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§ NAEA. FIPAM
I,^IIVERSIDADE FEDERAI- DO PARÃ
SUBIN. .
SUDAM o BASA . FUNDAçÃO FORD .
BELÉM . PARÁ. 1974
137 4
COLEÇÃO NAEA/FIPAM
DAURIL ALDEN
Unlvorsldodê do W.§hlngton
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t UNIVERSIDADE FEDEEAT DO PARÁ
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Beltor: Prof. Dr. CLóVIS CUNHA DA GAMA
MALCHER
Apresentaçáo 7.9
O signiÍicado dâ produçáo do Cacau na reglão amazônlca
no Íim do período cclonial I um ensalo de lllstórla Eco-
nômica Comparada 9-44
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renda por habltante, e eÍlclência do melo dê trans.
porte pdem dlmenslonar a rcalidade de um mer-
cado, cada um desses detalhes levanta quesÍóes
pata permear uma lelturc mals prugmática e c a-
liva também. Assim o NAEÁ oÍerece um rclevante o srGNrFrcADo DA pBoouÇÃo DE cAcAU NA REctÃo
subsidio onde o caso do cacau representa uma AMAZôNICA NO FIM DO PERÍODO GOLONIAL: UM ENSAIO
Amazônla poota à prova. O exceleote aparcto ctl- DE HISTÓRIA ECONÔMICA COMPARADA
,1 iico do ensalo teprese}ta um bom quo é mais uma '
:/ pista que um dado.
Entre as centenas ou mais de culturas que os euro-
SAMUI'L SÁ peus encontraram após sua chegada ao Novo Mundo, a mais
irnpo!'tante fonte de bebida foi o cacaueiro, Cultivado pelos
anlcrÍndios da Ânrérica Central um milênic ou mais antes de
Colombo, o cacauelro era a Íontc primária de uma bebida
o chocolate que competia favoravelmente com o caÍé e o
-
-
chá nos mercados de produtos de luxo da Europa, durante os
séculos XVll e XVlll. Em conseqüência disso, o cacau se tor-
nou um dos principais produtos que, com graus variáveis de
êxito, cada país colonizador tentou desenvolver na Améri-
ca.2 Mas, a dâspelto da extensa literatura primária e secun-
dária sobÍe o desênvolvimento da produqâo de cacau, 3 a
afirmação de Ernholm Íde que) '... nosso conheclmento da
geograÍia econômíca do cacau é tão lmperfolto [que]. . . pra-
ticamentê. não sê encontra disponível nênhum estudo detâ-
lhado das várlas áreas de produção .. .' é táo verdadei-r
ra nos dias de ho.;e, como o foi há um quarto de século
atrás. 'Os obletlvos do presente ensaio são: primeiro, âna-
lisar o cresclmento da produçâo do cacau numa região geral-
mente negligenclada a Amazônla Portuguesa durante
-
o século Xvlll e princÍpios do XIX; segundo, âvaliâr- suâ signl-
ficação para I economia dessa região, dentro do contexto
mais vasto das outras regiôes rivals, produtoras de cacau
do Novo Mundo.
Atualmente, os botânicos reconhecem vlnte e duas
êspécl€s do gêaero fheobromba Cacao, mas aomente duas,
Cacao Crlollo a Cdcao Fomsterc, são de lmportâncla comer-
cial. I Os €speclall8tas contlnuam a dlscutlr a respelto do
contro, ou csntros orlglnalq, onda o cacau fol prlmelramente I
domêstlcado. Os mals provávols sáo a bacla do Alto AmâzG
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nas ou alguma parte da Amórlca Central. a Uma
orlgem tro- obviamente apreclavam, e Nessa época, os llmltês do cacau
pical é certamonte indlcada, pols, se bem qr"
o aborígine cultivado se estondlam ao longo das terrâs balxas
possa tolerar varlações pluviométrlcas de 45 "áauu"i-
a 2OO polega_ da Amérlca C€ntral, tanto no lltoral do Carlbe, como, espê-
das por ano, crescondo êm al tudes ae aproxiraaáme,iie
4.500 pés do nível do mar, requer uma média anual
de tem-
cialmente, no do Pacífico
- desde a atual Costa Blca, em di-
reção ao Norte, até atlnglr os Estados mêxlcanos de Colime
peratura de cerca de 7Oo F., não tolerando
temperaturas que e Vera Cruz. Em toda a Mesoamérica. servia como b:Ji(lJ
se mantenham, persistentemente, abaixo de 60o F..O cacau cerimonial e de luxo. sendo suas sementes utllizadas como
se desenvolve onde existe suficiêntê drenagem, grande moeda. Antês de Cortez chegar ao México. o câcau se tinha
uml-
dade, sol protetor e abrigo do vento adequãdos, tornado o principal produto do país e do comércio marítimo
ieglmes de
chuvas e temperaturâ favoráveis, numa latitude entre 20. entre as terras dos Maias e as dos Astecas, constituindo um
N. e S. ,
item iírportante dos tributos que os Astecas, habltantes das
Durante a era colonial, a aparôncia espetacular do terras altas, cohravam dos povos subjugados das terras bai-
ca.
caueiro impressionâva vivamente os recém-chegados xas, úmidas e quentes, que margeiam cada um dos lados do
aos
trópicos, Íazendo-lhes lembrar com freqüência a laranjeirâ, lstmo de Tehuantepec. 'o
a cerejeira ou a ameixelra, plantas que tinham conhecido Até a conquista do Méxlco, os espanhóis nâo se in-
na
huropa. Com uma altura de 25 a 40 pés, rodeado por teressaram pelo cacau. Durântc a ccupação de Tenochtitlán,
uma
densa copa de galhos semelhantes aos do carvalho,
caueíro. na estaÇáo próprlâ, coble-se de flores
o ca- encontraram grandes qu_antldades de cacau armazenado no
vivamente depósito real de Montezumâ ll. De acordo com o cronista
coloridas, amarelo-laranja e púrpura, que se Íormam Bernal Diaz, "Nos livros de tributos do Nlontezuma nós vimos
em to-
das âs partes da árvore, inclusive no tronco, nos galhos de onde lhe traziam tributos de ouro e onde estavam ⧠ml-
e,
especlalmente, nos Interstícios êntrs o prlmeiro
s os ú|fl- nas e o cacau, . . e desejamos lr àqueles lugares de onde. ..
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nate (o atual El Salvador). rr Dê acordo com os registros 'laha.c.
do manecer desse modo na maloria das outras partes do m
.F\' molo do século, esses trlbutos eram avalisdos p-erfazendo
do até o século XIX-ali tinha se tornado uma n€cessldadé
um total de trtbutos ds mals de 3OO.OO0 ltbras _
o que o geó.
-pro_
primárlâ, contlnuando a ser asslm ao longo de todo o pêríodo
grafo Bcrgmann calcula em aproximadamente
Sozo de sua colonlal.2
ouçao anual. r. Em .1560, a Capitania-Geral da Guatemala
ex_
portâva ânualmente para o México
mais de ,l .000.000 de ll.
Desde cerca de 1550, âté a segunda metade do sécu.
bras de cacau, uma quantidade destinada a crescer lo XVll, o princlpal fornecedor do mercado mexlcano fol a
duas ve-
zes e meia em 1526. parte desses carrêgamentos Capitanla-Geral da Guatemala. O cacau guatemalteco provl-
'5 seguia
por terra, transportado no lonrbo de nha, principalmente, de uma zona relativamente estrslta de
mulas, o,
por homens, mas os de Sonsonate "rrr"g"do terras baixas, ao sopé de montanhas, na costâ do PacíÍico,
vlaiavam pelo a"l. uié o
porto de Huatulco, no pacíÍico, predecessor estendendo-se de Soconusco, a Noroeste, âté os rlcos solos
àe Acapulco.,.
OLrando Cavendish saqueou esse porto, vulcânicos de lzalco ou Sonsonate, a Sudeste. Embora hou-
em 1SBZ. destruiu vesse distritos produtores nas costas guatemalteca e hon-
rrrais de 100.0C0 (a.g,.!s (= fardos de 50 libras)
de cacau.,/ durenha do Caribe e em pertes meridionais da América Cen-
Embora as estatísticas que sobreviveram sejam inade-
.
quadas.para mensurações precisas, torna-se evidente que a
tral lagos da Nicarágua e a província
- tais como a região doseles
dê Nicoya da Costa Rica eram muito menos importan.
demanda do cacau, no México, continuou a crcscci
Íirinc
- do PacíÍico.
tes do que as terras baixas No início do século
mente. A despeito do estabelecimento de urna XVll, o cacau era o mals importante produto âgrícola dê ex-
Casa Real da
Moeda na Cidade do México (.1s39), as sementes de portaçáo da Capltania-Gêral, com umâ produção anual estl.
cacau
continugram a ger usadas por todo o século XVl, nas mada entre cerca de sels a nove milhões de llbras. No Ílnal
transa-
ções ds mercâdo, em lugar de pequenas moedas de cobre; do século, entretanto, as exportações haviam caÍdo para 1,5
em partes remotas do Vlcê.Relno do México, sorvÍam mllhão; um século mais tarde, estavam apenas om 300.000.
como
pagâmento de salários, até a segunda Vários Íatores têm sldo aventados para explicar o colapso
metade do século. rr
Mas, indubitavelmente, o cacau era u lizado principalmente da produção guatemalteca de cacau. Entre eles, a preferên-
am forma de bebida. Não se sabe até que ponto os cia indígena pelas culturas que produzlam mâis rapldamen-
Índlos
não-nobres das teffas altas mexicanas consumlam o "cho- te, facilitando assim o pegamento de seus tributosi o declt
colatl" em tempos pré.cortezianos, mas sâbe-se gue seu nio câtastróÍico da mão.do.obra indígona, em conseqüêncla
consumo se tornou generalízado entr6 os índlos de de doenças e exploração excesslva; êrupçôes vulcânlcas des-
todas as
classes, nas décadas que se seguitam à conquista. re
Junta. trutlvas; Íobias r€ligiosas contra o cultivo do produto; I
mente com o pão, o cacau so tornou pârte da dleta padrão concorrênclâ de tlpos de cacau inferiores e mals baratos.
nos domÍnios de Cortez ê, provavelmente, também em ã Tal concorr6ncia procediâ de duas partes do lmpério Es.
ou_
tras proprledades ruralg. D Com o passar do panhol, onde o cacau não tlnha sldo cultivado om tompos
tempo, os êspa_
nhóls mals urbanlzados grad,:almente adquirlram
o hábito do pré-colomblânos a: Ouito (Equâdor) e Norte da América do
chocolatê. Presumo-s6 que lsto ocorrsu âpós modiÍicações Sul, especlalmente a Venezuela.
no método- lndÍgana padrão de prsparo _ cacâu
em pó co_ As orlgens do cultlvo do cacau, no Equador, alnda náo
locado do lnfusão sm água qusnte, ou fervldo,
com mel, fu_ foram descobêftas, Os Szásdls supõem que o cacau de
bá de mllho € plmenta
I -. quo
vam desagradávol. a No lnÍclo
alguns comentarlstâs acha_
do eóculo XVll, o chocolate _
Guayâqull estâvâ sondo embarcado para.ô lstmo de Panamá
desde 1569, mas nôm Lopez de Velasco, nem José de Acos-
anterlormente um ardgo de luxo no Móxlco,
desflnado a per- ta apoiam essa alegaçáo. $ Está claro, entretanto, que ôm
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l l6í7, quando o carmellta Vázquez de Esplnosa vlsltou a prô- bons que, gradualmente, relexaram as restriçóes de comér'
víncla dc Oulto, Já havla multâs plantações de cacau ao lon- cio entre as pârtss de seu lmpérlo amerlcano, no periodo
go de ambas as mârgens do Rlo Guayas. ô Duas décadas que val desde a década dos anos 1760 até a dos anos 1780.
