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Dispõe sobre o Código de Edificações do Distrito Regulamenta a Lei N.º 2.105 de 08 de outubro
Federal. de 1998 que dispõe sobre o Código de Edificações
do Distrito Federal
A Câmara Legislativa do Distrito Federal
DECRETA: O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no
uso das atribuições que lhe confere o artigo 100
incisos VII e XXVI da Lei Orgânica do Distrito
Federal, DECRETA:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I CAPÍTULO I
DO OBJETO DO CÓDIGO DA FINALIDADE
Art. 1º O Código de Edificações do Distrito Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei n.º 2.105
Federal disciplina toda e qualquer obra de de 08 de outubro de 1998, que dispõe sobre o Código
construção, modificação ou demolição de edificações de Edificações do Distrito Federal.
na área do Distrito Federal, bem como o Parágrafo único. A aplicação dos dispositivos
licenciamento das obras de engenharia e arquitetura. estabelecidos neste Código, no que diz respeito às
Art. 2º O Código de Edificações do Distrito edificações localizadas na área tombada, está
Federal objetiva estabelecer padrões de qualidade condicionada ao estabelecido no Decreto nº 10.829,
dos espaços edificados que satisfaçam as condições de 14 de outubro de 1987 e na Portaria nº 314, de 08
mínimas de segurança, conforto, higiene, saúde e de outubro de 1992, do Instituto Brasileiro do
acessibilidade aos usuários e demais cidadãos, por Patrimônio Cultural – IBPC, atual Instituto do
meio da determinação de procedimentos Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
administrativos e parâmetros técnicos que serão (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
observados pela administração pública e pelos
demais interessados e envolvidos no projeto, na
execução de obras e na utilização das edificações.
(Alterado – Lei nº 3.919/2006)
Parágrafo único. Os padrões de qualidade de
que trata este artigo serão majorados em benefício
do consumidor e do usuário das edificações, sempre
que possível.
CAPÍTULO II CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO DA CONCEITUAÇÃO
Art. 3º Para os fins desta Lei, ficam estabelecidos Art. 2º Para efeito deste Decreto ficam
os seguintes conceitos: estabelecidos os seguintes conceitos:
I – abrigo de veículos – cobertura destinada a I – afastamentos mínimos obrigatórios – faixas
proteção de veículos, sem vedação lateral em pelo definidas na legislação de uso e ocupação do solo,
menos cinqüenta por cento de seu perímetro; situadas entre os limites do lote e a área passível de
II – acessibilidade – conjunto de alternativas de ocupação pela edificação;
acesso que possibilitem a utilização, com segurança II – alinhamento do lote ou projeção – limite entre
e autonomia, das edificações; dos espaços, o lote ou projeção e o logradouro público ou lotes
equipamentos e mobiliários urbanos; dos transportes; vizinhos;
e dos sistemas e meios de comunicação por pessoas III – área de acomodação de público – local em
portadoras de deficiência ou com mobilidade edificação de uso coletivo para permanência de
reduzida; (Alterado – Lei nº 3.919/2006) espectadores, com ou sem assentos;
III – advertência – comunicação de IV – área de acumulação – área ou faixa de
irregularidades verificadas em obra ou edificação, em transição destinada a ordenar eventual fila de entrada
que se estabelece prazo para a devida correção; de veículos situada entre a via pública e o local de
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IV – aeração verticalmente cruzada – ventilação estacionamento ou garagem do lote;
decorrente de aberturas opostas, situadas nas bases IV-A – área de consumação – local em
superior e inferior de prisma; estabelecimento de uso comercial onde ficam
V – altura máxima da edificação – medida em dispostas mesas para consumo de alimentos e
metros entre o ponto definido como cota de soleira e bebidas por clientes, entendendo-se como este local
o ponto mais alto da edificação; toda e qualquer área destinada a clientes; (Inserido –
VI – ambiente – espaço arquitetônico relacionado Decreto nº 25.856/2005)
a uma ou mais funções; V – áreas comuns – áreas de co-propriedade dos
VII – anotação de responsabilidade técnica – condôminos de um imóvel;
ART – fichário registrado em Conselho Regional de VI – área “non aedificandi” – faixa de terra com
Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, que restrições para construir, edificar ou ocupar,
contém a descrição sucinta das atividades vinculando-se seu uso a uma servidão;
profissionais de engenharia, arquitetura e agronomia VII – área total de construção – somatório das
referentes a obras, projetos ou serviços; áreas de construção de todos os pavimentos da
VIII – apartamento conjugado – unidade edificação, inclusive das áreas desconsideradas para
domiciliar, em habitação coletiva ou habitação o cálculo da taxa máxima de construção ou do
coletiva econômica, constituída de compartimento coeficiente de aproveitamento;
para higiene pessoal e de locais para estar, VIII – balanço – avanço ou prolongamento de um
descanso, preparação de alimentos e serviços de elemento da construção além da sua base de
lavagem, em ambiente único ou parcialmente sustentação, sem qualquer apoio vertical;
compartimentado; IX – banheiro – compartimento destinado à
IX – apreensão – apropriação, pelo poder higiene pessoal, provido de, no mínimo, vaso
público, de materiais e equipamentos provenientes de sanitário, chuveiro e lavatório;
obra ou serviço irregular ou que constitua prova X – beiral – prolongamento da cobertura em
material de irregularidade; balanço que sobressai dos limites externos da
X – aprovação de projeto – ato administrativo edificação, exclusivamente para proteção de
que atesta o atendimento ao estabelecido nesta Lei, fachadas;
na sua regulamentação e na legislação de uso e XI – boxe – cada um de uma série de espaços,
ocupação do solo, após exame completo do projeto separados entre si por divisões, em banheiros,
arquitetônico, para posterior licenciamento e mercados, garagens, feiras, dentre outros; (Alterado
obtenção de certificados de conclusão; – Decreto nº 25.856/2005)
XI – área de consumação – local em XII – caixa d’água – reservatório de água da
estabelecimento de uso comercial onde ficam edificação, denominada enterrada ou inferior, quando
dispostas mesas para consumo de alimentos e situada em nível inferior ao pavimento térreo e
bebidas por clientes; elevada ou superior, quando situada sobre a
XII – área pública – área destinada a sistemas de edificação;
circulação de veículos e pedestres, a espaços livres XIII – calçada – parte da via, normalmente
de uso público e a implantação de equipamentos segregada e em nível diferente, não destinada à
urbanos e comunitários; circulação de veículos, reservada ao trânsito de
XIII – autenticação – ato administrativo que pedestres e, quando possível, à implantação de
reconhece como verdadeiras e idênticas as cópias de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros
projeto arquitetônico anteriormente aprovado ou fins; (Alterado – Decreto nº 33.740/2012, republicado)
visado, mediante exame comparativo com a cópia XIV – castelo d’água – construção elevada,
arquivada; isolada da edificação, destinada a reservatório de
XIV – auto de infração – ato administrativo que água;
dá ciência ao infrator da disposição legal infringida e XV – cela para religiosos – compartimento para
da penalidade aplicada, no qual constam os dormir ou repousar, destinado aos membros de uma
elementos para tipificação dos fatos; instituição religiosa;
XV – barreiras arquitetônicas – elementos XVI – centro comercial – agrupamento de lojas
arquitetônicos que prejudicam ou impossibilitam o situadas num mesmo conjunto arquitetônico, voltadas
livre trânsito de pessoas portadoras de deficiência ou para circulação de uso comum, que contenha
com mobilidade reduzida; (Altera expressão “pessoas também instalações de natureza cultural e de lazer e
com dificuldade de locomoção” para “pessoas serviços de utilidade pública, dentre outros; o mesmo
portadoras de deficiência ou com mobilidade que “shopping center”;
reduzida” – Lei nº 3.919/2006)
XVII – certidão de alinhamento e de cota de
XVI – brise – elemento construtivo, móvel ou fixo, soleira – documento fornecido pela Administração
instalado em fachadas para proteção solar; Regional que atesta a verificação de alinhamento ou
XVII – canteiro de obras – área destinada a de cota de soleira;
instalações temporárias e a serviços necessários à XVIII – circulação – elemento que estabelece a
execução e ao desenvolvimento de obras; interligação de compartimentos da edificação, assim
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XVIII – certificados de conclusão – os classificada:
documentos oficiais abaixo relacionados que atestam a) circulação horizontal – estabelece interligação
a conclusão de obras: num mesmo pavimento, entrecortada ou não por
a) carta de habite-se – documento expedido outras circulações, como corredores e galerias;
nos casos de obra inicial e obra de modificação com b) circulação vertical – estabelece interligação
acréscimo ou decréscimo de área, executadas de entre dois ou mais pavimentos, como escadas,
acordo com os projetos aprovados ou visados, que rampas e elevadores;
pode ser parcial ou em separado; XIX – circulação de uso comum ou principal –
b) atestado de conclusão – documento circulação horizontal ou vertical utilizada pelo
expedido nos demais casos não abrangidos pela conjunto dos usuários da edificação;
carta de habite-se, mas cuja obra tenha sido objeto XX – circulação de uso restrito ou secundária –
de licenciamento; circulação horizontal ou vertical utilizada por grupo
XIX – coeficiente de aproveitamento – índice restrito de usuários da edificação ou que serve de
previsto na legislação de uso e ocupação do solo que acesso secundário;
determina a área máxima de construção de uma XX-A – cobertura – caracterizada como: (Inserido
edificação; – Decreto nº 25.856/2005)
XX – compensação de área – permuta entre a) cobrimento da edificação, geralmente
avanços e reentrâncias no perímetro externo de constituído por telhado com ou sem laje ou por laje
edificações, acima do pavimento térreo, mantida a impermeabilizada, podendo conter instalações de
equivalência de área do pavimento; caixa d’água e de casa de máquinas; (Inserido –
XXI – comunicado de exigência – comunicação Decreto nº 25.856/2005)
ao interessado, na qual estão relacionadas as falhas b) ocupação parcial sobre a laje de cobertura do
em relação à legislação vigente, detectadas por último pavimento da edificação, para lazer e
ocasião do exame da solicitação apresentada; recreação, quando permitida pela legislação de uso e
XXII – consulta prévia – análise técnica ocupação do solo, não se constituindo em unidade
preliminar do projeto arquitetônico solicitada imobiliária autônoma; (Inserido – Decreto nº
anteriormente à aprovação do projeto ou ao visto; 25.856/2005)
XXIII – cota de coroamento – indicação ou XX-B – compartimento – espaço arquitetônico
registro numérico, fornecido pela Administração onde são desempenhadas as funções previstas no
Regional, correspondente à altura máxima da programa da edificação e delimitado fisicamente por
edificação; elemento fixo de vedação, de piso a teto; (Inserido –
XXIV – demolição – derrubada parcial ou total de Decreto nº 25.856/2005)
construção; XX-C – concessionárias de serviços de infra-
XXV – edificação de caráter especial – edificação estrutura urbana – órgãos e empresas responsáveis
que incorpora facilidades para uso de tecnologias pela prestação de serviços de infra-estrutura, tais
avançadas referentes a informações, materiais, como, serviços de abastecimento de água e
energia, fluidos e técnicas construtivas; esgotamento sanitário, fornecimento de energia
XXVI – edificação temporária – construção elétrica, telecomunicações e gás canalizado, dentre
transitória não residencial licenciada por tempo outros; (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
determinado que utiliza materiais construtivos XXI – corrimão – peça ao longo de escadas e
adequados à finalidade proposta, os quais não rampas que serve de apoio para a mão de quem
caracterizam materiais definitivos e são de fácil sobe ou desce; (Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
remoção como estandes de vendas, parques de XXII – cota de soleira – indicação ou registro
exposições, parques de diversões, circos e eventos; numérico que corresponde ao nível do acesso de
XXVII – elementos construtivos – componentes pessoas fornecido, exclusivamente, por técnico da
físicos que integram a edificação; Administração Regional; (Alterado – Decreto nº
XXVIII – embargo – ato administrativo de 25.856/2005)
interrupção na execução de obra em desacordo com XXII-A – depósito – caracterizado como:
a legislação vigente, que pode se dar de forma (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
parcial ou total; a) edificação destinada a armazenagem de bens
XXIX – galeria – espaço, provido ou não de e produtos; (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
guarda-corpo, destinado à circulação de pedestres, b) compartimento em uma edificação destinado
situado na parte externa de uma edificação, sob o exclusivamente a armazenar utensílios, louças,
pavimento superior; roupas, materiais e mercadorias, dentre outros, sem
XXX – guarda-corpo – estrutura de proteção banheiro privativo, não se constituindo em unidade
vertical, maciça ou não, que serve de anteparo contra imobiliária autônoma; (Inserido – Decreto nº
queda em escadas, varandas, balcões, rampas, 25.856/2005)
terraços, sacadas e galerias; XXIII – duto de aeração – tubo utilizado na
XXXI – habitação coletiva – duas ou mais edificação para aeração de compartimento;
unidades domiciliares na mesma edificação, com XXIII-A – edificação – construção situada no
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acesso e instalações comuns a todas as unidades; nível do solo, abaixo ou acima deste, de estruturas
XXXII – habitação coletiva econômica – duas ou físicas que abriguem atividades humanas, e que
mais unidades domiciliares econômicas na mesma possibilitem a instalação e o funcionamento de
edificação, com acesso e instalações comuns a todas equipamentos; (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
as unidades; XXIII-B – equipamentos públicos comunitários –
XXXIII – habitação unifamiliar econômica – equipamentos públicos de educação, cultura, saúde,
unidade domiciliar econômica em edificação lazer e similares; (Inserido – Decreto n° 33.740/2012,
destinada a uma única habitação; republicado)
XXXIV – habitação unifamiliar – unidade XXIV – eirado – o mesmo que terraço; (Alterado
domiciliar em edificação destinada a uma única – Decreto nº 25.856/2005)
habitação; XXV – faixa ou área verde “non aedificandi” –
XXXV – habitações em lote compartilhado – mais faixa de terra arborizada que emoldura as
de uma habitação unifamiliar por unidade imobiliária, superquadras, com restrições quanto à sua
conforme definido na legislação de uso e ocupação ocupação;
do solo; XXVI – galeria comercial – agrupamento de lojas
XXXVI – índice técnico – índice referente às situadas num mesmo conjunto arquitetônico e
características técnicas dos materiais e elementos voltadas para circulação de uso comum, com um ou
construtivos, quanto à resistência ao fogo, isolamento mais acessos à via pública, constituindo uma espécie
térmico e acústico, condicionamento acústico, de Centro Comercial; (Alterado – Decreto nº
resistência física e impermeabilidade, entre outros 25.856/2005)
aspectos; XXVII – guarda – corpo – estrutura de proteção
XXXVII – instalação comercial – projeto de maciça ou não que serve de anteparo contra quedas
decoração do estabelecimento comercial no qual são de pessoas em escadas, rampas, varandas, terraços
indicados o mobiliário e os equipamentos, sem e eirados, dentre outros;
alteração do projeto arquitetônico; XXVIII – guarita – edificação destinada a abrigo
XXXVIII – interdição – determinação da guarda ou da vigilância;
administrativa de impedimento de acesso a obra ou a XXIX – hipermercado – local destinado à venda
edificação que apresente descumprimento de de produtos alimentícios e produtos variados
embargo ou situação de risco iminente, que pode se expostos em balcões, estantes ou prateleiras, com
dar de forma parcial ou total; área de venda igual ou superior a cinco mil metros
XXXIX – lâmina vertical – elevação vertical de quadrados;
edifício localizado sobre volume de construção XXX – Interessado – pessoa física ou jurídica
predominantemente horizontal; envolvida no processo ou em um expediente em
XL – legislação de uso e ocupação do solo – tramitação em órgãos da administração pública;
conjunto de normas urbanísticas contidas no Plano XXXI – interligação de vestíbulos – circulação
Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal horizontal de ligação entre os vestíbulos social e de
– PDOT – e Planos Diretores Locais – PDL, em serviço da edificação;
legislação específica e em normas regulamentadoras; XXXI-A – laudo – parecer técnico escrito e
XLI – licenciamento – expedição de documentos fundamentado, emitido por profissional habilitado,
oficiais abaixo relacionados que autorizam a relatando o resultado de exames e vistorias; (Inserido
execução de obras ou serviços: – Decreto nº 25.856/2005)
a) alvará de construção – documento expedido XXXII – lavabo – compartimento destinado à
que autoriza a execução de obras iniciais, obras de higiene pessoal e provido de, no máximo, um vaso
modificação com acréscimo ou decréscimo de área e sanitário e um lavatório, o mesmo que sanitário;
obras sem acréscimo de área com alteração XXXIII – local de hospedagem – edificação
estrutural, condicionado à existência de projeto usada para serviços de hospedagem que dispõe de
