caput aplica-se, na área de abrangência da CAPÍTULO III
LUOS, a projeções ou lotes isolados com taxa de DO PREÇO PÚBLICO
ocupação de 100%: (Parágrafo acrescido(a)
pelo(a) Lei Complementar 948 de 16/01/2019) Art. 25. Será cobrado preço público pela
ocupação das áreas públicas mediante
I - nas formas admitidas nos incisos I e III do Concessão de Direito Real de Uso nos termos do
caput, respeitadas as seguintes parágrafo 2º do artigo 6º da Lei Complementar.
condições: (Inciso acrescido(a) pelo(a) Lei
Complementar 948 de 16/01/2019) Art. 26. O preço público pela utilização da área
pública objeto da Concessão de Direito Real de
a) a escada de emergência prevista no art. 4º, Uso será estipulado com base na Pauta de
II, a, é restrita à hipótese de adequação de Valores Venais de Terrenos e Edificações do
edificações existentes às normas do Corpo de Distrito Federal, aprovada anualmente pela
Bombeiro Militar do Distrito Federal - Câmara Legislativa do Distrito Federal, e
CBMDF; (Alínea acrescido(a) pelo(a) Lei publicada no DODF para fins de IPTU.
Complementar 948 de 16/01/2019)
Art. 27. O preço público corresponderá a vinte
b) é proibida a expansão de compartimento centésimos por cento do valor da área situada
prevista no art. 3º, III, a, e no art. 4º, III, fora dos limites do lote ou projeção, observada
b; (Alínea acrescido(a) pelo(a) Lei a fórmula: preço público = A÷B x C x 0,002,
Complementar 948 de 16/01/2019) sendo que:

c) é proibida a ocupação no nível do solo e I - “A” corresponde ao valor constante da Pauta


subsolo com passagem de pedestres e veículos de Valores Venais de Terrenos e Edificações do
prevista no art. 3º, I, b, e II, b; (Alínea Distrito Federal;
acrescido(a) pelo(a) Lei Complementar 948 de
16/01/2019) II - “B” corresponde à área do lote ou projeção
em metros quadrados, e;
d) torre de circulação vertical é permitida apenas
para projeções; (Alínea acrescido(a) pelo(a) Lei III - “C” corresponde à área objeto da concessão
Complementar 948 de 16/01/2019) em metros quadrados.

II - na forma admitida no inciso IV do caput, Parágrafo único. O preço público será calculado
respeitadas as seguintes condições: (Inciso pelo órgão de licenciamento da Administração
LEI DECRETO
acrescido(a) pelo(a) Lei Complementar 948 de Regional da circunscrição onde ocorrer a
16/01/2019) ocupação.

a) é proibida a ocupação no nível do solo e Art. 28. O pagamento do preço público de que
subsolo com passagem de pedestres e veículos trata o artigo anterior será anual, com
previstas no art. 3º, I, b, e II, b; (Alínea vencimento até 31 de janeiro de cada ano,
acrescido(a) pelo(a) Lei Complementar 948 de admitindo-se o parcelamento em até três vezes,
16/01/2019) corrigido conforme disposto na Lei
Complementar nº 435/2001, desde que a
b) a escada de emergência prevista no art. 4º, parcela não seja inferior a R$ 68,00 (sessenta e
II, a, é restrita à hipótese de adequação de oito reais).
edificações existentes às normas do
CBMDF; (Alínea acrescido(a) pelo(a) Lei § 1º O pagamento referente à concessão será
Complementar 948 de 16/01/2019) feito por meio de Documento de Arrecadação -
DAR, com o Código 3695 em moeda corrente,
c) é proibida a ocupação com varanda e a depositado na conta do FUNDURB.
expansão de compartimento prevista no art. 3º,
III, a; (Alínea acrescido(a) pelo(a) Lei § 2º No ato da assinatura do contrato será
Complementar 948 de 16/01/2019) cobrado o valor referente ao uso da área pública,
objeto da concessão, proporcional aos meses de
d) é proibida a compensação de área prevista no efetivo uso da área objeto da concessão, até o
art. 4º, III, a; (Alínea acrescido(a) pelo(a) Lei término do exercício fiscal, na razão mínima de
Complementar 948 de 16/01/2019) um doze avos, contados a partir do
licenciamento da obra.
III - na forma admitida no inciso II, d, e V, d, do
caput para instalações técnicas, em subsolo e ao § 3º Fica isento do pagamento do preço público
nível do solo, por motivo de segurança ou por o contrato de Concessão de Direito Real de Uso
exigência de condições de funcionamento dos Onerosa cujo valor total anual seja inferior a R$
equipamentos. (Inciso acrescido(a) pelo(a) Lei 34,00 (trinta e quatro reais).
Complementar 948 de 16/01/2019)
§ 4º Para o processo de concessão de direito real
Art. 13. A construção de passagem de pedestres de uso onerosa deverá ser nomeado um
em subsolo, no solo ou em espaço aéreo e de executor na Administração Regional
passagem de veículos em subsolo obedecerá ao correspondente, que ficará responsável pelo
disposto na regulamentação desta Lei acompanhamento do contrato.
Complementar, ficando condicionada à
aprovação dos órgãos pertinentes do Sistema de § 5º A emissão da Carta de Habite-se pela
Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Administração Regional fica condicionada à
Federal, inclusive da Administração Regional comprovação do pagamento total do preço
respectiva, e ao devido licenciamento. público devido no ano de sua expedição.