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mais tarde, em í635, o Tribunal de Justiça (audiêncla) da A princípio, a coroa permltlu apenas que quantidades limi-
Guatemala respondeu a um apelo Íeito pelos plantadores de tadas de cacau procedênte de Ouito penetrassem em Acâ-
cacau da Capitania,Geral, lmpedindo a entrads do cacau del pulco. Mas essâs quotas náo detiveram os contrabândis-
Potu, lsto é, ô cacau de Ouito, nos púrtos sob a sua jurisdi- tas e, em 1788, o livre comércio entre Guayaquil e Acapulco
ção. 3 A ação do Tribunal estava de acordo com a política Íoi âutorizado. oÍlcialmente. I' No início do século Xlx, o
reâl cacau de Ouito, de qualidade inferior e mâis barato, havia
- rêcentemente dlvulgada -- de proibir todo o comér-
cio entre os Vice-Reinos r:spanhóls do Norte e do Sul. ,0 Os conquistado 75% do mercado mexicano, que tinha, por longo
Szásdis parecem ter uma base sólida quando aÍirmam que tempo, pertencido aos interesses venezuelanos. s
as repetiads renovações dessa proibição demonstram a per-
Os começos do cultivo de cacau na Venezuela sâo, da
slstência do cornércio de contrabandc entre Ouito e os por-
nresma Íorma, obscuros. '7 A primeira referência ao cacau,
tos guatemaltecos e mexicanos do PacíÍico. § Embora o
nesta área, data da década dos anos 1570, mas não indica se
consumo do cacau, dentro da provÍncia dê Ouito, tenhâ per"
já havia comeÇado um cultivo deliberado. s Uma geraçáo
manecido desprezível por toda â era colonlal o e o Peru
mais tardê, entretanto. o carméiita VázQuez dl, Espinosa re-
§ervisse como o único mercado exterior legal,3'a produção
latou que o cacau estava sendo cultivado nos "Íérteis vales
êquatoriana de cacau continuou a se expandir por todo o
e campinas, a uma distância de cerca de 40 léguâ§' em torno
século XVll, até que as margens do Guâyas e as terras ba!
de Caracas e que, desde 1615, existiam
xas adjacentes Íicassem domlnadas por plantações de cacau,
numa distância de ciquenta mllhas aclma do entreposto de "grandes pomares e plantações de cacau, que pro
Guayaquil. r duzem colheitas... em grande abundânci8. Trou-
xerâm esges cacauêiros das gerras e cordllhelras
Faltam as estimâtivas sobrê a produçâo do cacau de
Ouito, antes de 1700. Para o primeiro quartel do século
do interlor do paÍs, ondo há grandes moltas € flo-
restas de cacau silvestre...; fizeram grandes far-
XVlll, as colheitas ânuais pÍoduzianr, em média,2,7 mllhôes
de libras. Durantê o segundo quartel, ficavam entre 3,2 e dos dessas árvores sllve§três, transportando-as e
formando as plantaÇões...; essas árvores náo são
4,0 milhões, um nível evidentemente mantido também du-
tão delicadas para crescer como as da Nova Espa-
rante os vinte o cinco anos seguintes. No entanto, entre
nha e de Honduras'. 3'
1772 e 1802, subiram de 3,2 parâ 8,1 milhões e, durante o
primeiro quârtel do século XlX, quase dobraram alnda, atin- Ao longo do século xvll, o plantio do cacau se espa- I
glndo entre í4,5 o Í5,4 mllhões, durante os anos de 1821-1825. lhou através dos vales centrais, sltuados entre o litoral e a
1
No Ílnal do periodo colonlal, o cacau estava situado entre 2/3 §aliência dos Andes, desde â Bacia do Maracalbo, a Oeste,
e 3/4 das exportaÇões de Guayaqull e constltuÍa a prlncipal até I llha de Trinidad, a Leste.
fonte dê rlqueza dos cldadãos mals lmportantes da Presl-
dência. 3 O produto venezuelano entrou. lnlclalmonto, no merca- I
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beixo durante o sóculo XVll, flcândo, em módla ,pouco aclmâ para a PenÍnsula lbérica, não era somênte um lndíclo do êxi-
da meio milhão de llbras por âno. . Náo obstante, tal fato
l
to da campanha do governo espanhol contra os contrabandis-
náo é um indicatlvo seguro da produção totsl, em parte por_ tas holandeses: ero, tantbém, a resposta à crescento popu.
que se desenvolvou um ponderável mercado interno para o laridâde do chocolâte na Europâ. '7
produto locâl I' e também porque os contrâbandistas holân-
Como aconteceu no câso do tabaco, o âgudo int6resse
deses estabelacldos nâ ilha de Curaçao transportavam gran-
europeu pelo chocolate não começou senáo a partir do iní-
des quantidades presumíveis (mas não teglstradas) do cacau
7 clo do século XVll. As primeiras lmportaçóes de cacau, re-
venezuelano para os mercados europeus, desde a década dos
gistradas na Espanha, pârecem datar da prlmelrâ década da-
ânos 1630, âté uma dâta avançada dentro do século Xvlll. o
quele século. * Atribui-se, tradicionalmente, ao viajante
Os custos desse tráfego ilícito aumentaram, êm conseqüência
do estabelecimento da Companhia de Comérclo Real de Mo_
Ílorentino Francisco Carletti, a introduçáo do chocolate na
Toscana, por volta de í606. ., Esteve em uso, em certos
nopólio, conhecida comc a Companhia de Caracas (1728-1785).
rnosteiros da Áustria. na década dos anos '1620, quando unr
Durante (, século XVlll, o cacau venezuelano passou a celebrado tratadista iranítiscano írtacou seu consunro, corn o
ser considerado como de qualidade superior a todos os argumento de que so tratava de um inflamador das paixões. i'
custos produzidos no NovD Mundo. 6 As exportações anuais Em '163í, quando apareceu pela primeira vez o célebre
registradas subiram, de í,4 milhóes de libras na década dos "Curioso Tratado Sobre â Naturaza e a Qualidade do Choco
anos 1690, parâ 2,6 na dos anos íZ?o, atingindo mais de 5 late", de Antônio Colmenero, seu autor observou que a be-
milhões oa dos anos 1730: dêpois de caírem para 4,6 milhões bida era "muito usada na Espanha, ltália e Flandres". 5' Na
durante a decada de guerra dos anos 1?40, voltaram a subir, mesnra década, mercadores holandeses traziam para Ams-
rras dos anos l75O e 1760, para 6,3 milhóes _ um nível que terdâ os primeiros carregamentos de cacau venezuelano.
dos anos lZ7O. {
parece ter sldo mantido ao longo da década Ern 1648, o dominicarro lnglês renegado, Thomas Gaga, con-
Ourânte o último quartel do século o cacau represêntava dê tava aos leitores de sua pátria a sua experlência de doze
2i3 a 3/4 do valor total das exportaçóos de La Guaira, prin_ anos, como consumidor de chocolatê na Amérlca Central. e
cipal porto da Venezuela, 6 um grau de importâncla compa- De acordo com a tradlçáo, em 1651, uma ralnha de naclona-
rável ao que prevalecia no porto rival de Guayaquil. lidade espanhola lntroduziu o costume de beber chocolate
na corte de LuÍs XlV. a Seis anos mais tarde, em vésperas
No curso do século Xvlll, o padrão das exportaçôes ve-
nezuelanas de cacau se alterou, râdicalmente. Emb;ra con- da restauraçáo dos Stuarts, o chocolate fol, pela primeira
tlnuassem a dominar os mercados mexicanos, até a décâda vez, colocado à disposiÇão do públlco de Londres. "
dos anos 1770, a partir daí, como lá Íol observado, foram Durânte os séculos XVll o Xvlll, como lá foi observado,
grandemente subsfltuÍdas pelo produto inferior e mais bara- o chocolate permaneceu como bebida de luxo, na Europâ e
to de Guayaquil. { Mas a perda de prlmazla naquele mer- nas colônias inglesas do continente. O cacau, por si mes-
I
cado colonial Íol mals do quê compensada polo volume cres- mo, ers caro, e a proparaç6o do chocolatê tove de pasEar por
cente das êxportações de cacau venezuelano parâ a Espa- uma sérle de experiênclas, espocialmente durante o século
nha. Fol somonto durantê a décad8 dos anos í?30 que ãx_ XVll. As primeiÍas receitas assemelhavam-sô à beblda
cederam o volumo onvlado ao Méxlco: mas, a par r dai, esee amarga dos Índlos; conslstlam basicamênte, de cacau, água,
Íato val. acontecer, multas v6zes, por margens do dolo ou fubá de mllho, baunllha e plmênta malaguota. ú Os confec-
tr6s pâra um, durante al mâlor parts do rBstanto do sóculo. clonadores europ€us tâmbóm tontaram multos outros lngrs-
E o volume sêmpre mâior de oacau venozuelàno, ombarcado dienteg, lncluslve sal, farlnha de trlgo, Brandy, Madclra,
16
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l,_
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Íormas de lnÍlama'
xos, a Anemla, a lcterícla e toda§ as
§herry, vinho do Porto, canela, cravo, noz-moscada, urucu, provoca
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vários óleos âromáticos. amêndoas. leitê Íervido, ovos ba-
çáo. lirnp, os Dentes' suavlzâ a Besplração'
exp€le vone'
ã-u,rn", os cálculos o a ÉstrangúÍla',
tldos, âmbar-cinzento e, "para mocinhas doentlas", rulbar' ",,"
no e preserya de todas as Do€nças lntecclosas
-
bo. s No início do século Xvlll. entretanto, o Íubá de mi' Chamberlayne' histo'
lho e a primenta malâgueta erâm, geralmente, omitidos e a Finâlmente, há o relato de John
solenemente '
receita fornecida para o que 6ra considerado o melhor cho- riador real na época dâ Bestauração Que'
,i;:r;-;;i;""i Exemplo do Eteito do chocolate "reÍe-
I com
colate europeu consistia, slmplêsmente, da "mais generosa estedo desesperador de Fraque'
noz de Caracas... Misturada com o mais Íino açúcar, boa i**'1" "l'r* tomem em granoe Amor pelo Chocolate; e-sua
7â nuê oâssou a ter um
canela e a melhor ê mais pura baunilha". ' o tomava com ere; a cll-
i
ií;";,;;;;,iúu0", tu'ue'
Os aperfeiçoamêntos nos métodos de preparo, iunta-
mente com suprlmentos mais abundantes, sem dúvlda "*,;;:,;i;
;;, " Yi''oi :"-'llir:l'#",S;t ffi:1 N/:i
diÍicil medir, enr termos econômicos, as conseqiiências dos medicinais tinha se tornado
orocura do chocolate para tins
apelos extravagentes, muitas vezes bizarros, Íeitos pelos en- '#;" ;;:';embora' durante o século xvlll ainda tosse
tusiastas, em favor de seu consumo, durante o século XVll, t-iiii""nt" do cérebro para intelectuais -
os quais se referiram âo chocolate como "o néctar america-
;rH#';il
',r"ãioo",,erasrandementefl:"!il,|',ff
no", "o néctar dos Índios", ou'o llcor real'. Thomas Ga- periores, na Europa e nas colo T,""JilãH "il;
ge, por exemplo, conta que regularmente torÍava dois copos distinção 3in-
Iãr'l* ,n*at"'' bebida da moda' símbolo de
pela manhã e outros dois à tarde e, "quando tinha o propó- de família' de
ã'..d";:il; conhecido e notável retrato Ú
sito de ficar acordado até tarde para estudar, eu tomaria ou-
,I"trl"i.,'"tn,,-"otulado "o chocolate Matinal'
tro... cerca de sete ou olto à nolte, o que me manterla acor- quando os ingleses' holandeses
dado até por volta de mela-noite". Seguindo essa rotlna, Durante o século XVll'
êxlto' no caribe' estabele-
"eu vlvi doze anos... saudável, a6m nenhuma obstrução ou e tranceses se introduzlram' com do litoral das Guia-
I
opilaÇão, sem saber o que era malárla ou febr€". s Teste- ;ffi;-da;';; uÀ 'uus ilha" e lonso ao
lnteresse europeu pelo
nas, eles responderam ao crescente
I
munho médico adicional proveio de Henry Stubbes, autor de de suas colônias Mâs
"The lndian Nectar, Discourse Concêrnlng Chocolate' (Lon- chocolâte, plantando cacau em muitas
se mostrou não mals
dres, 1662), médico do Bêl em Jamaica, de 1661-1665. O Dr. com raras exceções, sua experiêncla que tam'
Stubbes declarava que o chocolate, preparado com proprie- aà qus tinha sldo oarâ os ospanhóls'
""*n"""aa"t" Antilhas' durante as déca-
dado, era " a melhor dieta para hlpocondrla, moléstias crô- ;;';i;;*;;r.
"aI"'#;;;; rr* câcau nâs Grandes
* os lnslêses conquista-
nicas e escorbuto, gota e cálculo, mulheres em resguardo e
tooo ouando
I
" certo número de planta'
crianças recém-nascidas " .E Ainda mais calorosos eram ,"rn a 'fa.afca (1655), Bncontraram
na pârte Norte da
os eloglos de Charles de Rochefort, autor dê um antigo rela- cões de cacau, recêntemente estabelecidas'
to â respeito do estâbelecimento de europeus setentrlonals il; ; ;;il; dos altos lucros lnlclals
quo era
s do lnvestimento
requerldo-'
r.a,Ja-
no Carlbe. Dlssê RochaÍort: de capltal relativamente pequeno
perdurou 6tó. o lnÍclo
,uiia'e"rr"ti, a uma alta do cacau' que dessa dócada' havla I
'Esta boblda, tomada com mod6raÇão, provoca Enargla, 1670 No começo
o ã'ü"J;;";;'s
PÍocrlação e Concepçáo, faclllta walkr" (plantações), sltuadas ao lon'
il
Parto, presêrvâ a
Saúde o Íortalece; aluda a Dlgôstão, cura a Fraqu€zs o
;ril;;;6"*cau colhelta anuel da
a Tosse Pulmonâr, a Praga dos lntostlnos a outros Flu- ;;';;t ;r;"" Norte e centro-sul da llha e a
18 -í9
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Jamalca era estimada em ígg.OOO libras. c Novas planta_
para os anos de 1789-1792, parocem revelar uma drástlca re-
ções estavâm sendo feltas e um contemporãneo descrevia o tração, se bem que inexpllcada, da produçáo de caceu, em
cacau como 'o principal e mais benéÍico produto da
ílha". e vósperas da Bevolução. a
De repente, entretanto, a llha Íoi varridâ por alguma
espicie
de "sopro" (blastJ misterioso, aparentemente uma doença Algum tempo depois do início do século XVlll, o cacau
das
plantas e, por volta de í673, a colhelta anual
tinha
Íoi introduzldo em Saint Domingue, provavelm€nle obtido a
zida para somente S.OO0 libras. rc O "sopro, fol "lOo'r"au. partlr dâ vizinhâ colônia espanhola de Sânto Domingo. n
u prir"i*
de,uma série de calamidades que se abat€ram sobre Nlas, em 1716, as árvores foram derrubadas por um Íuracão,
os plan-
tadores de cacau da Jamalca'r ê âs tentativas posteriores calamidade da qual a produção de cacau parece não sê ter
para revivêr o cultivo se mostraram
infrutíferas. 7, Durante recuperado nurrca. Em 1791, pouco antes do inÍcio de uma
o século Xvlll e o início do XlX, a Jamaica, sériê de levantes revolucionários dêvastadores, as 69 plan-
Juntamente com
viirks ilhâs inqlesas das pequends Antilhas. continuou tações de cacau dê Saint Domingue eram avaliadas numa mé-
a pro_
cr,?Ír quantidades insignificantes de cacau. t, dia de 4.000 livres, enquanto uma plantação do açúcar valia
230.000 e uma de âni|,30.000. 3'
Os franceses também estabelecêram plantaÇões de ca-
cau, na maior parte de suas colônias das Índlas Duas decadas antes do início do século XVlll, os holan-
Ocldentais,
Martinica, Guadalupê e Saint Domingue, âssim como em
Caie_
deses também começarâm o cultivo do cacau (provavelmente
na, mas também não conseguiram obter êxlto pennanente. com mudas obtidas de Trindad ou da Venezuela), em unra de
No início da década dos ânos 1660, as primeiras Íazendas suas colônias do Novo Mundo, Suriname. Embora as expor-
de
cacau Íoram estabelecidas na Martinica e Guadalupe, taçôes tivessem começado, em pequena escala desde 1702.