aprovado ou visado e sem exigências processuais; unidades habitacionais e de serviços comuns,
b) licença – documento expedido nos demais classificando-se em: (Alterado – Decreto nº
casos não objeto de alvará de construção; 25.856/2005)
XLII – lote – unidade imobiliária que constitui a) hotel – composto de unidades habitacionais
parcela autônoma de um parcelamento, definida por dos tipos quarto, apartamento e suíte,
limites geométricos e com pelo menos uma das simultaneamente ou não; (Inserido – Decreto nº
divisas voltadas para a área pública; 25.856/2005)
XLIII – marquise – cobertura, em balanço ou não, b) hotel residência – hotel ou assemelhado, cujas
na parte externa de uma edificação, destinada à unidades habitacionais possuam equipamentos de
proteção da fachada ou a abrigo de pedestres; cozinha adequados ao preparo de lanches e
XLIV – memorial de incorporação – conjunto de refeições leves, também denominado apart-hotel, flat-
documentos arquivados no competente cartório de service ou residence service. (Inserido – Decreto nº
registros de imóveis que possibilita negociar as 25.856/2005)
unidades autônomas em edificações, em construção XXXIV – local de reunião – espaço destinado a
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ou a construir, que se destinam à constituição de agrupamento de pessoas em edificação de uso
condomínios; coletivo;
XLV – multa – pena pecuniária; XXXV – loja – unidade imobiliária destinada a
XLVI – normas técnicas brasileiras – normas fins comerciais e voltada para o logradouro público ou
estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas para circulação horizontal de uso comum, podendo
Técnicas – ABNT; dispor de mezanino ou sobreloja;
XLVII – obras de arquitetura – conjunto de XXXVI – memorial descritivo, explicativo
trabalhos de execução referentes a edificações, ou justificativo – documento que acompanha os
conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura desenhos de um projeto de urbanização, de
paisagística e de interiores; arquitetura, de parcelamento , de equipamentos ou
XLVIII – obras complementares – obras de instalação, onde são explicados e justificados
executadas como decorrência ou como parte das critérios, soluções, detalhes e funcionamento ou
edificações; operação;
XLIX – obras de engenharia – conjunto de XXXVII – mercado – local destinado à venda de
trabalhos de execução referentes a construção de produtos alimentícios e produtos variados expostos
estradas, pistas de rolamento, aeroportos, portos, em balcões, estantes ou prateleiras, com área de
canais, barragens, diques, pontes e grandes venda igual ou inferior a trezentos metros quadrados;
estruturas e a sistemas de transportes, de XXXVIII – mezanino – pavimento elevado
abastecimento de água e saneamento, de drenagem e integrado ao compartimento, que ocupa até
e de irrigação; cinqüenta por cento de sua área interna;
L – obra em execução – toda e qualquer obra XXXIX – motivo arquitetônico – elemento
que não tenha sua conclusão atestada pelo ornamental da edificação que se localiza
respectivo certificado; externamente ao plano da fachada, sem abertura
LI – parâmetros urbanísticos – índices referentes para o interior da edificação, o mesmo que moldura
ao uso e à ocupação do solo; ou saliência; (Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
LII – pé-direito – medida vertical de um andar de XXXIX-A – parecer técnico – opinião
edifício do piso ao teto acabado ou do piso ao forro fundamentada ou esclarecimento técnico emitido por
de compartimento ou ambiente; profissional legalmente habilitado sobre assunto de
sua especialidade; (Inserido – Decreto nº
LIII – pequena cobertura – cobertura única de até
25.856/2005)
vinte metros quadrados, em edificação térrea, sem
vedação lateral em pelo menos cinqüenta por cento XXXIX-B – passeio – parte da calçada ou da
do perímetro; pista de rolamento, neste último caso, separada por
pintura ou elemento físico separador, livre de
LIV – pérgula – elemento decorativo com função
interferências, destinada à circulação de pedestres e,
de abrigo, executado em jardins ou espaços livres,
excepcionalmente, de ciclistas; (Inserido – Decreto n°
constituído de plano horizontal definido por elementos
33.740/2012, republicado)
que formam espaços vazados;
XL – pavimento – espaço da edificação, fechado
LV – pessoa com mobilidade reduzida – aquela
ou vazado, compreendido entre os planos de dois
que, não se enquadrando no conceito de pessoa
pisos sucessivos, entre o solo e um piso ou entre o
portadora de deficiência, tenha, por qualquer motivo,
último piso e a cobertura; (Alterado – Decreto nº
temporário ou permanente, dificuldade de
25.856/2005)
movimentação, tendo reduzida, efetivamente, a
mobilidade, a flexibilidade, a coordenação motora e a XLI – pavimento térreo – pavimento situado ao
percepção; enquadrando-se nesta situação pessoas nível do solo ou aquele definido pela cota de soleira
idosas, crianças, gestantes, lactantes, pessoas da edificação; (Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
obesas e pessoas com crianças de colo, entre outras; XLII – pavimentos superiores – pavimentos da
(Alterado – Lei nº 3.919/2006) edificação situados acima do pavimento térreo ou da
LVI – pessoa portadora de deficiência – pessoa sobreloja; (Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
que possui deficiência física, auditiva, visual, mental XLIII – pilotis – pavimento térreo formado pelo
ou múltipla, conforme definido em legislação conjunto de pilares que sustentam a edificação, com
específica; (Inserido – Lei nº 3.919/2006) espaços livres e áreas de uso comum;
LVII – poço técnico – espaço utilizado para XLIV – platibanda – prolongamento das paredes
passagem de tubulações e instalações em uma externas da edificação, situado acima da última laje e
edificação; (Renumerado – Lei nº 3.919/2006) utilizado como composição arquitetônica de anteparo
LVIII – prisma de aeração e iluminação – espaço visual de telhados;
vertical livre situado no interior ou no perímetro de XLV – polo gerador de tráfego – constituído por
uma edificação, utilizado para aerar e iluminar os edificação ou edificações cujo porte e oferta de bens
compartimentos ou ambientes para ele voltados; ou serviços geram interferências no tráfego do
(Renumerado – Lei nº 3.919/2006) entorno e grande demanda por vagas em
LIX – prisma de aeração – espaço vertical livre estacionamentos ou garagens; o mesmo que “polo
situado no interior ou no perímetro da edificação gerador de trânsito”; “polo atrativo de trânsito” ou
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utilizado somente para aerar os compartimentos ou “polo atrativo de viagens”; (Alterado – Decreto nº
ambientes para ele voltados; (Renumerado – Lei nº 33.740/2012, republicado)
3.919/2006) XLV-A – projeto de fundações – planta contendo
LX – projeção – unidade imobiliária peculiar do conjunto de informações sobre o tipo de fundação a
Distrito Federal que constitui parcela autônoma de ser executada no lote ou projeção, devendo
parcelamento, definida por limites geométricos e apresentar todos os pontos de fundação devidamente
caracterizada por possuir, no mínimo, três de suas cotados, detalhe do tipo de fundação, determinação
divisas voltadas para área pública e taxa de das dimensões geométricas previstas, materiais a
ocupação de cem por cento de sua área; serem empregados e tensão admissível do solo na
(Renumerado – Lei nº 3.919/2006) cota de assentamento, quando for o caso; (Inserido –
LXI – projeto de instalações prediais – conjunto Decreto nº 25.856/2005)
de projetos de instalações elétricas, hidrossanitárias, XLVI – quiosque – pequena edificação não
telefônicas, de prevenção de incêndio e outras permanente situada em lugares públicos, galerias
necessárias à edificação; (Renumerado – Lei nº comerciais ou centros comerciais e destinada à
3.919/2006) comercialização de produtos, valores e serviços;
LXII – responsável pela fiscalização – fiscal de XLVII – sala comercial – unidade imobiliária
obras e inspetor de obras da carreira de fiscalização utilizada para fins comerciais, de prestação de
e inspeção, obedecidas as atribuições definidas em serviços, institucionais ou coletivos, de acordo com a
legislação específica; (Renumerado – Lei nº legislação de uso e ocupação do solo, com acesso
3.919/2006) para circulação ou vestíbulo de uso comum, sendo
LXIII – sacada – o mesmo que varanda; proibido o acesso direto pelo logradouro público;
(Renumerado – Lei nº 3.919/2006) (Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
LXIV – taxa de construção máxima, mínima ou XLVIII – sanitário – o mesmo que lavabo;
obrigatória – percentual previsto na legislação de uso XLIX – semi-enterrado – pavimento da
e ocupação do solo que determina a área de edificação, aflorado do solo e situado abaixo do
construção de edificação; (Renumerado – Lei nº pavimento térreo, que apresenta menos de sessenta
3.919/2006) por cento de seu volume enterrado em relação ao
LXV – taxa de ocupação máxima, mínima ou perfil natural do terreno;
obrigatória – percentual previsto na legislação de uso L – sobreloja – pavimento situado imediatamente
e ocupação do solo que determina a superfície do acima do pavimento térreo de uma edificação,
lote ocupada pela projeção horizontal da edificação integrado à loja, que ocupa mais de 50% da área da
ao nível do solo; (Renumerado – Lei nº 3.919/2006) loja, com ou sem acesso independente, quando
LXVI – unidade domiciliar – conjunto de permitido na legislação de uso e ocupação do solo;
compartimentos ou ambientes interdependentes, de (Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
uso privativo em habitação unifamiliar ou coletiva, LI – sótão – espaço útil sob a cobertura da
destinados a estar, repouso, preparo de alimentos, edificação e adaptado ao desvão do telhado, em
higiene pessoal e serviços de lavagem e limpeza; habitações unifamiliares ou habitações em lotes
(Renumerado – Lei nº 3.919/2006) compartilhados, com ou sem aeração e iluminação
LXVII – unidade domiciliar econômica – conjunto natural, destinado a uma única função, não se
de compartimentos ou ambientes interdependentes, constituindo em compartimento e sem caracterizar
de uso privativo em habitação, destinados a estar, um pavimento para fins do disposto na legislação de
repouso, preparo de alimentos, higiene pessoal e uso e ocupação do solo; (Alterado – Decreto nº
serviços de lavagem e limpeza, caracterizados pelo 25.856/2005)
baixo custo dos materiais e acabamentos aplicados, LII – subsolo – pavimento da edificação, situado
com área máxima de sessenta e oito metros abaixo do pavimento térreo, que apresenta sessenta
quadrados; (Renumerado – Lei nº 3.919/2006) por cento ou mais de seu volume enterrado em
LXVIII – unidade domiciliar econômica do tipo relação ao perfil natural do terreno;
célula – etapa inicial de unidade domiciliar LIII – supermercado – local destinado à venda de
econômica, inserida em programa governamental de produtos alimentícios e produtos variados expostos
interesse social, constituída, no mínimo, de dois em balcões, estantes ou prateleiras com área de
compartimentos; (Inserido – Lei nº 2.516/1999) venda superior a trezentos metros quadrados e
(Renumerado – Lei nº 3.919/2006) inferior a cinco mil metros quadrados;
LXIX – uso coletivo – utilização prevista para LIV – terraço – espaço descoberto situado sobre
grupo determinado de pessoas; (Renumerado – Lei o último pavimento da edificação ou no nível de um
nº 2.516, de 31 de dezembro de 1999) (Renumerado de seus pavimentos; (Alterado – Decreto nº
– Lei nº 3.919/2006) 25.856/2005)
LXX – uso público – utilização prevista para o LV – testada – limite entre o lote ou a projeção e
público em geral; (Renumerado – Lei nº 2.516, de 31 a área pública;
de dezembro de 1999) (Renumerado – Lei nº LVI – uso coletivo – corresponde às atividades
3.919/2006) com utilização prevista para grupo determinado de
Seção I
Do Profissional
Seção II
DO PROPRIETÁRIO
Seção III
DA ADMINISTRAÇÃO REGIONAL
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO III
DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
Seção I
DOS PROCEDIMENTOS GERAIS Seção I
DOS PROCEDIMENTOS GERAIS
Art. 22. As solicitações e os requerimentos
encaminhados à Administração Regional, atinentes a Art. 3º A Administração Regional terá até trinta
matéria disciplinada por esta Lei, serão devidamente dias para atender às solicitações e requerimentos
instruídos pelo interessado e analisados conforme a encaminhados, conforme dispõe a Lei nº 2.105/98,
natureza do pedido, observadas as determinações respeitado o detalhamento estabelecido nesta
desta Lei e da legislação de uso e ocupação do solo. regulamentação. (Alterado – Decreto nº 33.734/2012,
Art. 23. Para cada projeção, lote ou fração em republicado)
condomínio será constituído processo individual do §1º Nos casos de aprovação ou visto de projeto
qual constem os pedidos referentes ao imóvel, de arquitetura de obra inicial ou de modificação, o
acompanhados da documentação pertinente. interessado apresentará o Requerimento Padrão com
Parágrafo único. Ficam dispensadas de constituir a documentação exigida nos artigos 14, 17, 18 e 19
processo individual as unidades imobiliárias dos deste Decreto, conforme o caso, diretamente à
conjuntos habitacionais com fins sociais e projeto administrativa da Administração
padronizado. Regionalencarregada de conferir a documentação
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Art. 24. As solicitações e os requerimentos apresentada, examinar e aprovar o projeto de
encaminhados à Administração Regional, atinentes a arquitetura. (Alterado – Decreto nº 33.734/2012,
matéria disciplinada por esta Lei, que apresentem republicado)
divergências com relação à legislação vigente, serão §2º Se o interessado não apresentar a
objeto de comunicado de exigência ao interessado. documentação exigida conforme previsto no
§1º O comunicado de exigência será atendido no parágrafo anterior, será, de imediato, notificado para
prazo máximo de trinta dias, contado a partir da data apresentá-la, sob pena de sobrestamento do
do ciente do interessado, sob pena de arquivamento. Requerimento e de seu subsequente arquivamento,
§2º Do comunicado de exigência constarão os transcorrido trinta dias da notificação, sem que
dispositivos desta Lei não cumpridos em cada qualquer providência tenha sido adotada pelo
exigência formulada. interessado. (Alterado – Decreto nº 33.734/2012,
§3º O pedido será indeferido caso persista a republicado)
irregularidade após a emissão de três comunicados §3º O Protocolo da Administração Regional
com a mesma exigência. autuará o requerimento e a documentação recebida
§4º Na hipótese de ocorrer alteração na pela unidade administrativa encarregada de conferir a
legislação durante o prazo previsto no §1º, cabe ao documentação, examinar e aprovar o projeto de
proprietário o direito de optar pela legislação vigente arquitetura e encaminhará o Processo, para as
por ocasião da expedição do comunicado de devidas análises e providências. (Inserido – Decreto
exigência. nº 33.734/2012, republicado)
Art. 25. A Administração Regional terá o prazo Art. 4º As solicitações constantes do mesmo
máximo de trinta dias, respeitado o detalhamento formulário de requerimento obedecerão aos prazos
estabelecido em regulamentação, para atender as definidos neste Decreto.
solicitações e requerimentos previstos no art. 22. Parágrafo único. Os prazos a que se refere este
§1º A contagem do prazo será retomada a partir artigo serão contados de forma subseqüente.
da data do cumprimento das exigências objeto da Art. 5º Os processos arquivados ou em
comunicação. tramitação na Administração Regional podem ser
§2º Fica fixado o prazo máximo de atendimento consultados ou copiados pelo interessado.
de trinta dias a ser observado pela Administração Art. 6º As plantas do processo substituídas
Regional nas hipóteses de solicitações e devido a incorreções e aquelas objeto de consulta
requerimentos não previstas em regulamentação. prévia serão devolvidas ao interessado.
Art. 26. Pode o interessado solicitar Art. 7º Os documentos e plantas do processo
reconsideração, no prazo máximo de trinta dias que não forem alterados em seus dados poderão ser
contado a partir da data da ciência do indeferimento utilizados para novas solicitações e requerimentos.
da solicitação ou do requerimento atinente a matéria Art. 8º Para o atendimento das solicitações
disciplinada por esta Lei. abaixo relacionadas serão observados, pela
Parágrafo único. A resposta da Administração Administração Regional, os prazos a seguir:
Regional à solicitação de reconsideração do I – consulta prévia – oito dias;
interessado será encaminhada no prazo máximo de II – visto de projeto – seis dias;
trinta dias. III – aprovação de projeto – oito dias;
Art. 27. Expirado o prazo de trinta dias para IV – demarcação do lote, quando executada pela
decisão ou pronunciamento da Administração Administração Regional – cinco dias;
Regional quanto à aprovação ou ao visto de projeto,
V– Alvará de Construção, após a
pode o interessado requerer o alvará de construção,
demarcação do lote – dois dias;
caso este não tenha sido requerido por ocasião da
solicitação de aprovação de projeto, não implicando VI – verificação dos parâmetros para a
aprovação tácita. expedição da Carta de Habite-se pelo serviço de
topografia – cinco dias; (Inserido – Decreto nº
§1º No caso previsto neste artigo, o interessado
25.856/2005)
aguardará novo prazo de trinta dias para decisão ou
pronunciamento da Administração Regional. VII – vistoria do imóvel para expedição da Carta
de Habite-se após a verificação dos parâmetros
§2º O prazo total de sessenta dias será contado
pertinentes pelo serviço de topografia – cinco dias;
a partir da formalização da solicitação para
(Renumerado – Decreto nº 25.856/2005)
aprovação ou para o visto de projeto.
