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I SÉRIE

Quarta-feira, 22 de abril de 2015 Número 78

ÍNDICE
Assembleia da República
Lei n.º 30/2015:
Trigésima quinta alteração ao Código Penal, sexta alteração à Lei n.º 34/87, de 16 de julho,
primeira alteração à Lei n.º 20/2008, de 21 de abril, primeira alteração à Lei n.º 50/2007, de
31 de agosto, e primeira alteração à Lei n.º 19/2008, de 21 de abril, no sentido de dar cumpri-
mento às recomendações dirigidas a Portugal em matéria de corrupção pelo Grupo de Estados
do Conselho da Europa contra a Corrupção, pelas Nações Unidas e pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2010

Presidência do Conselho de Ministros e Ministérios da Economia


e do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Portaria n.º 113/2015:
Identifica os elementos instrutórios dos procedimentos previstos no Regime Jurídico da Urba-
nização e Edificação e revoga a Portaria n.º 232/2008, de 11 de março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2013

Ministério das Finanças


Decreto Regulamentar n.º 4/2015:
Procede à quarta alteração ao Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de setembro, que esta-
belece o regime das depreciações e amortizações para efeitos do imposto sobre o rendimento
das pessoas coletivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2024

Ministério dos Negócios Estrangeiros


Decreto-Lei n.º 60/2015:
Assegura a execução na ordem jurídica interna das obrigações decorrentes do Regulamento (UE)
n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, sobre os
agrupamentos europeus de cooperação territorial, procedendo à primeira alteração ao Decreto-
-Lei n.º 376/2007, de 8 de novembro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2026

Ministério da Saúde
Decreto-Lei n.º 61/2015:
Procede à quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro, que regula o acesso
às prestações do Serviço Nacional de Saúde por parte dos utentes, no que respeita ao regime de
taxas moderadoras e à aplicação dos regimes especiais de benefícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2034

Região Autónoma dos Açores


Decreto Regulamentar Regional n.º 8/2015/A:
Estabelece a composição e normas de funcionamento do Conselho Regional das Pescas . . . . . 2035
2010 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA 6— .....................................


7— .....................................
Lei n.º 30/2015 8— .....................................
9— .....................................
de 22 de abril 10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Trigésima quinta alteração ao Código Penal, sexta alteração à Lei
n.º 34/87, de 16 de julho, primeira alteração à Lei n.º 20/2008, Artigo 118.º
de 21 de abril, primeira alteração à Lei n.º 50/2007, de 31 de
agosto, e primeira alteração à Lei n.º 19/2008, de 21 de abril, [...]
no sentido de dar cumprimento às recomendações dirigidas a
Portugal em matéria de corrupção pelo Grupo de Estados do 1— .....................................
Conselho da Europa contra a Corrupção, pelas Nações Unidas a) 15 anos, quando se tratar de crimes puníveis
e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento com pena de prisão cujo limite máximo for superior
Económico.
a 10 anos ou dos crimes previstos nos artigos 335.º,
A Assembleia da República decreta, nos termos da 372.º, 373.º, 374.º, 374.º-A, 375.º, n.º 1, 377.º, n.º 1,
alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: 379.º, n.º 1, 382.º, 383.º e 384.º do Código Penal, 16.º,
17.º, 18.º e 19.º da Lei n.º 34/87, de 16 de julho, al-
Artigo 1.º terada pelas Leis n.os 108/2001, de 28 de novembro,
30/2008, de 10 de julho, 41/2010, de 3 de setembro,
Alteração ao Código Penal
4/2011, de 16 de fevereiro, e 4/2013, de 14 de janeiro,
Os artigos 11.º, 118.º, 335.º, 374.º, 374.º-B, 375.º, 7.º, 8.º e 9.º da Lei n.º 20/2008, de 21 de abril, e 8.º,
376.º e 386.º do Código Penal, aprovado pelo Decreto- 9.º, 10.º e 11.º da Lei n.º 50/2007, de 31 de agosto, e
-Lei n.º 400/82, de 23 de setembro, e alterado pela Lei ainda do crime de fraude na obtenção de subsídio ou
n.º 6/84, de 11 de maio, pelos Decretos-Leis n.os 101-A/88, subvenção;
de 26 de março, 132/93, de 23 de abril, e 48/95, de 15 de b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
março, pelas Leis n.os 90/97, de 30 de julho, 65/98, de 2 c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de setembro, 7/2000, de 27 de maio, 77/2001, de 13 de d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
julho, 97/2001, 98/2001, 99/2001 e 100/2001, de 25 de
agosto, e 108/2001, de 28 de novembro, pelos Decretos- 2— .....................................
-Leis n.os 323/2001, de 17 de dezembro, e 38/2003, de 8 de 3— .....................................
março, pelas Leis n.os 52/2003, de 22 de agosto, e 100/2003, 4— .....................................
de 15 de novembro, pelo Decreto-Lei n.º 53/2004, de 18 de 5— .....................................
março, e pelas Leis n.os 11/2004 de 27 de março, 31/2004,
de 22 de julho, 5/2006, de 23 de fevereiro, 16/2007, de
17 de abril, 59/2007, de 4 de setembro, 61/2008, de 31 Artigo 335.º
de outubro, 32/2010, de 2 de setembro, 40/2010, de 3 de [...]
setembro, 4/2011, de 16 de fevereiro, 56/2011, de 15 de
1— .....................................
novembro, 19/2013, de 21 de fevereiro, e 60/2013, de 23
de agosto, pela Lei Orgânica n.º 2/2014, de 6 de agosto, a) Com pena de prisão de 1 a 5 anos, se pena mais
pelas Leis n.os 59/2014, de 26 de agosto, 69/2014, de 29 grave lhe não couber por força de outra disposição le-
de agosto, e 82/2014, de 30 de dezembro, e pela Lei Or- gal, se o fim for o de obter uma qualquer decisão ilícita
gânica n.º 1/2015, de 8 de janeiro, passam a ter a seguinte favorável;
redação: b) Com pena de prisão até 3 anos ou com pena de
multa, se pena mais grave lhe não couber por força
«Artigo 11.º de outra disposição legal, se o fim for o de obter uma
[...]
qualquer decisão lícita favorável.

1— ..................................... 2— .....................................
2 — As pessoas coletivas e entidades equiparadas,
com exceção do Estado, de pessoas coletivas no exercí- Artigo 374.º
cio de prerrogativas de poder público e de organizações
[...]
de direito internacional público, são responsáveis pe-
los crimes previstos nos artigos 152.º-A e 152.º-B, nos 1— .....................................
artigos 159.º e 160.º, nos artigos 163.º a 166.º sendo a 2— .....................................
vítima menor, e nos artigos 168.º, 169.º, 171.º a 176.º, 3 — A tentativa é punível.
217.º a 222.º, 240.º, 256.º, 258.º, 262.º a 283.º, 285,º,
299.º, 335.º, 348.º, 353.º, 363.º, 367.º, 368.º-A e 372.º Artigo 374.º-B
a 376.º, quando cometidos:
[...]
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ; ou
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 — O agente pode ser dispensado de pena sempre
que:
3 — (Revogado.) a) Tiver denunciado o crime no prazo máximo de
4— ..................................... 30 dias após a prática do ato e sempre antes da instau-
5— ..................................... ração de procedimento criminal, desde que volunta-
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2011

riamente restitua a vantagem ou, tratando-se de coisa ponsabilidade dos titulares de cargos políticos), alterada
fungível, o seu valor; ou pelas Leis n.os 108/2001, de 28 de novembro, 30/2008,
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de 10 de julho, 41/2010, de 3 de setembro, 4/2011, de 16
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de fevereiro, e 4/2013, de 14 de janeiro, passam a ter a
seguinte redação:
2— .....................................
«Artigo 3.º
Artigo 375.º [...]
[...]
1— .....................................
1 — O funcionário que ilegitimamente se apropriar,
em proveito próprio ou de outra pessoa, de dinheiro ou a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
qualquer coisa móvel ou imóvel, pública ou particular, b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
que lhe tenha sido entregue, esteja na sua posse ou lhe c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
seja acessível em razão das suas funções, é punido com d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
pena de prisão de 1 a 8 anos, se pena mais grave lhe não e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
couber por força de outra disposição legal. f) Representante da República nas regiões autóno-
2— ..................................... mas;
3— ..................................... g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
h) (Revogada.)
Artigo 376.º i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
j) (Revogada.)
[...]
1 — O funcionário que fizer uso ou permitir que outra 2 — Para efeitos do disposto nos artigos 16.º a 19.º,
pessoa faça uso, para fins alheios àqueles a que se des- equiparam-se aos titulares de cargos políticos nacio-
tinem, de coisa imóvel, de veículos ou de outras coisas nais os titulares de cargos políticos de organizações de
móveis de valor apreciável, públicos ou particulares, que direito internacional público, bem como os titulares de
lhe forem entregues, estiverem na sua posse ou lhe forem cargos políticos de outros Estados, independentemente
acessíveis em razão das suas funções, é punido com pena da nacionalidade e residência, quando a infração tiver
de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias. sido cometida, no todo ou em parte, em território por-
2— ..................................... tuguês.

Artigo 386.º Artigo 10.º


[...] [...]

1— ..................................... 1— .....................................
2— ..................................... 2 — O titular de cargo político que, nas mesmas
3 — São ainda equiparados ao funcionário, para efei- condições, impedir ou constranger o livre exercício das
tos do disposto nos artigos 335.º e 372.º a 374.º: funções do Provedor de Justiça é punido com prisão de
um a cinco anos.
a) Os magistrados, funcionários, agentes e equipa- 3— .....................................
rados de organizações de direito internacional público, 4— .....................................
independentemente da nacionalidade e residência;
b) Os funcionários nacionais de outros Estados, Artigo 19.º-A
quando a infração tiver sido cometida, total ou parcial-
mente, em território português; [...]
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 — O agente pode ser dispensado de pena sempre
d) Os magistrados e funcionários de tribunais inter- que:
nacionais, desde que Portugal tenha declarado aceitar
a competência desses tribunais; a) Tiver denunciado o crime no prazo máximo de
e) Todos os que exerçam funções no âmbito de pro- 30 dias após a prática do ato e sempre antes da instau-
cedimentos de resolução extrajudicial de conflitos, inde- ração de procedimento criminal, desde que volunta-
pendentemente da nacionalidade e residência, quando a riamente restitua a vantagem ou, tratando-se de coisa
infração tiver sido cometida, total ou parcialmente, em fungível, o seu valor; ou
território português; b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
f) Os jurados e árbitros nacionais de outros Estados, c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
quando a infração tiver sido cometida, total ou parcial-
mente, em território português. 2— .....................................

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .» Artigo 20.º
[...]
Artigo 2.º
1 — O titular de cargo político que no exercício das
Alteração à Lei n.º 34/87, de 16 de julho
suas funções ilicitamente se apropriar, em proveito
1 — Os artigos 3.º, 10.º, 19.º-A, 20.º, 21.º, 29.º, 31.º próprio ou de outra pessoa, de dinheiro ou qualquer
e 35.º da Lei n.º 34/87, de 16 de julho (Crimes de res- coisa móvel ou imóvel, pública ou particular, que
2012 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

lhe tenha sido entregue, esteja na sua posse ou lhe Artigo 3.º
seja acessível em razão das suas funções, é punido Alteração à Lei n.º 20/2008, de 21 de abril
com prisão de três a oito anos e multa até 150 dias,
se pena mais grave lhe não couber por força de outra Os artigos 2.º, 5.º, 8.º e 9.º da Lei n.º 20/2008, de 21 de
disposição legal. abril, que cria o novo regime penal de corrupção no comér-
2— ..................................... cio internacional e no sector privado, dando cumprimento
à Decisão Quadro n.º 2003/568/JAI, do Conselho, de 22
de julho, passam a ter a seguinte redação:
Artigo 21.º
[...] «Artigo 2.º
1 — O titular de cargo político que fizer uso ou per- [...]
mitir que outra pessoa faça uso, para fins alheios àqueles .........................................
a que se destinem, de coisa imóvel, de veículos ou de
outras coisas móveis de valor apreciável, públicos ou a) ‘Funcionário estrangeiro’ a pessoa que, ao serviço
particulares, que lhe forem entregues, estiverem na sua de um país estrangeiro, como funcionário, agente ou a
posse ou lhe forem acessíveis em razão das suas funções qualquer outro título, mesmo que provisória ou tempo-
é punido com prisão até dois anos ou com pena de multa rariamente, mediante remuneração ou a título gratuito,
até 240 dias. voluntária ou obrigatoriamente, tenha sido chamada a
2 — O titular de cargo político que der a dinheiro desempenhar ou a participar no desempenho de uma ati-
público um destino para uso público diferente daquele vidade compreendida na função pública administrativa
a que estiver legalmente afetado é punido com prisão ou jurisdicional ou, nas mesmas circunstâncias, desem-
até dois anos ou com pena de multa até 240 dias. penhar funções em organismos de utilidade pública ou
nelas participar ou que exerce funções de gestor, titular
dos órgãos de fiscalização ou trabalhador de empresa
Artigo 29.º pública, nacionalizada, de capitais públicos ou com
[...] participação maioritária de capital público e ainda de
empresa concessionária de serviços públicos, assim
.........................................
como qualquer pessoa que assuma e exerça uma função
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de serviço público em empresa privada no âmbito de
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . contrato público;
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) (Revogada.) d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 5.º
Artigo 31.º
[...]
[...]
.........................................
.........................................
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) A pena pode ser especialmente atenuada se o
b) Representante da República nas regiões autóno- agente auxiliar concretamente na recolha das provas
mas; decisivas para a identificação ou a captura de outros
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . responsáveis ou de algum modo contribuir decisiva-
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . mente para a descoberta da verdade;
e) (Revogada.) b) O agente pode ser dispensado de pena se, volunta-
f) (Revogada.) riamente, antes da prática do facto, repudiar o ofereci-
g) (Revogada.) mento ou a promessa que aceitara, restituir a vantagem
ou, tratando-se de coisa fungível, o seu valor.
Artigo 35.º Artigo 8.º
[...] [...]
1— ..................................... 1 — O trabalhador do sector privado que, por si ou,
2 — O disposto no número anterior aplica-se aos mediante o seu consentimento ou ratificação, por inter-
Representantes da República nas regiões autóno- posta pessoa, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro,
mas. sem que lhe seja devida, vantagem patrimonial ou não
3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .» patrimonial, ou a sua promessa, para um qualquer ato
ou omissão que constitua uma violação dos seus deveres
2 — É revogado o artigo 38.º da Lei n.º 34/87, de 16 funcionais é punido com pena de prisão até cinco anos
de julho (Crimes de responsabilidade dos titulares de car- ou com pena de multa até 600 dias.
gos políticos), alterada pelas Leis n.os 108/2001, de 28 2 — Se o ato ou omissão previsto no número anterior
de novembro, 30/2008, de 10 de julho, 41/2010, de 3 de for idóneo a causar uma distorção da concorrência ou um
setembro, 4/2011, de 16 de fevereiro, e 4/2013, de 14 de prejuízo patrimonial para terceiros, o agente é punido
janeiro. com pena de prisão de um a oito anos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2013

