22 de abril de 2021 // Quinta-feira // Semanário

a
Revist S
GRÁTtaI
nes
edição

É urgente
regressar
à prevenção
e tratamento
de doenças
1 euro (IVA 6% incluído) // Diretor
Francisco Rebelo dos Santos //

www.regiaodeleiria.pt
Diretora-adjunta Patrícia Duarte
// Ano LXXXVI // N.º 4388
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a 20 de maio 2021, nos artigos
selecionados. Não acumula com
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promoções. Limitado ao stock
existente.

Memórias
da Revolução
de Abril
O tipógrafo Carlos Cardoso
levava as páginas do REGIÃO
DE LEIRIA à censura prévia. A
estudante de economia Isabel
Damasceno viveu a revolu-
ção dos cravos no ambiente
saraiva + associados

frenético da Universidade de
Coimbra. José Vitorino Guerra
ajudou a escrever o comuni-
cado dos professo-
res do Liceu de
Leiria que ga-
rantia aos pais

Há um projeto para construir

dos alunos
e à socieda-
de leiriense
que não existiam

um novo Hotel Liz a partir das ruínas salas para a prática de

amor livre nem era in-
centivada a iniciação
sexual dos estudantes. 
Pág.24 Os anos loucos da revo-
lução vão ficar guarda-
dos para sempre, através
A Europa Somos Nós Cultura Ambiente História e Memória dos podcasts do REGIÃO
Erasmus + aproxima Pombal, Ansião Qualidade da água O papel da Força DE LEIRIA.  São 10 histó-
rias,  contadas na primei-
estudantes e e Figueiró dos Vinhos do rio Lis é a pior Aérea na guerra ra pessoa, num trabalho
promove cidadania juntos
15842_imprensa_rodapes_RL_257x30.pdf 1
em Territórios
13/04/21 16:04
dos últimos colonial coordenado pelo jornalis-
ta Carlos Almeida Pág.9
Pág.6 de Pedra Pág.32 cinco anos Pág.11 Pág.34
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Editorial
Política para
imbecis
D
esde que Portugal é de-
mocracia e o 25 de Abril
efeméride nacional que a
frase está, todos os anos,
nos discursos políticos:
“Falta cumprir Abril”.
Desde 1974, Abril cumpriu-se mais
em sectores como a Educação e a Saú-
de. Cumpriu-se menos nos restantes.
Há, no entanto, um domínio onde Abril
não se cumpriu de todo: a política.
A inovação tem transformado inú-
meras áreas. Inteligência e criatividade
têm melhorado muitos sectores da so-
ciedade. Não o da política, em relação
ao qual vigora uma inércia confran-
gedora.
Não nos iludamos. As hordas de as-
sessores, a proliferação de gabinetes
de comunicação e as múltiplas vias de
contacto hoje utilizadas não represen-
tam uma mudança na política. Apenas
representam uma mudança na imagem
dos políticos. O facto de se comunicar
mais e diretamente com o cidadão não
torna a política melhor. Pode até torná-
-la pior, porque o poder de persuasão
amplifica-se e o escrutínio é menor.
Apesar deste “tu cá, tu lá” que os
homens e mulheres do poder hoje en-
saiam, a política continua arredada
dos interesses da generalidade dos ci-
dadãos que não percebe o funciona-
mento das instituições. As assembleias
municipais e de freguesia estão vazias.
Os orçamentos participativos registam
fraca adesão. O “partido” da abstenção
vence quase sempre as eleições. É este
o panorama dominante, pontuado, oca-
sionalmente, por boas iniciativas como
a assembleia de jovens deputados, rea-
lizada esta semana em Leiria.
É uma gota no oceano. Os meca-
nismos de participação dos cidadãos
existem, mas há muito que estes os
ignoram. Não deveria isto justificar
uma “revolução”?
A política perdeu a vitalidade. Não
se pensa a si própria nem tem vontade
de o fazer. Os partidos são máquinas
castradoras da liberdade de pensar e
do espírito de iniciativa. O que os move
é a disputa cega do poder.
Hoje, faz-se política com desrespeito
pelos cidadãos, quase sempre tratados
como seres desprovidos de inteligência
e sentido crítico. O desencanto e a falta
de esperança que daí resultam, num
mundo cada vez mais incerto, podem
nunca deixar que Abril se cumpra. Po-
dem mesmo matá-lo.
Patrícia Duarte
Diretora-adjunta
2 Região de Leiria — 22 abril, 2021
Voz da Região
Figura da semana
Primeiro pelo PSD, depois pelo PS. Já
cumpriu dois mandatos à frente da
Câmara de Pedrógão Grande e, agora,
com mais de uma dezena de crimes de
que está acusado continua disponível
para uma nova corrida à presidência
da autarquia. Valdemar Alves prota-
goniza bem o que se passa com muitos
autarcas deste país. Não importa o par-
tido, não importa a imagem. O que im-
porta é chegar ao poder.
Foto denúncia
Fundador:
José Baptista dos Santos
Diretor:
Francisco Rebelo dos Santos (C.P. TE nº 421)
francisco.santos@regiaodeleiria.pt
Diretora-adjunta:
Patrícia Duarte (C.P. nº 1956 A)
patricia.a.duarte@regiaodeleiria.pt
Chefe de redação:
Marina Guerra (C.P. nº 5352 A)
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
Redação:
Carlos S. Almeida (C.P. nº 1896 A),
Joana Magalhães (C.P. nº 7912 A),
A pergunta da semana
Concorda com uma “punição
mais eficaz” de titulares de
funções públicas, em caso de
enriquecimento ilícito?
Sim 92%
Nota: Os resultados apurados não têm qualquer valor científico, não
correspondendo a qualquer sondagem ou estudo de opinião, ilustrando
apenas a preferência de quem respondeu à nossa questão no site do REGIÃO
DE LEIRIA na internet:
www.regiaodeleiria.pt. Resultados até às 18 horas de terça-feira passada.
Manuel Leiria (C.P. nº 2856 A)
e Martine Rainho (C.P. nº 1741 A)
Fotografia: Joaquim Dâmaso (C.P. nº 3781 A)
Colaboradores:
Camilo Soldado, Carlos Ferreira,
Lucília Oliveira e Sara Vieira
Cronistas: Helena Vasconcelos,
José Manuel Silva, José Vitorino Guerra
Departamento Comercial:
Diretora: Alda Moreira
alda.m.moreira@regiaodeleiria.pt //
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Gestores de Cliente:
João Agrela (Coordenação),
Margarida Cordeiro, Maria do Carmo Rebelo
e Paula Silva
Departamento Gráfico:
Cristina Silva (Coordenação) e Vítor Pedrosa
Não 8%
Resolvido
Na semana passada, uma leitora alertou para a exis-
tência de uma árvore que crescia em plena passadei-
ra, na zona da Nova Leiria. Dois dias depois, tinha sido
removida e o pavimento recolocado. Uma boa notícia
e a prova de que a “voz” dos leitores chega ao “céu”,
através desta secção do REGIÃO DE LEIRIA.
Impressão: Unipress Centro Gráfico, Lda.
Travessa Anselmo Braancamp 220
4410-359 Arcozelo Vila Nova de Gaia
Distribuição: Vasp
Quinta do Grajal - Venda Seca, Agualva Cacém
Tiragem: 15.100 exemplares por edição
(tiragem média)
Periodicidade: Semanário (sai à quinta-feira)
Sede do editor e sede de redação:
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Apartado 3131 - 2410-098 Leiria
Telefone: 244 819 950
redacao@regiaodeleiria.pt
assinaturas@regiaodeleiria.pt
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Coordenadas GPS
39°44’45.88”N 8°48’9.50”W
Sim. “Declaro por minha hon-
ra…” este é o enunciado inicial
na tomada de posse de cargo
público. O pressuposto deste
enunciado é que o titular de car-
go público esteja ao serviço do
que é público. O enriquecimento
ilícito demonstra, precisamen-
te, uma atuação contrária a este
pressuposto. Defendo o afasta-
mento de funções públicas sem-
pre que há indícios de o titular
‘se serve’ em vez de ‘servir’.
Anabela Vaz
Consultora de Comunicação
Parceiros Nem parece
que ainda vigora o dever
geral de recolhimento. E
nem parece que o Parque
de Merendas de Parceiros,
concelho de Leiria, foi re-
centemente alvo de melho-
ramentos. Este foi o cenário
com que o leitor Vítor San-
tos se deparou no passado
domingo de manhã.
Propriedade:
Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda.
Contribuinte 500 096 805
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Gerência: Francisco Rebelo dos Santos,
Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e
Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis.
Diretora Geral: Ângela Gil
Membro de:
Associação Portuguesa de Imprensa

Sim, obviamente. Urge dar cum-
primento à Convenção das Na-
ções Unidas contra a Corrupção
(31/10/2003) da qual todos os Es-
tados Membros da União Euro-
peia fazem parte. Cumprimento
esse que sempre deve respeitar
a Constituição da República Por-
tuguesa e demais princípios do
nosso ordenamento jurídico.
Duarte Vieira
Advogado
Máquina do Tempo
Finais dos anos 70 do século XX Imagem: Coleção de Fernando Rodrigues
2021 Foto: Fernando Rodrigues
Claro que concordo. Os titulares
de cargos públicos têm respon-
sabilidades perante as pessoas
que os elegeram. A punição e
fiscalização deve ser não só dos
próprios como dos membros da
família mais próxima, que usam
como forma de esconder as “lu-
vas” que recebem.
Antónia Mota
Bancária
Claro que concordo, o enrique- Pergunta
cimento ilícito por si só, já é um da próxima
crime e sendo praticado por titu- semana
lares de funções públicas, em re-
presentação de todos nós, cida-
dãos, torna-se ainda mais grave, Os arguidos em
pelas responsabilidades acresci- processos-crime
das que estes cargos acarretam. devem candidatar-
Agora resta saber se a “punição
mais eficaz” vai servir de efeito se a cargos
dissuasor. políticos?
António Ogando
Professor de música
Leiria Este edifício foi mandado
construir pelo industrial Álva-
ro Salgueiro Roldão . Durante
algumas décadas aqui estiveram
instaladas as oficinas, stand e
escritórios da Ford, em Leiria. Foi
um projeto do arquiteto Camilo
Korrodi (1944/49). No primeiro
andar deste edifício esteve insta-
lada a sede do Grémio Literário
e Recreativo de Leiria. Vindo
das suas antigas instalações da
Praça, para aqui se mudou a 24
de março de 1951, conforme noti-
ciou o jornal Região de Leiria, de
29 desse mesmo mês. Os outros
pisos foram destinados a habita-
ção. Com os anos, a Ford saiu, o
Grémio deixou de ter qualquer
atividade e o prédio ficou meio
moribundo. Foi recentemente
recuperado e dá um aspeto mais
bonito a esta zona da cidade. Na
foto antiga, é visível uma divul-
gação às viaturas Ford que foi
captada pela lente do fotógrafo
leiriense Joaquim Serrano (Foto
Castelo), em finais dos anos 70
do século passado.
Fernando Rodrigues
22 abril, 2021 — Região de Leiria
regiaodeleiria.pt
Comentários na net
“Prioridades, em vez de moder-
nices do castelo e ciclovias inú-
teis, como a da Av. Heróis de An-
gola, tratassem dos passadiços
que estão uma autêntica vergo-
nha... é incrível o desleixo des-
ta gente... é isso e a rodoviária e
afins... Como é possível não te-
rem incluído os passadiços nas
intervenções do castelo?”
João Vieira, via Facebook, em reação
à notícia “Passadiços da encosta
norte do castelo estão danificados e
município avalia intervenção”
“Os passadiços em questão
não levavam a nenhum lugar,
apenas permitiam fruir de um
contacto mais próximo com a
Natureza. Aquele lugar é mui-
to bonito. Mas infelizmente fica
tudo entregue a quem não mere-
ce ter nada”
Ruca Fernandes, idem
Os 7 artigos mais lidos
01 GNR põe fim a convívio ilegal
no Parque de Merendas de
Amor
02 Pai procura as filhas
desesperadamente desde
2012
03 Covid-19: Concelho da
Marinha Grande é o único
cluster de risco da região
04 Covid-19: Cerca de 250 alunos
do Agrupamento de Marrazes
colocados em isolamento
05 Covid-19: Há 40 novos casos
de infeção na região e uma
morte no concelho de Leiria
06 Aprovados e divulgados os
cabeças de lista do PS às 18
freguesias do concelho de
Leiria
07 Covid-19: No dia em que
regista apenas um novo
caso, Marinha Grande assiste
de fora à terceira fase do
desconfinamento
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3
 Visto
18.04.2021
Leiria Um grupo de cidadãos
deu um novo rosto às vitrines
do centro histórico da cidade.
Incentivados por elementos do
projeto cultural Café Central,
com o apoio dos Serviços Mu-
nicipalizados de Água e Sanea-
mento de Leiria e do restaurante
Atlas, limparam o exterior de
dezenas de montras e fachadas.
Falta agora o interior. Poderá o
Café Central ajudar a “escrever”,
também aí, uma nova narrativa?
Fotos: Fernando Rodrigues

Região

4 Região de Leiria — 22 abril, 2021

22 abril, 2021 — Região de Leiria 5
 As páginas “A Europa somos nós” contam com a colaboração
da Representação da Comissão Europeia em Portugal

“Uma pessoa
nem se
reconhece
quando volta”
Erasmus Leiria está na rota de uma ferramenta que, há
décadas, ajuda a consolidar um sentimento de perten-
ça europeia. Quem experimenta adora e passa a olhar
o mundo com outros olhos. Estes são relatos de uma
aventura “incrível”, contada por quem a vive

Carlos S. Almeida
“Falei com a minha mãe ontem e
disse-lhe que vivo num filme to-
dos os dias, porque tudo tem um
aspeto incrível. Venho de um país
não tão organizado como Portu-
gal e estou a tentar absorver as
experiências”. Dino Hondo che-
gou a Leiria há um par de meses,
quando o pico da pandemia era o
centro de todas as atenções. Não
seria, porventura, o melhor cená-
rio para viver uma experiência
de intercâmbio. Talvez. Todavia,
o contexto de exceção não o de-
move de apelidar de “incrível” a
experiência na cidade do Lis, no
âmbito do programa Erasmus,
que na verdade tem uma abran-
gência cada vez mais alargada,
adicionando possibilidades que
lhe valem o sinal “+” no final.
Certamente que a pandemia
arruinou o alcance do intercâm-
bio? “Podemos falar de expe-
riências que foram arruinadas,
mas procuro sublinhar as coisas
boas, acho que [a situação pan-
démica] nos aproximou: tenta-se
identificar o grupo de pessoas
com quem se sai e ficamos mais
próximos”, explica Dino. Em
fevereiro, chegou de Sarajevo,
capital da Bósnia-Herzegovina,
país nascido do bélico estilhaçar
jugoslavo que a generalidade da
Europa observou, horrorizada,
nos anos 90.
Socorrendo-se do inglês, que
manuseia com perícia, remata:
“I always look on the bright side
of life”(vejo sempre o lado lumi-
noso da vida). Como nos Monty
Python? “Exatamente”, sorri
Dino, acompanhado pelos risos
de Nora Gandi e Lucía Miran-
da, estudantes da Eslováquia e
de Espanha, também em Leiria
via Erasmus, a ferramenta da
Comissão Europeia que parece
vacinar os participantes contra
a intolerância e xenofobia.
Por breves instantes, o sen-
tido de humor e o otimismo
de Dino Hondo, - filho de um
país que sara as feridas de um
conflito construído em cima de
diferenças étnicas e religiosas
- condensado numa frase, funcio-
nou como gatilho que disparou
o sentimento de união em torno
de uma referência comum. Dino
reportou-se ao refrão da música
que finaliza uma das obras de
referência do grupo humorís-
tico britânico: o filme “A vida
de Brian”, uma comédia satíri-
ca que relativiza os dogmas e,
afinal de contas, celebra a vida.
Lançado no final dos anos 70, o
filme gerou polémica em vários
países, sobretudo por focar ques-
tões religiosas. A distância do
tempo, esbateu a controvércia
e permitiu-lhe passar a referên-
Está a ser incrível. É
completamente diferente
vir para outro país sem
qualquer tipo de suporte
familiar. É um grande
choque inicialmente,
parecemos peixes de fora
de água. Mas é algo que
nos faz crescer e que nos
traz desafios que não
encontraríamos em casa”
Carolina Reis
estudante , natural de Ourém,
atualmente na Bélgica
cia universal no humor. E com o
recurso ao inglês, que persiste
como língua franca apesar do
afastamento britânico do pro-
jeto europeu, Dino sintetizou o
desafio do seu país e também da
Europa: cultivar um sentimen-
to de pertença comum. Talvez
por estudar engenharia civil, na
ESTG do Politécnico de Leiria,
o jovem bósnio foi certeiro ao
identificar uma das traves-mes-
tras da construção da cidadania
europeia a longo prazo.
O programa Erasmus, que
desde 2014 assumiu o sinal “+”,
uma vez que alargou o seu âm-
bito – a formação, o voluntariado
e o desporto, são algumas das
componentes do programa -,
consolidou-se como ferramenta
preciosa para fomentar esse sen-
timento de pertença partilhada.
Para além do conhecimento de
outros nacionais, proporciona a
mobilidade dentro do velho con-
tinente. Proveniente de Vallado-
lid,Lucía Miranda, que estuda
terapia ocupacional (na ESSLei-
ria) considera que a vivência em
novas geografias é preciosa: “em
Espanha temos turismo e temos
mais pessoas da Europa, mas se
não vais para outro lugar, não co-
nheces a Europa e, agora, estou a
conhecer”. Novas aprendizagens
de línguas e o aperfeiçoamento
do inglês e da área de estudos,
são outros ingredientes que aju-
dam a fermentar o gosto pelo
intercâmbio, mesmo em tempos
de contenção e covid-19. Lucía
hesitou muito mas decidiu vir e
disse: “vamos tentar”. E “correu
bem. Fazemos o que podemos”.
Sentimento europeu
Nora Gandi, 22 anos, também
chegou a Leiria em fevereiro,
proveniente de Bratislava (Eslo-
váquia). E a exposição aos efei-
tos secundários do intercâmbio,
nomeadamente o convívio com
pessoas e culturas diferentes,
já começou a revelar sintomas.
“Quando estava na Eslováquia,
nunca me senti europeia, não
sei porquê. Agora que posso via-
jar pelos países e conhecer as
pessoas, começo a sentir-me eu-
ropeia. Está a começar a fazer
sentido”, explica a estudante de
comunicação e média a frequen-
tar a ESECS do Politécnico de
Leiria, experiência que avalia de
forma muito positiva. Mas será
que o sentimento europeu é uma
utopia? “É uma possibilidade,
de certeza. É trabalhoso, mas
é uma possibilidade”, assegura
a sorridente jovem eslovaca.
Ana Boa Ventura, responsável
pelos estágios internacionais
Erasmus e também pela mobi-
lidade de pessoal docente e não
docente no politécnico, conhe-

6 Região de Leiria — 22 abril, 2021


N.ºs
Milhares em mobilidade
1.538 estudantes do politécnico
de Leiria realizaram um
programa de estudos ou de
estágio num país europeu, de
2014 a 2020. Polónia, Espanha,
Hungria, República Checa e
Itália são os destinos preferidos
no âmbito da mobilidade
para estudos no Erasmus +.
Na componente de estágios,
Espanha, Grécia, Alemanha,
Itália e Finlândia lideram as
preferências
1.342 estudantes foram
acolhidos no politécnico de
Leiria (de 2014 a 2020). São
principalmente oriundos da
Polónia, Espanha, Alemanha,
Itália, França e Turquia
2.500 alunos portugueses
estavam em mobilidade no
início do seculo mas eram
10.000 em 2019/20. O governo
anunciou querer triplicar estes
números
ce bem o ambiente que se gera:
“chegam, a contar tratar-se de
uma cidade pequena, mas depois
cria-se um espírito… aliás, em
qualquer cidade do país, cria-
-se um espírito espetacular”. É,
explica, “uma experiência que
fica para a vida”. E quanto aos
alunos de Leiria que saem para
o exterior? “Adoram”.
Para além da aventura única,
há igualmente uma componente
muito prática para quem mer-
gulha nesta experiência. É que
o mercado de trabalho parece
premiá-la. “Não é por acaso que
aqueles que têm Erasmus têm
estatísticas mais favoráveis [na
empregabilidade]. Porque o Eras-
mus cria um conjunto de compe-
tências, que na gíria se chamam
de ‘soft skills’, de resiliência e
adaptação a diferentes realida-
des que são, hoje, críticas para
muitas condições de empregabi-
lidade”, destacou Manuel Heitor,
ministro do Ensino Superior, dia
14, em Lisboa, na apresentação
do programa Erasmus + para o
período 2021-27.
A milhares de quilómetros
de distância, o choque inicial é
testemunhado Carolina Reis, es-
tudante de gestão na ESTG de
Leiria. É de Ourém e experimen-
ta o intercâmbio em Bruges, na
Bélgica: “parecemos peixes fora
de água”, conta. O desafio é su-
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Lucía Miranda (na direita)
chegou em setembro,
proveniente de Espanha.
O bósnio Dino Hondo
(na esquerda) está em Leiria
desde fevereiro, mês em que
também a eslovaca
Nora Gandi (ao centro) chegou.
Foto: Joaquim Dâmaso
Para além de alvancar a
tolerância e a cidadania
europeia, o programa
Erasmus é uma opor-
tunidade singular para
crescer. E há uma compo-
nente que também pesa:
quem participa nestes
projetos, ganha vantagem
em termos de integração
no mercado laboral, reco-
nhecem os responsáveis
governamentais com res-
ponsabilidades na área
perado com o aprofundar das
relações – a jovem está numa
turma de alunos de várias nacio-
nalidades e continentes, sendo
que nenhum deles é belga – e a
experiência Erasmus revela-se
“algo que nos faz crescer e que
nos traz desafios que não encon-
traríamos em casa”.
Na cerimónia de dia 14, em
que o ministro Manuel Heitor
sublinhou as vantagens de em-
pregabilidade, Tiago Brandão
Rodrigues, ministro da Educa-
ção, também lembrou a impor-
tância da mobilidade para “ala-
vancar a cidadania europeia”.
“É inegável que todo e qualquer
cidadão europeu que tenha uma
experiência de mobilidade au-
menta automaticamente a sua
capacidade de empregabilidade,
mas também a sua consciência
de ser europeu”, reforçou o titu-
lar da pasta da educação.
De Guimarães, berço da na-
cionalidade, diretamente para
o norte de Itália, aluna do curso
de Artes Plásticas na ESAD.CR
(de Caldas da Rainha), Soraia
Oliveira não tem dúvidas quanto
à utilidade da experiência. “Acon-
selho a todos”, diz, deixando a
síntese de uma ida que, na volta,
muda tudo. É que “é um desen-
volvimento impressionante: uma
pessoa nem se reconhece quando
volta”.
22 abril, 2021 — Região de Leiria 7