VIII – Carta de Habite-se após vistoria do imóvel
Art. 28. Expirado o prazo total de sessenta dias
– dois dias. (Renumerado – Decreto nº 25.856/2005)
estabelecido no artigo anterior, sem que haja decisão
ou pronunciamento da Administração Regional, o §1º Os prazos de que trata este artigo serão
interessado disso dará ciência formal ao Secretário aplicados quando não houver exigências.
da Pasta pertinente, ao qual caberá: §2º Quando houver exigências, a contagem do
I – determinar aos órgãos técnicos da prazo será reiniciada a partir da data do seu
Administração Regional a análise e aprovação ou o cumprimento.
visto do projeto, a expedição do alvará de construção §3º Vencidos os prazos previstos sem que
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ou a apresentação do comunicado de exigências, ou tenham sido atendidas as solicitações elencadas nos
o indeferimento; incisos I, II e III deste artigo e sem a devida
II – providenciar a instauração de sindicância e justificativa, será apurada a responsabilidade do
inquérito, quando cabível, para apuração de titular da unidade orgânica de exame, aprovação e
responsabilidades do Administrador Regional e dos elaboração de projetos, nos termos da legislação
demais servidores envolvidos na omissão. específica. (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
§1º O prazo máximo para a adoção das Art. 9º A unidade administrativa encarregada de
providências relacionadas no inciso I é de sete dias examinar e aprovar o projeto de arquitetura analisará
contado a partir da comunicação formal, pelo o projeto apresentado e, caso considere necessário
interessado, ao Secretário da Pasta pertinente, sob complementar ou retificar a documentação
pena de responsabilização dos agentes competentes, apresentada, determinará diligências a serem
conforme legislação específica. cumpridas pelo interessado, que será notificado para
§2º Caso seja apresentado comunicado de que no prazo de 30 dias, a contar da data de sua
exigências, o prazo de sete dias será reiniciado a comprovada notificação, possa atender e sanar as
partir da data do cumprimento das exigências pelo diligências indicadas, sob pena de arquivamento do
interessado. requerimento. (Alterado – Decreto nº 33.734/2012,
republicado)
Art. 29. A verificação de alinhamento e, quando
for o caso, de cota de soleira será solicitada pelo §1º As exigências deverão indicar os
interessado à Administração Regional, após a fundamentos legais e regulamentares nos quais as
conclusão das fundações da obra. diligências se baseiam. (Inserido – Decreto nº
33.734/2012, republicado)
Parágrafo único. Realizada a verificação, fica
facultado ao interessado requerer a certidão de Art. 10. (REVOGADO)
alinhamento e de cota de soleira. Art. 11. Para fins de aprovação ou visto do
Art. 30. Procedimentos administrativos especiais projeto de arquitetura e expedição do Alvará de
e prazos diferenciados podem ser disciplinados pelo Construção será apresentada, à Administração
Chefe do Poder Executivo nos seguintes casos: Regional, a Anotação de Responsabilidade Técnica –
ART de autoria de projeto e de responsabilidade
I – habitações de interesse social;
técnica da obra ou serviço registrada em Conselho
II – projetos, serviços ou obras declarados de Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia –
interesse público. CREA.
Art. 31. O projeto de arquitetura aprovado ou §1º Para fins de autoria de projetos de
visado, o licenciamento e os certificados de arquitetura e de engenharia será aceita a ART
conclusão podem ser, a qualquer tempo, mediante registrada no CREA da região de execução da obra
ato da autoridade concedente: ou serviço ou no CREA da região de atuação do
I – revogados, atendendo a relevante interesse profissional.
público, com base na legislação vigente, ouvidos os §2º Para fins de responsabilidade técnica da
órgãos técnicos competentes; obra ou serviço somente será aceita ART registrada
II – cassados, em caso de desvirtuamento da no CREA da região de sua execução.
finalidade do documento concedido;
III – anulados, em caso de comprovação de
ilegalidade ou irregularidade na documentação
apresentada ou expedida.
Seção II
DA APROVAÇÃO DE PROJETOS
Seção II
DA APROVAÇÃO DE PROJETO
Art. 12. O projeto de arquitetura apresentado à
Administração Regional para fins de aprovação ou
Art. 32. O projeto de arquitetura referente a obra
visto estará de acordo com o disposto na Lei objeto
inicial ou modificação em área urbana ou rural,
desta regulamentação, neste Decreto, na legislação
pública ou privada, será submetido a exame na
de uso e ocupação do solo e na legislação específica.
Administração Regional para visto ou aprovação.
§1º No projeto apresentado para aprovação
§1º O projeto de arquitetura, visado ou aprovado,
deverão ser analisados os parâmetros urbanísticos
tem validade por quatro anos, contados a partir da
constantes da legislação de uso e ocupação do solo,
data do visto ou da aprovação.
dispositivos edilícios constantes da Lei ora
§2º A solicitação de aprovação ou de visto de regulamentada, deste Decreto e demais
projeto pode ser requerida concomitantemente à do regulamentos específicos. (Inserido – Decreto nº
alvará de construção. 25.856/2005)
Art. 33. São dispensadas de apresentação de §2º No projeto apresentado para visto serão
projeto e de licenciamento as seguintes obras analisados os parâmetros urbanísticos estabelecidos
localizadas dentro dos limites do lote: na legislação de uso e ocupação do solo, os
I – pequena cobertura; dispositivos referentes à acessibilidade para pessoas
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II – muro, exceto de arrimo; com dificuldade de locomoção, rampas, circulações e
III – guarita constituída por uma única edificação, todos os parâmetros relativos a estacionamentos,
com área máxima de construção de seis metros garagens e número de vagas exigido da Lei ora
quadrados; regulamentada e deste Decreto. (Inserido – Decreto
IV – guarita constituída por duas edificações, nº 25.856/2005)
interligadas ou não por cobertura, com área máxima §3º Os dispositivos internos ao lote e à
de quatro metros quadrados por unidade; edificação referentes à acessibilidade não serão
V – abrigo para animais domésticos com área aplicados a habitações unifamiliares, inclusive
máxima de construção de seis metros quadrados; àquelas em lotes compartilhados. (Alterado – Decreto
nº 36.225/2014)
VI – instalação comercial constituída
exclusivamente de equipamentos e decoração de §4º As análises de que tratam os parágrafos 1º e
interiores; 2º deste artigo incluirão o disposto no Código Civil,
em especial ao afastamento mínimo para abertura de
VII – canteiro de obras que não ocupe área
vãos de um metro e meio. (Inserido – Decreto nº
pública;
25.856/2005)
VIII – obra de urbanização no interior de lotes,
§5º Nas hipóteses de habitações de interesse
respeitados parâmetros de uso e ocupação do solo;
social, os parâmetros urbanísticos a serem
IX – pintura e revestimentos internos e externos; observados serão aqueles constantes do Plano de
X – substituição de elementos decorativos e Ocupação de que trata o §5º do artigo 34 deste
esquadrias; Decreto. (Inserido – Decreto nº 29.205/2008)
XI – grades de proteção em desníveis; Art. 12-A. A aprovação de projeto de
XII – substituição de telhas e elementos de empreendimento cuja atividade seja considerada polo
suporte de cobertura; gerador de tráfego deve ser precedida de anuência
XIII – reparos e substituição em instalações do Detran/DF e do DER/DF, segundo a circunscrição
prediais. da via nos casos de: (Alterado – Decreto nº
§1º As áreas das obras referidas nos incisos 37.828/2016)
anteriores não são computadas nas taxas de I – obra inicial; (Inserido – Decreto nº
ocupação, coeficiente de aproveitamento ou taxa de 33.740/2012, republicado)
construção. II – modificação de projeto com acréscimo de
§2º As obras referidas nos incisos X, XI, XII e XIII área; (Inserido – Decreto nº 33.740/2012,
são aquelas que: republicado)
I – não alterem ou requeiram estrutura de III – modificação de projeto sem acréscimo ou
concreto armado, de metal ou de madeira, treliças ou com decréscimo de área e alteração de atividade.
vigas; (Inserido – Decreto nº 33.740/2012, republicado)
II – não estejam localizadas em fachadas §1º O projeto arquitetônico deve incluir a
situadas em limites de lotes e projeções; indicação de área para estacionamento, acessos ao
III – não acarretem acréscimo de área lote, locais para carga e descarga, área de embarque
construída; e desembarque, patamares de acomodação,
inclinação de rampas, acessos de pedestres e
IV – não prejudiquem a aeração e a iluminação e demais elementos necessários à análise dos
outros requisitos técnicos.
impactos no trânsito. (Inserido – Decreto nº
§3º A dispensa de apresentação de projeto e de 33.740/2012, republicado)
licenciamento não desobriga do cumprimento da §2º Deve ser apresentado Relatório de Impacto
legislação aplicável e das normas técnicas no Trânsito – RIT de acordo com Instrução Normativa
brasileiras.
conjunta a ser expedida pelo Detran/DF e DER/DF
Art. 34. São objeto de visto os seguintes projetos que conterá os procedimentos, as diretrizes, as
de arquitetura: orientações, a documentação e o conteúdo mínimo
I – de habitações unifamiliares, inclusive aquelas para sua aprovação. (Inserido – Decreto nº
situadas em lotes compartilhados; 33.740/2012, republicado)
II – em lotes unifamiliares em que são permitidos §3º O órgão responsável pela anuência deve
outros usos desde que concomitantes ao uso consultar a SEDHAB sempre que as medidas
residencial, o qual ocupará área igual ou superior a mitigadoras implicarem em mudanças urbanísticas,
cinqüenta por cento da edificação. incluídos desvios de calçadas, baias de acesso, vias
Parágrafo único. Será firmada pelo proprietário e marginais em área urbana, criação de
pelo autor do projeto, em modelo padrão fornecido estacionamentos em área pública. (Inserido –
pela Administração Regional, declaração conjunta Decreto nº 33.740/2012, republicado)
que assegure que as disposições referentes a §4º Cabe ao empreendedor o ônus da
dimensões, iluminação, ventilação, conforto, implantação das medidas mitigadoras e
segurança e salubridade são de responsabilidade do compensatórias dos impactos diretamente causados
autor do projeto e de conhecimento do proprietário. pelo empreendimento na rede viária indicados no
Art. 35. Os projetos de arquitetura de residências Estudo ou registrados na anuência concedida pelos
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em áreas rurais e os relacionados a atividades com órgãos competentes. (Inserido – Decreto nº
fins rurais são objeto de visto, observado o parâmetro 33.740/2012, republicado)
referente ao uso das edificações e respeitada a §5º As medidas mitigadoras e compensatórias
legislação de uso e ocupação do solo. devem ser conciliadas e ajustadas mediante acordo
§1º Os projetos de arquitetura de atividades prévio entre o empreendedor e o órgão responsável,
rurais obterão anuência prévia dos órgãos por meio de Termo de Compromisso; (Inserido –
competentes. Decreto nº 33.740/2012, republicado)
§2º Os projetos de arquitetura de atividades §6º O Detran/DF e o DER/DF terão trinta dias
urbanas em áreas rurais serão submetidos à para concluírem o impacto de trânsito relativo ao
aprovação. projeto apresentado, a contar da data do seu
Art. 36. São objeto de visto da Administração recebimento pelo setor responsável pela análise e
Regional os projetos de arquitetura de edificações manifestação; (Inserido – Decreto nº 33.740/2012,
destinadas exclusivamente a atividades coletivas de republicado)
saúde, educação, segurança e serviços sociais. §7º Caso o impacto de trânsito não seja
§1º No caso de projetos elaborados por concluído no prazo estabelecido no parágrafo
particulares, o visto será concedido após a aprovação anterior, o Detran/DF e o DER/DF deverão
do projeto pela Secretaria de Estado competente, encaminhar, no prazo de até dois dias, findo aquele,
respeitada a legislação pertinente e observados os justificativa à Casa Civil, da Governadoria do Distrito
padrões de acessibilidade estabelecidos nesta Lei, Federal, com vistas à adoção das providências que
em legislação específica e nas normas técnicas forem julgadas cabíveis. (Inserido – Decreto nº
brasileiras. (Alterado – Lei nº 3.919/2006) 33.740/2012, republicado)
§2º No caso de projetos elaborados pelas §8º Não se caracteriza como polo gerador de
Secretarias de Estado responsáveis pelas atividades tráfego, para efeito do disposto neste artigo: (Inserido
de saúde, educação e segurança, essas assumem – Decreto n.º 35.271/2014)
inteira responsabilidade pelo fiel cumprimento da a) Obra de reforma de edificação pública do
legislação pertinente e pela observância dos padrões Distrito Federal, concluída em data anterior ao início
de acessibilidade estabelecidos nesta Lei, em da vigência da Lei federal nº 9.503, de 23 de
legislação específica e nas normas técnicas setembro de 1997, que não implique aumento de
brasileiras. (Alterado – Lei nº 3.919/2006) capacidade de público; (Inserido – Decreto n.º
Art. 37. São objeto de visto os projetos de 35.271/2014)
arquitetura em lotes destinados a embaixadas. b) Instituições públicas de ensino fundamental e
Art. 38. Fica facultado ao interessado requerer a médio, bem como de educação infantil,
aprovação de projeto arquitetônico que seja objeto de profissionalizante técnico e tecnológico, e creches.
visto conforme define esta Lei. (Inserido – Decreto n.º 35.271/2014)
Art. 39. Serão submetidos a aprovação os Art. 12-B. A aprovação de projetos de edificação
demais projetos de arquitetura não passíveis de visto inicial ou de modificação de Postos de Abastecimento
conforme define esta Lei. de Combustíveis – PAC e Posto de Lavagens e
Art. 40. Todos os elementos que compõem os Lubrificação, deve ter anuência da SEDHAB e
projetos de arquitetura e de engenharia serão Detran/DF ou DER/DF, segundo a circunscrição da
assinados pelo proprietário e pelo profissional via, no que diz respeito ao acesso. (Inserido –
habilitado e acompanhados da anotação de Decreto nº 33.740/2012, republicado)
responsabilidade técnica – ART – relativa ao projeto, Art. 12-C. Para efeitos da aprovação de projeto
registrada em Conselho Regional de Engenharia, de empreendimento de que trata o art. 12A deste
Arquitetura e Agronomia – CREA. Decreto, considera-se: (Inserido – Decreto nº
Art. 41. A aprovação ou visto do projeto de 35.452/2014)
arquitetura pela Administração Regional não implica o I – Relatório de Impacto de Trânsito – RIT: é o
reconhecimento da propriedade do imóvel, nem a documento contendo a descrição do projeto
regularidade da ocupação. arquitetônico da obra a ser aprovado e os estudos
Art. 42. A Administração Regional, quando técnicos que permitam a identificação de impactos no
necessário, pode solicitar a apresentação de projetos trânsito ou na geometria viária, decorrentes da
complementares e demais esclarecimentos implantação e funcionamento do empreendimento,
referentes ao projeto de arquitetura em exame. apresentando as medidas mitigadoras ou
compensatórias correspondentes; (Inserido – Decreto
Art. 43. O projeto de arquitetura apresentado em
nº 35.452/2014)
substituição a outro não invalida o projeto
anteriormente aprovado ou visado até a expedição do II – Impacto no trânsito: é a alteração nas
alvará de construção, nem implica alteração nos condições, presente e futura, de utilização da via ou
respectivos prazos de validade. rodovia, causada por interferências externas ou por
mudanças no uso e ocupação do solo, que re-
Art. 44. Fica facultada a formalização de consulta
presente prejuízo às funções de circulação, parada,
prévia de projeto arquitetônico à Administração
estacionamento e operação de carga e descarga;
Regional.