Art. 14. A ocupação de área pública para CAPÍTULO IV


instalações técnicas a que se refere o art. 4º, IV, DOS PROCEDIMENTOS
desta Lei Complementar será precedida de laudo
técnico especializado, a ser apresentado à Art. 29. Os procedimentos a serem observados
Administração Regional, ouvidos os demais para o licenciamento da edificação, objeto de
órgãos competentes quando for o caso. Concessão de Direito Real de Uso, serão os
seguintes:
Parágrafo único. O prazo para manifestação dos
órgãos de que trata o caput não poderá exceder I - o interessado submeterá à aprovação da
trinta dias. Administração Regional o projeto arquitetônico,
acompanhado dos documentos previstos no
Art. 15. As empresas prestadoras de serviços de CE/DF e das consultas aos órgãos e às entidades
infra-estrutura de que trata o art. 5º desta Lei responsáveis pela infra-estrutura urbana,
Complementar encaminharão cópia atualizada quanto à interferência de redes existentes ou
de seus cadastros à Secretaria de projetadas;
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente para
fins de gerenciamento, ficando obrigadas a
LEI DECRETO
informar sobre qualquer alteração ou expansão II - as áreas situadas fora dos limites do lote ou
deles. projeção decorrentes de Concessão de Direito
Real de Uso serão discriminadas em parcelas,
Art. 16. Os projetos de arquitetura referentes às que totalizarão a área sujeita à concessão de
ocupações de áreas públicas de que trata esta que trata o caput deste artigo, por pavimento e
Lei Complementar serão aprovados e licenciados tipo de ocupação, pelo órgão responsável pela
pela Administração Regional respectiva, aprovação de projetos;
observadas a presente Lei Complementar e as
demais legislações aplicáveis. III – após a aprovação do projeto e requerido o
Alvará de Construção, nos termos exigidos no
Art. 17. As ocupações de área pública de que Código de Edificações do Distrito Federal, o
trata esta Lei Complementar objeto de Administrador Regional respectivo lavrará e
concessão de direito real de uso poderão ser celebrará termo contratual específico, que
utilizadas no nível do solo, no subsolo ou no deverá ser acompanhado de cópias autenticadas
espaço aéreo, de forma isolada ou dos seguintes documentos: (Inciso alterado
concomitante, observados os critérios e pelo(a) Decreto 35224 de 13/03/2014)
parâmetros estabelecidos para cada ocupação.
a) Escritura de Compra e Venda;
Art. 18. Fica facultada a utilização da concessão
de direito real de uso disposta nesta Lei b) Certidão de Ônus atualizada;
Complementar para lotes e projeções já
edificados. c) Contrato social atualizado da concessionária,
se pessoa jurídica;
Art. 20. O disposto nesta Lei Complementar e na
sua regulamentação, assim como na legislação d) Memorial de incorporação ou instrumento de
que trata da utilização e ocupação das áreas instituição do condomínio;
públicas no Distrito Federal, no nível do solo, em
espaço aéreo e em subsolo, só será aplicado e) Convenção do condomínio da edificação, ata
naquilo em que não conflitar com o estabelecido da assembléia que instituiu o síndico e ata da
na legislação de uso e ocupação do solo, nos assembléia que autorizou a assinatura do
Planos Diretores Locais e no Plano Diretor de contrato pelo síndico, quando se tratar de
Ordenamento Territorial. condomínio;

