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Info Resumo
Este artigo analisa a propagação de informações pelos
diversos canais de comunicação, mormente a televisão e os
Recebido: 07/2017
jornais, resultando na possível influência em massa. Busca
Publicado: 09/2017 responder o seguinte questionamento: a mídia influencia a
decisão penal e, em especial, as decisões do Júri? Se sim,
Palavras-Chave quais as consequências dessa influência? Objetiva-se trazer
Mídia, Júri, Sensacionalismo. uma abordagem acerca do grau de influência da mídia nos
julgamentos realizados pelo Tribunal do Júri e os
Keywords: Media, Jury, desdobramentos desse sensacionalismo sobre os julgados. O
Sensationalism. presente artigo adota a metodologia da pesquisa
bibliográfica, com linha dedutiva e abordagens descritiva,
analítica e explicativa. No primeiro tópico, realizou-se um apanhado histórico que permitiu ao leitor
compreender o processo do Tribunal do Júri ao longo das constituições brasileiras e sua competência. No
segundo tópico, buscou-se demonstrar o papel da imprensa no contexto jurídico, consignando os princípios
constitucionais que garantem a liberdade de informação à imprensa e a presunção de inocência ao acusado,
nos atos processuais penais, além de demonstrar o perigo da história única e o poder simbólico da mídia.
Por fim, no tópico três foi realizado um estudo do caso Nardoni, em que a perigosa influência da mídia
formadora de opinião, acarretou o clamor público por justiça, afetando o devido processo legal e o os
diretos e garantias os réus. Como resultados, a pesquisa concluiu que o sensacionalismo, a formação da
opinião e massa e a os excessos da mídia culminam na retroalimentação mantida entre público e mídia e
contribuem para uma justiça espetáculo, o que é prejudicial ao processo penal.
Abstract
This article analyzes the propagation of information through the various communication channels,
especially television and newspapers, resulting in possible mass influence. It seeks to answer the following
question: does the media influence the criminal decision and, in particular, the decisions of the Jury? If so,
what are the consequences of this influence? It aims to bring an approach about the influence of the media
in the judgments made by the Jury Court and the unfolding of this sensationalism over the judged ones. The
present article adopts the methodology of the bibliographic research, with deductive line and descriptive,
analytical and explanatory approaches. In the first topic, a historical survey was made that allowed the
reader to understand the process of the Jury Tribunal throughout the Brazilian constitutions and their
competence. In the second topic, the aim was to demonstrate the role of the press in the legal context,
recording the constitutional principles that guarantee freedom of information to the press and the
presumption of innocence of the accused in criminal proceedings, as well as demonstrating the danger of a
single and the symbolic power of the media. Finally, in topic three, a study of the Nardoni case was carried
out, in which the dangerous influence of the opinion-forming media led to public outcry for justice, affecting
due process of law and the direct and guarantees of the defendants. As a result, the research concluded that
sensationalism, the formation of opinion and mass and the excesses of the media culminate in the feedback
maintained between public and media and contribute to a fairness spectacle, which is detrimental to the
criminal process.
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Decreto Lei 167, de 1938, primeira lei nacional vida, assegurando ainda a soberania dos
de matéria processual penal do Brasil veredictos, a plenitude de defesa do réu e o sigilo
republicano disciplinou o procedimento do das votações, prerrogativas que resguardam o réu
tribunal do júri e regulou a sua organização e a ser julgado, das possíveis arbitrariedades
composição. Porém, não havia a previsão da estatais (HAGEMANN, 2011).
soberania, o que significa dizer que os tribunais
técnicos, Tribunal de Justiça à época, “culminou 1.2. Princípios e garantias do tribunal do júri
na possibilidade de revisão e alteração de todas as à luz da Constituição de 1988
suas decisões pelo Tribunal de Apelação”
(RANGEL, 2009, p. 558). O constituinte de 1988, além de
Após o regime militar, em 1946, o demonstrar mais uma vez que o júri é direito e
constituinte tomou por base para a elaboração da garantia individual protegendo-o de qualquer
nova Carta Magna, o sistema democrático de supressão, também estabeleceu garantias
1891 e 1934. Com a edição de uma nova específicas para o instituto, atribuindo caráter
constituição, o tribunal do júri é inserido no democrático. Assim, dispõe o Texto
Capítulo de Direitos e Garantias Individuais, Constitucional (BRASIL, 1988, online):
disciplinando suas prerrogativas e competências,
garantindo a Plenitude de defesa do réu e o sigilo Art. 5º, inciso XXXVIII - e
reconhecida à instituição
das votações, sobretudo a reintegração da do júri, com a organização
soberania do júri, perpetrando alusão a que lhe der a lei,
assegurados:
redemocratização (HAGEMANN, 2011). a) a plenitude da defesa;
b) o sigilo das votações;
Na Constituição de 1967, permanece o c) a soberania do veredicto;
instituto do tribunal júri no Capítulo de Direitos e d) a competência para o
julgamento dos crimes
Garantias Individuais (BRASIL, 1967, online). dolosos contra a vida.