(Inserido – Decreto nº 35.452/2014)
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Parágrafo único. A resposta a consulta prévia III – Polo Gerador de Tráfego – PGT: constituído
oficial tem validade de noventa dias corridos, por edificação ou edificações cujo porte e oferta de
contados a partir da data de recebimento do bens ou serviços gerem interferências no tráfego do
respectivo laudo pelo interessado. entorno e grande demanda por vagas em
Art. 45. Os projetos de fundação, de cálculo estacionamentos ou garagens; o mesmo que “polo
estrutural, de instalações prediais e outros gerador de trânsito”, “polo atrativo de trânsito” ou
complementares ao projeto arquitetônico, “polo atrativo de viagens”; (Inserido – Decreto nº
necessários à edificação, serão elaborados com base 35.452/2014)
na legislação dos órgãos específicos e, caso IV – Laudo de Conformidade: é o documento
inexistente, de acordo com as normas técnicas expedido pelo DER/DF ou pelo DETRAN/DF, após
brasileiras. vistoria da obra, atestando que as medidas
§1º Os projetos referidos neste artigo serão mitigadoras ou compensatórias a cargo do em-
anexados ao processo administrativo da edificação preendedor foram executadas em conformidade com
no prazo máximo de cento e vinte dias, contado da as condições acordadas, indispensável para fins de
data de expedição do alvará de construção, exceto o obtenção do certificado de conclusão do
projeto de fundação, que será entregue para fins de empreendimento cuja atividade seja considerada polo
expedição do alvará de construção. gerador de tráfego; (Inserido – Decreto nº
§2º Cabe à Administração Regional verificar a 35.452/2014)
correspondência entre os projetos referidos neste V – Termo de Compromisso: é o documento
artigo e o projeto arquitetônico. firmado pelo empreendedor junto ao órgão
Art. 46. Cabe à Administração Regional indicar competente do Distrito Federal, se comprometendo
as áreas dos projetos arquitetônicos submetidos à expressamente em executar as obras para melhorar
aprovação ou visto, de acordo com os seguintes a qualidade do nível de serviço do sistema viário ou
critérios: de trânsito, contendo proposta das medidas
mitigadoras ou compensatórias, tempo de execução
I – a área total de construção será indicada no
e responsabilidade financeira pela obra a ser
projeto arquitetônico e conterá apenas duas casas
executada pelo empreendedor; (Inserido – Decreto nº
decimais, sem arredondamento ou aproximação;
35.452/2014)
II – a área construída de cada pavimento será
VI – Medidas Mitigadoras: são aquelas capazes
calculada considerada a superfície coberta limitada
de reduzir, amenizar, atenuar, reparar, controlar ou
pelo perímetro externo da edificação e excluídos:
eliminar os efeitos indesejáveis provenientes da
a) os poços de elevadores; implantação e operação do empreendimento no
b) os prismas de aeração e iluminação ou só de trânsito, considerando a segurança viária, as
aeração; alternativas por modo de transporte não motorizado e
c) os poços técnicos; coletivo, e o retorno a um nível de serviço satisfatório
d) os beirais de cobertura, com largura máxima ou à condição inicial de relação volume/capacidade
de um metro e cinqüenta centímetros; sem o empreendimento; (Inserido – Decreto nº
e) as pérgulas, conforme definido na 35.452/2014)
regulamentação desta Lei; VII – Medidas Compensatórias: são aquelas
III – a área de pavimento em pilotis situado em exigidas para compensar os danos não recuperáveis
lote será igual à área do pavimento imediatamente ou mitigáveis causados pela implantação do
superior; empreendimento, devendo ser proporcionais ao grau
do impacto provocado pelo empreendimento ou pelo
IV – a área de pavimento em pilotis situado em
funcionamento da atividade. As Medidas
projeção será igual à área da projeção registrada em
Compensatórias devem ser capazes de melhorar a
cartório;
mobilidade urbana, abrangendo obras e serviços
V – as áreas fora dos limites de lotes ou voltados para: segurança viária, infraestrutura e
projeções, decorrentes de concessão de direito real acessibilidade ao transporte público coletivo,
de uso, serão discriminadas em parcelas específicas. circulação de pedestres, ciclistas e portadores de
Parágrafo único. A área dos poços de elevadores necessidades especiais, e que tenham relação com
será considerada, para efeito de cálculo de área de os impactos negativos gerados pelo
projeto arquitetônico, em apenas um dos pavimentos empreendimento; (Inserido – Decreto nº 35.452/2014)
da edificação. VIII – Ficha Técnica do Empreendimento:
Art. 47. Para fins de cálculo de taxa máxima de documento emitido pelo servidor responsável pela
construção ou de coeficiente de aproveitamento análise e aprovação do projeto arquitetônico e
permitidos para a edificação em legislação específica, urbanístico, contendo os dados preliminares do
serão desconsiderados as seguintes obras e empreendimento, quando este for classificado como
elementos construtivos: PGT. (Inserido – Decreto nº 35.452/2014)
I – escadas, quando exclusivamente de §1º As edificações classificadas como Polo
emergência; Gerador de Tráfego são aquelas relacionadas na
II – garagens em subsolos ou em outros Tabela IV, do Anexo III deste Decreto. (Inserido –
Art. 56. Toda edificação, qualquer que seja sua Art. 50. A expedição da Carta de Habite-se
destinação, após concluída, obterá o respectivo ocorrerá após a conclusão da obra, mediante
certificado de conclusão na Administração Regional, requerimento em modelo padrão conforme Anexo I
nos termos desta Lei. deste Decreto, assinado pelo proprietário ou seu
Art. 57. O certificado de conclusão pode ser na representante e a apresentação dos demais
forma de: documentos exigidos na Lei ora regulamentada e
I – carta de habite-se, expedida para obras neste Decreto.
objeto de alvará de construção; §1º Considera-se concluída a obra que atender a
II – atestado de conclusão, expedido para os todas as condições abaixo: (Alterado – Decreto nº
demais casos. 25.856/2005)
Parágrafo único. Para efeitos da obtenção da I – executada de acordo com o projeto de
carta de habite-se, fica proibido exigir declaração de arquitetura aprovado ou visado; (Inserido – Decreto
aceite emitida por empresa de telecomunicações. nº 25.856/2005)
(Inserido – Lei 4.115/2008) II – devidamente numerada; (Inserido – Decreto
Art. 58. A carta de habite-se parcial é concedida nº 25.856/2005)
para a etapa concluída da edificação em condições III – retirado o canteiro de obras, entulhos e
de utilização e funcionamento independentes, exceto estande de vendas; (Inserido – Decreto nº
nos casos de habitações coletivas. 25.856/2005)
Art. 59. A carta de habite-se em separado é IV – recuperada a área pública circundante de
concedida para cada uma das edificações de um acordo com o projeto de urbanismo respectivo, com
conjunto arquitetônico, desde que constituam as recomendações do órgão competente quanto ao
unidades autônomas, de funcionamento plantio de espécies vegetais na área, nos termos da
independente e estejam em condições de serem legislação pertinente, e com as disposições da Lei
utilizadas separadamente. ora regulamentada e deste Decreto; (Inserido –
Art. 60. Os certificados de conclusão serão Decreto nº 25.856/2005)
expedidos após a apresentação da documentação V – construída a respectiva calçada de acordo
pertinente, da vistoria do imóvel e da verificação de com os artigos nº 137 e nº 138 deste Decreto;
inexistência de exigências. (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
Art. 60-A. O certificado de conclusão só será VI – devidamente sinalizada no tocante à
emitido após a comprovação do cumprimento das acessibilidade nas áreas comuns das edificações de
condições de acessibilidade, conforme os padrões uso coletivo e público, inclusive em alfabeto braile.
estabelecidos nesta Lei, em legislação específica e (Inserido – Decreto nº 36.225/2014)
nas normas técnicas brasileiras. (Inserido – Lei nº §2º Fica permitida a permanência do canteiro de
3.919/2006) obras para a continuidade da obra objeto de
Art. 61. São aceitas divergências de até cinco por concessão de Carta de Habite-se parcial ou em
cento nas medidas lineares horizontais e verticais separado.
entre o projeto aprovado ou visado e a obra §3º Mediante declaração do proprietário da
construída, desde que: unidade, acompanhada de documento de
I – a área útil e o pé-direito do compartimento propriedade, poderá ser expedido Certificado de
não sejam inferiores a cinco por cento da área Conclusão sem a execução de pintura, revestimentos
constante do projeto aprovado ou visado; internos, portas internas e colocação de peças fixas
II – a área da edificação constante do alvará de em banheiro, cozinha e área de serviço na unidade
construção não seja alterada; imobiliária autônoma da edificação, especificando os
III – a edificação não extrapole os limites do lote itens alterados em relação ao projeto aprovado.
ou da projeção; (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
IV – a edificação não ultrapasse a altura máxima §4º A Carta de Habite-se parcial ou em separado
ou a cota de coroamento estabelecidas. só será emitida para a etapa da edificação que, em
sua totalidade, não apresente irregularidade de
qualquer natureza e tenha atendido os dispositivos
relativos à acessibilidade e urbanização constantes
do presente Decreto e da Lei ora regulamentada.
(Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
§5º A recuperação da área pública localizada
dentro da poligonal da área tombada respeitará
também o disposto neste Decreto, especialmente no
que concerne aos Bens Tombados, além do
estabelecido no inciso IV deste artigo. (Inserido –
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Este texto não substitui o publicado no DODF
LEI DECRETO
Decreto nº 25.856/2005)
§6º A exigência de recuperação da área
circundante de acordo com o projeto urbanístico
aprovado, a que se refere o inciso IV deste artigo,
implica a restauração e ornamentação da área
pública que for degradada em razão da própria
atividade construtiva. (Inserido – Decreto nº
33.336/2011)
§7º A ocupação irregular de área pública não
relacionada diretamente com a obra autorizada não
impede a concessão da Carta de Habite-se,
resguardada a aplicação do disposto no art. 178 do
Código de Edificações do Distrito Federal. (Inserido –
Decreto nº 33.336/2011)
§8º O certificado de conclusão para o
empreendimento cuja atividade seja considerada polo
gerador de tráfego somente pode ser expedido após
apresentação do laudo de conformidade emitido pelo
órgão de trânsito. (Inserido – Decreto nº 33.740/2012,
republicado)
§9º O laudo de conformidade deve ser emitido
pelos órgãos responsáveis pela anuência quando
todas as medidas mitigadoras e compensatórias de
responsabilidade do empreendedor tiverem sido
implantadas, conforme acordado no Termo de
Compromisso. (Inserido – Decreto nº 33.740/2012,
republicado)
Art. 51. A Carta de Habite-se parcial não será
concedida para a edificação destinada
exclusivamente a habitação coletiva localizada em
lote ou projeção e para as obras complementares.
Art. 52. A solicitação para obtenção de Carta de
Habite-se dar-se-á mediante a apresentação dos
seguintes documentos:
I – comprovante de pagamento da taxa de
fiscalização de obras;
II – guia de controle de fiscalização de obra
preenchida pelo responsável pela fiscalização;
III – declaração de aceite do CBMDF, da
NOVACAP, das Secretarias de Saúde e Educação e
das concessionárias de serviços de infra-estrutura
urbana, de acordo com a finalidade do projeto e
conforme legislação específica de cada órgão.
(Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
§1º A Administração Regional encaminhará as
solicitações das declarações de que trata o inciso III
deste artigo aos órgãos competentes, a pedido do
interessado. (Renumerado – Decreto nº 25.856/2005)
§2º Fica dispensada a apresentação dos
documentos previstos nos incisos II e III deste artigo
para expedição de Carta de Habite-se de habitação
unifamiliar e de habitações em lote compartilhado no
caso de projeto de arquitetura fornecido por órgão da
administração pública. (Inserido – Decreto nº
25.856/2005)
§3º A declaração de aceite da empresa de
telecomunicações a que se refere o inciso III deste
artigo será emitida pela empresa contratada para o
fornecimento do serviço. (Inserido – Decreto nº
25.856/2005)
Art. 65. Fica obrigatória a previsão de local para Art. 58. O canteiro de obras será cercado com o
a instalação de canteiro de obras, para a execução objetivo de evitar danos a terceiros e a áreas
de obras ou demolições. adjacentes, bem como de controlar o seu impacto na
Art. 66. O canteiro de obras, suas instalações e vizinhança.
equipamentos, bem como os serviços preparatórios e Parágrafo único. Será exigida a instalação de
complementares, respeitarão o direito de vizinhança canteiro para as obras dispensadas de apresentação
e obedecerão ao disposto nesta Lei, nas normas de projeto e de licenciamento conforme dispõe a Lei
técnicas brasileiras, na legislação das ora regulamentada quando a construção apresentar
concessionárias de serviços públicos e na legislação situação de risco a terceiros.
sobre segurança. Art. 59. Será admitida a inclusão de faixa de
Parágrafo único. A distribuição das instalações e segurança no canteiro de obra, situada no entorno da
equipamentos no canteiro de obras observará os construção, para complementar a segurança da
preceitos de higiene, salubridade e funcionalidade. mesma e de terceiros, nos seguintes casos:
Art. 67. O canteiro de obras pode ser instalado: I – quando a construção atingir o limite do lote, a
I – dentro dos limites do lote ou ocupando lotes faixa de segurança terá, no máximo, três metros
vizinhos, mediante expressa autorização dos medidos a partir da construção;
proprietários, dispensada a apresentação de projeto e II – quando o subsolo atingir o limite do lote, a
licenciamento prévio, observada a legislação faixa de segurança terá, no máximo, cinco metros
específica; medidos a partir do limite do lote;
II – em área pública, mediante a aprovação do III – quando o subsolo ocupar área pública,
respectivo projeto no que diz respeito à interferência mediante concessão de direito real de uso, a faixa de
nas vias, nos espaços e nos equipamentos públicos. segurança terá, no máximo, cinco metros medidos a
Parágrafo único. A ocupação em área pública partir do limite do subsolo.
será autorizada pela Administração Regional, §1º A faixa de segurança de que trata este artigo
observados o interesse público e a legislação não restringirá as dimensões do canteiro de obras.
Seção II Seção II
DO MOVIMENTO DE TERRA DO MOVIMENTO DE TERRA
Art. 75. A execução do movimento de terras Art. 71. O movimento de terra será executado
obedecerá às normas técnicas brasileiras, ao com o devido controle tecnológico e com medidas de
disposto nesta Lei e ao direito de vizinhança. proteção para evitar riscos e danos a edificações e a
Art. 76. Antes do início do movimento de terras terceiros.
será verificada a existência de redes de §1º O movimento de terra será executado
equipamentos públicos urbanos ou quaisquer outros somente após a expedição do alvará de construção
elementos que possam ser comprometidos pelos da edificação. (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
trabalhos. §2º Não provocará o afloramento do subsolo da
Art. 77. Na execução do movimento de terras fica edificação em relação ao perfil natural do terreno.
obrigatório: (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
I – impedir que as terras alcancem a área §3º O desnível resultante do movimento de terra
pública, em especial as calçadas, o leito das vias e os receberá tratamento paisagístico com o uso de
equipamentos públicos urbanos; vegetação e respeitará os dispositivos referentes à
II – despejar os materiais escavados e não acessibilidade. (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
reutilizados em locais previamente determinados pela Art. 72. As valas e barrancos resultantes de
Administração Regional, quando em área pública; movimento de terra receberão escoramento de
III – adotar medidas técnicas de segurança acordo com a legislação específica.
necessárias à preservação da estabilidade e Art. 73. Fica obrigatória a construção de muros
Art. 78. A estabilidade, a segurança, a Art. 74. As paredes internas e externas, inclusive
acessibilidade, a higiene, a salubridade e o conforto a que separam as unidades autônomas da edificação
ambiental, térmico e acústico da edificação, dos apresentarão características técnicas de resistência
espaços públicos e dos equipamentos e mobiliário ao fogo, isolamento térmico, isolamento e
urbanos serão assegurados pelo correto emprego, acondicionamento acústico, resistência estrutural e
dimensionamento e aplicação de materiais e impermeabilidade. (Alterado – Decreto nº
elementos construtivos, conforme exigido nesta Lei e 25.856/2005)
nas normas técnicas brasileiras. (Alterado – Lei nº Parágrafo único. Para os casos de tecnologias
3.919/2006) não normalizadas pelo órgão competente, serão
Art. 79. Os materiais e elementos construtivos, exigidos laudos técnicos emitidos por instituto
com função estrutural ou não, corresponderão, no tecnológico oficialmente reconhecido, que
mínimo, ao que dispõem as normas e índices comprovem a segurança e qualidade dos materiais a
técnicos relativos à resistência ao fogo, isolamento serem utilizados e deverão constar nos projetos de
térmico, isolamento e condicionamento acústico, arquitetura detalhe e especificação destas. (Inserido
resistência estrutural e impermeabilidade. – Decreto nº 25.856/2005)
§1º Os elementos que separam vertical e Art. 75. A fundação situar-se-á dentro dos limites
horizontalmente unidades imobiliárias autônomas do lote ou da projeção, exceto aquela decorrente de
serão especificados e dimensionados de modo a não construção permitida fora de seus limites.
permitir a propagação do som para as unidades Parágrafo único. A fundação profunda guardará
vizinhas, acima dos limites estabelecidos em afastamento mínimo de cinqüenta centímetros das
legislação pertinente. divisas do lote medidos desde suas faces acabadas.
§2º As novas tecnologias serão submetidas a Art. 76. O elemento estrutural da edificação com
ensaios e perícias técnicas realizadas por entidades função decorativa que avance fora dos limites do lote
especializadas, públicas ou privadas, portadoras de ou da projeção conforme dispõe a Lei objeto desta
fé pública. regulamentação e que esteja situado a uma altura
§3º Quaisquer divergências entre os índices superior a quinze metros, observará os feixes de
técnicos constantes do projeto apresentado e os telecomunicações do órgão específico.
estabelecidos nas normas técnicas brasileiras e nesta Art. 77. A saliência, moldura ou motivo
Lei serão dirimidas pela comprovação de arquitetônico das fachadas da edificação, situados
equivalência de materiais e elementos construtivos, fora dos limites do lote ou da projeção e sobre os
mediante ensaios e perícias técnicas realizados por afastamentos mínimos obrigatórios, respeitarão o
entidades públicas ou privadas especializadas e seguinte:
portadoras de fé pública.
I – sua projeção no plano horizontal não
Art. 80. As fundações e os componentes ultrapassará a quarenta centímetros;
estruturais, as coberturas e as paredes serão
II – manterão altura mínima de dois metros e
totalmente independentes entre edificações vizinhas
cinqüenta centímetros em relação ao nível do solo
autônomas.
sob a saliência, moldura ou motivo arquitetônico;
Art. 81. Os elementos estruturais isolados,
III – serão construídos em balanço;
aparentes ou não, serão indicados, em sua
especificidade, no projeto de arquitetura. IV – terão função exclusivamente decorativa;
Art. 82. Os elementos estruturais com função V – não permitirão qualquer utilização interna,
Art. 86. Os compartimentos estarão de acordo Art. 83. Compartimentos e ambientes poderão
com os parâmetros técnicos correspondentes às existir simultaneamente numa mesma unidade
funções que neles serão desempenhadas, conforme imobiliária, obedecido o disposto na Lei aqui
estabelecido nos Anexos I, II e III. regulamentada e neste Decreto.