Artigo 9.º c) Beneficiar, com as devidas adaptações, das


[...]
medidas previstas na Lei n.º 93/99, de 14 de julho,
que regula a aplicação de medidas para a proteção
1 — Quem por si ou, mediante o seu consentimento de testemunhas em processo penal, alterada pelas
ou ratificação, por interposta pessoa der ou prometer Leis n.os 29/2008, de 4 de julho, e 42/2010, de 3 de
a pessoa prevista no artigo anterior, ou a terceiro com setembro.»
conhecimento daquela, vantagem patrimonial ou não
Aprovada em 20 de fevereiro de 2015.
patrimonial, que lhe não seja devida, para prosseguir
o fim aí indicado é punido com pena de prisão até três A Presidente da Assembleia da República, Maria da
anos ou com pena de multa. Assunção A. Esteves.
2 — Se a conduta prevista no número anterior visar
obter ou for idónea a causar uma distorção da con- Promulgada em 13 de abril de 2015.
corrência ou um prejuízo patrimonial para terceiros, o Publique-se.
agente é punido com pena de prisão até cinco anos ou
com pena de multa até 600 dias. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
3 — A tentativa é punível.» Referendada em 14 de abril de 2015.
Artigo 4.º O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
Alteração à Lei n.º 50/2007, de 31 de agosto
O artigo 13.º da Lei n.º 50/2007, de 31 de agosto, que
estabelece um novo regime de responsabilidade penal por PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS
comportamentos suscetíveis de afetar a verdade, a lealdade E MINISTÉRIOS DA ECONOMIA E DO AMBIENTE,
e a correção da competição e do seu resultado na atividade ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E ENERGIA
desportiva, passa a ter a seguinte redação:
Portaria n.º 113/2015
«Artigo 13.º
de 22 de abril
[...]
O Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro, intro-
1— .....................................
duziu alterações ao regime jurídico da urbanização e edi-
a) A pena pode ser especialmente atenuada se o ficação (RJUE) aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de
agente auxiliar concretamente na recolha das provas 16 de dezembro, que visam simplificar procedimentos,
decisivas para a identificação ou a captura de outros permitindo, designadamente, que, reunidas determinadas
responsáveis; condições, os interessados possam realizar determinadas
b) O agente pode ser dispensado de pena se repudiar operações, uma vez efetuada a comunicação prévia e pa-
voluntariamente, antes da prática do facto, o ofereci- gas as taxas devidas, sem dependência de qualquer ato
mento ou a promessa que aceitara ou restituir a vanta- permissivo expresso.
gem ou, tratando-se de coisa fungível, o seu valor. A agilização procedimental só é, contudo, exequível
se tiver igualmente expressão a nível regulamentar, pelo
2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .» que se impõe a revisão da Portaria n.º 232/2008, de 11 de
março, que define os elementos instrutores dos pedidos de
Artigo 5.º realização de operações urbanísticas.
Assim, optou-se pela manutenção da definição dos
Alteração à Lei n.º 19/2008, de 21 de abril elementos assente nos diversos tipos e procedimentos de
O artigo 4.º da Lei n.º 19/2008, de 21 de abril, que operações urbanísticas, conforme já constava dos diplo-
aprova medidas de combate à corrupção e procede à pri- mas anteriores, que se descriminam, quando for o caso,
meira alteração à Lei n.º 5/2002, de 11 de janeiro, à décima na parte dedicada ao controlo prévio tradicional, ou seja
sétima alteração à lei geral tributária e à terceira alteração à o licenciamento e autorização, e na parte relativa à comu-
Lei n.º 4/83, de 2 de abril, passa a ter a seguinte redação: nicação prévia.
Sem prejuízo do disposto no Decreto-Lei n.º 135/99,
«Artigo 4.º de 22 de abril, com a redação dada pelo Decreto-Lei
n.º 73/2014, de 13 de maio, em relação à obtenção
[...] de informação já seja detida pela própria Administra-
1 — Os trabalhadores da Administração Pública e de ção com preferência pela utilização da plataforma de
empresas do sector empresarial do Estado, assim como interoperabilidade da Administração Pública para o
os trabalhadores do sector privado, que denunciem o efeito, e uma vez que os elementos instrutórios dos
cometimento de infrações de que tiverem conhecimento procedimentos administrativos em causa não corres-
no exercício das suas funções ou por causa delas não pondem necessariamente a documentos a entregar pelos
podem, sob qualquer forma, incluindo a transferência requerentes, estabeleceu-se ainda a possibilidade de
não voluntária ou o despedimento, ser prejudicados. substituição de determinada informação pela inclusão
2— ..................................... de uma referência que permita o conhecimento do res-
3— ..................................... petivo procedimento administrativo, em casos como o
da junção da notificação de aprovação de um pedido
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de informação prévia no âmbito de procedimentos de
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . licenciamento.
2014 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

Assim: Artigo 5.º


Ao abrigo do disposto no n.º 4 do artigo 9.º e do n.º 4 do Entrada em vigor
artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro,
alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de A presente portaria produz efeitos no dia seguinte ao
9 de setembro: da sua publicação.
Manda o Governo, pelos Ministros Adjunto e do De- O Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional,
senvolvimento Regional, da Economia e do Ambiente, Luís Miguel Poiares Pessoa Maduro, em 8 de abril de
Ordenamento do Território e Energia, o seguinte: 2015. — O Ministro da Economia, António de Magalhães
Pires de Lima, em 9 de abril de 2015. — O Ministro do
Artigo 1.º Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge
Objeto Manuel Lopes Moreira da Silva, em 6 de abril de 2015.
A presente portaria identifica os elementos instrutó-
rios dos procedimentos previstos no Regime Jurídico ANEXO I
da Urbanização e Edificação (RJUE) aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de dezembro, alterado (a que se refere o n.º 1 do artigo 2.º)
e republicado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de
setembro. ELEMENTOS INSTRUTÓRIOS

Artigo 2.º I

Âmbito Elementos comuns aos procedimentos de controlo prévio


1 — É aprovada a lista dos elementos que, em função do 1 — Certidão da descrição e de todas as inscrições em
tipo e complexidade da operação urbanística, deve instruir vigor emitida pela conservatória do registo predial refe-
os processos apresentados no âmbito do RJUE, bem como rente ao prédio ou prédios abrangidos, ou indicação do
as condições de apresentação desses elementos, constantes, código de acesso à certidão permanente do registo predial;
respetivamente, dos Anexos I e II a esta portaria e que dela quando omissos, a respetiva certidão negativa do registo
fazem parte integrante. predial, acompanhada da caderneta predial onde constem
2 — São aprovados os modelos dos termos de res- os correspondentes artigos matriciais.
ponsabilidade que, sem prejuízo do disposto no número 2 — Delimitação da área objeto da operação e sua área
seguinte, devem ser apresentados no âmbito do RJUE, de enquadramento em planta de localização fornecida pela
constantes do anexo III à presente portaria e que dela faz câmara municipal ou planta de localização à escala 1:1.000,
parte integrante. com indicação das coordenadas geográficas dos limites da
3 — Os termos de responsabilidade dos autores dos pro- área da operação urbanística, no sistema de coordenadas
jetos de especialidade de infraestruturas de telecomunica- geográficas utilizado pelo município.
ções regem-se pelo disposto no Decreto-Lei n.º 123/2009, 3 — Levantamento topográfico, sempre que haja alte-
de 21 de maio, alterado e republicado pela Lei n.º 47/2013, ração da topografia ou da implantação das construções,
de 10 de julho. à escala de 1:200, ou de 1:500 no caso de loteamentos,
4 — Só podem ser exigidos documentos não constantes devidamente cotado, que identifique o prédio e a respe-
dos anexos a esta portaria quando previstos em lei especial tiva área, assim como o espaço público envolvente (vias,
ou em plano municipal ou intermunicipal de ordenamento passeios, estacionamentos, árvores e infraestruturas ou
do território. instalações aí localizadas, incluindo postes, tampas, sina-
5 — Os requerentes e comunicantes podem apresentar lização e mobiliário urbano).
documentos adicionais não enunciados no anexo I, que 4 — Planta de implantação, desenhada sobre o levan-
entendam pertinentes para o licenciamento e fiscalização tamento topográfico, quando este for exigível, indicando
das operações urbanísticas, assim como justificar a não a construção e as áreas impermeabilizadas e os respetivos
instrução do pedido com alguns dos elementos obrigató- materiais e, quando houver alterações na via pública, planta
rios previstos naquele anexo quando desnecessários face dessas alterações.
à pretensão em concreto. 5 — Memória descritiva contendo:
a) Área objeto do pedido;
Artigo 3.º b) Caracterização da operação urbanística;
Disposição transitória c) Enquadramento da pretensão nos planos territoriais
aplicáveis;
Até à conclusão dos processos de transposição do con- d) Justificação das opções técnicas e da integração ur-
teúdo dos planos especiais de ordenamento do território bana e paisagística da operação;
nos termos previstos no artigo 78.º da Lei n.º 31/2014, de e) Indicação das condicionantes para um adequado rela-
30 de maio, as operações urbanísticas que incidam sobre cionamento formal e funcional com a envolvente, incluindo
áreas abrangidas por planos especiais devem ser instruídas com a via pública e as infraestruturas ou equipamentos aí
com extratos das respetivas plantas. existentes;
f) Programa de utilização das edificações, quando for o
Artigo 4.º caso, incluindo a área a afetar aos diversos usos;
Norma revogatória
g) Áreas destinadas a infraestruturas, equipamentos,
espaços verdes e outros espaços de utilização coletiva e
É revogada a Portaria n.º 232/2008, de 11 de março. respetivos arranjos, quando estejam previstas;
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2015

h) Quadro sinóptico identificando a superfície total do (iv) Planta com indicação das áreas de cedência destina-
terreno objeto da operação e, em função da operação ur- das à implantação de espaços verdes e de utilização cole-
banística em causa, a área total de implantação, a área de tiva, infraestruturas viárias e equipamentos, acompanhada
implantação do edifício, a área total de construção, a área de quadros com as medições das áreas respetivas, exceto
de construção do edifício, o número de pisos, a altura da se não houver lugar a cedências para esses fins nos termos
fachada, as áreas a afetar aos usos pretendidos e as áreas do n.º 4 do artigo 44.º do RJUE, caso em que será indicado
de cedência, assim como a demonstração do cumprimento o valor e a forma de pagamento da compensação;
de outros parâmetros constantes de normas legais e regu-
lamentares aplicáveis; b) Termo de responsabilidade de técnico legalmente ha-
i) Quando se trate de operações de loteamento: bilitado a subscrever projetos que ateste que a execução da
operação de loteamento se conforma com o Regulamento
(i) Número de lotes e respetivas áreas, bem como as
Geral do Ruído, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007,
áreas e os condicionamentos relativos à implantação dos
de 17 de janeiro;
edifícios e construções anexas;
c) Plano de acessibilidades que apresente a rede de espa-
(ii) Área de construção e volumetria dos edifícios,
ços e equipamentos acessíveis, acompanhado do termo de
número de pisos e de fogos de cada um dos lotes, com
responsabilidade do seu autor que ateste que a execução da
especificação dos fogos destinados a habitações a custos
operação se conforma com o Decreto-Lei n.º 163/2006, de
controlados, quando previstos, e com indicação dos índi-
8 de agosto, desde que inclua tipologias do seu artigo 2.º
ces urbanísticos adotados, nomeadamente a distribuição
percentual das diferentes ocupações propostas para o solo,
8 — Quando se trate de obras de urbanização:
os índices de implantação e de construção e a densidade
habitacional, quando for o caso; a) Planta da situação existente, à escala de 1:1.000 ou
(iii) Redes de infraestruturas e sobrecarga que a preten- superior, correspondente ao estado e uso atual do terreno
são pode implicar, no caso de operações de loteamento em e de uma faixa envolvente com dimensão adequada à ava-
área não abrangida por plano de pormenor; liação da integração da operação na área em que se insere,
(iv) Solução adotada para o funcionamento das redes de com indicação dos valores naturais e construídos, de ser-
abastecimento de água, de energia elétrica, de saneamento, vidões administrativas e restrições de utilidade pública e
de gás e de telecomunicações e suas ligações às redes infraestruturas existentes;
gerais, quando for o caso; b) Termo de responsabilidade de técnico legalmente
(v) Estrutura viária adotada, especificando as áreas des- habilitado a subscrever projetos que ateste que a execução
tinadas às vias, acessos e estacionamentos de veículos, das obras de urbanização se conforma com o disposto no
incluindo as previstas em cave, quando for o caso. Regulamento Geral do Ruído, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 9/2007, de 17 de janeiro;
6 — Extratos das cartas da Reserva Agrícola Nacional c) Plano de acessibilidades que apresente a rede de espa-
e da Reserva Ecológica Nacional com a delimitação da ços e equipamentos acessíveis, acompanhado do termo de
área objeto da pretensão, quando se trate de operações responsabilidade do seu autor que ateste que a execução da
não abrangidas por plano municipal ou intermunicipal de operação se conforma com o Decreto-Lei n.º 163/2006, de
ordenamento do território e as operações não tenham sido 8 de agosto, desde que inclua tipologias do seu artigo 2.º,
precedidas por operação de loteamento, nem exista pedido quando se trate de obras em área não abrangida por ope-
de informação prévia em vigor. ração de loteamento.

II 9 — No caso de obras de edificação:

Elementos específicos da Informação Prévia


a) Quando a edificação esteja abrangida por operação
de loteamento, indicação do respetivo procedimento ad-
(requerida nos termos do n.º 2 do artigo 14.º do RJUE)
ministrativo;
b) Projeto de arquitetura, incluindo plantas à escala de
7 — No caso de operações de loteamento em área 1:500 ou superior, definindo a volumetria, alinhamento,
abrangida por plano de urbanização ou plano diretor mu- altura da fachada e implantação da edificação, dos muros
nicipal: de vedação e das construções anexas;
a) Projeto de loteamento, incluindo: c) Planta das infraestruturas locais e ligação às infraes-
truturas gerais;
(i) Planta da situação existente, à escala de 1:1.000 d) Planta com a definição das áreas de cedência desti-
ou superior, correspondente ao estado e uso atual do ter- nadas à implantação de espaços verdes, equipamentos de
reno e de uma faixa envolvente com dimensão adequada utilização coletiva e infraestruturas viárias, acompanhada
à avaliação da integração da operação na área em que se de quadros com as medições das áreas respetivas, exceto
insere, com indicação dos valores naturais e construídos, de se não houver lugar a cedências para esses fins;
servidões administrativas e restrições de utilidade pública e) Fotografias do imóvel sempre que se trate de obras de
e infraestruturas existentes; alteração, reconstrução, ampliação ou existam edificações
(ii) Planta síntese do loteamento à escala de 1:1.000 adjacentes;
ou superior contendo os elementos técnicos definidores f) Indicação da localização e dimensionamento das cons-
da modelação do terreno, da volumetria, alinhamentos, truções anexas, incluindo alçados a uma escala de 1:500
altura da fachada e implantação da edificação e dos muros ou superior, para os efeitos previstos na alínea d) do n.º 4
de vedação; do artigo 4.º do RJUE;
(iii) Planta das infraestruturas locais e ligação às infraes- g) Termo de responsabilidade de técnico legalmente
truturas gerais; habilitado a subscrever projetos que ateste que a execução
2016 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