árvores silvestres obtidas nas florsstas na vas.
cÀ
'Nil;; elas não atlngiram nívels significativos, sênáo na segunda
encontra nenhuma Indicação disponível sobre " metadê da década dos anos 1730. Entre í7?6 e 1741, foi es-
o montante da
produção ob da para os anos anterlorês tabelecido um total ds 87 plantações de cacau, ao longo das
ao lnÍclo do século
Xvlll.. Entre 1710 e 1?22, âs exportâções dê câcau da Marti_ margens dos principais rios de Suriname, as quals parecem
nica duplic€ram, de S92.7OO para í.372.600 libras por ter permanecido como as principais produtoras do cacau da
ano,
mas, em 1?27,3/4 das árvores Íoram destruídas por
um ter. colônia, até o século xlx. À/as, â Julgar pelos preços de
?5 Novas mudas, provavelmentê Amsterdã, a qualidade do produto de Suriname permaneceu
:eloto. do mals vigoroso
T. Forastero, foram importadas de Calena, no iníclo
da àéc;;; muito abalxo do padrão de Caracas. át Na década dos anos
dos anos l74O ê a produção se êstabllizou, í770, embora as exportações crescessem parâ mais de melo
ao nível de 1710. pot motivos inêxpllcados, "pro*iruaurantu,
parecê ter sido milhão de libras por ano. aumentando para 620.000 llbras por
renovado o lnteresse pelo cacau, tanto na ano, na dócada segulnte, elas representavam menos de 5% do
Martinlca como em
Guadalupe, a partir do final da década dos valor da produção de café da colônia. Depois da década dos
anos 1760. As ex-
!!!aC!es da prtmetra rapldamêntê dupllcaram, êntre t76Z e anos 1780, o volume das exportações de cacau da colônla ho-
1769, ficando numa média um pouco aclma landêsa decllnou abruptamentê, como está lndicado nâ Ta-
do .l.200.000 libras
por ano, de 1769 a 1?7? e t.336.500, entrB bela X. e
í282 e i?88. ,á
Na mesma época, o número de cacauelros plantadog
sm Gua. Durante a década dos anos 1790, o nÍvel das exporta-
dalupe aumentou, de í34.OOO, em i267, a 4SO.0OO
em 127?, I
çõs8 do prlnclpâl Íomecedot do mercado euÍopeu, na Vênozus-
eugerlndo uma colhelta esflmada ds porto de
meto mtlhao de o máxlmo para o perÍodo colonlal
llbras. D Entretanto, os dados lncompletos ae la, atlnglu 8,8 mllhões
export"çaq de llbras s o clentlsta prusslano Alexander -Von Humboldt
- i
20-
-21
I
.l
I
1
persão dâ Íorça de trabalho escravo, 37 Não é surpreenden- ncrvelos de algodão e sementes de cacau produzidos no pró"
te, portanto, que as exportações anuais, durante a década de prio local. s
1810-í8í9, tenhâm caído para a metâde, atingindo uma mé- Como em toda a parte ,as origens da exploração do ca.
dia de cerca de 3 nrilhôes de libras por ano [ver Tabela X). e cau na Amazônia pêrmanecem obscuras, s A presença de
O declínio das exportações venezuelanas de cacau tor- cacâueiros ao longo da rúta do celebrado Franclsco de Orella-
nou necessário, aos compraodres europeus, a busca de no- na, o chanrado "descobridor' da Amazônia, que estava em
vas Íontes de suprimento. Um dos principais beneÍiciários busca do 'País da Canela" em 1542-1543, evidentemente não
da decadência do cacatr venezuelano Íoi um produtor âté en- impressionou aquele explorador ou seus âcompanhantes li"
tão marglnal : a Amazônia Portuguesa. A Amazônia tinha têratos, pois eles não foram mencionados na documentação
sido, durante muito tempo, uma área de importâncla secun- remanescente da expedição. 6 Não parece também que o
ddria dentro do lmpério Português. e Descoberta entre 1499 cacau tenha interessado àquelês obscuros colonos lngleses,
e 1542, os prlmeiros estabelecimentos europeus Íoram feitos holandeses e irlandeses que estabeleceram eÍêmeras colô-
no início so século XVll, ao longo do litoral, começando pela nias agrícolas na Íoz do Amazonas, duranto o primeiro quar-
tundação de seu porto prlncipal, Belém do Pará, em 1616. tel do século XVll. s Entretânto, quando o iesuíta espanhol
No lnÍclo do século Xvlll, a presença européia era represen- Cristóbâl de Acuía publicou seu famoso "Novo Deacobrlmen-
tada por um punhado de estabelocimêntos prlmltlvos, modes. to do... Amâzonâs" (Madrl, 1641), relatando suas observaçóos
tas plantações o pêquenas Íazendas de gado concêntrada8 nas no Vale durante â viagem quo há pouco tlnha reallzado, do
proxlmldades da foz do grande rlo, É várlos Íortes rlbelrlnhos Oulto a Belém, €ls ldentiflcou o câcau sllvostre como um dos
estrateglcamente locallzados que s6rvlam, prlnclpalmênte, "quatro produtos que, se cultivados, seriam lndubitavelmentô
para flscallzar o comérclo - o mala de clnqüonta mlssóes, suÍicientes para enriquecor não somento um, mas muitos Bel.
-
22- fl -23
r
i
24- -25
T
de que o uso da canoa era indispensávet na Amazônia, e por- robas ('l srroba = 32 libras) de carga, dirigidas por um co'
I que os índios possuíam um conhecimento lnsuperável dog mandante (cabo), branco ou mestlço, que ch€fiava uma tripu-
recursos vegetals do Vale, o envlo de expediçóes de coleta lação de uma a duas dúzias de remadores indÍgenas. r'3 De-
de drogas foi uma óbvia extensão de um mecanlsmo de co- pois de atingir um ponto c€ntral apropriado, a expediçáo
tnércio iá existente, "0 Em segundo lugar, o cacau bravo construíâ umâ cabâna de palha sobre um estrado para seca-
parecia seÍ onipresente. Como observou o Padre Acuõa, gem, onde o cacau seria armazenado temporârlamente . Os
nrembros dâ expedição passavâm então a colher frutos, dos
crescla por todo o interior da Amazônia. Era encontrado ao
grupos de árvores ao longo das margens, ou das que se en-
/ longo das margens e nas ilhas adlacentes do rio principal,
contravam dispersas através de váriâs milhas no interior da
tanto na sua parte mais baixa próxima a Belém especial- selva. Ouando, usualmente, dentro de seis a oito dias, um
mente entre a sua confluência com o Bio Tocantins - e os por-
carregamento tinha sido recolhido, retornavam ao depósito,
tos de óbidos e Santarém como ao longo das nrargens descarregavam ê, então, rêlornavam sua "colheita'. Algu-
de serrs maiores tributários,- particulannente o Rio Negro, o mas vezes, em rnarÇo, se a colheita tinha sido boa, a tropa
Bio Trombetas (onde Orellana havia se encontrado com as retornava a seu ponto de origem, mas, sc o cabo não estava
Amazonas), o lvladeira e c Solimões. Em terceiro lugar, satisÍeito com o total da quantidade colhida, ele ordenava à
deixando de lado o Íato desestimulante de que o cacau culti- expediÇão para recolher outra droga, geralmente cravo ou
vâdo só começava a proporcionar colheitas a partir do quinto salsaparrilha. Asslm que a tropa completava sua colheito,
ano, o estabelecimento de plantaÇões envolvia despesas descia o rio, demorando-se oito dias antes de sua chegada a
cujas compensações até a década dos anos í230 Belém, na Íortaleza da ilha de Gurupá, onde o volume da car-
- eram
bastaÍte incertas, por- causa da dificuldade de transpoÍte ma.
ga era medido e taxado. rr' Depois de âtingir Belém, em
rítimo e outros problernas que serão discutidos mâis adiante. .lunho ou iulho, â tripulação era paga e o comandante do bar"
co recebia sua parte da carga, comumente, 200/o rr5
Finalmente, o trabalho lndígena não era, nem suÍicientemen-
te abundante, nem seguro. Os Índlos não estavam adaptados Embora o montante de investimentos Íosse relativa-
a um trabalho manual arregímentado e, como em toda parte mente pequeno, em comparação com o retorno potencial,
no Novo Mundo, estavam prontos a desertar; conseqüente- essas expediçôes eram sempre aventuras arriscadâs. Os
mente, os custos dessas fugas do trabalho eram extrema. comandantes dos barcos, Íreqüentementê, viam suas tripu-
i mente altos. irr Contrastando com os perigos da produção laÇões desertar e, algumas vezes, serem dizimadas por en-
agrícola, a única despesa signlfica va para o envio de uma contros com Índlos hostis, ou répteis venenosos que se
expedição de coleta era o custo de uma canoa: cerca de êncontravam emboscados nos lugares úmidos e sombrios
300.000 réis, na década dos anos í730 (aproxlmadamente entre os cacaueiros. 1'ô Algumas vezes, o cacau era colhldo
880, ou cerca de um terço do valor do carregâmento de ca- muito vêrdê ê náo servia para o comércio" As âdulteraÇóes'
câu transportado pêla canoa ê vêndido om Bslém durante por pârte dos comânadntês de barcos e outros, estavam lon-
I
essa década). rP ge do ser uma rarldade, rr? E, por causa da secagem lnade-
quada e dos desculdos de armazenagem, o cacau recém-
As expediçôês de coleta (tropas) comumente deixavam colhldo freqüentemênte apodrecla a se estragava, ântes do
sua base de operaçôes um âldeamento mlsslonárlo,
- de Belém em dezembro um
porto rlbeirlnho, ou a cldade ou
atlnglr os mercados de além-mar. !r3
-
.lanelro. Conslstlam de uma ou mâls canoas grandes, par- Tals problemas perslstlram, por todo o tempo om qu€
clalmente cobertas, capazes do transportar do 3OO a 5OO ar- a Amazônla Íol um cêntro produtor dê cacau ê 8ua êxlstên-
26- _27
&
L
I
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I
I
r
cia, durante os prlmelros anos do século XVIll, não explicâ, :lnglaterra, até as últimas décadas do século' Durante a
para o ca-
de modo completo, porque a ativldade não se desenvolveu ,ãio. p"n" do século xvlll, o prlnclpal mercado
tão rapidamente como a Coroa êsperava. Certamente, um cau âmazônico erâ, multo provavelmente, a
Espanha Aqul'
observa q-ue
sério embaraço, que prejudicou os exportadores locâis, par- Humboldt dá unra importante indicação, quando
da ts-
ticularmente durante o primeiro quartel do século Xvlll, foi era prática comtrm, entre os fabricantes de chocolate
três
a escassez e irregularidade do serviço de transporte maríti- ornti". ,l"trru. um quarto do cacau de Caracas com
mo entre Belém e os portos peninsulares. Enquanto de vin- fi;;i;" ;; produto inferlor de Guavaquil À/as' observa
te a quârenta navios por ano atingiam os maloíes portos numuoldt. po|' das conseqüênclas dâs guerrâs da dé-
""uru
cada dos anos 1790 e sua continuação no lnício
do seculo
de entbarque de açúcar do Brasil : ReciÍe, Salvador e Rio de
xlX, os compraodres penirrsulares estavâm misturândotal
o
Janeiro, 'r' muitas vezes se passava um ano ou mais, antes
qú! unr ou dois navios aportassem em Belém. '8 E os que O" Guayâquil com "algum de qualldade lnfêrior'
"u"ru
c(irÍlo rr clo I\,4alaÀon (conro os esllanllóis chamavam
o Ama'
i;)i,r'e9iam, Col;r3;arl 'r'Ct-s ,i!1c Cú,respO11di.lu1 a ntais cle
.,.rnas), do Bio Nelto. de HondLlras e da llha
de Santa Lúcia
ÍrL'r ',' Í.o.b rlo volor rla pr()Pria carga, trôs ve:cs nririorcs
que as tarxas que prevaleciarn l)ara als viagens desde os
ci ., (que conserva o nome). no comércio de cacau de Guaya"
pontos de carregarnento de açúcar até a Península lbérica. r'?r
qrit". 't e.bom o prussiano estivesse escrevendo sobre
Embora os Íuncionários do governo, em Belém, protestas- prj,i"r" no {lnal do século Xvlll e inícios do XIX'
sem contra es5. discriminação, a existência de pesados
"or"t"i"is
há boas razões para acreditâr que elas eram realizadas muito
Íretes de carga e a\ escassez de travios eram, ambos, um re- mais cedo. Além do mais, antes da abertura do coméÍcio
Ílexo do oequeno ',,olume de carga disponível parâ exporta- direto entre a costa sul-amcricana do Paclfico e a Espanhâ'
para a
çâo, em Belém. E, como Dalph Davis escreveu tão sabla" em 1740, o cacau de Guâyaquil não ere êmbarcado
ispanha, de tal Íorma que tipos infêriorês d€vem tor
vindo
I mente, "o que realmente importava para o dono do navio
I (durante os séculos xvll e xvlll) êra o peso ê o volume, náo de outra fonte. Há evldência que apontâ ter sldo a Amazô-
I o vâlor. O que criâva demanda para o transporte marítimo nla Portuguesa essa fonte.
