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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS PATO BRANCO

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

QUÍMICA ATIVIDADES EXPERIMENTAIS


ENGENHARIAS

PROFESSORES: Liliam Cristina Ângelo


Marcos Bertani Gazola
Marlene Capelin Ignoato
Maristela Fiorese Amadori
Mauro Vestena

PATO BRANCO, 2016


SUMÁRIO

PRÁTICA 01 – Técnicas básicas de laboratório de química ................................................. 3


PRÁTICA 02 – Determinação da massa e de Volume de materiais .................................... 19
PRÁTICA 03 – Condutibilidade Elétrica ............................................................................. 24
PRÁTICA 04 – Polaridade ................................................................................................... 29
PRÁTICA 05 – Uso de Indicadores ..................................................................................... 33
PRÁTICA 06 – Reações Químicas I .................................................................................... 35
PRÁTICA 07 – Reações químicas II.................................................................................... 40
PRÁTICA 08 – Fatores que Afetam a Velocidade de uma Reação ..................................... 43
PRÁTICA 09 – Termoquímica............................................................................................. 48
PRÁTICA 10 – Equilíbrio Químico ..................................................................................... 49
PRÁTICA 11 – Escalas de pH e Medidas de pH do solo ..................................................... 52
PRÁTICA 12 – Reações de Óxido-Redução espontâneas ................................................... 56
PRÁTICA 13 – Células eletrolíticas – eletrólises ................................................................ 59
PRÁTICA 14 – Corrosão ..................................................................................................... 63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 65

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PRÁTICA 01 – TÉCNICAS BÁSICAS DE LABORATÓRIO DE QUÍMICA

SEGURANÇA: A química é uma ciência experimental, e o seu progresso depende dos


trabalhos experimentais normalmente desenvolvidos em laboratórios. Qualquer laboratório
de química é potencialmente perigoso, portanto, é necessário o máximo de cautela ao
trabalhar num laboratório.
Existe uma regra geral: toda substância desconhecida é potencialmente perigosa, até
que se prove o contrário. Assim, o máximo de cuidado deve ser empregado ao manusear
qualquer substância química. A toxidez das substâncias químicas varia muito, e nem todas
as substâncias, mesmo as mais usualmente empregadas, tiveram seus aspectos
toxicológicos suficientemente estudados. Portanto todo cuidado é pouco.

ORGANIZAÇÃO E LIMPEZA: concluída a prática, lave todo o material e limpe a


bancada.

ATENÇÃO: Leia todas as experiências antes de executá-las, para evitar enganos.

“TRABALHE SEMPRE COM MÉTODO, ATENÇÃO E CALMA.”

NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO

1. Usar jaleco de algodão para proteger a roupa.


2. Não fumar, não comer e não beber dentro do laboratório.
3. Ouvir com muita atenção as instruções de seu professor ou auxiliar.
4. Quando for utilizar um determinado reagente, ler com atenção o rótulo.
5. Ao ligar qualquer aparelho, verificar se a voltagem da rede corresponde à indicada na
etiqueta do aparelho.
6. Evitar o contato de qualquer substância com a pele. Usar luvas de látex, ou nitrílicas
conforme o caso.
7. Evitar o uso de material com defeito, principalmente vidraria.
8. Não provar reagentes, quaisquer que sejam.
9. Não inalar gases ou vapores sem certificar-se de que não são tóxicos. Reações que
liberam gases devem ser realizadas na câmara de exaustão (capela).
10. Manter os recipientes contendo reagentes, soluções, etc., etiquetados. Isso auxilia no
trabalho e evita enganos com desperdícios de tempo e material.
11. Não usar a mesma espátula em reagentes diferentes. Caso contrário ocorrerá alteração
nas propriedades dos mesmos.

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12. O material molhado com reativos, especialmente pipetas, não deve ser sacudido fora da
pia.
13. Manter a cabeça e as roupas afastadas da chama. Diminuir a chama do bico de Bunsen
quando interromper o seu uso.
14. Ao aquecer substâncias ou soluções em tubos de ensaio, não virar a boca do tubo em
sua direção ou na de outra pessoa. Não aquecer bruscamente nenhum sólido ou líquido.
Jamais aquecer sistemas completamente fechados. Utilizar óculos de policarbonato
como proteção.
15. Não trabalhar com substâncias inflamáveis perto da chama. (Ex: álcoois, éteres,
cetonas, etc.,).
16. Manusear com cuidado vidraria ou peças metálicas aquecidas. Lembrar-se de que
materiais quentes frios possuem geralmente a mesma aparência.
17. Ao diluir ácido ou dissolver uma base, adicioná-lo (a) lentamente sobre a água, com
agitação. Usar resfriamento, se necessário.
18. Utilizar pipetas, provetas e buretas de volume adequado à quantidade de líquido que se
pretende medir.
19. Não devolver sobras de reagentes aos frascos de origem sem consulta prévia ao
professor.
20. Não jogar detritos na pia ou nos ralos. Utilizar para isso lixeiras existentes no
laboratório.
21. Usar as quantidades de reagentes indicadas no roteiro de cada aula.
22. Antes de deixar o laboratório, lavar a vidraria utilizada, limpar a mesa de trabalho e
lavar bem as mãos.
23. Ao retirar-se do laboratório, verificar se todos os aparelhos estão desligados e se não há
torneiras abertas (água e gás).
24. Não é permitido frequentar aulas práticas com calçados abertos (sandálias, chinelos,
...), e com roupas como bermudas, as mesmas não possuem segurança.

SE OCORRER ALGUM ACIDENTE, COMUNICAR O PROFESSOR


IMEDIATAMENTE.

GUIA DE LABORATÓRIO
As aulas de laboratório serão baseadas nesta apostila, que contém as instruções
básicas sobre a experiência a ser executada. No entanto, para que você possa acompanhar
as aulas será necessário que você leia as técnicas e o procedimento experimental antes de
cada experiência. As experiências foram elaboradas para serem realizadas em equipe
de três ou quatro alunos.

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O LABORATÓRIO QUÍMICO

O laboratório Químico é o lugar privilegiado para a realização de experimentos,


possuindo instalações de água, luz e gás de fácil acesso em todas as bancadas. Possui ainda
local especial para manipulação das substâncias tóxicas (a capela), que dispõe de sistema
próprio de exaustão de gases. O destilador, a balança analítica, vidrarias de todo tipo e
tamanho e reagentes com grau de pureza analítica são recursos mínimos de qualquer
laboratório.
O laboratório é um local de trabalho onde há risco de acidentes devido à existência
de substâncias tóxicas, inflamáveis e explosivas. Por isso é equipado com extintores de
incêndio, lava-olhos, chuveiro e saídas de emergência e uma farmácia de primeiros
socorros. É imprescindível que alunos, técnicos e professores conheçam e sigam as normas
de segurança de um laboratório químico.

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

1) Óculos de segurança:
Óculos de segurança com proteção lateral é item indispensável em laboratórios de
química. Esse item de segurança vai protegê-lo de quaisquer respingos de produtos
químicos agressivos e fragmentos de vidros, eventualmente produzidos na quebra de
qualquer item de vidraria. Lentes de contato não são recomendadas porque vapores
corrosivos ou líquidos podem ficar presos entre elas e seus olhos, o que irá agravar o
problema. Normalmente os óculos são fabricados em policarbonato, nylon ou acetato, as
lentes são em cristal oftálmico, resina ou policarbonato, incolores ou coloridas e devem ser
altamente resistentes a impactos e riscos.

2) Jaleco
O jaleco tem a função de protegê-lo de respingos de produtos químicos e
queimaduras com líquidos quentes e por chama direta. Para maior proteção deve ter mangas
longas, comprimento até o joelho, de preferência serem confeccionados em tecido de
algodão e possuírem sistemas de fechamento com botões de pressão na frente e nas
mangas, para eventual retirada rápida, em caso de emergência. O tecido de algodão é
escolhido por reter melhor os respingos e ser pouco inflamável em comparação com os
tecidos sintéticos (jalecos de tecidos sintéticos são totalmente desaconselhados). A cor
branca é a mais utilizada em laboratórios de química.

3) Luvas de látex ou luvas nitrílicas


Luvas tem a função de proteger contra a introdução de substâncias estranhas no
organismo humano por via dérmica, junções de unhas e eventuais ferimentos, mesmo que
pequenos nas mãos e punhos.

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TOXICOLOGIA

Grande parte de produtos químicos são considerados tóxicos. Para uma avaliação
adequada do risco envolvido na manipulação de uma substância, devem ser conhecidas as
relações entre toxicidade, freqüência de manipulação e concentração durante a exposição.
As substâncias tóxicas podem entrar no corpo por inalação, ingestão, absorção
através da pele ou pela combinação desses caminhos. Algumas substâncias se decompõem
gerando material tóxico quando submetidos ao calor, à umidade ou presença de outros
produtos químicos. As informações concernentes à toxidez ou risco potencial de toxidez
podem ser obtidas do fornecedor do produto, da literatura ou por testes laboratoriais com
cobaias. Tais informações são importantes para que se determine o tipo de EPI
(equipamento de proteção individual) contra a exposição e o tratamento médico adequado
adotado no caso de exposição.

PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

Para que exista o fogo, é necessária a condição favorável, juntamente com os três
elementos que são o comburente (ou oxigênio), o combustível e o calor (ou energia de
ativação que permite que os primeiros dois elementos entrem em ação). Isto é a chama de
um fósforo, faíscas, incidência dos raios solares sobre objetos que os refletem, tais como
vidros, latas e outros. Ou por autocombustão (em temperaturas > 290ºC).

Figura 1 - O triângulo do fogo

O lançamento de água baixa a temperatura dos materiais que estão a arder, impede a
combustão ou que ardam. Quando se lança um cobertor ou areia sobre um foco de incêndio
impede-se que o oxigênio se misture com o material que está a arder e elimina-se o foco de
incêndio. A informação sobre estes princípios é importante em todas as situações.
Os ensinamentos sobre métodos de combate a incêndios mencionam quatro classes
de incêndio, identificando do mesmo modo também os extintores.

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 CLASSE A: enquadram-se os incêndios em materiais que ao se queimarem deixam
resíduos, como papel, algodão, madeira e outros. Para essa classe de incêndios é
necessário o uso de um extintor que tenha poder de penetração e que elimine ou reduza o
calor existente. Os extintores recomendados para este tipo de incêndio são o de carga
líquida e água com CO2.

 CLASSE B: são classificados os materiais que ao se queimarem não deixam resíduos,


como acontece com os líquidos inflamáveis em geral, tintas, óleos e graxas. A técnica na
extinção deste tipo de incêndio requer o uso de um extintor que possa agir por
abafamento, ou melhor, que elimine o oxigênio. Os extintores indicados são os de
espuma, gás carbônico (CO2) e pó seco (químico).

 CLASSE C: envolve os incêndios em equipamentos elétricos ligados e que exigem um


tipo de extintor que não seja condutor de eletricidade, sendo recomendado os extintores
de gás carbônico e pó seco.

 CLASSE D: incêndios em metais pirofóricos (capazes de incandescer espontaneamente


em contato com o ar) e que exigem agentes especiais para a extinção. Esses agentes
extintores têm a propriedade de se fundirem em contato com o metal combustível,
formando uma capa que o isola do ar, interrompendo a combustão.

COMO USAR OS EXTINTORES

 Água e gás: retire a trava de segurança, aperte a alavanca e dirija o jato para a base do
fogo. A água é o agente extintor de maior emprego; apaga o fogo por resfriamento.
OBS.: Não usar em incêndios das classes “B” e “C”.

 Espuma: inverta o aparelho e o jato dispara automaticamente, só parando quando


esgotada a carga.

A espuma apaga principalmente por abafamento. Existem dois tipos de espuma: a


química, na qual a formação de espuma é obtida pela reação de substâncias químicas
(NaHCO3 + Al2(SO4)3 e a mecânica (mistura de água e ar). A espuma nunca deve ser
utilizada em corrente elétrica.
OBS.: Não usar em incêndios da classe “C”.

 Gás carbônico: retire o pino de segurança quebrando o lacre. Acione a válvula


dirigindo o jato para a base do fogo.
O dióxido de carbono (CO2) age formando uma camada gasosa em torno da
substância incendiada reduzindo, desta maneira a quantidade de oxigênio que a envolve;
assim, é considerado excelente extintor de incêndios incipientes e não ventilados. Para uso

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em laboratório, o extintor de dióxido de carbono apresenta uma série de vantagens, pois é
de fácil manejo, tem boa eficiência no combate a princípios de incêndio, especialmente nos
do tipo que envolve eletricidade, e não danifica os equipamentos. Além disso, o dióxido de
carbono não se congela a temperatura ambiente, não deixa resíduo, além de ser facilmente
removido pela simples ventilação do compartimento.
OBS.: Pode ser utilizado em qualquer classe de fogo.