Art. 87. As funções referidas no artigo anterior §1º Os compartimentos ou ambientes
podem ocorrer em ambientes sem compartimentação obedecerão aos parâmetros técnicos
física, desde que: correspondentes às funções que neles serão
I – seja apresentado memorial descritivo que desempenhadas constantes dos Anexos I, II e III da
relacione os compartimentos ou ambientes; lei ora regulamentada. (Inserido – Decreto nº
II – seja anotada, no projeto de arquitetura 25.856/2005)
apresentado para aprovação, a possibilidade ou não §2º Qualquer reentrância ou saliência num
de compartimentação futura; compartimento, em planta baixa, só será considerada
III – sejam preservados os parâmetros técnicos para somatório da área mínima do referido
mínimos exigidos para cada compartimento; compartimento quando tal reentrância ou saliência
IV – a área dos ambientes não possuir, simultaneamente, uma dimensão igual ou
compartimentados seja acrescida do percentual de superior à largura mínima permitida para o respectivo
quinze por cento, referente a paredes e circulações compartimento, e o pé direito mínimo determinado
horizontais. para o compartimento do qual faz parte. (Inserido –
Decreto nº 25.856/2005)
Parágrafo único. Na hipótese da não
compartimentação dos locais destinados a estar e Art. 84. Os compartimentos ou ambientes de
consumo de alimentos ou a preparo de alimentos e permanência prolongada são, dentre outros, os
serviços de lavagem e limpeza, será exigido apenas dormitórios, as salas, as cozinhas, os refeitórios, os
o disposto no inciso III. escritórios, os locais de reunião, as academias, as
enfermarias e as áreas de serviço.
Art. 88. Os compartimentos ou ambientes
obedecerão a parâmetros mínimos de: Art. 85. Os compartimentos ou ambientes de
permanência transitória são, dentre outros, as
I – área de piso;
circulações, os vestíbulos, as rampas, as escadas, os
II – pé-direito; banheiros, os lavabos, os locais de vestir, os
III – vãos de aeração e iluminação; depósitos, as rouparias, os louceiros, as despensas e
IV – vãos de acesso; as garagens particulares e públicas. (Alterado –
V – dimensões de compartimentos e de Decreto nº 25.856/2005)
elementos construtivos; Art. 86. Os compartimentos ou ambientes de
VI – acessibilidade. (Inserido – Lei nº 3.919/2006) utilização especial são, dentre outros, os auditórios,
os cinemas, as salas de espetáculos, os museus, os
Parágrafo único. Os parâmetros mínimos de
dimensionamento são definidos nos Anexos I, II e III. laboratórios, os centros cirúrgicos, os centros de
processamento de dados e as câmaras frigoríficas.
Art. 89. Os compartimentos ou ambientes,
Art. 87. Na hipótese da não compartimentação
conforme sua utilização, são classificados como:
física dos locais destinados a estar e consumo de
I – de permanência prolongada; alimentos ou a preparo de alimentos e serviços de
II – de permanência transitória; lavagem e limpeza, serão exigidos os parâmetros
III – de utilização especial. técnicos mínimos para cada compartimento e
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Art. 90. Os compartimentos ou ambientes de dispensados dos demais requisitos para ambientes
permanência prolongada são aqueles utilizados para, sem compartimentação física, conforme dispõe a Lei
pelo menos, uma das seguintes funções: objeto desta regulamentação.
I – repouso; Art. 88. A unidade domiciliar do tipo apartamento
II – estar ou lazer; conjugado, é constituída de compartimento para
III – preparo ou consumo de alimentos; higiene pessoal e de compartimentos ou ambientes
para cada uma das funções de estar, repouso,
IV – trabalho, ensino ou estudo;
preparação de alimentos e serviços de lavagem.
V – reunião ou recreação; (Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
VI – prática de esporte ou exercício físico; §1º A construção de apartamento conjugado
VII – tratamento ou recuperação de saúde; ocorrerá, exclusivamente, em habitação coletiva e
VIII – serviços de lavagem e limpeza. habitação coletiva econômica ou quando permitido
Art. 91. Os compartimentos ou ambientes de pela legislação de uso e ocupação do solo. (Alterado
permanência transitória são aqueles utilizados para, – Decreto nº 25.856/2005)
pelo menos, uma das seguintes funções: §2º O apartamento conjugado de que trata este
I – circulação e acesso de pessoas; artigo conterá, no máximo, cinco compartimentos ou
II – higiene pessoal; ambientes e terá área máxima de quarenta metros
quadrados. (Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
III – guarda de veículos.
§3º Para fins do cálculo da área do apartamento
Art. 92. Os compartimentos ou ambientes de
conjugado e do número de compartimentos ou
utilização especial são aqueles que apresentam
ambientes será respeitado o constante no art. 94 e os
características e condições de uso diferenciadas
parâmetros mínimos do Anexo I da Lei ora
daquelas definidas para os compartimentos ou
regulamentada, inclusive o diâmetro definido para o
ambientes de permanência prolongada ou transitória. primeiro banheiro. (Alterado – Decreto nº
Parágrafo único. Os parâmetros técnicos dos 25.856/2005)
compartimentos ou ambientes referidos neste artigo
§4º O serviço de lavagem a que se refere este
são determinados pelas respectivas necessidades
artigo corresponde à instalação de, no mínimo, um
funcionais, obedecida a legislação pertinente. tanque no ambiente destinado a preparo de
Art. 93. As áreas dos compartimentos de unidade alimentos, dispensada a área mínima exigida para a
domiciliar econômica poderão ter, no mínimo, setenta área de serviço, e desconsiderada a função no
e cinco por cento das áreas definidas para unidades cálculo do número de funções exigido. (Inserido –
domiciliares constantes do Anexo I, com exceção de Decreto nº 25.856/2005)
banheiro, lavabo, banheiro e dormitório de
§5º Fica vedada a utilização das dimensões e
empregado.
áreas mínimas estabelecidas para unidades
§1º Para o cálculo da área mínima dos domiciliares econômicas no dimensionamento de
dormitórios, será utilizada a área do primeiro apartamento conjugado. (Inserido – Decreto nº
dormitório constante do Anexo I. 25.856/2005)
§2º As dimensões mínimas dos compartimentos §6º A unidade de que trata este artigo é também
destinados a estar poderão ser reduzidas para dois denominada “kit” ou “kit Studio” ou “kitinete”. (Inserido
metros e sessenta centímetros e as de preparo de – Decreto nº 25.856/2005)
alimentos, para um metro e sessenta centímetros.
Art. 89. Os compartimentos ou ambientes
§3° Nas unidades domiciliares econômicas do destinados a preparo de alimentos ou a manipulação
tipo célula, inseridas em programas governamentais de produtos farmacêuticos não terão comunicação
de interesse social, o serviço de lavagem e limpeza direta com os compartimentos ou ambientes
poderá constituir-se de, no mínimo, um tanque, sendo destinados à higiene pessoal.
dispensada, para esse compartimento, a aplicação do
Art. 90. O lavatório localizar-se-á, opcionalmente,
disposto no Anexo I, no que se refere à área e à
fora do compartimento destinado à higiene pessoal,
dimensão mínima. (Inserido – Lei nº 2.516, de 31 de
resguardada a proximidade necessária para a sua
dezembro de 1999) utilização.
Art. 94. É admitida a construção de unidade
Art. 90-A O compartimento destinado à higiene
domiciliar denominada apartamento conjugado,
pessoal correspondente ao primeiro banheiro deverá
desde que a área total dos compartimentos ser acessível a pessoas com deficiência e mobilidade
conjugados corresponda ao somatório da área do reduzida e possuir diâmetro inscrito de 1,10 metro,
maior compartimento, acrescida de sessenta por
medido a partir da projeção das peças no piso,
cento da área de cada um dos demais
conforme exigido no Anexo I da Lei ora
compartimentos, obedecidos os parâmetros
regulamentada, de modo a possibilitar acesso direto
constantes do Anexo I desta Lei.
e simultâneo a todas as peças sanitárias e ao
§1º Para o cálculo da área a que se refere o chuveiro. (Inserido – Decreto nº 36.225/2014)
caput serão consideradas as áreas do primeiro
§1º Poderá ser utilizada área sob o chuveiro para
dormitório e do primeiro banheiro, constantes do
a inscrição do diâmetro de 1,10 metro, desde que
Anexo I.
sem obstáculos e garantida a circulação interna livre
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§2º É vedada a compartimentação física dos de, no mínimo, 80 centímetros. (Inserido – Decreto nº
ambientes conjugados. 36.225/2014)
Art. 95. Fica facultada a existência de §2º Os acessórios desse banheiro deverão ser
compartimento de utilização coletiva para lavagem de instalados de acordo com as normas técnicas
roupas, situado em áreas comuns de habitação brasileiras. (Inserido – Decreto nº 36.225/2014)
coletiva e de habitação coletiva econômica, mantidos Art. 91. A altura máxima entre dois pisos
os compartimentos da unidade domiciliar consecutivos será de quatro metros. (Alterado –
especificados no art. 3º, LXIII. Decreto nº 25.856/2005)
Art. 96. O revestimento dos pisos, paredes, tetos §1º Altura superior ao disposto no caput só será
e forros dos compartimentos ou ambientes será permitida quando se tratar de compartimentos de
definido de acordo com a destinação e utilização dos utilização especial, vestíbulos, compartimento com
mesmos, conforme estabelecido nos Anexos I, II e III. mezanino e outros, cujo programa arquitetônico e
Art. 97. As circulações horizontais e verticais e os porte dos equipamentos assim o exigir, atendido ao
vestíbulos das edificações obedecerão aos disposto no §2º. (Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
parâmetros mínimos de dimensionamento §2º A altura superior ao disposto no caput deverá
relacionados às funções neles desempenhadas, ser devidamente justificada por memorial descritivo
conforme estabelecido nos Anexos I, II e III. acompanhado de parecer técnico, que serão
Art. 98. As escadas e rampas de uso comum apreciados pela Administração Regional. (Alterado –
possuirão corrimão: Decreto nº 25.856/2005)
I – em um dos lados quando a largura for de até §3º A não observância do disposto no §1º
um metro e vinte centímetros; implicará em acréscimo de cem por cento na área do
II – em ambos os lados quando a largura for compartimento ou ambiente, que será incluída no
superior a um metro e vinte centímetros e inferior a cálculo da taxa máxima de construção ou do
quatro metros; coeficiente de aproveitamento e na área total de
III – duplo intermediário quando a largura for construção. (Inserido – Decreto nº 25.856/ 2005)
igual ou superior a quatro metros. Art. 92. O pé-direito do compartimento ou
ambiente que contiver espaçamento entre vigas igual
ou inferior a dois metros e cinqüenta centímetros de
eixo a eixo será medido do piso até a face inferior da
viga acabada.
Art. 93. A altura livre sob passagens de escadas
e rampas para pedestres e sob extremidade de
balanço e de beiral será de, no mínimo, dois metros e
dez centímetros.
Art. 94. As circulações horizontais de uso comum
e de uso restrito obedecerão aos parâmetros
mínimos estabelecidos na Lei objeto desta
regulamentação e neste Decreto.
§1º A circulação horizontal de uso comum
referida neste artigo, quando aberta para o exterior
no sentido de seu comprimento, terá dimensão
mínima igual a um metro e vinte centímetros,
independentemente do seu comprimento.
§2º Para fins de cálculo do comprimento da
circulação horizontal de que trata este artigo, a
existência de vestíbulo de ligação da circulação
horizontal com a vertical implicará no fracionamento
de sua extensão total.
Art. 95. A escada obedecerá aos parâmetros
mínimos estabelecidos na Lei ora regulamentada e
ao seguinte:
I – o espelho do degrau terá altura máxima de
dezenove centímetros e, quando for a única escada,
de dezoito centímetros, exceto a escada interna de
unidade autônoma; (Alterado – Decreto nº
25.856/2005)
II – o dimensionamento do degrau obedecerá à
fórmula de Blondel (62cm=2h+b=64cm, onde h é a
altura do degrau e b é a profundidade do degrau);
(Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
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LEI DECRETO
III – número máximo de degraus contínuos da
escada para inclusão de patamar intermediário
retilíneo, com largura e profundidade igual à largura
da escada, será de dezesseis. (Alterado – Decreto nº
25.856/ 2005)
§1º A profundidade do piso do degrau da escada
curvilínea será medida na metade da largura da
escada e a parte mais estreita não deve ser inferior a
sete centímetros. (Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
§2º O degrau da escada e o patamar não
sofrerão qualquer obstrução, inclusive por giro de
portas.
Art. 96. A escada de uso comum obedecerá ao
disposto no Art. 95 e ao seguinte: (Alterado – Decreto
nº 25.856/2005)
I – a parte mais estreita do piso do degrau em
ângulo da escada retilínea terá profundidade mínima
de quinze centímetros; (Alterado – Decreto nº
25.856/2005)
II – o piso saliente em relação ao espelho
não prejudicará a profundidade mínima exigida;
III – o piso será executado em material
antiderrapante ou possuirá faixa de proteção
antiderrapante ao longo de seu bordo.
§1º Quando da existência de escada de
emergência na edificação conforme legislação
específica, esta poderá ser utilizada como escada de
uso comum. (Renumerado – Decreto nº 25.856/2005)
§2º A escada única de uso comum da edificação
também servirá como escada de emergência e
deverá obedecer às normas de segurança do
CBMDF, exceto em edificações unifamiliares.
(Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
§3º Não será aceita escada com degrau em
ângulo em locais de reunião de público, definidos no
Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico
do DF, aprovado pelo Decreto nº 21.361 de 20 de
julho de 2000, em escolas, terminais de passageiros
e hospitais. (Inserido – Decreto nº 25.856/ 2005)
Art. 97. A escada de uso restrito do tipo
marinheiro será permitida para acesso à casa de
máquinas, às caixas d’água ou a compartimentos de
uso incompatível com a permanência humana.
Art. 98. Os vestíbulos de elevadores social e de
serviço e as escadas serão interligados em todos os
pavimentos.
Parágrafo único. Os vestíbulos e a interligação
de que trata este artigo serão dispensados na
edificação cujo conjunto de circulação vertical atender
a uma unidade imobiliária por pavimento.
Art. 99. A rampa para pedestres obedecerá aos
parâmetros mínimos estabelecidos na Lei aqui
regulamentada por este Decreto e, especialmente, ao
disposto na Seção IV do Capítulo V – Da
Acessibilidade, quando destinados a pessoas com
dificuldade de locomoção. (Alterado – Decreto nº
25.856/2005)
Art. 100. A varanda na fachada da edificação e
situada sobre os afastamentos mínimos obrigatórios
do lote obedecerá ao seguinte: (Alterado – Decreto nº
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25.856/2005)
I – localizar-se-á acima do pavimento térreo;
II – avançará até um terço dos afastamentos
mínimos obrigatórios, com o máximo de um metro;
III – manterá altura livre mínima de dois metros e
cinqüenta centímetros sob a varanda, medidos a
partir da sua face inferior; (Alterado – Decreto nº
25.856/2005)
IV – não possuirá comunicação com cozinha e
área de serviço;
V– não possuirá outro elemento de
vedação além da empena e de eventuais divisores;
VI – possuirá guarda-corpo ou jardineira com
altura mínima de noventa centímetros.
Parágrafo único. A varanda de que trata este
artigo não terá sua área computada no cálculo da
taxa máxima de construção ou do coeficiente de
aproveitamento e nem da taxa máxima de ocupação
sendo, entretanto, incluída no cálculo da área total da
construção. (Inserido – Decreto nº 25.856/ 2005)
Seção II
Seção II DA AERAÇÃO E ILUMINAÇÃO
DA AERAÇÃO E ILUMINAÇÃO
Art. 101. Os prismas de aeração e iluminação ou
Art. 99. Para efeito de aeração e iluminação, todo só de aeração terão como seção horizontal uma
compartimento ou ambiente disporá de vãos que se poligonal aberta ou fechada.
comuniquem diretamente com espaços exteriores ou Parágrafo único. A poligonal de que trata este
com áreas abertas, conforme os parâmetros mínimos
artigo será iniciada no plano da fachada e incluirá
estabelecidos nos Anexos I, II e III.
varandas e planos com inclinações iguais ou
Parágrafo único. São dispensados de cumprir as inferiores a quarenta e cinco graus em relação ao
exigências deste artigo os compartimentos ou plano da fachada.
ambientes previstos nesta Lei.