Não permanecendo isento de mudanças a
Constituição de 1967, a Emenda Constitucional Dessa forma, a ideia de participação
nº1, de 1969, embora tenha mantido tribunal do democrática, em sua essência, nos assuntos de
júri inserido no Capítulo dos Direitos e Garantias ordem pública, justificadamente caracteriza a base
8º, suprimindo a referência a sua soberania. Constituição Federal 1988, nas alíneas “a”, “b”,
a instituição do tribunal do júri com a processo a ser julgado, sem prejuízo de violar o
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A plenitude da defesa1 assegurada na pelo mérito” (CAPEZ, 2010, p. 631). Por fim, a
alínea “a” do referido artigo, foi ao tribunal do competência do Tribunal do Júri está disposta no
júri, princípio maior da ampla defesa, o legislador artigo 5º, inciso XXXVIII, alínea “d” da
vislumbrou a necessidade do exercício de uma Constituição Federal, depositando nas mãos do
defesa plena, ou seja, devendo ser exercida no seu tribunal popular o dever de julgar os acusados da
grau máximo, de maneira absoluta, assegurando prática de crimes dolosos contra a vida, sejam
ao réu, igualdade de condições frente aos eles, consumados ou tentados. Conforme Bobbio
argumentos da acusação. Na concepção do (1986, p.18):
doutrinador Nucci (2013), ampla indica vasto,
Um conjunto e regras
reclamando uma atuação do defensor ainda que (primárias ou fundamentais)
não seja completa e perfeita, enquanto que plena que estabelecem quem já
está autorizado a tomar as
“plenitude de defesa” exige uma integral atuação decisões coletivas e com
quais procedimentos. [...] A
do defensor valendo-se de todos os instrumentos
regra fundamental da
previstos em lei, ou seja, significa ser completo e democracia é a regra da
maioria, na qual são
perfeito. consideradas decisões
O sigilo das votações, segundo princípio coletivas.
1 Este princípio diz respeito a uma expressão ainda mais 3 As cláusulas pétreas constituem um núcleo intangível que
abrangente “podendo servir-se de argumentação se presta a garantir a estabilidade da Constituição e
extrajurídica, invocando razões de ordem social, emocional, conservá-la contra alterações que aniquilem o seu núcleo
de política criminal” (CAPEZ, 2010, p. 630). essencial, ou causem ruptura ou eliminação do próprio
2 Segundo Cavalcanti Filho (2008, online), as “Liberdades ordenamento constitucional, sendo a garantia da
públicas” referem-se apenas aos direitos de primeira permanência da identidade da Constituição e dos seus
geração, porém assume características indefinidas e princípios fundamentais. Reflexões sobre a teoria das
genéricas. cláusulas pétreas. (PEDRA, 2006, p.137).
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Assegurar o devido processo legal para os dos poderes, inclusive do judiciário. Assim, esses
acusados da prática de crimes dolosos contra a atos devem ser públicos, uma vez que subsistem
vida e delitos conexos, inclusive, constituindo em virtude dos princípios congruentes previstos
cláusula pétrea, já que se encontra previsto no na Constituição Federal, assegurando, conforme
artigo 5º, da Constituição Federal. Cintra, Grinover e Dinamarco (2009, p.75), “o
Expressamente, reconhece os preceitos de sistema da publicidade dos atos processuais
observância obrigatória pela legislação situado entre as maiores garantias de
infraconstitucional. Nessa senda, pertinente se faz independência, imparcialidade, autoridade e
transcrever as lições de Bittencourt (2006, p.27): responsabilidade do juiz”.
Partindo da previsão legal, a Constituição
[...]A conservação da pessoa
humana, que é a base de Federal apresenta em seu artigo 5º, inciso LX, que
tudo, tem como condição “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
primeira a vida, que, mais
que um direito, é condição processuais quando a defesa da intimidade ou o
básica de todo direito
individual, porque sem ela interesse social o exigirem”, Brasil (1988, online).
não há personalidade, e sem Devido ao caráter público dos atos processuais,
esta não há que se cogitar
de direito individual. inclusive das audiências e julgamentos, a prática
de participação nesses atos pela população não é
Conforme se pôde observar, o tribunal do
tida como usual. A mídia que por sua vez
júri é tido como direito e garantia individual
desempenha função social de grande relevância
assegurando aos cidadãos a participação direta nas
consegue levar à população informações dos atos
decisões de caráter jurisdicional. Contudo,
praticados pelos poderes, inclusive o poder
percebe-se, que no decorrer do processo histórico
judiciário, garantindo dessa forma os princípios
das Constituições Federais, o legislador esforça de
basilares do Estado democrático de direito e
sobremaneira motivada esculpir, de forma
coibindo ações inconsequentes do judiciário.