Parágrafo único. Continuarão a prevalecer, por f) Procuração ou documento que confira a


serem consideradas normas especiais, as leis representação legal para assinatura do contrato;
que estabeleçam normas de ocupação de área
pública específicas para determinado lote ou g) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica ou CNPJ
setor. da Concessionária;

Art. 21. Os projetos de arquitetura aprovados, os h) Documentos do representante da


alvarás de construção expedidos e os contratos Concessionária (RG e CPF);
de concessão de uso vinculados à ocupação de
áreas públicas firmados sob a égide das Leis
i) Prova de regularidade atualizada na data da
Complementares nº 130, de 19 de agosto de assinatura do contrato, junto à Secretaria da
1988, e nº 388, de 1º de junho de 2001,
Receita Federal, Procuradoria da Fazenda
continuam válidos, produzindo os efeitos
Nacional, FGTS, Secretaria da Fazenda do
decorrentes, podendo ser expedidos os alvarás Distrito Federal e INSS.
de construção, as cartas de habite-se ou ambos,
conforme o caso.
IV – em caso de inexigibilidade de licitação, a
hipótese deverá ser atestada e ratificada no
Parágrafo único. Para fins de modificação dos âmbito da Administração Regional, com a devida
projetos de arquitetura de que trata o caput, publicação no Diário Oficial do Distrito Federal –
ficarão mantidas as áreas públicas previamente DODF. (Inciso alterado pelo(a) Decreto 35566
licenciadas. de 25/06/2014)

Art. 22. O agente público que, por ação ou


V - celebrado o contrato, será encaminhada uma
omissão, descumprir o disposto nesta Lei via autêntica para registro em livro próprio na
Complementar responderá civil, penal e
Procuradoria-Geral do Distrito Federal e
LEI DECRETO
administrativamente e, também, quando for o posterior publicação do extrato no Diário Oficial
caso, por crime de responsabilidade. do Distrito Federal - DODF. (Inciso alterado
pelo(a) Decreto 35224 de 13/03/2014)
Art. 23. O Poder Executivo regulamentará esta
Lei Complementar no prazo de sessenta dias. VI - após o registro em livro próprio, o
concessionário registrará o contrato no Cartório
Art. 24. Esta Lei Complementar entra em vigor de Registros de Imóveis competente e,
na data de sua publicação. posteriormente, encaminhará a comprovação do
registro à PGDF para as anotações pertinentes;
Art. 25. Revogam-se as disposições em
contrário, em especial a Lei Complementar nº VII - O processo será devolvido à Administração
388, de 1º de junho de 2001, e a nº 130, de 19 Regional para emissão do Alvará de Construção,
de agosto de 1998. que apresentará em campo de observações, a
citação do extrato do termo contratual referente
Brasília, 28 de janeiro de 2008 à ocupação objeto de concessão.

120º da República e 48º de Brasília VIII - A instrução do processo de que trata o


inciso III deste artigo, nos casos de Concessão
JOSÉ ROBERTO ARRUDA de Direito Real de Uso Onerosa constará de:

a) documento que comprove o valor do imóvel


conforme a Pauta de Valores Venais de Terrenos
e Edificações do Distrito Federal;

b) memória de cálculo determinando o valor do


preço público.

§ 1º As consultas aos órgãos e às entidades


responsáveis pela infra-estrutura urbana
tratadas no Inciso I, deverão ter prazo de
validade não inferior a seis meses e serão
expedidas no prazo máximo de trinta dias.

§ 2º O termo contratual específico constante do


Inciso III deste artigo, será assinado pelo
Procurador-Geral do Distrito Federal.

§ 2º. Fica ressalvada a competência da Diretoria


de Análise e Aprovação de Projetos – DIAAP da
Casa Civil, prevista no artigo 2º de Decreto nº
34.563, de 9 de agosto de 2013, para lavrar e
celebrar o contrato, bem como para
desempenho da atribuição descrita no inciso IV
deste artigo. (Parágrafo alterado pelo(a)
Decreto 35566 de 25/06/2014)

§ 3º Por ocasião do registro a que se refere o


Inciso VI, serão descritas as áreas concedidas,
vinculadas à cada unidade imobiliária, em
metros quadrados ou em fração ideal, tendo
como base o memorial de incorporação ou o
instrumento de instituição do condomínio
apresentado pelo empreendedor ou síndico.

