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O QUENYA E O 

SINDARIN

“Dentre todas as línguas élficas estas são  mais conhecidas,  o  Quenya  e


o  Sindarin“.

Quenya – História

Em sua mitologia, foi desenvolvida pelos Elfos não-Telerin que alcançaram


Valinor (os “Altos-elfos”) a partir de uma língua anterior chamada Eldarin
Comum, que também evoluiu do chamado Quendiano Primitivo.

Das Três Casas dos Elfos, os Noldor e os Vanyar falavam dialetos do


Quenya um pouco diferentes, mas inteligíveis, o “Quenya Noldorin”, ou
“Quenya Exílico” (chamado assim por causa da fuga dos Noldor para a
Terra-média) e o “Quenya Vanyarin”, também chamado de “Quendya”. O
Quenya também foi adotado pelos Valar, que introduziram nele algumas
palavras de sua própria língua, o Valarin, embora essas fossem mais
numerosas no dialeto Vanyarin do que no dialeto Noldorin do Quenya,
provavelmente pela maior convivência dos Vanyar com os Valar.

Na Terceira Era do Sol o Quenya não era mais uma língua viva na Terra-
média: a maior parte dos elfos falava o Sindarin, e a maioria dos Humanos
falava o Westron. O Quenya era utilizado como uma língua cerimonial ou
utilizada em registros, assim como o Latim era utilizado na Europa medieval.
Por conta da semelhança no uso, chamamdo o Quenya de “latim élfico”.

O Quenya foi a primeira língua élfica a ser escrita, primeiramente com o


sistema Sarati de Rúmil, depois com as Tengwar de Fëanor.

Sindarin – História

o Sindarin era a língua élfica mais comumente falada na Terra-média na


Terceira Era. Era a língua dos Sindar, aqueles Teleri que foram deixados
para trás na Grande Marcha dos Elfos. Ela deriva de uma língua anterior
chamada Telerin Comum.

Quando os Noldor retornaram à Terra-média, eles adotaram a língua


Sindarin para se comunicar com os elfos que lá viviam, tendo em vista a
proibição do rei Thingol do uso do Quenya em seu reino. O Sindarin possuía
raízes comuns com o Quenya, mas era mais mutável que a última; havia um
certo número de “dialetos” regionais do Sindarin, sendo aquele falado em
Doriath considerada a forma mais nobre da língua.

Antes da Queda, a maior parte dos Homens de Númenor também falavam a


língua. O conhecimento dela era mantido no reino númenoriano no exílio de
Gondor, especialmente entre os mais versados. O Sindarin é a língua
referida como a língua élfica em O Senhor dos Anéis.

Tolkien originalmente imaginou que a língua que se tornaria o Sindarin era


falada pelos Noldor (segundo clã dos elfos). Contudo, Tolkien decidiu mais
tarde que seria a língua dos Sindar. Por essa razão ela era chamada
de Noldorin em materiais mais antigos, como as Etimologias. Quando o
Noldorin se tornou o Sindarin, também adotou algumas funções da
língua Ilkorin, com a qual originalmente não tinha relação. Tolkien baseou a
sonoridade e alguma parte da gramática do seu Noldorin/Sindarin no galês,
e o Sindarin demonstra algumas das mutações consonantais que
caracterizam as línguas céltas (especialmente britônicas). A língua também
provavelmente foi influenciada até certo grau pelas línguas germânicas, já
que Tolkien era um estudioso do inglês antigo, nórdico antigo e gótico.

Dentro da ficção, o Sindarin era escrito com o alfabeto Cirth antes do


retorno dos Noldor à Terra-média, mas após isto era escrito em Tengwar.

No mundo real a língua é geralmente escrita com o alfabeto latino,


representando a transcrição do “Tengwar original” ou “Cirth original”.
Alguns entusiastas tolkienianos escrevem em Cirth ou Tengwar, usando
fontes especializadas, mas a maior parte das composições neo-Sindarin são
escritas com o alfabeto latino.

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