Apanhar azeitona com a ajuda de jovens da Noruega, Alemanha, Polónia ou Itália promovida pela associação vertigem Foto de arquivo
Quando os velhos costumes lusos ajudam
a consolidar o voluntariado europeu
Desengane-se quem pensa que o espírito Erasmus se
esgota na educação. O voluntariado também dá músculo
ao sentimento europeu. Associação da região já recebeu
centenas de voluntários de todo o continente
Jovens de vários pontos da Eu-
ropa a recolher azeitona algures
na região, seguindo-se a entrega
no lagar tradicional e o almoço
com o bem português bacalhau
grelhado, acompanhado por ba-
tatas e com o vinho novo. Es-
tranho? Nem tanto. Voluntários
da Alemanha, Itália, Noruega
e Polónia participaram nesta
atividade um par de anos an-
tes da pandemia, no âmbito da
ação da Vertigem, associação
de Promoção do Património.
Para além da estrita componen-
te formativa, o voluntariado é
uma das vertentes do Erasmus
+. E esta associação sedeada na
região e que tem a zona do Par-
que Natural das Serras de Aire e
Candeeiros como um dos palcos
privilegiados de ação, acolhendo
voluntários de diversos países, é
um exemplo dessa valência.
Em pouco mais de duas déca-
das, entre 1998 e 2020, “acolhe-
mos cerca de 600 voluntários”,
explica Rui Cordeiro, responsá-
vel da associação. Estes voluntá-
rios realizaram os seus projetos
em Aveiro, Leiria, Porto de Mós
8 Região de Leiria — 22 abril, 2021
e Sever do Vouga. São, explica,
oriundos de “praticamente todos
os países europeus e fora da Eu-
ropa como do Camboja ou Brasil,
México ou Turquia, Quénia ou
Azerbaijão”. França e Polónia
são os países com maior expres-
são, acrescenta. Os números são
ainda mais alargados, se forem
contabilizadas todas as ativida-
des que envolvem voluntários da
associação, explica Rui Cordeiro.
No entanto, a situação sanitá-
ria, nesta componente, travou os
projetos da Vertigem. O exigente
contexto pandémico impossibili-
ta as atividades.
“Estamos parados desde mar-
ço de 2020”, adianta. Julho é a
meta apontada para reativar um
projeto de curta duração, caso a
situação sanitária o permita: só
para o outono se aponta para a
realização de ações mais prolon-
gadas, como era usual. Para já,
sobram os registos de jovens que
participaram em diversas ações,
que, entre outras, incluiam o
cuidado com o ambiente, intera-
ção com a população senior e a
promoção das tradições locais.
Para além de acolher voluntá-
rios de vários países, neste par
de décadas, a Vertigem também
enviou “cerca de 100 jovens por-
tugueses de todo o país para des-
tinos maioritariamente da União
Europeia, mas também para Is-
rael, Geórgia e Turquia”, adianta
Rui Cordeiro. Alguns projetos
de voluntários portugueses no
estrangeiro terminaram “já du-
rante à pandemia”, nalguns ca-
sos em setembro do ano passado.
Carolina Silva foi uma dessas
voluntárias. Neste capítulo, só
Sou portuguesa de nacio-
nalidade, mas sinto-me
uma europeísta. Sinto
que, de alguma forma,
a Europa é o meu lar, e
que não estou limitada a
apenas Portugal”
Carolina Silva
voluntária em França
depois de estabilizada a situação
na Europa, a associação admi-
te voltar a enviar voluntários
portugueses. Carolina foi das
últimas a experimentar o volun-
tariado lá fora.
Depois de uma curta expe-
riência de voluntariado em Ar-
rimal, Porto de Mós, decidiu
aventurar-se no estrangeiro.
Durante um ano, que arrancou
em setembro de 2019, esteve em
Bordéus (França). O projeto em
que esteve envolvida “consistia
em reabilitar habitações em con-
dições precárias”. Foi, explica,
“das melhores experiências da
minha vida: conheci diferentes
culturas, religiões e situações
de vida diferentes”. “O que me
agradou mais foi aprender uma
língua nova e estar em contacto
com pessoas de outros países
e ouvir as suas estórias e par-
tilhas”, reforça. Foi uma “cons-
tante aprendizagem de parte
a parte” que “recomendaria a
todas as pessoas”.
Mais: Carolina Silva, gerente
de loja em Viseu, considera que
“estes intercâmbios ajudam-nos
a ter uma compreensão mais
alargada sobre o espirito euro-
peu”. Na prática, conclui, “sou
portuguesa de nacionalidade,
mas sinto-me uma europeísta.
Sinto que, de alguma forma, a
Europa é o meu lar”.
carlos.almeida@regiaodeleiria.pt
?
Quando surgiu o programa
Erasmus?
Foi lançado pela primeira vez
em 1987. No entanto, o programa
Erasmus tornou-se Erasmus+
em 2014 de maneira a cobrir
novos campos de atividade,
como a formação profissional,
educação de adultos ou
intercâmbio de jovens,
animadores de juventude e
treinadores desportivos. É
um programa da Comissão
Europeia.
Quantos europeus já
participaram no programa?
Segundo a Comissão Europeia,
nas últimas três décadas, “mais
de dez milhões” de europeus
participaram no programa
onde, além dos 27 países da
UE, participam também outros
países da Europa.
Para quem se destina este
programa?
Embora se dirija a um
vasto número de pessoas e
organizações, não é possível
usufruir dele diretamente
por cada cidadão individual.
É necessário recorrer às
instituições que estão
ligadas ao programa e que se
candidataram. Usualmente são
entidades públicas ou privadas
com atividades nos campos da
educação, formação, juventude
e desporto. É possível obter mais
informação em erasmusmais.pt
Há apoios para beneficiar do
programa?
No âmbito do novo programa,
que decorre deste ano
até 2027, aponta-se para
o reforço dos apoios aos
destinatários, visando torná-
lo verdadeiramente inclusivo.
Os 14,7 mil milhões de euros
canalizados para o período
2014-20, vão crescer para mais
de 26 mil milhões de euros para
2021-27. Em Portugal, de acordo
com o ministro do Ensino
Superior, “apenas um em cada
10 estudantes que concluem o
ensino superior tiveram uma
experiência Erasmus”. Contudo,
a “ideia é garantir que um em
cada três jovens possa ter essa
experiência”, aponta Manuel
Heitor.
Podcast
10 testemunhos de quem
viveu o 25 de Abril
Memórias
da Revolução
de Abril
Registo Uma dezena de relatos, na primeira pessoa,
documentam a vivência da revolução dos cravos entre
nós. Todos os dias, durante dez dias. Arranca esta
quinta-feira, em podcast REGIÃO DE LEIRIA
Há quase meio século, um dia
de abril deu uma guinada no
rumo e no destino do país. Foi
a 25 de abril de 1974. Quando
o calendário colocou este dia
na vida dos dez interlocutores
do novo podcast do REGIÃO DE
LEIRIA, era ainda incerto qual
seria a sua natureza.
À medida que as horas se de-
senrolavam, todavia, à realidade
acumulada de quase 50 anos de
Estado Novo, somaram-se acon-
tecimentos que, com um desen-
rolar das horas se perceberam
serem invulgares. Hoje sabemos
terem sido históricos. São algu-
mas das impressões vividas nas
datas vizinhanças da revolução e
no dia que se impôs na narrativa
moderna do país, que procurá-
mos resgatar.
Com arranque esta quinta-
-feira, dia 22, todos os dias e du-
rante dez dias, disponibilizamos
PATROCINADO POR:
Subscreva o podcast
na sua plataforma favorita
uma nova conversa que encerra
relatos da altura da revolução
ou de tempos que lhe foram pró-
prios e próximos, provenientes
dos mais diversos atores.
Cerca de um mês antes da re-
volução dos cravos, a 16 de mar-
ço, uma movimentação militar
nas Caldas da Rainha fracassou,
mas deixou o sinal de que a mu-
dança poderia ser inevitável. Um
regime corroído por uma guerra
colonial que se revelava crescen-
temente penosa a que se somava
a crescente abertura económica
e influência estrangeira, acres-
centaram ingredientes à época
que seria de mudança. Havia
quem o pressentisse e quem ti-
vesse sido apanhado de surpre-
sa pelo movimento que nasceu
ao som de “E depois do Adeus”,
canção que serviu de primeira
senha à revolução.
São estes relatos na primeira
Os primeiros
quatro episódios
Isabel Damasceno
Primeira eleita para
a capital do distrito
José Augusto Esteves
Defender a sede do partido
no Verão quente
José Vitorino Guerra
Diagnóstico de um país
revolucionado e a RGA canina
Carlos Cardoso
De que cor era o lápis azul
da censura?
pessoa que procurámos resga-
tar: prestados por quem vive a
região e nela sentiu a mudança
impulsionada pelo movimento
das forças armadas que inaugu-
rou o “dia inicial inteiro e limpo”.
São as memórias de quem tinha
em mãos a tarefa de esperar que
a censura ditasse de sua justiça
sobre um artigo, ou que de quem
se defendeu do calor revolucio-
nário ou mesmo de quem ape-
nas pretendia viver o momento
e projetar-se depois na vida de-
mocrática.
A dezena de visões, múltiplas,
plurais e únicas, sobre o tem-
po da rutura democrática e tal
como ele se revelou na região,
incluem igualmente o balanço
possível dos 47 anos do regime
filho daquela data histórica. O
que foi feito e o que falta fazer?
A dezena de opiniões e de visões
sobre o momento que inaugu-
rou o mais prolongado regime
democrático do país, chega esta
quinta-feira, no podcast “Memó-
rias da Revolução de Abril”. De
acesso gratuito, pode ser ouvido
em regiaodeleiria.pt ou nas prin-
cipais plataformas de podcast.
Agenda 25 de abril
Devido às restrições da pande-
mia, o 47º aniversário da Revolu-
ção dos Cravos, à semelhança do
ano anterior, é comemorado por
vários concelhos da região maio-
ritariamente online.
Ansião
(Transmissão no Facebook do
município)
25 de abril
16 horas “As Cores de Abril”, espe-
táculo comunitário dirigido por
Buga Lopes no qual os participan-
tes dão voz às emblemáticas can-
ções e palavras do 25 de Abril.
17h30 “Ansião ontem, hoje e ama-
nhã – As expetativas dos jovens”,
Debate Municipal Jovem.
Figueiró dos Vinhos
Até 23 de maio, está patente no
Museu e Centro de Artes, a expo-
sição de fotografia “Os rapazes
dos tanques”, da autoria de Alfre-
do Cunha relativas aos aconteci-
mentos de 24 de abril de 1974.
Leiria
(Momentos transmitidos em di-
reto pelo Facebook do município
e da Assembleia Municipal)
24 de abril
11 horas “Que Abril Abriu - poe-
mas e canções da liberdade” com
André Gago, Victor Zamora, Nel-
son Cascais, José Salgueiro e Pe-
dro Dias, no Teatro Miguel Franco
25 de abril
10 horas Hastear da bandeira na-
cional no Salão Nobre do edifício
dos Paços do Concelho.
11 horas Sessão Solene no Teatro
Miguel Franco
12 horas “Canções de Zeca Afon-
so”, momento musical de Índios
da Meia Praia
14 horas Espetáculo “Memórias
de Abril”, desenvolvido por Lita
Pedreira e Luís Geraldo, da pro-
dutora Estórias com Asas, em que
é evocada a história e as estórias
da Revolução dos Cravos. Exibi-
do online nas redes sociais da Bi-
blioteca Municipal Afonso Lopes
Vieira, entre as 14 e as 19 horas.
Marinha Grande
(Transmissão online no Face-
book e Youtube do município)
24 de abril
21h30 “Projeto 25”, peça apresen-
tada em formato híbrido de cine-
22 abril, 2021 — Região de Leiria
-teatro pelo grupo Teatresco. Casa
da Cultura Teatro Stephens.
22h30 “25 de Abril – Por Dentro
do Silêncio”, concerto de Teresa
Salgueiro.
23h50 “Grândola”, música in-
terpretada por Teresa Salgueiro,
com a presença de elementos da
Confraria da Sopa do Vidreiro.
23h55 Hino Nacional “A Portu-
guesa” interpretado por Luísa Oli-
veira com elementos da Orques-
tra Juvenil da Marinha Grande.
24 horas Discurso da presidente
da Câmara Municipal da Marinha
Grande, Cidália Ferreira.
25 de abril
10 horas “Embalos de Abril”, con-
certo para bebés pela companhia
Musicalmente Agggg Agóóóóó ó,
Agora Abril, na Casa da Cultura
Teatro Stephens, no Facebook e
Youtube.
11 horas Sessão da Assembleia
Municipal, na Casa da Cultura
Teatro Stephens.
16 horas Encontro Internacional
de Contadores de Histórias, no
Teatro Stephens.
17h30 Concerto itinerante com os
artistas marinhenses Taramela e
Luísa Oliveira, nas ruas da cidade.
Pombal
Entre 23 de abril a 30 de maio, a
exposição “Trazemos à memó-
ria… O 25 de Abril em Pombal
contado pelos documentos” está
patente no Arquivo Municipal de
Pombal. A mostra inclui docu-
mentos da época e um conjunto
de fotografias alusivas aos acon-
tecimentos do 1º de maio, em
Pombal.
25 de abril
10 horas Hasteadas as bandeiras
no Edifício dos Paços do Conce-
lho, seguindo-se uma evocação
ao capitão de abril Salgueiro Maia
junto ao seu busto, no Largo Sal-
gueiro Maia. Apresentação públi-
ca nas redes sociais de “Pombal
canta abril”, com artistas pomba-
lenses.
Porto de Mós
25 de abril
9 horas Hastear da bandeira na
praça da República
16 horas Sessão Solene no Cine-
teatro de Porto de Mós.
9
 Pandemia
PUBLICIDADE
5 minutos sobre
saúde mental
Na região, só Marinha Grande não avançou no plano de desconfinamento Foto: Joaquim Dâmaso
Número de casos
baixou na semana
em que a Marinha
Grande permaneceu
confinada
Balanço Semana ficou
Acesso livre // ainda marcada pelo isola-
Novo episódio às quintas-feiras //
mento de 250 alunos do 1.º
ciclo de Marrazes
Em parceria com o Centro Hospitalar de Leiria
O dia de segunda-feira amanhe-
ceu com uma nova esperança.
A data marcou o início de mais
uma etapa do plano de descon-
finamento que, desta vez, abran-
geu escolas secundárias e supe-
riores, lojas, restaurantes, cafés,
cinemas e salas de espetáculos.
regiaodeleiria.pt/podcasts Apesar disso, o dever geral de re-
colhimento mantém-se, uma vez
que o Governo considera neces-
sária a contenção de circulação
para o controlo da pandemia.
Na região, todos os concelhos
avançaram para a nova fase, com
exceção da Marinha Grande.
Duas avaliações sucessivas de
“situação de risco” ditaram que
integrasse o lote de municípios
Subscreva o podcast na sua plataforma favorita onde o desconfinamento seria
“travado” e que foi anunciado
após a reunião do conselho de
ministros de 15 de abril.
Patrocinado por Marinha Grande acabou por
ficar entre os que se mantive-
ram na segunda fase. Na prática,
apenas podem funcionar lojas
até 200m2 com porta para a rua
e esplanadas com a limitação
máxima de quatro pessoas por
mesa, até às 22h30 nos dias de
10 Região de Leiria — 22 abril, 2021
semana e até às 13horas aos fins
de semana. Só podem ser pratica-
das modalidades de baixo risco;
a atividade física ao ar livre fica
restringida a quatro pessoas e
os ginásios terão de continuar a
funcionar sem aulas de grupo.
Entre 14 e 20 de abril, o nú-
mero de casos ativos na região
de Leiria foi oscilando acima e
abaixo dos 300, situando-se nos
283 no dia de fecho desta edição
(terça-feira). Leiria e Marinha
Grande são os concelhos com
maior número de pessoas infe-
tadas: 96 e 64 respetivamente.
Durante este período, recu-
peraram 144 doentes e contraí-
ram a doença mais 124. Houve
registo de um óbito no concelho
de Leiria.
A semana ficou ainda marca-
da pelo isolamento de 250 alu-
nos do 1.º ciclo do Agrupamento
de Escolas de Marrazes, depois
de um caso positivo ter sido de-
tetado numa docente de apoio
educativo.
Os alunos, pertencentes a
13 turmas do 3º e 4º anos das
escolas EB1 dos Marinheiros,
Sismaria, Gândara dos Olivais,
Marrazes e Quinta do Alçada,
realizaram testes na passada sex-
ta-feira. Nenhum acusou positivo,
contudo mantêm o isolamento
até amanhã, sexta-feira, e regres-
sam às aulas na segunda-feira,
26 de abril.
O que mudou
Ensinos secundário e superior
Todos os alunos e professores do
secundário deixaram o ensino
à distância. Já no superior, uma
vez que as universidades e os po-
litécnicos têm autonomia para
decidir, algumas instituições re-
gressaram totalmente ao ensino
presencial enquanto outras man-
tiveram um sistema misto.
Restaurantes, cafés, pastelarias
Puderam abrir o serviço de
mesa no interior, limitado a gru-
pos de quatro pessoas, para
além do serviço de esplanada
que já estava autorizado, mas
que passa agora a ter um limite
de seis pessoas.
Centros comerciais e lojas
Abriram, independentemente
da sua dimensão, cumprindo no
entanto a lotação fixada pela Di-
reção-Geral da Saúde.
Desportos de médio risco
Foi retomada a prática das mo-
dalidades desportivas de mé-
dio risco, assim como a ativida-
de física ao ar livre de até seis
pessoas. No lote de médio risco
estão incluídas, por exemplo, as
modalidades de andebol, bas-
quetebol, futebol, futsal, hóquei
em patins e voleibol.
Casamentos, batizados
Voltaram a ser permitidos no
território continental, ainda que
limitados a 25% da capacidade
de ocupação dos espaços onde
esses eventos decorram.
Cinemas, teatros e auditórios
Entraram em funcionamento,
mas a lotação é reduzida de for-
ma que os lugares ocupados te-
nham um lugar de intervalo en-
tre espectadores que não sejam
coabitantes, sendo que na fila
seguinte os lugares ocupados
devem ficar desencontrados.
Panorama
02
01 Mário Oliveira e Raquel Del-
gado recolheram amostras
de água em seis dos 15 pon-
tos analisados. O primeiro,
na imagem, foi na nascente
do rio Lis, nas Fontes.
02 As amostras são identifica-
das com o local e a hora da
recolha. Posteriormente são
entregues na Unidade de
Saúde Pública para análise.
Fotos: Marina Guerra
01
de recolha).
A maior diferença verifica-
-se no rio Lena, na ponte das
Mestras, com 5.332 unidades
formadoras de colónias (UFC)
por 100 ml, em 2019, valor que
sobe para 74.890 UFC/100 ml em
2021, quando o valor de referên-
cia para esta bactéria em rios é
de 100 UFC por 100 ml de água.
Mário Oliveira avalia estes
resultados como uma “barbari-
dade”. “Surpreenderam-me que
subissem tanto como subiram.
Todos os pontos estão mal e ca-
rece de uma reflexão e interven-
ção profunda”, defende.
O ambientalista considera
que é preciso fazer uma monito-
rização mais apertada, sobretu-
do, entre as Cortes e a Ponte das
Mestras, onde se concentram
os dados mais elevados, para
compreender quais os pontos
de contaminação. A ETAR das
Olhalvas, e as descargas que são
feitas da estação para o rio, “a
rede de saneamento que pode
estar a drenar para o rio, e que
já foi assumido que era um dos
problemas, e pode existir outro
foco de poluição” são possibili-

Rios Lis e Lena Marina Guerra

O relógio indicava 8h45. O ne-

Unidade de Saúde Pública para
a realização das análises.
Os resultados da qualidade
dades que o dirigente da Oikos
identifica como possíveis causas
mas que não passam disso sem o

Qualidade da água voeiro começava a dissipar,

estavam sete graus e ainda se
ouviam os galos a cantar. Não
da água foram conhecidos esta
semana e, tendo em conta as aná-
lises realizadas nos últimos cinco
devido estudo no terreno.
“Estes resultados, se calhar,
já justificavam que entidades

tem os piores havia movimento nas ruas das

Fontes, em Cortes, concelho de
Leiria, e só um adepto de corrida
anos, 2021 é o que apresenta os
níveis de contaminação excessi-
va por Escherichia coli (E.coli) e
com gestão nos recursos hídri-
cos fizessem uma rede efetiva
de recolha e monotorização

resultados dos passou no largo principal para

completar o treino. A poucos
metros dali estava o primeiro
Enterococos intestinais, ambas
bactérias de origem fecal hu-
mana ou animal, mais elevados.
muito apertada para se chegar
à conclusão o que é isto afinal”,
entende.

últimos cinco anos dos 15 pontos de recolha que três

equipas da Oikos fizeram na ma-
nhã de 7 de abril. A nascente do
rio Lis.
O REGIÃO DE LEIRIA acom-
Poluição A associação Oikos realizou análises à panhou Mário Oliveira, presi-
dente da associação ambienta-
qualidade da água dos rios e encontrou pontos críticos lista, e Raquel Delgado, em seis
onde a contaminação superou máximos anteriores já desses pontos. Uma tarefa fácil,
rápida, registada no momento e
bastante superiores aos valores de referência que conta com a colaboração da
Mário Oliveira classifica-os como
“inexplicáveis” e “exorbitantes”.
Em oito dos pontos de reco-
lha há um agravamento dos re-
sultados, face a 2019 - em 2020
a Oikos não realizou análises
devido à pandemia - e três de-
les atingiram os valores mais
elevados de sempre na bactéria
E.coli: Ponte do Arrabalde e na
Ponte das Mestras (dois pontos
Apesar do cenário trágico
que se verifica nos dois princi-
pais cursos de água da região,
há pontos positivos a destacar.
As nascentes dos rios Lena e Lis
mantêm ou melhoraram os valo-
res face a 2019 e na foz do rio Lis,
na Praia da Vieira, o resultado da
análise é bastante inferior ao de-
tetado em 2019 (5.520 para 1.089).
marina.guerra@regiaodeleiria.pt

Resultados das análises à qualidade de água dos rios Lena e Lis, realizadas pela Oikos
Rio Lena Rio Lis
Porto de Mós Batalha Leiria Marinha Grande
Ponte Casal Mil Ponte das Ribeira Carg. Ponte ETAR Ponte Ribeira Ribeira Aroeira Açude Ponte
Nascente Anaia Nascente Cortes Foz
Nova Homens Mestras Ponte dos Pousos Arrabalde das Mestras Milagres Conf. Lis Salgadas da Galeota
2016 34 4300 4000 8700 37000 90 350 11200 800 24000 6400 4300 2850 7300 12100
2017 243 18800 12000 5500 48000 45 610 5250 15250 28500 30400 3500 3700 3750 7600

Escherichia 2018 46 504 2029 1047 9826 77 1647 5712 27726 34659 1610 2383 13864 9043 20795
coli 2019 15 872 1423 3306 5352 46 554 438 35880 27726 2759 2322 1196 1710 5520
2020 Não se realizaram análises devido ao confinamento imposto pela pandemia por Covid-19
2021 15 398 4628 1284 74890 15 175 725 42980 36540 3132 1799 2949 3163 1089
2016 10 410 1600 600 7000 50 90 1600 300 7000 180 620 700 1000 2800
2017 50 2500 3500 2600 26000 11 530 3300 3600 6000 13300 400 700 1000 3600

Enterococos 2018 15 330 1838 143 1838 15 30 161 15199 1458 109 371 1976 1466 3652
intestinais 2019 15 110 94 554 1502 15 46 143 4074 3421 195 289 127 177 2261
2020 Não se realizaram análises devido ao confinamento imposto pela pandemia por Covid-19
2021 15 161 94 110 18563 15 60 177 3889 4442 800 500 289 696 94
Valores UFC/100 ml

22 abril, 2021 — Região de Leiria 11

Aqui perto
Leiria
Unidade de Amor (na foto) vai custar cerca de 1,1 milhões de euros e a da Bidoeira 800 mil Foto: CML
Novos centros de saúde de Amor
e Bidoeira lançados a concurso
Os futuros centros de saúde de
Amor e Bidoeira de Cima já têm
projeto aprovado e vão ser objeto
de concurso público. Em Amor, a
nova unidade será construída de
raiz em terrenos da casa que já foi
Associação nacional
oficializa novo grupo
de escoteiros de Leiria
Acontece este sábado a oficializa-
ção dos dois mais recentes grupos
de escoteiros da região. O de Lei-
ria, o segundo do concelho, será
o Grupo 274 da Associação de
Escoteiros de Portugal (AEP), e
o de Rio de Mouros, concelho de
Ourém, o Grupo 275.
Ambos iniciaram atividade em
janeiro de 2020, mantendo-se ain-
da o grupo de Leiria conta com
36 elementos, entre os quais 12
Lobito, dez escoteiros, seis explo-
radores e oito dirigentes.
A cerimónia de oficialização
decorre no Mercado de Santana
com participação da escoteira-
-chefe nacional adjunta, Salete
Mendes, que dará posse ao esco-
teiro-chefe de grupo e procederá
à entrega da bandeira do Grupo
274. O chefe Domingues António
empossará por sua vez os restan-
12 Região de Leiria — 22 abril, 2021
do “senhor Serra” - situada ao lado
da sede da Junta de Freguesia -, e
que a autarquia adquiriu no final
de 2019 por 170 mil euros.
A obra, orçada em cerca de
1,09 milhões de euros, ocupará
tes dirigentes.
Já os jovens escoteiros rece-
berão o seu lenço no domingo,
numa sessão a realizar nos Pou-
sos. A decisão de separar os dois
momentos resultou da necessida-
de de garantir as devidas condi-
ções de segurança face ao atual
contexto pandémico e evitar a
concentração de muitas pessoas.
As atividades do grupo de Lei-
ria têm funcionado na Junta de
Freguesia, enquanto o grupo de
Rio de Couros está instalado na
antiga escola primária de Car-
valhal do Meio, cedida pela au-
tarquia.
O primeiro grupo de escotei-
ros do distrito de Leiria (Grupo
251) nasceu há sete anos na Ba-
rosa, e acolheu em 2018 o Acam-
pamento Nacional da Associação
de Escoteiros de Portugal.
uma área bruta de 487 metros
quadrados num terreno com
1.400 m2 e prevê a criação de
quatro gabinetes médicos e três
de enfermagem, além de vários
serviços de apoio e 15 lugares de
Homem suspeito
de matar ex-
sogra no Brasil foi
detido em Leiria
Um homem de 38 anos, suspeito
do homicídio da ex-sogra no Bra-
sil, foi detido na passada semana
pela Polícia Judiciária (PJ) na
zona de Leiria, em cumprimen-
to de um mandado de detenção
internacional. O crime, cometido
com uma arma de fogo, ocorreu
em janeiro de 2020. A PJ refere
em comunicado que, após o inci-
dente, “o arguido pôs-se imedia-
tamente em fuga para a Europa,
onde viria a beneficiar do apoio
de compatriotas residentes em
diversas comunidades deste con-
tinente”. A PJ iniciou as investiga-
ções em dezembro de 2020, após
tomar conhecimento internacio-
nal através do Gabinete Nacional
INTERPOL. Presente ao Tribunal
da Relação de Coimbra, o indiví-
duo ficou em prisão preventiva
enquanto aguarda a extradição.
estacionamento.
Em Bidoeira de Cima, o novo
pólo de saúde será instalado no
antigo jardim de infância do lu-
gar sede, devendo o investimento
rondar os 780 mil euros. O projeto
contempla um gabinete médico e
outro de enfermagem, e mais de
20 lugares de estacionamento,
entre outros serviços de apoio. O
prazo de execução é de 18 meses
para cada uma das obras.
Já em março, a Câmara lançou
a concurso a construção da futura
unidade de saúde familiar dos
Parceiros, para servir os utentes
de Parceiros e Azoia e da Barosa.
O procedimento foi lançado com
um preço base de 1,5 milhões de
euros, montante que inclui a cria-
ção de uma rotunda de acesso à
USF.
Estas três obras serão exe-
cutadas mediante protocolos a
celebrar com a Administração
Regional de Saúde do Centro e
objeto de candidatura aos fundos
comunitários para uma compar-
ticipação de 85%. “A saúde é uma
área extremamente importante e
este investimento não está isola-
do. Há um histórico dos centros
de saúde que foram construídos
ou melhorados. Não é porque há
eleições que fazemos estas obras”,
disse o presidente Gonçalo Lopes
na reunião, em resposta aos ve-
readores do PSD.
Dois deputados de Leiria
apanhados no caso
das moradas falsas
Rui Rocha, presidente da distrital
do PSD, defende a investigação
das suspeitas de peculato que
levaram o Ministério Público
(MP) a pedir o levantamento da
imunidade parlamentar a nove
deputados, dois dos quais eleitos
pelo círculo de Leiria. A distrital
do PS não comenta.
Os deputados envolvidos na
investigação do MP e eleitos por
Leiria são Pedro Roque (PSD) e
Elza Pais (PS). O MP está a inves-
tigar crimes de peculato por os
deputados, alegadamente, terem
indicado moradas diferentes das
que usaram como local habitual
de residência e assim receberam
da Assembleia da República subsí-
dios de deslocação mais elevados.
“Se há algo para investigar,
que se investigue”, afirmou Rui
Rocha ao REGIÃO DE LEIRIA.
Villa Portela:
Câmara revoga
adjudicação por
decisão judicial
O processo de reabilitação do
Centro de Artes Villa Portela deu
um passo atrás na passada se-
mana, tendo a Câmara de Leiria
revogado a adjudicação da obra à
empresa Teixeira, Pinto & Soares,
por cerca de 3,2 milhões de euros,
dando cumprimento a uma sen-
tença do Tribunal Administrativo
e Fiscal (TAF) de Leiria.
A adjudicação, recorde-se, foi
aprovada em novembro passado.
O PSD absteve-se e questionou os
motivos da exclusão do concor-
rente que apresentou uma pro-
posta inferior em cerca de 300
mil euros. O júri do concurso
fundamentou a sua decisão na
divergência de valores indicados
em vários documentos, que o con-
corrente “não uniformizou” em
sede de esclarecimento. O TAF
considerou contudo a fundamen-
tação insuficiente e determinou a
anulação da exclusão da empresa
que apresentou queixa e a anula-
ção da adjudicação. O júri deverá
agora retomar o procedimento
no momento anterior à exclusão
da proposta, explica a autarquia.
“Foi solicitado o levantamento da
imunidade parlamentar e agora
averigue-se e chegue-se às con-
clusões a que tem de se chegar”,
adiantou Rui Rocha, salientando
que pela informação que possui
“nalguns casos a situação não
será bem como está a ser apre-
sentada”. Já o presidente da Fe-
deração Distrital de Leiria do
PS, Walter Chicharro, disse ao
REGIÃO DE LEIRIA que “o PS
não comenta processos judiciais”.
“Aguardaremos, serenamente, as
decisões judiciais e, justifican-
do-se, aí tiraremos as devidas
ilações”, explicou.
O deputado Pedro Roque já
disse que não apresentará qual-
quer obstáculo ao levantamento
da imunidade parlamentar. Até
ao início da semana, a deputada
Elza Pais não se manifestou.
 Região // Aqui perto

Leiria

Carlos Matos nega subornos em ria, por suspeitas de corrupção,

recebimento indevido de vanta-
Germain e irmão de Carlos de
Matos, Vítor Matos, presidente da

processo que envolve autarca algarvia

e deputado de Ourém
O presidente da Saint Germain –
Empreendimentos Imobiliários,
SA, Carlos Matos, arguido, jun-
tamente com a empresa, no pro-
cesso “Operação Triângulo”, que
levou à detenção da presidente
da Câmara de Vila Real de Santo
António, negou o pagamento de
subornos.
“Não pagámos subornos a nin-
guém, nem planeámos pagar, não
precisamos disso, nem é essa a
nossa forma de agir”, afirma o
empresário leiriense Carlos de
Matos, num comunicado enviado
às redações, na passada sexta-
-feira.
O empresário explica que “o
único pagamento” efetuado “foi
à Câmara, o que foi contratado,
correspondente a 50% do valor
do terreno, quede
Região antes foi257x140mm.pdf
Leiria objeto de
Carlos Matos
duas hastas públicas que ficaram
desertas”.
Carlos de Matos, líder da em-
presa sediada em Leiria e do
Groupe Saint Germain, que ope-
ra há 26 anos na região de Paris,
manifesta revolta por ter estado
dois dias detido para ser ouvi-
do por um juiz, quando, alega,
“nada fez de ilegal, irregular ou
condenável”.
1 “Ao longo de 2618:23
2021/Apr/12 anos de opera-
António Gameiro
ção na região de Paris desenvolve-
mos várias dezenas de empreen-
dimentos, no valor de milhares
de milhões de euros, lidando com
dezenas de municípios e autarcas,
e nunca estivemos envolvidos ou
fomos suspeitos ou acusados de
quaisquer irregularidades ou ile-
galidades”, garante o empresário.
Carlos de Matos foi um dos
detidos no âmbito da “Operação
Triângulo”, pela Polícia Judiciá-
gem e abuso de poder na inter-
mediação de um negócio imobi-
liário em Monte Gordo. Foram
igualmente detidos a presidente
da Câmara de Vila Real de Santo
António, Conceição Cabrita que,
entretanto, renunciou ao cargo,
e um trabalhador da Administra-
ção Pública.
Segundo um comunicado da
PJ, em causa estão “factos susce-
tíveis de integrarem a prática dos
crimes de corrupção, recebimen-
to indevido de vantagem e abuso
de poder”, havendo “suspeitas de
atuação ilícita de titular de cargo
político, que beneficiou da cola-
boração de funcionários, bem
como outros intervenientes, na
intermediação de um negócio, de
compra de imóvel, propriedade
do município, em Monte Gordo”.
Além das pessoas detidas, e
libertadas na quinta-feira passa-
da, após primeiro interrogatório
judicial e aplicação de medidas
de coação, há mais quatro argui-
dos. O diretor financeiro da Saint
Junta de Freguesia da Regueira
de Pontes, em Leiria, é um desses
arguidos, tendo confirmado a
realização de uma busca domi-
ciliária. A sua relação com o pro-
cesso não está ligada às funções
de autarca. O negócio que esteve
na origem das detenções envol-
veu a venda de um terreno em
Monte Gordo por 5,6 milhões de
euros, aprovada em Assembleia
Municipal no dia 3 de abril de
2020, com os votos a favor do
PSD e contra da bancada do PS
e da CDU.
O deputado socialista António
Gameiro, do concelho de Ourém,
que aguarda o levantamento da
imunidade parlamentar, é um
dos suspeitos deste processo e
acabou por retirar a sua candida-
tura à Câmara de Ourém. Tam-
bém se demitiu da presidência da
Concelhia do PS de Ourém e vai
apresentar a demissão do Conse-
lho de Fiscalização do Sistema In-
tegrado de Informação Criminal,
disse o próprio à Agência Lusa.