Art. 102. O prisma fechado que possuir pelo
Art. 100. As áreas abertas destinadas à aeração menos uma de suas faces delimitada por divisa de
e iluminação ou só aeração de compartimentos ou lote voltado para área pública será considerado
ambientes denominam-se prismas e são assim prisma aberto.
classificados:
Art. 103. Serão garantidos nos prismas as
I – prisma aberto – é o que possui, pelo menos, dimensões mínimas estabelecidas na Lei ora
uma de suas faces não delimitada por parede, muro regulamentada em toda a altura da edificação onde
ou divisa de lote; houver vão aerado e iluminado por eles. (Alterado –
II – prisma fechado – é o que possui todas as Decreto nº 25.856/2005)
faces delimitadas por paredes, muros ou divisa de §1º Para fins de dimensionamento do prisma de
lote. que trata este artigo a altura da edificação será
Parágrafo único. O prisma fechado só de considerada a partir do pavimento mais baixo aerado
aeração, localizado abaixo do nível do solo e e iluminado pelo prisma até atingir o exterior da
protegido por grelha, é denominado poço inglês. edificação, garantida a seção horizontal igual ou
Art. 101. Os prismas e os vãos de aeração e superior. (Renumerado – Decreto nº 25.856/2005)
iluminação serão dimensionados, obedecidos os §2º O tratamento da superfície interna dos
limites mínimos previstos nesta Lei. prismas de que trata este artigo garantirá condições
Art. 102. Os prismas terão garantidas, em toda a mínimas de higiene e salubridade em toda a sua
altura da edificação, onde houver vão aerado ou extensão e será especificado no projeto de
iluminado por eles, as seguintes dimensões mínimas arquitetura. (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
de: §3º Consideram-se espaços exteriores os
I – vinte por cento da altura da edificação prismas fechados de aeração e iluminação que
correspondente ao diâmetro de um círculo inscrito possuam uma largura correspondente ao diâmetro de
não inferior a um metro e cinqüenta centímetros, para um círculo inscrito superior à metade da altura da
os prismas fechados de aeração e iluminação; edificação. (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
II – sessenta centímetros e a outra dimensão Art. 103-A. O poço inglês que atender a mais de
igual ou superior à menor dimensão dos um subsolo terá também exaustão por equipamento
compartimentos a que serve, tomado como base o mecânico. (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
Art. 115. Para os efeitos desta Lei, o local Art. 114. As garagens e os estacionamentos
destinado à guarda de veículos denomina-se particulares e públicos obedecerão ao constante na
garagem ou abrigo, quando coberto, e Lei aqui regulamentada e ao seguinte:
estacionamento, quando descoberto, e é classificado I – as vagas e as circulações de veículos serão
em: dimensionadas de acordo com os ângulos das vagas
I – particular, quando situado em propriedade em relação ao eixo da circulação conforme
privada; parâmetros mínimos constantes das Tabelas I e II do
II – público, quando situado em área pública. Anexo III deste Decreto;
Art. 116. As garagens e estacionamentos de II – as rampas de entrada e saída e o patamar de
veículos serão projetados e executados sem a acomodação de veículos localizar-se-ão dentro dos
interferência de quaisquer elementos construtivos limites do lote, com exceção do disposto na Lei objeto
que possam comprometer sua utilização ou os desta regulamentação e neste Decreto, e obedecerão
parâmetros construtivos mínimos estabelecidos. aos parâmetros mínimos definidos na Tabela III do
§1º As circulações de veículos, as vagas, as Anexo III deste Decreto; (Alterado – Decreto n°
rampas e demais parâmetros pertinentes obedecerão 33.740/2012, republicado)
ao previsto na regulamentação desta Lei e serão III – os subsolos destinados a garagem dentro
indicados e dimensionados nos projetos de dos limites de lotes, exceto lotes destinados a
arquitetura. habitações unifamiliares, terão lajes de cobertura
§2º Fica admitida a utilização de equipamento calculadas para suportar a sobrecarga de viaturas do
mecânico para a racionalização da área, observado o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
número de vagas exigido. (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
Art. 117. Nos casos em que as dimensões do Parágrafo único. Os estacionamentos e garagens
lote impossibilitarem a localização de rampas e devem ser projetados e executados sem a
patamares de acomodação em seu interior, fica interferência de quaisquer elementos que possam
admitida sua localização além dos limites do lote, comprometer a sua utilização ou os parâmetros
desde que: mínimos estabelecidos para seu dimensionamento.
I – estejam adequados ao sistema viário (Inserido – Decreto n° 33.740/2012, republicado)
projetado; Art. 115. A localização da rampa e do patamar de
II – a circulação de pedestres seja garantida. acomodação além dos limites do lote com dimensões
reduzidas, conforme dispõe a Lei ora regulamentada,
Art. 118. As rampas de acesso de projeções
não prejudicará galerias de circulação de pedestres e
podem ser localizadas fora de seus limites.
calçadas frontais à edificação.
Art. 119. No caso de existirem dois ou mais
Art. 116. Fica obrigatória a instalação de sinal
subsolos, as rampas fora dos limites de lotes e
sonoro-luminoso em rampa de saída de garagem que
projeções receberão a anuência da Administração
desemboque diretamente em calçada ou galeria de
Regional e estarão em consonância com o projeto
circulação de pedestres.
urbanístico oficial.
Art. 117. Fica facultada a utilização para sentido
Art. 120. É obrigatória a previsão de vagas para
duplo de rampa e circulação de veículos
veículos que transportem ou sejam conduzidos por
dimensionada com sentido único, em lote de até vinte
pessoas portadoras de deficiência e para veículos
metros de testada, desde que atendida por sinal
que transportem ou sejam conduzidos por pessoas
sonoro luminoso e por espelhos implantados por
idosas em garagens e estacionamentos públicos,
ocasião da expedição da Carta de Habite-se.
inclusive naqueles explorados comercialmente,
(Alterado – Decreto nº 35.960/2014)
conforme o disposto nesta Lei, em legislação
específica e nas normas técnicas brasileiras. §1º No caso previsto neste artigo, o patamar de
(Alterado – Lei nº 3.919/2006) acomodação poderá localizar-se fora dos limites do
lote. (Renumerado – Decreto nº 35.960/2014)
Art. 121. É obrigatória a previsão de vagas para
veículos que transportem ou sejam conduzidos por §2º A utilização para sentido duplo, em
pessoas portadoras de deficiência e para veículos circulação de veículos dimensionada com sentido
que transportem ou sejam conduzidos por pessoas único que trata este artigo, só se aplica para vagas
idosas em garagens e estacionamentos particulares com ângulo maior ou igual a 45 graus. (Inserido –
explorados comercialmente, conforme o disposto Decreto nº 35.960/2014)
nesta Lei, em legislação específica e nas normas Art. 118. Fica facultada a redução da largura da
técnicas brasileiras. (Alterado – Lei nº 3.919/2006) circulação de veículos em sentido único para dois
metros e oitenta centímetros quando não
proporcionar acesso a vagas.
Art. 119. Devem ser ofertadas vagas para
estacionamento, no interior do lote, conforme o
Atualizado até 19/12/2016 47
Este texto não substitui o publicado no DODF
LEI DECRETO
estabelecido na Tabela IV do Anexo III deste Decreto.
(Alterado – Decreto n° 33.740/2012, republicado)
§1º As vagas devem situar-se dentro dos limites
do lote, respeitado o estabelecido no art. 120.
(Alterado – Decreto n° 33.740/2012, republicado)
§2º As vagas de que trata este artigo podem
localizar-se em subsolo, em superfície e em andares
superiores, sem prejuízo do disposto na legislação de
uso e ocupação do solo. (Alterado – Decreto n°
33.740/2012, republicado)
§3º Para fins de cálculo do número de vagas de
que trata este artigo, conforme estabelecido na
Tabela IV, será considerada apenas a área
computável da edificação, nos termos do disposto no
art. 47 da Lei 2.105, de 08 de outubro de 1998.
(Alterado – Decreto nº 35.960/2014)
§4º Para o cálculo referido no parágrafo anterior
não serão desconsideradas as obras e elementos
construtivos descritos nos incisos III e IV do art. 47 da
Lei 2.105, de 08 de outubro de 1998. (Alterado –
Decreto nº 35.960/2014)
§5° Nas garagens onde não haja vinculação de
vagas a unidades imobiliárias específicas não são
permitidas vagas presas. (Inserido – Decreto n°
33.740/2012, republicado)
§6° Excetuam-se do caput os lotes, únicos ou
remembrados, com testada resultante inferior ou igual
a 16m e com área menor ou igual a 400m². (Inserido
– Decreto nº 37.828/2016)
§7° Prevalecem os parâmetros de exigência de
vagas da legislação de uso e ocupação do solo
definidos para o lote ou projeção quando esta
estabelecer, à exceção do uso residencial coletivo,
caso em que prevalecerá o disposto na Tabela IV do
Anexo III deste Decreto. (Inserido – Decreto nº
37.828/2016)
§8° Nos casos de omissão relativa aos
parâmetros de exigência de vagas na legislação de
uso e ocupação do solo, não serão exigidas vagas
para estacionamento, à exceção do uso residencial
coletivo, caso em que prevalecerá o disposto na
Tabela IV do Anexo III deste Decreto (Inserido –
Decreto nº 37.828/2016)
Art. 119-A. Os estacionamentos e garagens
devem possuir, no mínimo, além das vagas
destinadas a veículos, o seguinte: (Inserido – Decreto
n° 36.225/2014)
I – 1 vaga destinada a motocicleta para cada 10
vagas destinadas a veículos em estacionamentos e
garagens públicos; (Inserido – Decreto n°
36.225/2014)
II – 1 vaga destinada a motocicleta para cada 20
vagas destinadas a veículos em estacionamentos e
garagens privados; (Inserido – Decreto n°
36.225/2014)
III – 1 vaga em paraciclo para cada 20 vagas
destinadas a veículos em estacionamentos e
garagens públicos; (Inserido – Decreto n°
36.225/2014)
IV - vagas em paraciclo e vestiários, conforme o
Atualizado até 19/12/2016 48
Este texto não substitui o publicado no DODF
LEI DECRETO
estabelecido na Tabela IV do Anexo III. (Alterado –
Decreto 37.828/2016)
§1º Excetuam-se do caput as habitações
unifamiliares. ( Alterado – Decreto 37.828/2016)
§2º As vagas destinadas a motocicletas devem
possuir dimensão mínima de 1,00 x 2,00 metros, com
área de manobra com largura mínima de 2,50 metros
e acesso com largura mínima de 1,20 metro,
conforme exemplificado no Anexo III. (Inserido –
Decreto n° 36.225/2014)
§3º As vagas destinadas a bicicletas devem
possuir dimensão mínima de 0,75 x 1,80 metro, com
área de manobra com largura mínima de 1,20 metro
e acesso com largura mínima de 0,80 metro,
conforme exemplifi cado no Anexo III. (Inserido –
Decreto n° 36.225/2014)
§4º A área para manobra de motocicletas e
bicicletas pode coincidir com a área de manobra e
circulação de veículos. (Inserido – Decreto n°
36.225/2014)
§5º Os paraciclos devem ser providos de suporte
que facilite o uso de travas e deve fornecer apoio
para o quadro e pelo menos uma roda, conforme
“modelo de suporte a ser adotado em paraciclos em
áreas públicas”. (Inserido – Decreto n° 36.225/2014)
§6º O suporte deve impedir que a bicicleta gire e
tombe sobre a roda dianteira. (Inserido – Decreto n°
36.225/2014)
§7º A área destinada aos paraciclos deve ser
iluminada e localizar-se próxima aos acessos e à
vigilância e, preferencialmente, ser coberta. (Inserido
– Decreto n° 36.225/2014)
§8º Os paraciclos não devem obstruir o passeio.
(Inserido – Decreto n° 36.225/2014)
§9º Apenas 50% das vagas de que trata este
artigo poderão ser vinculadas a unidades imobiliárias.
(Inserido – Decreto n° 36.225/2014)
§10. No caso de habitação coletiva, as vagas em
paraciclo podem ser ofertadas em bicicletário.
(Inserido – Decreto nº 37.828/2016)
Art. 120. Para os equipamentos públicos
comunitários localizados até cem metros de
estacionamento público implantado e constante de
planta registrada em cartório, o número de vagas
exigido pela atividade pode ser complementado em
até cinquenta por cento pelas vagas do
estacionamento público. (Altrado – Decreto n°
33.740/2012, republicado)
§1° – A utilização das vagas de estacionamento
público de que trata este artigo será de, no máximo,
metade da capacidade deste estacionamento.
(Inserido – Decreto nº 27.353/2006)
§2° – Os estacionamentos públicos lindeiros a
lotes de uso coletivo, previstos em projetos de
urbanismo aprovados e com configuração para
atendimento exclusivo a esses lotes, não localizados
no polígono de preservação de Brasília, nos termos
do Decreto n° 10.829, de 14 de outubro de 1987,
poderão ser utilizados em sua totalidade para o
cumprimento do número de vagas exigido para o uso
Atualizado até 19/12/2016 49
Este texto não substitui o publicado no DODF
LEI DECRETO
coletivo do imóvel, garantida a proporção de vagas
em relação ao potencial construtivo dos lotes
existentes. (Inserido – Decreto nº 27.353/2006)
Art. 121. Fica obrigatória a previsão de áreas
exclusivas para carga e descarga, embarque e
desembarque, estacionamento de táxis e de viaturas
de socorro do CBMDF de acordo com a Tabela V do
Anexo III deste Decreto, localizadas dentro dos
limites do lote, na proporção mínima de uma vaga
para cada tipo de utilização, exceto aqueles com taxa
de ocupação de cem por cento. (Alterado – Decreto
n° 33.740/2012, republicado)
§1° É vedada a localização de vagas ou baias
para carga e descarga em área pública. (Inserido –
Decreto n° 33.740/2012, republicado)
§2°Deve ser prevista área de embarque e
desembarque no entorno imediato de lotes
destinados a equipamentos públicos comunitários,
sem prejuízo da largura prevista para o passeio.
(Inserido – Decreto n° 33.740/2012, republicado)
Art. 122. O estacionamento e a garagem
explorados comercialmente, inclusive o edifício-
garagem, atenderão ao disposto na Lei ora
regulamentada, neste Decreto, e terão:
I – 1 banheiro, no mínimo, para cada sexo,
provido de armários, para uso de funcionários, do
público e de pessoas com deficiência e mobilidade
reduzida; (Alterado – Decreto nº 36.225/2014)
II – área de acumulação de veículos com acesso
direto pelo logradouro público, situada entre o
alinhamento do lote e o local de controle, que permita
a espera de, no mínimo, dois por cento da
capacidade total de vagas acessadas pelo local, não
inferior a duas vagas;
III – isolamento acústico nas paredes limítrofes
com as de outras edificações ou com as de outras
atividades na mesma edificação;
IV – elemento físico para contenção de veículos
em rampas e em vagas, quando situadas acima do
pavimento térreo.
Parágrafo único. Fica proibida a utilização dos
acessos, da circulação e das áreas de acumulação
de veículos para estacionamento nos locais a que se
refere este artigo.
Art. 123. A utilização de equipamento mecânico
nas garagens e estacionamentos conforme dispõe a
Lei objeto desta regulamentação, que resulte em
áreas e dimensões mínimas diferenciadas daquelas
definidas neste Decreto implicará na apresentação de
memorial explicativo com os parâmetros técnicos
utilizados ou justificativa técnica do fabricante, para
fins de aprovação ou visto do projeto.
Parágrafo único. A redução nas dimensões
mínimas das vagas de estacionamento que trata o
caput deste artigo não poderá ser inferior a 4,60m de
comprimento por 2,20m de largura. (Inserido –
Decreto nº 35.960/2014)
Art. 123-A. Nas garagens e estacionamentos,
deve ser prevista rota acessível para a circulação de
pedestres. (Inserido – Decreto nº 36.225/2014)
Seção IV Seção IV
DA ACESSIBILIDADE DA ACESSIBILIDADE
Seção V
DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS Seção V
DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
Art. 135. As instalações e os equipamentos das
edificações serão projetados, calculados e Art. 142. As instalações e equipamentos
executados por profissionais habilitados, visando à necessários à edificação respeitarão as dimensões e
segurança, à higiene e ao conforto dos usuários, de parâmetros mínimos definidos na Lei aqui
acordo com especificações dos fabricantes e regulamentada e neste Decreto.
fornecedores, e consoante as prescrições das Art. 143. A água proveniente de aparelhos ou
normas técnicas brasileiras e legislação pertinente. centrais de ar condicionado e de outros
Parágrafo único. Fica vedada a alteração dos equipamentos similares será captada por condutores,
parâmetros e dimensões mínimos definidos para a sendo proibida sua precipitação sobre calçadas,
edificação nesta Lei por qualquer elemento circulação de pedestres, vias públicas e lotes
construtivo destinado à instalação de equipamentos. vizinhos.
Art. 136. É de responsabilidade do proprietário Art. 144. Será permitida apenas a passagem da
ou do responsável pela administração da edificação a instalação elétrica indispensável ao funcionamento
manutenção de suas instalações e equipamentos. dos equipamentos nos dutos de insuflação ou
exaustão de ar e nos poços de elevadores.
Parágrafo único. O proprietário ou o responsável
pela administração da edificação responderão no Art. 145. Fica obrigatória a instalação de, no
âmbito civil, criminal e administrativo por negligência mínimo, um elevador que sirva às unidades
ou irregularidade na conservação, funcionamento e imobiliárias e aos subsolos, em toda edificação com
segurança da edificação. mais de três pavimentos superiores não computado o
térreo.
Art. 137. Os equipamentos mecânicos das
edificações serão instalados com observância aos §1º O número de elevadores a serem instalados
limites de ruídos, vibrações e calor estabelecidos nas dependerá do cálculo de tráfego elaborado de acordo
normas técnicas brasileiras. com a legislação específica por firma especializada
ou pelo autor do projeto, que fará parte integrante do
Art. 138. Serão previstas, em edificações de
projeto de arquitetura submetido à aprovação.
habitação coletiva, condições para instalações de
antena coletiva de televisão, televisão por assinatura §2º A edificação com três ou mais subsolos e
e equipamentos de comunicação interna, que qualquer número de pavimentos possuirá elevadores
servirão a cada unidade autônoma e constarão do que atendam aos subsolos.
respectivo projeto de instalações telefônicas. §3º Fica facultada a previsão de local para a
Art. 139. As antenas parabólicas e equipamentos instalação de elevadores e dispensada a
para aproveitamento de energia solar podem ser apresentação do cálculo de tráfego para as demais
instalados na cobertura das edificações. edificações não incluídas neste artigo.
Art. 140. A instalação de sistemas de proteção Art. 146. Fica facultada a utilização de um dos
contra descargas atmosféricas em edificações dar- elevadores situados no mesmo conjunto de
se-á nas hipóteses e condições previstas nas normas circulação vertical como elevador de serviço, com
técnicas brasileiras e legislação específica. vestíbulos independentes ou não.