 Pó químico: abra a ampola de gás e aperte o gatilho dirigindo a nuvem de pó para a


base do fogo.

O extintor tipo pó-químico age principalmente por abafamento. São constituídos


essencialmente por bicarbonato de sódio ou potássio, associados a outras substâncias
extintoras. Em contato com as chamas o pó se decompõe, formando dióxido de carbono
(CO2), extinguindo-as com grande eficiência.
OBS.: Pode ser utilizado em qualquer classe de incêndio.

Exercícios:
1) Antes de usar as substâncias contidas nos frascos, devemos ler os seus
__________rótulos___________.
2) Quando houver desprendimento de gases tóxicos ou irritantes, devemos utilizar a
_____capela________.
3) Nunca deixar frascos contendo substâncias _______inflamáveis_________ próximos à
chama.
4) Localize os _______________extintores___________ de incêndio e familiarize-se com
seu uso.
5) Assinale a alternativa correta:
a. Materiais sólidos podem ser jogados dentro da pia.
b. Trabalhar de maneira agitada e nervosa.
c. Adicionar ácido sobre a água.
6) Relacione as colunas:
(A) Extintor Classe A (B) líquidos inflamáveis em geral
(B) Extintor Classe B (C) equipamentos elétricos
(C) Extintor Calsse C (D) metais pirofóricos
(D) Extintor Classe D (A) papel, algodão, madeira.
7) Os equipamentos de segurança em laboratório incluem (marque V para verdadeiro e F
para falso):
(V) jaleco
(F) lentes de contato
(V) óculos de segurança
(F) chinelos
(F) bermudas e saias
(V) cabelos longos presos

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DIAGRAMA DE PERIGO OU DIAGRAMA DE HOMMEL

O Diamante de Hommel ou diagrama de Hommel é uma simbologia aplicada em


diversos países que busca mostrar o nível de periculosidade dos elementos químicos
presentes em um produto. Embora não informe quais as substância químicas presentes no
local, ele mostra de forma simples os tipos e os graus de risco determinados pela
representação em cores. Em um rótulo, ele permite uma ideia rápida a respeito do manuseio
do conteúdo representado.
Os quadrados presentes no painel diamante de Hommel são apresentados pelas cores
branco, azul, amarelo e vermelho. Respectivamente elas expressam riscos específicos, risco
à saúde, reatividade e inflamabilidade. As etiquetas Diamante Hommel para classificação
de produto químico apresentam quadrados e números como referência ao tipo e grau do
risco, variando entre 0 e 4.

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RECONHECIMENTO DE ALGUNS MATERIAIS USADOS EM LABORATÓRIO

A execução de qualquer experimento na Química envolve geralmente a utilização


de uma variedade de equipamentos de laboratório, a maioria muito simples, porém, com
finalidades específicas. O emprego de um dado equipamento ou material depende dos
objetivos e das condições em que a experiência será executada. Contudo, na maioria dos
casos, a seguinte correlação pode ser feita:
A tabela baixo mostra vários equipamentos de vidro, cerâmica, plástico e ferro mais
usados em laboratórios de química.

APARELHAGENS BÁSICAS USADAS EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA

Agitador Magnético - Utilizado no preparo de soluções e em reações


químicas quando se faz necessário uma agitação constante ou aquecimento.

Almofariz com Pistilo - Usado na trituração e pulverização de sólidos em


pequena escala.

Alonga - Serve para conectar o condensador ao frasco coletor nas


destilações, direcionando o fluxo de líquido. Usado como suporte do funil
na filtração.

Anel ou Argola - Preso à haste do suporte universal, sustenta o funil na


filtração.

Balão de Destilação - É utilizado em destilações simples ou fracionado; o


braço do balão é então ligado ao condensador.

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Balão De Fundo Chato - Utilizado como recipiente para conter líquidos ou
soluções, ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser
aquecido sobre o tripé e a manta aquecedora.

Balão de Fundo Redondo - Utilizado principalmente em sistemas de


refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a um rota evaporador. Utilizado
também em reações com desprendimentos gasosos.

Balão Volumétrico - Possui volume definido e é utilizado para o preparo


de soluções com precisão em laboratório. É utilizado para preparo de
soluções e para medir com precisão um volume único e fixo descrito no
balão.

Bastão de Vidro - Serve para agitar ou transferir líquidos de um recipiente


a outro. Ela é feita de vidro para não causar uma reação química na
substância em questão.

Béquer - É de uso geral em laboratório, servindo para dissolver substâncias,


efetuar reações químicas, aquecer líquidos, etc. Também pode ser aquecido
utilizando o bico de Bunsen em conjunto com a manta aquecedora.

Bico de Bunsen - É a fonte de aquecimento utilizada no laboratório. Não


devem ser utilizadas substâncias inflamáveis.

Bureta - É um equipamento calibrado para medir o volume de líquidos


precisamente. Ela é graduada em décimos de milímetro e é muito utilizada
em titulações.

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Cadinho - Geralmente é feito de porcelana. Serve para calcinação
(aquecimento a seco e muito intenso) de substâncias. Poder ser colocado em
contato direto com a chama do bico de Bunsen. Suporta altas temperaturas
(acima de 500°C), dependendo do material que foi construído, ferro,
chumbo, platina ou porcelana.

Cápsula de Porcelana - Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das


soluções e na secagem de substâncias. Podem ser utilizadas em estufas
desde que se respeite o limite de no máx. 500°C.

Condensador - Utilizado na destilação tem como finalidade condensar


vapores gerados pelo aquecimento de líquidos. Os mais comuns são os de
Liebig (retos), mas há também o de bolas e de serpentina. É comumente
utilizado em conjunto com o balão de destilação.

Conta Gotas
Utilizado quando se deseja adicionar a uma reação/solução apenas algumas
gotas de um determinado líquido, que pode ser um indicador, ou solvente,
etc.

Dessecador - Usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo


índice de umidade. Nele se guardam substâncias sólidas para secagem. Sua
atmosfera interna deve conter baixo teor de umidade, para isso, em seu
interior são colocados agentes secantes, como sílica gel.

Erlenmeyer - Tem as mesmas finalidades que o béquer ao fazer titulações,


aquecer líquidos e dissolver substâncias, dentre outras, mas tem a vantagem
de permitir a agitação manual – o seu afunilamento em cima anula o risco
de perda de material.

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Espátulas e Colheres - Utilizadas para transferência de sólidos, são
encontradas em aço inox, porcelana, níquel, osso e precipitados.

Estante para Tubos de Ensaio - É usada para suporte dos tubos de ensaio.

Estufa - Com controle de temperatura através de termostato é utilizada para


a secagem de material; costuma alcançar até 300°C.

Funil de Buchner - Acoplado ao kitassato e munido de papel de filtro é


usado nas filtrações a vácuo.

Funil Haste Longa - Ele é feito de vidro e é utilizado na transferência de


substâncias entre recipientes e na filtragem de substâncias como o auxílio de
um filtro de papel.

Funil de Separação - O funil de bromo é utilizado para separar líquidos


não miscíveis, ou seja, através da decantação. A torneira embutida nele
permite que seja separado com facilidade.

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Garra de Condensador - Espécie de braçadeira que prende o condensador
ou outras peças, como balões, erlenmeyers e outros à haste do suporte
universal.

Garra Dupla - Utilizada para fixar buretas durante a utilização.

Kitassato - Utilizado em conjunto com o funil de Büchner em filtrações a


vácuo. Compõe a aparelhagem das filtrações a vácuo. Sua saída lateral se
conecta a uma trompa de vácuo. É utilizado para uma filtragem mais veloz,
e também para secagem de sólidos precipitados.

Manta Aquecedora - Equipamento usado juntamente com um balão de


fundo redondo; é uma fonte de calor que pode ser regulada quanto à
temperatura.

Medidor de pH - Também chamado de pHmetro, mede o pH de uma


solução. É constituído basicamente por um eletrodo e um circuito
potenciômetro.

Mufla - A mufla é um aparelho que produz altas temperaturas. É utilizada


na calcinação de substâncias por aquecimento até 1800ºC.

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Papel Filtro - Serve para separar sólidos de líquidos. O filtro deve ser
utilizado no funil comum.

Pinça de Madeira - Utilizada para segurar tubos de ensaio em


aquecimento, evitando queimaduras nos dedos.

Pinça Metálica ou Tenaz - Serve para manipular objetos aquecidos.

Pipeta Graduada - Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes


variáveis. Não pode ser aquecida e não apresenta precisão na medida. Mede
volumes variáveis e não pode ser aquecida.

Pipeta Pasteur - Usada para lavagem de vidrarias com solventes não


aquosos ou então para transferências.

Pipeta Volumétrica - Usada para medir e transferir volume de líquidos,


não podendo ser aquecida, pois possui grande precisão de medida. Mede um
único volume, o que caracteriza sua precisão.

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Pipetador tipo Pera - Acoplado a uma pipeta ajuda a “puxar” e a “expelir”
pequenos volumes de líquidos.

Pisseta ou Frasco Lavador - Frasco de plástico usado para lavagens de


materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool ou outros solventes.

Placa de Petri - Peças de vidro ou plástico. Utilizadas para desenvolver


meios de cultura bacteriológicos e para reações em escala reduzida e
também para observar a germinação das plantas e de grãos de pólen ou o
comportamento de pequenos animais, entre outros usos.

Proveta Graduada - A proveta é um instrumento preciso e, portanto,


altamente recomendado para medição de líquidos. Pode ser encontrada em
volumes de 25 até 1000ml. Não pode ser aquecida.

Suporte Universal - É empregado na sustentação de peças e sistemas. Ele


pode segurar, por exemplo, a bureta ou o funil de bromo.

Termômetro - Mede a temperatura de substâncias ou do ambiente.

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Triângulo de Porcelana - Suporte para cadinhos de porcelana colocados
em contato direto com a chama do bico de Bunsen.

Tripé - Apoio para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas


de laboratório. É utilizado em conjunto com a manta aquecedora.

Trompa de Vácuo - Dispositivo de vidro ou metal que se adaptam à


torneira de água, cujo fluxo arrasta o ar produzindo “vácuo” no interior do
recipiente ao qual estão ligados. Elas possuem um único sentido de
passagem de água, por isso deve-se cuidar para a indicação no aparelho da
posição que ficará para baixo.

Tubo de Ensaio - Nele podem ser feitas reações em pequena escala e pode
ser aquecido diretamente sob a chama do bico de Bunsen.

Vidro de Relógio - Peça de Vidro de forma côncava é usado em análises e


evaporações em pequena escala, além de auxiliar na pesagem de substâncias
não voláteis e não higroscópicas. Não pode ser aquecida diretamente.

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ANOTAÇÕES

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PRÁTICA 02 – DETERMINAÇÃO DA MASSA E DE VOLUME DE MATERIAIS

OBJETIVOS
 Familiarizar-se com técnicas de medida de massa e medição de volumes.
 Utilizar algarismos significativos.
 Distinguir precisão e exatidão.

EXATIDÃO E PRECISÃO
Um erro de medida ocorre quando há uma diferença entre o valor real e o valor
experimental. Vários fatores introduzem erro sistemático ou determinado (erros no sistema
que podem ser detectados e eliminados). Por exemplo: equipamentos não calibrados,
reagentes impuros e erros no equipamento. A medida é também afetada por erros
indeterminados ou aleatórios (erros que estão além do controle do operador). Estes incluem
o efeito de fatores como: pequenas variações de temperatura durante uma experiência,
absorção de água enquanto estão sendo pesadas, diferenças em julgamento sobre a
mudança de cor do indicador ou perda de pequenas quantidades de material ao transferir,
filtrar ou em outras manipulações.
Erros aleatórios podem afetar uma medida, assim um resultado poderá ser ligeiramente
maior ou menor do que o valor real. A precisão de uma medida se refere à concordância
entre diferentes determinações de uma mesma medida. Como erros aleatórios não
podem ser completamente eliminados, a perfeita precisão ou reprodutibilidade nunca é
esperada.
Exatidão é uma concordância entre o valor medido e o real. Para calcular o erro em
uma medida deve-se saber o valor real. Isto raramente é possível, pois normalmente não se
sabe o valor real. A precisão depende mais do operador e a exatidão depende tanto do
operador quanto do instrumento da medida.
Ao se efetuar as pesagens é importante especificar o erro correspondente. Por exemplo,
ao se proceder três pesagens de um mesmo corpo, cujos resultados sejam:
1,234 ( 0,001)
1,233 ( 0,001)
1,233 ( 0,001)
Esta seria a maneira correta de se expressar a massa de um corpo. A sua média seria
1,233 ( 0,001).