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22 abril, 2021 — Região de Leiria 13
Região // Aqui perto
Leiria
PS/Leiria fecha lista
às 18 juntas com oito novos
candidatos
Foto de grupo dos candidatos, com Gonçalo Lopes. Falta Oriana Cristóvão, candidata na Caranguejeira
Cinco mulheres e 13 homens for-
mam o lote de candidatos com
que o Partido Socialista vai con-
correr às juntas de freguesia do
concelho de Leiria, nas próximas
eleições autárquicas.
Entre os nomes aprovados por
maioria pela comissão política
concelhia, estão oito novos can-
didatos, pelo menos a concorrer
pelo PS, uma vez que José Artur
Ferreira já é presidente da jun-
ta, embora pelo PSD. Esta troca
de partidos não é inédita. Já em
2013 e 2017, o PS venceu em Santa
Fábio Seguro Joaquim é o candidato
do CDS-PP à Câmara de Leiria
Fábio Seguro Joaquim é o candi-
dato do CDS-PP à presidência da
Câmara de Leiria. Advogado e
membro da Assembleia Municipal
de Leiria (AML), anunciou a sua
decisão esta terça-feira, na sua
página de Facebook, afirmando-
-se consciente do desafio face ao
momento difícil que a sociedade
atravessa. Assumindo a sua candi-
datura como um “projeto diferen-
ciador, agregador de diversas sen-
sibilidades” e “alternativo”, refere
que “pretende ser uma lufada de
ar fresco na política autárquica”.
O candidato compromete-se
ainda dar voz aos que “acreditam
que Leiria deve proporcionar as
14 Região de Leiria — 22 abril, 2021
Eufémia e Boa Vista e nos Mila-
gres com candidatos que já eram
presidentes da junta mas pelo
PSD (Mário Rodrigues e Mário
Gomes, respetivamente).
Já os estreantes são Adriano
Neto, em Amor; Marco Dioní-
sio, na Bidoeira de Cima; Oria-
na Cristóvão, na Caranguejeira;
Tiago Santos, no Coimbrão; Luís
Prata, na Maceira; Paula Jorge,
em Monte Real e Carvide. Paulo
Clemente estreia-se como cabeça-
-de-lista em Marrazes e Barosa,
embora assuma o cargo desde
Fábio Seguro Joaquim
mesmas oportunidades a quem
vive na área urbana ou rural”
e “que é possível fazer mais por
uma cidade economicamente
pujante através de um modelo
sustentável” e a quem partilha
da “ambição de um município
com capacidade de afirmação
março de 2019 após a renúncia do
mandato de Isabel Afonso.
Nas restantes freguesias, o PS
volta a apostar em Helena Brites
(Arrabal), Pedro Pedrosa (Bajou-
ca); Mário Gomes (Milagres), Ví-
tor Matos (Regueira de Pontes),
Artur Santos (Colmeias e Memó-
ria), José Cunha (Leiria, Pousos,
Barreira e Cortes), Céline Gaspar
(Monte Redondo e Carreira), José
Carlos Matias (Parceiros e Azoia),
Mário Rodrigues (Santa Eufémia
e Boa Vista) e Fernanda Pedrosa
(Souto da Carpalhosa e Ortigosa).
nacional e internacional”.
Entretanto, e depois de, em
2017, o Partido da Terra – MPT
ter concorrido em coligação com
o PSD à Câmara de Leiria, deci-
diu avançar sozinho nas próxi-
mas autárquicas. A inexistência
de um “projeto válido” onde a
componente ambiental esteja
“devidamente representada” e
“o aparente desinteresse demons-
trado pela equipa social-demo-
crata leiriense” são os princi-
pais motivos que levam o MPT
a apresentar uma “candidatura
própria”, anunciou o partido, li-
derado por Pedro Soares Pimen-
ta, atualmente deputado da AML.
Agrupamento de Escolas
Dr. Correia Mateus é notícia
Espaço da responsabilidade do Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus
O E@D no 1.º Ciclo:
uma realidade, mesmo dentro
das nossas casas
O Ensino a Distância (E@D)
constitui-se como uma alterna-
tiva para os alunos impossibili-
tados de frequentar presencial-
mente uma escola, alicerçado
na integração das tecnologias
de informação e comunicação.
Implica salas vazias, despidas
de afetos. A dimensão humana é
desnudada na sua essência, sen-
do evidentes os constrangimen-
tos. É fundamental planificar,
avaliar, reajustar metodologias
de trabalho que mitiguem o seu
impacto.
Diariamente professora e alu-
nos interagem num espaço vir-
tual. São lecionados conteúdos,
corrigem-se tarefas, esbatem-se
dúvidas, e acima de tudo criam-
-se laços de esperança e união.
Para o sucesso desta moda-
lidade é essencial o recurso a
novas tecnologias, a ferramenta
utilizada pelo nosso Agrupamen-
to foi o Teams. A mesa digitali-
zadora que reproduz em tem-
po real aquilo que a professora
expõe, como se de um quadro
branco da sala de aula se tratas-
se, assume um papel de desta-
que. Esta ferramenta minimiza
a ausência do quadro e caneta,
que substituíra o giz e a ardósia
em tempos idos.
As relações interpessoais não
podem ser reproduzidas através
da máquina. Para erguer pon-
tes e esbater fossos perpetrados
pelo confinamento implementei
a criação de várias “salas em
simultâneo”, nas quais os alu-
nos desenvolvem trabalhos de
grupo, promovendo o espírito
de união, solidariedade e coo-
peração.
Para o docente o E@D é avas-
salador ao ter a escola montada
no seu lar. Não existe uma fron-
teira inequívoca entre momento
de lazer e trabalho.
O E@D é fundamental, permi-
tindo mitigar os efeitos da Pan-
demia. Contudo, jamais poderá
ser comparado com o ensino
presencial.
De todos os fatores que já
elenquei há um que é fundamen-
tal: a relação existente entre pro-
fessor e aluno. Atrás de um ecrã
é tudo impessoal. Atrevo-me a
dizer que seria a robotização da
educação. Na educação a máqui-
na nunca poderá substituir o Ho-
mem. Nenhum algoritmo poderá
oferecer a relação sentimental,
para a vida, entre professor e
aluno. Mas, agora, estamos de
novo na Escola!
Professora
Maria José Vieira Loureiro
Agrupamento Dr. Correia Mateus
- Escola da Touria - 4T
abril, 2021
 Região // Aqui perto

Marinha Grande

Cidália Ferreira avança Rio Lis poderá vir a ter “solução

pelo PS para tentar
segurar a presidência
“Assumi um compromisso e não
quero abandonar a Câmara an-
tes de cumprir com a promessa
que fiz aos marinhenses neste
mandato e que não cumpri, por-
que esta pandemia impediu de
concluir alguns projetos, como
a piscina municipal”, explica Ci-
dália Ferreira, a atual presidente
da Câmara da Marinha Grande
que também será candidata ao
lugar nas próximas eleições au-
tárquicas.
O anúncio da recandidatura
foi feito dia 14 pela concelhia lo-
cal do PS, que dias depois ratifi-
cou o nome da autarca. Professo-
ra primária aposentada, Cidália
Ferreira tenta a reeleição para o
segundo mandato na presidên-
cia. Desde 2005 que integra o
executivo municipal, eleita pe-
Cidália Ferreira
los socialistas. Candidata pelo
PS em 2017, garantiu a vitória,
embora com maioria relativa no
executivo municipal. E, desde
24 de outubro de 2017, preside à
Câmara da Marinha Grande. Em
declarações à Lusa, Cidália Fer-
reira salienta que uma das moti-
vações para a sua recandidatura
é “poder continuar a contribuir
para resolver os problemas da
população”.
de último recurso”
A despoluição do Lis não passa
pela construção de uma nova
estação de tratamento, mas o
ministério do Ambiente admite
um reforço temporário da ca-
pacidade instalada na região.
Em resposta a um requerimen-
to apresentado na Assembleia
da República por deputados do
Bloco de Esquerda, o gabinete
do ministro do Ambiente, João
Matos Fernandes reitera que a
construção da ETES, reclamada
por autarcas da região, está fora
de questão.
O problema da poluição do rio
que desagua na Praia da Vieira
não é novo e tem levado ao cons-
tante adiar da candidatura das
praias do concelho da Marinha
Grande à distinção da Bandeira
Azul. O Ministério do Ambiente,
no entanto, não aponta alternati-
vas imediatas, indicando que es-
tão a ser equacionadas “soluções
sustentáveis a longo prazo, em
modelos de gestão a definir, com
financiamento previsto na nova
Política Agrícola Comum”. Até lá,
“para reduzir a pressão sobre a
qualidade dos recursos hídricos
nas regiões prioritárias”, é ad-
mitida uma “solução pública de
último recurso” e que passa por
utilizar “a capacidade disponível
nas Etar do Grupo Águas de Por-
tugal”. Para tal, o ministério do
Ambiente garante estar já a tra-
balhar num sistema de tratamen-
to de último recurso, sendo que
“está a ser avaliada a capacidade
disponível” nas Etar, reforça. A
Águas de Portugal, recorde-se,
conta com Etar na zona do rio Lis,
incluindo nas imediações da foz.
“A solução proposta de cons-
trução de mais uma Estação de
Tratamento de Efluentes Suiníco-
las (ETES) no Lis através de ser-
viço público, reproduz soluções
já tentadas no passado e que não
lograram resolver os problemas
ambientais inerentes à incorreta
gestão dos efluentes suinícolas”,
aponta a resposta de dia 14 ao
requerimento bloquista. O gabi-
nete ministerial adianta ainda
que a construção da estação de
tratamento seria uma forma de
“o Estado se substituir aos agen-
tes económicos”, usando dinhei-
ros públicos. Estaria “a violar o
princípio do poluidor-pagador e
a enviar-lhes um sinal errado”,
reforça o gabinete de Matos Fer-
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22 abril, 2021 — Região de Leiria 15

Região // Aqui perto

Alcobaça
toda a parte é uma prática que
deve ser genericamente rejeita-
da, embora sejam admissíveis
microcentralidades, nas maio-
res zonas residenciais. Retirar
carros do centro das cidades
implica a construção de parques
de estacionamento localizados
estrategicamente e eventual-
Fernando Mota Tavares mente interligados com uma boa
Médico rede de transportes públicos. A
edificação de silos para parquea-
mento automóvel parece estar
amaldiçoada no nosso país, mas
Opinião traz diversas vantagens e se dota-
da de arquitetura criativa é uma
Como combater alternativa bem mais sensata que
os parques subterrâneos ou de
a morte lenta superfície. Ver espaços nobres
das nossas vilas das cidades, margens de rios,
lagos ou mar, destinados ao esta-
e cidades cionamento automóvel entristece
e amargura. As belezas naturais
devem ser devolvidas aos cida-

É
um desalento ver as nos-
sas vilas e cidades, sem
vida, sem alegria, sem
encanto. Pessoas sós
com semblante petrifi-
cado, idosos cabisbaixos sentados
no beiral das suas casas, ruas
sem gente, praças
desarranjadas e abandonadas,
cafés e esplanadas sem gosto,
escassas e desajeitadas zonas ver-
des, sem expressão ou vivalma e
comerciantes apaticamente resig-
nados. Acorrentadas à deserti-
ficação, solidão, pacatez glacial
e condicionadas por um urba-
nismo agreste, dominado pela
desorganização do seu território
e pelos carros, as pessoas refu-
giam-se cada vez mais em suas
casas e convivem infelizmente
cada vez menos. O ser humano,
que comunica como nenhuma
outra espécie, adora coabitar e
sente-se abençoado por viver em
comunidade. Olhemos para as
revoluções urbanísticas que estão
a suceder por toda a Europa e de
imediato nos apercebemos que
estão focalizadas na criação de
novas e generosas centralidades,
destinadas a ser efetivamente
usufruídas pelas pessoas. Mas
será que basta “pedonizar” ou
criar um espaço verde, para se
conceber uma centralidade?
Penso que não. Devolver uma
vila ou uma cidade aos seus
cidadãos implica uma estraté-
gia bastante mais abrangente e
arrojada. É necessário que essa
nova centralidade seja atraente,
facilmente acessível e misture
imaginativamente zonas verdes e
pedonais com comércio, restau-
rantes, esplanadas, bares, tudo
concentrado em áreas decididas
pelo poder autárquico, como as
novas almas da cidade. Licen-
ciar comércio, restaurantes e
cafés em prédios habitacionais e
dispersar esse licenciamento por
dãos, libertadas da ditadura do
automóvel e da pressão selvática
da construção civil. Leiria com
os seus montes tão peculiares e
bonitos, em vez de serem jardins
verticais estão a ser ocupados
por mais e mais habitação. As
encostas verdejantes que restam
deveriam ser preservadas, em-
belezadas, as margens do rio Lis
alindadas, todas as construções
danificadas aí situadas requalifi-
cadas, as margens interiores do
seu leito deveriam estar cheias
de plantas, flores e ser ilumina-
das durante a noite. Cidade de
colinas sem miradouros, com
zonas industriais mescladas
com residenciais e estas com
floresta, sem um parque verde
ou jardim público virtuoso, com
habitações pintadas com cores
que nada têm a ver com a nossa
realidade cultural, zona histórica
descaraterizada, prédios a cair
ou danificados por todos os lados,
marquises montadas sem regras,
prédios habitacionais sem garan-
tia de garagem, transformados
em edifícios de escritórios e um
mundo rural cheio de barracões
em ruínas, entulho ou caliço não
é o que os leirienses merecem.
Todas as nossas vilas e cidades
deveriam poder desfrutar de
“salas de estar” comunitárias,
locais onde as pessoas pudessem
circular e conviver alegremen-
te, sempre rodeadas de lojas
floridas, restaurantes, cafés e es-
planadas verdejantes e usufruir
de animação assídua, promovida
por animadores sociais ou volun-
tários locais. Os munícipes devas-
tados por uma solidão agoniante,
imploram por centralidades com
vivência e clamam por medidas
que evitem o despovoamento,
porque sabem que só podem ser
felizes, se derem plenitude à sua
dimensão social ou puderem par-
tilhar emoções, afetos, vitórias e
infelicidades.
Diretor-geral do Património Cultural inaugurou nova loja e portaria
Alterado circuito de visita
do Mosteiro com nova portaria
Sara Vieira
A nova receção do Mosteiro de
Alcobaça foi instalada na antiga
portaria do monumento, na ala
norte, e a loja passa a funcionar
na Sala das Conclusões, onde ter-
mina o novo circuito de visitas.
As inaugurações foram feitas na
passada segunda-feira, pelo dire-
tor-geral do Património Cultural,
Bernardo Alabaça, no âmbito das
comemorações do Dia Interna-
cional dos Monumentos e Sítios..
A alteração do circuito vai “fa-
vorecer as condições de conser-
vação e de segurança” e até de
“usufruto cultural do monumen-
to, bem como do uso cultural da
sua igreja”, disponibilizando ao
público áreas até agora inacessí-
veis, como lembrou a diretora do
CDS-PP candidata
António José
Vieira à Câmara
de Alcobaça
António José Vieira é o candidato
escolhido pelo CDS-PP para con-
quistar a Câmara de Alcobaça.
A escolha do professor, já rati-
ficada pelos respetivos órgãos do
partido, é justificada pela “opor-
Mosteiro, aludindo ao piso térreo
da Ala Norte, incluindo os Claus-
tros da Portaria (ou de Afonso
VI) e da Hospedaria (também de-
signado por Claustro da Prisão).
A antiga portaria foi converti-
da na nova portaria do Mosteiro,
que serve agora de receção e de
bilheteira aos visitantes, que fun-
cionavam na igreja. Foram ainda
criadas salas intermédias para
fornecimento de audio-guias e
instaladas duas máquinas de
bilhetes eletrónicos. O acesso
exterior à portaria também foi
melhorado, através de um tapete
de aço-corten na escadaria, cujo
estado “não permitia condições
de acessibilidade em segurança”,
conforme alertou o arquiteto Ân-
gelo Silveira.
“O novo percurso expositivo
tunidade a novos intervenientes
políticos, como a personalidades
empenhadas na vida económico-
-social do concelho, agregadoras
e de reconhecido mérito”. Pre-
tende-se, com esta candidatura,
foi pensado numa época pré-co-
vid mas ajusta-se perfeitamente
às necessidades da pandemia”,
destacou o diretor-geral do Patri-
mónio Cultural, Bernardo Alaba-
ça, salientando ainda a “perma-
nente colaboração” da autarquia.
Para o presidente de Câmara,
o novo circuito de visitação vai
criar uma “nova dinâmica ao mo-
numento”, que “está a ficar limpo
como nunca o vimos”, referin-
do-se às obras de “Conservação
e Restauro da Fachada Oeste e
Norte Rebocada”, que deverão
estar concluídas em julho.
As duas intervenções, incluí-
das no Plano Diretor do Mosteiro,
resultam de um investimento de
cerca de 1 milhão de euros, finan-
ciado pelo FEDER, no âmbito do
Programa CENTRO 2020.
“contribuir ativamente para a
urgente e imprescindível eleva-
ção da ética na política local”,
sublinha a Comissão Política
Concelhia, em comunicado.
O professor na Escola Secun-
dária D. Inês de Castro, em Al-
cobaça, foi candidato à Junta de
Aljubarrota pelo CDS-PP em 2017.
Nas últimas autárquicas, o
CDS-PP, que recandidatou Car-
los Bonifácio, conquistou 15,25%
do eleitorado, com 4.145 votos,
menos 504 do que em 2013, man-
tendo o vereador no executivo.

16 Região de Leiria — 22 abril, 2021

 Região // Aqui perto

Batalha

PSD propõe um novo

presidente para a
Assembleia Municipal
Alfredo Monteiro de Matos, em-
presário e deputado municipal,
será o candidato à presidência da
Assembleia Municipal da Batalha
pelo PSD. O anúncio foi feito no
início da semana pela estrutura
local do partido que, para além
da candidatura do empresário
de 64 anos, natural da Batalha, Alfredo Monteiro Matos
anunciou ainda que Nuno Au-
gusto Almeida, 44 anos, enge- bleia Municipal, na sequência da
nheiro civil de São Mamede, será vitória nas autárquicas de 2017. A
candidato a integrar o executivo, candidatura de Alfredo Monteiro
revelando mesmo quais os pelou- de Matos nas próximas eleições
ros que lhe serão entregues, em autárquicas, afasta a possibilida-
caso de eleição. Foi apresentado de de reeleição no cargo do atual Batalha No mês em que cumpre o 43º aniversário, festejado de forma
como “futuro candidato a verea- presidente da Assembleia Muni-
dor para as áreas do urbanismo cipal da Batalha, Júlio Órfão. Ao Visto simbólica no último domingo, dia 18, a corporação de bombeiros do
e licenciamentos”, refere comuni- autarca e ex-diretor do Mosteiro concelho retomou a formação em socorrismo iniciada o ano passado
cado da concelhia do PSD. Recor- da Batalha fica reservado o papel e que a pandemia interrompeu. O desconfinamento permitiu o regres-
de-se que os social-democratas de “mandatário das listas candi-
lideram o executivo e a Assem- datas do PSD”, revela o partido. so de um curso que mobiliza uma dezena de formandos. Foto: BVB

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22 abril, 2021 — Região de Leiria 17

Região // Aqui perto
Porto de Mós
Troço terá mais do que uma estrada? Esta é uma das questões para as quais se procura resposta
Obras em estrada romana
podem decifrar-lhe os segredos
Carlos S. Almeida
Terá perto de dois mil anos de
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3260-407 Figueiró dos Vinhos
18 Região de Leiria — 22 abril, 2021
moderna esconde segredos que e agora regressaram os trabalhos
as obras em curso podem ajudar de conservação e restauro. Foi
a desvendar. também há cerca de duas déca-
Há cerca de duas décadas de- das que numa operação de abate
correu uma intervenção de ma- de eucaliptos terão circulado má-
nutenção do troço de via romana quinas naquela zona da estra-
Edifício Histórico
318.450 €
Edifício histórico, ex-libris desta vila constituindo
um património edificado de grande valor
arquitetónico e cultural, antiga fábrica
de Lanifícios, situada numa localização
estratégica, no coração de Figueiró dos Vinhos.
da romana, danificando-a. “Foi
crime, porque este é património
protegido, mas infelizmente não
foi possível identificar o respon-
sável”, lamenta Jorge Figueiredo,
arqueólogo do município local e
que dia 15, conduziu uma vista
ao local, no âmbito das comemo-
rações do Dia Internacional dos
Monumentos e Sítios. Em articu-
lação com a Direção Geral de Cul-
tura, a Câmara local promove o
restauro da via, intervenção que
custa cerca de 35 mil euros aos
cofres da autarquia e que se pre-
vê concluída no início do verão,
aponta Jorge Vala, presidente.
Embora sem escavação ar-
queológica, a intervenção é uti-
lizada como oportunidade para
tentar esclarecer algumas lacu-
nas que persistem. Pretende-se
perceber, “para além do proces-
so construtivo, se existe uma ou
mais do que uma estrada, porque
pode haver um nível de circula-
ção mais antigo”, explica João
Perpétuo, arqueólogo que acom-
panha a intervenção.
O restauro da via que com vá-
rias ramificações ligava a vila
romana de Collipo ao vale do Tejo
e o alto e médio Tejo, recorre a
“pedras reutilizadas, utilizando
técnicas para diferenciar a zona
intervencionada da zona origi-
nal”, aponta o técnico envolvido
no restauro, Diogo Gaspar.
Antigo candidato
do CDS escolhe
o Chega para
disputar a Câmara
O cantor lírico António Alves,
de 61 anos, é o cabeça de lista
do Chega à Câmara de Porto de
Mós nas eleições autárquicas,
na qualidade de independen-
te, com o objetivo de tornar o
concelho “mais atrativo”. “Que-
ria que Porto de Mós fosse um
concelho mais atrativo em que
apostássemos, profundamente,
no talento das peças. Sinto que há
muitas pessoas com talento, nas
artes, na ciência, na gestão, que
se perdem”, afirmou António Al-
ves, formado em Psicologia, área
em que nos últimos 20 anos tem
sido formador. Candidato pelo
CDS-PP há oito anos, no final da
última semana António Alves foi
revelado como como a opção do
partido de André Ventura para
disputar a presidência da Câmara
de Porto de Mós.
Ourém
Há Festa
do livro online
A edição da Festa do Livro arran-
ca esta quinta-feira, 22 de Abril e
decorre até dia 26, no Facebook
do Município de Ourém. Há mo-
mentos dedicados à poesia com
os ourienses Luísa Paisana, Só-
nia Chainho e Carlos André. Ma-
rine Antunes apresenta o seu
novo livro e há , também, horas
do conto e formações.
Campo de ténis em
Fátima avança
Foi assinado o auto de consigna-
ção para a construção do campo
de ténis em Fátima, a 16 de Abril.
A proposta foi uma das vencedo-
ras do Orçamento Participativo de
2019. Trata-se de um investimen-
to de 50 mil euros, a ser instalado
num espaço público inutilizado
que “dotará a cidade de Fátima de
uma oferta que não possui”, adian-
ta o Município de Ourém.
CHEGA
apresenta Élio Paulo
Élio Paulo é o candidato do
CHEGA à Câmara Municipal de
Ourém. O comercial na área do
turismo e residente em Fátima,
de 45 anos, assume-se como “o
candidato da mudança, uma al-
ternativa sólida e honesta, que
pretende pautar a sua actuação
pela proximidade às reais neces-
sidades da população”.
680 noites
já reservadas
Já foram efectuadas 680 reser-
vas no programa 10001 noites,
promovido pelo Município de
Ourém, para apoiar a hotela-
ria e restauração. O presidente
da Câmara diz-se satisfeito pelo
“número significativo alcança-
do” em 20 dias da iniciativa que
oferece uma segunda noite grá-
tis, num hotel em Fátima, aos
turistas.