das obras de urbanização se conforma com o disposto no e de uma faixa envolvente com dimensão adequada à ava-
Regulamento Geral do Ruído, aprovado pelo Decreto-Lei liação da integração da operação na área em que se insere,
n.º 9/2007, de 17 de janeiro; com indicação dos valores naturais e construídos, de ser-
h) Plano de acessibilidades que apresente a rede de espa- vidões administrativas e restrições de utilidade pública e
ços e equipamentos acessíveis, acompanhado do termo de infraestruturas existentes;
responsabilidade do seu autor que ateste que a execução da f) Planta de síntese do loteamento, à escala de 1:1.000 ou
operação se conforma com o Decreto-Lei n.º 163/2006, de superior, indicando, nomeadamente, a modelação proposta
8 de agosto, desde que inclua tipologias do seu artigo 2.º para o terreno, a estrutura viária, as redes de abastecimento
de água e de saneamento, de energia elétrica, de gás e
10 — Quando se trate de obras de demolição: de condutas destinadas à instalação de infraestruturas de
telecomunicações, a divisão em lotes e sua numeração,
a) Descrição sumária do estado de conservação do imó- finalidade, áreas de implantação e de construção, número
vel e da utilização futura do terreno; de pisos acima e abaixo da cota de soleira e número de
b) Peças desenhadas demonstrativas das técnicas de fogos, com especificação dos destinados a habitações a
demolição e das estruturas de contenção indicadas na me- custos controlados, quando previstos, e a localização dos
mória descritiva, quando aplicável; equipamentos e das áreas que lhes sejam destinadas, bem
c) Fotografias do imóvel. como das áreas para espaços verdes e de utilização coletiva;
g) Planta com identificação dos percursos acessíveis, de-
11 — Quando se trate de alteração de utilização: talhes métricos, técnicos e construtivos e uma peça escrita
Planta do edifício ou da fração com identificação do descrevendo e justificando as soluções adotadas;
respetivo prédio. h) Estudo que demonstre a conformidade com o Regu-
lamento Geral do Ruído, contendo informação acústica
12 — Quando se trate de outras operações urbanísticas: relativa à situação atual e à decorrente da execução da
operação de loteamento e termo de responsabilidade do
a) Planta à escala de 1:1.000 ou superior contendo os respetivo técnico;
elementos técnicos definidores da operação urbanística, i) Plano de acessibilidades que apresente a rede de espa-
nomeadamente da modelação do terreno; ços e equipamentos acessíveis, acompanhado do termo de
b) Termo de responsabilidade de técnico legalmente responsabilidade do seu autor que ateste que a execução da
habilitado a subscrever projetos que ateste da conformidade operação se conforma com o Decreto-Lei n.º 163/2006, de
da operação com o Regulamento Geral do Ruído, aprovado 8 de agosto, desde que inclua tipologias do seu artigo 2.º;
pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro; j) Planta com identificação das áreas de cedência para
c) Plano de acessibilidades que apresente a rede de espa- o domínio municipal, a qual será vertida para a planta do
ços e equipamentos acessíveis, acompanhado do termo de cadastro predial a apresentar após a conclusão da operação;
responsabilidade do seu autor que ateste que a execução da k) Simulação virtual tridimensional, nos casos em que
operação se conforma com o Decreto-Lei n.º 163/2006, de seja exigida discussão pública;
8 de agosto, desde que inclua tipologias do seu artigo 2.º l) Ficha de elementos estatísticos previstos na Portaria
n.º 235/2013, de 24 de julho.
III
14 — No caso de obras de urbanização:
Elementos específicos do licenciamento
a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de
13 — No caso de operações de loteamento:
qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização
a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de da operação ou da atribuição dos poderes necessários para
qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização agir em sua representação, sempre que tal comprovação
da operação ou da atribuição dos poderes necessários para não resulte diretamente do n.º 1;
agir em sua representação, sempre que tal comprovação b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu-
não resulte diretamente do n.º 1; nicar a aprovação de um pedido de informação prévia,
b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu- caso exista e esteja em vigor, ou indicação do respetivo
nicar a aprovação de um pedido de informação prévia, procedimento administrativo, acompanhada de declaração
caso exista e esteja em vigor, ou indicação do respetivo dos autores e coordenador dos projetos de que a opera-
procedimento administrativo, acompanhada de declaração ção respeita os limites constantes da informação prévia
dos autores e coordenador dos projetos de que a opera- favorável, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º
ção respeita os limites constantes da informação prévia do RJUE, se o requerente estiver a exercer a faculdade
favorável, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º prevista no n.º 6 do artigo 4.º do RJUE;
do RJUE, se o requerente estiver a exercer a faculdade c) Termos de responsabilidade subscritos pelos autores
prevista no n.º 6 do artigo 4.º do RJUE; dos projetos e coordenador do projeto quanto ao cum-
c) Termos de responsabilidade subscritos pelos auto- primento das disposições legais e regulamentares apli-
res dos projetos, incluindo o de loteamento e os projetos cáveis;
de obras de urbanização, e pelo coordenador do projeto, d) Comprovativo da contratação de seguro de responsa-
quanto ao cumprimento das disposições legais e regula- bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009,
mentares aplicáveis; de 3 de julho;
d) Comprovativo da contratação de seguro de responsa- e) Termo de responsabilidade de técnico legalmente
bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009, habilitado a subscrever projetos que ateste que a execução
de 3 de julho; das obras de urbanização se conforma com o Regulamento
e) Planta da situação existente, à escala de 1:1.000 ou Geral do Ruído, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de
superior, correspondente ao estado e uso atual do terreno 17 de janeiro;
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2017

f) Plano de acessibilidades que apresente a rede de espa- as fachadas e a cobertura, bem como as construções adja-
ços e equipamentos acessíveis, acompanhado do termo de centes, quando existam;
responsabilidade do seu autor que ateste que a execução da (iii) Cortes longitudinais e transversais à escala de 1:50
operação se conforma com o Decreto-Lei n.º 163/2006, de ou de 1:100 abrangendo o terreno, com indicação do perfil
8 de agosto, desde que inclua tipologias do seu artigo 2.º, existente e o proposto, bem como das cotas dos diversos
quando se trate de obras em área não abrangida por ope- pisos, da cota de soleira e dos acessos ao estacionamento;
ração de loteamento; (iv) Pormenores de construção, à escala adequada, es-
g) Planta da situação existente, à escala de 1:1.000 ou clarecendo a solução construtiva adotada para as paredes
superior, correspondente ao estado e uso atual do terreno exteriores do edifício e sua articulação com a cobertura,
e de uma faixa envolvente com dimensão adequada à ava- vãos de iluminação/ventilação e de acesso, bem como com
liação da integração da operação na área em que se insere, o pavimento exterior envolvente;
com indicação dos valores naturais e construídos, de ser- (v) Discriminação das partes do edifício correspondentes
vidões administrativas e restrições de utilidade pública e às várias frações e partes comuns, valor relativo de cada
infraestruturas existentes; fração, expressa em percentagem ou permilagem, do valor
h) Projetos de especialidades que integrem a obra, desig- total do prédio, caso se pretenda que o edifício fique sujeito
nadamente, infraestruturas viárias, redes de abastecimento ao regime da propriedade horizontal.
de águas, esgotos e drenagem, de gás, de eletricidade,
de telecomunicações, arranjos exteriores, contendo cada g) Calendarização da execução da obra, com estimativa
projeto memória descritiva e justificativa, bem como os do prazo de início e de conclusão dos trabalhos;
cálculos, se for caso disso, e as peças desenhadas, em h) Estimativa do custo total da obra;
escala tecnicamente adequada, e os respetivos termos de i) Plano de acessibilidades que apresente a rede de espa-
responsabilidade dos técnicos autores dos projetos; ços e equipamentos acessíveis, acompanhado do termo de
i) Calendarização da execução da obra, com estimativa responsabilidade do seu autor que ateste que a execução da
do prazo de início e de conclusão dos trabalhos; operação se conforma com o Decreto-Lei n.º 163/2006, de
j) Estimativa do custo total da obra e custo por especiali- 8 de agosto, desde que inclua tipologias do seu artigo 2.º;
dades, baseado em quantidades e qualidades dos trabalhos j) Termo de responsabilidade de técnico autor do projeto
necessários à sua execução, devendo ser adotadas as nor- de condicionamento acústico que ateste da conformidade
mas europeias e portuguesas em vigor ou as especificações da operação com o Regulamento Geral do Ruído, aprovado
do Laboratório Nacional de Engenharia Civil. pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro;
k) Fotografias do imóvel;
l) Ficha de elementos estatísticos previstos na Portaria
15 — No caso de obras de edificação, para efeitos de
n.º 235/2013, de 24 de julho;
aprovação do projeto de arquitetura: m) Facultativamente o requerente pode entregar, desde
a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de logo, os projetos de especialidades.
qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização
da operação ou da atribuição dos poderes necessários para 16 — Quando se trate de obras de edificação, na se-
agir em sua representação, sempre que tal comprovação quência da aprovação do projeto de arquitetura, projetos
não resulte diretamente do n.º 1; de especialidades em função do tipo de obra a executar,
b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu- nomeadamente:
nicar a aprovação de um pedido de informação prévia, a) Projeto de estabilidade que inclua o projeto de esca-
caso exista e esteja em vigor, ou indicação do respetivo vação e contenção periférica;
procedimento administrativo, acompanhada de declaração b) Projeto de alimentação e distribuição de energia elé-
dos autores e coordenador dos projetos de que a opera- trica e projeto de instalação de gás, quando exigível, nos
ção respeita os limites constantes da informação prévia termos da lei;
favorável, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º c) Projeto de redes prediais de água e esgotos;
do RJUE, se o requerente estiver a exercer a faculdade d) Projeto de águas pluviais;
prevista no n.º 6 do artigo 4.º do RJUE; e) Projeto de arranjos exteriores, quando exista logra-
c) Caso a operação seja abrangida por operação de lotea- douro privativo não pavimentado;
mento e o procedimento adotado for o do licenciamento f) Projeto de infraestruturas de telecomunicações;
nos termos do n.º 6 do artigo 4.º do RJUE, indicação do g) Estudo de comportamento térmico e demais elemen-
respetivo procedimento administrativo; tos previstos na Portaria n.º 349-C/2013, de 2 de dezembro;
d) Termos de responsabilidade subscritos pelos autores h) Projeto de instalações eletromecânicas, incluindo as
dos projetos e coordenador do projeto quanto ao cum- de transporte de pessoas e ou mercadorias;
primento das disposições legais e regulamentares apli- i) Projeto de segurança contra incêndios em edifícios;
cáveis; j) Projeto de condicionamento acústico;
e) Comprovativo da contratação de seguro de responsa- k) Termos de responsabilidade subscritos pelos autores
bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009, dos projetos quanto ao cumprimento das disposições legais
de 3 de julho; e regulamentares aplicáveis;
f) Projeto de arquitetura, incluindo: l) Comprovativo da contratação de seguro de responsa-
(i) Plantas à escala de 1:50 ou de 1:100 contendo as bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009,
dimensões e áreas e utilizações de todos os comparti- de 3 de julho.
mentos, bem como a representação do mobiliário fixo e
17 — Quando se trate de obras de demolição:
equipamento sanitário;
(ii) Alçados à escala de 1:50 ou de 1:100 com a indicação a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de
das cores e dos materiais dos elementos que constituem qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização
2018 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

da operação ou da atribuição dos poderes necessários para IV


agir em sua representação, sempre que tal comprovação
não resulte diretamente do n.º 1; Elementos específicos da comunicação prévia
b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu- 19 — No caso de operações de loteamento:
nicar a aprovação de um pedido de informação prévia,
caso exista e esteja em vigor, ou indicação do respetivo a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de
procedimento administrativo, acompanhada de declaração qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização
dos autores e coordenador dos projetos de que a opera- da operação ou da atribuição dos poderes necessários para
ção respeita os limites constantes da informação prévia agir em sua representação, sempre que tal comprovação
favorável, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º não resulte diretamente do n.º 1;
do RJUE, se o requerente estiver a exercer a faculdade b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu-
prevista no n.º 6 do artigo 4.º do RJUE; nicar a aprovação do pedido de informação prévia, ou
c) Caso a operação seja abrangida por operação de lo- indicação do respetivo procedimento administrativo, e
teamento, indicação do respetivo procedimento adminis- indicação da sua vigência acompanhado de declaração dos
trativo; autores e coordenador os projetos de que aquela respeita
d) Descrição da utilização futura do terreno; os limites constantes da informação prévia favorável, nos
e) Indicação do local de depósito dos entulhos; termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º do RJUE;
f) Projetos de especialidades necessários à execução c) Discriminação dos elementos apresentados em sede
dos trabalhos, incluindo o projeto de estabilidade ou de de pedido de informação prévia, cuja alteração tenha sido
contenção de construções adjacentes e termos de respon- imposta com a aprovação daquele pedido;
sabilidade dos seus autores; d) Pareceres, autorizações ou aprovações das entida-
g) Comprovativo da contratação de seguro de responsa- des externas cuja consulta seja obrigatória nos termos da
bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009, lei, exceto se estas já se pronunciaram favoravelmente
de 3 de julho; no âmbito de procedimento de informação prévia ou de
h) Calendarização da execução da obra, com estimativa aprovação de plano de pormenor, nos termos do n.º 2 do
do prazo de início e de conclusão dos trabalhos; artigo 13.º do RJUE, caso em que será indicado o procedi-
mento em que tal pronúncia ocorreu e em que termos;
i) Estimativa do custo total da obra;
e) Termos de responsabilidade subscritos pelos autores
j) Termos de responsabilidade assinados pelo diretor de
dos projetos e coordenador do projeto quanto ao cumpri-
fiscalização de obra e pelo diretor de obra;
mento das disposições legais e regulamentares aplicáveis;
k) Número do alvará, ou de registo, ou número de outro f) Comprovativo da contratação de seguro de responsa-
título habilitante emitido pelo InCI, I. P. que confira habi- bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009,
litações adequadas à natureza ou valor da obra; de 3 de julho;
l) Ficha de elementos estatísticos previstos na Portaria g) Planta da situação existente, à escala de 1:1.000 ou su-
n.º 235/2013, de 24 de julho. perior, correspondente ao estado e uso atual do terreno e de
uma faixa envolvente com dimensão adequada à avaliação da
18 — No caso de trabalhos de remodelação de terrenos: integração da operação na área em que se insere, com indicação
a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de dos valores naturais e construídos, de servidões administrativas
qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização e restrições de utilidade pública e infraestruturas existentes;
da operação ou da atribuição dos poderes necessários para h) Planta de síntese da operação de loteamento em for-
agir em sua representação, sempre que tal comprovação mato digital;
não resulte diretamente do n.º 1; i) Descrição pormenorizada dos lotes com indicação
b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu- dos artigos matriciais de proveniência, a qual é substituída
nicar a aprovação de um pedido de informação prévia, pela planta de cadastro predial, na qual se inclui as áreas
caso exista e esteja em vigor, ou indicação do respetivo de cedência, uma vez concluídos os trabalhos;
procedimento administrativo, acompanhada de declaração j) Calendarização da execução da obra, com estimativa
dos autores e coordenador dos projetos de que a opera- do prazo de início e de conclusão dos trabalhos;
ção respeita os limites constantes da informação prévia k) Estimativa do custo total da obra;
favorável, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º l) Documento comprovativo da prestação de caução;
do RJUE, se o requerente estiver a exercer a faculdade m) Apólice de seguro que cubra a responsabilidade pela
prevista no n.º 6 do artigo 4.º do RJUE; reparação dos danos emergentes de acidentes de trabalho,
c) Termos de responsabilidade subscritos pelos autores nos termos previstos na Lei n.º 100/97, de 13 de setembro;
dos projetos e coordenador do projeto quanto ao cumpri- n) Termo de responsabilidade assinado pelo diretor de
mento das normas legais e regulamentares aplicáveis; fiscalização de obra e pelo diretor de obra;
d) Comprovativo da contratação de seguro de responsa- o) Número do alvará, ou de registo, ou número de outro
bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009, título habilitante emitido pelo InCI, I. P. que confira habi-
de 3 de julho; litações adequadas à natureza ou valor da obra, quando as
e) Projetos de especialidades necessários à execução operações de loteamento incluam obras de urbanização;
dos trabalhos; p) Plano de segurança e saúde;
f) Projeto de execução dos trabalhos; q) Ficha de elementos estatísticos previstos na Portaria
n.º 235/2013, de 24 de julho.
g) Calendarização da execução da obra, com estimativa
do prazo de início e de conclusão dos trabalhos;
20 — No caso de obras de urbanização:
h) Estimativa do custo total da obra;
i) Ficha de elementos estatísticos previstos na Portaria a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de
n.º 235/2013, de 24 de julho. qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2019