MEDIDAS DE MASSA
As balanças são instrumentos para medir massas. A massa de um corpo é
determinada por comparação com massas conhecidas de uma balança. As etapas envolvidas
na utilização de uma balança são: acerto do nível, do zero, pesagem em si e leitura da
massa.

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O manuseio de uma balança requer certos cuidados, pois são instrumentos delicados
e de alto custo. Para permanecerem em bom estado e condições de uso recomendam-se os
seguintes cuidados gerais:

 Manter a balança limpa.


 Não colocar os reagentes diretamente sobre o prato da balança.
 Os objetos a serem pesados devem estar limpos, secos e na temperatura
ambiente.
 Os objetos devem ser colocados e retirados com a pinça e não com a mão, a
não se que se utilize luvas de látex, de forma adequada nas mãos (Professor
fará instrução).
 O operador ou outra pessoa qualquer não deve se apoiar sobre a mesa.

MEDIDAS DE VOLUME
Para realizar a medida do volume de líquidos, é necessária a escolha do recipiente
em função da precisão e da quantidade de material que se deseja medir. Além disso, deve
ser observada também a limpeza do material, deve ser feita a aferição se necessária, o
acerto correto do menisco e o escoamento para transferência do líquido deve ser feito
lentamente, com a ponta encostada no frasco. A pipeta não deve ser soprada.
De modo geral, para medidas aproximadas de volumes líquidos, usam-se provetas.
Enquanto que para medidas precisas usam-se pipetas, buretas e balões volumétricos, que
constituem o chamado material volumétrico. Aparelhos volumétricos são calibrados pelo
fabricante e a temperatura padrão de calibração é de 20 ºC.

Leitura: em materiais de vidro usados para medir volume em análise, o líquido a ser
medido forma uma curvatura (meia-lua), chamado menisco. A leitura correta deve ser feita
sempre na parte inferior do menisco, além disso, deve-se ficar com o olho alinhado (na
mesma altura) com este ponto em que o menisco tangencia a medida desejada, conforme
mostrado na figura.

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EXPERIMENTO 1 - DENSIDADE DE SÓLIDOS

1. Utilizando a técnica correta, medir a massa de 02 diferentes materiais fornecidos pelo


Professor e anotar sua massa no quadro abaixo. Considere sempre os algarismos
significativos e os duvidosos.

Amostra 1 Amostra 2
Massa da amostra (g)
Volume inicial (V1, ml)
Volume final (V2, ml)
Volume da amostra (V, cm3)
Densidade (, g/ cm3)

2. Colocar água em uma proveta, de maneira que quando colocar a amostra, esta fique
completamente coberta pela água. Anotar o volume (V1) na tabela, considerando os
algarismos significativos e os duvidosos.
3. Mergulhar cuidadosamente a amostra na proveta (de preferência inclinada)
4. Se houver bolhas no líquido, agitar cuidadosamente até o seu desaparecimento.
5. Realizar a leitura do volume final (V2) e anotar na tabela.
6. O volume é medido em mililitros (ml), porém vamos considerar 1 ml como 1 cm3,
apesar de haver discreta variação do volume com a temperatura.

EXPERIMENTO 2 - DENSIDADE DE LÍQUIDOS E SOLUÇÕES

1. Pegar um balão (picnômetro) vazio, limpo e seco, sem tocá-lo diretamente com as
mãos, ou, utilizando luvas de látex, corretamente colocadas nas mãos, isto é, sem
contato com as mãos, na parte externa. Observar seu volume, V (cm3) e anotar no
quadro abaixo.
2. Medir a sua massa em balança semi-analítica, m1 (g). Se for picnômetro medir sempre
com a tampa.
Amostra 3
Massa do balão vazio (m1, g)
Volume da amostra (V, cm3)
Massa do balão cheio (m2, g)
Massa da amostra (m, g)
Densidade (, g cm-3)

3. Enchê-lo totalmente com a amostra 3 (álcool comercial, no nosso caso).


4. Colocar a tampa, deixando sair o líquido excesso. Secar o balão com papel absorvente.
5. Medir a massa do balão cheio, m2 (g) e anotar na tabela.
6. Anotar a temperatura ambiente (pode ser fornecida pelo Professor).
7. Devolver a amostra 4 ao recipiente inicial.

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EXPERIMENTO 3 – CALIBRAÇÃO DO BALÃO VOLUMÉTRICO

1. Anote a massa do balão vazio, limpo e seco (já medido no experimento 2).
2. Lavar o balão com água destilada. Descartar a água na pia. Repetir o processo.
3. Após isso, encher com água destilada, até o menisco. Tampar, se for picnômetro.
4. Medir a massa na mesma balança utilizada anteriormente.
5. Verificar a temperatura da água (pode ser fornecida pelo Professor).
6. Calcular o volume do balão através da divisão da massa de água pela densidade absoluta
da água tabelada correspondente à temperatura de trabalho, V = m/d.

Água
Massa do balão vazio (m1, g)
Massa do balão cheio (m2, g)
Massa da amostra (m, g)
Temperatura (ºC)
Densidade na temperatura medida (g cm-3)
Volume real de amostra (V, cm3)

Obs: corrigir o volume do experimento 02, pelo volume real.

TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS E QUESTÕES:

Para a análise dos dados devem ser utilizados os dados de densidade de toda a turma.

1) Colocar os resultados obtidos em uma tabela indicando a média aritmética das medidas
e o erro correspondente a cada instrumento utilizado.
2) Por que é aconselhável fazer mais de uma determinação para cada medida?
3) Por que é interessante utilizar sempre a mesma balança para realizar as medidas de um
mesmo experimento?
4) Qual a precisão e qual a exatidão dos resultados de cada amostra. Dê uma explicação
para as diferenças encontradas nesses resultados.
5) Por que em alguns casos, há diferenças nas medidas dos mesmos volumes com
vidrarias diferentes?
6) Quais os prováveis materiais presentes em cada uma das amostras?

22
ANOTAÇÕES

23
PRÁTICA 03 – CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA

OBJETIVOS
 Reconhecer em que situações cada substância conduz ou não eletricidade.
 Reconhecer eletrólitos fortes e fracos.

Características
 compostos Iônicos
- Sólidos em condições ambientes
- Duros e quebradiços
- Possuem alto Ponto de Fusão e Ponto de Ebulição
- Conduzem corrente elétrica quando fundidos ou em solução aquosa

 Compostos moleculares
- baixos pontos de fusão e ebulição
- a maioria não conduz eletricidade

 Compostos covalentes
- Altos pontos de fusão
- a maioria não conduz eletricidade

 Compostos metálicos
- brilho característico
- maleáveis, dúcteis
- bons condutores de calor e eletricidade.

 Eletrólitos fortes e fracos:


Um eletrólito é toda substância que, ao dissolver-se em água, fornece íons à
solução. Como consequência a solução torna-se condutora de eletricidade quando dois
eletrodos conectados aos pólos de uma bateria são mergulhados na solução.
Os não eletrólitos, por sua vez, são as substâncias que não liberam íons em solução -
as partículas de soluto dispersas são neutras (sem carga elétrica). Estas soluções não
conduzem eletricidade.
Há duas categorias de eletrólitos: os eletrólitos fortes (como a maioria dos sais e os
ácidos e bases fortes), e os eletrólitos fracos, como os ácidos e bases fracas. Os eletrólitos
fortes sofrem dissociação completa em solução, enquanto que nos eletrólitos fracos
somente uma parte das moléculas se dissocia. Um exemplo de eletrólito fraco é o ácido
fluorídrico cuja solubilização em água pode ser representada pela equação abaixo:

24
HF (aq) + H2O (l)  H3O+ (aq) + F- (aq)

Como a ligação H-F é relativamente forte, apenas uma pequena parte das moléculas
de fluoreto de hidrogênio dissolvidas dissociam-se em íons hidroxônio e fluoreto
hidratados. Em soluções de HF 1,0 mol/L, por exemplo, em média 97% das moléculas
dissolvidas permanecem na forma molecular, e apenas 3% dão origem aos íons hidratados.
Por causa deste tipo de comportamento, que caracteriza os eletrólitos fracos, as soluções
destes eletrólitos apresentam condutividade elétrica relativamente baixa.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Materiais Reagentes
 Aparelho para teste de  Água deionizada;
condutividade elétrica, com lâmpada  Cristais grandes de NaCl ou sal grosso;
de 220 V e 25 W ou menos;  Sacarose sólida ou açúcar cristal comum;
 Metais para teste de condutividade  Solução de carbonato de sódio 0,1 mol/L;
elétrica (ferro, zinco, alumínio,  Solução de ácido clorídrico 0,1 mol/L
cobre, magnésio);  Solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L
 Conta gotas;  Solução de Ácido acético 0,1 mol/L;
 2 copos de béquer de plástico de 25  Placa de cobre, alumínio, zinco, ferro.
mL;  Madeira e vidro.
 Placa de Petri.
 Proveta de 10mL.

a) Para realizar esta atividade utiliza-se um aparelho para


teste de condutividade elétrica, semelhante ao mostrado
na figura. Como medida de segurança, previne-se para
não encostar com os pólos do aparelho naquilo que possa
constituir em fio terra: as torneiras e os encanamentos
d’água e eventualmente as armações de metal das janelas. Fig. 5.1 – aparelho para teste de
E jamais tocar nos bocais metálicos das lâmpadas e dos condutividade elétrica.

suportes.
OBS 1: Todos os béqueres para o teste devem ter o mesmo diâmetro. O padrão de teste
(distância entre os terminais) deve ser sempre o mesmo. Porém, se a lâmpada não
acender, aproxime gradualmente os terminais, sem encostá-los. Observe se a
lâmpada fica incandescente e/ou se há desprendimento de gás nos eletrodos. O
padrão de brilho pode ser aquele da lâmpada, com o contato dos próprios fios de
cobre, ou seja: dos terminais em contato.

25
a) Coloque água deionizada cobrindo apenas o fundo do recipiente (cerca de 0,5 cm de
altura). Aproxime e faça o teste conforme instruído acima. Anote os resultados. Também
faça o mesmo teste com a água da torneira.
OBS 2: Nos dois primeiros testes “a” e “b” já é possível observar uma diferença! A água
deionizada (sem íons estranhos) com certeza não conduz eletricidade suficiente
para acender uma lâmpada de 25 watts (vai ser visto adiante que a própria água
forma pequena quantidade de íons, mas não o suficiente para confirmar este teste).
A água da torneira geralmente contém íons ou cargas elétricas (+) e (-) suficientes
para acender (fracamente) a lâmpada de 25 W, ou ao menos formar gás nos
eletrodos. Pode-se testar com uma lâmpada de potência menor, tal como 15 W.
b) Colocar uma espátula de NaCl(s), em um béquer e meça a condutibilidade. Após coloque
o mesmo em água destilada (aproximadamente 100 mL), e teste a condutividade.
Realize o mesmo procedimento com o açúcar.
c) Em um béquer de 100 mL colocar aproximadamente 10 mL de ácido acético 0,1
mol/L e teste a condutibilidade. Faça o mesmo para as soluções de ácido clorídrico,
hidróxido de sódio e sulfato de sódio.
d) Testar a condutibilidade de uma placa de cobre, zinco, alumínio e ferro e em seguida
com um pedaço de madeira ou vidro.

Questões:
1 – Quais substâncias conduzem eletricidade no estado sólido e se estivessem no estado
líquido (fundidas) conduziriam eletricidade? Por quê?
2 – Quais substâncias não conduzem eletricidade no estado sólido e se estivessem no
estado líquido (fundidas) conduziriam eletricidade? Por quê?
3 – Quais substâncias não conduzem eletricidade no estado sólido nem em estado líquido
ou solução? Por que?
3 – Porque a água deionizada não conduz corrente elétrica e a água da torneira conduz?
4 – Porque algumas soluções (cloretos, hidróxidos, etc.), passam a conduzir corrente
elétrica, se antes da formação da solução as substâncias não eram condutoras?
5 – O que são eletrólitos? O que são não-eletrólitos? O que significa eletrólitos fortes e
eletrólitos fracos? Classifique as substâncias utilizadas no experimento como eletrólitos
fortes, fracos ou não eletrólitos.
6 – Explique por que com a solução de ácido acético a lâmpada ascendeu fracamente e com
a solução de ácido clorídrico acendeu fortemente.
7- Baseado nas experiências realizadas, complete o quadro abaixo com todos os
componentes testados.

