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O que é FMEA e como aplicar

para melhorar processos e


produtos

Publicação : 22/03/2019
Por Siteware
8 min

(Clique no player para o ouvir a narração do nosso post sobre o que é


FMEA ! Deixe nos comentários o que achou.)

Quem faz melhor que os concorrentes, tem um enorme diferencial


competitivo.

Por isso, independentemente da área de atuação de uma indústria ou


empresa, sabemos como a ideia da “qualidade” está sempre presente.

Mas, e quando os processos não estão acontecendo em conformidade


com o que foi definido inicialmente? E quando os produtos começam
a apresentar falhas? Em alguns casos, esse tipo de problema pode
comprometer até mesmo a segurança do consumidor final.

Uma das metodologias utilizadas para lidar com esse tipo de problema
e para identificar causas e efeitos é o FMEA.
Você sabe o que é FMEA? Bem, pode ser o primeiro passo para reduzir
falhas e melhorar a qualidade de seus produtos. Sendo assim,
impactando diretamente na satisfação e confiança do cliente.

Acompanhe o texto e descubra os dois tipos de FMEA, suas vantagens,


além de onde e como aplicar!

Saiba mais: Quais são as ferramentas da qualidade

O que é FMEA?

A sigla FMEA significa “Failure Mode and Effect Analysis”. E o que é


FMEA, na tradução para o português? Análise de Modos de Falha e
seus Efeitos.

Trata-se de uma metodologia que permite analisar possíveis falhas e o


que sua ocorrência poderia causar dentro de uma indústria. Identifica,
também, ações prioritárias de melhoria.

Seu uso começou em operações militares já no final dos anos 40. O


FMEA, desde então, servia para avaliar a confiabilidade de sistemas e
as falhas em equipamentos utilizados.

Da NASA à Ford, e hoje usada em diversas indústrias, o FMEA se


popularizou como uma ferramenta útil para garantir segurança e
eficiência em seus dois tipos possíveis:

 Produtos: FMEA aplicado sobre as falhas de produto, que saem do


padrão e das especificações definidas em um projeto;
 Processos: FMEA aplicado sobre as falhas de processo, desde seu
planejamento, e que geralmente são observadas após identificadas as não
conformidades em produtos.

Vantagens do FMEA
O FMEA, muitas vezes, atua como uma medida preventiva. Sua grande
vantagem é a possibilidade de diminuir a frequência de falhas ou
até mesmo eliminá-las. Os produtos e processos, consequentemente,
tornam-se mais assertivos, com foco sempre na qualidade superior.

Outro grande benefício seria a economia para a empresa. Em uma


indústria, por exemplo, a redução de falhas em um processo de
fabricação se relaciona diretamente à redução de matéria-prima
utilizada.

Utilizando menos material, gasta-se menos e apenas com o essencial,


evitando qualquer desperdício e reduzindo custos na empresa .

Para o consumidor final, significa dizer que o produto dificilmente terá


um problema de fabricação. O resultado é qualidade no produto,
satisfação do cliente e confiança na marca.

Onde e como aplicar?

O FMEA sempre é utilizado para melhorar processos ou produtos, seja


com base em falhas pré-existentes ou para evitar a ocorrência de
falhas potenciais.

Em projetos de novos processos ou produtos, também pode ser


interessante para definir antecipadamente a probabilidade de falhas e
evitar diferentes tipos de problema.

Você já sabe o que é FMEA e conhece suas vantagens. Agora vamos


aprender como aplicar?

Veja também: Como fazer a implantação de um sistema de


qualidade nas organizações?

Passo a passo do FMEA


Primeiramente, você precisará identificar os possíveis modos de
falha. Os dados devem ser os mais reais possíveis, vindos da
engenharia ou do campo.

Em seguida, irá analisar os riscos de cada modo de falha. Mas


como?

Você irá atribuir, sobre cada modo de falha potencial identificado na


etapa anterior, um valor em uma escala de 1 a 10 para a:

 Gravidade do problema (G): no qual 1 é “nunca” e 10 é “sempre”


 Probabilidade de ocorrência (O): no qual 1 é “nunca” e 10 é “sempre”
 Probabilidade de detecção da falha (D): começa no qual 10 é “nunca”
e 1 é “sempre”

Nota sobre a escala (modelo abaixo usado no “G” e “O”, apenas


invertido no “D”):

Os três números serão, então, multiplicados, para gerar um número de


prioridade de risco (RPN – do inglês Risk Priority Number). O RPN se
torna o valor prioritário, aquele que classifica os modos de falha.

Quanto maior o número, mais crítica é aquela falha em questão e mais


rapidamente uma medida ou ação deverá ser tomada para evitá-la.

Em resumo, o cálculo ajuda a priorizar possíveis defeitos com base em


sua gravidade, frequência e probabilidade de detecção. O maior
número resultado do cálculo exigirá a atividade de melhoria mais
urgente.

Exemplo de cálculo

Para calcular, a fórmula para essa “pontuação de risco”, seguindo as


explicações anteriores, é a seguinte:
G x O x D = RPN

No exemplo abaixo, compartilhado pela plataforma MoreSteam,


vemos mais detalhes sobre um processo de instalação de cinto de
segurança em uma montadora de automóveis.

Considere que:

 O “A) Severity” é o nosso “G” – a gravidade, no qual 10 é o mais grave;


 O “B) Probability of Occurence” é o “O” – probabilidade de ocorrência,
no qual 10 é a maior probabilidade;
 O “C) Probability of Detection” é o “D” – probabilidade de detectar a
falha, no qual 10 é a menor probabilidade.

Vemos que há três diferentes modos de falha potenciais identificados


e relacionados ao cinto de segurança dianteiro esquerdo. O primeiro
deles relacionado à cor errada do cinto, o segundo ao fecho/parafuso,
que não está apertando totalmente, e o terceiro sobre o
desalinhamento da peça.

Fazendo a conta G x O x D = RPN, o maior número observado foi o


do segundo modo de falha, cujo resultado foi 144. Ou seja, 9 x 2 x 8 =
144.

Nesta análise de modos de falha e seus efeitos, ou seja, o FMEA, o


número 144 mostrou que o segundo modo de falha deve ser, no
momento, a maior prioridade para melhoria de processo da empresa.
Assim, seja neste ou em outro exemplo, a conclusão é que, uma vez
identificadas potenciais falhas e nível de prioridade para repará-las,
fica mais fácil trabalhar em cima de ações preventivas ou corretivas.

Mantenha o foco na qualidade

O foco deve ser sempre na qualidade, seja em processo ou em


produto!

Aprendeu o que é FMEA? Que tal tentar uma tabela própria sobre
processos na indústria em que trabalha? Qualquer dúvida, deixe seu
comentário.

Saiba mais: Quais são os indicadores de qualidade que você deve


usar em seu negócio?

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