Terço é inclusivo, amigo
do ambiente e made in Fátima
Francisco Pereira. O nome é de
pastorinho, as mãos são de arte-
são. É o único homem, num gru-
po de senhoras, que de dedica a
enfiar conta após conta num fio
de algodão, com as quais ganha
forma o terço da Jornada Mundial
da Juventude (JMJ) 2023. Made in
Fátima, a produção é artesanal, o
material é reciclado e ambiental-
mente sustentável. É produzido
pela FARUP, de Fátima, empresa
de cinco famílias, dedicada há cin-
co décadas ao fabrico e comércio
de artigos religiosos.
Por estes dias, a azáfama é a de
produzir os três terços, diferentes.
Duas versões são em madeira,
uma trabalhada e outra mais sim-
ples, e outra usa o plástico reci-
clado como matéria-prima, com
as contas em vermelho, amarelo
e verde, as cores da bandeira por-
tuguesa. Cada terço utiliza o equi-
valente a 35 tampas de garrafa de
água. O material granulado é de
uma empresa de Leiria, a mão de
obra artesanal é de Fátima e ar-
redores. Os terços são embalados
em caixa de cartão reciclado, com
sistema de leitura para deficientes
visuais, inclui um pequeno livro
com a meditação dos Mistérios
do Rosário.
Cada exemplar é numerado e
tem selo da Imprensa Nacional
Casa da Moeda. A edição é limi-
tada a 15 mil exemplares, mas, o
interesse suscitado tem sido ele-
vado. Os pedidos são inúmeros,
alguns “já duplicam os pedidos”,
afirma Alexandre Ferreira, da FA-
RUP. O terço pode ser encomenda-
do junto dos Comités Diocesanos
da JMJ, na página online da Jor-
nada ou, futuramente, em lojas.
“Estimamos que até final do mês
de Maio a cobertura nacional
esteja assegurada”, revela Jor-
ge Almeida, do Gabinete de Co-
municação da JMJ Lisboa 2023,
responsável pela área da marca
e merchandising, que coordenou
a criação do terço.
Sustentabilidade
“Eu aprendi isto com a minha
mãe”, conta Francisco Pereira,
também sócio da FARUP, sem
nunca tirar os olhos do trabalho.
Dez minutos depois está concluí-
do mais um terço. 50 anos depois
de ter deixado de fazer este tra-
balho foi ao baú das memórias
e “consegui recordar os passos
todos que este processo tem e
depois transmiti-lhes”, às senho-
ras que trabalham lado a lado
na produção dos terços. Um dos
segredos são as “mãos”, isto é, a
experiência. O outro, as “7 volti-
nhas”, que o fio de algodão leva,
antes da conta do Pai Nosso.
Francisco Pereira sente o or-
gulho de “colaborar num projecto
que é mundial. E que nos dá esse
gosto de ver objectos produzidos
Região // Aqui perto
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por nós nas mãos de jovens, prin-
cipalmente”.
Para a produção do terço
em plástico “tivemos de produ-
zir molde novo, de acordo com
orientações dadas pelo autor”,
esclarece Alexandre Ferreira. O
que implicou a “compra de uma
máquina de multi perfuração e a
formação de mais funcionários”,
num investimento de “milhares
de euros”, acrescenta Alexandre
Ferreira. Da máquina saem 240
terços de plástico por hora. O cor-
te que Lúcia (também nome de
pastorinha) Pereira faz é cirúr-
gico. Cabe-lhe separar as peças
vindas da máquina. O desperdí-
cio, se houver, volta ao circuito,
para criar um terço.
Em todo o processo produtivo
“esteve presente a preocupação
de mitigar os aspetos que con-
tribuem para a pegada ecológica
nomeadamente na escolha dos
materiais e das técnicas usadas
no fabrico e montagem dos ter-
ços”, explica o autor, Jorge Al-
meida.
Além do terço “estão em de-
senvolvimento declinações dos
modelos agora apresentados”,
nomeadamente dezenas, mas
também colares com a cruz JMJ
e terços que são usados como pul-
seiras. “O foco que se mantém é
que as peças criadas sejam dis-
tintivas e respeitem os princípios
JMJ”, realça o artista.
22 abril, 2021 — Região de Leiria 19
Região // Aqui perto
Figueiró dos Vinhos
Unidade fechou portas definitivamente em 1972
Histórica fábrica
de lanifícios à venda
por 318 mil euros
O edifício que albergava uma das
mais conhecidas fábricas de la-
nifícios de Figueiró dos Vinhos
foi posto à venda por 318,5 mil
euros. Encerrado desde a década
de 1970, o imóvel de paredes de
pedra, dois pisos e sótão que está
instalado à beira da rua Teófilo
Braga encontra-se devoluto.
Fonte da agência que está a
vender a propriedade que inclui
também um terreno de 14 mil
metros quadrados, a Diva Imo-
biliária, refere que o anúncio
foi publicado no final de mês de
Março, mas não revelou o atual
proprietário.
Carlos Medeiros, que em 2017
publicou o livro “A importância
das fábricas de lanifícios no de-
senvolvimento socioecónomico
do concelho de Figueiró dos
Vinhos”, explica que a unidade
industrial que está instalada à
entrada da vila foi inaugurada
em 1902, então dotada de teares
modernos, produzindo xailes de
lã e de seda. Tinha como dono
Miguel Carvalho Rosinha, casado
com Júlia Rosinha, a filha de Ma-
ria do Carmo, uma mulher que
impulsionou a indústria da lã em
Figueiró dos Vinhos. “Na altura,
a fábrica era uma das melhores
do país”, menciona.
Após a morte do proprietário,
já nos anos 1940, a fábrica mudou
de mãos várias vezes, até que foi
adquirida pela Tecidos Barreiros
20 Região de Leiria — 22 abril, 2021
Lda já na década de 1950. A firma
continuou a funcionar mais duas
décadas, até que encerrou defini-
tivamente, em 1972.
Ao REGIÃO DE LEIRIA, fonte
da autarquia referiu que, apesar
da antiguidade, o imóvel não tem
qualquer classificação patrimo-
nial.
A indústria dos lanifícios che-
gou a dar gás a cerca de 50 fábri-
cas em Figueiró dos Vinhos, nota
Carlos Medeiros. “Hoje já não há
nada, desaparece tudo comple-
tamente”, acrescenta, embora
ressalve que ainda restam alguns
armazéns. Este desaparecimento
teve claro impacto no tecido so-
cioeconómico do concelho.
A população do município che-
gou a ultrapassar os 12 mil, entre
as décadas de 1940 e 1950, muito
por conta da pujança do sector.
“Houve esta transformação dos
agricultores, que passaram a ser
tecelões, o que modificou total-
mente a vida das pessoas. Havia
milhares de empregados e algu-
mas das fábricas chegaram a ter
mais de 80 trabalhadores”, refere
o autor do livro. “Até gente da Co-
vilhã – tecelões mais avançados
- para aqui vinha”, refere Carlos
Medeiros. E prossegue: “quando
[a indústria] desapareceu, teve
as suas consequências”. Hoje, o
município de Figueiró dos Vi-
nhos tem pouco mais de 6 mil
habitantes. CS
Nazaré
Ascensor pintado de azul
para dar visibilidade a
maus-tratos na infância
O ascensor da Nazaré está,
desde a passada quinta-feira, ilu-
minado de azul com o objetivo de
sensibilizar a comunidade para
a prevenção dos maus-tratos na
infância.
A Campanha do Laço Azul,
promovida pela Comissão Na-
cional de Promoção dos Direitos
e Proteção de Crianças e Jovens,
inclui diversas iniciativas realiza-
das durante o mês de abril, entre
as quais o desafio aos municí-
pios para iluminarem um edifício
público e darem visibilidade a
um problema que atinge muitas
crianças.
Na Nazaré, a Comissão de Pro-
teção de Crianças e Jovens suge-
riu à Câmara a iluminação do
ascensor e a proposta foi aceite,
informa a autarquia em nota de
Pombal
Câmara apoia 197
empresas na recuperação
da pandemia
A dotação orçamental inicial do
fundo Pombal Apoia estava fixa-
da em 300 mil euros, mas podia
atingir 500 mil, o que acabou por
acontecer. No âmbito do progra-
ma extraordinário lançado pela
Câmara Municipal de Pombal
para ajudar o tecido económico
a recuperar do impacto da pan-
demia, a autarquia vai apoiar 197
agentes económicos. Os resulta-
dos foram conhecidos na passada
sexta-feira, sendo que a soma dos
apoios atingiu 498,3 mil euros,
informou a CMP em comunicado
enviado às redações.
O programa Pombal Apoia
previa a atribuição de uma verba
até 4,4 mil euros, um montante
não reembolsável, a empresas do
município que tenham registado
em 2020 uma quebra de faturação
igual ou superior a 25%, quando
imprensa. Adianta ainda que a
Comissão de Proteção de Crian-
ças e Jovens da Nazaré (CPCJ) se
encontra a projetar a construção
de um laço azul gigante no areal
para o próximo dia 30 de abril.
O laço está a ser construído
com tecidos entregues pelas
crianças dos jardins-de-infância
e escolas do concelho.
“Temos esperança que as ati-
vidades propostas sensibilizem
a comunidade para estas rea-
lidades, mas que também nos
engrandeça enquanto comuni-
dade que se une e mobiliza na
defesa do interesse comum e na
defesa das nossas crianças, para
quem idealizamos o melhor dos
futuros”, refere a presidente da
CPCJ da Nazaré, Filomena Faria,
citada na nota de imprensa.
comparado com o ano anterior.
À autarquia chegaram 274
pedidos de apoio, o que significa
que ficaram de fora 77 empresas.
No universo das que foram apoia-
das, estão envolvidos 525 traba-
lhadores. “Os pedidos de apoio
correspondem a várias ativida-
des económicas, com destaque
para os sectores de cafés e res-
taurantes, comércio a retalho de
vestuário, salões de cabeleireiro,
institutos de beleza e transporte
ocasional de passageiros em veí-
culos ligeiros”, refere a câmara.
“O Fundo é uma iniciativa en-
quadrada nas medidas extraordi-
nárias de apoio à economia das
micro empresas e empresários
em nome individual que tenham
a sua sede ou domicílio fiscal no
concelho de Pombal”, acrescenta
a autarquia.
Incêndio causa
danos a fábrica
de painéis de
fibra de madeira
Um incêndio de grandes dimen-
sões deflagrou, no passado dia 14,
na fábrica Valbopan, de painéis
de fibras de madeira, em Famali-
cão, no concelho da Nazaré.
O alerta foi dado pelas 20:30
horas e a ocorrência mobilizou
“cerca de 54 operacionais”, apoia-
dos por “19 viaturas”, não haven-
do a registar “quaisquer vítimas”,
informou o CDOS. O incêndio foi
considerado “em resolução desde
as 21:43 horas” e causou “apenas
danos materiais”, acrescentou a
mesma fonte.
No local estiveram efetivos
dos Bombeitos Voluntários da
Nazaré, Caldas da Rainha , S.
Martinho, Alcobaça. Óbidos ,
Benedita e Juncal.
Em 2019, já tinha deflagrado
um incêndio no mesmo espaço.
5,8 Milhões
para obras
de saneamento
Estão a decorrer quatro emprei-
tadas de alargamento da rede de
saneamento em Pombal, num
custo de 5,8 milhões de euros. A
Câmara Municipal de Pombal teve
que celebrar um empréstimo para
levar a cabo os trabalhos, refere
uma nota da autarquia.
As obras mais recentes arran-
caram no início do mês, em Casal
da Rola, com um custo de 845,67
mil euros, e nos lugares de Ilha
de Cima, Moitas Brancas, Ilha
de Baixo, Rosados e Silvas, num
montante de 773,96 mil euros.
Em fevereiro, por 2,14 milhões de
euros, tiveram início as obras em
Assanha da Paz, no mesmo mês
em que começaram os trabalhos
nos lugares da Foz, Vale das Moi-
tas, Carriços, Bonitos e São João
da Ribeira, com um custo de 2,05
milhões de euros.
Olhar para quem olha
Apoio domiciliário
Mais do que a entrega
da refeição, a missão
da companhia
Solidão A palavra-chave da pandemia no que aos ido-
sos diz respeito é solidão. Ao lado da tristeza, estes são
os sentimentos mais observados pelas colaboradoras
do Centro Paroquial Social de Regueira de Pontes
Joana Magalhães
Questionadas sobre as dificulda-
des impostas pela pandemia, He-
lena Duarte e Maria Piedade res-
pondem de forma uníssona: um
profundo suspiro. As funcionárias
aguardam a chegada dos almoços
para iniciar o roteiro do Serviço
de Apoio Domiciliário (SAD), do
Centro Social Paroquial de Re-
gueira de Pontes (CSPRP), quando
conversam com o REGIÃO DE
LEIRIA.
Logo recordam a solidão e a
tristeza que os idosos dizem sen-
tir. “Muitas vezes, somos a única
companhia que eles têm durante
o dia”, explica Maria Piedade, que
trabalho no CSPRP desde 2010. A
maioria dos utentes é viúvo, vive
sozinho, e a pandemia afastou
a presença dos familiares e os
convívios rotineiros. Por isso, a
vontade de estender aquela com-
panhia diária é constante, algo
que preenche o coração de Hele-
na Duarte: “é muito gratificante
trabalhar em prol dos outros, é
algo que nos satisfaz e preenche”,
explica a colaboradora, que está
no CSPRP desde 2006.
E se por ali, na sala de pessoal,
o ambiente ainda é tranquilo, pe-
las 11h30 a cozinha já tem o tra-
balho bem adiantado. Dispostos
sobre a mesa, com o nome de cada
utente, os cestos vão recebendo a
“marmita” do dia. A líder da cozi-
nha, Susana Silva, e a responsável
do SAD, Sónia Jacinto, vão trocan-
do impressões entre si sobre as
preferências dos idosos, para que
nada falhe. Gostam de legumes?
E de batata? E a fruta, pode ser
entregue inteira? E vão alinhando
tudo recorrendo às cábulas men-
tais, já que não as havia visíveis.
Perto das 12 horas, o primei-
ro “carrinho” de refeições segue
para os carros. A dona São, o se-
nhor Ricardo, o senhor José e os
restantes utentes cujos nomes se
leem nos cestos já têm o seu almo-
ço a caminho.
Aqui percebemos que no
fim da vida, também se
vive com qualidade de
vida. Que os nossos uten-
tes de todas as respostas
sociais são tratados com
o carinho e respeito que
merecem”
Sofia Pereira
diretora técnica do Centro Social
Paroquial de Regueira de Pontes
Reabilitação física também
vai ao domicílio
Nem só da entrega de refeições
e de algum convívio se faz o SAD
da instituição de Regueira de Pon-
tes, no concelho de Leiria.
O encerramento do centro de
dia devido à pandemia levou a que
alguns dos utentes desta resposta
social passassem a integrar a Es-
trutura Residencial para Idosos
(ERPI). Os que começaram a ter
apoio domiciliário também não
ficaram sem atividades e o CSPRP
leva práticas de reabilitação física
às suas casas uma vez de 15 em
15 dias, no mínimo. Regularmen-
te, os utentes recebem ainda a
visita de uma técnica que desen-
volve exercícios de estimulação
cognitiva. O objetivo desta ação
é também combater algumas das
consequências da pandemia: “no-
tamos um declínio em termos de
capacidades físicas e cognitivas
e também solidão”, conta Sónia
Jacinto.
A responsável do SAD confes-
sa que rejeitar o instinto de um
beijo ou abraço à chegada a casa
dos idosos é tarefa difícil, mais
do que vestir todo o equipamen-
to de proteção individual agora
obrigatório.
Além do SAD, ERPI e centro de
dia, o Centro Social Paroquial de
Regueira de Pontes tem serviço
de creche, Atividades de Tempos
Livres (ATL) para crianças e en-
trega de refeições escolares.
Na gestão de todas estas va-
lências está Sofia Pereira, direto-
ra técnica do CSPRP desde 2019,
cargo que assumiu com “entrega
e dedicação completa”. Espelho
disso são as inúmeras parcerias
e projetos estabelecidos que não
conseguiríamos expor nesta pági-
na de jornal. Desde parcerias com
o Centro de Emprego e Formação,
ao município de Leiria, passando
pelo Politécnico de Leiria, há lu-
01 A s responsáveis do serviço
de apoio domiciliário e
da cozinha preparam as
refeições para entregar aos
idosos
02 Helena Duarte, Teresa e
Maria Piedade estão prestes
a “carregar” os carros com as
“marmitas” que entregarão
nas visitas aos utentes
gar para todo o tipo de formação
e atividades na instituição, desde
a infância à terceira idade. “A en-
trega a este desafio é uma coisa
inexplicável, por mais palavras
que adjetivem são sempre insufi-
cientes”, sublinha.
Sofia Pereira destaca o traba-
lho personalizado que é feito com
cada utente, do mais novo ao mais
velho. “O nosso objetivo é servir
o utente e contribuir para uma
melhoria da qualidade de vida”,
conclui.
joana.i.magalhaes
@regiaodeleiria.pt
22 abril, 2021 — Região de Leiria
01
02
BI da instituição
Fundação
O Centro Social Paroquial
de Regueira de Pontes é
uma instituição particular
de solidariedade social e foi
fundado a 16 junho de 1969.
Localização
Freguesia de Regueira de
Pontes, concelho de Leiria
Serviços
Serviço de apoio domiciliário
(SAD), Estrutura Residencial
para Idosos (ERPI), Centro
de Dia, entrega de refeições a
escolas, creche e Atividades
de Tempos Livres (ATL) para
crianças.
Nº de utentes
A instituição acolhe 27
utentes em SAD, 60 em ERPI, 13
crianças em creche e 13 em ATL.
Diariamente são confecionadas
80 refeições escolares. O utente
mais novo tem 6 meses e a mais
velha 97 anos.
21
Desporto
GD Ilha realizou os testes a todos os jogadores do clube, incluindo os seniores, treinadores e dirigentes, garantindo condições de segurança na retoma Foto: GDI
Retoma chega
dúvidas e alguns também preo-
cupados, o que é natural”, expli-
ca Manuel Nunes, presidente da
com testes,
Associação de Futebol de Leiria.
Com a época a entrar na eta-
pa final, a AFLeiria avança com
a possibilidade de realização de
treinos e jogos
encontros ou torneios de pequena
dimensão, a partir de 15 de maio,
com grupos onde a proximidade
em busca
concelhia seja uma prioridade.
Já os seniores masculinos nas
provas distritais voltam a jogar a
partir de 30 de abril.
de ritmo
Vontade de regressar
O pontapé de saída no Grupo
Desportivo da Ilha aconteceu no
passado fim de semana, com a
realização de testes a todos os
atletas, inclusive seniores, trei-
nadores e dirigentes. “Deu tudo
negativo”, diz, orgulhoso, Mauro
Rosa Barreto, treinador da equipa
Desconfinamento Futebol, futsal, andebol, basquete- senior feminina, que joga da III
divisão nacional. O clube avan-
bol, futebol de praia, voleibol e hóquei em patins são al- çou com os testes à Covid-19 a
gumas das modalidades que podem voltar aos treinos. expensas próprias mas “confiante
que só cumprindo as regras de
Antes há testes para fazer e muita vontade de jogar segurança” será possível voltar a
ver a bola rolar.
Com (apenas) dois jogos por
Marina Guerra atletas na região. disputar esta temporada, as se-
Quase como uma pré-época, niores do GD Ilha procuram um
Os risos voltaram aos campos. o reencontro foi feito com testes, lugar na fase de apuramento de
As indicações técnicas também. não os médicos, mas à Covid-19. campeão, “tarefa difícil” e que
Os apitos soaram e sentiu-se o Esta é a exigência da norma da precisa de “muitos resultados fa-
bater das bolas. As respirações Direção-Geral de Saúde e do Go- voráveis”, ao mesmo tempo que
ofegantes quebravam a tranqui- verno para que a atividade des- preparam os próximos meses.
lidade dos campos. Esta semana, portiva nos escalões de formação Equacionam jogos particulares,
os recintos desportivos ganharam arranque. Muitos clubes realiza- possíveis torneios ou outras com-
(uma nova) vida. ram os testes no fim de semana petições. “As jogadoras querem é
O regresso aos treinos nas ou na segunda-feira. Conhecidos jogar porque estão fartas de estar
modalidades de médio risco, na os resultados, é tempo de jogar. paradas. Vamos ter que arranjar
sequência da segunda fase do pla- “Os clubes estão a reorganizar- soluções, sem muita carga físi-
no de desconfinamento, mobiliza- -se e retomar. Alguns estão entu- ca, para desanuviar a cabeça e
ram nos últimos dias milhares de siasmados, outros com muitas motivar o plantel”, salienta o téc-
22 Região de Leiria — 22 abril, 2021
nico, que está a fazer planos de
treino com contacto, depois de
três meses em zoom ou exercícios
individuais.
O cenário é semelhante no
andebol. No caso da Juve Lis, os
primeiros 100 testes aconteceram
na segunda-feira. Tudo negativo.
Joaquim Santos, presidente da di-
reção, afirma que se sente “muita
vontade em regressar”.
O clube manteve nos últimos
meses atividade com a equipa sé-
nior feminina, na I divisão nacio-
nal, e com um controlo apertado
antes dos jogos. Agora é a vez dos
bambis até aos seniores mas-
culinos. “Iremos começar com
treinos, conforme está previsto
no nosso planeamento, e fazer
treinos com o intuito de ter com-
petição”, explica.
O dirigente sabe que há um
grande trabalho pela frente, quer
físico, quer psicológico, até porque
“há quem se tenha afastado, com
receios nascidos na pandemia, e
é preciso recuperar os atletas”.
“Além disso a competição tam-
bém ajuda a manter vivo o espíri-
to desportivo e queremos voltar
Em Leiria, autarquia
distribuiu, na terça-feira,
mais de 3.200 dos 10
mil testes previstos para
os clubes. Também os
municípios da Batalha,
Porto de Mós e Óbidos
entregaram testes às
coletividades
a ter uma certa normalidade”,
refere, assumindo que o pavilhão
da Juve está “desconfortável e
nostálgico” sem atletas.
Há hóquei na Marinha
Na Marinha Grande, o cenário
que os clubes vivem por estes dias
é exatamente igual ao das últimas
semanas. Tudo porque duas ava-
liações sucessivas em situação
de risco travaram o avançar no
plano de desconfinamento no con-
celho. As modalidades de médio
risco continuam paradas e só as
equipas a participar nas provas de
I divisão nacional ou no Campeo-
nato de Portugal, como é o caso
do Atlético Marinhense, podem
treinar e jogar.
Com a subida à I divisão como
principal objetivo da tempora-
da, o Sp. Marinhense receou ver
essa ambição mais longe, já que
o “bloqueio” do desconfinamento
impossibilita a prática de hóquei
em patins. No entanto, na terça-
-feira, chegou a boa nova.
A equipa, líder da II divisão
norte, foi autorizada, pela dele-
gada de saúde, a treinar e jogar
no pavilhão da Embra. Os testes
aos atletas já foram realizados e
os patins rolam.
Com nove jornadas disputadas
em 24, o campeonato apenas é ho-
mologado, segundo os regulamen-
tos, se cumpridas 20 jornadas.
“Vamos jogar até nos deixarem.
Queremos é jogar, cumprindo
todas as regras de segurança,
normas e exigências da DGS. co-
meçam os jogos. Qualquer coisa
é melhor do que estar parado”,
realça Miguel Rodrigues, vice-
-presidente do Sp. Marinhense.
marina.guerra@regiaodeleiria.pt

