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Ano: 2021
Sobre a autora
Os cactos e as suculentas já eram cultivadas em coleções, desde o século XVI, nos mais
importantes jardins botânicos europeus. O cultivo era, quase sempre, dentro de estufas
pois as condições ao ar livre não eram adequadas à maioria das espécies, que não toleram
geadas e temperaturas muito baixas.
Essa crescente popularidade nos dias de hoje, está relacionada com a facilidade de
cultivo e manutenção, além da riqueza de espécies e a versatilidade dessas plantas,
permitindo a proximidade com o “verde” mesmo nos grandes centros urbanos.
Elas variam muito em tamanho e cor, podendo ser cultivadas dentro das casas em
espaços pequenos, em coleções particulares, como decoração em jardins ou até mesmo,
formando cercas vivas em grandes propriedades.
Nos últimos anos, esse interesse e procura resultou no aumento do número de
produtores no Brasil e no mundo, tornando-se um mercado emergente que têm gerado
muitos empregos e movimentação de capital, além de uma maior diversidade de espécies
disponíveis no mercado.
Na maioria das vezes, são cultivadas em menor porte em coleções domésticas, mas
existe uma enorme diversidade de espécies com portes maiores, de arbustivos a
arbóreos, indicadas para uso em projetos paisagísticos.
As plantas estão dentro do Reino chamado de Plantae, mas não é necessário saber
todos os nomes e classificações para conhecer as plantas que temos em casa. A parte
importante dessa organização, que vai responder à pergunta a respeito dos cactos é essa:
A crescente popularidade das plantas suculentas fez com que a produção e consumo
de cactos ornamentais aumentasse muito, no Brasil e no mundo, por ser uma das famílias
de suculentas mais representativas e conhecidas. Entre os principais produtores e
vendedores dessas espécies, destacam-se os Estados Unidos e o Reino Unido.
No paisagismo essas espécies são admiradas e cultivadas pelo grande valor
ornamental e diversidade de espécies, atraindo muitos colecionadores ao redor do
mundo. Mas devido ao lento crescimento e raridade de algumas espécies, o preço de uma
planta é muito influenciado pelo seu tamanho, podendo variar de $3 em um cacto de 2
centímetros, para $120 no mesmo cacto com 10 centímetros.
Algumas espécies de cactos também representam grande valor econômico, como a
Pitaya (Hylocereus spp. e Selenicereus spp.) ou as palmas (Opuntia spp.), utilizada como
alternativa para alimentação de gado, entre outras.
Apesar de serem muito cultivados e comercializados, os cactos estão entre os grupos
de plantas mais ameaçados do mundo, pois a degradação dos seus habitats naturais e a
coleta de espécies raras (diretamente da natureza) impossibilita a reprodução e
desenvolvimento, levando ao desaparecimento de algumas espécies.
5. Cultivo de cactos no paisagismo
Os cactos são muito versáteis e existe uma enorme variedade para escolher!
No paisagismo eles são populares para diversos usos, desde em coleções domésticas
com plantas em pequenos portes, até em grandes jardins e vasos. O interessante é que
cada espécie possui suas particularidades, e isso é o que os torna tão atrativos.
Muitas espécies comercializadas são da família dos cactos e não se parecem com o
estereótipo que conhecemos, como por exemplo a flor-de-maio (Schlumbergera
truncata) ) (fig. 4) ou a ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata).
5. Espécies interessantes
Como apresentado anteriormente, o cultivo de cactos no paisagismo é muito
abrangente. Nesse capítulo, estão descritas e listadas algumas espécies de médio a
grande porte, e seus principais usos.
5.1. Cacto-azul
Nome científico: Pilosocereus pachycladus
Cacto-azul é o nome popular de várias espécies de cactáceas, mas essa é uma das
espécies mais conhecidas e cultivadas. É uma planta de crescimento rápido e porte
grande na natureza (arbórea), nativa do Nordeste brasileiro e conhecida no país como:
facheiro-azul.
No mercado, pode ser encontrada tanto em pequeno porte e quanto em maiores, para
uso paisagístico, além de ser muito procurado por colecionadores. Utilizados em projetos
de jardins a pleno sol, geralmente de forma isolada ou em vasos.
Características:
Planta rústica que apresenta hastes
colunares, de coloração azul-prateadas,
marcadas por costelas verticais e sem
presença de folhas. Se ramifica muito na
base da haste central.
Características:
Planta suculenta e com formato
globoso-achatado, verde -escuro,
marcado por costelas longitudinais e
com auréolas esbranquiçadas cheias de
espinhos curvos. Sensível a geadas.
5.3. Palma-doce
Nome científico: Opuntia cochenillifera
A palma-doce é um arbusto suculento nativo do México, muito ramificado. É cultivada
no México para a criação de cochonilhas para produção de corante.
No paisagismo é indicada para o cultivo em jardins a pleno sol, sozinha ou formando
grupos. Além disso, é muito recomendada para a formação de cercas vivas, pelas suas
características rústicas.
Características:
Planta arbustiva e suculenta, com hastes
ovaladas como palmas articuladas e de
cor verde, com pequenos espinhos na
superfície. O tronco é cilíndrico quando
adulta e é intolerante a geadas.
Altura máxima: 4 metros.
Espinhos: Sim.
Flores: Solitárias e vermelhas; se
formam na parte superior das hastes.
Período de floração: Primavera, Verão,
Outono, Inverno.
5.4. Urumbeba
Nome científico: Brasiliopuntia brasiliensis
A urumbeba é uma espécie rústica, nativa de todo território brasileiro e de regiões
de países vizinhos. Pode atingir portes muito grandes em seu habitat natural.
É muito utilizada na composição de jardins de forma isolada ou formando grupos,
além de ser muito indicada na formação de cercas vivas, pois possui crescimento rápido.
Quando jovem é cultivada em vasos para decoração de ambientes internos.
Características:
Planta rústica e arborescente, com caules
modificados e sem presença de folhas.
Quando jovem: caule achatado e
segmentado; Quando adulta: caule quase
colunar.
Altura máxima: 10 metros.
Espinhos: Sim.
Flores: Solitárias e amarelas; se formam
na parte superior das hastes.
Período de floração: Primavera, Verão.
Propagação: Estaquia.
Luminosidade: Sol-pleno; Meia-sombra.
Solo: Rico em matéria orgânica, boa drenagem.
Água: Necessita de regas mais constantes que outros cactos, principalmente quando
jovens.
Arbusto: Vegetal de pequeno a médio porte, com caule lenhoso e ramificado desde a
base, sendo impossível distinguir qual o caule principal.
Aréola: Estrutura especializada dos cactos, responsáveis pela produção dos espinhos.
Espécie nativa: Espécie que ocorro de forma natural numa determinada região.
Herbácea: : Vegetal que tem caules finos, com crescimento parecido com uma erva.
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