I era a mâssâ, nâo o preço'. rl lvlas o que proporcionava a Em 1717, o governo espanhol publicou um decreto,
proi'
massa era â existência de mercados. bindo a entrada, em seus domínios, do'cacao de Maraãon
lue ,enla de Portugal ', isto ó, cacau amazôntco
procedento
O desenvolvimento da demanda do transporte marítimo
áe Portugal. Este era o primelro de uma longa série de de-
e, conseqüentemente, do cacau, ficou na dependênciâ da des-
cretos semelhantes. Em í730, um relatórlo espanhol es'
coberta dê mercados pâra o produto âmazônlco. Desde que
o háblto dê tomar chocolate não se tornou moda em Portu- tabelecla quê quantidades conslderávels dessê cacau esta-
I
gal até pelo menos o meio de século tais mercados ,am sendo contrabandeadas na Espanha, procedentespor' de I
-
tinham dê ser encontrados Íora do Belno.-rã Um deles era, Portugal: e outro, na década dos anos 1740' dlzla que os I
sem dúvida, a ltálla desde há muito mantendo estreitas ,rgru-""s estavam vêndendo 8eu produto sob o nome de I
I
relações comercials -com Portugal uma grando consuml- "cãcau de Calens'. As prolblçóes contra a êntrada do cacau
dora de chocolate, maa sem suas -próprlas fontes troplcals p;;rgrÀ; Íoram renovadas pelas autorldades espanholas I
não muito grande, era d€stinado aos portos Írancases, embo. 'quarto de século depoÊ, o§ dlretores ds Companhla tl
ra a FrânÇa, rêalmente, tlvêsse suas próprlâs fontes no Ca- i"""" ," qu"rr"r"m de que o mercado penlnsular tlnha sldo
ribe. 'ã Posslvelmente, nenhum carrêgamênto atlnglu a 'destruÍdo por quântldades do chamado cacau do Calena' ven'
28- -29 I
t
dido por mercâdores íranceses ê espanhóls'. De acordo í730, a média anual Íicou em 250 e' em
'1736, alcânçou 320'
com Roland Dennls Hussey, "Embora isso incluÍsse muito do Foi tão grânde a ânsia de particlpar d€ssas aventuras, que
Maraion, estritamente banido da Espanha, nenhuma açáo um aÍllto maglstrado rêâl relatava que "não há um só cida-
resultou da queixa dos diretores". ,r, dão, agricultor ou homem do lnterlor, que não utlllze esta
Muitas Íontes se referem ao lnÍcio dâ alta do cacau da liberdaàe I lsto é, o rêlâxamento das restrlções de llcenças]
para mand;r uma canoa a colher as drogâs e outros produ'
Amazônia no ano de 1725 e, por essa data, presumivelmente
existia um seguro mercado para o produto amazônico. Es. tos que o sertão produz'. Aldelas indígenas inteiras' âcusa'
crevendo, um quarto de século depois, a Câmara Municipal va. estâvam sendo esgotadas em sua População, para forne'
de Belém obseÍvava que o serviço de transporte marítimo cer mão-de-obra às tropas e as árvores estavam sendo
começou a se desenvolver naquele ano, por causa da abun- ind iscrim inadamente despidas de seus Írutos, antes
que ama'
dância do cacau. 'a E, no final da década dos ânos t?30, durecessem. de tal forma que até dois terÇos das sementes
unt Governador Beal atirmou ter seu ilustre predecessor, chegavanr verdes a Belém, imprestáveis para o comércio'
João da IVlaia da Gama Í1724-1728), sido o primeiro, em 1725, Desãe que o cacau se tinha tornado' agora, o principal meio
â impulsionar a produção de cacau. r?' A corroboração pro- de troca da Amazônia, o juiz considerava, com efêito' como
vém da pena do próprio Maia da Gâma, pois ele narrou que Íâtsiflcadores, aqueles que tentavam espalhar sementes
havia zelosarncntc p;omovido â plantação de pomares de verdes.tti
cacau e de cravo. rn Certamente, tinha boas razões para
possuir um grande interesse pessoal no desenvolvimento O Conselho Ultramârino considerou iusto este sensato
retatório. Mas contentou se em mandar um avlso ao govêr-
das exportações de cacau, pois, em 1723, a Coroa lhe havia
nador, para nâo deixaÍ que as canoas seguissem para o in'
notiíicado que, no Íuturo, os pagamentos de seu próprio sa-
lário dependiam do envio para Lisboa, a cada ano. de uma terior, senáo com os suprimentos permltidos de máo-de-obra
I
quantidâde de cacau de valor equlvalente. r'r Essa política disponível. Estlpulou que as pessoas culpadas do tiPo de
foi contlnuada pelo menos durante a adminlstração seguinte, cÍimes descritos pelo Julz deveriam ser lmpedidâs de parti'
rsi Entretanto'
embora o governador alegasse sua impossibilídade de reme- clpar das expedições de coleta, por dez anos'
ter a quota requerida, porque boa parte da colheita domésti- é duvidoso que tal penâlidade tenha sido apllcada, pois a
ca havia se perdido, em conseqüência de chuvas excessiva- alta continuou a ganhar ímpeto nos anos seguintes.
mente pesadas. ro No início da década dos anos í730, o cacau se tinhâ
Nâo temos informação segura quanto ao número de tornado o principal produto de exportsção dâ Amazônla, po-
rs
cacaueiros que estâvâm sendo cultlvados no iníclo da déca- sição que continuariâ a ocupar por mals de um século.
da dos anos Í730, embora um escritor, confiantomente, afir- Os anos que Íicam entre 1730 quando as êstatísticas de
me que eles somavam í.500.000. rB SigniÍicativamente,
-
exportâçáo sa tornam dlsponÍvels pêla primelra vêz - o
não âprêsenta nenhum apoio documental e a aÍlrmativa paÍe- 1822 (quando o Brasil se tornou independente) podêm ser dl'
ce especlosa, pois está claro que o prlncipâl melo usâdo por vldidos em três períodos distlntos. Em falta de mêlhores
Maia da Gama e seus sucessores para estimular a produção termos, o prlmêlro, que vâl ató í?55 ,pode ser chamâdo, a
do cacau era facilltar o slstema de llcenças polo qual as "prlmelra era do llvre comórclo". O segundo, que aê es'
canoas eram autorlzadas a sublr o rlo para colher o cacau tende de 1756 a 1777, Íol o 'período do monopóllo', quando
sifvestrê. Entr€ í723 e 1729, o número de tols llcênças au- a economla da reglão Amazônica fol controlada pela Íamosa
mentou do 80 a lí0 por ano: no lnÍclo da dócada dos anos Companhla do Gráo"Pará e Maranhão. Esso controle cessou
30- - 31
-l
T
taçóês contí[uas de cecau, é o primeiro sogmento vital em ;;l;;. "*;" privados possam têr se queixado
o
nossas séries estatísticas que. coÍn algumas lacunas. se es- respeito da paíticipaÇão daquele Íuncionário no coméÍcio'
""p""ulrdoru,
mals se ressentlam era a
tende atd 1i122. Os D]ovinrcnros das quantidades e preÇo$, 1iô.r de concorrência da qual eles
os missionários os
durante est,, período inicial. são represenlados sob a Íorma i"" iãai"ir"à," rivais dos colonos'
de gráfico na Figura I e sob a forma tabular do Apêndice l. colonos e misslonários tinham existido desde
"*r"
;; ;;;ç;; da colonizaçáo na arnazônia e' dlziam Íespeito a
"ãnfriiá.
De acordo com a análise dos funcionários da Alfânde-
ga, o total das exportações de cacau a partir de Belém, nos ;;*;r;J;;;": a oposição dos missionários à escravlzação
a"" . dos Índios em remotos aldea'
anos í730-1755. Íoi além de 35.000.000 de libras. As mé- "r"rrrJ,"", "ug,"jução
mentos misstonários' dos quais os lelgos 6ram excluídos;
dias anuaas parecêm ter sido multo maiores do que as da
auua para supervisionar âs relaçóes de trabâlho €n-
Venezuela, durante a nraio!. parte do século XVll,r" embora, que
""torço".álono., aos prlvllégios reals êspeclals
iã-,na,o"'"
como já foi mencionado antes, não Íossem rogistra-
isentandms "Parcial ou int€iramente do
pagâmento
das quantidades substancials do cacau venezuelano, por ;;;. quo expor'
causa do cornérclo clandestino. Os prêÇog, excepcionalmen. ã.-ái."ra" alfandegárlos sobre as mercadorlas
te altos em Belém, durante o qtiinqüênlo 1730-1734, explicam a tavam. l€
toffente anteriormente descrita, de canoag parâ o interior Para Ílnanciar suas várias ativldades na área'
os mls-
plantaçóes' mas
nesses anos, depois de 1734, porém os mesmos começaram a slonários produzlam algum cacau em suas
declinar e continuarâm asaim por todo o resto do período, ,tiLü.uur'os neófltos de suag missões para colher multo
seguindo âs tendências de declínio dos preços do produto iat" no lrturior. Desde 1704, a câmara Munlcipal de Be'
venezuelano dominante. tanto em Caracâs como em Ams- lóm se quelxava ao Bei ê respolto desta concorrêncla
e re-
terdã, durânto esses anos Ícf. Flguras 1 o 2). Como de. petla um reÍrão já velho, expresso pelas Câmarâs em outra§
monstra a Tabela l, entre 1730 e 1744, o cacau representava p".t"" ao lmpérlo Português, ao alegar que' engalândo-se no
90,60/0 do total de exportações reglstradas em Belém: entre loíãi"lt daá drogas, os mlsslonárlos estavam renunclando
Í745 e 1753, êntretanto, essa porcentagem baixou para 6lo/o. a"' s;"s oUrlgaçaãs
-dá esplrltuals e' prlvando og.colonos dos
As largas ÍlutuaçÕes dâs êxportaçôes durante ossa década trabalhadores qu6 n€cessltavam, eram também resPonsa-
de sua Ma-
egtavam rêlacionâdas com uma sovera escaasez de máode- vels pelo contÍnuo empobreclmento dos súdltos
obra ceusada por uma epldomla de varÍola que âçoltou a paÍ- r(
lestade.
te mals balxs do Amazonas, dqranto egses anos rr e por uma Embora a Câmara repstlSsa 688a8 quolxa8 no! anog
escassBz de trqnspor.tô marÍtlmo. qu€ podo êatar relaclono- pogl'
subseqüentê8,r§ Íol lncapaz de provocar umá rosposta ri
32- -33
J
I
T
1
tiva da Coroa, até o Íinal da dócada dos anos 1720, quando
pâssou a contâr, como seu representante nâ corte, com
r
1
balhadores lndígenas, a fim de empregá-los para extralr dos
os sertóes 'mais drogas... do que todos os lêlgos rounldos".
serviços de um antlgo morador, iximigo dos Jesuítas, paulo como resposta, os superlores de cada Ordem em Belém as-
da §ilva Nunes. rs Em Í?Zg, depois de haver recebido um
I
sinaram üma declaraçâo, atrlbuindo os argumentos infunda-
dos primieros memorláis de Silva Nunes, condenando o pa- dos dos colonos à sua próprla gânância pelos "poucos grãos
pel econômico dos missionárlos, a Coroa solicitou âos pro- de câcau" que as Ordens estavam exportando e "dos quais
visores da Companhia de Jesus que se maniÍestassem sobre depende a conversão e o crescimento das mlssôes'.ro
i, a extensão do envolvimento de sua Ordem no comércio das
drogas amazônicas. Os jesuítas responderam com um re_ No mesmo ano, a Coroa, exasperada por tais testêmu-
latório detalhado, que enumeravâ a quantidade de cacau (de nhos conÍlltântes, enviou um investigador especial para a
longe, a mals importante), cravo e salsaparrilha creditada â Amazônia, a fim de se assegurar da verdade dessas cargas
cada uma de suas treze missôes na região e â seu Colégio e contracargas. Esse investigâdor, Desembargâdor Francis-
em Belém, no ano de .t728. SigniÍicativamente, de um total co Duarte dos Santos, membro da Relação do Porto, con-
de 94,0í8 libras que adrniti?m ter exportado naquele ano, sultou representantes de ambos os grupos lnteressados e
somente 2.042 provinham de plantaçôes; o restante proce- exâminou documentos peÍtinentes, Concluiu que havia pou-
dia de fontes silvestres. rí co mérito nas alegações dos colonos. Com respeito ao ar-
gumento de que os missionários êstavam extraindo 85o/o do
Mas os rivais dos missionários logo Íizeram duas es. cacau bravo retirado do interlor da Amazônia, verificou que
timativas, bastante diÍêrentes, por sua própriâ contã. Am_ os registros guardados na fortaleza de Gurupá contavam uma
bas foram, evidentemente, preparadas por ou para paulo da história diÍerente. Das 721.056 libras âli registradas na-
Silva Nunes; a primeira, por volta de l?30 o a outra, datada quele ano, somente 273.056 ou seja, 37,8% pert€nciam aog
de í734. Com exceçáo do Íato de que a segunda se decla- religiosos e, desse volume, urn quinto era devido aos co"
rou têr sido baseada nos registros de importação da Casa mandantes de barcos. Rotulou de meras 'fântaslas" os
Índia em Lisboa, nenhuma é documentada, embora ambas relatórios detalhados de 1730 ê 1734, apresentâdos por Paulo
oÍereçam estimativas bastante metlculosas (mas, quase in- da Silva Nunes, mas conclulu quê "a principal causa e mo-
varlavelmente, arredondadas) da produção de cada proprie- tivo das queixas públicas contra os missionárlos... deriva
daed e estabelecimento missionárlo na Amazônia. A pri. do Íato de que não há Tapuias (índlos) ern quântidade suÍi-
meira situava o total da colhêita anual de cacau dos missio. ciente nas aldêias (missôes) para equlpar o grande número
nários em 297.600 libras, das quais somente 700 náo de canoas que enviam para colher o cacâu..." r$
provinham de fontes silvestres, enquanto â segunda se ele-
vava parâ um total esflmado om 427.2OO libras. ," Embora o Conselho Ultramarino aceitâssê as descober-
tas do relatório de Santos, r'' o papel dos missionários no
Essas estlmativas foram apresentsdas como parte do comérclo das drogas continuou â provocar quelxas. Asslm,
umâ lntensa campanha dos colonos contra os mlsslonárlos, por volta de 1743, o contratante dos dízimos na Capltanla do
na década dos anos í730. Fol também em lZ34 quô as Câ. Pará explicava sua incapacidade de cumprir os termos de seu
maras Munlclpals de Bglém o São LuÍs do Maranhão tormu. contrato por causa do "excesglvo número de arrobas do pre
láram pêtlções separadas ao Ral, renovando velhog argumen- duto' que o9 jesuÍtas êstâvam exportando, sem pagar o
tos do que a autorldade dos mlsslonárlos sobrs os Índlos dízlmo. Tals embarques, quelxav&ss, olovavam'se a ....