26
Tabela 2 – Resultados do experimento de Condutibilidade elétrica.
Condutibilidade elétrica Tipo de composto
Presença de íons?
Compostos Estado Solução (iônico, molecular,
Líquido Quais?
sólido aquosa metálico)
Sal de cozinha

Açúcar

Hidróxido de
sódio
Cloreto de
amonio

Ácido Clorídrico

Carbonato de
sódio

Cobre

Zinco

Alumínio

Ferro

Vidro

Madeira

27
ANOTAÇÕES

28
PRÁTICA 04 – POLARIDADE

EXPERIMENTO 1 - EXPLORANDO A QUÍMICA NA DETERMINAÇÃO DO


TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A utilização do petróleo como fonte de energia foi essencial para garantir o


desenvolvimento industrial verificado durante o século XX. Através da sua destilação
fracionada, podem-se obter vários produtos derivados de grande importância econômica,
tais como o gás natural, o querosene, o diesel, os óleos lubrificantes, a parafina e o asfalto.
Mas a fração do petróleo que apresenta maior valor comercial é a gasolina, tipicamente
uma mistura de hidrocarbonetos saturados que contém de 5 a 8 átomos de carbono por
molécula (Morrison e Boyd, 1996; Solomons, 1996).
Sempre que ocorre instabilidade no preço do petróleo, com sucessivos aumentos do
preço de seus derivados, a gasolina ganha ainda mais evidência na mídia. A qualidade da
gasolina comercializada no Brasil tem sido constante objeto de questionamento; assim, a
determinação da sua composição é importante, devido a algumas formas de adulteração
com solventes orgânicos que prejudicam os motores dos automóveis.
Um componente presente exclusivamente na gasolina brasileira que merece
destaque especial é o etanol. Seu principal papel é atuar como antidetonante (Feltre, 2000;
Peruzzo e Canto,1999), em substituição ao chumbo tetraetila, que está sendo banido devido
à sua elevada toxicidade.
A quantidade de etanol presente na gasolina deve respeitar os limites estabelecidos
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através da Portaria MAPA no 75,
de 05/03/2015, que é de 27% para a gasolina comum e 25% para a gasolina premium.
A falta ou excesso de álcool em relação aos limites estabelecidos pela ANP
compromete a qualidade do produto que chega aos consumidores brasileiros. Assim, avaliar
a composição da gasolina, verificando se o teor de álcool está adequado, é uma atitude
muito importante. A determinação do teor de etanol na gasolina através da extração com
água é conhecida e utilizada como experimento em escolas do Ensino Médio, com o
objetivo de aplicar ou ilustrar conceitos relacionados com medidas quantitativas, como o
teor expresso em porcentagem. A interpretação dos fenômenos que ocorrem durante o
experimento, considerando a estrutura das moléculas envolvidas, também pode ser
explorada para permitir ao aluno estabelecer relações entre as propriedades físicas, como,
solubilidade e densidade, e a sua utilização no processo de identificação e quantificação de
substâncias químicas dos materiais.

OBS: Prática retirada da Revista Nova na Escola.

29
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Adicione 5,0 mL de água destilada à proveta de 10 mL; registre o volume obtido.
Em seguida, adicione 5,0 mL de gasolina; registre o volume final obtido. Agite a mistura
heterogênea formada com bastão de vidro durante 1 minuto. Aguarde 2 minutos, e, após a
nítida separação entre as fases, registre o volume da fase aquosa.
O volume da fase aquosa que inicialmente era 5,0 mL, sofre um aumento após a
mistura com a fase orgânica. A porcentagem de etanol presente na gasolina pode ser
calculada a partir desse aumento do volume da fase aquosa.

Questões:
1 - Por que a gasolina e a água formam duas fases quando adicionadas?
2- De acordo com os conceitos de polaridade, explique por que o álcool que estava
dissolvido inicialmente na gasolina ficou dissolvido na água?
3- Calcule a porcentagem de álcool existente na gasolina analisada e diga se esta se
encontra dentro dos padrões estabelecidos por lei.
4 – É possível separar o querosene (mistura de hidrocarbonetos) de uma mistura
querosene/gasolina utilizando esse procedimento? Justifique.

EXPERIMENTO 2 - POLARIDADE E SOLUBILIDADE

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Uma molécula é polar ou polarizada, quando apresenta uma região com maior carga
positiva e outra com maior carga negativa, estando essas regiões da molécula separadas por
certa distância. Uma molécula que não apresenta essas regiões é considerada apolar. A
solubilidade está associada a polaridades das substâncias.

Objetivo
Identificar substâncias polares e apolares usando solvente polar e apolar.

30
MATERIAIS
Tubos de ensaio, Conta-gotas, Água, Naftaleno, Cloreto de sódio, Óleo
Espátula de cozinha ou graxa, iodo, sacarose,
gasolina ou querosene

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Etiquetar 10 tubos de ensaio; cinco rotulados com água e cinco com rótulo de querosene
ou gasolina.
2. Colocar 2 mL de água nos cinco tubos correspondentes e 2 mL de querosene ou
gasolina nos demais.
3. Adicionar uma ponta da espátula de cloreto de sódio (sal de cozinha) em um tubo
contendo água e igual porção no tubo contendo querosene ou gasolina.
4. Agitar, observar e anotar na tabela.
5. Repetir os procedimentos 3 e 4 usando as demais substâncias. Se a substância a ser
testada for líquida, use vinte gotas. Completar a tabela.

Água Querosene ou gasolina


Cloreto de sódio
Óleo ou graxa
Naftalina
Iodo
Sacarose

6) Misturar 1 mL de água, 1 mL de querosene ou gasolina e um cristal de iodo. Agitar e


observar

Questões para discussão


1. O que é um composto polar? E apolar? Explique/diferencie.
2. Que substâncias podem ser dissolvidas em solventes polares? Por que?
3. Que substâncias podem ser dissolvidas em solventes apolares?
4. Quantas fases apresentam o sistema iodo, água e querosene ou gasolina? Explique.

31
ANOTAÇÕES

32
PRÁTICA 05 – USO DE INDICADORES

OBJETIVOS
 Familiarizar-se com as substâncias que atuam como indicadores.
 Listar os indicadores ácido-base mais utilizados em laboratórios destacando suas
respectivas colorações.

ÁCIDOS E BASES
Os primeiros químicos aplicaram o termo ácido a substâncias que tinham um sabor
azedo acentuado. O vinagre, por exemplo, contém ácido acético, CH3COOH. Soluções
aquosas de substâncias eram chamadas de bases se fossem reconhecidas pela sensação de
ensaboadas. Felizmente, há maneiras menos perigosas de reconhecer ácidos e bases. Por
exemplo, os ácidos e as bases mudam a cor de certos corantes conhecidos como
indicadores. Um dos indicadores mais famosos é o tornassol, um corante vegetal obtido de
um líquen. Soluções aquosas de ácidos tornam o tornassol vermelho; soluções aquosas de
bases, que são também conhecidas como alcalinas, o deixam azul.
Por que precisamos conhecer este assunto?
Ácidos e bases são os dois tipos mais comuns de substâncias no laboratório e no
mundo cotidiano. Precisamos saber como reconhecê-los, quais são as suas reações
características e por que eles são substâncias químicas tão importantes. A conservação das
concentrações dos ácidos e das bases dentro de certos limites em células de plantas e de
animais é necessária para a sobrevivência dos organismos vivos, e que o controle da acidez
das águas da chuva, das águas naturais dos lagos e rios, e da água corrente fornecida nas
cidades é necessário para manter a sociedade humana.

INTRODUÇÃO

Indicadores ácido-base são substâncias geralmente orgânicas que mudam sua


coloração de acordo com a concentração de íons H+ / OH-, presentes na solução.
Os papéis indicadores ácido-base podem se apresentar contendo apenas uma
substância indicadora, como é o caso do papel tornassol, ou então conter uma mistura
de diversas substâncias indicadoras, por exemplo, papel indicador universal.
Quando se usa o indicador sob forma de papel utiliza-se um vidro de relógio e sobre
este coloca-se pequenos pedaços de papel indicador. Umedece-se o papel com auxílio de
um bastão de vidro molhado na solução a ser testada. Observa-se a coloração adquirida em
30 segundos. Anota-se a coloração.
Os indicadores podem ser químicos ou naturais. Os indicadores naturais são por
exemplo: chá-mate, hibisco, repolho roxo, beterraba, romã, flor de acácia e etc.

33
Tabela 5- Variação de cores dos indicadores nas faixas de pH:
Indicador Faixa de pH Variação de cor
Azul de timol 1,2 a 2,8 Vermelho para amarelo
Alaranjado de metila 3,1 a 4,5 Vermelho para amarelo
Vermelho de metila 4,2 a 6,3 Vermelho para amarelo
Azul de bromotimol 6,0 a 7,6 Amarelo para azul
Azul de timol 8,0 a 9,6 Amarelo para azul
Alizarina 10,0 a 12,1 Amarelo para vermelho
Fenolftaleína 8,2 a 10 Incolor para carmim

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
 1.1) Colocar 3 ml de água destilada em 5 tubos de ensaio. Numerar os tubos de 1 a 5,
colocar 1 mL das substâncias abaixo:

Tubo 1 2 3 4 5
Indicador HCl NaOH NaCl NH4Cl Na2CO3

Testar as soluções acima obtidas com: papel indicador universal e gotas de fenolftaleína.
 1.2) Colocar 1 mL de solução ácida em três tubos de ensaio separadamente e testar
com os indicadores disponíveis, anotando a coloração de cada um deles.
 1.3) Proceda como no item 1.2, porém substituindo a solução ácida por uma básica.
 1.4) Proceda como no item 1.3, porém usando agora a solução de cloreto de sódio.
 1.5) Proceda como no item 1.4, porém usando agora a solução de carbonato de sódio.
 1.6) Proceda como no item 1.5, porém usando agora cloreto de amônio.

EXERCÍCIOS

1. Relacionar a característica ácido/básica com a cor dos indicadores na solução. Ou,


quais os íons responsáveis pela mudança de coloração dos indicadores (citar cor e
íon)?
2. O que significa meio ácido? E meio básico? E meio neutro?
3. Escreva as equações das reações de dissociação de cada uma das amostras.
4. Por que o carbonato de sódio e o cloreto de amônio se diferenciam do cloreto de
sódio, já que todos são classificados como sais?
5. Escreva as equações das reações de hidrólise provocadas do carbonato de sódio e o
cloreto de amônio.

34
PRÁTICA 06 – REAÇÕES QUÍMICAS I

Muitas reações químicas utilizam aquecimento, uma das fontes de aquecimento é


bico de Bunsen, para isto deve-se aprender a manuseá-lo. O bico de Bunsen consta de uma
base de metal que contém o orifício que injeta o gás no tubo e a rosca que a liga ao tubo.
Nesse tubo consta uma janela para entrada de ar que regula a quantidade de ar que vai
reagir com o gás na hora da queima.
Quando as janelas estão fechadas, o gás somente se mistura com o ar após sair pela
boca do tubo e devido ao pouco oxigênio misturado com o gás, ocasiona uma combustão
incompleta, desprendendo fuligem, além da chama ser grande e amarela. Essa chama inicial
é “fria” e não é eficiente no aquecimento de materiais. Quando as janelas estão abertas, o
gás se mistura com o ar dentro do tubo, a quantidade de ar é, então, suficiente para que se
processe uma combustão completa, com chama azul e “quente”.

Para acender o bico de Bunsen siga os passos adiante:


 Feche as janelas do bico de Bunsen.
 Acenda o fósforo sobre o bico, abra a torneira de gás e após, regule lentamente a
quantidade de gás na válvula do bico.
 Abra vagarosamente as janelas, até que a chama torne-se azul, o que indica uma
combustão completa.

Outra questão a ser verificada é sobre as regiões oxidantes e redutoras da chama,


conforme indicado na figura abaixo.
Zona oxidante: região azul-violeta pálida, quase imperceptível, onde os gases sofrem
combustão completa.
Zona redutora: região luminosa, onde os gases sofrem combustão incompleta.
Zona neutra: zona onde os gases não sofreram ainda combustão.

OBJETIVOS
 Identificar tipos de reações químicas;
 Diferenciar as características
 Realizar procedimentos adequados na caracterização de substâncias.