§ 4º Nos casos em que o contrato de concessão


de direito real de uso onerosa for firmado
posteriormente à emissão do Alvará de
Construção, deverá ser apresentado certificado
LEI DECRETO
negativo de débito, expedido pela Administração
Regional, referente ao uso da área pública, no
período compreendido entre a data da
expedição do Alvará e a assinatura do contrato.

Art. 30. Nos casos de Concessão de Direito Real


de Uso Onerosa, a emissão do Alvará de
Construção e da Carta de Habite-se fica
condicionada à comprovação da quitação do
preço público devido pela ocupação de área
pública, até a data de expedição dos respectivos
documentos.

Parágrafo único. O comprovante do


recolhimento do valor do preço público para
obras iniciais será exigido para a expedição do
Alvará de Construção, não sendo necessária a
sua apresentação para a aprovação do projeto.

Art. 31. O Administrador Regional fará constar


do Alvará de Construção a discriminação dos
quantitativos de área pública ocupada por
concessão de direito real de uso, nos termos do
art. 42 do Decreto nº 19.915/98, para a área que
será objeto contratual e para a compensação de
área deverá ser informada a sua aplicação, nos
termos do § 3º do artigo 6º da Lei
Complementar nº 755/08.

Parágrafo único. No projeto de arquitetura


apresentado para aprovação na Administração
Regional deverão ser identificadas as áreas
objeto de concessão de direito real de uso e
aquelas objeto de compensação de área.

CAPÍTULO V
DAS SANÇÕES

Art. 32. O inadimplemento do pagamento do


preço público acarretará juros de mora, multa,
correção monetária, inclusão na dívida ativa,
conforme legislação específica.

Art. 33. As ocupações em área pública previstas


na Lei Complementar que estiverem em
desacordo com as determinações da referida lei
e deste Decreto estarão sujeitas às sansões
previstas no Código de Edificações do Distrito
Federal.

Parágrafo único. O extrato do termo contratual


administrativo e sua compatibilidade com a
edificação serão verificados pelo agente
responsável pela fiscalização, quando do
acompanhamento de obras ou vistoria para fins
da emissão da Carta de Habite-se.

CAPÍTULO VI
LEI DECRETO
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
TRANSITÓRIAS

Art. 34. As ocupações de área pública de que


trata a lei aqui regulamentada dependerão da
aprovação da Administração Regional
respectiva, consultados os demais órgãos e
entidades envolvidos, conforme as exigências
determinadas para cada tipo de ocupação.

Art. 35. Será de inteira responsabilidade dos


concessionários a elaboração e execução dos
projetos arquitetônicos e complementares e,
quando necessário, a reurbanização da
superfície, bem como os custos provenientes de
remanejamento ou recuperação das redes de
serviços públicos, ou quaisquer ônus
decorrentes da execução do contrato.

Art. 36. No caso de agrupamento de lotes que


constituam uma única edificação, os parâmetros
a serem respeitados para a ocupação de área
pública de que trata a Lei Complementar nº
755/08 e esta regulamentação, serão aqueles
referentes ao lote originário.

Art. 37. A regulamentação da ocupação de área


pública por concessão de uso, onerosa ou não,
para implantação de infra-estrutura de energia
elétrica, telecomunicações, água, esgoto,
radiodifusão sonora e de sons e imagens, gás
canalizado, entre outros serviços e atividades
que impliquem o uso de bens do Distrito Federal,
no nível do solo, em subsolo ou em espaço
aéreo, conforme artigo 5º da Lei Complementar
aqui regulamentada dar-se-á por meio de
normatização específica para cada caso.

Art. 38. Este Decreto entra em vigor na data de


sua publicação.

Art. 39. Revogam-se as disposições em contrário


e, em especial, o Decreto n° 28.970, de 18 de
abril de 2008.

Brasília, 09 de outubro de 2008.

120º da República e 49º de Brasília

JOSÉ ROBERTO ARRUDA


LEI DECRETO

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