dôverla aer rêstrlnglda aos a§suntos esplrltuals. Tambóm 144.000 arrobas de cacau, salsaparrllhâ, cravo o café, naquo'
aousavam os padres do,estaram prlvando ôs colono§ do tra. le ano. Itr As quelxas do contratante eram apoladas polâ
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pombalino para promovêr o desenvolvlmento econômlco re-
gional e dimlnuir a dependêncla de Portugal do capital "es-
trangeiro" (brltânlco s .lesuÍta). r4 Sêu contrato, de vinte
r ríodo de monopólio. Desds que não ocorreu uma queda
comparável do preços para o produto domlnante de Caracas,
nessa época (cf. Flguras 4 ê 5)i a Companhia do Grão-Pará
anos, estâbelecido em Í755, obrigava a Companhia a suprir poderia multo bem estar aumentando sua margêm de lucros,
o norte do BrasÍl com frotas regulares e a fornecer quantida" na década dos anos í760. ro
des adequadas de escravos africanos e mercadorias euro- Manuel Nunes Dias, o mâis incansável historiador da
péias, a preços razoávêis. Embora obrlgados a exportar Companhia do Grão-Pará, um ardente admirador, tanto da
i suas mercadorias em navios dessa empresa, os exportado- Ccmpanhia como do Marquês de Pombal, atribui à Companhla
res colonisls tlnham, inicialmente, â opçáo de vendê-los aos ter aceleÍado, grandemente, a produção de cacau, entre í?55
agentes da Companhia, ou continuar a consignáJos a seus e 1777. t"s A tese principal que defende, ao longo do sua ex"
correspondentes de Lisboa. 'u' Mas a precoce experlência tensa história da Companhia, é que, antes do sua formâção,
da Compânhia com o cacau, logo fez com que Íosse elimina' a economie da Amazônia era inteiramente de subslstência, ê
da essa opção. que Íoi essa eÍrpresa que, pela primeira vez, estabeleceu a
Durante os primeiros anos do monopólio, â mâioria dos ligação entre os centros produtores da Amazôniâ e os merca.
exportadoíes de Belém preÍeriu exportar por sua própria con- dos europeus. rd A não ser que se estêia preparado para
tâ, ao invés de vender seus produtos àouelâ empresa. Tal Íefutar a evidência estatÍstica citada nas páginas precedentes
preferência se reflete nas baixas percentagens de cargas (coisa que Nunes Dlas não fez), ou simplesmente se ignore
pertencentes à Companhia que seus navios transportavam essa evidência (como Nunes Dlas, aparentemente íêz), tal tese
é insustentável. In
para a Península do valor em 1756, 10,3o,b, em 1757
- 9,?o/o
e l9,lolo em '1758. Até 1759, a Companhla ofereciâ entre Uma comparação dos dados disponívels para os anos
960 € Í.200 ráis por arroba de cacau âproxlmâdâmente o e 1716-1777 suger€, claramente, que as alêgaçóes
- antorior. Entáo,
preço de mercado prevaleconte na década
1?30-1755
do historiador da Companhla são infundadas. Entre 1730 e
em í759, o agente local cedeu às pressôes feltas pelos ex- í73í, as exportações totais de cacau chegâram a 35.059.682
portadores, apoiado pelo sucessor de Mendonça Furtado, au- libras, ou cerca de í.348.450 por ano. r'r O total dos êm-
mentando o preço para 1.500 réis. r' No mesmo ano, a barques, entre 1756 e 17?7, Íoi de 27.962.123 libras, ou
proporção entre os carregamentos de cacau pertencentes à 1.331 .434 llbras por ano (ver Apêndice l). Emborâ as mé'
Companhia e os pertencentes a particulares, na frota com dias anuais dê exportaçáo Íosgem assim, um pouco maig
destino a Lisboa, foi lnvertida ?7,7o/o peftencia à Compa- baixas durante o período da Companhia, a tendêncla rovela-
nhia. No ano seguintê, agindo - com toda a probâbilldade da pelas médias móveis de 5 anos âpresenta-se, indubita'
como resultado de uma queixa da Companhia, a Coroa eliml velmente, ascendente, em contraste com o dêclive do final
nou a opçáo antes mencionada, designando a Companhla da década dos anos 1740 e do início da dos anos 1750. Essa
como agente excluslvo de todas as exportaçóes da Amazô- mudança pode ser, em parto, expllcada pelâ capacldade da
nla; corno resultado, entre í759 e 1777,85,8o1o dos carregâ- Companhla de proporclonar um pouco mals de sêrvlço dâ
mentos lêvados para Llsboa pêrtenclâm à Companhlâ. '6 trânsporte marítimo seguro r'2 e, tâmbém, por um aumento
Mas, ombora tsmporarlamente, 6m í760 ela aumentasss seu ío suprim6nto de mão-dê-obra digponÍvel, lsto é, sscravos
preço de compra do cacau para 2.000 réls a arroba, acompa. afrlcanos impórtados, algune dos quals, prôsumlvBlmente,
I
nhando um aumento glmllar de pregos oferecldo pelo cacau contribuírãm pâra um crssclíngnto das plantsções de cacau-
dê Caracas, a Companhla roduzlu sou preço para í.500, em :x Màs, domo está ovidonte pela Tabola lV, a. dsspslto do
1764, p61."n"""nro êaae o preço oflclal para o resto do pê. flutuaçõês substanclâls, os carregamentos do .cacsu -contl-
/ s8- -39
nuaram a ser, em médiâ, 61o/o do valor do total das exporta- durante essa década, presumivelmente por causa do trans-
Çôes durantê o período do monopólio: exatamente sua per- porte mârítimo insuficiente. A expansáo das exportações
centagem na década de 1745 a 1755. Parece evidente, por- amazônicas, durante a primelra e a segunda décadas do sé- I
tanto, que embora o volume decrescentê das exportaçóes dê culo XlX, estava quâse certamente relacionada com a dimi- i
cacau. no final da década dos anos 1740 o no lníclo da dos nuição, previamente mencionada, das exportâções venezue- I
I
anos 1750, tenha sido investido durantê o perÍodo do mono- lanas durante essas décadâs. A média anual dê 4.319.98'1
pólio, a Companhia não contribuiu, signiÍicativomente, para o libras, parâ os anos 1800-í809, era mals do que o dobro do I
crescimenlo real da produção amazônlca de cacâu. nível das exportaçóes, durante as duas décadas Precedentes.
I
Em 1775, expirou o contrato da Companhia do Grão- Embora a ocupaçáo Írancesa de Portugal (,l807'1809) te'
-PaÍá, mas foi prorrogado por mais dois anos. Uma Comis- nha interrompido temporariamente o Íluxo de carregamentos ,
I
são Real especial considerou entáo as propostas para reno' de cacau para Lisboa, eles foram reestabelecidos, êm í809,
var o contrato por uma ou mais décaCas. Mas, pela dife- continuando a uma média anual de 3.673.500 libras, na dé- I
rença de um só voto, decidiu extinguir a Companhia. 17' cadâ seguinte (ver Apêndice I e Tabela Vli. No Íinal da se-
Começa, assim, o terceiro e último período da produçáo de gunda década do século, entretanto, quando os preços euro-
cacau na Amazônia, durante a era colonial. peus caíram de seus níveis anormalmente elevados,'" a di'
i
Íerença entre o preço de Belém e o de t.lsboa ficâLr tão pe-
A inÍormação estatística relaclonada com a produção quena a ponto de sugerir que era menos âtrativo para os
de cacau na Amazônia é mais diversificada e abundante para compradores portugueses adquirir o cacau brâsileiro, nas
os anos 1778-1822, do que para os dois pêríodos anteriores vésperas da independência da colônia, do que tinha sido du-
Como se pode ver na Tabela V, embora o cultivo do cacau rante os anos de máxima produção que se seguiram ao inÍcio
se tenha espalhado por outras partês do Brasil, durante o do século.
século Xvlll, a Amazônia continuou a ser o principal centro
exportador. r75 Não obstante, de acordo com o comporta-
A maioria dos estudos sobrê o cacau do Novo
mento dos gêneros principais de produção em toda â parte, Mundo tênde â ignorar a questão a rêspeito do que ocorria
com o produto americano, quando chegava a seus portos eu-
a participação do cacau no total das exportaçôes dessa re-
gião gradualmentê diminuiu, até representar somente a ropeus iniciais de entrada. O pâpel dê Lisboa como um cen-
mêtade do valor de todas as exportaçô6s da Amazônia (ver
tro rêdistribuidor do cacau brasileiro, durantê os anos .. '
1775-1822, é sugericlo pelas Tabelas Vll, Vlll e lX. Embora
Tabela Vl).
os estoques recebidos em Lisboa, durânte um ano dâdo, não
Com êxcêção de quatro breves lntêrvalos para os quais fossem necessâriamente destinados a um país estrangeiío
os dados não são disponÍvêis, o fluxo das oxportâções de no mesmo ano, os dados reunidos, para os ânos apresenta-
cacau do Belém para Lisboa, durante esse período, é indicado dos na Tabela Vlll, sugerem que de 1/2 â 2,/3 do produto
pela Figura 6. É evld€nte, por esse gráfico ô pelo Apêndi- amazônico era reg'llarmente reexportado. Tal percentagem
cB l, que o nÍvel das exportações pormaneceu regularmente era multo malor do que no caso dos Íecebimentos espanhóis
ostável, ao longo do final da década dos anos 1770 o da dos do cacau venezuelano, a maioria do qual era consumldo den-
ânoo 1780, quando os preços do caCau eram goralmonto bai- tro do próprio Bêlno. fte Alóm disso, as balanças 4la reex-
xos. !r Gom o lníclo dâ guêrra marítimâ, na década dos portâção indicam que multo pouca quantldade de cacau bra'
r3r reflêtindo o
anos í790, os proços aumêntaram com rapldsz (var Flgura 7); sllelro era reexportada em Íorma beneÍlclada'
r7 surpreendentemento, entrotânto, o volumo anual das ex- rudimêntar dessnYolvimento tecnológlco de Portugal nêssa I
portaçóes da Amazônla não aumentou, de manelra notável época (ver Tabela lX). Como se pode ver nâ Tabelâ Vll' du-
40- -41
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rânte esse perÍodo, os mercados ltallanos (Gênova, Veneza
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era, simplesmente, "colhldo" na Íloresta úmlda, enquânto o
e algumas vezes, Nápoles) eram os prlnclpais compradores cultivo da hevea braslllensis era negllgenclado, até que Íosse
do cacau brasileiro, seguidos pela espantra, françá e Àú. muito tarde. Em 19í4, dois anos dopois do colapso da pro- i
manha. dução da borracha. Manuel Barata, descendente de um an-
A Tâbela X apresenta as exportações de cacau tigo mercado de cacau e, ele mesmo, um pioneiro da hisr.ória
amazô.
nico, nessas décadas, dentro de umâ perspectiva econômica reglonal, tornou-se uma voz a clamar no dêserto l
compârati. quando conclamava seu povo a abandonar o "fetichismo' dâ
vâ. Como é evidente, embora o Brasll fossê usualmente l
um exportador dê tercelra e. algumas vezes, de extração da borracha e a retoínar às Íontes agrícclas dâ pros.
segunda or_ peridade original da Amazônia. '" l
oem, nuncâ alcançou a posição dB fornecedor dominante
Normalmente, um fornecedor marginal de um produto Foi, também, pouco depois do início do sóculo XX, que
de bai_
xa qualidade, obteve sua mâis alta participaçào no Guy S. Callender apresentou a sua chamada "staple thesis" i
I mercado
erropeu durante as primeiras décadas do sjculo Ítese do gênero principal de produção), para explicar o de-
XlX, quan.