Caldense Afonso Reis
conquista Taça
da Federação
Formado no Sp. Caldas, o ex-joga-
dor do Sporting, Afonso Reis, de
21 anos, que esta época se trans-
feriu para o Esmoriz, celebrou a
conquista da Taça Federação Por-
tuguesa de Voleibol (2ª fase do
Nacional da I Divisão), no domin-
go, ao vencer, por 3-2 (22-25, 25-23,
18-25, 25-20 e 29-27), o Sporting, no
terceiro e último jogo do play-off.
Magalhães Pessoa
entrega terceira
Taça da época
Duas Taças da Liga, em mascu-
linos e femininos, e agora a Taça
Revelação. Leiria está na rota das
finais das provas nacionais de fu-
tebol e prepara-se para receber
mais uma competição. A 11 de
maio, o Estádio Dr. Magalhães
Pessoa recebe o jogo decisivo da
Taça Revelação (sub23).
Quatro equipas estão na cor-
rida pelo troféu, com as meias-fi-
nais, a dois jogos, a serem realiza-
das entre 27 de abril e 5 de maio:
Sp. Braga - Benfica e FC Famali-
cão - Estoril.
O presidente da AF Leiria, Ma-
nuel Nunes, aplaude a aposta da
Federação na descentralização de
uma prova “que pretende ser uma
referência no desenvolvimento do
jogador português”, mas também
do treinador e dos árbitros.
Junho é mês
de grandes
competições de
futebol de praia
Dentro de dois meses, o Estádio
do Viveiro, na Nazaré, recebe as
primeiras competições interna-
cionais da época de futebol de
praia em Portugal. De 16 a 20 de
junho, a seleção nacional disputa
a Divisão A da Liga Europeia, em
masculinos. Ao mesmo tempo,
decorre a prova feminina.
Como vem sendo hábito, nos
últimos anos, o areal nazareno
concentra as principais provas
da modalidade, com a seleção na-
cional a encontrar ali um porto
seguro para as suas conquistas.
Quanto às provas internacio-
nais de clubes, a Euro Winners
Cup masculina e feminina terá
lugar na Nazaré, pelo quinto ano
consecutivo, entre 12 e 18 de julho.
Também as provas regionais e o
campeonato nacional têm passa-
gem confirmada pela Nazaré.
João Grosso termina
fase regular com
pontaria afinada
Concretizou três dos qua-
tro lançamentos triplos que
realizou no jogo que encer-
rou a fase regular da Liga
de basquetebol, que opôs
UD Oliveirense e Sporting.
O portomosense João Gros-
so foi o mais eficaz finaliza-
dor de triplos no encontro
(87-76). Hoje, quinta-feira, o
primeiro jogo do play off é
frente ao Benfica.
Hóquei em patins “Brutos dos queixos”
seguram manutenção no limite da época
“Um dia para a história do nosso
Hóquei Clube, um dia para con-
tar mais tarde, um dia que fica
na história do clube como um
grande feito, um dia em que se
assistiu a toda a união de uma
região para que nosso clube
permanecesse na I Divisão, à
qual pertencemos, e com muito
orgulho dizemos que somos de
Turquel - A Aldeia do Hóquei.
Para os que perguntam “Onde
fica isso?”, nós dizemos ‘Turquel
de Alcobaça, a nossa referência
como região’”.
A mensagem da direção do
HC Turquel foi divulgada após a
vitória dos “brutos dos queixos”
frente à AD Valongo (1-2), na últi-
ma jornada do campeonato.
Obrigado a ganhar para con-
seguir garantir a manutenção da
XCO Seis meses depois, David Rosa voltou a competir e regressou aos
Visto pódios na primeira prova da Taça de Portugal, em Melgaço, ficando a
16 segundos do vencedor Elite, Mário Costa. André Filipe, de Alcobaça,
foi segundo em masters 30, enquanto Fábio Luiz, do SCL Marrazes, foi
o único paraciclista em competição Foto: Ana Ramalho
Os melhores dos saltos
estagiam em Fátima
Três dias repletos de saltos. Os
principais protagonistas nacio-
nais do salto em comprimento,
triplo e salto em altura estão, de
30 de abril a 2 de maio, a estagiar
em Fátima. Os leirienses André
Pimenta e Evelise Veiga, cam-
peões em comprimento, partici-
pam na concentração com a trei-
nadora Cátia Ferreira.
Vasco Luís
O capitão Vasco Luís teve a últi-
ma palavra no balneário antes
da equipa entrar em campo e
manteve a garra que é conheci-
da aos turquelenses. Da época
fica ainda como um dos dez me-
lhores goleadores da primeira
fase, com 26 golos marcados
Ansião promove
campeonato de trail
virtual até julho
O Campeonato Municipal de Trail
de Ansião decorre este ano em
modo virtual, até 31 de julho, com
quatro provas ( Terras do Ancião,
Trilhos da Nexebra, Avelar Sunset
e Trail da Ladeia), a serem realiza-
das de forma autónoma, para des-
frutar da diversidade do concelho,
ao ritmo de cada atleta (campeo-
natomunicipaltrailansiao.com/).
equipa na I divisão nacional de
hóquei em patins, pela décima
época consecutiva, o HC Turquel
atingiu os três pontos pela mar-
gem mínima e sofreu até ao últi-
mo minuto do encontro.
Com o triunfo, o HC Turquel
chegou aos 24 pontos e ultrapas-
sou o Famalicense, que perdeu
com o HC Braga, por 3-7, soman-
do apenas 23 pontos, o que re-
legou a equipa para a II divisão
nacional.
Concluída a primeira fase do
campeonato - os oito primeiros
disputam o play off - o HC Turquel
termina a época com um goleador
no top10 e o guarda-redes Diogo
Almeida, eleito o melhor jogador
no encontro frente ao AD Valongo,
entre os melhores jogadores da
posição do campeonato.
22 abril, 2021 — Região de Leiria
Região // Desporto
Classificações
Futebol e
modalidades
Futebol
Campeonato de Portugal - Subida - série Sul
1ª Jornada (22.04.21)
Un. Torreense - União de Leiria (dia 27, 15 horas);
Vitória FC - CF Estrela
Campeonato de Portugal - acesso Liga 3
1ª Jornada (24.04.21, 15h) - série 5
Benfica CB - Oliv. Hospital; Caldas SC - GS Loures
1ª Jornada (25.04.21, 15 h) - série 6
At. Marinhense - Alverca; Un. Santarém -
Condeixa
I Liga - seniores femininos - manutenção sul
9ª jornada (penúltima jornada)
CF Benfica 0 At. Ouriense 1
GD A-dos-Francos 0 Damaiense 2
Amora FC 0 Estoril Praia 1
Líder: Amora FC, 29 pts; At. Ouriense, 2º, 20 pts;
GD A-dos-Francos, 6º, 5 pts
10ª jornada (25.04.21, última jornada)
At. Ouriense - Amora FC; Estoril Praia - GD
A-dos-Francos; Damaiense - CF Benfica
Andebol
I Divisão Nacional - seniores femininos
14ª jornada (24.04.21)
Madeira SAD - CS Madeira; MaiaStars - Benfica;
ABC Braga - Ass. Assomada; ND Santa Joana - AD
Academia; Alavarium - CA Leça; Juve Lis - Colé-
gio Gaia; SIR 1º Maio/CJB - ARC Alpendorada
Futsal
Liga - seniores masculinos
29ª jornada (penúltima jornada)
Sp. Braga 2 Burinhosa 4
AD Fundão 3 - Benfica 6; Sporting 4 - Caxinas 1;
Quinta dos Lombos 5 - Portimonense SC 2; Leões
Porto Salvo 2 - CF Os Belenenses 1; Modicus 6 -
Viseu 2001 7; Sanjoanense 3 - Candoso 10; Futsal
Azeméis 7 - Eléctrico FC 4
Líder: Sporting, 81 pts; Benfica, 2º, 79 pts; AD
Fundão, 3º, 55 pts; CCDR Burinhosa, 14º, 21 pts
30ª jornada (24.04.21, última jornada)
CF Os Belenenses - Quinta dos Lombos; Eléctrico
FC - Sporting; Portimonense SC - AD Fundão;
Benfica - Sp. Braga; CCDR Burinhosa - Modicus;
Candoso - Futsal Azeméis; Viseu 2001 - Sanjoa-
nense; Caxinas - Leões Porto Salvo
I Divisão nacional - sen. fem. - Manutenção
11ª jornada
CR Golpilheira 1 Águias Santa Marta 1
Póvoa Futsal 5 - Lusitânia Lourosa 2; UA Povoen-
se 3 - GD Chaves 3; Sporting 13 - Venda Luísa 0
Líder: Sporting, 29 pts; Águias Santa Marta, 2º, 21
pts; CR Golpilheira, 4º, 18 pts
12ª jornada (24.04.21)
GD Chaves - Póvoa Futsal; Lusitânia Lourosa -
Sporting; UA Povoense - CR Golpilheira; Venda
Luísa - Águias Santa Marta
23
Mercado

01

Grande Hotel Liz renasce com

64 quartos e nove apartamentos
Investimento O projeto do grupo Respol apresentado binete de arquitetos Saraiva + Segundo a proposta assinada tel Liz terá um “wine bar”, um
Associados, assenta em dois nú- pelo arquiteto Miguel Saraiva, espaço “lounge”, uma loja de re-
à Câmara de Leiria indica um custo estimado de 2,1 cleos: preservação na íntegra o hotel apresentará quatro pi- cordações e um restaurante, que
milhões de euros e a reabilitação da antiga fachada e da vivenda com arquitetura de sos acima da quota da soleira, “se relacionam” com um pátio
Ernesto Korrodi e demolição de desenvolvendo-se para trás em interior que ilumina a área. Há
da casa Korrodi na Avenida Dr. José Jardim um edifício a substituir por um socalcos de cinco pisos, aprovei- ainda o “back office”, duas sa-
bloco de apartamentos (Avenida tando o desnível de 20 metros las de conferências e instalações
Dr. José Jardim); constituindo a da encosta. Uma escada exterior sanitárias, além de três núcleos
Carlos Ferreira em socalcos até aos números 12 fachada de finais do século XIX no topo poente vai “agarrar” os de escadas e dois conjuntos de
a 18 da Avenida Dr. José Jardim. (Largo Alexandre Herculano) o blocos das diferentes quotas. Está elevadores. O átrio liga ao salão
O projeto de arquitetura do novo O “Pedido de licenciamento ponto de partida para o desen- prevista ainda uma cave para de chá (casa Korrodi) e à zona da
Grande Hotel Liz, que prevê 73 para obra de edificação”, consul- volvimento do edifício principal. estacionamento e outras funcio- piscina por escadas interiores em
alojamentos, tem como chaves- tado esta semana pelo REGIÃO O portal ornamentado junto à nalidades. pedra calcária.
-mestras a integração da fachada DE LEIRIA, descreve a constru- igreja também será aproveitado. Em todas as coberturas dos Os 60 quartos do núcleo cen-
original de finais do século XIX, a ção de um hotel com 73 unidades “O hotel agrega estas pré-exis- “corpos de quartos enterrados” tral do hotel estendem-se pelos
reabilitação de uma vivenda Kor- de alojamento – 61 quartos du- tências [casa Korrodi, do início haverá jardins, ficando o pata- pisos 1 ao 4, todos com espaços
rodi e a construção de uma uni- plos, três suites e nove aparta- do século XX, mas concebido “nas mar mais elevado reservado para exteriores e vista sobre o centro
dade de apartamentos turísticos. mentos turísticos, no total de 146 formas” do século XVI, e a fa- uma piscina e um solário, com da cidade e das coberturas ver-
A proposta que acaba de ser camas. O investimento estimado chada do edifício original, “uma vista sobre a cidade e o caste- des. Nos pisos 1 e 2 encontram-se
apresentada ao Município de Lei- é de 2,173 milhões de euros, de- marca da arquitetura” da urbe] lo. A edificação proposta nasce uma piscina interior, um giná-
ria pela Respol defende a cons- vendo a obra demorar dois anos e tenta resolver esta parte da ci- imediatamente atrás da fachada sio e salas de tratamento, bem
trução de um hotel de quatro após o levantamento da licença dade de excecional importância original e ficará marcada por como os respetivos espaços de
estrelas no quarteirão entre a de construção. para Leiria e para a sua comuni- uma caixa metálica no ponto apoio. No piso subterrâneo ficam
Fonte das Três Bicas e a Igreja do O conceito do novo Grande dade”, refere a memória descriti- mais alto. situadas as áreas técnicas e de
Espírito Santo, desenvolvendo-se Hotel Liz, desenhado pelo ga- va, datada de 5 de fevereiro. O átrio do novo Grande Ho- serviços, bem como o parque de

24 Região de Leiria — 22 abril, 2021


02
estacionamento, com 16 lugares.
No que respeita à casa Kor-
rodi, o requerente (Respol) pre-
tende “criar um ambiente de
excecional qualidade estética e
conforto, através do mobiliário e
da decoração”. Para o edifício, de
três pisos, estão previstos quatro
alojamentos duplos e um salão
de chá, com ligação ao jardim e
piscina exterior, com vista sobre
a cidade.
Quanto ao edifício a demolir,
será substituído por outro de três
andares, “moderno, fundamental
para a viabilização do empreen-
dimento e da operação urbanís-
tica”, segundo o promotor. Este
bloco de apartamentos turísticos
terá seis alojamentos de tipologia
T1 e três de tipologia T0.
O projeto desenvolve-se num
terreno com 2.921m2, uma área
de implantação de 1.823m2 e
uma área bruta de construção de
7.759m2. O espaço de intervenção
será sujeito a trabalhos arqueo-
lógicos e encontra-se numa zona
especial de proteção, carecendo,
por isso, de aprovação da Direção
Geral do Património Cultural.
O pedido de licenciamento
está atualmente a ser analisado
pelo Município de Leiria, que já
requereu informação adicional
ao promotor; não sendo, para já,
previsível uma data para a sua
aprovação e, consequentemente,
para o início da obra.
01 A proposta não inclui
azulejos novos
02 O projeto mantém a fachada
de finais do século XIX
03 O hotel desenvolve-se
na encosta até à Avenida
Dr. José Jardim
03
“Não está
incluída a
colocação de
azulejos novos”
O conceito assenta na “revita-
lização da imagem do antigo
Grande Hotel Liz, aumentando
a área de construção”, explicou
ao REGIÃO DE LEIRIA o arquite-
to Miguel Saraiva, responsável
pelo projeto. Na sua perspetiva,
entre as características essen-
ciais contam-se “a reabilitação
da fachada e o seu enquadrando
com o portal ornamentado da
Igreja do Espírito Santo”.
“Não está incluída no projeto a
colocação de azulejos novos,
pois não existindo originais a
recuperar não se integra no nos-
so conceito de reabilitação”, sa-
lientou.
Miguel Saraiva destaca ainda a
“grande preocupação na reabi-
litação integral da casa Korrodi
e a proposta de uma construção
nova em substituição de um edi-
fício de acompanhamento exis-
tente, sem valor arquitetónico,
que remata a empena do edifí-
cio de habitação do sr. comenda-
dor Manuel B. Costa”.
O promotor optou por “não emi-
tir qualquer parecer ou comen-
tário”.
MDS adquire
posição maioritária
na Média Mais
A MDS anunciou na semana pas-
sada a aquisição de uma partici-
pação maioritária na Média Mais,
da Marinha Grande, que gere
prémios superiores a quatro mi-
lhões de euros, “com um porte-
fólio de clientes constituído por
empresas de referência de gran-
de, média e pequena dimensão,
bem como por individuais”.
Leiria Centro
Exportador
conta com
mil inscritos
A 4ª edição do projeto Leiria
Centro Exportador, que come-
ça na terça-feira, dia 27, decor-
re em formato digital devido à
pandemia e conta pela primeira
vez com a presença de agências
financeiras de comércio exter-
no da Áustria, Chile, Croácia,
Holanda, Macedónia e Polónia.
O evento, com a duração de
quatro dias, é promovido pela
Associação de Ação para Inter-
nacionalização (AAPI) e conta
com mais de mil inscritos.
S e g u ndo o presidente d a
AAPI, Paulo Lopes, a presença
daquelas agências é uma “mais-
-valia” para o evento, uma vez
que “são as AICEP dos outros
mercados”. “São entidades go-
vernamentais que promovem
as relações internacionais e têm
toda a informação sobre o seu
mercado”, salientou.
O programa contempla cinco
conferências com transmissão
através do canal de Youtube da
AAPI e de outras plataformas
eletrónicas.
Além das conferências estão
ainda agendadas reuniões digi-
tais com câmaras de comércio
e as agências de investimento e
webinares ligados à “desmate-
rialização contabilística e digi-
talização da contabilidade”.
O evento conta ainda com
uma web -conferência sobre
“Comércio Internacional: Ex-
periências de Vida”, onde par-
ticipará o secretário de Estado
da Internacionalização, Eurico
Brilhante Dias.
“Definimos como objetivo
uma presença regular durante
o evento de entre três a 3.500
pessoas”, referiu o presidente da
assembleia geral da AAPI, Nuno
Morgado.
Segundo explicou, as pessoas
que não tiverem possibilidade
de assistir ao evento em direto
podem fazê-lo em diferido, por-
que a gravação ficará disponível.
SACEL comemora
representação da
Citroën há 60 anos
A SACEL, concessionário Citroën
exclusivo para os distritos de Lei-
ria, Santarém e alguns concelhos
na zona oeste de Lisboa celebrou
60 anos de existência no dia 15,
“sendo um dos maiores e mais
antigos representantes da marca
a nível nacional”. Apresentou um
novo logótipo e prepara ações
promocionais.
Envolvidos alunos de nove cursos do Politécnico de Leiria
Bolsas do programa
+ Indústria premeiam
28 estudantes
As Bolsas + Indústria premia-
ram este ano letivo o desempe-
nho académico de 28 estudantes
em nove cursos do Politécnico de
Leiria, numa edição em que par-
ticiparam 23 empresas da região.
A sessão de atribuição das bolsas
decorreu na sexta-feira, dia 16,
em formato online.
“Este ano foi trabalhado com
os empresários numa perspe-
tiva de estimular ainda mais a
aproximação dos estudantes às
empresas, nomeadamente esti-
mulando os períodos de imersão,
em contexto empresarial”, afir-
mou o presidente do Politécnico
de Leiria, Rui Pedrosa.
Por outro lado, “em vez das
bolsas serem atribuídas em fun-
ção da média dos melhores es-
tudantes que entram no ensino
superior, são atribuídas em fun-
ção do sucesso e do mérito dos
estudantes depois de entrarem
no ensino superior, ficando uma
parte relacionada com a concre-
tização da imersão em contexto
empresarial”, explicou.
Foram entregues 27 bolsas
de licenciatura e uma bolsa de
22 abril, 2021 — Região de Leiria
Região // Mercado
Marinha Grande
destina 375 mil euros
para apoiar empresas
A Câmara da Marinha Grande
aprovou o Fundo de Emergência
de Apoio ao Comércio e Empre-
sas, no âmbito das medidas para
minorar o impacto da pandemia
de Covid-19, com um valor de 375
mil euros. 250 mil euros são afe-
tos a microempresas, enquanto
125 mil euros destinam-se a em-
presários em nome individual.
mestrado: engenharia mecânica
(7); engenharia eletrotécnica e de
computadores (6); marketing (3);
engenharia e gestão industrial
(3); engenharia informática (3);
contabilidade e finanças (1); ges-
tão (1); engenharia civil (1); enge-
nharia alimentar (3). E foram ain-
da financiadas as remodelações
de cinco quartos nas residências
de estudantes, no âmbito do pro-
grama de “labelling”.
“As nossas indústrias estão
diariamente expostas a novos
desafios, que só com conheci-
mento e saber poderemos ultra-
passar. Os estudantes formados
no Politécnico de Leiria serão
uma mais-valia para aumentar
as nossas competências”, afirmou
o presidente da Cefamol, João
Faustino.
Já o diretor executivo da Ner-
lei, Henrique Carvalho, disse
esperar que as Bolsas + Indús-
tria “sejam um grande sucesso”,
adiantando que, “num espaço de
dois anos, era bom ter este núme-
ro multiplicado por quatro. Fica o
desafio de conseguirmos ter aqui
à volta de umas 100 bolsas”.
25
Saúde
Adesão às Programa Nacional de Vacinação 2020
vacinas do PNV
Esquema geral recomendado
ATUALIZADO - OUTUBRO 2020
NORMA 18/2020

Idade

com “valores
Vacina | Doença Nasci 2 4 6 12 18 5 10 25 45 65 10/10
mento meses meses meses meses meses anos anos anos anos anos

excelentes”
Hepatite B VHB 1 VHB 2 VHB 3

Haemophilus influenzae b Hib 1 Hib 2 Hib 3 Hib 4

no ACeS PL
Difteria, tétano, tosse convulsa DTPa 1 DTPa 2 DTPa DTPa 4 DTPa 5

Poliomielite VIP 1 VIP 2 VIP 3 VIP 4 VIP 5

Streptococcus pneumoniae Pn 1 Pn 2 Pn 3

Balanço Em 2020, foram administradas cerca de Neisseria meningitidis B MenB 1 MenB 2 MenB 3

117.500 vacinas nos cinco concelho do ACeS Pinhal Li- Neisseria meningitidis C MenC

toral. Este número inclui as primeiras vacinas contra a

Sarampo, parotidite epidémica, rubéola VASPR 1 VASPR 2

Covid-19 aos profissionais de saúde, a 30 de dezembro

Vírus Papiloma humano HPV 1,2

Tétano, difteria e tosse convulsa Tdpa - Grávidas

“Apesar da pandemia, as pessoas dias registadas na região Centro

Tétano e difteria
têm continuado a cumprir o Pro- (88,5%) e a nível nacional (81,9%). Td Td Td Td Td

grama Nacional de Vacinação Entretanto, em outubro de Fonte: Direção-Geral da Saúde

(PNV). Temos valores de cober- 2020, o PNV sofreu alterações,

tura excelentes, na generalidade
das vacinas”, destaca Ana Silva,
com a inclusão da vacina contra
a doença invasiva por Neisseria
miliar na USF de S. Martinho, em
Pombal, destacam a importância
Tome nota
coordenadora do programa no meningitidis do grupo B (vaci- da vacina HPV para os rapazes
À nascença
Agrupamento de Centros de Saú- na MenB) a todas as crianças no como medida preventiva e a sua . 1ª dose da vacina contra a hepatite B (VHB)
de do Pinhal Litoral (ACeS PL). primeiro ano de vida (três doses). mais-valia “para a redução das
Segundo reporta, a taxa de cober- Já a vacinação contra infeções consequências deste vírus, prin- Aos 2 meses
tura do PNV ultrapassa os 90% por vírus do papiloma humano cipalmente se realizada antes do . Vacina hexavalente DTPaHibVIPVHB
nos cinco concelhos do ACeS PL (vacina HPV) - incluindo os genó- início da atividade sexual”, e “da - 1ª dose contra a difteria, tétano e tosse convulsa (DTPa)
(Batalha, Leiria, Marinha Gran- tipos causadores de condilomas transmissão na comunidade”. - 1ª dose contra doença invasiva por Haemophilus influenzae tipo b (Hib)
de, Pombal e Porto de Mós). ano-genitais - passou a abranger Ainda que a eficácia da vacina - 1ª dose contra a poliomielite (VIP)
- 2ª dose da vacina contra a hepatite B (VHB)
Segundo dados do Instituto os rapazes, aos 10 anos de idade, seja mais evidente quando admi- . 1ª dose da vacina conjugada contra infeções por Streptococcus pneumoniae
Nacional de Estatística, a cober- Em dezembro, o PNV passou nistrada antes do início da vida de 13 serotipos (Pn13)
tura vacinal no ACES PL rondava, também a contemplar a vacina sexual, “qualquer pessoa não an- . 1ª dose contra Neisseria meningitidis B (MenB) para nascidos a partir de 2019
em junho de 2020, 93% para um contra o rotavírus - principal teriormente vacinada e que não
conjunto de seis vacinas – tosse causador de gastroenterites em tenha contraindicação” pode ser Aos 4 meses
convulsa, Prevenar 13, 1ª dose crianças - para grupos de risco. vacinada contra o HPV, “especial- . 2ª dose de DTPa, Hib e VIP (vacina pentavalente DTPaHibVIP)
VASPR, MenC, 2ª dose VASPR e Helena Barbosa e João Aguiar, mente se tiver idade igual ou infe- . 2ª dose de Pn13
tétano e difteria -, acima das mé- internos de Medicina Geral e Fa- rior a 26 anos”, acrescentam. MR . 2ª dose contra Neisseria meningitidis B (MenB) para nascidos a partir de 2019
Aos 6 meses
. 3ª dose de DTPa, Hib, VIP e VHB (vacina hexavalente DTPaHibVIPVHB)
Farmácias
Aos 12 meses
Leiria Fátima . 3ª dose da Pn13
Em funcionamento 24 horas 5ª 22 Santo António Estrada de Leiria, 28 911 090 343
. Vacina contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis C – MenC (dose única)
Antunes Rua Vale de Lobos, 30 - Guimarota 244 832 465 6ª 23 Beato Nuno Av. Beato Nuno, 360 Cova da Iria 249 566 119
. 1ª dose da vacina contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola (VASPR)
Higiene Rua Tenente Valadim, 29, Leiria
Outros horários
244 812 226 Sáb. 24
Dom. 25
Dos Pastorinhos Av. Beato Nuno, nº 78 Bloco C
Dos Pastorinhos / Fonseca
249 534 611
. 3ª dose contra Neisseria meningitidis B (MenB) para nascidos a partir de 2019
Avenida Rua de S. Francisco, 36, Leiria 244 802 267 2ª 26 Fátima Av. Santo Agostinho, 6 249 531 114
Aos 18 meses
Batista
Central
Lg. 5 Outubro, 33.4, Leiria
Largo de Santana, 11, Leiria
244 832 320
244 817 980
3ª 27
4ª 28
Santo António
Beato Nuno
Estrada de Leiria, 28
Av. Beato Nuno, 360 Cova da Iria
911 090 343
249 566 119
. Vacina pentavalente DTPaHibVIP
- 1º reforço de DTPa (4ª dose) e de VIP (4ª dose)
Dulce Caçador
Godinho Tomaz
Rua Agost. Oliveira Bernardes, 2, Marrazes
Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 70
244 721 222
244 832 432
5ª 29 Dos Pastorinhos Av. Beato Nuno, nº 78 Bloco C 249 534 611
- Único reforço de Hib (4ª dose)
Lis Rua Rego d’ Água, 29, Gândara dos Olivais 244 882 609
Ourém
5ª 22 Avenida Avenida D. Nuno Álvares Pereira, 255 249 542 212 Aos 5 anos
Maio LeiriaShopping 244 891 611
6ª 23 Leitão Praça Dr. Agostinho Alb. Almeida, 4 249 542 120 . 2º reforço (5ª dose) de DTPa e de VIP – vacina tetravalente DTPaVIP
Oliveira
Sanches
Avenida 22 de Maio, 14
Avenida Marquês Pombal, 420, Leiria
244 822 757
244 892 500 Sáb. 24 Verdasca Praça da República, 26 249 542 228 . 2ª dose de VASPR
Vida Rua Vale Grande, Lt 1 Lj A, Telheiro 244 827 635 Dom. 25 Verdasca Praça da República, 26 249 542 228
2ª 26 Verdasca Praça da República, 26 249 542 228 Aos 10 anos
3ª 27 Avenida Avenida D. Nuno Álvares Pereira, 255 249 542 212 . Reforço da vacina contra o tétano e difteria (Td)
4ª 28 Leitão Praça Dr. Agostinho Alb. Almeida, 4 249 542 120 . 2 doses da vacina contra infeções pelo vírus do Papiloma humano de 9
Farmácias Serviço 5ª 29 Verdasca Praça da República, 26 249 542 228 genótipos (HPV9), administrada a raparigas e rapazes nascidos a partir de 2009
(com intervalo de seis meses entre doses)
Marinha Grande Pombal
5ª 22 Moderna Avenida Victor Gallo, 19 244 502 834 5ª-Dom. 22-25 Vilhena R. do Louriçal, 1 236 212 067 Grávidas
6ª 23 Duarte Rua das Portas Verdes, 76 244 503 024 2ª-5ª 26-29 Paiva Largo do Cardal, 44 236 212 013 . Tétano, difteria e tosse convulsa (Tdpa) - Uma dose em cada gravidez,
Sáb. 24 Santa Isabel Travessa do Salgueiro 244 575 349 preferencialmente após a 1ª ecografia morfológica, idealmente entre a
Dom. 25 Guardiano Praceta Luís de Camões, 1 244 502 678 Albergaria dos Doze 20ª semana e a 32ª semana de gravidez.
2ª 26 Central Largo 5 de Outubro, 5 244 502 208 5ª-Dom. 22-25 Albergariense P. Igreja Velha 236 931 186
3ª 27 Roldão Avenida Victor Gallo, 15 244 502 641 2ª-5ª 26-29 Santa Maria Rua Nova 236 931 280 Durante toda a vida:
4ª 28 Moderna Avenida Victor Gallo, 19 244 502 834 . Reforços das vacinas contra o tétano e difteria (Td) em doses reduzidas aos 10,
5ª 29 Duarte Rua das Portas Verdes, 76 244 503 024
Batalha 25, 45, 65 anos de idade e, posteriormente, de 10 em 10 anos.
5ª-Dom. 22-25 do Mosteiro Largo Papa Paulo VI, 1 244 765 124
Nazaré 2ª-5ª 26-29 Moreira Padrão Rua N. Sra do Caminho, 26 A 244 765 449 Os adultos não vacinados contra o tétano devem iniciar esta vacina em qualquer
5ª-Sab. 22-24 Silvério Rua Adrião Batalha, 43 262 552 394 idade. As grávidas não protegidas contra o tétano devem ser vacinadas. Além de
Dom.-3ª 25-27 Ascenso Rua Sub-Vila, 48 262 551 106 Porto de Mós se protegerem, evitam o tétano nos seus filhos à nascença.
4ª-5ª 28-29 Maria Orlanda Lg. de Nossa Sra. da Nazaré 18-22 262 552 117 Lopes Avenida da Igreja 12-r/c-D 244 499 060 Fonte: DGS