35
APARELHAGEM REAGENTES:
 Tubos de ensaio e escova para os tubos  indicador fenolftaleína
 2 Erlenmeyer e rolha  indicador vermelho de metila (ou
 1 copo de béquer de 20 mL azul de bromotimol)
 vidro de relógio  solução HCl 1 mol/L
 Fio de cobre (anel) e pregos pequenos  fita de magnésio
 Alicate, espátula  Enxofre sólido (S(s))
 Pinça ou tenaz  CaO(s)
 Conta gotas (Pasteur)  Água de cal
 Canudo de refrigerante
 Aparelho para teste de condutividade
 Pisseti, fósforo

EXPERIMENTO 1 – Combustão de um metal

1. Segurar um pedaço de Mg(s) com tenaz ou sobre uma espátula metálica e conduzi-lo à
chama do bico de bunsen, até iniciar a sua combustão.
2. Retirar da chama do bico de bunsen, mas não olhar diretamente para a chama branca.
Esperar esfriar.

Anotar sempre nos quadros as características dos reagentes e dos produtos, como:
cor, estado físico, solubilidade, condutibilidade elétrica (fazer teste).

Item 2 – Observações:

Equação da reação Mg(s) + 


Tipo de reação

3. Pôr o pó obtido em um erlenmeyer, adicionar água destilada. Tampar e agitar.


4. Deixar em repouso por 10 min. Testar o comportamento ácido/básico, colocando cerca
de 3 mL em um tubo de ensaio e 1 gota de fenolftaleína e em outro tubo 3 mL e 2 gotas
vermelho de metila. Anotar os resultados no quadro abaixo. Guardar os tubos de ensaio
para o item 9.

Item 4 – Observação Fenolftaleína: vermelho de metila:


(cor):
Outras observações

Equação da reação + H2O 


Tipo de reação

36
EXPERIMENTO 2 – COMBUSTÃO DE UM AMETAL

5. Pegar um fio de cobre e fazer em uma das extremidades um pequeno anel com orifício
bem fino (do tamanho de um pequeno prego). Adicionar cuidadosamente, sobre o anel,
uma pequena quantidade de enxofre (S(s)).
6. Acender a chama do bico de bunsen. Pegar um erlenmeyer e segurá-lo de boca para
baixo. Provocar o início da combustão do enxofre, retirar da chama do bico de bunsen e
conduzir a fumaça da combustão para o erlenmeyer (com a boca para baixo). Introduzir
a alça dentro da boca do erlenmeyer (para baixo) para apagar o fogo. Depois de feito
isto, tampar a boca do erlenmeyer com uma rolha.

Anotar sempre nos quadros as características dos reagentes e dos produtos, como:
cor, estado físico, solubilidade, condutibilidade elétrica (fazer teste).

Item 6 – Observações:

Equação da reação S(s) + 


Tipo de reação

7. Adicionar ao erlenmeyer uma pequena quantidade de água destilada. Fechar novamente


o erlenmeyer e agitar bem.
8. Testar o comportamento ácido/básico, colocando cerca de 3 mL da amostra em um tubo
de ensaio e 1 gota de fenolftaleína. Após 1 pedacinho de papel de tornassol azul e em
outro tubo 3 mL e 2 gotas vermelho de metila. Deixar em repouso os tubos de ensaio
para o utilizar no item 9.

Item 8 – Observação Fenolftaleína Vermelho de metila


(cor):
Outras observações:

Equação da reação + H2O 


Tipo de reação

EXPERIMENTO 3 – neutralização ácido-base e precipitação

9. Utilizar o sobrenadante do obtido no item 4 (se houver turbidez, filtrar). Colocar o


sobrenadante límpido com fenolftaleína em copo de béquer de 20 mL. Testar a
condutibilidade elétrica da solução. Deixar os eletrodos imersos na solução e adicionar
lentamente (gota-a-gota) a solução obtida no item 8. Pode-se fazer o mesmo
procedimento com sobrenadante do obtido no item 4, com indicar vermelho de metila.

37
Item 9 – Observação Fenolftaleína: vermelho de metila:
(cor):
Outras observações

Equação da reação +  +
Tipo de reação

EXPERIMENTO 4 – Característica de óxido de cálcio


10. Colocar uma pequena porção (cerca de 0,05g) de CaO em dois tubos de ensaios,
adicionar água. Colocar fenolftaleína em um e vermelho de metila em outro. Deixar em
repouso o tubo de ensaio.
Item 10 – Observação: Fenolftaleína: vermelho de metila:

Equação da reação +  +
Tipo de reação

EXPERIMENTO 5: – Característica do dióxido de carbono


11. Colocar água deionizada em dois tubos de ensaio bem limpos. Colocar 1 gota de
fenolftaleína. Assoprar levemente, com cuidado com um canudo de refrigerante. Após,
colocar 3 gotas de vermelho de metila, assoprar novamente. Anotar os resultados.

Item 11 – Observação: Fenolftaleína vermelho de metila

Qual é o principal gás que sai da expiração humana, responsável pela mudança de cor?
Equação da reação + H2O 

38
Questões:
1. Como se sabe que houve reação na combustão do Mg(s)? Ou: as propriedades do óxido
de magnésio são as mesmas do magnésio? Justifique sua resposta. E no caso do S(s)?
2. Houve reação do óxido de magnésio com água? Como se sabe? E no caso do CaO,
houve reação? Justifique.
3. Houve reação do dióxido de enxofre com água? Como se sabe? E no caso do SO2, houve
reação? Justifique.
4. Comparar os elementos do quadro abaixo, na tabela periódica. A que família e a qual a
categoria eles pertencem: metais ou não-metais? Qual é o comportamento
ácido/básico de seus óxidos em relação à água?

Elementos C S Ca Mg
Família da Tabela
periódica/categoria
Comportamento

Tabela 4 – Tabela de Solubilidade em água


ÍON REGRA EXCEÇÃO
Metais alcalinos
Solúveis -
(Li+, K+, Na+)
+
Amônio (NH4 ) Solúveis -
NO3- (nitratos) Solúveis -
NO2- (nitritos) Solúveis Pouco solúvel: Ag+ e Hg22+
ClO- (hipoclorito) Solúveis -
-
MnO4 (permanganato) Solúveis -
2- Ca2+, Ba2+, Sr2+ e Pb2+
SO4 (sulfato) Solúveis
Pouco solúveis: Ag+ e Hg22+
-
F (fluoreto) Insolúveis Ag+, NH4+ ,Cu++, Pb++ e alcalinos
-
Br (brometo) Solúveis Ag+, Pb2+, Hg2+, Hg22+, Cu+
-
Cl (cloreto) Solúveis Ag+, Pb2+, Hg22+, Cu+ e Au+
-
I (iodeto) Solúveis Ag+, Pb2+, Hg2+, Hg22+ e Cu+
NH4+ e alcalinos
CN- (cianetos) Insolúveis
Pouco sol.: alcalinos terrosos
SCN- (tiocianato) Solúveis Ag+, Pb2+, Hg22+, Cu+, Cd2+
NH4+ e alcalinos
Fe(CN)6 3- (ferricianeto) Insolúveis
Pouco sol.: alcalinos terrosos
4- NH4+ e alcalinos
Fe(CN)6 (ferrocianeto) Insolúveis
Pouco sol.: alcalinos terrosos
CH3COO- (acetato) Solúveis Pouco solúvel: Ag+ e Hg22+
NH4+ e alcalinos
S-- (sulfeto) Insolúveis
Pouco sol.: alcalinos terrosos
CO32- (carbonato) Insolúveis NH4+, K+ , Na+, Li+, Rb+ e Cs+
HCO3- (bicarbonato ou
Solúveis Fe2+, Fe3+ e alcalinos terrosos
Hidrogenocarbonato)
PO43- (fosfato) Insolúveis NH4+ e alcalinos
2-
C2O4 (oxalato) Insolúveis NH4+ e alcalinos
2-
CrO4 (cromato) Insolúveis NH4+ e alcalinos
Alcalinos, Ba2+ , Sr2+ , NH4+
OH- (hidróxidos) Insolúveis
Pouco sol.: Ca2+

39
PRÁTICA 07 – REAÇÕES QUÍMICAS II

Aparelhagem Outros materiais Reagentes


 Tubos de ensaio grandes para  Canudinho de  Acido cítrico ou oxálico
com rolha; refrigerante.  Bicarbonato de sódio
 Tubos de ensaio  Indicador  Ca(OH)2 0,05 mol/L (água de cal).
 Suporte de ferro e agarradeiras vermelho de  Solução de NaOH 1mol/L.
para tubo de ensaio. metila (ou azul de  Solução de HCl 1 mol/L.
 Espátulas de aço inox. bromotimol).  ZnO(s)
 Balança semi-analítica.  indicador
 Pisseti, fenolftaleína.
 Mangueira com rolha furada  Caneta para
para tubos de ensaio; rotulagem.

EXPERIMENTO 1: características de óxido anfótero

1. Colocar uma pequena porção (cerca de 0,05 g) de ZnO em um tubo de ensaio.


Adicionar cerca de 2 cm água deionizada e 1 a 2 gotas de vermelho de metila.
Observar e anotar.
2. Adicionar gota-à-gota, lentamente, com conta gotas uma solução de HCl 1 mol/L. O
que se pode observar?
3. Em outro um tubo de ensaio, colocar uma pequena porção de ZnO (cerca de 0,05g).
Adicionar 1 a 2 gotas de fenolftaleína. Adicionar lentamente uma solução de NaOH 1
mol/L. O que se pode observar?

Observe a que família e a qual grupo da tabela periódica este elemento pertence. Como se
explica o comportamento do ZnO, frente a água? E, frente a soluções ácidas? E, frente a
soluções básicas? Então: que tipo de óxido é este (ácido, básico, anfótero ou neutro)?

Para completar o quadro abaixo, façam primeiro a hipótese como se o ZnO reagisse
com água, para depois reagir com ácidos de Arrhenius ou hidróxidos.
Observação: Fenolftaleína: vermelho de metila:

Equação da reação ZnO + H2O  +


(hipotética básica)
Equação da reação + HCl  +
Equação da reação ZnO + H2O  +
(hipotética ácida)
Equação da reação + NaOH  +

Elimine a água e obtenha as equações das reações do ZnO, com HCl e com NaOH.

40
EXPERIMENTO 2: Carbonatação do cálcio

1. Preparar dois (02) tubos de ensaio, bem limpos, da seguinte forma:


TUBO B – Rotular e colocar 1/3 do seu volume de água destilada e vermelho de metila;
TUBO C - Rotular e colocar 1/3 do seu volume de
Ca(OH)2 0,05 mol/L (água de cal);
2. Fixar um tubo de ensaio (tubo A) no suporte de
ferro (Fig. 1). Pode-se substituir o suporte pelo
prendedor de madeira.
3. Colocar no tubo A cerca de 0,1 g de bicarbonato
de sódio e cerca de 0,2 g de ácido cítrico.
4. Colocar a ponta da mangueira (sem a rolha) no
tubo B.
5. Colocar cerca de ¼ do volume de água no tubo A Fig. 1 - aparelho para caracterização de gás
e rapidamente tampar com a rolha furada
contendo a mangueira, borbulhando rapidamente o gás formado para o tubo B.
conforme o aparelho mostrado na figura ao lado. Observar se há mudança na coloração
e anotar.
6. Rapidamente mudar a mangueira para o tubo C. Deixar em repouso até decantar.
Anotar os resultados.
7. Retirar a água e pingar uma gota de ácido clorídrico sobre o sólido formado.

Observação: Fenolftaleína: vermelho de metila:

Reação no tubo A +  +
Reação no tubo B +  +
Reação no tubo C +  +
Reação no tubo C + HCl  +

41
ANOTAÇÕES

42
PRÁTICA 08 – FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO

OBJETIVO
 Verificar os fatores que influenciam na velocidade das reações químicas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As reações químicas têm permitido à humanidade resolver muitas das questões que
a desafiam. No entanto, para que isso fosse possível, foi necessário aprender como alterar a
velocidade das reações seja acelerando excessivamente as lentas ou retardando as muito
rápidas. O conhecimento e o estudo da velocidade das reações químicas, além ser muito
importante para a indústria, também está relacionado ao nosso cotidiano. Uma reação
química é um rearranjo de átomos provocado pelas colisões (choques) entre as partículas
dos reagentes. Para que ocorra uma reação química duas condições são necessárias:
 Haver afinidade química entre as substâncias;
 Haver colisões entre as moléculas dos reagentes que levem a quebra de suas ligações
para formação de novas ligações (rearranjo dos átomos dos reagentes para formação dos
produtos). Em alguns casos, as reações são resultados de colisões entre íons e moléculas,
íons e íons e íons e átomos neutros.

Alguns fatores alteram a freqüência de colisões entre os reagentes de uma reação


química, aumentando ou diminuindo a velocidade com que ela ocorrem, tais como:
 Temperatura
 Pressão
 Concentração de reagentes
 Superfície de contato
 Catalisadores ou inibidores

Assim, algumas reações são extremamente rápidas como a reação de combustão


enquanto que outras são extremamente lentas como fermentação do suco de uva para a
produção do vinho, o que pode demorar meses para ocorrer.

MATERIAIS E REAGENTES
Solução de ácido sulfúrico 0,05 mol/L, 0,3 mol/L e 4,0 mol/L Cronômetro
Solução de tiossulfato de sódio 0,05 mol/L e 0,3 mol/L Alicate de corte (para Zn metálico)
Solução de ácido oxálico 0,5 mol/L Tesoura
Solução de sulfato de manganês (MnSO4) 0,1 mol/L Cartolina preta (ou similar)
Solução de permanganato de potássio 0,04 mol/L Pipeta graduada de 5 mL
Solução de ácido clorídrico1,0 mol/L Pipetador (pera)
Zinco metálico Banho-maria
Zinco em pó Tubos de ensaio
Conta-gotas Caneta para marcar tubos de ensaio
Vidro de relógio pequeno Água gelada
Béqueres de 50 mL e 3 béqueres de 500 mL Água destilada
Termômetro Bastão de vidro

43
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1 – Influência da concentração na velocidade das reações


Nesta parte do experimento, objetiva-se a verificação da influência da variação da
concentração dos reagentes na velocidade da reação, utilizando ácido sulfúrico e tiossulfato
de sódio.
H2SO4(aq) + Na2S2O3(aq) → Na2SO4(aq) + H2O(l) + SO2(g) + S(s)

Na reação entre o tiossulfato de sódio e o ácido sulfúrico, há formação de enxofre


(insolúvel na água), provocando turvação da solução. Através da adição de água à solução
de tiossulfato de sódio, mantendo fixa a concentração de ácido sulfúrico, pode-se
determinar como a diminuição da concentração de um dos reagentes influência no tempo da
reação, isto é, na velocidade de reação.
a) Numere 4 tubos de ensaio: 1, 2, 3 e 4.
b) Utilizando pipeta graduada, coloque, nos tubos numerados, a solução 0,3 mol/L de
Na2S2O3 (C1) e H2O destilada conforme Tabela I.

Tabela I – Estudo da influência da concentração de reagentes na velocidade das reações


Volume em mL Concentração da
Tubo

Velocidade
mistura (C2) Tempo da reação(s)
Na2S2O3
H2O
Total v =C2/∆t (mol/L.s)
(Vts) (Vt) Vts.C1 = Vt.C2

1 4 0 4

2 3 1 4

3 2 2 4

4 1 3 4

c) Coloque um pedaço de cartolina preta (ou outro anteparo escuro) atrás dos tubos de
ensaio, para melhor visualização da reação.
d) Adicione ao tubo 1, 4 mL da solução de H2SO4 0,3 mol/L, acionando o cronômetro
imediatamente.
e) Observe atentamente o tubo 1 e assim que começar a aparecer uma turvação pare o
cronômetro. Anote na tabela o tempo (em segundos) que demorou para aparecer a
turvação.
f) Descarte em local adequado o conteúdo do tubo 1 e lave-o em seguida. Essa operação
deve ser feita imediatamente para evitar que o tubo fique manchado.
g) Repita o procedimento para os tubos 2, 3 e 4, anotando na tabela o tempo gasto em
cada uma das reações.

44
h) Se houver qualquer dúvida com relação a alguma das medidas, refaça a medição
correspondente.
i) Complete a Tabela I.

2 – Influência do catalisador

Nesse experimento, será verificada a influência do Mn++ na reação entre o


permanganato de potássio (KMnO4) com o ácido oxálico (H2C2O4) na presença do ácido
sulfúrico (H2SO4):

2 KMnO4(aq) + 5 H2C2O4(aq) + 3 H2SO4(aq) → K2SO4(aq) + 2 MnSO4(aq) + 8 H2O(l) + 10 CO2(g)

a) Rotule 2 tubos de ensaio (1 e 2)


b) Coloque 5 mL de ácido oxálico 0,5 mol/L em cada tubo.
c) Adicione à esses dois tubos 1 mL de ácido sulfúrico 4 mol/L.
d) Adicione 5 gotas da solução 0,1 mol/L de sulfato de manganês (MnSO4) ao tubo 2.
e) Adicione, simultaneamente, ao tubos 1 e 2, 4 mL da solução 0,04 mol/L de
permanganato de potássio.
f) Compare o tempo necessário para que as duas soluções percam a cor.

3 – Influência da temperatura na velocidade das reações

O efeito da temperatura na velocidade das reações será verificado, reagindo,


novamente, o tiossulfato de sódio com o ácido sulfúrico:
H2SO4(aq) + Na2S2O3(aq) → Na2SO4(aq) + H2O(l) + SO2(g) + S(s)
a) Numere 3 tubos de ensaio (1, 2 e 3) e usando a pipeta, coloque 3 mL da solução
0,05 mol/L de Na2S2O3.
b) Adicione 250 mL de água num béquer de 500 mL e coloque-o em “banho-maria” a
50ºC. Após a água do béquer atingir esta temperatura, insira o tubo 1 na água do
béquer e aguarde aproximadamente 2 minutos para que a temperatura do tubo se
iguale à temperatura da água do béquer. Meça a temperatura da água:
t1= .......... oC
a) Acrescente, usando pipeta, 3 mL da solução 0,05 mol/L de H2SO4 ao tubo 1, e
acione imediatamente o cronômetro.
b) Observe atentamente o tubo 1 e, assim que aparecer uma turvação, pare o
cronômetro. Anote o tempo da reação:
Tempo da reação = ............ s

45
c) Preencha a Tabela II com os dados de temperatura e tempo da reação obtidos com o
tubo 1.
d) Descarte em recipiente adequado o conteúdo do tubo 1 e lave-o, para que o mesmo
não fique manchado.
e) Repita o procedimento anterior, substituindo a água quente (50ºC) por água a
temperatura ambiente (tubo 2) e água gelada (tubo 3).
f) Complete a Tabela II.
g) Obs.: repita qualquer passo experimental para esclarecer dúvidas sobre alguma
medição.

Tabela II – Estudo da influência da temperatura na velocidade das reações


Concentração de Tempo da Velocidade
Tubo Temperatura (ºC)
Na2S2O3 (mol/L) reação(s) v =C/∆t (mol/L.s)
1 Banho-maria 0,05
Temperatura
2 0,05
ambiente
3 Água gelada 0,05

Questões:
1) Como a temperatura influência na velocidade da reação?
2) Como a concentração da solução influenciou na velocidade da reação?
3) Como o catalisador influenciou na velocidade da reação? Identificar o catalisador nesse
experimento.
4) Construa os gráficos velocidade da reação em função da concentração da solução de
Na2S2O3 (experimento 1) e em função da temperatura (experimento 3).

ANOTAÇÕES

46
47
PRÁTICA 09 – TERMOQUÍMICA
OBJETIVO: Identificar processos exotérmicos e endotérmicos.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Experimento 1
a) Na espátula, coloque uma pitada de CuSO4.5H2O (sulfato de cobre II pentahidratado)
b) Aqueça até a mudança completa de coloração azul para esbranquiçado.
c) Transfira o sólido para um tubo de ensaio e espere esfriar.
d) Acrescente uma gota de água e encoste o tubo no pulso para verificar a variação da
temperatura.

Experimento 2
a) Em um tubo de ensaio adicione 2 mL de água destilada e com um termômetro meça a
temperatura. Anote.
b) A seguir adicione uma pastilha de NaOH e agite até a dissolução completa. Com
termômetro, meça a temperatura do sistema e observe a variação do mesmo. Anote

Experimento 3
a) Em um tubo de ensaio adicione 2 mL de água destilada e com termômetro meça a
temperatura. Anote.
b) A seguir adicione, com espátula, uma pitada de NH4NO3(S) até a dissolução completa.
Com termômetro, meça a temperatura do sistema e observe a variação da mesma. Anote.

Experimento 4: Oxidação da glicerina pelo permanganato de potássio


a) Dentro da capela, colocar numa cápsula de porcelana, uma pequena quantidade de
permanganato de potássio (1 colher) e proceda com a maceração do mesmo até
obter um pó fino.
b) Adicionar três gotas de glicerina sobre o permanganato.
c) Afaste-se e observe.

Experimento 5: Entalpia de reações químicas de neutralização


a) Coloque 2,5 mL de ácido clorídrico 1,0 mol/L em um tubo de ensaio.
b) Insira um termômetro e anote a temperatura do líquido.
c) Adicione 2,0 mL de solução de hidróxido de sódio 1,0 mol/L, agite e verifique, com
o termômetro, a temperatura da mistura.

EXERCÍCIOS:
1- Com relação à experiência 1, o que foi observado?
2- O que é uma reação endotérmica? E exotérmica? Explique.
3- Quais as reações foram endotérmicas? E exotérmicas? Por quê?
4- Apresente as reações químicas dos experimentos 1 e 5.

48
PRÁTICA 10 – EQUILÍBRIO QUÍMICO

OBJETIVO
 Observara reversibilidade de uma reação conforme o princípio de Le Chatêlier.

Aparelhagem: Reagentes:

 01 béquer de 100 mL  FeCl3 (aq, saturada), conta - gotas


 5 tubos de ensaio  KSCN (aq, saturada), conta - gotas
 conta – gotas  KCl(s)
 Pegador de madeira  KAl(SO4)2 (sulfato duplo de
alumínio e potássio).
 Fósforos

EXPERIMENTO 1 - EFEITO DA CONCENTRAÇÃO

1) Colocar 20 mL de água destilada em um béquer.


2) Adicionar 3 gotas de soluções saturadas de FeCl3 e 3 gotas de KSCN, resultando um
precipitado de coloração vermelha.
3) Transferir a solução para quatro tubos de ensaio, com partes iguais de volume.
4) Numerar os tubos de ensaio de 1 à 4 e adicionar as quantidades propostas:

Tubos FeCl3(saturada) KSCN(saturada) KCl(s)


1 3 gotas – –
2 – 3 gotas –
3 – – uma pitada
4 – – –

Questões:
1. Escreva a equação química da reação química no equilíbrio. Identifique o precipitado e
o produto solúvel.
2. O que se observa ao adicionar mais solução de FeCl3(saturada) ao meio reacional?
3. O que se observa ao adicionar mais solução de de KSCN ao meio reacional?
4. O que se observa ao adicionar mais KCl(s) ao meio reacional?
5. Expresse a constante de equilíbrio para esta reação química.

49
6. Ao adicionar mais FeCl3 à solução, a concentração de Fe(SCN)3, aumenta, diminui ou
permanece constante? (Relacione a coloração com a equação da constante de
equilíbrio).
7. Ao adicionar mais KSCN à solução, a concentração de Fe(SCN)3, aumenta, diminui ou
permanece constante? (Relacione a coloração com a equação da constante de
equilíbrio).
8. Porque ao adicionar mais KCl(s) à solução, a coloração vermelha diminui de
intensidade?
9. Qual a influência da concentração sobre o deslocamento do equilíbrio químico?
10. O princípio de Le Chatêlier é confirmado nesta reação? Explique
11. Tendo no equilíbrio: 0,5 mol/L de Fe(SCN)3 no equilíbrio, 1,5 mol/L de KCl e 0,3
mol/L de KSCN e apresentando uma constante K = 3 . 10-4. Qual a concentração de
FeCl3?

EXPERIMENTO 2 – EFEITO DA TEMPERATURA

1) Colocar cerca de 2 ml de água deionizada em um tubo de ensaio. Colocar 0,2 g


KAl(SO4)2 (sulfato duplo de alumínio e potássio).
2) Aquecer o tubo de ensaio durante algum tempo. Até cerca de 80 ºC. Anotar as
alterações.
3) Esfriar o tubo de ensaio na torneira. Observar. Colocar em banho de gelo. Observar.

Questões:
12. Escreva a equação no equilíbrio.
13. Expresse a constante de equilíbrio.
14. O que se conclui a respeito da solubilidade do KAl(SO4)2 na água conforme a
temperaturas.
15. Qual o sentido do deslocamento do equilíbrio do KAl(SO4)2 com o aumento da
temperatura? Comentar.
16. Sabendo que a reação de dissolução do KAl(SO4)2 é endotérmica; portanto sua reação
inversa é exotérmica. O aumento da temperatura favorece reações endo ou
exotérmicas? E a diminuição da temperatura? Comentar.

50
ANOTAÇÕES

51
PRÁTICA 11 – ESCALAS DE pH E MEDIDAS DE pH DO SOLO

OBJETIVOS
 Aplicar o conceito de equilíbrio ao pH
 Investigar o pH de diferentes solos através do uso de diferentes indicadores de pH e
comparar os resultados entre si.

INTRODUÇÃO
Ácidos e bases fazem parte da vida na Terra. Os íons carbonato (CO32-) e hidrogeno
carbonato (HCO3-) das rochas e o dióxido de carbono (CO2) do ar atmosférico estão
presentes nas águas naturais, assim como outras substâncias como boratos, fosfatos,
arsenatos, silicatos e amônia. Além disso, vulcões e fontes termais fornecem águas
fortemente ácidas devido à presença de HCl e SO2. As atividades biológicas como a
fotossíntese e respiração influenciam a quantidade de íons hidrônio nas águas naturais pelo
uso ou produção de CO2, a substância ácida mais comum na natureza.
Com todas estas espécies e reações ocorrendo no meio ambiente, os ácidos e bases
têm sido estudados há centenas de anos. Os próprios termos são bastante antigos. “Ácido”
vem do latim acidus que significa azedo. Foi provavelmente aplicado ao vinagre e
estendido a outras substâncias de sabor azedo. “Alcalino”, outro termo para as bases, deriva
da palavra árabe para cinzas que vêm da queima de certas plantas. Potassa, ou carbonato
tem sabor amargo, o termo foi aplicado mais genericamente para substâncias que têm esta
característica. Finalmente o termo “sal”, que é encontrado em muitas línguas,
provavelmente significa o sal marinho ou cloreto de sódio, apesar do termo agora ter um
sentido bem mais amplo.
Durante sua pesquisa, visando melhorar os métodos de controle de qualidade da
cerveja, o bioquímico dinamarquês Sörensen criou o conceito de pH. Na verdade, a ideia
que ele tinha em mente era a seguinte: porque expressar a acidez de um meio aquoso por
meio de [H3O+], já que os valores são geralmente, as potências negativas de 10? Não seria
mais prático trabalhar apenas com o expoente de 10, e de preferência com valor positivo?
Assim, ele definiu:

Potencial hidrogeniônico da solução: pH = -log [H3O+]


Potencial hidroxiliônico da solução: pOH = -log[OH-]

52
Quando a solução é neutra, [H3O+] = [OH-] = 1,0 x 10-7 mol/L e então:
pH = -log [H3O+] = -log [1,0 x 10-7] = 7,0
pOH = -log [OH-] = -log [1,0 x 10-7] = 7,0

Quando a solução é ácida, tem-se [H3O+] > [OH-].


Exemplo: vinagre (solução de ácido acético)
[H3O+] = 1,0 x 10-3 pH = 3,0
[OH-] = 1,0 x 10-11 pOH = 11

Quando a solução é básica, tem-se [H3O+] < [OH-]


Exemplo: a clara de ovo
[H3O+] = 1,0 x 10-8 pH = 8,0
[OH-] = 1,0 x 10-6 pOH = 6,0

Escala de pH:
maior acidez neutra maior basicidade
pH 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
[H3O+] (mol/L) 100 10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6 10-7 10-8 10-9 10-10 10-11 10-12 10-13 10-14
[OH-] (mol/L) 10-14 10-13 10-12 10-11 10-10 10-9 10-8 10-7 10-6 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 100
pOH 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

PARTE EXPERIMENTAL
Por apresentar cores diversas conforme a acidez ou basicidade do meio em que se
encontra, o extrato de repolho roxo pode constituir-se um bom indicador universal de pH,
substituindo – ainda que para menor número de faixas de pH – os papéis indicadores
universais, que só podem ser adquiridos em lojas especializadas e não são encontráveis em
todas as regiões do país. Neste experimento será utilizado extrato de repolho roxo para a
construção de uma escala de pH e em seguida utilizar esta escala para determinar o pH do
solo.

Parte A - Corte o repolho em pequenos pedaços e coloque-os no béquer com água destilada
até cobri-los. Ferva até que a água seja reduzida à metade do volume inicial. Filtrar e
recolher o filtrado. Utilizando este extrato, prepare uma escala padrão de pH de acordo com
a tabela abaixo:

Solução Preparo pH aprox.


A 5 mL de HCl + 5 mL de extrato de repolho 1
B 5 mL de água destilada + 5 gotas de vinagre + 5 mL de extrato de 3
repolho
C 5 mL de álcool + 5 mL de extrato de repolho 5
D 5 mL de água destilada + 5mL de extrato de repolho 6
E 5 mL de água destilada + 1 gota de detergente com amoníaco + 9
5mL de extrato de repolho

53
F 5 mL de água destilada + 8 gotas de detergente com amoníaco + 11
5mL de extrato de repolho
G 5 mL de NaOH + 5 mL de extrato de repolho 12

Parte B - Determinação do pH do solo:


Coloque um pouco de água destilada em um béquer e aqueça até a ebulição.
Coloque em um tubo de ensaio uma colher da amostra do solo, adicione água destilada
ainda quente até a altura de 2 cm e agite bem. Espere sedimentar, retire com o conta-gotas o
líquido sobrenadante, passando-o para outro tubo. Determine o pH desta solução de solo de
duas diferentes maneiras a seguir:
- com papel indicador – pegue uma tira de papel de uma caixa de papel indicador de pH e
mergulhe na solução por alguns instantes. Em seguida compare a cor resultante no papel
com a escala de cores na CAIXA da qual foi utilizado o papel. Anote o resultado na tabela
abaixo. Observação: o papel indicador não é reutilizável, portanto evite desperdícios e evite
molhar a caixa de papel.

- com a escala do extrato de repolho roxo: Adicione às soluções do solo 5 mL do extrato de


repolho roxo. Compare a cor resultante nas soluções de solo com as cores da escala padrão
construída na PARTE A. Anote o resultado na tabela abaixo.

Teste também, o pH de substâncias comuns utilizando o extrato de repolho roxo


(leite, limão, detergente, clara de ovo, creme dental, etc).

pH medido com papel pH medido com a escala de


Amostra
indicador repolho

EXERCÍCIOS

1) O solo analisado tem caráter ácido, básico ou neutro? Justifique.


2) Classifique as substâncias utilizadas como ácidas, básicas ou neutras.
3) Utilizando o valor do pH encontrado, calcule o pOH das soluções e a concentração
de íons OH- e H+ presentes.
4) O carbonato de cálcio é usado para corrigir a acidez dos solos. Por que ele é usado?
Escreva a reação química do processo de correção dos solos usando o CaCO3.

54
ANOTAÇÕES

55
PRÁTICA 12 – REAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO ESPONTÂNEAS

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Quando em uma reação química ocorre transferência de elétrons, a ela dá-se o nome de
reação de óxido-redução, ou simplesmente redox.
Um grande número de métodos de análise baseia-se em reações deste tipo, incluindo
vários métodos volumétricos, razão pela qual torna-se necessário um estudo mais detalhado
destes processos. O processo de oxidação envolve a perda de elétrons por parte de uma
substancia, enquanto a redução envolve ganho de elétrons para a espécie química em
consideração. Esta perda ou ganho de elétrons, formalmente, é indicada pela variação do
número de oxidação das várias espécies químicas envolvidas na reação considerada. Em
qualquer tipo de reação redox o número de elétrons perdidos pela espécie que sofre
oxidação é sempre igual ao número de elétrons ganhos pela espécie que reduz, de modo a
manter a neutralidade de cargas no meio. A relação entre o número de moles das
substancias reduzidas e oxidadas é fixada pelo balanceamento da reação. Designa-se a
substância que promove a redução de outra como agente redutor e a substancia responsável
pela oxidação de outra como agente oxidante.

Aparelhagem materiais/reagentes reagentes


 06 tubos de ensaio;  Lâmina de zinco (Zno)  Água deionizada;
 Multímetro com escala 10cmx5cm e pedaços de Zn;  Solução de sulfato de zinco
em torno de 2 volts.  Lâmina 10 cm x 5 cm e ZnSO4(aq) 1 mol/L e
 Pilhas secas de 1,5V para pedaços de cobre (Cuo); 0,1mol/L
comparação.  Pregos de ferro (Feo);  Solução de sulfato de cobre
 Proveta de 25 ml, de  Pedaços de Magnésio (Mgo); CuSO4(aq) 1 mol/L.
plástico.  Pedaços de Alumínio (Alo);
 Fios finos de cobre 10 cm.  Canetas hidrocor.
 Lixa fina ou lã de ferro

Obrigatório: UTILIZAR LUVAS DE LÁTEX

EXPERIMENTO 1 – Reações de Metais com Íons em Solução

1. Lixar as lâminas ou barras ou cilindros dos metais: zinco (Zno); cobre (Cuo); ferro
(Feo); alumínio (Alo).
2. Enumerar 04 tubos de ensaio. Colocar cerca de 10 gotas em cada um de solução de
Cu++ (CuSO4(aq) 0,1 mol/L). Não esqueça de diluir a solução de 1mol/L para 0,1 mol/L.
3. Coloque uma lâmina de cobre metálico (Cuo) no tubo no 01, ferro (Feo) no tubo de no
02, alumínio (Alo) naquele de no 03 e, zinco (Zno) no último de no 04.
4. Após certo tempo (mínimo 10 min), observar o que acontece com cada metal e com
cada solução. Anotar tudo.

56
5. Enumerar 02 tubos de ensaio, com nº 5 e 6. Colocar cerca de 10 gotas em cada um de
solução de Zn++ (ZnSO4(aq) 0,1 mol/L). Adicione no tubo nº 5 cobre metálico (Cuo) e no
tubo nº 6 magnésio metálico.

6. Descarte cuidadosamente e em frasco próprio as soluções dos tubos, recuperando os


metais. As soluções dos tubos 01 e 06 podem ser aproveitadas no experimento nº 02.
7. Lave os mesmos com água destilada, assim como os tubos de ensaio.

EXPERIMENTO 2: Célula Galvânica (Pilha de Daniell)

17. Lixar lâminas de tamanho adequado dos metais zinco (Zno) e cobre (Cuo);
18. Coloque em um copo de béquer cerca de 15 mL de solução de CuSO4 1 mol/L e, em
outro 15 mL de ZnSO4 1 mol/L.
19. Prepare uma ponte salina com a solução de KCl (1 mol/L).
20. Ligue as as barras de zinco e de cobre nos terminais (jacarés) e os coloque nas
devidas soluções. O jacarés não podem encostar nas soluções!
21. Selecionem o seletor do multímetro para medida de diferença de potencial.
22. Conectem corretamente os terminais ao multímetro. Realizem as medidas da
diferença de potencial gerada pela célula voltaica.
23. Medir a temperatura ambiente.
24. Comparar o resultado do potencial obtido com o valor encontrado na literatura.

Obs: Com um multímetro pode-se descobrir qual a lâmina (Zn ou Cu) é o pólo negativo (-)
e qual é o pólo positivo (+) da pilha. Basta fazer a leitura em uma pilha seca, pois nesta já
estão marcados os pólos (+) e (-) e comparar!

25. Descarte cuidadosamente e em frasco próprio as soluções dos tubos, recuperando


os metais.
26. Lave os metais com água destilada, assim como os tubos de ensaio.

QUESTÕES:

1. Quais metais reagiram com a solução de sulfato de cobre? Como ficaram as cores da
solução? Como se explicam as mudanças, quando houve?
2. Que metal reagiu com a solução de sulfato de zinco? Como se explicam as mudanças,
quando houve?
3. Com base nos experimentos monte as reações de oxirredução devidamente
balanceadas.

1) Zn(s) + CuSO4(aq) 

57
2) Fe(s) + CuSO4(aq) 
3) Al(s) + CuSO4(aq) 
4) Cu(s) + CuSO4(aq) 
5) Cu(s) + ZnSO4(aq) 

Os Químicos baseando-se em reações desse tipo organizaram uma série decrescente de


reatividade dos metais. Assim os metais mais reativos foram colocados à esquerda na
escala de reatividade e conforme visto nos exemplos acima eles deslocam os cátions de
seus compostos, mas somente os localizados à direita dos metais com os quais eles reagem.

Li > Cs > Rb > K > Ba > Sr > Ca > Na > Mg > Al > Mn > Be > Zn > Cr > Fe > Cd
> Co > Ni > Sn > Pb > H > Sb > Bi > As > Cu > Hg > Ag > Pd > Pt > Au.

4. Explique por que em alguns casos a reação é “mais visível” ou mais rápida que em
outros casos.
5. Qual o sentido do fluxo de elétrons dos experimentos 2 ?
6. Escreva as semi-reações de oxirredução e a equação global da pilha no experimento 2.
Diga qual substancia é o cátodo e qual é o ânodo, qual sofreu oxidação e qual sofreu
redução.
7. Qual é a função da ponte salina?

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PRÁTICA 13 – CÉLULAS ELETROLÍTICAS – ELETRÓLISES

Obrigatório o uso de LUVAS DE LÁTEX.

Aparelhagem indicadores Reagentes


 Copos de béquer de 500 ml ou  Fenolftaleína;  Água deionizada;
cubas;  Metilorange;  Solução de HCl 1 mol/L;
 Tubo em “U”, suporte de ferro e  Amido sólido;  Solução de KI 0,1 mol/L;
agarradeiras para tubos em “U”;  Fósforos;  Solução de NaOH 1mol/L.
 Fonte de corrente contínua de  Lã de ferro ou  Solução de CuSO4 0,1mol/L
potencial de cerca de 12V; lixa fina 1200
 Suporte de ferro e agarradeiras  Pinças
/tubos “U” metálicas
 Eletrodos de carvão (varetas).  Vidro de
 2 Tubos de ensaio grandes, para relógio
eletrólise e 02 tubos médios, pequeno
 Pinça metálica;
 Proveta de 25 ml;
 Varetas de carvão;

EXPERIMENTO 1: Eletrólise com eletrodo inertes

1. Preparar (um grupo apenas prepara) uma suspensão de amido: adicionar o amido à
água morna; esse amido pode ser amido de milho, trigo ou de mandioca. Usar 1 g de
amido para cada 100 mL de água.
2. Montar a aparelhagem conforme a Fig. 1. O tubo em
“U” tem cerca de 150 mm de altura e os eletrodos
são varetas de carvão.
3. Juntar solução de iodeto de potássio 0,1 mol/L
suficiente para encher o tubo em “U” até 1 cm do
cimo ou de forma que os eletrodos possam ficar
imersos na solução.
4. Colocar os eletrodos de carvão, presos aos jacarés,
estabelecer as ligações elétricas e fazer a eletrólise Fig. 1 – Tubo em “U” preso ao
durante 10 minutos aproximadamente. suporte universal

5. Registrar os produtos observáveis e as variações de cor que tenham lugar junto do


ânodo (+), onde a oxidação está a ocorrer e também as transformações que observar no
cátodo, onde tem lugar a redução (-). Verificar até que ponto a cor amarelo-castanha se
propaga do lado do ânodo para o lado do cátodo.
6. Desligar o circuito. Retirar cuidadosamente os eletrodos. Notar o cheiro característico
no ânodo do carvão.

59
7. Recolocar os eletrodos na solução, cuidando para não inverter os pólos (+) e (-).
8. Adicionar junto as varetas de carvão imersas na solução de 01 gota de fenolftaleína, em
cada ponta do tubo em U. Ligar novamente o circuito. O que se observa após 2 a 3
minutos?
9. Adicionar em cada ponta do tubo em U, 01 gota de suspensão de amido. O que se
observa?
10. Descartar os resíduos e lavar os materiais.

EXPERIMENTO 2 – ELETRODEPOSIÇÃO DE COBRE.

PREPARAÇÃO PRÉVIA DAS PEÇAS:

1. Lixar as peças a serem recobertas (chaves, pregos, moedas) com lã de ferro do tipo
“bombril”, água e sabão, até ficarem limpas, lisas e brilhantes.
2. Desengraxe peça. Para isso, mergulhe-as na solução de NaOH, contida num dos
béqueres, e, utilizando a pinça, retire a peça lavando-a com água destilada.
3. Prossiga realizando agora a decapagem, lavagem da peça com solução de HCl 1
mol/L, para eliminar possíveis óxidos ou sulfetos. Mergulhe a peça na solução de HCl,
deixe cerca de 5 min. Retire-a com a pinça e lave-a, em seguida, com água destilada,
secando-a depois com papel absorvente. Sem tocar com as mãos nas peças.
4. Secar bem a peça (de preferência em estufa a 105 ºC, depois colocar em dessecador,
esperar esfriar) e medir a sua massa, sem tocar com as mãos na mesma.

ELETRODEPOSIÇÃO DO COBRE

1. Monte a aparelhagem conforme a Fig. 2, utilizando um béquer de 500 mL, Colocar


CuSO4 0,1 mol/L, até cerca de ¼ do volume do béquer.
2. Colocar uma proveta no pólo (+), cheia de solução de CuSO4 0,1 mol/L, sem ar dentro
da mesma. O eletrodo (+) deve ser de grafite, portanto inerte.
Se não houver eletrodo de carvão, utilizar um pedaço de fio grosso de cobre como
ânodo (ligado ao jacaré), conforme Fig. 3. Não esquecer de “pesar” o fio grosso antes e
após o processo. Nesse caso desconsiderar os itens 2, 7 e 8.
3. Amarrar a peça metálica a ser cobreada numa das pontas
de um fio de cobre. Prender este fio com o jacaré do fio
ligado ao pólo negativo.
4. Coloque esse objeto dentro da solução de sulfato de
cobre. O fio deve ficar totalmente fora da solução.
5. Faça passar a corrente elétrica de aproximadamente
80mA, durante 3 minutos, pelo menos. Observe a cada ½
Fig. 2

60
minuto se há variação de corrente. Anotar em forma de tabela.
6. Após esse intervalo de tempo, interromper a corrente. Retirar a peça, lavar com água
destilada. Colocar sobre papel toalha, levar a estufa à 105 ºC. Retirar, colocar em
dessecador. Esperar esfriar. Depois de seca “pesar” a peça recoberta.
7. Meça o volume de gás formado e teste o gás, aproximando o fio de cobre com lã de
aço (“bombril”) aquecido ao rubro da boca da proveta.
8. Testar a solução, retirando uma pequena alíquota em tubo de ensaio e colocar uma gota
de vermelho de metila. Anotar a cor.

Obs. 2 – A solução de CuSO4 pode voltar ao frasco


inicial, para ser reutilizado, porém rotular dizendo que
foi utilizado em eletrólise quantitativa e destacar o
tipo de eletrodo utilizado.

Fig. 3

QUESTÕES.

1. Na eletrólise do KI, que propriedades (Químicas, físicas ou sensoriais) permitem


identificar os produtos formados no ânodo (+) e no cátodo (-)?
2. Na eletrólise do KI, quem sofreu oxidação e quem sofreu redução em cada um dos
experimentos? Monte as semi-reações e as equações completas.
3. Na eletrólise do CuSO4, que propriedades (Químicas, físicas ou sensoriais) permitem
identificar os produtos formados no ânodo (+) e no cátodo (-)?
4. Na eletrólise do CuSO4, quem sofreu oxidação e quem sofreu redução em cada um dos
experimentos? Monte as semi-reações e as equações completas.
5. Na eletrólise do CuSO4, qual a corrente média utilizada? Qual o tempo de cobreação?
Calcular a massa de cobre depositada, pela lei de Faraday (m = E . i.t/96.500).
6. Na eletrólise do CuSO4, qual foi a massa de cobre depositada medida na balança
(experimental)? Calcular o percentual de massa experimental/massa calculada pela lei
de Faraday.

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ANOTAÇÕES

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PRÁTICA 14 – CORROSÃO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Corrosão de Materiais
A corrosão é normalmente definida como a deterioração de um metal ou das suas
propriedades provocadas por uma reação com o seu ambiente.
Na maior parte dos metais a corrosão ocorre naturalmente na forma de óxidos os
quais são na maioria quimicamente estáveis. Quando exposto perante agentes oxidantes, o
metal puro será convertido num estado de óxido natural. No caso do ferro, o óxido é
denominado por óxido férrico, designado por ferrugem.
A corrosão metálica geralmente envolve perda de material numa determinada
localização da superfície exposta.
A corrosão ocorre de várias formas desde um ataque generalizado sobre uma
determinada superfície a um ataque profundo e concertado. Em muitos dos casos é
impossível ou economicamente impraticável parar o processo generalizado de corrosão;
porém é normalmente possível controlar o processo em níveis aceitáveis.
Reações de oxirredução são reações onde ocorre transferência de elétrons entre
duas espécies químicas.
Numa reação de oxirredução sempre há perda e ganho de elétrons, pois os que são
perdidos por um átomo, íon ou molécula são imediatamente recebidos por outros.
A perda de elétrons é chamada de oxidação e o ganho de elétrons é chamado de
redução.
Na oxidação, o número de oxidação (Nox) do elemento aumenta (pois ele perde
elétrons).
Na redução, o número de oxidação (Nox) se reduz (pois o elemento ganha
elétrons).
Os metais apresentam diferenças quanto à reatividade química. Por exemplo, o
ferro, exposto ao ambiente, logo enferruja; a ferrugem é o resultado da combinação do ferro
com a água e o oxigênio do ar. O ouro, no entanto, pode ser exposto ao ambiente sem sofrer
alteração.
A corrosão do ferro, bem como de outro metais, envolve reações de óxido-redução
e está relacionada com a capacidade que o metal tem de se oxidar (agente redutor) e com a
capacidade de uma espécie, como o oxigênio (O2), de se reduzir (agente oxidante). A
temperatura e as concentrações dos reagentes afetam as reações de corrosão.
Para estudar a reatividade dos metais, vamos colocar diferentes metais em contato
com substâncias capazes de oxidá-los.

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Experimento 1
a) Lixe pedaços pequenos de cada um dos metais disponíveis: ferro, zinco, cobre,
alumínio, magnésio.
b) Adicione em uma placa de petri (cerca da metade do volume) solução de cloreto de
sódio 0,1 mol/L, 5 gotas de fenolftaleína e 0,5 mL de ferricianeto de potássio.
c) Coloque nessa placa 1 pedaço de cada um dos metais espalhados.
d) Deixar as reações ocorrerem durante cerca de 15 minutos .
e) Observe quais metais foram atacados mais e menos intensamente.

Experimento 2
a) Adicione em um béquer de cerca de 15 mL de solução de ácido sulfúrico.
b) Mergulhe parcialmente, nesta solução, uma lâmina de magnésio e observar.
f) Em seguida, mergulhe as lâminas de ferro, cobre, e zinco.
c) Observe como cada metal é atacado pelo ácido.

Questões:
1 – Em cada um dos experimentos, escreva a equação química correspondente.
2 – Explique o aparecimento da coloração rosa em volta dos metais.
3 – Explique as diferenças observadas em cada um dos metais após a submersão nas
soluções (experimentos 1 e 2). Por que alguns são corroídos com maior intensidade?

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BELTRAN, Nelson Orlando & CISCATO, Carlos Alberto Mattoso. Química; Série
Formação Geral. São Paulo: Editora Cortez, 1991. 245p.

BESSLER, K. E. NEDER, A. de V. F. Química em tubos de ensaio: uma abordagem para


principiantes. São Paulo: Edgard Blucher, 2004.

CHENAUD, E. B. et al. Cinética química. Disponível em:


<pt.slideshare.net/ingredesilva/relatorio-quimica-geral2-cinetica>. Acesso em 27/07/2015.

CONSTANTINO, M. G. Fundamentos de Química Experimental. São Paulo. Edusp.


2004.

COSTA, Ideval Souza. Nucleação e crescimento cristalino: experimentos didáticos de


cristalização. – São Paulo, 2012. 198 p. Dissertação (Mestrado) : IGc/USP.

CRUZ, Roque e Galhardo Filho, E. Experimentos de Química em microescala. São


Paulo. Edusp. 1º edição 2004.

LUTFI, Mansur, Os Ferrados e os Cromados; Produção Social e Apropriação Privada do


Conhecimento Químico. Ijuí: Editora Unijuí, 1992, 256p.

MALDANER, Otavio Aloísio. Química2; Integração Teoria-Prática. Ijuí: Editora Unijuí,


1992. 180p.

MALM, L. E. Manual de Laboratório para Química - uma Ciência Experimental.


Trad. de João E. Simão. Lisboa. Fundação Calouste Gulbekian. 2º edição. 1980.

MARQUES, J. A. et al. Práticas de Química Orgânica. Campinas. Editora Átomo. 2007.

NFPA, National Fire Protection Association. www.nfpa.org. Consultado em 20/7/2016.

OLIVEIRA, E. A. Aulas Práticas de Química. São Paulo, Ed. Moderna, 1986.

REVISTA QUÍMICA NOVA NA ESCOLA.

ROSENBERG, I. M., Química Geral. São Paulo: Edgard Blücher, 2002.

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