I do.a guerra marítima reduziu, drasticamente, , ,olrr"'á" senvolvimento econômico colonial. De acordo com Callen- I
embarques dos dois maiores produtores. der, a prosperidade de uma colônia, ou de uma região colo-
I
As Íontes manuscritas, que proporcionaram a maior nial, depende do desenvolvimento de um produto principal,
parte dos fundamentos estâtísiicos para oara o qual exista uma demanda metropolitana. re Nos anos
csie estudo, termi- I
nam em 1822, quando o Brasil se tornou independente subseqtientes, os estudiosos têm apllcado a "staple thesis"
de
PortugâÍ. O cacau continuou â ser o princlpâl produto de para explicar certos aspectos do crescimento econômico do
exportaÇão da Amazônia, por outras duas gerações. Canâdá, Austrália e Estados Unidos, '37 mas sua aplicação à
'r
dêpois da metade do século, as antigas tropas de cacau
Bem
América Latina colonial raramente tem sido idêntiIicadâ.
ti-
nham desaparecido e estreitas zonas de plantaçao
extensiva Certamente, naquelas áreas onde o cacau se tornou um pro-
il povoavam as mârgêns do curso mais
balxo e médio do gran- duto dominante dê exportação, tais como a Venezuela, o
de rio. Mas, a despeito de certos relatos, algumas v;zes Íoi proporclonado um exêm-
Equador e a Amazônla Braslleira,
entusiásticos, de viajantes do século XlX, a Impiessão geral plo mals compelatlvo, em apoio da tes€ de Callender, do
i que se tem de suas informaçôes, é a
de plantações módes_ que no caso das peles do Canadá. do tabaco das colônias de
tas, não prósperas, cuío proprietários eram preiudlcados por Chesapeake, ou do açúcar do Garlbe. Com respeito à Ama-
persistentê carência de mão-de-obíâ (um problema endêmlco zônÍa, é evldente, pelo que fol vlsto nas páglnas preceden-
na Amazônia), falta de capital suÍiclentB, pesados vínculos tes quê, antes do desenvolvimento da produçáo do cacau,
de relação credor-devedor e tecnologla superada. ,s Ao havla escâssas razôes para que os proprl€tárlos de navios
contrário de seus competidores da Venezuela, Colômblâ, mandassem suas embarcaçôes ao porto de Belém, pols, ha-
Guâtemala e algumas ilhas do Caribe, os plantadores 2ma- via pouco a pagar pelo custo da viagem o não havia deman-
zônicos de cacau não foram bem sucedidos em descobrir da signiÍicatlva para os produtos amazônicos na EuÍtpa. A
um tipo dê cultivo mals promlssot, tal como o café, para população sob controle europeu era, além dlsso, muito pe- I
substitulr o cacau quena o a economlâ amazônica se encontrava estagnada.
- cujonocentro
transÍerlu pare a Bahla,
brasllelro de producãá se
final doleóculo XlX. r* Nessa Como o tabaco, âs drogâs de tlnturarla o as especiariâs, o I
época, a Amazônla se enconttava em sua segunda alta _ cacau êra um produto de pequeno volumo, cuja comêrclallza- I
a
borracha natural, cujos métodos de extração á cu;a organiza. ção na Europa encoraJou os nâvlo8 â aportar regularmente I
ção. econômlca flnham sido pr€flgurados pela expeiiêncla em Bolém. O espaço de carga não preenchldo pelo cacau
rocât com o cacau. Mais uma vez, outro produto sllvestre podia ser ocupado com outros produtos da Amazônia, tals
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I dão, café 6, especlaÍmentê, Como no caso das ex-
portações do Equador e da Venezuela, era o cacau quo pagâ-
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va a maior parte dê frete. E foi o cacau que promoveu a o
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colonizâção da Amazônia durante o século Xvlll e que pro- Ê 4000
porclonou uma boa psrte dos rendimentos da Coroa naquela d9 I
região. A longo prazo, porém, o cacau pode têr sido des- RÊ
vantajoso para o crêscimento econômico reglonal. Certa- o 2000
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Fontes: Arclls lb,rla8, CoDÀéroto, p. 135. Comêçsndo em 1752, o
preço sê Ílxou, lnlcla-lment€, a 06 r6alês po! Íanegê. FIG, 3
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1?30 1769 1. 500 30.840 1.304.086 B I
4 .000 ?08.070 902.901 À
I ?31 4 .800 51s.335 900.315 A l?70 1. 500 1.639.9?? 1.325.135 B
1132 4 .800 1. (N?. ?43 I 083.363 l?71 l. 500 I .233.38? 1.463.?51 B
4 .800 83?.899 I 242.114 11.12 l. 500 l. ?39 , 593 1.590.880 B
A .
t734 4 .800 1.413.4:O r.274.823 Á 17,t3 l. 500 l.881.144 1 . ?09 . 572 B
1735 4 .200 ?13.158 1.211.07s A 1174 1..500 131.59? 1.693.360 B
1?:t6 3 .600 1.404.5?6 r.2B3.020 1115 l. 500 2.333.056 2 03?.501 B i:
A a
3 .6r0 1.8{1.797 1.371.555 A l??6 l..500 1.86e.029 1.95?.423
I
t;38 3 .600 1.00r 144 1.362.688 1111 l..500 2.209.224 1. B42.?59 B
l?39 3 .600 I. 094 . ?01 1.56?.5?3 Á l??8 ll .d. r.92{.893 1.?51.392 c
I?,10 .000 1.072.882 1.885. rr? A 1119 n .d. 1.852.305 1.693.55§ c
114t 2 .800 1.84?.251 2.036.r12 Â 1?80 I .400 1.932.66?d 2.151.0?6 c
l 2 . {00 1. ?0?.{65 1.1r1.638 A e
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t74g I .500 2.025.568 1.89?,612 Â .500
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|144 1 .500 2.682.4t9 1.865.623 A 1?81 . {00 1.295.?05. 1.878.882
I .200 1.828.159 1.75X.722 Â 1182 n. d. 2.344.352
I 1746 I .200 2U.578 1.?56.0r9 A l?83 n. d. 2 .317 .631
c
1147 800 2.W .337 1.Sr2.,r3? A l?8{ 1 500 3.2U.856 2.158.503
1748 nenhuma 1?85 I 500 1.116.085 1886.151 c
1.749 I .200 2.234 815 1.61?.6?5 A a
l?50 1 .000 1.840. 511 1.236.669 A .800
l?51 I .000 1.12?.086 I .239.769 Â 1?86 500 2.692.115í 1.984.915 c
1752 I .000 628.118. 1.204.157 Á a
1?53 1 . r00 2.257 ,t88 l. 304.568 A I .800
I 1754 1 .100 329.?81 30{.077 1?B? 1 300 2.411 .46A 1.?40.8?5 D1
I
1?55 I .000 l.8sô.011 99r.506 A a
1?56 I .200 952.029 g20.6ll B 1.500
I?5? s60 t.121 .829 960.983 B 1?88 500 1. I.089c 1.556. ?16 D-2
,758 1 .000 1.863.4000 1.548.210 D-3
960 254.137 1 .051 .922 B 1?89
1?59 1 .500 766.925 931.486 B 1?90 700 1.609.603 1.566.462 D4
e a
2 .000 1 .000
l?60 .000 1.50r.53? L277 9. B 1?91 850 1.4?1.913 1.?5r.036 D5
l?61 2 .000 l. 153.888 1.179.215 B a
l?62 2 .000 1.612.522 1.152.944 B .000
ê 7792 n.d 1. ?6? . 985
2 .600 1?93 I .000 1 .?Á7. 925 1.889.806 D6
1763 I .600 1.072.555 1.017.368 B l',t94 1 .,t00 I .936. 405 2,2e.t?l D?
o a
I .600 I .700
t?6,r I .500 l. (x5.8:t9 1.065.090 B 1?95 , .000 2.34?.899 2.396. {23 rr.8
1?65 I .i,oo l. 011.565 862.090 B a
l?66 I .600 1-022.254 s81 .711 B 2 .2oo
60- *ôi
EXFORTAçóES DE CÁCAV DE BEr,ÉM DO p.6LÁ, 1?30-1822 APÊNDI@ II
TONIES ESTATÍSTICA§
(taa.) â - "Msppa dos dillerentes goneroa que dos tivros d'êllandega
da cldsde do Pará coB5r"À ae expoltarao'do Eêu porto dea
1796 2. {00h 1.630.?12h 2.740.802 B3 de [sic]... 1?30 sthe.,. !755", encl ln J. P. Caldqs to MEr.
a ttnho do Melo ê Castro 3l AttE. 1118, AÍlU IPA/Pâ!á, cx. 38.
2.600 B - "Volume e valot do caêao 6ÍpoÍtBdo de Belém para Llsboa
t79t 2.rm 2.377 .088 2 845 {99 E4 (f?s&l???)", ln Mênuel Nunes Dia§, "Àa totê8 de cacÀo...",
l?98 2.2ú 3.0r0. ?52 3 251 563 8,5 RIISP, )OaMl962) Í8cing p.368; cÍ, "Mappa gêrôl dos
1?99 3.200 2.0s1 .864 317 016 8"6 generos dÊ ploduccêo' do Pârá o Ma!.8m que a comp6-
1800 2.400 4.069. ?92 3 504.620 E-7 nhla geral daquellas estados tem artemâtado em lellon§
I l80l 1.900 2. O{'3.200 219.92A E-8 desde..- l.?58, athe Ágosto de 1???", AHU/PA/Pa!á, .x. 3?.
1802 1.150 a. {37. {08 E-9
1803 n. d.
4 460. ?28
3 383.326
C - Mônuel Bsrsts, A Axtltô producção e expoíoçío do Psrá,
pp.4-10.
180{ 1. ?50 3.4{8.080 4 511.168 E-10
1805 Dl - "Mâppâ[s] dâlsl càrgâ[sl dêste porto [ds Bêléml p! o
3.100 3.t71.024 4 338.083 E-11
1806 2. {00 6. ?86.400 .245 E12 lportol de Lxn, 20 Jan, s 27 Dez, 1181, ÂHU/PA/Paiá, cx. 44.
"Mappêtsl da[§] csrgs[s]..." 23 Jan. a l8 Àgosto l?88,
5X7
I>2
1807 2.300 4.ú9. 168 3 «4.06? E-13 - loc. clú.
t808 D. d. 520.880 670.3?l c
t809 2.600 6.586.944 3 584.408 E- l4 I}3 - "Mappalsl dêt§l c8Í88[s]..." 13 JBn. a 3 Dez. 1?89, AHU/
t8l0 tr. d. 3.366,832 3 {0?.933 c PA/Par6, cx, 4á.
lSrl n. d. 2.r20 .512 r00.92? c I)4 "Mapp8[s] dB[B] carga[sl.,." 3 Jao. a 24 Nov. 1?90, loo. cit.
1812 n. d. 3. !m.888 4 058.31? c D5 -- "Mappêtsl ds[B] ca!ga[8]..." 20 Fev. a 2? No". 1?gl,
t8l3 1.200 2.?3?.050 ,1. 238.298 E-15 Ioc. olt.
1814 n. d. 6.684.676 4 341.299 c I){ - "Msppa ds csrga... qug êxlro árao,.. do [poúo de Bê-
l8t5 n. d. 4.64ú.800 4 005.480 c léml do Pará p.. oB de Usboa, Porto, lÁaranháo o Batda no
t816 2.000 4.090. {64 3.791 . {N0 E16 aturo do l?gNl', tbldà cr. {6.
t8t7 n. d. 4.030.592 3.426.113 c I>? ds[s] ca,rga[8],.." 29 JaD. e 22 ort. 1?94,
1818 n. d. 3.262,064 3.536.2?? c -'Mappê[§]
loo. clt
1819 n. d. D{ - "Mappêtsl datsl cargs[8]..." 21 lbv. s 27 Dez, 1795,
1820 n. d. AEU/PA/P6ió, cx. 4?.
1821 300 â.99?.664 41?
1822 280 4.359.104 E-18
D.9
- 'Msppa do8 elfeito8 extr ottados ds ctdado do Mararüáo
para Llsboa no ênno de U?9", BNL/FO, cod. ?194.
D10
- "M.ppê dos eÍleitos exportados ds cldodê do Matarüío
pêra Llsboa no snno dê 1780", loc. clt. i
I v.r ApalÉlcê ll. D-ll 'M8pps dos êlleltos exportados da cldade do Maranlúo pa-
. Co.gô do únl(o novlo qu. opo.tou êm 8.lam, noqu.l. otrô. Nôt.-r. qu. há ôut.ot - .a Llsboa no anno dg U8l', loo. clt.
onos, tô|. como 175,{ . l75l/ êm qu. o p.qu.no volum. do!.reortoçõ.s po.r. 1.. i
.ldo .onduzldo por um .ó novlo. E:-1 "Balança gersl do comérclo do retoo dê PoÍtugal com os I
a Or'MorFo(.) óo(.) @loq(r) qq. bw... d.n Pono Do.o o d. Llib@", , d. - seus domiDlos em o aDno de 1??0", BNÍ,/It, cod. 105,2;
í.É..rro o 28 d. Mbro d! l7a0, AHU l?A l?otó. q. al, d6o om ltíol ml. I
boixo (.1.7a0 oroboi, ot, 1,335.ó40 libÉr), mor róo, pro,ov.lú61. incompl.ro5. out.a cópi8 em AtrIOP.
. Or Mopo. poro 27 d. ,omlro a 3 à xt mbro ô l78l (1o.. .lt,) t6o, .vld.nr.- E-2 "Bela,Dç8... do comórclo... dê Po*ugal com oa sEus do-
m.nt , um .arlê in o,hDl.to, mo. or totol. opr...ntodo. .60 coíoborodor, .ro-
tom.nt p.lo ,'M.ppo d. Éorgo . d. volor dor c.ô.ro!... q. do Dorto do cldod,
- mürlo§.. . 17?7", ÁMOP.
d. Po.ó rrontporto..o poE o d. ll.bÔo.. . 1701", lbkl,, d. a2.