da operação ou da atribuição dos poderes necessários para a execução da operação se conforma com o Decreto-Lei
agir em sua representação, sempre que tal comprovação n.º 163/2006, de 8 de agosto, desde que inclua tipologias
não resulte diretamente do n.º 1; do seu artigo 2.º;
b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu- s) Projeto de condicionamento acústico e termo de res-
nicar a aprovação de um pedido de informação prévia, ponsabilidade do respetivo técnico.
quando esta exista e esteja em vigor, ou indicação do
respetivo procedimento administrativo, acompanhado de 21 — Quando se trate de trabalhos de remodelação de
declaração dos autores e coordenador os projetos de que terrenos:
aquela respeita os limites constantes da informação prévia
favorável, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de
do RJUE; qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização
da operação ou da atribuição dos poderes necessários para
c) Cópia da notificação do deferimento do pedido de
agir em sua representação, sempre que tal comprovação
licenciamento da operação de loteamento ou indicação do
não resulte diretamente do n.º 1;
respetivo procedimento administrativo;
b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu-
d) Termos de responsabilidade subscritos pelos autores
nicar a aprovação de um pedido de informação prévia,
dos projetos e coordenador de projeto quanto ao cumpri-
quando esta exista e esteja em vigor, ou indicação do
mento das disposições legais e regulamentares aplicáveis;
respetivo procedimento administrativo, acompanhado de
e) Comprovativo da contratação de seguro de responsa-
declaração dos autores e coordenador os projetos de que
bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009,
aquela respeita os limites constantes da informação prévia
de 3 de julho;
favorável, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º
f) Pareceres, autorizações ou aprovações das entidades
do RJUE;
externas cuja consulta seja obrigatória nos termos da lei,
c) Pareceres, autorizações ou aprovações das entidades
exceto se estas já se pronunciaram favoravelmente no
externas cuja consulta seja obrigatória nos termos da lei,
âmbito da operação de loteamento ou plano de pormenor,
exceto se estas já se pronunciaram favoravelmente no
nos termos do n.º 2 do artigo 13.º do RJUE, caso em que
âmbito da operação de loteamento, nos termos do n.º 2 do
será indicado o procedimento e os termos em que tal pro-
artigo 13.º do RJUE, caso em que será indicado os termos
núncia ocorreu;
em que tal pronúncia ocorreu;
g) Planta da situação existente, à escala de 1:1.000 ou
d) Projetos das especialidades que integrem a obra,
superior, correspondente ao estado e uso atual do terreno
devendo cada projeto conter memória descritiva e justifi-
e de uma faixa envolvente com dimensão adequada à ava-
cativa, bem como os cálculos, se for caso disso, e as peças
liação da integração da operação na área em que se insere,
desenhadas, em escala tecnicamente adequada, com os
com indicação dos valores naturais e construídos, de ser-
respetivos termos de responsabilidade dos técnicos autores
vidões administrativas e restrições de utilidade pública e
dos projetos quanto ao cumprimento das normas legais e
infraestruturas existentes;
regulamentares aplicáveis;
h) Projetos das especialidades que integrem a obra,
e) Calendarização da execução da obra, com estimativa
designadamente das infraestruturas viárias, redes de abas-
do prazo de início e de conclusão dos trabalhos;
tecimento de águas, esgotos e drenagem, de gás, de eletri-
f) Estimativa do custo total da obra;
cidade, de telecomunicações, arranjos exteriores, devendo
g) Documento comprovativo da prestação de caução;
cada projeto conter memória descritiva e justificativa,
h) Apólice de seguro que cubra a responsabilidade pela
bem como os cálculos, se for caso disso, e as peças de-
reparação dos danos emergentes de acidentes de trabalho,
senhadas, em escala tecnicamente adequada, com os res-
nos termos previstos na Lei n.º 100/97, de 13 de setembro;
petivos termos de responsabilidade dos técnicos autores
i) Termo de responsabilidade assinado pelo diretor de
dos projetos;
fiscalização de obra e pelo diretor de obra;
i) Calendarização da execução da obra, com estimativa
j) Comprovativo da contratação de seguro de responsa-
do prazo de início e de conclusão dos trabalhos;
bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009,
j) Estimativa do custo total da obra e custo por especiali-
de 3 de julho;
dades, baseado em quantidades e qualidades dos trabalhos
k) Número do alvará, ou de registo, ou número de outro
necessários à sua execução, devendo ser adotadas as nor-
título habilitante emitido pelo InCI, I. P. que confira habi-
mas europeias e portuguesas em vigor ou as especificações
litações adequadas à natureza ou valor da obra;
do Laboratório Nacional de Engenharia Civil;
l) Livro de obra, com menção de termo de abertura;
k) Documento comprovativo da prestação de caução;
m) Plano de segurança e saúde;
l) Apólice de seguro que cubra a responsabilidade pela
n) Ficha de elementos estatísticos previstos na Portaria
reparação dos danos emergentes de acidentes de trabalho,
n.º 235/2013, de 24 de julho.
nos termos previstos na Lei n.º 100/97, de 13 de setembro;
m) Termo de responsabilidade assinado pelo diretor de
22 — Quando se trate de comunicação prévia de obras
fiscalização de obra e pelo diretor de obra;
de edificação:
n) Número do alvará, ou de registo, ou número de outro
título habilitante emitido pelo InCI, I. P. que confira habi- a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de
litações adequadas à natureza ou valor da obra; qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização
o) Livro de obra, com menção de termo de abertura; da operação ou da atribuição dos poderes necessários para
p) Plano de segurança e saúde; agir em sua representação, sempre que tal comprovação
q) Projeto de contrato de urbanização, quando exista; não resulte diretamente do n.º 1;
r) Plano de acessibilidades que apresente a rede de b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu-
espaços e equipamentos acessíveis, acompanhado do nicar a aprovação de um pedido de informação prévia,
termo de responsabilidade do seu autor que ateste que quando esta exista e esteja em vigor, ou indicação do
2020 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

respetivo procedimento administrativo, acompanhado de (iv) Pré-certificado do SCE, emitido por perito quali-
declaração dos autores e coordenador dos projetos de que ficado no âmbito do Sistema de Certificação Energética
aquela respeita os limites constantes da informação prévia dos Edifícios.
favorável, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º
do RJUE; j) Quando se trate de obras de construção, reconstru-
c) Termos de responsabilidade subscritos pelos autores ção, ampliação, alteração, ou conservação de imóvel de
dos projetos e coordenador do projeto quanto ao cum- edifícios de comércio e serviços, os elementos previstos no
primento das disposições legais e regulamentares apli- ponto 2.1 do anexo à Portaria n.º 349-C/2013, de 2 de de-
cáveis; zembro, relativa ao desempenho energético de edifícios:
d) Comprovativo da contratação de seguro de responsa-
bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009, (i) Termo(s) de responsabilidade subscrito(s) pelo
de 3 de julho; autor(es) do(s) projeto(s) do(s) sistema(s) técnicos(s) ob-
e) Pareceres, autorizações ou aprovações das entidades jeto de requisitos, no âmbito do Regulamento de Desem-
externas cuja consulta seja obrigatória nos termos da lei, penho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços
exceto se estas já se pronunciaram favoravelmente no (RECS), quanto ao cumprimento das disposições legais e
âmbito da operação de loteamento ou plano de pormenor, regulamentares aplicáveis;
nos termos do n.º 2 do artigo 13.º do RJUE, caso em que (ii) Declaração ou outra prova de reconhecimento de
capacidade profissional dos técnicos responsáveis pelo(s)
será indicado o procedimento e os termos em que tal pro-
projeto(s) do(s) sistema(s) técnico(s) objeto de requisitos
núncia ocorreu;
no âmbito do Regulamento de Desempenho Energético
f) Projeto de arquitetura, a apresentar nos termos da
dos Edifícios de Comércio e Serviços (RECS), emitida
alínea f) do n.º 15;
pela respetiva ordem profissional;
g) Projetos de especialidades, a apresentar em função
(iii) Projeto(s) do(s) sistema(s) técnico(s) objeto de
do tipo de obra a executar, com os respetivos termos de
requisitos no âmbito do Regulamento de Desempenho
responsabilidade dos técnicos autores dos projetos quanto
Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços (RECS),
ao cumprimento das normas legais e regulamentares apli-
elaborado(s) pelo(s) técnico(s) responsável(is) pelo(s)
cáveis, nomeadamente:
mesmo(s), onde devem constar evidências das soluções
(i) Projeto de estabilidade que inclua o projeto de esca- adotadas e os cálculos efetuados;
vação e contenção periférica; (iv) Pré-certificado do SCE, emitido por perito quali-
(ii) Projeto de alimentação e distribuição de energia ficado no âmbito do Regulamento de Desempenho Ener-
elétrica e projeto de instalação de gás, quando exigível, gético dos Edifícios de Comércio e Serviços.
nos termos da lei;
(iii) Projeto de redes prediais de água e esgotos; k) Fotografias do imóvel sempre que se trate de obras de
(iv) Projeto de águas pluviais; alteração, reconstrução, ampliação ou existam edificações
(v) Projeto de arranjos exteriores, quando exista logra- adjacentes;
douro privativo não pavimentado; l) Calendarização da execução da obra, incluindo prazos
(vi) Projeto de infraestruturas de telecomunicações; para o início e para o termo da execução dos trabalhos;
(vii) Estudo de comportamento térmico e demais ele- m) Estimativa do custo total da obra;
mentos previstos na Portaria n.º 349-C/2013, de 2 de de- n) Apólice de seguro que cubra a responsabilidade pela
zembro; reparação dos danos emergentes de acidentes de trabalho,
(viii) Projeto de instalações eletromecânicas, incluindo nos termos previstos na Lei n.º 100/97, de 13 de setembro;
as de transporte de pessoas e ou mercadorias; o) Apólice de seguro de construção, quando for legal-
(ix) Projeto de segurança contra incêndios em edifícios; mente exigível;
(x) Projeto de condicionamento acústico. p) Termo de responsabilidade assinado pelo diretor de
fiscalização de obra e pelo diretor de obra;
h) Plano de acessibilidades que apresente a rede de q) Número do alvará ou de registo emitido pelo
espaços e equipamentos acessíveis, acompanhado do InCI, I. P., que confira habilitações adequadas à natureza
termo de responsabilidade do seu autor que ateste que e valor da obra;
a execução da operação se conforma com o Decreto-Lei r) Livro de obra, com menção de termo de abertura;
n.º 163/2006, de 8 de agosto, desde que inclua tipologias s) Plano de segurança e saúde;
do seu artigo 2.º; t) Ficha de elementos estatísticos previstos na Portaria
i) Quando se trate de obras de construção, reconstrução, n.º 235/2013, de 24 de julho.
ampliação, alteração, ou conservação de imóvel de edifí-
cios de habitação, os elementos previstos no ponto 1.1 do 23 — Quando se trate de obras de demolição:
anexo à Portaria n.º 349-C/2013, de 2 de dezembro, relativa
a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de
ao desempenho energético de edifícios:
qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização
(i) Termo de responsabilidade subscrito pelo autor do da operação ou da atribuição dos poderes necessários para
projeto de comportamento térmico; agir em sua representação, sempre que tal comprovação
(ii) Projeto de comportamento térmico elaborado por não resulte diretamente do n.º 1;
técnico responsável, onde devem constar evidências das b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu-
soluções adotadas e os cálculos efetuados e cumprimento nicar a aprovação de um pedido de informação prévia,
do Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios caso exista e esteja em vigor, ou indicação do respetivo
de Habitação; procedimento administrativo, acompanhada de declaração
(iii) Ficha resumo caracterizadora do edifício e da in- dos autores e coordenador dos projetos de que a opera-
tervenção preconizada; ção respeita os limites constantes da informação prévia
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2021

favorável, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º e) Calendarização da execução da obra, com estimativa
do RJUE, se o requerente estiver a exercer a faculdade do prazo de início e de conclusão dos trabalhos;
prevista no n.º 6 do artigo 4.º do RJUE; f) Estimativa do custo total da obra;
c) Caso a operação seja abrangida por operação de lo- g) Documento comprovativo da prestação de caução;
teamento, indicação do respetivo procedimento adminis- h) Apólice de seguro que cubra a responsabilidade pela
trativo; reparação dos danos emergentes de acidentes de trabalho,
d) Pareceres, autorizações ou aprovações das entidades nos termos previstos na Lei n.º 100/97, de 13 de setembro;
externas cuja consulta seja obrigatória nos termos da lei, i) Termo de responsabilidade assinado pelo diretor de
exceto se estas já se pronunciaram favoravelmente no fiscalização de obra e pelo diretor de obra;
âmbito da operação de loteamento ou plano de pormenor, j) Comprovativo da contratação de seguro de responsa-
nos termos do n.º 2 do artigo 13.º do RJUE, caso em que bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009,
será indicado o procedimento e os termos em que tal pro- de 3 de julho;
núncia ocorreu; k) Número do alvará, ou de registo, ou número de outro
e) Descrição da utilização futura do terreno; título habilitante emitido pelo InCI, I. P. que confira habi-
f) Indicação do local de depósito dos entulhos; litações adequadas à natureza ou valor da obra;
g) Projetos de especialidades necessários à execução l) Livro de obra, com menção de termo de abertura;
dos trabalhos, incluindo o projeto de estabilidade ou de m) Plano de segurança e saúde;
contenção de construções adjacentes; n) Ficha de elementos estatísticos previstos na Portaria
h) Calendarização da execução da obra, com estimativa n.º 235/2013, de 24 de julho.
do prazo de início e de conclusão dos trabalhos;
i) Estimativa do custo total da obra; V
j) Comprovativo da contratação de seguro de responsa-
bilidade civil dos técnicos, nos termos da Lei n.º 31/2009, Elementos específicos dos pedidos de autorização
de 3 de julho; e alteração de utilização
k) Ficha de elementos estatísticos previstos na Portaria 25 — Quando se trate de autorização de utilização de
n.º 235/2013, de 24 de julho; edifícios ou suas frações formulado na sequência de rea-
l) Apólice de seguro que cubra a responsabilidade pela lização de obra sujeita a controlo prévio:
reparação dos danos emergentes de acidentes de trabalho,
nos termos previstos na Lei n.º 100/97, de 13 de setembro; a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de
m) Termo de responsabilidade assinado pelo diretor de qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização
fiscalização de obra e pelo diretor de obra; da operação ou da atribuição dos poderes necessários para
n) Número do alvará, ou de registo, ou número de outro agir em sua representação, sempre que tal comprovação
título habilitante emitido pelo InCI, I. P. que confira habi- não resulte diretamente do n.º 1;
litações adequadas à natureza ou valor da obra; b) Termo de responsabilidade subscrita pelo dire-
o) Livro de obra, com menção de termo de abertura; tor da obra ou do diretor de fiscalização da obra, nos
p) Plano de segurança e saúde. termos do n.º 1 do artigo 63.º do RJUE e, ainda, nos
termos e para os efeitos do disposto nas alíneas a) e b)
24 — No caso de comunicação prévia de outras ope- do n.º 1.2 e 2.2 do anexo à Portaria n.º 349-C/2013, de
rações urbanísticas: 2 de dezembro;
c) Declaração ou outra prova de reconhecimento
a) Documentos comprovativos da qualidade de titular de da capacidade profissional dos técnicos responsáveis
qualquer direito que lhe confira a faculdade de realização mencionados nas alíneas anteriores, emitida pela res-
da operação ou da atribuição dos poderes necessários para petiva ordem profissional, nos termos na alínea c) do
agir em sua representação, sempre que tal comprovação n.º 1.2 e 2.2 do anexo à Portaria n.º 349-C/2013 de 2
não resulte diretamente do n.º 1; de dezembro;
b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu- d) Ficha resumo caracterizadora do edifício e da in-
nicar a aprovação de um pedido de informação prévia, tervenção realizada, de acordo com o modelo ficha 2,
quando esta exista e esteja em vigor, ou indicação do constante do anexo à Portaria n.º 349-C/2013, de 2 de
respetivo procedimento administrativo, acompanhado de dezembro, caso se trate de edifício de habitação;
declaração dos autores e coordenador os projetos de que e) Certificado SCE, emitido por perito qualificado no
aquela respeita os limites constantes da informação prévia âmbito do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios;
favorável, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º f) Termo de responsabilidade subscrito por pessoa le-
do RJUE; galmente habilitada a ser autor de projeto, nos termos
c) Pareceres, autorizações ou aprovações das entidades de regime jurídico que define a qualificação profissional
externas cuja consulta seja obrigatória nos termos da lei, exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e subs-
exceto se estas já se pronunciaram favoravelmente no crição de projetos, pela fiscalização e pela direção da obra,
âmbito da operação de loteamento ou plano de pormenor, caso o requerente queira fazer uso da faculdade concedida
nos termos do n.º 2 do artigo 13.º do RJUE, caso em que pelo n.º 3 do artigo 64.º do RJUE;
será indicado o procedimento e os termos em que tal pro- g) Termo de responsabilidade subscrito por pessoa le-
núncia ocorreu; galmente habilitada a ser autor de projeto, nos termos
d) Projetos das especialidades que integrem a obra bem de regime jurídico que define a qualificação profissional
como os cálculos, se for caso disso, e as peças desenhadas, exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e subs-
em escala tecnicamente adequada, com os respetivos ter- crição de projetos, relativo à conformidade da obra com
mos de responsabilidade dos técnicos autores dos projetos o projeto acústico;
quanto ao cumprimento das normas legais e regulamentares h) Cópia do título da operação urbanística ao abrigo da
aplicáveis; qual foram realizadas as obras;
2022 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

i) Telas finais, quando aplicável; ANEXO III


j) Ficha de elementos estatísticos previstos na Portaria
n.º 235/2013, de 24 de julho. (a que se refere o n.º 2 do artigo 2.º)