Art. 141. Serão previstas nas edificações Art. 147. Quando obrigatória a instalação de
Atualizado até 19/12/2016 60
Este texto não substitui o publicado no DODF
LEI DECRETO
condições para instalação de gás natural canalizado, elevador na edificação destinada à habitação coletiva
de acordo com as normas técnicas brasileiras e sobre pilotis em projeção serão instalados elevadores
legislação pertinente. social e de serviço em cada conjunto de circulação
Art. 142. As edificações que apresentem vertical.
sistemas integrados gerenciados por dispositivos §1º Na hipótese de que trata este artigo fica
computadorizados e controle de sistemas de facultada a existência de vestíbulos social e de
instalações prediais disporão de acionamento de serviço independentes.
emergência. §2º A habitação coletiva econômica sobre pilotis
Art. 143. As edificações destinadas a atividades em projeções cujo cálculo de tráfego de elevadores
que impliquem a manipulação e armazenagem de definir a necessidade de apenas um elevador, fica
produtos químicos, radioativos, de risco biológico, dispensada de cumprir o disposto neste artigo.
inflamáveis ou explosivos terão instalações, Art. 148. Fica proibida a utilização de elevadores
equipamentos, materiais e elementos construtivos de passageiros como o único meio de acesso aos
projetados e executados de acordo com as normas pavimentos da edificação.
técnicas brasileiras e com a legislação específica e Art. 149. O elevador com instalação obrigatória,
serão aprovados pelos órgãos sanitário, ambiental e conforme disposto neste Decreto, possuirá dispositivo
de segurança. automático que permita o deslizamento da cabine até
Art. 144. Os elevadores sociais, de serviços e de o nível do pavimento mais próximo e a abertura total
cargas e os monta-cargas previstos em projeto, das portas na falta de energia elétrica.
quando obrigatórios, terão capacidade de Parágrafo único. O elevador de passageiros terá
carregamento definida pelo cálculo de tráfego, a ser sistema de iluminação de emergência.
apresentado para aprovação ou para visto do projeto
Art. 150. As esteiras e as escadas rolantes serão
arquitetônico.
desconsideradas no cálculo de tráfego de elevadores
Art. 145. Quando exigido elevador na edificação, da edificação e no cálculo da largura mínima das
será previsto elevador independente para o uso escadas fixas.
residencial, caso este uso ocorra concomitantemente
Art. 151. Toda edificação com três ou mais
a outros em uma mesma edificação.
pavimentos, não computados o pavimento térreo e o
Parágrafo único. O cálculo de tráfego para o subsolo, terá um depósito para recipientes de lixo
elevador destinado ao uso residencial será elaborado com dimensão mínima de um metro localizado em
separadamente. cada pavimento e em cada conjunto isolado de
Art. 146. Os projetos de edificações preverão circulação vertical, com exceção do subsolo quando
condições de proteção contra incêndio e pânico, destinado a depósito ou garagem. (Alterado –
conforme determinam as normas de segurança Decreto nº 25.856/2005)
expedidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito §1º Fica permitida a existência de depósitos de
Federal – CBMDF. lixo em número inferior ao número de prumadas em
Art. 147. Fica obrigatória a instalação de caixa projeção destinada à habitação coletiva no pavimento
receptora de correspondência e de depósito para de acesso do caminhão, desde que a dimensão
recipientes de lixo, conforme determina a legislação mínima seja de um metro e vinte centímetros.
específica. (Alterado – Decreto nº 25.856/2005)
Parágrafo único. Em habitações unifamiliares fica §2º Excetuam-se, do disposto no caput deste
obrigatória a instalação de caixas receptoras com artigo, as edificações destinadas a habitações
garantia de livre acesso para depósito da unifamiliares, a habitações em lote compartilhado e a
correspondência. habitações de interesse social. (Alterado – Decreto nº
29.205/2008)
§3º A edificação com número de pavimentos
inferior ao disposto neste artigo, porém com área total
de construção superior a trezentos metros
quadrados, excluída a área do subsolo, terá ao
menos um depósito para recipientes de lixo no
pavimento de acesso com dimensão mínima de um
metro e vinte centímetros. (Alterado – Decreto nº
25.856/2005)
§4º A critério do órgão responsável pelo serviço
de limpeza urbana serão estabelecidos outros
parâmetros técnicos complementares para o
compartimento destinado a depósito de lixo interno às
edificações que trata este artigo. (Inserido – Decreto
nº 25.856/2005)
§5º Nas hipóteses de habitações de interesse
social, o depósito para recipientes de lixo de que trata
Art. 150. As obras complementares das Art. 153. A guarita localizada no afastamento
edificações serão executadas de acordo com as mínimo obrigatório observará os seguintes requisitos:
normas técnicas brasileiras e com a legislação I – pé-direito mínimo de dois metros e vinte e
pertinente, sem prejuízo do disposto nesta Lei. cinco centímetros;
Art. 151. As obras complementares das II – área máxima de seis metros quadrados
edificações consistem em: quando composta de uma única edificação, incluído
I – guaritas e bilheterias; sanitário;
II – piscinas e caixas d’água; III – área máxima de quatro metros quadrados
III – casas de máquinas; cada, incluído sanitário, quando composta por duas
IV – chaminés e torres; edificações interligadas ou não por cobertura.
V – passagens cobertas; §1º A cobertura de que trata o inciso III deste
artigo será destinada à proteção do acesso de
VI – pequenas coberturas;
veículos.
VII – brises;
§2º A guarita não localizada nos afastamentos
VIII – churrasqueiras; mínimos obrigatórios atenderá, exclusivamente, ao
IX – pérgulas; disposto no inciso I deste artigo.
X – marquises; Art. 154. A bilheteria terá pé-direito mínimo de
XI – subestações elétricas. dois metros e vinte e cinco centímetros.
Parágrafo único. Os projetos arquitetônicos das Parágrafo único. Será garantida uma circulação
obras complementares de que trata este artigo, com frontal à bilheteria referida neste artigo com largura
exceção daqueles dispensados de aprovação por mínima de noventa centímetros.
esta Lei, podem ser apresentados à Administração Art. 155. A piscina e a caixa d’água enterradas
Regional posteriormente à aprovação do projeto serão estruturadas para resistir às pressões da água
arquitetônico da edificação principal, serão requeridos que incidem sobre as paredes e o fundo, bem como
como obras de modificação e farão parte do projeto do terreno circundante e terão afastamento mínimo
inicial. de cinqüenta centímetros das divisas do lote, com
Art. 152. As obras complementares podem exceção da caixa d’água localizada em avanço de
ocupar as faixas de afastamentos mínimos subsolo em área pública permitido por concessão de
obrigatórios do lote, observadas a legislação de uso e direito real de uso.
ocupação do solo e as condições estabelecidas nesta Art. 156. O projeto de piscina receberá anuência
Lei. prévia do órgão sanitário do Distrito Federal, e deverá
garantir a acessibilidade para pessoas com
deficiência e mobilidade reduzida, para fins de
Atualizado até 19/12/2016 62
Este texto não substitui o publicado no DODF
LEI DECRETO
aprovação do projeto arquitetônico conforme
legislação específica. (Alterado – Decreto nº
36.225/2014)
§1º Fica dispensada de observar o disposto
neste artigo a piscina localizada em lote destinado à
habitação unifamiliar e em habitações em lote
compartilhado.
§2º O vestiário de apoio à piscina referida neste
artigo obedecerá ao disposto em legislação
específica.
Art. 157. Toda edificação possuirá, no mínimo,
uma caixa d’água própria.
§1º O extravasor (ladrão) de caixa d’água
descarregará o excesso de água dentro dos limites
do lote.
§2º A tampa da caixa d’água será hermética,
dotada de bordas salientes e permitirá fácil inspeção
e reparos.
§3º A caixa d’água subterrânea terá tampa com
bordas salientes em relação ao piso externo ou
apresentará outra solução para impedir a entrada de
águas servidas.
§4º O acesso à caixa d’água comum a mais de
uma unidade imobiliária autônoma será realizado
pelas áreas comuns da edificação.
§5º Para os empreendimentos no âmbito da
Política Habitacional de Interesse Social do Distrito
Federal, será admitida a utilização de castelo d´água
para o conjuto de edificações de um ou mais
pavimentos, construídos sob a forma de unidades
autônomas de uso privativo e áreas comuns
destinadas a fins residenciais, desde que constituam
um condomínio. (Inserido – Decreto nº 36.131/2014,
republicado)
Art. 158. A caixa d’água superior ou elevada
poderá situar-se acima da cota de coroamento ou
altura máxima permitida para a edificação desde que
justificada pelo projeto de prevenção de incêndio e
laudo técnico do Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal – CBMDF.
Parágrafo único. Em edificação com altura
superior a quinze metros a permissão de que trata
este artigo fica condicionada a não interferência com
os feixes de telecomunicações do órgão específico.
Art. 159. A edificação com mais de três
pavimentos incluído térreo, exceto habitação
unifamiliar e habitações em lote compartilhado, ou
aquela situada em local com condições piezométricas
insuficientes para que a água atinja a caixa d’água
superior terá, obrigatoriamente, caixa d’água inferior,
enterrada ou não.
Parágrafo único. A critério do Corpo de
Bombeiros Militar do Distrito Federal e da Companhia
de Água e Esgoto de Brasília serão estabelecidos
outros parâmetros para fins do disposto neste artigo.
Art. 160. O castelo d’água e a torre ou
campanário manterão afastamentos mínimos de um
quinto de sua altura das divisas do lote, considerada
sua projeção horizontal, com o mínimo de um metro e
cinqüenta centímetros e sem prejuízo do disposto na
Atualizado até 19/12/2016 63
Este texto não substitui o publicado no DODF
LEI DECRETO
legislação de uso e ocupação do solo.
Art. 161. As casas de máquina do elevador e da
piscina terão ventilação permanente. (Alterado –
Decreto nº 25.856/2005)
Parágrafo único. Fica proibida a instalação de
caixa d’água sobre a casa de máquinas de elevador
referida neste artigo.
Art. 162. A chaminé elevar-se-á acima da
edificação para que a fumaça, a fuligem ou outros
resíduos eventualmente expelidos não causem
incômodo à vizinhança.
§1º A chaminé de que trata este artigo terá
dispositivo de controle específico quando houver
emissão atmosférica poluente.
§2º Fica facultado à Administração Regional e ao
órgão ambiental determinarem a modificação de
chaminé existente ou o emprego de dispositivos de
controle de emissões atmosféricas.
Art. 163. Fica permitida a construção de
passagem coberta sem vedação lateral, interligando
as edificações do lote ou ligando-as ao limite do lote,
exceto em habitação unifamiliar e em habitações em
lote compartilhado.
§1º A passagem coberta tratada neste artigo
obedecerá ao seguinte:
I – terá largura máxima de três metros;
II – terá pé-direito mínimo de dois metros e vinte
e cinco centímetros;
III – não obstruirá os vãos de aeração e
iluminação das edificações a que serve;
IV – não prejudicará o acesso das viaturas de
socorro e os procedimentos de emergência do Corpo
de Bombeiro Militar do Distrito Federal;
V – terá acesso livre de barreiras, inclusive para
pessoas com dificuldade de locomoção. (Inserido –
Decreto nº 25.856/2005)
§2º Fica facultada a ocupação dos afastamentos
mínimos obrigatórios pela passagem coberta disposta
neste artigo apoiada em pilares ou em balanço.
Art. 164. É admitida a construção de pequena
cobertura em edificação térrea com área máxima de
vinte metros quadrados e sem vedação lateral em
pelo menos cinqüenta por cento de seu perímetro,
nos afastamentos mínimos obrigatórios de lotes
destinados à habitação unifamiliar e habitações em
lote compartilhado.
Parágrafo único. A pequena cobertura de que
trata o caput deverá manter distância mínima de
cinco metros da churrasqueira prevista no art. 166.
(Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
Art. 165. O brise avançará, no máximo, um metro
sobre os afastamentos mínimos obrigatórios ou além
dos limites do lote ou da projeção, respeitada sua
função exclusiva de proteção solar.
Parágrafo único. A localização do brise de que
trata este artigo não interferirá com calçada,
passagem de pedestres, via pública, estacionamento
e lote vizinho.
Art. 166. É admitida a construção de
Subseção III
DAS HABITAÇÕES ECONÔMICAS
Seção II
DAS EDIFICAÇÕES DE USO COMERCIAL DE
BENS E DE SERVIÇOS
Seção III
DAS EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO
Seção IV
DAS EDIFICAÇÕES DE USO INDUSTRIAL
Seção V
DAS EDIFICAÇÕES DE USO RURAL
Art. 160. Considera-se infração: Art. 224. O infrator será considerado reincidente
I – toda ação ou omissão que importe ou a infração considerada continuada após o
inobservância dos preceitos desta Lei e demais julgamento do recurso referente à multa
instrumentos legais afetos; anteriormente aplicada apresentado pelo infrator na
II – o desacato ao responsável pela fiscalização. Administração Regional.
Parágrafo único. Todas as infrações serão Art. 225. A multa aplicada ao infrator reincidente
notificadas pelo responsável pela fiscalização das e à infração continuada será calculada em dobro
Administrações Regionais. sobre o valor da multa originária, conforme dispõe a
Art. 161. Considera-se infrator a pessoa física ou Lei ora regulamentada.
jurídica, de direito público ou privado, que se omitir ou Parágrafo único. A multa originária a que se
praticar ato em desacordo com a legislação vigente, refere este artigo é aquela que deu origem ao novo
ou induzir, auxiliar ou constranger alguém a fazê-lo. auto de infração.
Art. 162. A autoridade pública que tiver ciência Art. 226. O compromisso do infrator para redução
ou notícia de ocorrência de infração na Região da multa em até cinqüenta por cento, conforme
Administrativa em que atuar promoverá a apuração dispõe a Lei objeto desta regulamentação, será
imediata, sob pena de responsabilidade. firmado mediante acordo escrito na Administração
§1º Será considerado co-responsável o servidor Regional respectiva.
público ou qualquer pessoa, física ou jurídica, que Parágrafo único. Realizado o compromisso a que
obstruir o processo de apuração da infração. se refere este artigo o infrator não será considerado
§2º A responsabilidade do servidor público será reincidente com relação à infração objeto do acordo.
apurada nos termos da legislação específica. Art. 227. Será emitido um auto de infração
Art. 163. Os responsáveis por infrações distinto, nos termos da Lei aqui regulamentada, para:
decorrentes da inobservância aos preceitos desta Lei I – cada infração cometida;
e demais instrumentos legais afetos serão punidos, II – o proprietário e os Responsáveis Técnicos
de forma isolada ou cumulativa, sem prejuízo das pela obra.
sanções civis e penais cabíveis, com as seguintes Art. 228. A expedição de documentos pela
penalidades: Administração Regional fica condicionada à prévia
I – advertência; quitação de multas ou outros débitos do requerente
II – multa; não passíveis de recurso.
III – embargo parcial ou total da obra; Parágrafo único. Caberá ao setor responsável
IV – interdição parcial ou total da obra ou da pela fiscalização informar à unidade orgânica
edificação; competente da Administração Regional, por meio de
listagem, os casos de multas ou outros débitos do
V – demolição parcial ou total da obra;
requerente a que se refere o caput deste artigo.
VI – apreensão de materiais, equipamentos e (Inserido – Decreto nº 25.856/2005)
documentos.
Art. 229. A prorrogação dos prazos definidos na
Art. 164. A advertência será aplicada pelo Lei objeto desta regulamentada para infrações e
responsável pela fiscalização por meio de notificação penalidades será efetuada pelo diretor ou chefe dos
ao proprietário, que será instado a regularizar sua órgãos de fiscalização ou pelo responsável pela
obra no prazo determinado. fiscalização.
Parágrafo único. O prazo referido neste artigo Art. 230. O descumprimento do embargo ou da
será de, no máximo, trinta dias, prorrogável por igual interdição torna o infrator incurso em multa
período. cumulativa, calculada em dobro sobre a multa
Art. 165. A multa será aplicada ao proprietário da originária conforme dispõe a Lei aqui regulamentada.
obra pelo responsável pela fiscalização, precedida de Parágrafo único. As multas cumulativas a que se
auto de infração, nos seguintes casos: referem este artigo serão aplicadas com intervalo
I – por descumprimento do disposto nesta Lei e mínimo de vinte e quatro horas entre elas.
demais instrumentos legais; Art. 231. A tabela de preços unitários para
II – por descumprimento dos termos da apropriação pelas Administrações Regionais dos
advertência no prazo estipulado; gastos efetivamente realizados com a remoção e o
III – por falsidade de declarações apresentadas à transporte dos materiais e equipamentos
Administração Regional; apreendidos, de acordo com o disposto na Lei objeto
IV – por desacato ao responsável pela desta regulamentação, será publicada pela
fiscalização; Subsecretaria de Coordenação das Administrações
V – por descumprimento do embargo, da Regionais – SUCAR no Diário Oficial do Distrito
interdição ou da notificação de demolição. Federal.