O. Mqro. pôro 17 ô lo|i.lro o a d. lrowob.o d. 178ó (5L.,.r. aa) lndlcoh
g3 "B8lsDça... do coméÍclo... do Portugal com oa seua do-
lrÉkom um wld ml. bolxo 9oE d .redt.r6d (l, orc, m. .í60, ,Íoyôv.l- - Ettlo8... 1?06', INE.
t o3 Mopo. dl.poàlv.r. pors ü... ono. .í6ôt p.owv.lm.nt , ür.ompl"to!. ta -'Bslsnçs... do coEérclo.,. dg PoúugBl com os !€tut do- I
h O. Mopor poro 179ó (lud, d. 47) úlôo, Drowwlm.nt; ll|êomplãto!. O pr..o mtnios.,. 170?", INE.
lndlcqdo á t.modo d..to. ír1.., mct a .lCnlílcorlvoh.nr. ,nol! olto do qu. o I
.rlodo e BolonÉ porE 179ó (Fdt E-1,, q{ .É 2.090 d. E5 "Bslqnca.,. do comé!cto... do Po ugsl com oa seua do-
- r!rDlo6...
I 8orôto (Font C), dó em totol |nê|. bolxo: 3.9ó2.aó,1 lbro.. Ug0', ÁlÁOP.
I
62-
-63
B8 do oomérclo... de portugBl III
- "BBlanço...
mtnlos... 1?99", INE.
com o§ Geu! do- ÁFENDICE
I
E? "Bâlsnçs... do comérclo... d6 portugsl cgrn os sculi do- DBIIR,MINAçÀO DE PC»SSÍVEIS ÚUCRÔS NA
- minlos... l8(ú,, INE.
PRODUçÁO DE CACÂÚ
8.8 "Balançê... do comérclo.., dê portugsl com o8 aeus do_ i
- ldrúos.,. 1801,,, INt.
Po! causê d& €scaggez dos dados, é dlÍÍcll determlnar o mar-
E-g "E&lênçs.., do cométclo,.. de portug8l com os seus do
- mlnio8... 1802", INE.
8em de lucros do comérclo do cacâu. Em l?31, o Conselho Ultla. I
F4 "Bslança... do comérclo... de portugal com as (Carreg.êm com o lavor de Ds. dêst& cldÀde do Pará pa a de
- estrangeitaa.,. l?99", INE.
tr8çoens
Lisboa, Íettta poÍ mlm Joseph Mrgl. Âyres e po. mlDhe Capm Do-
F-7 "Bsl8nçs... do comércto... de portuSst com as l mingos Dantas, a entregsr ua dltta cldêdê Ào R no. Pc. Jacinto de
- €strangeltâ8, . . 1800", INE.
naçoens
carvo. da Compa. do Jesus", 6.d. [corcs de 173&u39], BNL,/F!],
F.8
- "Balençe... do comérclo... de portug8l com as naçoens cod. 4529 [sem lol.]). Assim, os custos apresentêdos por arrobê
€strangelra§. ..ME. 1801", de cacsu pertazlêm um total do 518,5 réis (ensacamento: 100: lm-
F-9 "Balança... do cométclo... dE portugal com aa naçoong posto: 410; grattlicações: 8,5). EntretaDto, os Í!êtes o o seguro (aen'
- ost anselta!. .. t8&", INE. do cstê, tuprovável) não lorgB tnclúdo8. Prêsutnlvolmêntô, oB
prêços dos tr€tês eram troals bstos do que tlDhatn sido Do§ prl.
- 'B8lsnçe-.. do comérclo... de Fortugsl com as Daço€D§.
F-10
€EtrangelraÁ... 1805", INt. melros snos do século (Ver lrota 121, sclma). gupondo que che
F-11- "Bsl8nçs... do comérclo... ds FoÍtug8l cot! as nagoens gassem o 600 ÍélB por arrobs (uÍra estlmatlva rlzoÁvel) e que o
estrangstlês.. . 1806,, INt. preço do Llsbos t €rmatrecêssê 10070 m8ls alto do que o de Eêlém
F.lr-'B8l8nçs... do coEáÍclo.,, do portu8al coE aa nâçoeb8 (!a ápoco êra, provavelEeDto, 8818 bslro), oE lucror bnrtoa che-
êsttaogslro!.,, tm?", BIILAO, cod. 9100. gavam s 56,5o10, maa, dessô totsL dovgía,E 8€r dgduridas a taaa8
64-
-65
1
I
d€.llnpoltação o as grauflcaçõí)s d6 comÍssão (totêts âlndâ
determlnados). No final dB década do8 anos 1240. g, ;;;;;;;
â ser I
rucro e!a, clararnente, mais baixâ do quê tt1ha sido há i
de,atrá§. Em i744, quBndo o preço f.o.b. em Selém era
umá déc;
rêls por êIrobo, um hercsdor dê LLsboa vendis, em fetfao,ae i.ioô
calregâmento de 9.996 ttbrÊs de caceu por apenas 9.010
uã
úls por
-ãz-ãá
:-rl9PÊ. lMgt9rândg [assinaturê uêsÍverl dat;do oe riiú.a, NOTAS DE: ALDEN, "O SIGNIFICADO DA PRODUçÃO
JâDêlro atê t145, AHV/pAlpaú| cx. l2). Mss, em l?60, a mârgem de
ruclo era,. apalentemêntê, multo mÀlo! DE CACAU NA FEGIÃO AMAZÔNICA'
íver nots 16? e t hxto,
ne$se ponto).
( I ) Este êns6lo é o subproduto dê um estudo mêis vâsto, â
- respelto do papel econômico dos resuÍtas no Império Por-
tuguês. .A fase inicial do trâbâlho de erquivo, pârâ o estu-
do maio!, loi levada a efeito em Portugal, no periodo de
1968-1969 e foi, em parto, mantrda pelas subvenções dP
Ámericâtr Philosophical Society, do Council for Research
ill Economic Htstory, dâ Fundâçáo CâIouste Gulbenkian e
dâ Graduate School dÀ Universidade dê Washinglon, âos
quals permaneço, sinceramente, agradecido. Ôs arq,rivos
consultados para o presente estudo, forâm: o Arquivo His.
tórico Ultramarino (AHU), principalmente documentos
divelsos (Papéis Á\,'ulsos " PA -) gualdados em caixas (cxs.)
e certo número do códices (cod [s]); â Blbliotecs Nacio-
nal (BNL), tanto o seu Fundo ceral (!ç) como sua Co-
leção Pombalinâ (CP); Iôstltuto Nacionel de Estâtfsticâ
(INE); o Árquivo do Minlstério de Obles hibllcas (ÁMOP);
e ê Bibliotecê Púbitce de Évors (BPE).
Estou em débito pelas sugestões bibliográficâs e, ern
ol8uns casos, pelo empréstimo de motôllâis, às Bêgüintes
pessoa"s: Robe* C. Bâtlê; John B, Bergmann; Woodrow
Borah; Eobert N. Buu; Mlcha.el T. Hêmerly; Colin M.
Ma,clachlaD; James J. Parsons; Stuort B. Schwartz; e Ja-
mês W Wlkiê. Meu colega Robert P. thomas auxlliou.mê,
de manelra lnestlmável, lovEntêlrdo certo número de per-
guntas deSconcertsDtes, quo tentel responder. Sou espe-
clelmentê gtato ê mlnhê mulhor, Âlice Âlden, por dese-
nhar os g!áflcos. Á todos, extemo meus agladeclmêÍrto§
pêlB aluda prestimosa.
(2) Sobre a etimologlê dâ.6 palavÍas ícaasu" e "chocolBte",
- vcÍ J. Eric S. Ttompson, "Notes on the use oÍ Cêcao iu
Middle AmêÍlcê", Notes oÍ Mlddle American Archeology
and Ethnolog'y, N.o 128 (1956) (Eelmp., Novs Iorque: AMS
Prcss, 1969), V, 107-109 6 Rúblo Sánche, (citado abaixo
na nota 23),
(3) Ás duss btblto$aÍtas que êchel mêis útels são: WolÍ
- MueUer, Btbliogtephle des Kakso. SelEer Geschlcht€, I{ul.
tury Vêr$,endung, VereÍbeltung, Wtrtrch<lichen Bedeu"
tung (Hamburgo; V€rl&g Gordlan, 1961), qu€ roúne cerca
de 5.000 verbetes psm artlgos e llvros em todas ês lín-
guas relêvantgs; e um arqulvo de Ílch8s d€ 3 por 5 pole,
gEdas acumulado durSÍtto o curSo de quâse t!ê§ décodâs
pelo recônteÍn@te tslectdo Rolând Denls Huss€y, em pre
pslação para utna hlstórls de cscau Jêmats ê§cÍlte. A câl-
xa, quê contém crrcs de 800 Íichaa, metlclrlo§amênto ano-
tadss, assltn como algunas notas do pe6qlÍ6ê, estó atual-
66- o,
-
I
I
;
mênte §ob s cu§tódta do proíessor Robert B. Burr. do (U) Bergmaru, "Dl6EtbutÍon', m, 8$9{.
Departamento de Htstórla da UnÍvêrstdade de celifjr-
( -
) - O mesmo, r'Cacao ln Early New gp8ln" p. 4, onde o cól-
Dla . Iós AuSeles. 15
( 4 ) Ivar Emeholm. Cscao producdon in South culo 6 ba8êsdo êItr Íardos (c{,rtr8) do 50 Ubras.
- toric&l Development &nd preseÍt (;cograÍisks H!§. ( 16 )
Insúltuílon
^meÍlcn.
(Gôteborge: Meddlelsnds Írán cótebol8ê Hógskolas - Woodrow W. Bolah, "Esrly ColonlBl Trade ând NBüBa-
tion between Mexlco ând Peru", Ibero.Amerlcana, 38 (Be!_
coo-
gr8phicsi Dlstributton, v. 34, l9{8), p. ll. Junúmente com ol CslilorDiê Pre€s, l0 ), pp. 2{, 65 o ?1.
keley: UDiv6r8ity
WolÍ Mueller, Sel[same Fmcht KÀkio. ces(hlchte des Ka. (17) José Acosta, Hlstorlo Nshrsl y MoÍsl de lee In(Uss...
kaos under Schokolade (Hsmburgo: Vertlg cordlsn. 195?). - 11.. ed., Sevllhs, l59O), ed. por P. ltanclsco Msteos (Mâ"
essê é um dos mals !ôcentes estudos grruis. O mêis ln)por- drl: BlbliotecE do ÁUtores Espaffoles, 1954), Ltv. IV, CÀp.
tânle estudo econômico reglunal do cacau continua sendo XXII, pp. 116-11? e'"Tho adm-llablo ánd prôsporous voyà-
o de Arclla lh,rias (cltado abâlxo na nots 3?). ge of... Master T}lomss C8[velndlsh... lnto the South
(5) José Cuat!êcasas, "Câcao anal its Alllas. Á Texonomic Re- Sea., and trom thonco round about the clrcumfelence oI
- vision oÍ the Oenus TheobrornbÂ,'. U.S NaLlonal Museum thê whole eaÍth b€gun in 158ô, end Íinished 1588... by
Conlributiohs Írom the U.S Notion J Herba um, A5: d Ft6ncis P!etty", in Richard llalduyt, llre PrinciFrl Ns-
(I96{),3?9-61{. vlgetlons Voye{:es & Tmllique§ & Dlsooveries oÍ the Er.
( 6 ) Ibid., pp. 409-418. glish Nation (Loodon: llverymên ed., tf90?l), VIII. 231.232.
í 7 ) - ILid., p, 4A0 e Johlr F. Bcrgmann, ..caceo and i$ produo_ ( )- Borah, "Plice Tre!rd§", P. 36.
- tion in Centrsl Ârncrics", Tijdsíjhrift Íorr tlconoDrische 1B
an Socl.le ccogratie (Fev., 195?), 4348, iunto â {S-44. ( 19 ) Erneholm, Cacao PÍodution, pp. 30-31; Gib§on, Aztecs,
( I ) A descrlção clássica é a do cronistâ do século - pp. 348-349; s Bergmsnn, "Cac&o in Early New spain", p.3.
- zalo Fehández de Oviedo y Valdés, istorh ccneral)a./I, con- (
y N& 20 )- Bolah, "Prlce Trends", p,24, n.21 e Ward J. Bêrlett, I'he
irtal de ras índiês..., Liv. 8, Cap. S0 (Assunçáo: Eãito- Süger Haclends oí the Matqucses de! Valle (MiDneapo
rial cuêraniÀ, 1944), II,245 f. Ver taÍnbém Wiiltsm Dam- lis: Unlvêrsity of Mtrulêsota h6ss, 1970), p. 96.
pler. A Nêw voyagê nould the world (l.. ed., t4ndles, ( 21 )- Por exemplo, o âventurello ltaliano Girolemo Benzoni,
1
1607; LoDdres, AdÀm snd Chârles Blôck, 193?), pp. 5i-si que vbltou o Caribê nas décâdos dos anos l5,ll) e 1550, os"
e Brran Edwards, lhe Hlstory. . oÍ ltro Brlíish-West In. cleveu que conslde!Àva o chocolstê "mals pÍopÍclo pBre
dies (5.. ed., Londtes, lglg), II, g63-36.rn. Outras numelo- porcos do que par6 home[§', 8creacentando que "ErLr ês-
§aa descrições estáo lncluÍdBs nas clta4óes soguintes. tavs há mals d6 um ano naquols paͧ (Nlcará8uê) 8em
(I ) The Lile of llre Ádttúrsl Chrlsiol)her Cotombus by hts te! sldo nunca lnduzldo s ptovs! o§s& bobida... IvÍ86...