26 Região de Leiria — 22 abril, 2021

 Região // Saúde

ADAV-Leiria dedica
formação gratuita
online à (in)fertilidade
Estão abertas as inscrições para
a formação “In.Fértil@Conhe-
cer_o_meu_Corpo.com” que a
Associação de Defesa e Apoio
da Vida de Leiria promove onli-
ne nos dias 14 e 28 de maio (sex-
ta-feira). “Saúde da fertilidade:
monitorização da fertilidade e
infertilidade” é o tema central da
ação que conta com participa-
ção de Vanessa Machado, enfer-
meira e Tatiana Santiago, inter-
na de Medicina Geral e Familiar.
As inscrições são gratuitas até 8
de maio. Mais informações pelo
email adav.leiria.naturalmente.
gravida@gmail.com ou telefone
965 112 219.
Saiba onde e quando
pode dar sangue nos
próximos dias na região
O posto avançado de Leiria do
Instituto Português do Sangue e
da Transplantação (IPST) volta
a abrir portas no estádio de Lei-
ria, esta sexta-feira à tarde, a par-
tir das 15 horas, para mais uma
colheita de sangue. No sábado,
o Clube Recreativo Delgadense,
no Bombarral, promove também
uma sessão, das 15 às 20 horas. Já
no domingo é a vez do Salão Paro-
quial da Caranguejeira, em Leiria,
receber os dadores de sangue, en-
tre as 9 e as 13 horas. Na terça-fei-
ra, dia 27, os dadores podem efe-
tuar a sua dádiva na antiga Ivima,
Marinha Grande, das 10h30 às 13
horas ou das 15 às 19 horas.
Uma semana
com mais saúde
e prevenção em
regiaodeleirira.pt
A pandemia voltou este ano a im-
pedir a realização da Aldeia da
Saúde. O evento que o REGIÃO
DE LEIRIA promove desde 2011
tem coincidindo com a publicação
de uma revista exclusivamente
dedicada à temática.
Ainda que sem a Aldeia da Saú-
de, a edição 2021 do Diretório da
Saúde chega esta quinta-feira às
bancas com o jornal e será acom-
panhada, no site do REGIÃO DE
LEIRIA, de diversos conteúdos
dedicados à saúde, na ótica da
prevenção e da promoção de há-
bitos de vida saudáveis.
Os leitores poderão aceder on-
line a vídeos com esclarecimen-
tos de especialistas das áreas da
oncologia, saúde oral, doenças
venosas e terapia da fala, entre
outros, bem como conselhos prá-
ticos, cuidados de prevenção e in-
formação útil em diversas áreas.
No Consultório RL, também
online, estão disponíveis entrevis-
tas a profissionais de saúde com
atividade na região de Leiria so-
bre temáticas tão diversas quanto
a conjuntivite, bexiga hiperativa,
enurese, dentição definitiva, epi-
lepsia, conjuntivite, dor ciática,
enxaqueca, incontinência uriná-
ria, próstata aumentada, hemor-
ragias nasais, infeção urinária e
ataques de pânico.
Siga-nos em www.regiaode-
leiria.pt.
Depressão, a doença do século
“A tristeza faz parte da vida. É
natural. Já a depressão, não”.
Apesar disso, segundo a Orga-
nização Mundial de Saúde, esta
tornou-se a doença mais comum
em todo o mundo e a principal
causa de incapacidade. Quanto
à sua frequência em Portugal,
as estimativas referem valores
que podem chegar aos 20%.
Mas o que distingue os dois
estados? Cláudio Laureano, di-
retor do Serviço de Psiquiatria
do Centro Hospitalar de Leiria,
explica as diferenças no episó-
dio desta semana do podcast
“Mentes Inquietas”. “O que a
difere de uma tristeza é justa-
mente seu tempo de duração e
os sintomas que acompanham
essa doença. Em muitos casos,
na depressão o início dos sinto-
mas pode ser insidioso e pas-
sar despercebido, porém com
o tempo a tendência é para que
esses sintomas se agravem e
comecem a condicionar negati-
vamente todo o nosso funciona-
mento normal”.
O médico esclarece ainda
que “a depressão constitui uma
patologia que pode passar des-
percebida, uma vez que os seus
sintomas podem ser atribuídos
a outras causas (como doenças
físicas ou stress)”. Além de apre-
sentar diversas formas, a pró-
pria pessoa, “quando ao longo
da vida sofre diversos episódios
depressivos, pode apresentar
sintomas muito díspares”.
A queixa mais prevalente é a
falta de vontade de fazer coisas
que antes davam prazer. Outras
alterações frequentes são per-
der ou ganhar peso, ter proble-
mas com sono (dorme-se pouco
ou muito), irritar-se facilmente,
estar sempre cansado sem ra-
zão, com pouca energia ou sen-
tir-se lento, ter dificuldade em
se concentrar, de memorizar ou PATROCINADO POR:
tomar decisões. Também os sen-
timentos de culpa ou a sensação
de inutilidade são comuns.
Cláudio Laureano acrescenta
que, embora já se possa afirmar,
que há uma base genética que
pode contribuir para o estado
depressivo, este “é sempre resul-
tado da interação entre vários
fatores: genéticos, mudanças
neurobiológ icas, aspetos da
personalidade (baixa autoes-
tima ou pessimismo) e fatores
ambientais (como exposição à
violência ou à pobreza). O ‘peso’ “Mentes Inquietas” é um pod-
de cada um desses fatores é que cast sobre saúde mental, criado
é sempre muito variável de caso pelo REGIÃO DE LEIRIA em
para caso”, refere. parceria com o CHL.Todas as
Na maioria dos casos, a de- quintas-feiras, um novo episó-
pressão tem tratamento, conju- dio, com um tema diferente fica
gando medicação com psicote- disponível na página online do
rapia. A chave está em tratar a jornal e também nas platafor-
depressão desde o seu primeiro mas Spotify, Google Podcasts e
episódio. Apple Podcasts.

Dulce Castanheira

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terças das 10 às 13 horas e das 15 às 19 horas Branqueamento Dentário Roncopatia/Apneia do Sono
Telefone 244 832 406 - Rua João de Deus, 25 - 1º Dtº - Leiria
Acordos/Protocolos: ACP, PSP, Médis, SAMS, Victoria,
ACILIS, Cheque Dentista e Future Healthcare

Maria do Rosário Moreira Direção Médica: Dr. Norberto Malho

Médica Dentista lic. F.M.U. Coimbra
Av. Marquês de Pombal Lote 13 . 1ºF . Leiria
Av. Marquês de Pombal, 244 814 001 . 244 836 716 . 916 986 999
Ed. Arcadas. Escritório 2 Leiria clinoral@live.com.pt . www.clinoral.com
Tel. 244 814 116 Horário: Das 9 às 20 horas + sábados

22 abril, 2021 — Região de Leiria 27

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28 Região de Leiria — 22 abril, 2021

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p/futuro compromisso. Tel.
911872253.
SENHOR de 64 anos, divor-
ciado, reformado, sem
filhos, com casa própria,
procura senhora dos 50 aos
60 anos para vida a dois.
Contacto para: A. D.
Travessa das Moitinhas, 8,
6200-684 Teixoso, Sarzedo.
BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS
DE ORTIGOSA
Assembleia Geral Ordinária
CONVOCATÓRIA
De acordo com o nº 1 do artigo 31º dos Estatutos da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários da Ortigosa, convocam-se todos os associados a participarem
na Assembleia Geral Ordinária, a realizar na próxima quarta-feira, 12 de maio de 2021,
na Sede da Associação, com início pelas 20h30, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
Ponto um: Leitura da ata da última assembleia da AHBVO
Ponto dois: Apreciação, Discussão e votação do Relatório e Contas da Gerência
relativo ao ano de 2020;
Ponto três: Outros assuntos de interesse para a Associação.
Se à hora designada não estiver presente o número de sócios suficiente para as
deliberações, de acordo com o nº 2 do artigo 33° dos Estatutos, a Assembleia reunirá
trinta minutos depois com a presença de qualquer número de sócios, sendo válidas
todas as decisões tomadas.
A Assembleia realizar-se-á conforme as regras da DGS, onde se destaca o uso obri-
gatório de máscara, caso a situação atual se agrave, a mesma não se realizará.
Nota: O relatório e contas de gerência encontra-se na secretaria para consulta.
Ortigosa, 19 de abril de 2021.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Rafael Branco Armindo
Jornais e revistas l Raspadinhas l Tabaco e acessórios
Gomas e pastilhas l Gifts diversos
Fotocópias l Impressões l Impressões de fotografia
Digitalizações l Plastificações
2ª a sábado das 7h30 às 20h00
Domingos e feriados 7h30 às 13h00
Gândara dos Olivais . Leiria . 244 831 223 . 919 272 802
oquiosque2020@gmail.com
facebook- https://www.facebook.com/O-Quiosque-110030810729933
SEDE: Rua das Rosas, 75 . COLMEIAS
Tel. 244 720 480 . Fax: 244 720 488
LOJA 1: Rua Gen. Humberto Delgado, 220 . LEIRIA
Tel. 244 841 853
LOJA 2: Quintinha da Gordalina, 90, A . LEIRIA
Tel. 244 855 011
LOJA 3: Av. Heróis de Ultramar, 110 . POMBAL
Tel. 236 217 065
LOJA 4: Rua Dr. José Alves Correia da Silva
Cruz d´Areia . LEIRIA . Tel. 244 815 452
22 abril, 2021 — Região de Leiria 29
Falecimentos // homenagens // agradecimentos
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José António Maria da Encarnação Alfredo Cardoso Ribeiro

87 anos Rodrigues Melo Pires 74 anos
27.09.1933 - 15.04.2021 31.01.1932 - 08.04.2021 05.05.1946 - 11.04.2021
Leiria Moinhos da Barosa - Leiria Quinta do Amparo – Leiria

AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO

Seus filhos e restante família vêm por este meio agradecer a todas Suas filhas, genros e netos, na impossibilidade de o fazerem Sua esposa, filha e restante família vêm por este meio agradecer
as pessoas que se incorporaram no seu funeral ou que de algum pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se incorporaram no seu funeral ou que de
modo manifestaram o seu pesar. a todas as pessoas que se incorporaram no seu funeral, ou que de algum modo manifestaram o seu pesar.
algum modo manifestaram o seu pesar.

Tratou: Agência Funerária Nogueira & Pina, Lda. Tratou: Agência Funerária Vareda Tratou: Agência Funerária Seco

Dinora Marina da Silva Gameiro Artur António Fiúza Góis Ramiro de Oliveira Fernandes
49 anos 40 anos 81 anos
18.01.1972 - 15.04.2021 03.06.1980 - 09.04.2021 15.02.1940 - 16.04.2021
Andrinos - Leiria Brejieira - Amor Gândara dos Olivais – Leiria

AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO
Seus pais, filhos, irmãos e restante família na
impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo
vêm por este meio agradecer a todas as pessoas de suas relações e Seus pais, irmã e demais família na impossibilidade de o fazerem Seus filhos e restante família vêm por este meio agradecer a todas
amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pessoalmente vêm por este meio agradecer a todos quantos de as pessoas que se incorporaram no seu funeral ou que de algum
pesar e o seu carinho. A todos, o nosso muito obrigado. alguma forma manifestaram o seu pesar. modo manifestaram o seu pesar.
“A sua lembrança nunca se apagará da nossa memória, o seu nome
será repetido com saudade”.

Funerária Cardoso Unipessoal, Lda. Tratou: Agência Funerária Jaime Tratou: Agência Funerária Seco

Irene Marques dos Santos Fernando Manuel da Cruz

Carrondo da Costa menino
15.07.1937– 18.04.2021 11.02.1966 - 08.04.2021
Maceira Gândara dos Olivais – Leiria

AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO
Sua família na impossibilidade de o fazer Souto da Carpalhosa
pessoalmente como era seu desejo, vem por este meio agradecer a
Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada, bem Tlm 967 033 542 963 261 485 Fax 244 613 315
seu desejo, vem por este meio agradecer a todos os que de alguma como a todos aqueles que de qualquer forma manifestaram o seu
forma manifestaram o seu apoio e carinho neste momento difícil. pesar, e um especial agradecimento a todos que neste momento Leiria
tão difícil se mantiveram ao seu lado.
São Romão Tlm 962 900 546 913 663 119
Tratou Funerária Domingues, Stº da Carpalhosa e Leiria Tratou Agência Funerária Bombeiro Filhos, Lda. Loja de Artigos Religiosos Tel /Fax 244 825 847

Raul Marques Duarte Pedrosa José Gomes Prior funerariadomingues@gmail.com www.funeraria-domingues.com

09.09.1937 - 17.04.2021 88 anos
Sismaria – Monte Redondo 10.03.1933 - 08.04.2021
Cortes - Leiria

AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO

Sua esposa, filhos e restante família, na impossibilidade de o Sua esposa, filhas e restante família vêm por este meio agradecer
fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio a todas as pessoas que se incorporaram no seu funeral ou que de
agradecer a todos os que de alguma forma manifestaram o seu algum modo manifestaram o seu pesar.
apoio e carinho neste momento difícil.

Tratou Funerária Domingues, Stº da Carpalhosa e Leiria Tratou: Agência Funerária Seco

30 Região de Leiria — 22 abril, 2021

 Região // Memória

244 828 450

919 321 145
917 511 889
CARANGUEJEIRA - 244 734 125 916 155 139

AGÊNCIA FUNERÁRIA
BOMBEIRO FILHOS
Serviços funerários • Centro funerário funerariajaime.pt
Serviço Permanente - 24 horas

910 816 347 José Carlos Carreira

Novena a Santa Clara
Oh Santa Clara que seguiste a Cristo com a sua vida de pobreza e
913 466 325 Paulo Carreira oração, faz que entregando-nos confiantes à Providência do Pai Celeste
no inteiro abandono, aceitemos serenamente Sua Divina Vontade.
244 724 274 Geral Ámen. Rezar esta oração e 9 Avé-Marias durante 9 dias com uma vela
acesa e no 9º dia deixar a vela queimar até ao fim. Fazer 3 pedidos. 1 de
Boa Vista. Leiria l Gândara dos Olivais. Leiria l Feteira. Ilha negócios e 2 impossíveis. Publicar no 9º dia. Será atendida. F.C.

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em carta, ou entregue pessoalmente, com os respectivos NOME Nº CONTRIBUINTE
valores, iniciando-se a publicação na edição
imediatamente a seguir à sua receção. MORADA TELEFONE

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22 abril, 2021 — Região de Leiria 31

Cultura

01 02

Territórios da Pedra
quer criar circuito
de escultura
na região
Cultura Projeto que conta com orçamento de 300 mil euros
junta três municípios do Norte de Leiria está integrado na
Programação Cultural em Rede, lançada pelo governo para
amortecer o impacto da pandemia no sector
03
Camilo Soldado desta programação é a abertura Torre da Cadeia Comarcã, em dinamizar o muito fustigado sec- 01 Complexo Monumental
de uma convocatória internacio- Figueiró dos Vinhos e o castelo tor cultural logo no Verão de de Santiago da Guarda
Ligados pela paisagem rochosa, nal de escultura, que se iniciou e a Torre do Relógio Velho, em 2020, mitigando o impacto da
havia um capítulo que faltava esta semana e vai até ao dia 11 Pombal. Também o maciço de pandemia. 02 Castelo de Pombal
aos municípios de Ansião, Pom- de Junho. Os escultores selecio- Sicó, que está classificado como Além da convocatória aberta
bal e Figueiró dos Vinhos: uma nados pelo júri – que será indi- Sítio Rede Natura 2000, vai ser- a artistas plásticos, acrescenta 03 Fragas de São Simão
intervenção artística que traba- cado pelo conselho diretivo da vir de palco. Cristina Bernardino, “cada mu-
lhasse essa referência comum. rede - irão trabalhar ao vivo em O Territórios da Pedra, que é nicípio está a trabalhar com uma trabalho com a pedra que possa
Foi esta a base do Territórios oito peças que estarão dispersas apoiado pelos fundos comunitá- associação local para a criação eternizar as profissões da pedra
de Pedra, um projeto liderado pelos três concelhos do projeto. rios do Centro 2020 e que conta de uma peça escultórica que ali e o contexto identitário do terri-
pelo município de Ansião, que Cada artista pode submeter uma com um orçamento de 300 mil fique”. Este processo terá a su- tório”, nota a organização.
junta também os concelhos de ou mais propostas, sendo que os euros, é um projecto integrado pervisão do professor Fernando A agenda estende-se até maio
Pombal e Figueiró dos Vinhos, trabalhos escolhidos pela orga- na Programação Cultural em Freire e tem como objetivo “va- de 2022, mês para o qual está
explica a vereadora da Cultura nização terão uma contraparti- Rede, anunciada pelo governo lorizar o processo de criação da prevista a apresentação de uma
da autarquia de Ansião, Cristina da financeira de 14 mil euros. há pouco menos de um ano para cantaria e calcetaria”, refere a criação comunitária dirigida
Bernardino, ao Região de Leiria. A escolha deverá ser anuncia- vereadora. pela estrutura artística PELE.

“Olhámos para a nossa região
e tínhamos que valorizar a im-
portância da pedra”, conta a res-
ponsável, falando sobre Ansião
e Pombal, instalados no maciço
de Sicó, e Figueiró dos Vinhos,
com características diferentes e
com o ponto mais distintivo nas
Fragas de São Simão. “A pedra
faz parte da nossa identidade e
história”, refere, mas faltava “dar
uma oportunidade aos agentes
culturais” para entrarem nesta
conversa.
Assim, o primeiro momento
da no mês de Julho, altura em
que arrancará a restante progra-
mação cultural do Territórios
da Pedra, com um concerto de
Rodrigo Leão, no Complexo Mo-
numental de Santiago da Guar-
da, em Ansião.
A programação vai espalhar-
-se por diferentes espaços dos
territórios que integram esta
rede. Além de Santiago da Guar-
da, estão também na lista a Re-
sidência Senhorial dos Castelo
Melhor, também em Ansião, a
Igreja de São João Baptista e a
14
milhares de euros, é o
valor atribuído a cada um
dos escultores que forem
selecionados para trabalhar ao
vivo num dos três concelhos do
Territórios da Pedra. O objetivo
é criar oito peças escultóricas
que fiquem na região
A programação do projeto
inclui também um percurso
artístico desenhado pela mul-
ti-instrumentista e composito-
ra Ana Bento, em Setembro de
2021, num processo trabalhado
em conjunto com a comunidade.
Em Novembro, está prevista a
apresentação de uma exposição
montada pela Binaural Nodar, a
estrutura artística que trabalha
a memória e o património cultu-
ral através do som. A instalação
da Binaural, que será itinerante,
parte “dos sons tradicionais do
Antes disso, ainda no Verão
deste ano, será desenvolvido
um repositório online que vai
agregar “memória, processos,
registos editoriais, imagem,
som, visita virtual às escultu-
ras desenvolvidas e outras in-
formações sobre o contexto de
realização do projeto Territórios
de Pedra”, refere a organização.
Esta é uma forma de conservar
o legado do Territórios da Pe-
dra, “potenciando o circuito de
visitação do parque de escultura
intermunicipal”.