26 — Quando se trate de pedido de autorização ou TERMOS DE RESPONSABILIDADE


alteração de utilização de edifícios ou suas frações não
precedido de operação urbanística sujeita a controlo I
prévio:
Termo de responsabilidade do autor do projeto de... (a)
a) Documentos previstos no número anterior, com ex-
ceção dos referidos nas alíneas b), c), f), g) e h); … (b), morador na…, contribuinte n.º…, inscrito
b) Cópia da notificação da câmara municipal a comu- na… (c) sob o n.º…, declara, para efeitos do disposto no
nicar a aprovação de um pedido de informação prévia, n.º 1 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de de-
quando esta existir e estiver em vigor, ou indicação do zembro, na redação que lhe foi conferida pela Decreto-Lei
respetivo procedimento administrativo, acompanhado de n.º 136/2014, de 9 de setembro, que o projeto de… (a), de
declaração dos autores e coordenador os projetos de que que é autor, relativo à obra de… (d), localizada em… (e),
aquela respeita os limites constantes da informação prévia cujo… (f) foi... (g) por … (h):
favorável, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 17.º a) Observa as normas legais e regulamentares aplicáveis,
do RJUE; designadamente … (i);
c) Termo de responsabilidade subscrito por pessoa b) Está conforme com os planos municipais ou inter-
legalmente habilitada a ser autor de projeto, nos termos municipais de ordenamento do território aplicáveis à pre-
de regime jurídico que define a qualificação profissio- tensão, bem como com … (j).
nal exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e
subscrição de projetos, relativo à conformidade da uti- …. (data).
lização prevista com as normas legais e regulamentares … (assinatura) (k).
que fixam os usos e utilizações admissíveis, bem como
Instruções de preenchimento
à idoneidade do edifício ou sua fração autónoma para o
fim pretendido. (a) Identificar o tipo de operação urbanística, projeto
de arquitetura ou de especialidade em questão.
(b) Indicar nome e habilitação do autor do projeto.
ANEXO II (c) Indicar associação pública de natureza profissional,
quando for o caso;
Condições de apresentação dos elementos instrutórios (d) Indicar a natureza da operação urbanística a realizar.
(e) Indicar a localização da obra (rua, número de polícia
1 — Os elementos instrutórios que devam ser apre- e freguesia).
sentados em formato digital, devem assumir o formato (f) Indicar se se trata de licenciamento ou comunicação
“pdf”, ou, caso contenham peças desenhadas, o formato prévia.
“.dwf” e o formato “.dwg” ou formatos abertos equi- (g) Indicar que foi “requerido” no caso de licenciamento
valentes, adotados nos termos da Lei n.º 36/2011, de ou “apresentado” no caso de comunicação prévia.
21 de junho no que respeita à implantação da operação (h) Indicar o nome e morada do requerente ou comu-
urbanística. nicante.
2 — As peças escritas devem respeitar o formato A4. (i) Discriminar, designadamente, as normas técnicas ge-
3 — Os elementos instrutórios devem incluir um índice rais e específicas de construção, o alvará de loteamento ou a
que indique os documentos apresentados e estes devem informação prévia, quando aplicáveis, bem como justificar
ser paginados. de forma fundamentada os motivos da não observância das
4 — As peças desenhadas devem incluir legendas, con- normas técnicas e regulamentares, nos casos previstos no
tendo todos os elementos necessários à identificação da n.º 5 do artigo 10.º RJUE.
peça: o nome do requerente, a localização, o número do (j) Indicar a licença de loteamento ou informação prévia,
desenho, a escala, a especificação da peça desenhada e o quando aplicável.
nome do autor do projeto. (k) Assinatura reconhecida nos termos gerais de direito
5 — Todas as peças escritas e desenhadas dos projetos ou assinatura digital qualificada, nomeadamente através
devem ser datadas e assinadas pelo autor ou autores do do cartão de cidadão.
projeto.
6 — Sempre que a operação urbanística a apreciar com- II
preenda alterações ou demolições parciais e/ ou afetar a
via pública, devem ser utilizadas para a sua representação Termo de responsabilidade do coordenador do projeto de... (a)
as seguintes cores convencionais:
… (b), morador na…, contribuinte n.º…, inscrito
a) A vermelha para os elementos a construir; na… (c) sob o n.º…, declara, para efeitos do disposto no
b) A amarela para os elementos a demolir; n.º 1 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de
c) A preta para os elementos a manter; dezembro, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-
d) A azul para elementos a legalizar. -Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro, que o projeto de… (a),
de que é coordenador, relativo à obra de… (d), localizada
em… (e), cujo… (f) foi … (g) por … (h):
7 — As escalas indicadas nos desenhos não dispensam
a cotagem, quer nos desenhos com as cores convencionais, a) Observa as normas legais e regulamentares aplicáveis,
quer nos desenhos com a proposta final. designadamente … (i);
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2023

b) Está conforme com os planos municipais ou inter- Instruções de preenchimento


municipais de ordenamento do território aplicáveis à pre- (a) Indicar o nome e habilitação profissional do diretor
tensão, bem como com (j). da obra ou diretor de fiscalização de obra.
(b) Indicar associação pública de natureza profissional,
… (data). quando for o caso.
… (assinatura) (k). (c) Identificar a localização da obra (rua, número de
polícia e freguesia).
Instruções de preenchimento (d) Indicar o nome e morada do titular.
(a) Identificar o tipo de operação urbanística, projeto (e) Indicar a data da conclusão da obra.
de arquitetura ou de especialidade em questão (f) A preencher nos casos previstos no n.º 2 do artigo 63.º
(b) Indicar nome e habilitação do autor do projeto. do RJUE.
(c) Indicar associação pública de natureza profissional, (g) Indicar o nome e habilitação profissional.
quando for o caso; (h) Indicar se se trata de técnico autor do projeto ou de
(d) Indicar a natureza da operação urbanística a realizar. mandatário do dono da obra com a habilitação legalmente
(e) Indicar a localização da obra (rua, número de polícia exigida para o efeito.
e freguesia). (i) Assinatura reconhecida nos termos gerais de direito
(f) Indicar se se trata de licenciamento ou comunicação ou assinatura digital qualificada, nomeadamente através
prévia. do cartão de cidadão.
(g) Indicar que foi “requerido” no caso de licenciamento IV
ou “apresentado” no caso de comunicação prévia.
(h) Indicar o nome e morada do requerente ou comu- Termo de responsabilidade do autor/coordenador do projeto
nicante.
(i) Discriminar, designadamente, as normas técnicas ge- … (a), morador na …, contribuinte n.º …, inscrito na
rais e específicas de construção, o alvará de loteamento ou a … (b) sob o n.º …, declara, para efeitos do disposto no
informação prévia, quando aplicáveis, bem como justificar n.º 3 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de
de forma fundamentada os motivos da não observância das dezembro, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-
normas técnicas e regulamentares, nos casos previstos no -Lei n.º Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro, que … (c), de
n.º 5 do artigo 10.º RJUE. que é autor/coordenador dos projetos, relativo à obra de
(j) Indicar a licença de loteamento ou informação prévia, … (d), localizada em … (e), cujo pedido de informação
quando aplicável. prévia foi requerida por … (f), respeita os limites constantes
(k) Assinatura reconhecida nos termos gerais de direito da informação prévia favorável.
ou assinatura digital qualificada, nomeadamente através … (data).
do cartão de cidadão. … (assinatura) (g)
Instruções de preenchimento
III
(a) Indicar o nome e habilitação do autor ou do coor-
Termo de responsabilidade do diretor de fiscalização denador do projeto.
e do diretor de obra (b) Indicar associação pública de natureza profissional,
… (a), morador na …, contribuinte n.º …, inscrito quando for o caso.
na … (b) sob o n.º …, declara, na qualidade de dire- (c) Indicar o pedido de licenciamento ou apresentação
tor de fiscalização da obras, que a obra localizada em de comunicação prévia.
… (c), à qual foi atribuído o alvará de licença ou titulo (d) Indicar a natureza da operação urbanística a realizar.
de comunicação prévia de obras de edificação n.º …, (e) Identificar a localização da obra (rua, número de
cujo titular é … (d), se encontra concluída desde … (e), polícia e freguesia).
em conformidade com o projeto aprovado ou apresen- (f) Indicar o nome e morada do requerente ou comunicante.
tado, com as condicionantes da licença, com a utilização (g) Assinatura reconhecida nos termos gerais de direito
prevista no alvará de licença ou titulo de comunicação ou assinatura digital qualificada, nomeadamente através
prévia, e que as alterações efetuadas ao projeto estão em do cartão de cidadão.
conformidade com normas legais e regulamentares que V
lhe são aplicáveis;
(f) …. (g), morador na …., contribuinte n.º …, inscrito Termo de responsabilidade do autor do Plano
na … (b) sob o n.º …, declara, na qualidade de … (h), que de Acessibilidades
a obra localizada em... (c), à qual foi atribuído o alvará de … (a), morador na …, contribuinte n.º …, inscrito na
licença ou título de comunicação prévia de obras de edi- … (b) sob o n.º …, declara, para efeitos do disposto no n.º 1
ficação n.º …, cujo titular é … (d), se encontra concluída do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezem-
em conformidade com o projeto aprovado ou apresen- bro, e do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 163/2006, de
tado, com as condicionantes da licença, com a utilização 8 de agosto, ambos com a redação conferida pelo Decreto-
prevista no alvará de licença ou título de comunicação -Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro, que o plano de acessi-
prévia, e que as alterações efetuadas ao projeto estão em bilidades de que é autor, relativo à obra de … (c), localizada
conformidade com normas legais e regulamentares que em … (d), cujo … (e) foi … (f) por … (g) observa as normas
lhe são aplicáveis legais e regulamentares aplicáveis, com exceção … (h);
…. (data). … (data).
… (assinatura) (i). … (assinatura) (i).
2024 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

Instruções de preenchimento que estabelece o regime das depreciações e amortizações


(a) Indicar nome e habilitação do autor do projeto. para efeitos do imposto sobre o rendimento das pessoas
(b) Indicar associação pública de natureza profissional, coletivas.
quando for o caso;
(c) Indicar a natureza da operação urbanística a realizar. Artigo 2.º
(d) Indicar a localização da obra (rua, número de polícia Alteração ao Decreto Regulamentar
e freguesia). n.º 25/2009, de 14 de setembro
(e) Indicar se se trata de licenciamento ou comunicação
Os artigos 1.º, 2.º a 5.º, 9.º, 10.º, 11.º, 12.º, 15.º, 16.º e
prévia.
(f) Indicar que foi “requerido” no caso de licenciamento 18.º do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de setem-
ou “apresentado” no caso de comunicação prévia. bro, alterado pela Leis n.os 64-B/2011, de 30 de dezembro,
(g) Indicar o nome e morada do requerente ou comu- 2/2014, de 16 de janeiro, e 82-D/2014, de 31 de dezembro,
nicante. passam a ter a seguinte redação:
(h) Indicar, quando for o caso, as normas técnicas de
acessibilidades que não foram cumpridas e justificação «Artigo 1.º
dos motivos que legitimam o incumprimento. [...]
(i) Assinatura reconhecida nos termos gerais de direito
ou assinatura digital qualificada, nomeadamente através 1 - […].
do cartão de cidadão. 2 - Salvo razões devidamente justificadas e aceites
pela Autoridade Tributária e Aduaneira, as depreciações
e amortizações só são consideradas:
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS a) [...];
b) [...].
Decreto Regulamentar n.º 4/2015 3 - [...].
de 22 de abril
Artigo 2.º
Na sequência da entrada em vigor da Lei n.º 2/2014,
de 16 de janeiro, alterada pelo Decreto-Lei n.º 162/2014, [...]
de 31 de outubro, que procedeu à reforma da tributa- 1 - [...]:
ção das sociedades, foram introduzidas alterações ao
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas a) [...];
Coletivas, nomeadamente em matéria de depreciações e b) [...];
amortizações, as quais impõem a necessidade de adap- c) Valor de mercado, à data do reconhecimento
tar, alterando em conformidade, algumas disposições inicial, para os bens objeto de avaliação para este
do regime de depreciações e amortizações, atualmente efeito, quando não seja conhecido o custo de aqui-
constante do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 sição ou de produção, podendo esse valor ser objeto
de setembro, alterado pela Leis n.os 64-B/2011, de 30 de correção, para efeitos fiscais, quando se considere
de dezembro, 2/2014, de 16 de janeiro, e 82-D/2014, excedido.
de 31 de dezembro.
Adicionalmente, é adaptado o conteúdo de algumas 2 - [...].
das normas do Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 3 - [...].
14 de setembro, alterado pela Leis n.os 64-B/2011, de 4 - [...].
30 de dezembro, 2/2014, de 16 de janeiro, e 82-D/2014, 5 - Para efeitos da determinação do valor depreciável
de 31 de dezembro, às alterações entretanto ocorridas ou amortizável, previsto nos números anteriores:
em matéria de tributação das sociedades, procedendo-se
ainda à atualização das referências contidas no referido a) Não são consideradas as despesas de desmante-
diploma à extinta Direção-Geral dos Impostos, as quais lamento; e
são substituídas pela referência à Autoridade Tributária b) Deduz-se o valor residual.
e Aduaneira.
Assim: 6 - [Anterior n.º 5].
Nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, 7 - [Anterior n.º 6].
e do n.º 1 do artigo 31.º do Código do Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto- Artigo 3.º
-Lei n.º 442-B/88, de 30 de novembro, na redação dada [...]
pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, o Governo decreta
o seguinte: 1 - [...].
2 - [...].
Artigo 1.º 3 - [...].
4 - [...].
Objeto
5 - Não são aceites como gastos para efeitos fiscais
O presente diploma procede à quarta alteração ao as depreciações ou amortizações praticadas para além
Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de setembro, do período máximo de vida útil, ressalvando-se os ca-
alterado pela Leis n.os 64-B/2011, de 30 de dezembro, sos devidamente justificados e aceites pela Autoridade
2/2014, de 16 de janeiro, e 82-D/2014, de 31 de dezembro, Tributária e Aduaneira.
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2025

Artigo 4.º 3 - Em relação aos imóveis adquiridos sem indicação


[...]
expressa do valor do terreno referido na alínea a) do
número anterior, o valor a atribuir a este, para efeitos
1 - O cálculo das depreciações e amortizações faz-se, fiscais, é fixado em 25 % do valor global, a menos que o
em regra, pelo método da linha reta. sujeito passivo estime outro valor com base em cálculos
2 - [...]. devidamente fundamentados e aceites pela Autoridade
3 - A adoção pelo sujeito passivo de métodos de Tributária e Aduaneira.
depreciação e amortização diferentes dos referidos nos 4 - [...].
números anteriores, de que resulte a aplicação de quotas 5 - [...].
de depreciação ou amortização superiores às previstas
no presente decreto regulamentar, depende de autoriza- Artigo 11.º
ção da Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual deve [...]
ser solicitada até ao termo do período de tributação no
1 - Não são aceites como gastos as depreciações das
qual o sujeito passivo pretenda iniciar a aplicação de tais
viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, incluindo
métodos, através de requerimento em que se indiquem
os veículos elétricos, na parte correspondente ao custo
as razões que os justificam.
de aquisição ou ao valor revalorizado excedente ao
montante a definir por portaria do membro do Governo
Artigo 5.º responsável pela área das finanças, bem como dos bar-
Método da linha reta cos de recreio e aviões de turismo.
2 - O disposto no número anterior não é aplicável
1 - No método da linha reta, a quota anual de depre-
aos bens aí referidos que estejam afetos à exploração
ciação ou amortização que pode ser aceite como gasto
de serviço público de transportes ou que se destinem
do período de tributação é determinada aplicando-se a ser alugados no exercício da atividade normal do
aos valores mencionados no n.º 1 do artigo 2.º as taxas sujeito passivo.
de depreciação ou amortização específicas fixadas na
tabela I anexa ao presente decreto regulamentar, e que
Artigo 12.º
dele faz parte integrante, para os elementos do ativo
dos correspondentes ramos de atividade ou, quando [...]
estas não estejam fixadas, as taxas genéricas fixadas
1 - Os elementos depreciáveis ou amortizáveis adqui-
na tabela II anexa ao presente decreto regulamentar, e
ridos ou produzidos por entidades concessionárias que,
que dele faz parte integrante.
nos termos das regras de normalização contabilística
2 - [...].
aplicáveis, sejam reconhecidos como elementos do seu
3 - Relativamente aos elementos para os quais não se
ativo fixo tangível ou intangível e que, nos termos das
encontrem fixadas, nas tabelas referidas no n.º 1, taxas cláusulas do contrato de concessão, sejam revertíveis
de depreciação ou amortização são aceites as que pela no final desta, podem ser depreciados ou amortizados
Autoridade Tributária e Aduaneira sejam consideradas em função do número de anos que restem do período
razoáveis, tendo em conta o período de vida útil espe- de concessão, quando aquele for inferior ao seu período
rada daqueles elementos. mínimo de vida útil.
4 - [...]. 2 - [...].
5 - [...]. 3 - [...].
Artigo 9.º Artigo 15.º
[...] [...]