Art. 232. O valor referente à permanência no
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LEI DECRETO
Parágrafo único. O auto de infração será emitido depósito de materiais e equipamentos apreendidos
pelo responsável pela fiscalização. pela Administração Regional, conforme dispõe a Lei
Art. 166. As multas podem ser impostas em ora regulamentada, será de R$ 2,00 (dois reais) por
dobro ou de forma cumulativa, se ocorrer má-fé, dolo, dia ou fração.
reincidência ou infração continuada, obedecida a Art. 233. A devolução dos materiais e
seguinte graduação: equipamentos apreendidos ao interessado antes que
I – R$50,00 (cinqüenta reais) se infringidos os seja publicada a relação dos mesmos no Diário
artigos 7º; 8º, II; 10; 12, II e III; 14; 20; 29; 64; 65; 66, Oficial do Distrito Federal, exime a Administração
parágrafo único; 68, §1º; 76; 77, I; 78; 80; 83; 85 e Regional da referida publicação.
parágrafo único; 120; 129; 134; 156; 158 e 188; Art. 234. A recusa do proprietário ou do
II – R$100,00 (cem reais) se infringidos os responsável pela obra em assinar o auto de
artigos 8º, III; 13; 66; 67, I e II; 69; 70; 72; 77, II; 79 e apreensão de materiais e equipamentos, nos termos
§1º; 101; 111; 113; 114; 116, §1º; 126 e §§1º e 2º; da Lei aqui regulamentada, implicará na
127; 128; 130; 135, parágrafo único; 136; 137; 138; obrigatoriedade de constarem as assinaturas de duas
150; 154, II; 165, IV; e 190; testemunhas no próprio documento.
III – R$150,00 (cento e cinqüenta reais) se
infringidos artigos 6º; 8º, I e IV; 12, I; 32; 51; 56; 63;
71; 73; 75; 77, III; 86; 122; 123 e parágrafo único;
124; 125; 131; 132; 133; 143; 149 e 165, III e V.
§1º As infrações aos dispositivos desta Lei não
discriminadas nos incisos anteriores sujeitam os
infratores à multa de R$100,00 (cem reais).
§2º Considera-se infrator reincidente aquele
autuado mais de uma vez por qualquer infração ao
disposto nesta Lei, no período de doze meses, sendo
a multa calculado em dobro sobre o valor da multa
originária.
§3º Considera-se infração continuada a
manutenção ou omissão do fato que gerou a
autuação dentro do período de trinta dias, tornando o
infrator incurso em multas cumulativas mensais,
impostas pelo responsável pela fiscalização, que
marcará novo prazo a ser cumprido depois de cada
imposição.
Art. 167. As multas serão aplicadas tomados por
base os valores previstos no art. 166 multiplicadas
pelo índice “k” proporcional à área da obra objeto da
infração, de acordo com o seguinte:
2
I – até 200m (duzentos metros quadrados) – k =
a/200 (a sobre duzentos), onde a corresponde a área
da obra;
2
II – acima de 200m (duzentos metros
2
quadrados) até 500m (quinhentos metros quadrados)
– k = 2 (dois);
2
III – acima de 500m (quinhentos metros
2
quadrados) até 1.000m (um mil metros quadrados) –
k = 3 (três);
2
IV – acima de 1.000m (um mil metros
2
quadrados) até 2.000m (dois mil metros quadrados)
– k = 5 (cinco);
2
V – acima de 2.000m (dois mil metros
2
quadrados) até 5.000m (cinco mil metros quadrados)
– k = 7 (sete);
2
VI – acima de 5.000m (cinco mil metros
quadrados) – k = 9 (nove).
Parágrafo único. A área da unidade imobiliária a
que se refere este artigo corresponde à área
especificada no licenciamento e, caso inexistente, à
área do projeto aprovado ou não, visado ou não, ou à
área constatada no local.
Atualizado até 19/12/2016 78
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Art. 168. As multas por inobservância às
disposições desta Lei e da legislação pertinente
referentes a imóveis tombados de valor histórico,
artístico e cultural equivalerão a dez vezes o valor
previsto no art. 166.
Art. 169. A multa será reduzida em até cinqüenta
por cento de seu valor, caso o infrator comprometa-
se, mediante acordo escrito, a tomar as medidas
necessárias para sanar as irregularidades em prazo
de até trinta dias.
Parágrafo único. Será cassada a redução e
exigido o pagamento integral e imediato da multa, se
as medidas e os prazos acordados forem
descumpridos.
Art. 170. O pagamento da multa não isenta o
infrator de cumprir as obrigações necessárias para
sanar as irregularidades que deram origem à infração
e aquelas de outra natureza previstas na legislação
vigente.
Art.171. Será aplicada ao responsável técnico da
obra, se houver, multa com valor equivalente a
oitenta por cento do valor arbitrado ao proprietário.
Parágrafo único A multa prevista neste artigo fica
dispensada nos casos em que o responsável técnico
comunicar previamente à autoridade competente a
irregularidade da obra objeto da multa aplicada.
Art. 172. Os valores das multas são reajustados
de acordo com a Unidade Fiscal de Referência –
UFIR – ou outro índice que vier a substituí-la.
Art. 173. As multas não quitadas serão inscritas
na dívida ativa.
Art. 174. O embargo parcial ou total será
aplicado pelo responsável pela fiscalização sempre
que a infração corresponder à execução de obras em
desacordo com a legislação vigente e após expirado
o prazo consignado para a correção das
irregularidades que originaram as penalidades de
advertência e de multa.
§1º O prazo referido neste artigo será o
consignado nas penalidades de advertência e multa.
§2º Será embargada imediatamente a obra
quando a irregularidade identificada não permitir a
alteração do projeto arquitetônico para adequação à
legislação vigente e a conseqüente regularização da
obra.
§3º Admitir-se-á embargo parcial da obra
somente nas situações que não acarretem prejuízos
ao restante da obra e risco aos operários e terceiros.
Art. 175. A interdição parcial ou total será
aplicada imediatamente pelo responsável pela
fiscalização sempre que a obra ou edificação
apresentar situação de risco iminente para operários
e terceiros ou em caso de descumprimento de
embargo.
Parágrafo único. Admitir-se-á interdição parcial
somente nas situações que não acarretem riscos aos
operários e terceiros.
Art. 176. O descumprimento do embargo ou da
interdição torna o infrator incurso em multa
cumulativa, calculada em dobro sobre a multa
Atualizado até 19/12/2016 79
Este texto não substitui o publicado no DODF
LEI DECRETO
originária.
Art. 177. O responsável pela fiscalização
manterá vigilância sobre a obra e, ocorrendo o
descumprimento do embargo ou interdição,
comunicará o fato imediatamente ao superior
hierárquico, adotadas as providências administrativas
e judiciais cabíveis.
§1º A representação criminal contra o infrator,
com base no Código Penal, ocorrerá após esgotados
os procedimentos administrativos cabíveis.
§2º Caberá à Polícia Militar, após comunicação
da Administração Regional, a manutenção do
embargo ou da interdição, nos termos da Lei
Orgânica do Distrito Federal.
§3º Caso se verifique a continuidade da obra
após o embargo, o responsável pela fiscalização
requisitará os equipamentos e materiais necessários
à Administração Regional para proceder à demolição
da parte acrescida.
Art. 178. A demolição total ou parcial da obra
será imposta ao infrator quando se tratar de
construção em desacordo com a legislação e não for
passível de alteração do projeto arquitetônico para
adequação à legislação vigente.
§1º O infrator será comunicado a efetuar a
demolição no prazo de até trinta dias, exceto quando
a construção ocorrer em área pública, na qual cabe
ação imediata.
§2º Caso o infrator não proceda à demolição no
prazo estipulado, esta será executada pela
Administração Regional em até quinze dias, sob pena
de responsabilidade.
§3º O valor dos serviços de demolição efetuados
pela Administração Regional serão cobrados do
infrator e, na hipótese de não pagamento, o valor
será inscrito na dívida ativa.
§4º O valor dos serviços de demolição previstos
no §3º serão cobrados conforme dispuser tabela de
preço unitário constante da regulamentação desta
Lei.
Art. 179. A apreensão de materiais ou
equipamentos provenientes de construções
irregulares será efetuada pelo responsável pela
fiscalização, que providenciará a respectiva remoção
para depósito público ou determinado pela
Administração Regional.
§1º A devolução dos materiais e equipamentos
apreendidos condiciona-se:
I – à comprovação de propriedade;
II – ao pagamento das despesas de apreensão,
constituídas pelos gastos efetivamente realizados
com remoção, transporte e depósito.
§2º Os gastos efetivamente realizados com a
remoção e transporte dos materiais e equipamentos
apreendidos serão ressarcidos à Administração
Regional, mediante pagamento de valor calculado
com base em tabela de preços unitários definidos na
regulamentação desta Lei.
§3º O valor referente à permanência no depósito
será definido na regulamentação desta Lei.
Atualizado até 19/12/2016 80
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§4º A Administração Regional fará publicar, no
Diário Oficial do Distrito Federal, a relação dos
materiais e equipamentos apreendidos, para ciência
dos interessados.
§5º A solicitação para devolução dos materiais e
equipamentos apreendidos será feita no prazo
máximo de trinta dias, contado a partir da publicação
a que se refere o parágrafo anterior.
§6º Os interessados poderão reclamar os
materiais e equipamentos apreendidos antes da
publicação de que trata o §4º.
§7º Os materiais e equipamentos apreendidos e
removidos para depósito não reclamados no prazo
estabelecido serão declarados abandonados por ato
do Administrador Regional, a ser publicado no Diário
Oficial do Distrito Federal.
§8º Do ato do Administrador Regional referido no
§7º constará a especificação do tipo e da quantidade
dos materiais e equipamentos.
§9º O proprietário arcará com o ônus decorrente
do eventual perecimento natural, danificação ou
perda de valor dos materiais e equipamentos
apreendidos.
Art. 180. Os materiais e equipamentos
apreendidos e não devolvidos nos termos desta Lei
serão incorporados ao patrimônio do Distrito Federal,
doados ou alienados, a critério do Chefe do Poder
Executivo.
§1º Os materiais e equipamentos incorporados
ao patrimônio do Distrito Federal, na forma da
legislação em vigor, serão utilizados na própria
unidade administrativa ou transferidos para outros
órgãos da administração direta, mediante ato do
Administrador Regional.
§2º Os materiais de consumo incorporados ao
patrimônio do Distrito Federal constarão de relatório
mensal discriminado, publicado em ato próprio, até o
décimo quinto dia do mês subseqüente da data de
sua utilização pela Administração Regional.
Art. 181. Será considerado infrator de má-fé
aquele que tiver o mesmo material e equipamento
apreendido mais de uma vez.
Art. 182. Os profissionais responsáveis que
incorrerem nas infrações previstas nesta Lei ficam
sujeitos a representação junto ao CREA/DF pela
Administração Regional, sem prejuízo das sanções
administrativas, civis e penais cabíveis.
Art. 183. Quando o proprietário ou responsável
pela obra se recusar a assinar documento referente
às penalidades previstas nesta Lei, o responsável
pela fiscalização fará constar a ocorrência no próprio
documento.
Art. 184. No caso de não ser encontrado o
proprietário ou responsável pela obra, a
Administração Regional notificá-lo-á na forma
definida pela legislação específica.
Art. 185. Eventuais omissões ou incorreções nos
documentos referentes a penalidades não geram sua
nulidade, quando constarem elementos suficientes
para a identificação da infração e do infrator.
Atualizado até 19/12/2016 81
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LEI DECRETO
Art. 186. O processo administrativo referente às
infrações e penalidades disciplinadas por esta Lei se
dará mediante estreita observância à legislação
específica, ou, na falta desta, por analogia com
legislação aplicável, garantido o direito de ampla
defesa.
Art. 187. A documentação e parâmetros Art. 235. Fica facultada a utilização de pé-direito
complementares para efetiva aplicação do disposto mínimo de dois metros e quarenta centímetros em
nesta Lei serão definidos em sua regulamentação. substituição ao de dois metros e cinqüenta
Art. 188. Fica assegurado às concessionárias de centímetros exigido na Lei ora regulamentada quando
serviços públicos o livre e desembaraçado acesso a a sua aplicação acarretar subtração do número de
suas redes e componentes situados em áreas pavimentos decorrente de cota de coroamento
públicas e áreas non aedificandi. definida na legislação de uso e ocupação do solo.
Art. 189. A elaboração de projetos e execução de Parágrafo único. A substituição de pé-direito de
obras observará a legislação editada para atingir a que trata este artigo poderá ser aplicada para a
eficiência energética das edificações e minimizar seu regularização de edificações construídas antes da
impacto sobre o meio ambiente. publicação deste Decreto.
Art. 190. As edificações de uso coletivo, públicas Art. 235-A. (ADIN, Acórdão 614177)
ou particulares, serão objeto de manutenção Art. 235-B. (ADIN, Acórdão 614177)
periódica nos aspectos essenciais de segurança Art. 235-C. (ADIN, Acórdão 614177)
estrutural, instalações em geral, equipamentos e Art. 235-D. (ADIN, Acórdão 614177)
elementos componentes e nas questões de higiene e Art. 236. O proprietário ou o responsável pela
conforto das edificações. administração da edificação de uso coletivo, pública
Art. 191. Todos os prazos fixados nesta Lei são ou particular, responderá no âmbito civil, criminal e
expressos em dias corridos contados a partir do administrativo por negligência ou irregularidade na
primeiro dia útil subseqüente ao fato gerador. conservação, funcionamento e segurança da
Art. 192. A aplicação do disposto nesta Lei não edificação.
prejudicará os índices e densidades de ocupação Art. 236-A. (ADIN, Acórdão 614177)
previstos na legislação de uso e ocupação do solo. Art. 236-B. (ADIN, Acórdão 614177)
Art. 193. Os projetos protocolados nas Art. 236-C. (ADIN, Acórdão 614177)
Administrações Regionais até cento e vinte dias após
a data da publicação da regulamentação desta Lei Art. 237. Caso sejam verificadas divergências
entre os usos e atividades permitidos na legislação
poderão ser examinados com base na legislação
de uso e ocupação do solo com o uso proposto para
anterior, a critério do requerente.
a comercialização da edificação ou com a sua
Art. 194. É direito de qualquer cidadão comunicar posterior utilização, total ou parcial, serão aplicados
à autoridade responsável a ocorrência de os dispositivos da Lei ora regulamentada e deste
irregularidades relacionadas a obras. Decreto, além da legislação específica e das sanções
Art. 195. O Poder Executivo regulamentará esta civis e penais cabíveis. (Alterado – Decreto nº
Lei no prazo de sessenta dias. 25.856/2005)
Art. 196. Esta Lei entra em vigor na data de sua Art. 237-A. Até a aprovação da Lei de uso e
publicação Ocupação do Solo – LUOS e do Plano de
Art. 197. Revogam-se o Decreto nº 596, de 8 de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília –
março de 1967 – Código de Edificações de Brasília; o PPCUB, é admitida a cobertura da garagem acima da
Decreto nº 944, de 14 de fevereiro de 1969 – Código cota de coroamento para as edificações destinadas à
das Cidades Satélites; o Decreto n 13.059, de 8 de guarda de veículos de combate a incêndio e de
março de 1991 – Código de Obras e Edificações, salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
ratificado pelo Decreto n 16.677, de 24 de julho de Federal – CBMDF. (Alterado – Decreto n°
1996, e a Lei n 1.172, de 24 de julho de 1996, 34.061A/2012)
exceto no que se refere a uso e ocupação do solo, §1º Na edificação aludida no caput é vedado
posturas e zoneamento, e demais disposições em mezanino, sobreloja ou equivalente. (Inserido –
contrário. Decreto n° 34.061A/2012)
§2º A permissão da cobertura fica condicionada:
(Inserido – Decreto n° 34.061A/2012)
Sala das Sessões, 2 de julho de 1998. I – à declaração do órgão competente de não
(Republicado por ter saído com incorreção no interferência com os canais de microondas de
telecomunicações; (Inserido – Decreto n°
Atualizado até 19/12/2016 82
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LEI DECRETO
DCL de 07/08/98), 34.061A/2012)
II – à declaração do Sexto Comando Aéreo
********************* Regional – VI COMAR de não interferência com o
cone de aproximação de aeronaves; (Inserido –
Leis que alteraram a Lei nº 2.105, de 8 de outubro de Decreto n° 34.061A/2012)
1998: III – à anuência do Instituto de Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, quando se
Lei nº 2.516, de 31 de dezembro de 1999, tratar de edificação no Conjunto Urbanístico
Lei nº 3.419, de 4 de agosto de 2004, Tombado de Brasília; (Inserido – Decreto n°
Lei nº 3.919, de 19 de dezembro de 2006, 34.061A/2012)
Lei nº 4.115, de 7 de abril de 2008, IV – à apresentação de laudo técnico que
Lei nº 4.704, de 20 de dezembro de 2011, justifique a necessidade da altura superior à permitida
Lei nº 5.646, de 22 de março de 2016. (Efeitos na norma. (Inserido – Decreto n° 34.061A/2012)
suspensos. ADI 2016 00 2 007685-3 deferiu liminar §3º O disposto neste artigo não dispensa o
em 19/4/2016) cumprimento do estabelecido no art. 192 da Lei nº
2.105, de 8 de outubro de 1998. (Inserido – Decreto
n° 34.061A/2012)
Art. 238. As exigências complementares a serem
estabelecidas pela Administração Regional para
edificações temporárias conforme dispõe a Lei aqui
regulamentada, deverão ser previamente publicadas
no Diário Oficial do Distrito Federal.
Art. 238-A. (Revogado – Decreto n° 37.828/2016)
Art. 239. Todos os prazos fixados neste Decreto
são expressos em dias úteis contados a partir do
primeiro dia útil subseqüente ao fato gerador ou à
formalização da solicitação. (Alterado – Decreto nº
25.856/2005)
Art. 240. Este Decreto entra em vigor na data de
sua publicação.
Art. 241. Revogam-se as disposições em
contrário.
CRISTOVAM BUARQUE
Governador do Distrito Federal
*********************
Decretos que alteraram o Decreto nº 19.915, de
17 de dezembro de 1998: