Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL


E SANEAMENTO BÁSICO

Fichamento de estudo de caso


Joanna Ferreira Godinho

Trabalho da disciplina
Biologia e Microbiologia
Ambiental
(NPG1567/3326045)9001.
Tutor: Isolda Cecilia Bravin
pela Universidade Estácio
de Sá.

São José/SC
Outubro 2019
Estudo de caso: Fundos hídricos: financiamento e habilidade da natureza de proteger
recursos hídricos
Referência do Caso: DAILY, Gretchen et al. Fundos hídricos: financiamento e
habilidade da natureza de proteger recursos hídricos. Stanford Graduate School of
Business, 2011.
O texto trata sobre a importância da água para a vida humana, agricultura e
negócios. Como bem social, a partir dela o homem e aves obtém alimentos, como os
peixes, transporte, geração de energia, controle de cheias/inundações, entre outros
benefícios. É por esta importância vital o homem deve conservar sua qualidade, no
entanto as atividades antrópicas estão acarretando na degradação deste recurso
natural. Ações como construção de represas, desflorestamento, pastagem de gado
próximo de córregos e drenagem de pântanos podem trazer sérios danos à sociedade.
Diante desta situação, começaram a surgir os pagamentos por serviços
ambientais, a maior parte delas financiadas pelo governo. Neste caso, além de
pagarem pelo reparo dos danos, os programas também incentivam a realizar uma
atividade ecologicamente benéfica. Além deste modelo de programa, algumas
pessoas do setor público e privado se interessaram em financiar projetos que, a longo
prazo, preservem e restaurem o meio ambiente. Estes projetos são conhecidos como
fundos hídricos e para que eles sejam bem-sucedidos, alguns pontos são importantes
como uma liderança forte, múltiplos consumidores para uma bacia hídrica, clareza de
informações sobre a fonte de água usada e adoção de um sistema para prestação de
contas do investimento utilizado.
Um desafio a ser enfrentado, sobre este projeto, é a comprovação, aos
investidores, por meio de medições e resultados, a vantagem econômica dos projetos
de conservação que estavam envolvidos. Durante algum tempo cientistas tentaram
encontrar formas de apresentação dos resultados até que a engenharia trouxe a
confiança de informações como custos de usinas de tratamento, quantidade de água
disponível após tratamento e quais seriam os benefícios.
Além disso, existia ainda o desafio de alcançar os diferentes objetivos dos mais
variados investidores. No texto retrata sobre um caso que ocorrido no norte dos
Andes, bacias hidrográficas da Colômbia, Peru e Equador. Um ambiente repleto de
florestas e pastagens de alturas elevadas (páramo), que ajudam na contenção da
erosão e retenção de água, capturam a água da neblina, ajudam a água penetrar na
terra, isto é, são plantas funcionais para a região. Quando foram ameaçados, governo
e grupos pensaram em investir em fundos hídricos.
Um dos métodos cogitados seria o uso de cercas, para evitar que animais
adentrassem nos córregos e os contaminasse com bactérias. E ainda o uso de
árvores, que duravam mais que as cercas comuns e não necessitavam de muita
manutenção. Reflorestamento e restauração também são importantes pra evitar a
erosão e auxiliar na retenção de água. Terras degradadas podiam ser transformadas
em sistemas silvipastoris (ávores, pastagem e ganho na mesma região), investimento
que evitava que os rebanhos degradassem a terra devido ao uso de pastagens mais
produtivas e que suportavam o gado. Existia, ainda, a preservação de áreas
protegidas, entretanto, todo esse esforço não era suficiente para evitar os danos
antrópicos causados. A melhor solução seria contratação de guardar para proteção do
ambiente.
Para decidir qual tipo de atividade é mais eficaz para o fundo hídrico, era
necessário avaliar vários parâmetros como tipo do terreno, ameaças, vegetação,
profundidade do solo, uso atual, elevação e inclinação. De acordo com essa ideia, o
Natural Capital Project desenvolveu uma avaliação integrada de serviços e
compromissos ambientais, a InVEST, uma ferramenta que auxiliava na otimização e
no retorno dos serviços ambientais.
Para que um fundo hídrico originasse resultados satisfatórios era necessário
que as comunidades rio acima implementassem os projetos e, em troca, os
investidores melhoravam a qualidade da água, saúde dos animais e proporcionavam
ainda benefícios como programas de educação, fornecimento de grãos, treinamento
para as famílias e ainda davam porquinhos da índia para criação. No entanto, em
2010, os investidores começaram a fazer pagamentos irregulares, o que desanimava a
população e resultada no descumprimento do acordo por parte desta. Então, um fundo
hídrico brasileiro decidiu realizar uma forma de compensação constante para a
população e, em troca, eles deveriam manter o acordo.
No ano de 2010, já existiam vários recursos hídricos. O Serviço Florestal dos
Estados Unidos aliou-se ao fornecimento de água em Santa Fé, no Novo México,
elaborando uma gestão de incêndio para a bacia florestal que abastece a cidade.
Outros 13 projetos estavam em desenvolvimento nos Andes, em lugares como o de
Bogotá e do leste do Valle del Cauca, ambos da Colômbia, e ainda em Quito, Equador
que foi o fundo hídrico pioneiro, sendo iniciado nos anos 2000.
Biblioteca On Line Universidade Estácio de Sá

Você também pode gostar