1 - [...]. 1 - [...].
2 - [...]. 2 - [...].
3 - A aplicação do regime mencionado no n.º 1 a ati- a) [...];
vos fixos tangíveis que estejam sujeitos a um desgaste b) Não é aceite como gasto, para efeitos fiscais, a
mais rápido do que o normal em consequência de causas parte do valor depreciável ou amortizável dos elementos
diferentes das previstas no referido número, desde que do ativo que tenham sofrido perdas por imparidade nos
devidamente justificadas e respeitado o limiar máximo termos do artigo 31.º-B do Código do IRC que corres-
estabelecido na alínea b) do n.º 1 e as limitações men- ponda à reavaliação efetuada.
cionadas no número anterior, depende de autorização
da Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual deve ser
3 - [...].
solicitada até ao termo do primeiro período de tributa-
ção no qual o sujeito passivo pretenda aplicar aquele Artigo 16.º
regime, através de requerimento em que se indiquem
as quotas de depreciação a praticar e as razões que as [...]
justificam. 1 - [...].
4 - [...]. 2 - [...].
3 - Exceto em caso de deperecimento efetivo, devi-
Artigo 10.º damente comprovado e reconhecido pela Autoridade
[...] Tributária e Aduaneira, não são amortizáveis:
1 - [...]. a) Trespasses de estabelecimentos comerciais, indus-
2 - [...]. triais ou agrícolas;
2026 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

b) [...]. Foi ouvida a Associação Nacional de Municípios Por-


tugueses.
Artigo 18.º Assim:
[...]
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
tituição, o Governo decreta o seguinte:
1 - [...].
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, as Artigo 1.º
quotas mínimas de depreciação ou amortização são
Objeto
determinadas através da aplicação, aos valores men-
cionados no artigo 2.º, das taxas iguais a metade das O presente decreto-lei procede à primeira alteração ao
fixadas nos termos do artigo 5.º, dependendo a utilização Decreto-Lei n.º 376/2007, de 8 de novembro, que adotou
de quotas inferiores de comunicação à Autoridade Tri- as medidas necessárias para garantir a aplicação do Regu-
butária e Aduaneira, efetuada até ao termo do primeiro lamento (CE) n.º 1082/2006, do Parlamento Europeu e do
período de tributação em que o sujeito passivo pretenda Conselho, de 5 de julho de 2006, relativo aos agrupamentos
iniciar a aplicação de tais quotas, na qual se indiquem as europeus de cooperação territorial (AECT) por forma a
quotas a praticar e as razões que justificam a respetiva garantir a conformidade entre o conteúdo do referido de-
utilização. creto-lei e o enquadramento legislativo da União Europeia
3 - [...].» resultante da adoção do Regulamento (UE) n.º 1302/2013,
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 de do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro
março de 2015. — Pedro Passos Coelho — Maria Luís de 2013.
Casanova Morgado Dias de Albuquerque — António de
Magalhães Pires de Lima — Maria de Assunção Oliveira Artigo 2.º
Cristas Machado da Graça. Alteração ao Decreto-Lei n.º 376/2007, de 8 de novembro
Promulgado em 16 de abril de 2015. Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º e 12.º do De-
Publique-se. creto-Lei n.º 376/2007, de 8 de novembro, passam a ter a
seguinte redação:
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Referendado em 17 de abril de 2015. «Artigo 1.º
O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. […]
O presente decreto-lei adota as medidas neces-
sárias para garantir a aplicação do Regulamento
(CE) n.º 1082/2006, do Parlamento Europeu e do
MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS Conselho, de 5 de julho de 2006, tendo em conta
as alterações introduzidas pelo Regulamento (UE)
Decreto-Lei n.º 60/2015 n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu e do Conse-
lho, de 17 de dezembro de 2013, relativo aos agrupa-
de 22 de abril mentos europeus de cooperação territorial (AECT),
O Decreto-Lei n.º 376/2007, de 8 de novembro, ado- no que se refere à clarificação, à simplificação e à
tou as medidas necessárias para garantir a aplicação em melhoria da constituição e do funcionamento desses
Portugal do Regulamento (CE) n.º 1082/2006, do Par- agrupamentos.
lamento Europeu e do Conselho, de 5 de julho de 2006,
sobre os agrupamentos europeus de cooperação territorial Artigo 2.º
(AECT). […]
Tendo em conta o Regulamento (UE) n.º 1302/2013, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 1 - Os AECT são pessoas coletivas públicas de na-
2013, que altera o Regulamento (CE) n.º 1082/2006, de tureza associativa constituídas, em regra, por entida-
5 de julho de 2006, relativo aos AECT, no que se refere à des de, pelo menos, dois Estados-Membros da União
clarificação, à simplificação e à melhoria da constituição e Europeia, que têm por missão facilitar e promover a
do funcionamento desses AECT e ponderada a experiência cooperação territorial incluindo uma ou mais das ver-
desenvolvida em Portugal no âmbito da sua criação e do tentes de cooperação, transfronteiriça, transnacional e
seu funcionamento, verificou-se ser necessário introduzir inter-regional entre os seus membros, com o intuito de
um conjunto de alterações ao Decreto-Lei n.º 376/2007, reforçar a coesão económica e social no território da
de 8 de novembro, tendo em vista garantir a aplicação União Europeia.
conforme e efetiva daquele Regulamento no ordenamento 2 - […].
jurídico nacional.
Pretende-se, com as presentes alterações, facilitar Artigo 3.º
a constituição e o funcionamento dos AECT existen- […]
tes e a constituir, clarificar as disposições em vigor,
permitindo, assim, a sua utilização mais ampla com 1 - Os AECT têm por atribuição principal a execução
vista a contribuir para uma maior consistência e me- de projetos ou ações de cooperação territorial cofinan-
lhor cooperação entre organismos públicos, sem criar ciados pela União Europeia através do Fundo Europeu
encargos adicionais para as administrações nacionais de Desenvolvimento Regional, do Fundo Social Euro-
ou da União Europeia. peu e ou do Fundo de Coesão.
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2027

2 - Os AECT podem ainda promover a realização de 3 - A Agência, I.P., verifica a conformidade da no-
estudos, planos, programas e projetos ou outras formas tificação com o preceituado no número anterior, acei-
de relacionamento entre agentes, estruturas e entidades tando-a ou rejeitando-a, na ausência de qualquer um dos
públicas suscetíveis de contribuírem para o desenvol- elementos previstos, caso em que a mesma é devolvida
vimento dos respetivos territórios, com ou sem cofi- à entidade proponente para suprir as deficiências exis-
nanciamento público, nacional ou da União Europeia, tentes.
bem como gerir infraestruturas e equipamentos e ainda 4 - Aceite a notificação, a Agência I.P., propõe ao
prestar serviços de interesse público. membro do Governo responsável pela área do desen-
volvimento regional a consulta ao membro do Go-
Artigo 4.º verno responsável pela área dos negócios estrangeiros
e aos membros do Governo responsáveis em razão da
[…] matéria objeto da atividade do AECT, a fim de verifi-
1 - […]: carem, respetivamente, a conformidade dos projetos
de convénio e dos estatutos tanto com o direito da
a) […]; União Europeia e os compromissos internacionais
b) […]; assumidos pelo Estado Português, como com o direito
c) […]; interno.
d) […]; 5 - Os membros do Governo consultados pronun-
e) As empresas públicas na aceção do n.º 2 do ar- ciam-se sobre o convénio proposto no prazo de 30 dias
tigo 4.º da Diretiva n.º 2014/25/UE, do Parlamento Eu- a contar da data de receção do mesmo.
ropeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014, relativa 6 - [Anterior n.º 7].
aos contratos públicos celebrados pelas entidades que 7 - Compete ao membro do Governo responsável
operam nos setores da água, da energia, dos transportes pela área do desenvolvimento regional, sob proposta
e dos serviços postais; da Agência, I.P., aprovar formalmente a participação
f) Os organismos de direito público na aceção do do ou dos potenciais membros do AECT e o convénio,
ponto 4 do n.º 1 do artigo 2.º da Diretiva n.º 2014/24/UE, caso a sua sede estatutária se localize em território
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de feve- nacional.
reiro de 2014, relativa aos contratos públicos; 8 - A decisão sobre a participação num AECT deve
g) As empresas encarregadas das operações de ser- ser tomada e notificada aos interessados no prazo
viços de interesse económico geral de acordo com a de seis meses a contar da data de receção de uma
legislação da União Europeia e a legislação nacional candidatura admissível, findo o qual, caso não sejam
aplicáveis; formuladas objeções, essa participação é considerada
h) Autoridades ou organismos nacionais, regionais aprovada.
ou locais ou empresas públicas equivalentes às referidas 9 - Não obstante o disposto no número anterior, para
na alínea e), de países terceiros sob reserva das condi- criação do AECT, é necessária a aprovação formal do
ções estabelecidas no artigo 3.º-A do Regulamento (CE) convénio no Estado-Membro em que se localize a sede
n.º 1082/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, estatutária proposta pelo AECT.
de 5 de julho de 2006, alterado pelo Regulamento (UE) 10 - Quaisquer alterações ao convénio que cria o
n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, AECT, incluindo a adesão de novos membros, ou quais-
de 17 de dezembro de 2013. quer alterações aos estatutos carecem de aprovação, a
conceder nos termos previstos nos números anteriores,
2 - […]. com as necessárias adaptações.
11 - Os pedidos de informação adicional ao membro
Artigo 5.º potencial do AECT dão lugar à interrupção do prazo
referido no n.º 8.
[…] 12 - A interrupção prevista no número anterior tem
1 - A constituição de um AECT encontra-se sujeita início no dia seguinte à data do envio das observações
ao procedimento previsto no presente artigo e inicia-se ao membro potencial do AECT e termina quando este
com notificação dirigida à Agência para o Desenvol- responde às observações.
vimento e Coesão, I.P., abreviadamente designada por 13 - Não há lugar à interrupção do prazo previsto
Agência, I.P., subscrita pelos seus potenciais membros. no n.º 8 se o membro potencial do AECT apresentar
2 - A notificação referida no número anterior é ins- uma resposta às observações no prazo de 10 dias úteis
truída com os seguintes elementos: a contar do início do período de interrupção.
a) Cópia do convénio proposto e do projeto de es- Artigo 6.º
tatutos, elaborados de acordo com os artigos 8.º e 9.º
do Regulamento (CE) n.º 1082/2006, do Parlamento […]
Europeu e do Conselho, de 5 de julho de 2006, alterado Em tudo o que não for regulado pelo Regulamento
pelo Regulamento (UE) n.º 1302/2013, do Parlamento (CE) n.º 1082/2006, do Parlamento Europeu e do Con-
Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, selho, de 5 de julho de 2006, alterado pelo Regulamento
especificados no anexo I ao presente decreto-lei, do qual (UE) n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu e do Con-
faz parte integrante; selho, de 17 de dezembro de 2013, e pelo presente de-
b) [Anterior alínea c) do n.º 3]; creto-lei, aplicam-se aos AECT com sede estatutária em
c) [Anterior alínea d) do n.º 3]; Portugal os princípios e as disposições legais aplicáveis
d) [Anterior alínea e) do n.º 3]. às associações públicas.
2028 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

Artigo 7.º União Europeia, o país terceiro ou o país ou terri-


[…]
tório ultramarino (PTU) que partilhe uma fronteira
terrestre comum ou que seja, em conjunto com um
1 - Os AECT com sede estatutária em Portugal cons- Estado-Membro, elegível no quadro de um programa
tituem-se mediante escritura pública, adquirindo perso- marítimo conjunto transfronteiriço ou transnacional
nalidade jurídica na data do registo ou publicação da ao abrigo da cooperação territorial europeia, ou de
sua constituição. outros programas de cooperação transfronteiriça,
2 - A constituição de um AECT é publicada na 2.ª sé- de travessia marítima ou relativos às bacias ma-
rie do Diário da República, devendo ser acompanhada rítimas, mesmo quando o país terceiro ou o PTU
do respetivo convénio e estatutos. e o Estado-Membro estejam separados por águas
3 - São também objeto de publicação, nos termos internacionais.
previstos no número anterior, quaisquer alterações ao 3 - O AECT pode ser constituído por membros si-
convénio e estatutos que ocorram após a constituição tuados no território de um Estado-Membro da União
do AECT. Europeia e de um ou mais países terceiros vizinhos,
4 - Os membros do AECT informam os incluindo as regiões ultraperiféricas, sempre que esse
Estados-Membros em causa e o Comité das Regiões AECT seja compatível com o âmbito da cooperação
da publicação do convénio e dos estatutos. territorial no contexto da cooperação transfronteiriça
5 - O AECT assegura, no prazo de 10 dias úteis a ou transnacional ou das suas relações bilaterais com os
contar da publicação do convénio e dos estatutos, o países terceiros em causa.
envio ao Comité das Regiões de um pedido de acordo 4 - Para efeitos do disposto no presente artigo, os
com o modelo constante do anexo ao Regulamento países terceiros vizinhos, incluindo as suas regiões ul-
(UE) n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu e do traperiféricas, compreendem as fronteiras marítimas
Conselho, de 17 de dezembro de 2013, constante do entre os países em causa.
anexo II ao presente decreto-lei, do qual faz parte 5 - No caso de um AECT com um potencial mem-
integrante. bro de um PTU, o Estado-Membro da União Europeia
com o qual o PTU tem um elo assegura-se de que estão
Artigo 12.º preenchidas as condições do presente artigo e, tendo
em conta as suas relações com o PTU aprova a par-
[…] ticipação do membro potencial, nos termos do artigo
1 - A Inspeção-Geral de Finanças é a autoridade seguinte, ou confirma por escrito ao Estado-Membro em
nacional competente para efeito de controlo da exe- que ficar situada a sede estatutária proposta do AECT,
cução dos fundos públicos pelos AECT, prevista no que as autoridades competentes do PTU aprovaram
artigo 6.º do Regulamento (CE) n.º 1082/2006, do a participação do membro potencial de acordo com
Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de julho de condições e procedimentos equivalentes aos previstos
2006, alterado pelo Regulamento (UE) n.º 1302/2013, no Regulamento (CE) n.º 1082/2006, de 5 de julho de
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de de- 2006, alterado pelo Regulamento (UE) n.º 1302/2013,
zembro de 2013. do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de de-
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior zembro de 2013.
e caso as funções de um AECT abranjam ações co- 6 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, um AECT pode
financiadas pela União Europeia, são aplicáveis a também ser constituído por membros situados no terri-
legislação nacional e da União Europeia, relativa ao tório de, pelo menos, dois Estados-Membros da União
controlo dos fundos europeus estruturais e de inves- Europeia, incluindo as suas regiões ultraperiféricas, e
timento.» de um ou mais PTU, com ou sem membros de um ou
mais países terceiros.
Artigo 3.º 7 - Sem prejuízo do disposto no n.º 3, um AECT
pode também ser constituído por membros situados
Aditamento ao Decreto-Lei n.º 376/2007, de 8 de novembro no território de um único Estado-Membro, da União
É aditado ao Decreto-Lei n.º 376/2007, de 8 de novem- Europeia incluindo as suas regiões ultraperiféricas, e
bro, o artigo 4.º-A, com a seguinte redação: de um ou mais PTU, com ou sem membros de um ou
mais países terceiros.»