32 Região de Leiria — 22 abril, 2021


Teatro
Leirena
atribui duas
bolsas de
criação
artística
Criada com o objetivo de “apoiar
artistas com dificuldades, que
tenham projetos emergentes e
de qualidade, dando-lhes todas
as comodidades para criarem”,
a Open Call para as residências
artísticas 2021 recebeu a adesão
de 54 candidaturas de projetos
nacionais e internacionais. Segun-
do Frédéric da Cruz Pires, diretor
da companhia Leirena, de Leiria,
o feedback foi “excelente” com
propostas de “grande interesse
artístico, como também de inter-
venção comunitária”.
“Estávamos para selecionar só
um projeto, mas dada a qualidade
de todos, acabámos por selecionar
dois”: de um casal italiano, Grup-
po di Due, com o projeto “One is
too many”, e o projeto do Teatro
Lobby, criado por duas atrizes
portuguesas (Joana Brito e Ma-
riana Fonseca), “Por favor, não
desligues!”.
Ambos vão receber uma bolsa
no valor de mil euros, financiada
pelo Leirena e pela Fundação Cai-
xa Agrícola de Leiria, além de sub-
sídio de alimentação, alojamento
e apoio na produção para desen-
volverem as propostas durante a
residência artística, entre 10 de
maio e 19 de junho, nos estúdios
do Leirena, nas Galerias Alcrima.
Frédéric Pires explica que “o
objetivo é que o [nosso] espaço
seja um espaço de acolhimento.
Não temos salas de espetáculos,
mas podemos ceder os nossos es-
paços, dar a oportunidade para
poderem criar”. Além disso, a
companhia “dá todo o apoio em
termos de produção e fotografia,
bem como acompanhamento”,
acrescenta.
Quanto às propostas a desen-
volver, o diretor do Leirena adian-
ta que o espetáculo “One is too
many” “junta lira e malabares”,
enquanto “Por favor, não desli-
gue!” é de intervenção comunitá-
ria, junto dos utentes das IPSS do
concelho de Leiria. Ambos serão
apresentados a 20 de junho no fes-
tival de teatro comunitário Novos
Ventos, que circula por freguesias
do concelho.
O caminho ainda é longo, mas
Frédéric Pires marca já o objetivo
do próximo ano: alargar o número
de residências artísticas inseridas
no festival Novos Ventos.
Filmes recentes
são aposta do Leiria
Film Fest para 2021
Estão escolhidos os 27 filmes
que vão integrar o Leiria Film Fest
2021. Três são estreias absolutas
e 11 serão apresentados pela pri-
meira vez em Portugal. A princi-
pal novidade não é o espaço mas
o tempo: a partir desta edição são
apenas aceites curtas-metragens
realizadas nos anos em que es-
tão abertas as inscrições, ou seja,
estão a concurso filmes de 2020
e 2021. A 8ª edição acontece de
27 a 30 de maio no Teatro Miguel
Franco e mimo e atribuirá prémios
às melhores curtas nacional e in-
ternacional em ficção, animação
e documentário, melhor filme de
Leiria e o preferido do público.
Música Postcards
pede novo olhar
sobre a música
clássica
Com um vasto percurso na música
clássica, João Gaspar, natural de
Chãs, Leiria, prepara-se para lan-
çar o CD “Postcards”, que reflete
a tendência estética da sua obra e
composição enquanto trompista.
“Postcards” é composto por 15
faixas. Seis da autoria do intérpre-
te e nove resultado da dedicação
a outros músicos. “Algumas são
obras virtuosas, outras são mais
pedagógicas e foram escritas a
pensar nos meus alunos e nos
alunos que estão a fazer o ensino
da música em Portugal”, explica.
Mas o “grande desafio”, diz,
consiste na utilização de um úni-
co instrumento – a trompa – sem
acompanhamento, criando “um
conjunto de sonoridades de or-
questra, de big band”. Com “Post-
cards”, João Gaspar pretende
“aproximar a música clássica ao
público, em geral, de uma forma
altamente dissimulada, com so-
noridades muito próximas às que
as pessoas estão acostumadas” e
“mostrar que a música é de todos
e para todos”. O concerto de apre-
sentação é domingo, no auditório
das Chãs (entrada gratuita).
Baile dos Pastorinhos
para promover dança
da Alta Estremadura
Estão abertas inscrições para as
oficinas pedagógicas promovidas
pelo projeto Baile dos Pastorinhos,
dinamizado pela Associação de
Folclore da Região de Leiria e Alta
Estremadura, em parceria com vá-
rias associações. São oficinas de
curta duração, destinadas a pro-
fessores, ministradas por Marisa
Barroso. O calendário das forma-
ções - Batalha (8 de maio), Nazaré
(15 de maio), Porto de Mós (29 de
maio), Leiria (10 de junho) e Pom-
bal (19 junho) - pretende promover
as danças da Alta Estremadura,
capacitando os participantes em
detalhes dos passos, formação, po-
sição e evolução de cada dança.
Agenda
Cultural
Música Stan Getz por
Mário Marques
Nova conversa sobre jazz com
Mário Marques, que fala de Stan
Getz, nome obrigatório da histó-
ria da música, e tocará um dos
excertos da sua obra. Uma inicia-
tiva da CAOS, Associação Cultu-
ral da Quinta do Rei, de Leiria.
Em abril jazz a mil 23 de abril, 22
horas Zoom (link em Facebook
CAOS - Associação Cultural da
Quinta do Rei)
Humor Com Leandro
Costa para rir
Leandro Costa, conhecido hu-
morista, volta à Marinha Gran-
de para fazer rir até chorar. Com
percurso iniciado em 2005, o
artista faz uso do humor como
arma contra as adversidades da
vida.
Leandro Costa 23 de abril, 18 ho-
ras Facebook e Youtube do Mu-
nicípio de Marinha Grande
Encontro de Contadores
em Leiria para três dias
repletos de histórias
Contos tradicionais, adágios, tra-
va-línguas, narrativas e outras for-
mas de partilhar histórias e me-
mórias estão de volta a Leiria para
a quinta edição do Encontro Inter-
nacional de Contadores de Histó-
rias. A iniciativa do grupo de tea-
tro “O Nariz” começa esta sexta,
23, e até domingo, dia 25, prome-
te divertimento e conhecimento
para todas as idades. Amanhã, às
19 horas, o Teatro José Lúcio da
Silva recebe a primeira sessão de
contos (para maiores de 12 anos).
No sábado e domingo de manhã,
a partir das 11 horas há histórias
no Museu de Leiria para público
maior de 6 anos.
Poesia Adolfo Luxúria Música Índios da Meia
em Diga 33 Praia em abril
Adolfo Luxúria Canibal é o convi-
dado da segunda sessão do even-
to de poesia Diga 33. Será uma
conversa em torno da sua obra
poética transposta para a música,
enquanto vocalista dos Mão Mor-
ta, autor de ensaios e ator.
Adolfo Luxúria Canibal 27 de
abril, 20h30 Sala Estúdio do Tea-
tro da Rainha. Reserva obrigatória:
comunicacao@teatrodarainha.pt
Teatro Catamarã
no Sinopse
É a próxima peça na programa-
ção do festival Sinopse. Produ-
zida pelo Teatro do Eléctrico,
retrata a relação entre um rapaz
Peixe-Bolha e uma rapariga, Ca-
tamarã, que sonha com o Pacífi-
co. Um texto de Ana Lázaro em
teatro para a infância.
Catamarã 28 de abril, 19h30
Teatro José Lúcio da Silva. Re-
servas em cniacc@fd.unl.pt
22 abril, 2021 — Região de Leiria
Região // Cultura
Festival Jazz Valado
arranca a 8 de maio
com Big Band e FF
Um concerto da Big Band da Na-
zaré com o cantor FF como convi-
dado marca a 8 de maio, o início
da 24ª edição do festival de Jazz
de Valado dos Frades. Também
no Cine-Teatro da Nazaré atua a
15 de maio Alma Nuestra, grupo
de que faz parte Salvador Sobral.
A programação em Valado dos
Frades, no Clube Valadense, tem
início a 27 de maio com Jeffery
Davis Quintet e até 5 de junho
apresentará concertos de Gileno
Santana Trio, José Pedro Coelho,
Isabel Rato Quinteto, “Lab” de Ri-
cardo Pinheiro e Miguel Amado,
Sofia Ribeiro Quarteto e Mário
Costa, com “Oxy Patina IV”.
De mão dada com o 25 de Abril, a
banda tributo a Zeca Afonso e aos
Amigos da Luta, Índios da Meia
Praia, vem a Leiria com nova atua-
ção. “Canções de Zeca Afonso” é o
repertório escolhido para home-
nagem e comemoração.
Canções de Zeca Afonso 25 de
abril, 12 horas Facebook do Mu-
nicípio e da Assembleia Munici-
pal de Leiria
Exposição Casa
Comum
Hirondino Pedro, pintor, e Sílvia
Patrício, artista plástica, juntam-
-se para uma exposição sobre a
importância de valorizar a natu-
reza, “fonte de desenvolvimento
pessoal, coletivo e espiritual” e
lançam o conceito de “arte rege-
nerativa”.
Casa Comum A partir de 30 de
abril Banco das Artes Galeria,
Leiria
33
História e Memória
A guerra colonial
Uma visão “aérea”
sobre alguns contornos
Silvino D. Ferreira*
Até meados do século XX, o continente
africano era quase totalmente coloni-
zado por seis países europeus: Bélgica,
Espanha, França, Itália, Portugal e Reino
Unido.
Após o final da 2ª. Guerra Mundial,
onde muitos africanos combateram ao
lado dos seus “protetores”, o movimento
de emancipação dos povos africanos não
tardou em alastrar de forma imparável
e foram sendo reconhecidas diversas in-
dependências, com maior ou menor re-
sistência dos colonizadores. Portugal foi
uma excepção tardia. Na época, em Áfri-
ca, o império português exercia soberania
sobre Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique e São Tomé e Príncipe.
A formação de movimentos indepen-
dentistas nos territórios coloniais por-
tugueses e a intransigência do Governo
de Salazar, em relação a qualquer tipo de
negociações, mesmo sob pressão inter-
nacional, conduziu ao desencadear da luta
armada nas antigas colónias, em Angola
(1961), na Guiné (1963) e em Moçambique
(1964).
A incapacidade do Estado Novo para
perceber a mudança dos “ventos da his-
tória”, obrigou o País a uma guerra pro-
longada e ao envio de mais de um milhão
de jovens para três longínquas e extensas
frentes de combate.
Enquanto militar da Força Aérea, onde
ingressei em 1959, cumpri duas comis-
sões de serviço: a 1ª, em Moçambique
(1963/1967) e a 2ª, em Angola (1971/1972).
A Força Aérea Portuguesa (FAP) pas-
sara, em 1952, a ser o terceiro “Ramo”
das Forças Armadas, tendo “herdado”
do Exército e da Marinha as respetivas
infra-estruturas, os meios aéreos e grande
parte dos efetivos militares.
Esta reestruturação das Forças Arma-
das terá sido uma necessidade decorrente
da adesão de Portugal à NATO, em 1949.
Deve realçar-se que a FAP se transformou,
quase de imediato, numa organização
militar moderna, altamente especializada
e profissionalizada, com a particularidade
de apenas uma determinada percentagem
dos seus militares ser especificamente
preparada para o combate direto. Além
dos transportes e da logística, a FAP pos-
34 Região de Leiria — 22 abril, 2021
suía diversas capacidades, entre as quais
o combate aéreo contra aviões de forças
adversárias, genericamente com o biná-
rio de apenas um homem (o piloto) e um
avião.
Durante a Guerra Colonial, os movi-
mentos independentistas não dispunham
de aviação e apesar do “boato” de que
aviões MIG, fornecidos pela URSS e pi-
lotados por cubanos, tinham operado na
Guiné e em Moçambique, não há relato
oficial de qualquer confronto aéreo com
os nossos pilotos.
A FAP deslocou, sucessivamente, 3 mo-
delos de aviões de combate de propulsão a
jacto, para os territórios em guerra:
• Angola, F-84 e Fiat G-91, este a partir
de 1974;
• Guiné, F-86 e Fiat G-91;
• Moçambique, F-84 e Fiat G-91;
Estes “caças” foram, globalmente, utili-
zados no ataque ao solo, com bombas, de
diversos tipos, foguetes e metralhadoras.
Nos três teatros de operações foi,
ainda, profusamente utilizado o avião
monomotor (a hélice), T-6 G, de origem
americana. Esta aeronave era, na sua
génese, destinada ao treino de pilotos.
Portugal, ao longo dos anos, adquiriu 257
e transformou-os, para serem utilizados
como aeronaves de ataque ao solo, nas
Oficinas Gerais de Material Aeronáutico.
Além dos T-6 e dos aviões a jacto, foram
empregues os PV-2 e, episodicamente, os
P2V-5 em ações de bombardeamento e/ou
de ataque ao solo contra os guerrilheiros,
os seus acampamentos e bases, bem como
nos ataques às defesas antiaéreas dos
independentistas. Os aviões de ataque ao
solo desempenharam relevantes tarefas
na defesa dos aquartelamentos e no apoio
às operações desencadeadas pelas nossas
tropas. Nas missões de bombardeamen-
to chegaram, também, a ser utilizados,
após reconfiguração para o efeito, alguns
aviões militares de transporte de carga e
passageiros.
Este tipo de operações bélicas foram
aquelas em que a FAP mais se envolveu
e intensificaram-se com o desenrolar do
conflito, em especial na Guiné. No caso da
Guiné, depois em Moçambique, tivemos
que enfrentar armas anti-aéreas, fixas
e portáteis, nomeadamente os mísseis
Strella, altamente danosas para todo o
Quase 47 anos após a
descolonização, parece ser cada
vez mais consensual, no seio da
nossa sociedade, que a “guerra
do ultramar” só ocorreu porque
a ditadura que nos governava
não conseguiu concretizar
uma saída política para a
“questão colonial”, obrigando
a um prolongado conflito em
três frentes, cujas sequelas
continuam a perdurar. O insólito
é ainda haver defensores de tal
regime e mesmo da guerra!
tipo de aeronaves e que nos causaram
perdas significativas em meios aéreos e
vidas humanas.
Os helicópteros foram fundamentais
para o transporte táctico, a projecção
rápida de pequenos grupos de tropas es-
peciais, as evacuações e o reconhecimento
aéreo, para além de serem extremamente
úteis no apoio de fogos directos, nomeada-
mente os Alouette III, após alguns terem
sido equipados com metralhadoras pesa-
das ou canhões de 20mm.
No início da guerra, a FAP dispunha
da melhor força de tropas de elite para
combate apeado: os caçadores pára-que-
distas. Outras tropas especiais, como os
rangers e os comandos, no Exército, e os
fuzileiros, na Marinha, terão começado a
ser formadas praticamente com o início
dos primeiros ataques ocorridos em An-
gola, em Fevereiro/Março de 1961.
Os caçadores pára-quedistas, como
força militar, “nasceram” da mesma lei de
1952 que criou a FAP, passando a perten-
cer à orgânica desta. Todavia, enquanto
a FAP já tinha uma estrutura herdada,
começando de imediato a operar, tal não
aconteceu com os “páras”, pois só dois
anos volvidos (1954) os primeiros qua-
dros militares iniciaram essa formação
específica em países terceiros (França,
Brasil, Espanha...). Contudo, em 1956 já
estavam definitivamente sedeados em
Tancos (frente à Base Aérea nº 3, onde foi
criada uma unidade para o seu transporte
e treino, equipada com aviões Junker Ju-
52, constituindo o Batalhão de Caçadores
Pára-quedistas que, a partir de então,
passou também a ter os seus instrutores
devidamente credenciados para ministra-
rem os respetivos cursos (pára-quedismo,
combate…).
A estas funções bélicas da FAP, deve
acrescentar-se uma importante capaci-
dade de transporte logístico, operando,
muitas vezes, a milhares de quilómetros
do território continental, em ambiente
inóspito, e o patrulhamento marítimo.
Quando se iniciaram as hostilidades
em Angola, a FAP, embora sendo o mais
recente e também o mais pequeno ramo
das Forças Armadas Portuguesas, era o
que estava melhor apetrechado para res-
ponder aos novos e inesperados desafios
bélicos nas colónias africanas. Não só pela
sua natural capacidade de mobilidade e
de projeção para longínquos teatros de
operações, como por dispor do mais bem
preparado e equipado contingente terres-
tre, consubstanciado nos seus caçadores
pára-quedistas.
É sabido que, nos territórios em guer-
ra, o Exército foi sempre o “ramo” mais
vergastado, não só por ser aquele que
dispunha de maiores efectivos no terreno,
como pela necessidade de estar fisicamen-
te presente um pouco por todas as áreas
em convulsão. Todavia, a FAP também
esteve longe de passar incólume e, para
além da queda de aeronaves, abatidas ou
por acidente, sofreu baixas entre as tropas
paraquedistas, nas tripulações dos aviões
e em consequência de ataques a alguns
dos seus aeródromos, em especial os que
se localizavam em locais mais remotos.
Estes aeródromos, indispensáveis ao
cumprimento das missões da FAP, em
particular para apoio ao Exército e às po-
pulações autóctones, estavam distribuídos
estrategicamente pelos três territórios,

O T-6 foi o avião mais utilizado pela FAP no Ultramar
sendo, em 1974, pelo menos 45, nestas
quatro versões decrescentes:
• 3 Bases Aéreas;
• 7 Aeródromos-Base;
• 18 Aeródromos de Manobra;
• 17 Aeródromos de Recurso ou similar
(a maioria em terra batida).
No início do conflito (1961), as infra-es-
truturas operacionais da FAP nas colónias
eram muito incipientes. Havia mais estu-
dos e projetos, alguns iniciados apenas
dois ou três anos antes, do que realidades
concretas.
Em Angola, no limiar de 1961, a princi-
pal infra-estrutura aeronáutica situava-se
em Luanda, mas até então funcionava,
basicamente, como um aeroporto civil de
pequena dimensão.
O início da contra-insurreição levou a
uma autêntica corrida contra o tempo e fi-
zeram-se melhorias de tal monta que, em
Junho do ano seguinte, era inaugurada a
Base Aérea nº 9, em Luanda, dando-se,
ainda, início à construção do Aeródromo
Base nº 3 em Negage, a que se seguiu o
AB4 em Henrique de Carvalho (Actual
Saurimo).
Construíram-se novas infraestrutu-
ras e melhoraram-se as existentes. Em
Moçambique: BA10 (Beira), AB5 (Naca-
la), AB6 (Nova Freixo), AB7 (Tete) e AB8
(Lourenço Marques, hoje Maputo). Na
Guiné (Bissau) existia um aeródromo
(AB12) que, após as obras necessárias, deu
origem à BA12.
Como já aflorei anteriormente, fiz a mi-
nha primeira comissão em Moçambique,
onde desembarquei em Outubro de 1963.
Tinha 22 anos e era militar de carreira,
então com o posto de furriel, especialista
da FAP. Fora colocado no Depósito de Ma-
terial da Força Aérea nº 3, uma unidade
logística sedeada no porto da cidade da
Beira. À data, o território ainda não estava
propriamente em guerra, mas esta era
dada como inevitável e veio a eclodir no
ano seguinte, mas nos extensos territórios
a norte da Beira e prolongou-se, cada vez
com mais tenacidade e vítimas, até 1974.
A cidade, localizada à beira-mar, em
zona plana e ampla, era relativamente
moderna e cosmopolita para os padrões
da época.
Contudo tive um primeiro impacto
bastante negativo, ao constatar a exis-
tência de um significativo mal-estar en-
tre uma boa parte da população civil,
oriunda da “Metrópole,” e os militares.
Tudo isto porque muita dessa população
branca, quiçá influenciada pelo regime
do “apartheid” da África do Sul, tinha um
comportamento opressivo, discriminató-
rio e racista para com a população local
que, em regra, os militares reprovavam.
Esta situação foi gerando um clima de
conflitualidade latente, ao ponto de se
terem gerado escaramuças… (Verifiquei,
aquando da minha passagem por Angola,
na 2ª comissão, que o ambiente era, sem
dúvida, muito mais pacífico, raramente se
vislumbrando laivos de racismo).
Dada a minha especialidade técnica,
pouco foram utilizadas as aptidões de
combatente, apesar dos ensinamentos
colhidos na recruta em 1959 e consolida-
dos nos três anos seguintes, através do
exercício físico e do aperfeiçoamento no
manuseio e operação das armas indivi-
duais da época.
Todavia, tanto eu como os meus cama-
radas especialistas da FAP, pelo menos
teoricamente, tínhamos uma preparação
suficiente para sermos parte ativa na
defesa das unidades onde éramos coloca-
dos ou para enfrentarmos uma ou outra
situação adversa.
Contudo, a nossa principal função, en-
quanto especialistas, era a de colocarmos
os nossos conhecimentos técnicos ao ser-
viço da missão primária da FAP, que se
consubstanciava em manter em prontidão
operacional, a cada momento, o máximo
dos meios aéreos disponíveis.
E porque, nos meus cerca de quatro
anos de comissão na Beira, no que à guer-
ra se referia, o mais que ia chegando eram
os ecos do que se passava na zona mais a
Norte, não me sobejaram consequências
demasiado negativas, pelo menos em ter-
mos físicos, desta primeira experiência
“ultramarina”. Mesmo nas cerca de 20
deslocações aéreas em serviço, quase
todas de curta duração, que tive de fazer
a outros pontos do território, designada-
mente a Lourenço Marques (Maputo),
Tete, Furancungo, Vila Machado (Nhama-
tanda) e Mutarara, apenas houve alguns
problemas dignos de registo, mas que,
apesar disso, acabaram bem.
Em 1965, tratou-se de uma viagem
voluntária, em que aceitei o convite do
sargento piloto da DO-27 que, com outro
tripulante, ia entregar correio a uma uni-
dade do Exército, a cerca de cem milhas
da Beira. No regresso, fizeram-se uns te-
merários voos rasantes sobre umas zonas
de savana e, quando nos apercebemos,
o avião estava a ser alvo de fogo terres-
tre, felizmente de armas individuais de
pequeno calibre, pelo que as cinco balas
que atingiram a aeronave não danifica-
ram qualquer componente estrutural da
mesma e o piloto conseguiu “cavar” dali,
tão lesto quanto pôde. Nos cerca de 40
minutos seguintes, até à aterragem na
BA10, os três “aventureiros” mantiveram-
Região // História e Memória
-se em absoluto mutismo … (Mas à noite
comemorou-se o feliz desfecho com muita
cerveja e verborreica loquacidade…)
Durante o primeiro semestre de 1966,
viveu-se uma situação preocupante, com
ressonância internacional, em conse-
quência da declaração de independência
unilateral da Rodésia, pelo governo de
Ian Smith, no ano anterior, e que Salazar
apoiou, não tendo cumprido o embargo
petrolífero e de outros produtos ao novo
regime. Em resposta, a Grã-Bretanha
realizou um bloqueio naval, em particular
ao porto da Beira. Face a uma propalada
ameaça de desembarque inglês, o governo
foi obrigado a reforçar os meios militares
na zona e registaram-se momentos de
grande tensão.
Quase 47 anos após a descolonização,
parece ser cada vez mais consensual, no
seio da nossa sociedade, que a “guerra do
ultramar” só ocorreu porque a ditadura
que nos governava não conseguiu concre-
tizar uma saída política para a “questão
colonial”, obrigando a um prolongado
conflito em três frentes, cujas sequelas
continuam a perdurar. O insólito é ainda
haver defensores de tal regime e mesmo
da guerra!
De facto, tais opiniões são, no míni-
mo, uma atitude provocatória para quem
foi mandado participar na guerra, sa-
bendo-se que dela resultaram múltiplas
e gravosas consequências para muitos
combatentes. Recordemos: cerca de nove
mil mortos, quase vinte mil deficientes e
mutilados e um número indeterminado,
“convenientemente” nunca apurado, que
passou a sofrer de stress pós-traumático,
mas que oscilará entre os cem mil e os
trezentos mil.
Aliás, os combatentes portugueses
nunca viram os sucessivos governos do
País criarem uma estrutura de saúde,
digna desse nome, verdadeiramente vo-
cacionada para lhes dar a assistência
que mereciam e de que os sobreviventes
continuam a necessitar, tanto mais que
muitos vivem em condições sanitárias e
socioeconómicas aviltantes. São as “jus-
tas condecorações” com que a “Pátria”
lhes retribuiu os sacrifícios que por ela
fizeram.
* Major Reformado
22 abril, 2021 — Região de Leiria 35
 PUBLICIDADE
22 de
de maio
maio
Dia da
Dia da Mãe
Mãe

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Linha Direta 244 819 950 // assinaturas@regiaodeleiria.pt

Rua Comissão da Iniciativa, 2A, Torre Brasil, Escritório 312, 3º, 2410-098 LEIRIA // Horário: 9h -12h30 e 14h - 18h
Região à mesa Guia

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Fale connosco pelo endereço redacao@regiaodeleiria.pt
Restaurantes
take away

O leitão como ícone

BATALHA
Etnográfico do Golpilheira
Estrada do Baçairo, nº 856,

da gastronomia regional Golpilheira

Tradição Campanha
promocional online até
2 de maio permite enco-
mendar com entrega gra-
tuita a nível nacional. Até
agora aderiram ao projeto
Leitão da Boa Vista duas
dezenas de restaurantes e
assadores
O tipo de assadura, os acompa-
nhamentos e o molho constituem
três elementos diferenciadores
do Leitão da Boa Vista – Região
de Leiria, uma “tradição local”
que tem ganho a preferência dos
consumidores e que uma cam-
panha promocional pretende ex-
pandir a nível nacional.
O primeiro segredo está na
assadura: efetuada em forno a
lenha, seguindo as receitas tra-
dicionais e a mestria dos assado-
res. De seguida, o protagonismo
cabe ao molho, à base de banha,
alho, sal e pimenta - ingredien-
tes que nunca podem faltar. E,
por fim, o acompanhamento tem
de contemplar as batatas fritas
às rodelas finas, tipo Pala-Pala –
quase tão crocantes como a pele
estaladiça do próprio leitão - e/
ou o arroz de miúdos, a salada
de alface e pão.
Estas são “premissas funda-
mentais para a implementação e
crescimento do projeto Leitão da
Boa Vista”, segundo o promotor:
o Município de Leiria, em parce-
ria com a Junta de Freguesia de
Santa Eufémia e Boa Vista e a As-
sociação de Comércio, Indústria,
Serviços e Turismo da Região de
Leiria (ACILIS).
“Leiria é já uma região muito
forte na produção, contando com
uma boa oferta de assadores e
restaurantes que servem o po-
pular leitão assado”, pelo que a
experiência e a tradição consti-
tuem um papel relevante.
Mas “a garantia de rastrea-
bilidade do Leitão da Boa Vista,
assumida como um dos pontos
fulcrais para assegurar o suces-
so da marca, já que privilegia a
produção local”, também contri-
bui, segundo a organização, para
Assadura, molho e acompanhamentos são essenciais
ajudar à sua consolidação.
Segundo a vereadora com a
área da Promoção do Desenvol-
vimento Económico e Empreen-
dedorismo, Catarina Louro, “a
adesão tem sido surpreendente”
e “atualmente estão associados
19 operadores económicos e, em
termos de vendas, o produto foi
muito procurado, tendo pratica-
mente esgotado no primeiro fim
de semana”.
“Nesta fase, estamos a promo-
ver o produto endógeno, o leitão,
Leitão da Boa Vista
Site
www.leitaodaboavista.pt
Contactos
https://www.leitaodaboavista.pt
/membros-registados
Encomendas
www.leiriamarket.pt
(todo o país)
www.leirianoprato.pt
(residentes em Leiria)
Contacto 244 766 709
Facebook @restaurantegolpilheira
LEIRIA
Cantina do Brejo
- Rua Álvaro Pires Miranda, nº 63,
Quinta de Santo António
- EN242, Rua dos Petigais, nº 4135,
Zona Industrial da Barosa
Contacto 911 053 702
Facebook Cantina do Brejo
Apesar de ter dois espaços, o padrão
de confeção é sempre o mesmo e é
conduzido pelas mãos de Álvaro Fi-
gueiredo, responsável pela marca que
se especializou em diárias. A cada dia
10 opções de prato ficam disponíveis
para escolha e composição do menu
que, com pão, bebida, sobremesa e
café, fica a 7 euros. Encerra à noite e
não aceita reservas.
Restaurante Coconuts
Av. Combatentes da Grande Guerra, no
Centro Comercial D. Diniz, Loja 606.
Contacto 960 064 126
Facebook: Restaurant Coconuts Leiria
O Pinto
Parque Pinto – Barracão - Colmeias
Contacto 244 722 302
Site www.pinto.pt
Foco
Rua Lino António, lote 40, Fração D,
Cruz D’Areia, Leiria
Contacto 914 545 155
Facebook restaurante.foco
Instagram @restaurant.foco
Canita’s Leitões
Rua Álvaro Pires de Miranda, lote 48,
loja A – Quinta de Santo António.
Próximo do Leroy Merlin
Contacto 244 824 925
Restaurante Arratel
Rua Manuel Vicente Marques nº 881,
tal como fizemos e continuare- Casal do Ralha, Parceiros
mos a fazer com outros no proje- Contacto 244 066 979
to “É de Leiria”, como os queijos, Facebook Restaurante Arratel
os enchidos, os vinhos ou a olaria
da Bajouca”, adiantou a verea- Churrasqueira da Várzea
dora, explicando que o objetivo Av. General Humberto Delgado, 241, na
transversal da Marquês de Pombal
é “divulgar os nossos produtos Contacto 244 233 088
e incrementar as vendas junto Facebook Churrasqueira da Várzea
dos restaurantes e dos assadores,
contribuindo para a economia Restaurante Dux Cidade do Lis
local e manutenção dos estabe- Rua da Moura, lote 3, cave
Contacto 244 210 576
lecimentos e respetivos postos
Facebook Dux Cidade do Lis
de trabalho”.
Esta iniciativa “em especial Restaurante Liz Bar
prevê outras fases que visam, no R. Dr. Correia Mateus 48, junto ao
fim, a consolidação do Leitão da Mercado Santana
Boa Vista como uma marca que Contacto 244 832 695
Facebook Cervejaria Lizbar
cumpre os requisitos das normas
europeias de caracterização e Restaurante Buraco da Velha
que pode ser utilizada por dife- Rua Paulo VI, Vale Sepal
rentes estabelecimentos e zonas Contacto 244 825 717
do país e do estrangeiro”, explica Facebook Restaurante
Catarina Louro. O Buraco da Velha
O projeto nasceu a 17 de abril Restaurante Fonte do Corvo
com o objetivo de promover o Rua Nª Sª das Dores, nº 4, Boa Vista
leitão da região, “de qualidade Contacto 244 723 277
ímpar”. Neste contexto, está a Facebook Fonte do Corvo
decorrer uma campanha promo- Site www.fontedocorvo.pt
cional online até ao dia 2 de maio
3 Bicas
que permite encomendar com Rua Dr. António Costa Santos, 9A/9B
entrega gratuita em todo o país.
244 023 844 920 483 434
Rua Rodrigues Cordeiro, 17/19
(transversal à Praça Rodrigues Lobo)
Leiria
Contacto 244 811 899
Restaurante Novo Rumo
Estrada Figueira da Foz Lote 33-A-r/c-E,
Rego de Água. Contacto 244 881 594
Churrasqueira Marquês dos Frangos
Av. Nossa Senhora de Fátima, 15, r/c,
Dtº, Leiria
Contacto 244 826 901
Restaurante Luna
Rua D. Glória Barata Rodrigues, lote
20, Quinta de Sto. António,
Arrabalde da Ponte
Contacto 244 815 977
Facebook Restaurante Luna Leiria
Restaurante A Cave
Morada Rua Lino António, Lote 5, Cave,
Cruz d’Areia
Contacto 244 831 756
Facebook Restaurante a Cave
O Favorito Churrasqueira
Rua Álvaro Pires Miranda, Lote 48, loja
B, Quinta de Santo António (próximo
do Leroy Merlin).
Contacto 244 815 916.
Siteofavorito-churrasqueira.com
Churrasqueira Dom Duarte
Estrada da Marinha Grande, Sobreiro,
Barosa Contacto 244 824 695
Facebook Churrasqueira D. Duarte
Site www.dduarte.com
O Menino
Rua do Canto 16/18, próximo à igreja
de Marrazes
Contacto 244 855 903
Facebook Restaurante O Menino
Restaurante O Galochas
Rua das Olhalvas, nº 60, Lote 3, em
frente ao Hospital de Leiria
Contacto 244 828 122
Restaurante O Maneta
Lg. Afonso Lopes Vieira, nº 51, Cortes
Contacto 244 891 238
Facebook O Maneta
Escondidinho
Rua da Escola nº 269, Riba D’ Aves,
Ortigosa
Contacto 244 614 321 /
917 888 065
Facebook Escondidinho Riba D´aves
POMBAL
O Manjar do Marquês
Estrada Nacional nº1, Pombal
Contacto 236 200 960
Facebook O Manjar do Marquês
Site www.omanjardomarques.com
PORTO DE MÓS
T-bone Steakhouse
Av. Nuno Álvares Pereira, nº 93,
Porto de Mós
Contacto 913 516 330
Facebook BatalhaSteakHouse
Instagram @tbonebatalha

22 abril, 2021 — Região de Leiria 37

 Cantinho dos bichos
Animais “órfãos” Adoções Nem todos os animais recolhidos foram
abandonados ou conhecem apenas a vida na rua.
Perdidos
& Achados
reencontram Há patudos que assistem à partida dos tutores e
aguardam por novas oportunidades

felicidade junto Joana Magalhães cou comigo e posso dizer que foi

de novos donos Ao entrar num canil ou associa-

ção de proteção de animais será
amor à primeira vista”.
A personalidade doce, a busca
permanente por mimos e a oferta
01 02

difícil não imaginar as histórias de lambidelas a todos os visitan-

que aqueles patudos gostariam de
contar. Nem todos foram abando-
nados ou nasceram e cresceram
na rua. Há também animais que
começam a sua vida no conforto
de um lar. Mas quando os tutores
adoecem ou morrem, ficarão es-
tes animais “órfãos”?
Talvez a história da Boneca e
da Pipoca ajude a perceber estas
situações. As duas cadelas adul-
tas foram entregues à Associação
Desprotegidos, em Leiria, após a
partida do tutor. O familiar que
ficou responsável por elas não
podia acolhê-las. Bárbara Silva
conta que as patudas chegaram
à associação muito assustadas,
mas com tempo adaptaram-se às
novas rotinas. “São duas cadelas
muito meigas e dóceis, se calhar
habituadas a companhia constan-
te e mimos”, explica a presidente
da Desprotegidos.
A Boneca não passou desper-
cebida ao olhar atento de uma
das voluntárias, que acabaria
por se tornar a nova tutora. Inês
Mota é voluntária na associação
01 há um ano e recorda-se de uma
das primeiras atividades em que
participou, no verão do ano pas-
sado: “Estivemos a dar banho a
todos os patudos, a Boneca fi-
01 Inês Mota adotou a Boneca
em setembro de 2020. O tu-
tor anterior faleceu e a cade-
la foi entregue à Desprotegi-
dos
02 O Rex continua à espera da
sua oportunidade. Está para
adoção na associação de
Leiria
Fotos: Inês Mota e
Associação Desprotegidos
02
tes do abrigo da Desprotegidos
conquistou Inês Mota. Até que a
20 de setembro a Boneca passou
a fazer parte da família da jovem
dentista em Leiria. Nos primei-
ros dias a cadela mostrou-se “um
pouco assustada” e procurava ter
sempre companhia. Mas “nunca
roeu, nem estragou nada e só
fazia as necessidades na rua”,
conta a nova tutora. Hoje já tem o
seu “cantinho” no sofá e as man-
tas favoritas. “A Boneca é uma
excelente companheira e alinha
comigo em tudo”.
Inês Mota acredita que o facto
da cadela já ter tido um tutor fa-
cilitou a sua integração e criação
de laços e “rapidamente se ligou
a todos os membros da família
de uma forma especial”. E a com-
panheira da Boneca, a Pipoca,
também já tem uma nova casa.
Mas há animais que, após a
partida dos tutores, continuam a
aguardar por uma nova oportu-
nidade. É o caso do Rex, que está
para adoção na Desprotegidos.
Nasceu em 2017 e “é muito ter-
nurento”, garante a associação.
Em meados de fevereiro, o
bastonário da Ordem dos Veteri-
nários, Jorge Cid, defendeu que
devia haver lugares destinados a
animais de estimação que ficam
sozinhos devido à morte do dono
para garantir que “nunca fiquem
ao abandono”. Em declarações à
agência Lusa, Jorge Cid alertou
para o aumento de mortes em
Portugal neste último ano, devi-
do à Covid-19 e a outras doenças,
em que as pessoas que estavam
sozinhas deixaram o seu animal
(cão ou gato) sem proteção. Os
canis municipais são uma das
soluções apresentadas.
joana.i.magalhaes
@regiaodeleiria.pt
03 04
05 06
01 Pipoca Sou uma caturra
e fugi de casa na zona de
Outeiros da Gândara, em
Leiria. Se me vir ligue aos
meus tutores (962 571 627).
02 Nico Desapareci na zona
da Quinta da Boubã, em
Pataias. A APAMG, na Ma-
rinha Grande, está à mi-
nha procura (919 737 733).
03 Jordana A Associação
Zoófila de Leiria tem cui-
dado de mim, mas preciso
de um tutor. Venha conhe-
cer-me (azlfa@sapo.pt).
04 Cadela Fui encontrada
em Leiria. Se conhecer os
meus donos avise a Casa
Esperanza Focinhos, na
Marinha Grande (919 022
863).
05 Sasha Tenho 3 anos, sou
de porte pequeno e muito
simpática. Adote-me na
CRAPAA, nas Caldas da
Rainha (crapaa.animal
@gmail.com).
06 Júlia Estou no canil mu-
nicipal de Ansião à espera
de uma família para sem-
pre. Marque visita com a
Pêlo na Venta (grupopelo
naventa@gmail.com).