emblemática a força Constitucional da
Dessa forma, além do Princípio da
democracia, delineado os princípios inerentes às
Publicidade, a mídia, em sua função social, exerce
garantias individuais. Trataremos a seguir acerca
o direito à informação de forma que possui
dos princípios relacionados à dignidade da pessoa
implicações com todos os poderes, inclusive com
humana e a liberdade de imprensa.
o ramo jurídico, denotando uma espécie de
democracia participativa4, servindo assim de base
2. O Acusado e a Imprensa: Entre a
Liberdade de Informação e a Presunção de
Inocência 4 Quando se fala em democracia participativa, não se pode
esquecer que o atual conceito de cidadania compreende não
apenas o exercício do direito ao voto, como também, de
fato, a participação efetiva na esfera pública por meio de
O Estado Democrático de Direito permite manifestações popular acerca de suas necessidades e
à população acesso e conhecimento das decisões anseios. A cidadania “se refere a tudo que vai desde o
direito a um mínimo de bem estar econômico e segurança
ao direito de participar, por completo, na herança social e
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mais a mídia. Notícia de especulações a respeito Corpus - HC nº 1.222.269.3/9 que fora denegado
de informações de cunho sigiloso, fomentando no acordão, no qual o desembargador Canguçu de
momentos sensacionalistas elevando o clamor de Almeida destaca a revolta da população e a grande
justiça pela população. O inquérito policial foi repercussão nacional do caso.
acompanhado pela mídia, disseminando
informações com detalhes algoz, com o intuito de Habeas Corpus - Impetração
contra decreto de prisão
frisar e fomentar a culpa dos acusados Alexandre preventiva - Acusação de
Nardoni e Anna Carolina Jatobá. homicídio triplamente
qualificado praticado contra
Os acusados tiveram sua prisão preventiva filha e enteada - Prova
segura da materialidade da
decretada pelo juiz Maurício Fossen em 07 de infração e presença de
maio de 2008 (online), fundada na cláusula genérica indícios suficientes da
autoria - Ordem denegada e
na “garantia da ordem pública”, valendo-se dentre prisão mantida, a despeito
da primariedade, da
outros argumentos da “credibilidade da justiça” residência fixa e de
(LOPES JUNIOR, 2014, p.618). A aplicação da ocupação lícita exercida
pelos pacientes. Prisão
prisão processual deve ser fundamentada nas Preventiva - Necessidade de
hipóteses elencadas no artigo 312 do Código de preservação do prestígio da
Justiça e clamor público
Processo Penal. A prisão preventiva tem por que, só por si, não
justificam a custódia, mas
finalidade, a garantia da ordem pública, garantia legitimam-na quando se
da ordem econômica, conveniência da instrução associam à prova da
materialidade da infração, a
criminal e a aplicação da lei penal, a respeito indícios suficientes de
autoria e a suspeita de
Tourinho Filho (2001, p.471) nos diz que: descaracterização do
cenário do fato criminoso -
Ordem denegada. Claro que
Prisão preventiva é aquela não justificam a prisão
medida restritiva da preventiva o singelo clamor
liberdade determinada pelo público ou a perspectiva de
Juiz, em qualquer fase do serem preservadas a
inquérito ou da instrução credibilidade e a
criminal, seja como medida respeitabilidade do Poder
de segurança de natureza Judiciário. Se o primeiro
processual, seja para não vem elencado no artigo
garantir eventual execução 312 do Código de Processo
da pena, seja para preservar Penal, a segunda, que ali
a Ordem pública, seja por também não se faz referida,
conveniência da instrução não pode ser argumento
criminal. para privação de bem maior
que é a liberdade do ser
humano. Tanto que já se
Decretada a prisão preventiva, esta poderá disse por aqui,
ser revogada através de um Habeas Corpus, anteriormente, que qualquer
decisão que se profira não
remédio constitucional adequado quando há caso pode vir fundada em
de constrangimento ilegal, (DELMANTO simples e falíveis suspeitas,
em desconfianças ou
JUNIOR, 1998). Os acusados pleitearam Habeas deduções cerebrinas,
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percepção e curiosidade que a população tem da função social e agregando errôneo papel de
criminalidade, de modo a fomentar a justiça justiça.
espetáculo. Por derradeiro, tanto a presunção de
A Constituição Federal traz ressalvas e inocência quanto a liberdade de imprensa são
limites à imprensa em relação ao direito de direitos fundamentais, e ambas concorrem para
informar, porém, em virtude do capitalismo democracia. Não obstante, o conflito entre a
imbuído e a exploração sensacionalista, em busca presunção de inocência e a Liberdade de
do “furo jornalístico”, a mídia tende a ignorar o informação da imprensa, no processo penal, deve
texto constitucional. Perante o âmbito jurídico, ser pacificado através de intervenção do Poder
não há o que se falar em verdade única, mas Legislativo, nos moldes da constituição, consigne-
somente na verdade alcançada por meio do se a garantir ao acusado a plenitude defesa, bem
devido processo legal. como delimite, sem que concorra para a censura,
Soma se a isso, o fato de que, a mídia em a atuação da imprensa no processo penal.
sua exasperação do princípio da publicidade,
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