«Artigo 4.º-A
Artigo 4.º
Constituição dos agrupamentos europeus
de cooperação territorial Aditamento dos anexos I e II ao Decreto-Lei
n.º 376/2007, de 8 de novembro
1 - Um AECT pode ser constituído por membros
situados no território de, pelo menos, dois Estados- São aditados ao Decreto-Lei n.º 376/2007, de 8 de
-Membros da União Europeia e de um ou mais países novembro, os anexos I e II, com a redação constante do
terceiros vizinhos de, pelo menos, um dos Estados- anexo I ao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante.
-Membros, incluindo as suas regiões ultraperiféri-
cas, caso esses Estados-Membros e países terceiros Artigo 5.º
realizem conjuntamente ações de cooperação terri-
Disposições transitórias
torial ou executem programas apoiados pela União
Europeia. 1 - Os AECT constituídos até 21 de dezembro de 2013
2 - Para os efeitos do disposto no presente decreto- não são obrigados a alterar o seu convénio ou os seus
-lei, considera-se vizinho de um Estado-Membro da estatutos em conformidade com as disposições do Regu-
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2029

lamento (UE) n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu e do ANEXO I


Conselho, de 17 de dezembro de 2013.
2 - O convénio e os estatutos de AECT em relação (a que se refere o artigo 4.º)
aos quais se tenha iniciado um procedimento nos ter-
«ANEXO I
mos do artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1082/2006,
de 5 de julho de 2006, antes de 22 de junho de 2014,
[a que se refere a alínea a) do n.º 2 do artigo 5.º]
e para os quais apenas estejam pendentes o registo ou
a publicação nos termos do artigo 5.º do mesmo Regu-
Convénio e estatutos
lamento, são registados ou publicados, ou registados e
publicados, nos termos do disposto no Regulamento (CE) Convénio
n.º 1082/2006, de 5 de julho de 2006, na redação vigente
antes da alteração introduzida pelo Regulamento (UE) O convénio específica:
n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, a) A designação dos agrupamentos europeus de coope-
de 17 de dezembro de 2013, aplicando-se as disposições ração territorial (AECT) e a sua sede estatutária;
constantes do Decreto-Lei n.º 376/2007, de 8 de novem- b) O âmbito territorial em que o AECT pode exercer
bro, na redação vigente antes da alteração introduzida as suas funções;
pelo presente decreto-lei. c) O objetivo e as funções do AECT;
3 - Os AECT em relação aos quais se tenha iniciado d) A duração do AECT e as condições da sua dissolução;
um procedimento nos termos do artigo 4.º do Regula- e) A lista dos membros do AECT;
mento (CE) n.º 1082/2006, de 5 de julho de 2006, mais f) A lista dos órgãos do AECT e as suas respetivas com-
de seis meses antes de 22 de junho de 2014 são aprovados petências;
nos termos do Regulamento (CE) n.º 1082/2006, de 5 g) A legislação da União Europeia e a legislação nacio-
de julho de 2006, na redação vigente antes da alteração nal do Estado-Membro em que o AECT tem a sua sede
introduzida pelo Regulamento (UE) n.º 1302/2013, do estatutária para efeitos de interpretação e aplicação do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro convénio;
de 2013, aplicando-se as disposições constantes do De- h) A legislação da União Europeia aplicável e a legis-
creto-Lei n.º 376/2007, de 8 de novembro, na redação lação nacional do Estado-Membro em que os órgãos dos
vigente antes da alteração introduzida pelo presente de- AECT exercem as suas competências;
creto-lei. i) As disposições para a participação de membros de
4 - Outros AECT para além dos referidos nos n.ºs 2 países terceiros ou de PTU, se for caso disso, incluindo a
e 3 em relação aos quais se tenha iniciado um procedi- identificação da lei aplicável no caso de o AECT exercer
mento nos termos do artigo 4.º do Regulamento (CE) as suas funções em países terceiros ou em PTU;
n.º 1082/2006, de 5 de julho de 2006, antes de 22 de junho j) A legislação da União Europeia e a legislação nacional
de 2014 são aprovados nos termos do referido Regula- aplicáveis diretamente às atividades dos AECT realizadas
mento, com a redação que lhe é dada pelo Regulamento no âmbito das funções especificadas no convénio;
(UE) n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu e do Conse- k) As regras aplicáveis ao pessoal do AECT, bem como
lho, de 17 de dezembro de 2013, aplicando-se as disposi- os princípios que regem as disposições em matéria de ges-
ções constantes do presente decreto-lei. tão do pessoal e de procedimentos de recrutamento;
l) As disposições relativas à responsabilidade do AECT
Artigo 6.º e dos respetivos membros;
m) Os mecanismos adequados para o reconhecimento
Republicação mútuo, assim como para o controlo financeiro da gestão
É republicado no anexo II ao presente decreto-lei, do dos fundos públicos; e
qual faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 376/2007, de n) Os procedimentos de adoção dos estatutos e de al-
8 de novembro, com a redação atual. teração do convénio, que devem respeitar as obrigações
estabelecidas nos artigos 4.º e 5.º do presente decreto-lei.
Artigo 7.º Nos casos em que as funções de um AECT se cinjam
Entrada em vigor apenas à gestão de um programa de cooperação, ou uma
parte de um programa de cooperação, no âmbito do Re-
O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte gulamento (UE) n.º 1299/2013, Parlamento Europeu e do
ao da sua publicação. Conselho, de 17 de dezembro de 2013, ou caso um AECT
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 de tenha por objeto a cooperação ou redes inter-regionais, a
fevereiro de 2015. — Pedro Passos Coelho — Maria Luís informação prevista na alínea b) do n.º 2, não é exigida.
Casanova Morgado Dias de Albuquerque — Rui Manuel
Estatutos
Parente Chancerelle de Machete — Luís Miguel Poiares
Pessoa Maduro. Os estatutos do AECT são aprovados pelos seus mem-
Promulgado em 7 de abril de 2015. bros, deliberando por unanimidade, com base e nos termos
do respetivo convénio, e devem especificar, no mínimo,
Publique-se. o seguinte:
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. a) As disposições em matéria de funcionamento dos seus
Referendado em 9 de abril de 2015. órgãos e as respetivas competências, bem como o número
de representantes dos membros nos órgãos relevantes;
O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. b) Os procedimentos de tomada de decisões;
2030 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

c) A língua ou línguas de trabalho;


d) As disposições relativas ao seu funcionamento;
e) Os procedimentos no que respeita à gestão e ao re-
crutamento do pessoal;
f) O regime de contribuição financeira dos membros;
g) As normas contabilísticas e orçamentais aplicáveis
aos seus membros;
h) A designação do auditor externo independente das
respetivas contas; e
i) Os procedimentos de alteração dos estatutos.

ANEXO II

(a que se refere o n.º 5 do artigo 7.º)

Constituição de um agrupamento europeu


de cooperação territorial

A designação de um agrupamento europeu de coope-


ração territorial cujos membros tenham responsabilidade
limitada inclui o termo ‘limitada’ [artigo 12.º, n.º 2 A do
Regulamento (UE) n.º 1302/2013 do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013]
O asterisco* indica os campos obrigatórios.

ANEXO II

(a que se refere o artigo 6.º)

Republicação do Decreto-Lei n.º 376/2007,


de 8 de novembro

Artigo 1.º
Objeto
O presente decreto-lei adota as medidas necessárias para
garantir a aplicação do Regulamento (CE) n.º 1082/2006,
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de julho de
2006, tendo em conta as alterações introduzidas pelo Re-
gulamento (UE) n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, relativo aos
agrupamentos europeus de cooperação territorial (AECT),
no que se refere à clarificação, à simplificação e à melhoria
da constituição e do funcionamento desses agrupamentos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2031

Artigo 2.º Artigo 4.º-A


Natureza e missão Constituição dos agrupamentos europeus
de cooperação territorial
1 - Os AECT são pessoas coletivas públicas de natureza
associativa constituídas, em regra, por entidades de, pelo 1 - Um AECT pode ser constituído por membros situados
menos, dois Estados-Membros da União Europeia, que no território de, pelo menos, dois Estados-Membros da União
têm por missão facilitar e promover a cooperação territo- Europeia e de um ou mais países terceiros vizinhos de, pelo
rial incluindo uma ou mais das vertentes de cooperação, menos, um dos Estados-Membros, incluindo as suas regiões
transfronteiriça, transnacional e inter-regional entre os seus ultraperiféricas, caso esses Estados-Membros e países ter-
membros, com o intuito de reforçar a coesão económica e ceiros realizem conjuntamente ações de cooperação territo-
social no território da União Europeia. rial ou executem programas apoiados pela União Europeia.
2 - Os AECT são entidades dotadas de personalidade 2 - Para os efeitos do disposto no presente decreto-lei,
jurídica e gozam da mais ampla capacidade jurídica reco- considera-se vizinho de um Estado-Membro da União
nhecida às pessoas coletivas pela lei portuguesa. Europeia, o país terceiro ou o país ou território ultramarino
(PTU) que partilhe uma fronteira terrestre comum ou que
Artigo 3.º seja, em conjunto com um Estado-Membro, elegível no
quadro de um programa marítimo conjunto transfronteiriço
Atribuições
ou transnacional ao abrigo da cooperação territorial euro-
1 - Os AECT têm por atribuição principal a execução peia, ou de outros programas de cooperação transfrontei-
de projetos ou ações de cooperação territorial cofinancia- riça, de travessia marítima ou relativos às bacias marítimas,
dos pela União Europeia através do Fundo Europeu de mesmo quando o país terceiro ou o PTU e o Estado-Mem-
Desenvolvimento Regional, do Fundo Social Europeu e bro estejam separados por águas internacionais.
ou do Fundo de Coesão. 3 - O AECT pode ser constituído por membros situados
2 - Os AECT podem ainda promover a realização de no território de um Estado-Membro da União Europeia e de
estudos, planos, programas e projetos ou outras formas de um ou mais países terceiros vizinhos, incluindo as regiões
relacionamento entre agentes, estruturas e entidades pú- ultraperiféricas, sempre que esse AECT seja compatível
blicas suscetíveis de contribuírem para o desenvolvimento com o âmbito da cooperação territorial no contexto da
dos respetivos territórios, com ou sem cofinanciamento cooperação transfronteiriça ou transnacional ou das suas
público, nacional ou da União Europeia, bem como gerir relações bilaterais com os países terceiros em causa.
infraestruturas e equipamentos e ainda prestar serviços de 4 - Para efeitos do disposto no presente artigo, os países
interesse público. terceiros vizinhos, incluindo as suas regiões ultraperiféri-
cas, compreendem as fronteiras marítimas entre os países
Artigo 4.º em causa.
Membros dos AECT 5 - No caso de um AECT com um potencial membro de
um PTU, o Estado-Membro da União Europeia com o qual
1 - Podem ser membros de um AECT: o PTU tem um elo assegura-se de que estão preenchidas
a) O Estado, através dos serviços e entidades que inte- as condições do presente artigo e, tendo em conta as suas
gra, respetivamente, na sua administração direta e indireta; relações com o PTU aprova a participação do membro poten-
b) As autarquias locais; cial, nos termos do artigo seguinte, ou confirma por escrito
c) As comunidades intermunicipais; ao Estado-Membro em que ficar situada a sede estatutária
d) As áreas metropolitanas; proposta do AECT, que as autoridades competentes do PTU
e) As empresas públicas na aceção do n.º 2 do artigo 4.º aprovaram a participação do membro potencial de acordo
da Diretiva n.º 2014/25/UE, do Parlamento Europeu e do com condições e procedimentos equivalentes aos previstos
Conselho, de 26 de fevereiro de 2014, relativa aos contratos no Regulamento (CE) n.º 1082/2006, de 5 de julho de 2006,
públicos celebrados pelas entidades que operam nos setores alterado pelo Regulamento (UE) n.º 1302/2013, do Parla-
da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais; mento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013.
f) Os organismos de direito público na aceção do ponto 4 6 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, um AECT pode
do n.º 1 do artigo 2.º da Diretiva n.º 2014/24/UE, do Par- também ser constituído por membros situados no território
lamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de de, pelo menos, dois Estados-Membros da União Europeia,
2014, relativa aos contratos públicos; incluindo as suas regiões ultraperiféricas, e de um ou mais
g) As empresas encarregadas das operações de serviços PTU, com ou sem membros de um ou mais países terceiros.
de interesse económico geral de acordo com a legisla- 7 - Sem prejuízo do disposto no n.º 3, um AECT pode
ção da União Europeia e a legislação nacional aplicáveis; também ser constituído por membros situados no território
h) Autoridades ou organismos nacionais, regionais de um único Estado-Membro, da União Europeia incluindo
ou locais ou empresas públicas equivalentes às referidas as suas regiões ultraperiféricas, e de um ou mais PTU, com
na alínea e), de países terceiros sob reserva das condi- ou sem membros de um ou mais países terceiros.
ções estabelecidas no artigo 3.º-A do Regulamento (CE)
n.º 1082/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, Artigo 5.º
de 5 de julho de 2006, alterado pelo Regulamento (UE) Participação em AECT
n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
17 de dezembro de 2013. 1 - A constituição de um AECT encontra-se sujeita ao
procedimento previsto no presente artigo e inicia-se com
2 - Podem ser igualmente membros de um AECT as notificação dirigida à Agência para o Desenvolvimento e
associações constituídas por entidades pertencentes a uma Coesão, I.P., abreviadamente designada por Agência, I.P.,
ou mais das categorias referidas no número anterior. subscrita pelos seus potenciais membros.
2032 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

2 - A notificação referida no número anterior é instruída ao membro potencial do AECT e termina quando este
com os seguintes elementos: responde às observações.
13 - Não há lugar à interrupção do prazo previsto no n.º 8
a) Cópia do convénio proposto e do projeto de estatutos,
se o membro potencial do AECT apresentar uma resposta
elaborados de acordo com os artigos 8.º e 9.º do Regula-
às observações no prazo de 10 dias úteis a contar do início
mento (CE) n.º 1082/2006, do Parlamento Europeu e do
do período de interrupção.
Conselho, de 5 de julho de 2006, alterado pelo Regula-
mento (UE) n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 17 de dezembro de 2013, especificados no Artigo 6.º
anexo I ao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante; Direito aplicável
b) Informação completa sobre a identidade, natureza
e responsabilidade limitada, ou ilimitada, dos membros Em tudo o que não for regulado pelo Regulamento (CE)
do AECT, bem como das respetivas funções no seio do n.º 1082/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho,
futuro AECT; de 5 de julho de 2006, alterado pelo Regulamento (UE)
c) Memória explicativa sobre a atividade do futuro n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho,
AECT, o modo como se propõe reforçar a coesão econó- de 17 de dezembro de 2013, e pelo presente decreto-lei,
mica e social no seio da União Europeia e o enquadramento aplicam-se aos AECT com sede estatutária em Portugal os
de funções dos membros portugueses desse AECT com re- princípios e as disposições legais aplicáveis às associações
ferência às competências atribuídas na legislação nacional públicas.
pertinente quanto à cooperação territorial; Artigo 7.º
d) Indicação do período de vigência do futuro AECT.
Forma
3 - A Agência, I.P., verifica a conformidade da notifica- 1 - Os AECT com sede estatutária em Portugal constituem-
ção com o preceituado no número anterior, aceitando-a ou -se mediante escritura pública, adquirindo personalidade ju-
rejeitando-a, na ausência de qualquer um dos elementos rídica na data do registo ou publicação da sua constituição.
previstos, caso em que a mesma é devolvida à entidade 2 - A constituição de um AECT é publicada na 2.ª série
proponente para suprir as deficiências existentes. do Diário da República, devendo ser acompanhada do
4 - Aceite a notificação, a Agência I.P., propõe ao mem- respetivo convénio e estatutos.
bro do Governo responsável pela área do desenvolvimento 3 - São também objeto de publicação, nos termos previs-
regional a consulta ao membro do Governo responsável pela tos no número anterior, quaisquer alterações ao convénio e
área dos negócios estrangeiros e aos membros do Governo estatutos que ocorram após a constituição do AECT.
responsáveis em razão da matéria objeto da atividade do 4 - Os membros do AECT informam os Estados-Mem-
AECT, a fim de verificarem, respetivamente, a conformidade bros em causa e o Comité das Regiões da publicação do
dos projetos de convénio e dos estatutos tanto com o direito convénio e dos estatutos.
da União Europeia e os compromissos internacionais assu- 5 - O AECT assegura, no prazo de 10 dias úteis a contar
midos pelo Estado Português, como com o direito interno. da publicação do convénio e dos estatutos, o envio ao Co-
5 - Os membros do Governo consultados pronunciam-se mité das Regiões de um pedido de acordo com o modelo
sobre o convénio proposto no prazo de 30 dias a contar da constante do anexo ao Regulamento (UE) n.º 1302/2013, do
data de receção do mesmo. Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de
6 - Decorrido o prazo fixado no número anterior, sem que 2013, constante do anexo II ao presente decreto-lei, do qual
a entidade remetente tenha recebido qualquer comunicação, faz parte integrante.
entende-se inexistirem objeções à participação no AECT. Artigo 8.º
7 - Compete ao membro do Governo responsável
pela área do desenvolvimento regional, sob proposta da Órgãos
Agência, I.P., aprovar formalmente a participação do ou 1 - Os AECT constituídos ao abrigo da lei portuguesa
dos potenciais membros do AECT e o convénio, caso a sua devem ter os seguintes órgãos:
sede estatutária se localize em território nacional.
8 - A decisão sobre a participação num AECT deve ser a) Uma assembleia geral, onde estão representados to-
tomada e notificada aos interessados no prazo de seis meses dos os membros do AECT;
a contar da data de receção de uma candidatura admissível, b) Um diretor, que representa o AECT e age em nome
findo o qual, caso não sejam formuladas objeções, essa deste;
participação é considerada aprovada. c) Um conselho fiscal.
9 - Não obstante o disposto no número anterior, para
criação do AECT, é necessária a aprovação formal do 2 - Os estatutos podem prever outros órgãos desde que
convénio no Estado-Membro em que se localize a sede tenham as competências claramente definidas.
estatutária proposta pelo AECT.
10 - Quaisquer alterações ao convénio que cria o AECT, Artigo 9.º
incluindo a adesão de novos membros, ou quaisquer al- Proibição de atividade em Portugal
terações aos estatutos carecem de aprovação, a conceder
nos termos previstos nos números anteriores, com as ne- 1 - Caso um AECT exerça uma atividade que viole
cessárias adaptações. disposições de ordem pública, segurança pública, saúde
11 - Os pedidos de informação adicional ao membro pública, moralidade pública ou o interesse público, o mem-
potencial do AECT dão lugar à interrupção do prazo re- bro do Governo responsável pelo desenvolvimento regional
ferido no n.º 8. pode proibir a sua atividade em Portugal ou exigir que as
12 - A interrupção prevista no número anterior tem entidades portuguesas se retirem do AECT, a menos que
início no dia seguinte à data do envio das observações este cesse a atividade em causa.
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2033