Proibição de armadilhas
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para aves com aceitação

alargada no Parlamento
A proibição de armadilhas para
aves silvestres foi apenas rejeitada
pelo PCP, depois de uma petição e
dois projetos de lei serem debati-
dos em Assembleia da República
a 14 de abril, devendo agora seguir
para sede de comissão. Estas aves,
não cinegéticas, estão protegidas
Cremação individual . Cremação coletiva . Recolha e transporte por uma diretiva europeia mas o
uso de artefactos para as capturar
244 834 826 . 969 847 319 . 969 847 384 . 969 847 356 . Leiria ou matar não é proibido.

38 Região de Leiria — 22 abril, 2021

 Guia Parceria: Guia Guia
Astrológico
Passatempos Cinemas
Leiria
Palavras cruzadas
PALAVRAS CRUZADAS N. 224 Espera deferimento
(abrev.). Califórnio (s.q.).
8 - Indivíduo que gosta de Teatro José Lúcio da Silva 244 823 600
Carneiro (21/3 a 20/4) // A semana não é completamente satisfatória em termos
sentimentais, mas terá domínio e força neste sector, por isso, qualquer obstáculo
dar à taramela, palrador. 9 - será superado. Semana fecunda em termos laborais. Imaginação e criatividade a
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Engane. Nome de homem. Teatro Miguel Franco 244 860 480 marcarem as atividades.
10 - Branqueio com cal. Dentro da Minha Pele Realizado por Toni
1 Repitam (Fig.). 11 - Eles. Venturi e Val Gomes. M/16 anos. Terça 27: 19h30. Touro (21/4 a 21/5) // A sua vida sentimental atravessa um bom momento que

 Um tanto achatado. Igreja Documentário. deve evitar perturbar com relações fortuitas. Possibilidade de ligação sentimen-
2 episcopal. tal no seu local de trabalho. Possibilidades de progressão no seu círculo de traba-


O Mal Não Existe Realizado por Mohammed
lho. Sentir-se-á respeitado e popular.
3 VERTICAIS Rasoulof, com Baran Rasoulof, Mohammad

 
1 - Diorâmico. 2 - Falham. Seddighimehr, Mahtab Servati. M/14 anos. Quarta
Gémeos (22/5 a 21/6) // O elemento feminino atravessa um período de estabili-
4 Engaste de pedra 28: 19h30.
dade. Para o elemento masculino é um bom momento para dirimir conflitos fami-
preciosa (pl.). 3 - Nota
musical. Bigorna de liares. Seja prudente e muito atento a tudo o que se passar à sua volta. Dedique-
5 Cinema City 244 845 071

 
aço, sem hastes, usada -se ao sector profissional com mais afinco.
pelos ferradores e nos Cineplace LeiriaShopping 244 826 516
6 estabelecimentos de

  
Mortal Kombat 2D. M/16 anos. Quinta 22, Sexta 23 Caranguejo (22/6 a 22/7) // Semana marcada pelo ciúme e também pela paixão.
cunhar moedas. Nome de e Segunda 26 a Quarta 28: 15h20, 17h40 e 20h00.
7 homem. 4 - Chocalheiro. Dificuldade em dominar-se. Terá tendência para fazer recriminações e exigên-
5 - Arco. Má hora! (Arc.). 6 Raya e o Último Dragão 2D. M/6 anos. Quinta 22, cias. O final da semana reserva-lhe uma boa surpresa. Tome iniciativas mais de
8 - O refugo da sociedade. Sexta 23 e Segunda 26 a Quarta 28: 15h10, 17h30 e acordo com as suas convicções.


Samário (s.q.). 7 - Raer. 19h50. Versão Portuguesa.
9 Dá forma de anel. 8 - Que Leão (23/7 a 23/8) // O elemento feminino deve reforçar as suas posições, tor-

 
tem a pele vermelha. 9 Music 2D. M/12 anos. Quinta 22, Sexta 23 e Segun- nando-se mais interveniente e tomando iniciativas. O elemento masculino terá
10 - Germânio (s.q.). Aqui da 26 a Quarta 28: 15h40, 18h00 e 20h20. tendência a aventuras, negligenciando situações mais interessantes. Sentir-se-á

 
estão!. Sufixo diminutivo.
10 - Acomete, investe. confiante no plano profissional.
11 SUDOKU N.73 11 - O m. q.
Não cozidas.
Vic o Viking: A Espada Mágica 2D. M/6 anos.
Quinta 22, Sexta 23 e Segunda 26 a Quarta 28:
© PUZ 2019 racemiforme. © Virgem (24/8 a 23/9) // O instinto e a natureza convergem para novas forças que
16h20 e 18h20. Versão Portuguesa.
HORIZONTAIS velocidade. Actínio (s.q.). poderão agir em seu favor se conseguir combater um certo nervosismo. Ten-
HORIZONTAIS
1 - Proceder à descarga. 4 - Ratazana. Fiz obra de Missão Vingança 2D. M/14 anos. Quinta 22, Sexta são familiar que deve combater. Período favorável à independência profissional.
Proceder à des car ga. 2 - Dar
2 - Dar as cores do íris. as co res do íris.
tear. 5 - Di reita, aprumada.
Amareleceriam. 6 3 de
Nível - Au tor (Suf.).: FÁCIL
Dificuldade 23 e Segunda 26 a Quarta 28: 20h30. Aproveite a energia desta semana.
ndei comDireita,
velocidaaprumada.
de. Actínio 3(s.q.).
- - Calmos.
4 - Rata zana. Fiz7obra
- Apartamento
de tear. 5 - Amareleceriam.
Autor (Suf.). Andei com (abrev.). Imediatamente. Nomadland - Sobreviver na América 2D. M/12 Balança (24/9 a 23/10) // Tente neutralizar alguns conflitos, pois, se avançarem,
Calmos. 7 - Apartamento (abrev.). Imediatamente. Espera deferimento (abrev.). Ca-
anos. Quinta 22, Sexta 23 e Segunda 26 a Quarta podem tornar-se incontroláveis e insustentáveis. Não exija que estejam consigo,
órnio (s.q.). 8 - Indivíduo que gosta de dar à taramela, palrador. 9 - Engane. Nome de 28: 15h30, 17h50 e 20h10. se os sentimentos não evoluem nesse sentido. Nesta semana, não conte com fa-

iscopal. Sudoku
mem. 10 - Branqueio com cal. Repitam (Fig.). 11 - Eles. Um tanto achatado. Igreja
Monte Real cilidades quer no plano profissional, quer no económico.

GRAU DE Cine-Teatro 244 616 245 Escorpião (24/10 a 22/11) // Na vida sentimental pode viver momentos de fasci-
VERTICAIS nação e delírio. Se não encontrou ainda a sua alma gémea, isso pode acontecer
DIFICULDADE Vieira de Leiria durante estes dias. A maior parte dos condicionamentos que atravessa são do
Diorâmico. 2 - Falham. Engaste de pedra preciosa (pl.). 3 - Nota musical. Bigorna
HHH
aço, sem hastes, usada pelos ferradores e nos estabelecimentos de cunhar moe- Cine-Teatro Actor Álvaro 244 697 570
foro psicológico. A semana favorece sobretudo os empresários.
HH
s. Nome de homem. 4 - Chocalheiro. 5 - Arco. Má hora! (Arc.). 6 - O refugo da socie- Marinha Grande Sagitário (23/11 a 20/12) // A semana configura uma fase menos positiva na vida
H
de. Samário (s.q.). 7 - Raer. Dá forma de anel. 8 - Que tem a pele vermelha. 9 - Ger- sentimental, um pouco por motivos do seu foro íntimo e nem sempre identificá-
Casa da Cultura - Teatro Stephens veis. Mesmo indisposto tente ser atento e meigo. A sua eficácia e competência
ânio (s.q.). Aqui estão!. Sufixo diminutivo. 10 - Acomete, investe. Não cozidas. 11 - O
244 573 300 / 244 573 377 podem ser postas em causa, mas não se desoriente.
q. racemiforme. ©
Nazaré Capricórnio (21/12 a 20/1) // O caminho para a plenitude sentimental parece es-
Cine-Teatro 262 187 750 tar cheio de obstáculos que serão dificilmente ultrapassados. Não seja prepoten-
te ou arrogante. Atravessa uma fase em que terá algumas dificuldades acresci-
Alvaiázere das em atingir objetivos ou em ver brilhar a sua estrela.
SOPA DE LETRAS N.164
Casa da Cultura de Alvaiázere 236 650 600 Aquário (21/1 a 19/2) // Deve tirar o maior partido das oportunidades sentimen-
tais, mesmo que uma situação nova lhe possa meter algum medo. Uma pessoa
W ACHINELAR W CHATICES R NARRAS Caldas da Rainha da família pode incomodá-lo com uma atitude menos respeitadora. No plano
W AFRONTOSA T DOMÍNIO U SANAS © PUZ 2019
profissional, perspetivam-se novas oportunidades de êxito.
Centro Cultural e de Congressos 262 889 650
W AMPARAR U FLOCOS P TRILHA

Sopa de Letras
R CABEÇA
W CARRILHÃO
T FRIORENTO
E MESADA
I VEDÁVAMOS
U VIADUTO
Cineplace - La Vie Shopping Center 262 845 043
Mortal Kombat 2D. M/16 anos. Quinta 22, Sexta 23
e Segunda 26 a Quarta 28: 15h20, 17h40 e 20h00.
Peixes (20/2 a 20/3) // Um afastamento afetivo pode surgir mas pode ser apenas
territorial. Não tenha pressa em envolver-se ou constituir laços sentimentais. Po-
derá ver alguns propósitos falhados e é aconselhável que tente novas estraté-
O L A I T Ç B E T T A A A A R C O I U T V ACHINELAR gias. Poderá ter que partilhar tarefas ou quinhões.
Raya e o Último Dragão 2D. M/6 anos. Quinta 22,
M F R S R O
A B O R E A R
  P
S A
S E
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R N I C S L O D S O O A AFRONTOSA Sexta 23 e Segunda 26 a Quarta 28: 15h10, 17h30 e
T O C A E S
L R ET UA NT UE SA
I
S
A
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H
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R C D O E Ã E E S S E 19h50. Versão Portuguesa.
A T E N AMPARAR
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A
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C
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A
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I
C
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P CABEÇA Nomadland - Sobreviver na América 2D. M/12
anos. Quinta 22, Sexta 23 e Segunda 26 a Quarta
Jogos de sorte
T E F I A S I S
E S T E C
A N
L C O
C R R R T C I S T I O L CARRILHÃO 28: 15h30, 17h50 e 20h10.
 A C U S ES
N L A A S D F O V A I C A M A R N A A M S Euromilhões Totobola
E U C
 A R A M E L O S C E CHATICES Vic o Viking: A Espada Mágica 2D. M/16 anos.
R O D H N
S M O R AA R R A S R E A M I R M H I D T Sorteio nº 31/2021 - Sexta-Feira Sorteio nº 16/2021 - Domingo
 OC DI RA 
A C U A L I R
L
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I R R Ã S O A L C E T O
Quinta 22, Sexta 23 e Segunda 26 a Quarta 28:
DOMÍNIO
6 11 29 40 48 + 5 9
E I D E R A
15h50. Versão Portuguesa.
R O T D
A I N O M A N O
V I I A
C
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O A A A R I C L A I A A FLOCOS
1. SL Benfica - Gil Vicente 2
A S O P O A R M P S R L A L E A I O S D V Crash 2D. M/18 anos. Quinta 22, Sexta 23 e Segun-
P F A O A M L T C A B E Ç A A A H R A E D
.
FRIORENTO
.
. . . . . . . . L . . . . . . . . . .
. . . . . . . AO . . . . . . . . . .
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. da 26 a Quarta 28: 18h10 e 20h30. M1lhão 2. Rio Ave - Sp. Braga X
. . . . . . . PÃ . . . . . . . . . . . .
Sorteio nº 16/2021 - Sexta-Feira 3. V. Guimarães - Santa Clara 1
M A A D
SOLUÇÃO PALAVRAS CRUZAD R C I A S R R N N O M A N S D O T MESADA
. . C . . . AD . . . . . . . . . . . . .
Benedita
NQ Z 2 72 92
. . . H . D I AROG . . . . . . . . . .

A M R N A R O N M M H I O T F O E A O A H 4. Famalicão - Portimonense 2
. . . . AT . . . . . . . . . . . . . . O

NARRAS
. . . . PN . . . . . . . . . . . . . . D
Centro Cultural Gonçalves Sapinho 262 921 300
O F D I T T T A I V I H E R O M V H A E E
. . . A . . C . S OC I ACRA . . . . A

Totoloto 5. Moreirense - Tondela 2

. . . . . . . E . . .C. . . . . . . . I

R R I O R V T I R O A C F I A A L D A O A SANAS Alcobaça
. . . . . . . . L .H.O. . . . . . . L
. . . . . . . . . E .U.G. . . . . . O

R V E L I T I C I E B A N M M A H A A R L
. . . . . . . . . . R .M. I . . . . A F
Sorteio nº 31/2021 - Sábado 6. Casa Pia - Académica 2
TRILHA . . . . . A . . . . . . . O . TB . C . S
Cine-Teatro João D’Oliva Monteiro 262 580 890
17 2 6 2 8 3 5 4 4 + 1 2
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N S N I N L A C I R O R L O O A F I S P T . . . . RO . . . . A . . . M I R . . . .
7. Desp. Chaves - Ac. Viseu 1
VEDÁVAMOS
Porto de Mós
. . . . I T . . . G . . . B . OS . . . .
S S Ç M A R I M E E R A S A R M O N T F A . . . . OI . . E . . . E . S . .M. . .

Euromilhões 8. Penafiel - Cova da Piedade X

. . . . S E . N . . . AB S OLUTO . .
S S A V I I C V O A A I R N B L A M N C R VIADUTO. . . . ALB . . . D . . . . . . . . . .
. . . . .A. . .A. . . . . . . . . . .
Cine-Teatro 244 499 609
H D A A A O I N L E E A E A A A M S S S A .
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. . . . . . . S AVA P S AR . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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. Sorteio nº 32/2021 - Terça-Feira 9. Bétis Sevilha - Valência X
V R R B V H E L O S I O C A M M S I R R V Nota: são possíveis todos os
sentidos para as palavras
SOLUÇÃO SOPA DE LETRAS N. 165
Ourém 5 17 2 8 4 1 4 6 + 10 1 1 10. Real Sociedad - Sevilha 2
© PUZ 2019
SOLUÇÃO SUDOKU N. 74 Cine-Teatro 249 543 666/249 544 315 O resultado do Totoloto da última quarta-feira 11. Nápoles - Inter de Milão X
SOLUÇÕES: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Pedrógão Grande
não é publicado, uma vez que o sorteio acontece
depois da hora de fecho desta edição. 12. Atalanta - Juventus 1
B O S E  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

 MS  S R O O . . . . . . . . . . . . S . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . .O. . . . . . .
Casa Municipal da Cultura 236 486 257 Estes resultados não dispensam a consulta da 13. Leicester City - Southampton 1
 A MR OT UA MR A I O
L U D A
C
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. . . . . . . . . . . A. .M. . . . . .
. . . . . . . . .O.C. . .A. . . . . lista oficial do Departamento de Jogos da Santa
E L E I R O A R A M T
. . . . . . . . I . . H . . OMV . . . .
Figueiró dos Vinhos Casa da Misericórdia de Lisboa. Super 14. Chelsea - Manchester City 1
  E DC F
A . . . . . . N . . . I . T . . EA . . .
P J A A M . . . . . I . . . . NN . . . . S D . .
 E N O S I
P . . . . M . T CAB E ÇA . . . . AE .
S E R M A S O . O . R . . . R L . . . . . . . DV Casa da Cultura 236 559 600
ROTD . I . A . O . A . . . C . . . . A
A R I A M
L M A R E A ACU . L . . F I . . R . . . A . C . . .
Ansião
Onde está o repórter?
E C I RODHNAR RA S . . . . . R . H . . .
 RA R TI  A T A R . LA . . . FO . . . . . . . R . A . . .

 E R E AT CA R C O
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. F I S . . .N. . . . . . . I . T . . .
. . VA . . . T . . . . . . . L . I . . .
. . .N. . .O. . . . . . .H.C. . .
Centro Cultural de Ansião 236 670 203

Pombal
R R E G A R E S C A D . . .A. . . S . . . . . . .Ã. E . . .

A resposta à imagem de “Onde está o repórter?”, publicada online no

. . . S . . .A. . . . . . .O. S . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Palavras cruzadas LetrasDE LETRAS N. 164Sudoku

Sopa deSOPA
SOLUÇÃO Teatro-Cine de Pombal 236 210 540 passado domingo, é: Convento do Louriçal (Pombal)
SOLUÇÃO SUDOKU N. 73
SOLUÇÃO PALAVRAS CRUZAD
22 abril, 2021 — Região de Leiria 39
 Tempo
22.04.2021
quinta-feira sexta-feira sábado
5 603199 006935 04388 Máxima 21º Máxima 22º Máxima 22º
Mínima 10º Mínima 13º Mínima 12º

domingo segunda-feira terça-feira quarta-feira

Máxima 21º Máxima 21º Máxima 21º Máxima 20º
Mínima 10º Mínima 10º Mínima 11º Mínima 10º Helena Vasconcelos
Médica
hml.vasconcelos@gmail.com
Há uma região que nos une trabalhadores mais procurados.
Voltou a Portugal e investiu o dinheiro
que restava numa formação de soldadura
O meu diário
Diogo Faustino, em Warwickshire industrial, na Maia. De dia trabalhava
no sector, à noite mergulhava nos livros
Médicos
“É bom sentir que somos parte de

uma comunidade”
“As histórias são a parte mais importan-
te que levamos da vida” e Diogo Fausti-
no, de 33 anos, já tem uma coleção delas,
recolhidas em vários pontos do planeta.
Nascido e criado em Leiria, sempre
foi um “engenhocas” de computadores,
carros e motas, “constantemente com
as mãos sujas mas com muita atenção
ao detalhe”. Estudou Engenharia Auto-
móvel, em Leiria, ao mesmo tempo que
acelerava na entrega de pizzas. Uma pro-
Warwickshire
Inglaterra
Fundação: 1068
Habitantes: 546.500 habitan-
tes
Área: 1.975 Km2
O melhor por lá
“Ter a liberdade fazer traba-
lhos no meu espaço, para mim
não tem preço”, afirma.
O pior por lá
“Com a Covid-19 e o Brexit,
parece que esta ilha se afasta
cada vez mais de Portugal infe-
lizmente”, refere.
O mais surpreendente
“Estar no campo tem uma
grande influência no tipo de in-
gredientes que usamos e pos-
so dizer que a única coisa que
sinto falta é mesmo da Morcela
de Arroz”, diz o leiriense.
gressão na carreira, com “bom salário na
altura”, levou-o a deixar os estudos para
segundo plano, e viajar.
“Decidi vender quase tudo o que tinha
para ir passar uns tempos à Austrália
[em 2012] para visitar alguns Faustinos
que por lá ficaram. Passei três meses a
viajar sozinho de motorizada dos cor-
reios e apaixonei-me pela ideia de viver
num sítio assim”, conta. Mas, naquele
país do Pacífico, eram os soldadores os
Descarregue no seu telemóvel a aplicação
“Repórter no Mundo”através do link http://bit.
ly/reporternomundo ou do código QR
Andorra poderá acolher uma das próximas
comemorações do Dia de Portugal
da profissão. “Durante meses respirei
soldadura. E mesmo quando o dinheiro
acabou, não desisti”, lembra.
Foi trabalhar para a Holanda, esteve
três anos em França e outros três na Bél-
gica. Em 2019, virou mais uma página e
mudou-se para Inglaterra, na companhia
da namorada, Catarina Pereira. “Tínha-
mos empregos estáveis na Flandres mas
precisávamos de algo de novo e viemos
sem qualquer promessa de trabalho ou
alojamento”, diz. Ela “sentiu-se logo em
casa” enquanto professora, já os impac-
tos da pandemia na economia global,
levaram Diogo a optar por trabalhar por
conta própria. “Estabeleci-me como um
soldador que dá importância ao resultado
final, não só em aparência como em fun-
cionalidade. Tenho uma oficina pequena
e o meu gosto por carros não passou des-
percebido. Grande parte dos trabalhos
que a FPW (Faustino Precision Welding)
faz é no ramo da competição automóvel”,
explica, justificando que “a soldadura é
daquelas profissões que parece fácil para
quem está a ver, mas aprender a fazer
algo bonito e funcional, ao mesmo tempo,
leva anos”.
Vive em Ashorne, uma aldeia com
duas dezenas de casas, em Warwickshi-
re, rodeada por “colinas cheias de cam-
pos verdejantes ou bosques com veados,
raposas, esquilos e muita passarada”, “a
vida move-se a passos muitos lentos”,
onde todos se conhecem e são bem rece-
bidos. Acolhimento que aumentou com a
Covid-19: “Estas povoações juntaram-se
ainda mais para cuidar dos seus e é bom
sentir que somos parte de uma comuni-
dade mesmo longe de Leiria. Em cerca de
10 anos a trabalhar e viajar pela Europa,
é a primeira vez que sinto isso”. MG
P
assei dois dias a fazer exames de espe-
cialidade a médicos que finalizaram
a especialidade em gastrenterologia.
Foram dois dias com cerca de 20h de
interrogatório divido em 3 provas,
curricular, prática e teórica. Foi um prazer ver
gente bem preparada, sabedora e bem forma-
da. Fiquei verdadeiramente orgulhosa desta
nova geração. Depois ouvi os seus relatos apai-
xonados pela carreira, as suas vidas pessoais
adiadas e vi também a minha, em perspetiva,
sempre a prestar provas, a fazer exames, a
mostrar e demonstrar que somos capazes de
nos mantermos atualizados, proficientes.
Depois vejo como anda a nossa imagem,
sempre a ser criticados, sempre a ser julgados
e tantas vezes maltratados pelas pessoas que
acham que temos uma vida fácil e confortável.
Não dá para deixar de ser corporativista, não
dá para deixar de ser solidário que esta vida é
e sempre foi difícil, mas com o caminhar dos
anos parece que se adensa e emaranha numa
teia cada vez mais delicada de tecer e difícil de
desenvencilhar.
Tiveram 6 anos de faculdade, um de estágio,
5 de especialidade e estão a muitos exames de
terminar uma carreira. Sempre na aflição do
julgamento de um júri que não quer saber de
filhos, viagens ou lazer, sempre a incentivar
à excelência. Trabalhos publicados em revis-
tas internacionais indexadas, comunicações
orais em congressos internacionais, palestras,
protocolos, ensaios clínicos são normais para
estes jovens médicos. Estágios internacionais
são quase obrigatórios e saem-lhes do corpo
e do bolso. Têm de ter números de tudo e têm
que ter feito em quantidade e qualidade. Acre-
ditem que esta nova geração de médicos está
muito bem preparada, contudo já deixaram
muita vida para trás e um tempo de leveza que
não volta mais.
Não tenho nenhum filho médico e reconhe-
ço, que cada vez que algum contornava essa
decisão havia em mim um misto de tristeza
e alegria, como se o vaticínio da minha avó
se concretizasse. Deus te crie para boa sorte!
Como se esta sorte não fosse boa, como se
a alegria de tratar dos nossos semelhantes
tivesse de continuar a ser uma missão em vez
de uma profissão. Tiro hoje o chapéu aos meus
colegas que se entregam a uma profissão que
por vezes é tão árdua, tão ingrata. Parabéns a
todos nós!

O primeiro-ministro anunciou um reforço dos investimentos na digitaliza-

PUB.

ção da rede consular portuguesa e dos meios para o ensino à distância do

Português. António Costa, que participou esta semana, com Marcelo Rebe-
lo de Sousa, na XXVII Cimeira Ibero-Americana, em Andorra, sugeriu ainda
que uma das próximas comemorações do Dia de Portugal, 10 de Junho, seja
celebrado em Andorra. A Embaixada de Portugal em Andorra foi encerrada
pelo Governo PSD/CDS, liderado por Pedro Passos Coelho, e a sua reabertu-
ra tem sido pedida pelos representantes da comunidade portuguesa, a se-
gunda maior estrangeira do principado depois da espanhola. Com cerca de
10.500 pessoas, representa cerca de 14% da população total do principado.
Em Portugal e França com responsabilidade social