2 - A proibição referida no número anterior não deve f) A lista dos órgãos do AECT e as suas respetivas com-
constituir um meio de restrição arbitrário ou dissimulado petências;
à cooperação territorial. g) A legislação da União Europeia e a legislação nacio-
3 - As decisões proferidas nos termos do n.º 1 são im- nal do Estado-Membro em que o AECT tem a sua sede
pugnáveis nos termos da lei. estatutária para efeitos de interpretação e aplicação do
convénio;
Artigo 10.º h) A legislação da União Europeia aplicável e a legis-
lação nacional do Estado-Membro em que os órgãos dos
Cessação de funções
AECT exercem as suas competências;
Os AECT com sede estatutária em Portugal podem i) As disposições para a participação de membros de
cessar funções, por decisão do membro do Governo res- países terceiros ou de PTU, se for caso disso, incluindo a
ponsável pelo desenvolvimento regional, caso se verifi- identificação da lei aplicável no caso de o AECT exercer
que que deixaram de cumprir os requisitos estabelecidos as suas funções em países terceiros ou em PTU;
no n.º 2 do artigo 1.º ou no artigo 7.º do Regulamento j) A legislação da União Europeia e a legislação nacional
(CE) n.º 1082/2006, do Parlamento Europeu e do Con- aplicáveis diretamente às atividades dos AECT realizadas
selho, de 5 de julho, ou, ainda, por violação de qualquer no âmbito das funções especificadas no convénio;
disposição de direito português que coloque em causa o k) As regras aplicáveis ao pessoal do AECT, bem como
prosseguimento das atividades do AECT em território os princípios que regem as disposições em matéria de
nacional. gestão do pessoal e de procedimentos de recrutamento;
l) As disposições relativas à responsabilidade do AECT
Artigo 11.º e dos respetivos membros;
m) Os mecanismos adequados para o reconhecimento
Extinção
mútuo, assim como para o controlo financeiro da gestão
A extinção de um AECT opera nos termos previstos no dos fundos públicos; e
respetivo convénio ou nos estatutos. n) Os procedimentos de adoção dos estatutos e de al-
teração do convénio, que devem respeitar as obrigações
Artigo 12.º estabelecidas nos artigos 4.º e 5.º do presente decreto-lei.
Controlo Nos casos em que as funções de um AECT se cinjam
1 - A Inspeção-Geral de Finanças é a autoridade nacio- apenas à gestão de um programa de cooperação, ou uma
nal competente para efeito de controlo da execução dos parte de um programa de cooperação, no âmbito do Re-
fundos públicos pelos AECT, prevista no artigo 6.º do gulamento (UE) n.º 1299/2013, Parlamento Europeu e do
Regulamento (CE) n.º 1082/2006, do Parlamento Euro- Conselho, de 17 de dezembro de 2013, ou caso um AECT
peu e do Conselho, de 5 de julho de 2006, alterado pelo tenha por objeto a cooperação ou redes inter-regionais, a
Regulamento (UE) n.º 1302/2013, do Parlamento Europeu informação prevista na alínea b) do n.º 2, não é exigida.
e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013.
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior e caso Estatutos
as funções de um AECT abranjam ações cofinanciadas pela Os estatutos do AECT são aprovados pelos seus mem-
União Europeia, são aplicáveis a legislação nacional e da bros, deliberando por unanimidade, com base e nos termos
União Europeia, relativa ao controlo dos fundos europeus do respetivo convénio, e devem especificar, no mínimo,
estruturais e de investimento. o seguinte:
a) As disposições em matéria de funcionamento dos seus
Artigo 13.º órgãos e as respetivas competências, bem como o número
Entrada em vigor de representantes dos membros nos órgãos relevantes;
b) Os procedimentos de tomada de decisões;
O presente decreto-lei entra no dia seguinte ao da sua c) A língua ou línguas de trabalho;
publicação. d) As disposições relativas ao seu funcionamento;
e) Os procedimentos no que respeita à gestão e ao re-
ANEXO I crutamento do pessoal;
f) O regime de contribuição financeira dos membros;
[a que se refere a alínea a) do n.º 2 do artigo 5.º] g) As normas contabilísticas e orçamentais aplicáveis
aos seus membros;
Convénio e estatutos h) A designação do auditor externo independente das
respetivas contas; e
Convénio i) Os procedimentos de alteração dos estatutos.
O convénio específica: ANEXO II

a) A designação dos agrupamentos europeus de coope-


ração territorial (AECT) e a sua sede estatutária; (a que se refere o n.º 5 do artigo 7.º)
b) O âmbito territorial em que o AECT pode exercer
as suas funções; Constituição de um agrupamento europeu
de cooperação territorial
c) O objetivo e as funções do AECT;
d) A duração do AECT e as condições da sua dissolução; A designação de um agrupamento europeu de coo-
e) A lista dos membros do AECT; peração territorial cujos membros tenham responsabi-
2034 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

lidade limitada inclui o termo «limitada» [artigo 12.º,


n.º 2 A do Regulamento (UE) n.º 1302/2013 do Par-
lamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro
de 2013]
O asterisco* indica os campos obrigatórios.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Decreto-Lei n.º 61/2015


de 22 de abril
O Decreto-Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro, re-
publicado pelo Decreto-Lei n.º 117/2014, de 5 de agosto,
que regula o acesso às prestações do Serviço Nacional
de Saúde (SNS) por parte dos utentes, no que respeita
ao regime das taxas moderadoras e à aplicação de regi-
mes especiais de benefícios, estabelece as categorias de
isenção e dispensa do pagamento de taxas moderadoras,
com base em critérios de racionalidade e discriminação
positiva dos mais carenciados e desfavorecidos, ao nível
do risco de saúde ponderado e ao nível da insuficiência
económica.
No sentido de contribuir para uma melhor cobertura
sanitária e maior justiça social, ao mesmo tempo que man-
tém estímulos para a utilização racional dos cuidados de
saúde, o Governo tem vindo a conferir uma maior proteção
a determinados grupos populacionais.
Assim, nos últimos três anos, o Governo alargou a isen-
ção do pagamento de taxas moderadoras a determinados
grupos populacionais que se encontram em condições de
especial vulnerabilidade e risco.
O Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, de
junho de 2013, estabelece a obrigatoriedade de realização
de consultas médicas aos 12 ou 13 anos e dos 15 até aos
18 anos, numa ótica de prevenção e promoção da saúde,
ao nível da prestação de cuidados primários ao longo da
vida.
Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015 2035

Acresce que o não pagamento de taxas moderadoras guarda em centro educativo ou de medida cautelar de
pelos menores independentemente da sua idade, constitui, guarda em instituição pública ou privada, por decisão
ainda, um estímulo indireto, num quadro de previsibilidade, proferida no âmbito da Lei Tutelar Educativa, aprovada
ao aumento da natalidade, no âmbito da adoção de políticas pela Lei n.º 166/99, de 14 de setembro, alterada pela Lei
públicas para a promoção da natalidade, a proteção das n.º 4/2015, de 15 de janeiro, que não possam, por qual-
crianças e o apoio às famílias. quer forma, comprovar a sua condição de insuficiência
É neste contexto que se considera justificado alargar económica nos termos previstos no artigo 6.º;
a isenção do pagamento das taxas moderadoras a todos m) Os jovens integrados em qualquer das respostas
menores de idade, como forma de promover a saúde junto sociais de acolhimento por decisão judicial proferida
daqueles que têm mais a ganhar em adotar hábitos saudá- em processo tutelar cível, e nos termos da qual a tutela
veis, e de garantir a eliminação de quaisquer constrangi- ou o simples exercício das responsabilidades parentais
mentos financeiros no seu acesso aos serviços de saúde sejam deferidos à instituição onde os jovens se encon-
assegurados pelo SNS, tanto mais que a decisão de recorrer tram integrados, que não possam, por qualquer forma,
ou não aos cuidados de saúde não depende unicamente comprovar a sua condição de insuficiência económica
dos menores. nos termos previstos no artigo 6.º;
Assim: n) [...].
No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido
pela Lei n.º 48/90, de 24 de agosto, alterada pela Lei 2 — [...].
n.º 27/2002, de 8 de novembro, e nos termos da alínea c) 3 — [...].»
do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta Artigo 3.º
o seguinte:
Entrada em vigor
Artigo 1.º O presente decreto-lei entra em vigor no 1.º dia do mês
Objeto seguinte ao da sua publicação.
O presente decreto-lei procede à quinta alteração ao Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 de
Decreto-Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro, republi- fevereiro de 2015. — Pedro Passos Coelho — Maria Luís
cado pelo Decreto-Lei n.º 117/2014, de 5 de agosto, que Casanova Morgado Dias de Albuquerque — António de
regula o acesso às prestações do Serviço Nacional de Saúde Magalhães Pires de Lima — Paulo José de Ribeiro Moita
por parte dos utentes, no que respeita ao regime de taxas de Macedo — Luís Pedro Russo da Mota Soares.
moderadoras e à aplicação dos regimes especiais de be- Promulgado em 16 de abril de 2015.
nefícios.
Publique-se.
Artigo 2.º O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Alteração ao Decreto-Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro
Referendado em 17 de abril de 2015.
O artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 113/2011, de 29 de no- O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
vembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 117/2014, de
5 de agosto, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 4.º REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES


[...]
Presidência do Governo
1 — [...]:
a) [...]; Decreto Regulamentar Regional n.º 8/2015/A
b) Os menores;
c) [...]; Composição e normas de funcionamento
d) [...]; do Conselho Regional das Pescas
e) [...];
f) [...]; O mar é um pilar estratégico para a prosperidade eco-
g) [...]; nómica da Região Autónoma dos Açores, sendo de impor-
h) [...]; tância vital para a autossustentabilidade regional.
i) [...]; Considerando a importância do setor, existe a preocu-
j) [...]; pação de assegurar mecanismos de diálogo com vista à
k) Os jovens em processo de promoção e proteção participação da sociedade civil na formulação das linhas
a correr termos em comissão de proteção de crianças e gerais das políticas regionais no domínio das pescas e
jovens ou no tribunal, com medida aplicada no âmbito indústria e atividades conexas.
do artigo 35.º da Lei de Proteção de Crianças e Jovens O Decreto Regulamentar Regional n.º 4/2015/A, de
em Perigo, aprovada pela Lei n.º 147/99, de 1 de se- 20 de fevereiro, que aprovou a orgânica da Secretaria
tembro, alterada pela Lei n.º 31/2003, de 22 de agosto, Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, prevê como
que não possam, por qualquer forma, comprovar a sua órgão consultivo do departamento o Conselho Regional
condição de insuficiência económica nos termos pre- das Pescas, bem como que a respetiva composição e
vistos no artigo 6.º; normas de funcionamento sejam definidas em diploma
l) Os jovens que se encontrem em cumprimento de próprio.
medida tutelar de internamento, de medida cautelar de Foram ouvidas as associações representativas do setor.
2036 Diário da República, 1.ª série — N.º 78 — 22 de abril de 2015

Assim, ao abrigo do n.º 6 do artigo 231.º da Consti- h) Um representante do Departamento Marítimo dos
tuição da República Portuguesa, da alínea a), do n.º 1, Açores;
do artigo 89.º, e n.º 1, do artigo 91.º, do Estatuto Político- i) Um representante da Associação de Comerciantes de
-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, conju- Pescado dos Açores;
gados com a alínea a), do n.º 1, do artigo 4.º e o n.º 2 do j) Um representante da Associação de Conserveiros de
artigo 7.º do Anexo I, do Decreto Regulamentar Regional Peixe dos Açores;
n.º 4/2015/A, de 20 fevereiro, o Governo Regional decreta k) Um representante da Federação das Pescas dos Açores;
o seguinte: l) Um representante de cada associação de armadores;
m) Um representante de cada associação de pescadores;
Artigo 1.º n) Um representante dos sindicatos dos pescadores;
Objeto o) Um representante das associações de mulheres da
pesca;
O Conselho Regional das Pescas (CRP), rege-se, quanto p) Um representante das organizações de produtores
à sua composição e normas de funcionamento, pelo dis- dos Açores.
posto no presente diploma.
2- Os representantes referidos nas alíneas n) a p), do
Artigo 2.º número anterior, são designados por acordo entre as res-
Natureza petivas entidades.
3- Nas reuniões do CRP, para além dos respetivos
O CRP é um órgão de caráter consultivo da Secretaria elementos, podem ter assento, sem direito a voto, outras
Regional do Mar, Ciência e Tecnologia (SRMCT), que entidades e individualidades, consoante a natureza do as-
pretende assegurar o diálogo e cooperação com entidades sunto a tratar e desde que expressamente convocadas pelo
e organizações de âmbito regional. secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia.

Artigo 3.º Artigo 5.º


Competências Funcionamento

O CRP é o órgão consultivo da SRMCT para a formu- 1- O CRP reúne ordinariamente uma vez por ano e,
lação das linhas gerais da política regional no domínio das extraordinariamente, sempre que para tal seja convocado
pescas e indústria e atividades conexas. pelo seu presidente.
2- O CRP pode funcionar em comissões especializadas,
Artigo 4.º em termos a definir no respetivo regimento.
Composição Artigo 6.º
1- O CRP é presidido pelo secretário regional do Mar, Entrada em vigor
Ciência e Tecnologia e dele fazem igualmente parte:
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
a) O diretor regional das Pescas; da sua publicação.
b) Um representante da Vice-Presidência, Emprego e Aprovado em Conselho do Governo Regional, em Ponta
Competitividade Empresarial; Delgada, em 25 de março de 2015.
c) Um representante da Direção Regional dos Assuntos
do Mar; O Presidente do Governo Regional, Vasco Ilídio Alves
d) Um representante da Inspeção Regional das Pescas; Cordeiro.
e) Um representante da Direção de Serviços de Vete- Assinado em Angra do Heroísmo em 13 de abril de
rinária; 2015.
f) Um representante da LOTAÇOR – Serviço de Lotas
dos Açores, S.A.; Publique-se.
g) Um representante do Departamento de Oceanografia O Representante da República para a Região Autónoma
e Pescas da Universidade dos Açores; dos Açores, Pedro Manuel dos Reis Alves Catarino.

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