- Son fcrdinand, tr. e ed. por Bênjanún Keeí (Ne\r,- Bru_ fsltando vlrúo e náo quereDdo beber somente água, Íiz
Dswick: Rutgers Universily press, l9S0), p. 2SZ, como os outlo§. O sêbor é um pouco amargo, mas, Ea-
( 10 ) O estudo rnâis tmportânte sohre o cultivo aboiÍgtne do tl§lêz € rêfrescE o colpo, sem lntoxlca!;... "Hlstory of
- CÂcou é o de John r|. Borgmann, ..fhe Distrlbuttori ot CÀ. the Now WoÍld. tr. o ed. por 1{r. II. Smyt]r Hskluyt So-
cao Cultlvation in pre-Columbtan Ame ca,,, Annals ot flre clety, Works, sér. 1, n.o 21 (Iondre§, 1857), pp. r49-r50.
Ássocl.tlon ol Americô[ GeoSr.pheis, Sg t]far., fgSgl Mais de um §éculo dqrois, Sir Ifans Slosne adrÍrltlu que
8í96. Ver tÊmbém Rêoé [tancis Mlllon, ..When Money "... se possou msls de um ano antês que eu pudesse be-
Grew on Trecs: Á Study ot Cacêo ln A;cient Ámerica;, bê-lo, pelo que o§ Índiosrlilsm de mim: .." Noturêl His'
r.qt§sertaçao dê doutoramento, n6o pubüc8d4, Universi. lory ol J8rnalcÀ, end Voyoto to the Islonds ot Barbadoes,
dode- de Columbla, i95E) e Davtd B:rowning,'gf Setva. Mrdclrs, Nlevet Ànd St. Chrlst pher'8 (2 vols. Londrcs,
dor_ IrJ Lsndscspo snd Soclety (OxIord: Clsr"endon prcs;, 1107. 1127), 1r., 17. I
r9?l), pp. t2-14. ( 22 ) Gibson. Árteca. p. 349. gobrs
o gosto dos mtnetros mexl-
( l1 ) - canos do No e pelo chocolatê quente, ver o êrtigo tâs-
- Bemal Diêz dol Cssti[o, I.ho True Ht8torv ol the ConouesÍ
of Nes, Spalrr, tr. por A. p. Maudslay Societv. Worksl sér- cinantê de Pêtêr Boyd-Bowmân, "I\,o Country Stores lo
2, n.o 30 (Lonüe§, l9t2),20t. XVIIth Century Morjco", lho ,tuneric.§, :fr<VUI (Jân.
( 12 )- Em- complomonto às tont.s citedas na noto 10, est& análl- lS12> 249, n, 23.
Eeé ba§€ada om Job.u F. Borgmann, "Cacao t r'Earlv New
Sp8ür', um ensato Dão pubucsdo, de cercs de lgs&' ( 23 ) - Náo exl6te neDhuma bistórts adequsds sobre a popula.
( l3 ) - Char-lês clbson, The Art cr under Spsdsh Rute. A Hlstc, ção de caDau !a capltanls.gsral de GuBtêmala. Em com-
pl€m€oto a lbompEou (cltrdo 8.l.!na tra nota 02); e Berg-
ry ot the Iüü.Dr ot the v.[cy of Ma{co, t5l}r810 (st8n- (cltsdo sclma Ds nota 10), o pr€ced€nte é bas€ado,
ford: StaJrlord lrntwrEtty prêss. 1964). pD. S{B-3r19: ê Woô- ' matlll
prlrclpallrrente, êm ÀÍaquêl Eúbto §ánche!, "El Cscao',
drow w. Borah € sberburtre f. Cooir, npace fieu<l§ of ADrler do ls Sodcdrd dG GooF.ür r Hlltótb do Guete
SoDs Sastc Commodl es ltr C@trat it(€dco. tÍtr-rs?o.. mrl!" rffi (t959), 8l-106; FeUr ltrêbster McDÍyde, "c'ttl-
rD.tc,,llEe-licanr, a0 (Borkêt€y: Irnly€rBtty óÍ c8uÍorntá türal snd Htstorlcsl Googrsphy ot Soutàwo8t Guatomala",
pre88, pI,. S&SZ,
IOSO), ??. §ElthloDtrü ltr'ührdoE IraBt[to ol §oolrl A hropoloty,
68
-69 i
PubltcâçÉo _4 (Washlngton, D. C,, 1948), pp. 11, 83.84; e longo duraçáo. Du!a,nt6 os ênos 1693.1??8, els pode ger
Erownlng, Et Selv&dor, pp. 98, 52{4. Voi iàmbéin pteire palclolmente examlnads através de umB Bérle dê protes_
llu8uette Chaunu, SevlIIe et l,Ausnflque tos Íeltos pelo osbllilo (Conselho Mulrlclpêl) de Calacas,
VIII: 1 (Parls: S.E.V.p.E.N., tgsg), SS&S5S, 0504-f650),
-o
A !êcente contrs o tÍáÍlco llícito do §uÀ rivâI. Ve! Endquê Bernardo
pesqulsa no8 arqulvog ds Guatêmals Íelta polos prolesso- Nufioz, (comp.), C4cso, lntrod. dê Ollando Araujo (Car&
rê8 Joh llonry lbarSuen (Webor Stste Universtty) e Her- cas: Bqtrco Central de Venezuelê, l9?2), especialmente pp.
bert S. Kletn (UnivorsidÀde d6 Columblê) oromite eoro- 107, rr0-119, 123-125, r3l'133, 209-215, 226 e 254-256.
lund8! nogSo conhêclmênto B rospelto do cómércto de co. ( 30 ) Como JuÀn e UlloÊ obseryam (ibid., I, 199), "É elguma
cgu entrê a Guatêmsla e o MéÍlco. O ostudo Dtestes s aoâ. - coisa de slngulaÍ quê Dest8 cidade lcusyaquiu e Jurisdl
recêr, dê Murdo J. Macl,oed, Sp.nlsh Cenúrit Amerlcai a ção, onde o câcau clesce em tamanha quantidade, §e fo-
Socloeconorúc Hlstory, 1520.1?20 (Berkeley: Unive!§ity of çâ pêqueno ou nênhum uso dele".
Cêliíornla Prosô, 1073) lançará, sem dú!'lda, nova lui so-
bre o deseDvolÍimento e o declÍnio de produção guate-
( 3l ) Juan ê Ulloa, loc. cit.: ver também 'l oodes Rogers, A
- útulsing Voysge Round the World (1.. ed., t?t2; Nove
malteca de cacau.
Iorque: Dover, 19?0), p. 145.
í 24 ) - Prra a discussáo deste ponto controverso. ver Bergmann. (32) Michsel T, Hsmerly, ,,â Sociat snd Economic History of
"Dt8tribution", pp. 8Z4A e p. 4 do aldgo dos Szásdi ctta. - the City end District of cuayaquil, during the late Colo-
do no notê 25. nial ênd Independence Periocls" (dissertação de .loutora-
(25) León Bollo (Suásdt) e Âdám Srásdi Nagy, "El Co- mento, náo publlcads, Universidade da Flóridê, 19?0), pp.
-DoÍa
mércio del Câcao de Ouayoquil", Revlsta de tlistória de 129, 131 e 133.
Âmerlcâ, 5?-58 (jân.dez., 1964), 1-50. Baseado, prtncipal- ( 33 ) lbid., Tabelas 24 e25, pp. 141, U5-146, onde os toiâis sáo
mente, em lootes imprêssâs, €ste é um estudo útil, se bem - apresentados em termos do carga de Guayaquil, uroa me-
que próqultenho. cf. Âcost6 (cltÀdo nê notê 1?) e Juan dlda equivaleote a 8l liblas. Hamerly Cescobriu que ê Íe-
Iópez de Velssco, Gcogrrdr y Descrlpci6n Universs! de lação entre colheitas e cxportação eÍê do cerca de 3:l o
lss Índlrs... desde,.. 15?1 ol... 15?4 (Madrid, l8o4), pp. que l/3 da colheitê o!s, usualmente, lnvendável, poÍ câu-
11, 430-448. sa de danos e po! ser de qualidsdo inÍerior. Para maior
( 26, Antonlo Vásquez dê Espinosa, Compenüium otd Descrlp conflrmação dêssss p€rdss, ver Henry Wood s Geolge
- alon ol lhê West lndlês, tr. do Charles Upson Clark, Cênrúng, 28 de Ievereiro de 1826, ir R. A. Humphreys,
Smithsontsn Instltutlon. Mlscellaneous CoUections, 102 ed., Btttirh Cronsulsr Roports on úhe Tr.de snd Poliatcs
(WoslúDgton, lr.C., lgu), 371. O psdre observou quê "E$ ol LaúLr Ámerics, 182-+lE?0, Csmden 3d sêr. DaIII (Lôn-
ses cacauelros náo 8ão cultlvêdo8 cotú o9 meslnos eslor- dres i RoJlaI l{istoricêl Soctety, t9{0). pi 229-230.
ço8 devotÂdos quê n8 Novs Eôpanh8 o em lfondurast lmasl ( 34 ) Uma sê8unda alta começou duas décadâs depois, HameÍ-
a Eua pleataçÉo tem ehrlquecldo a multaa pêssoas e au- - lY, P. 146.
mêntado Sous dÍzlmos e re[dlmentos". Sobre s chêÍÍroda
alta (boom) do cacau de Qulto, no lníclo do século XVII, ( 35 ) Ibld., pp. r47-r48.
ver também John L. Phêlân. Thê Nlngdon ol Qutto tn the -
( 36 ) BorJs I Szásdi, pp. {0-41 e Iontes oll citadas. Os Szésdl
§eventêcnih Cêntury... (MÂdlson: Untversiw o! Wsconsin - calculâram que a viaSem entle Guayaqúl e Âcapulco du.
Press, 1967), p. 1?. râva, €m média, de ? ê I semanas, em comparêçáo com
( 27 ) Hktirls
de !& Am6dcr Centrrl, desde. . . 1502
José Mtlls, os 30 dlÊs que se levavÀ dô Ia GuaÍra (o Porto cte Cara.
- hrrú!... 1821 (Guêtemsla, 18?9), II, 2?5. ca§) I Veracnrz. ParB compensa! e distância menor, en-
(28) Borah, "IYâdo and NBvlgatlon" (cltado nâ notE 16), cap. tretollto, ostavem og preços mais oltca do mais eprecia"
- VII. O tntento gersl dâ Colos era ploteger os lntolesses do produto venezuelano ê seus custos nrai8 pesêcos de
comerclals dos morcâdores da PenlDgulê que tralicavam trarlspolto das plantaqõos até o porto. Ibid., pp. 45"49.
com o Império, maa, como será mostrado abâlxo, elê Pa! umê êvaliaçáo compalativa de quolidacte oo c&cêu
tambóm eacomlsvs, dollberadsmento, o comérclo de ca" de Quito, Caúcas e Guatemala, ver wllllam B, Stevenôon,
cau entre a Vonezuele e a Noya EspaÍüs,, onqusnto ptol- A Histortcsl Àad D€lcrlptlve Nerrstlve ol T§,eDty yeaB'
bh o ílq Clulto. Para umÀ sÍráli8o persptcdz do Eistems do n€ddence h Soutü AÚerlc8, II (Londtes, 1825), 231-232.
prcÍeÉndas lntri.rrrrpôrlatr do! Hsbsburgo6, ver JohD ( 3? )- Ás origens do cultlvo do cscBu IIB Venezuola ó umo quês
LyDoh, §Drtn [ndcr thc Ilsbrburt!, II (Novs forquê: Ox- tão quo Eduardo ÁlcUB lbrles náo êf,amlna em aeu estudo
tofd DDlv€rslty prês§, 1060). 22?-129. modetar, gm outros aspocto§, E1 Cortunerclo entrê Veíê
(20) EotJa e g5ásau, p. lO; ver tsmHm Dsttrplêr (cltado na Do- zuel,. y Mérlco eí lo! sltlo! XVU y XVIU (Médco : El
- !r 0), p. ,10 € JorS€ Juao e ADtoDto Ulos, Â Voystr to Cole8io do Méíco, 1050), que Buplemonta e, sm partê sx-
§oqth /iEcdc...., I Zr od., LDdrre!, l?60), ÍX, 100. À ogu- cêdo BoIaDd Doots llurscry, The C.rrcrs CoDIrrÍy, l?r&
dr rtÊlldrde 6tro or lat€rtsses cacauelrbs de Csracsa e 1?8{:... (calabrldge, lf,ss&: I.Isvsrd lrDlyorslE Pr€88,
qúto, em rêlqção so coblçrdo morcado E€8lcano, tol ds 193,!).
70- - 71
( 38) Iopez de Velasco, p. 3?1. o! r6staotes «) a,l0oÁ Tal €stlmsttvs p€c8 por nÁo loear I
(39) - Vázquez ds Esplnosa, pp. 9G07. orl! conta oa exportador€§ mrrgrnstS, tals como ô amazG
I
I
(1,0143), m8s, psrÊ os propósltos deste estudo, conslãerei - entretánto, notou qua, por volts de 1590, a tNaructorlunr I
que Íoa§em de lgual peso. con!.le l.o dê Lús (ou Ludovtcus) Iápez, no qual o eu' I
({f ) Os dados sumsrizedos em ârcils FÀrias (pp. 45-49) suge, tor 8e telero eo cacau e 60 modo de consumllo no Mérl. I
- rem que o consumo luúerno varlava entre 1/4 e ll3 dÍ, co, tlDh8 sldo publlcsdo em VeuezE. BlbllograÍÍa do IIu6' I
colheita total, êlterÊndose o montêflte, §em nenhumê dú. §ey (ver nota 3).
vlde, de acordo com o tsmâDho dê colheita. ê atra vida- (60) Joan Rauch, Dirputrtto medlco'ill4letlc4, de Bere et e6cu'
de dos preços do mêrcado extelno e a segurança das !o- - lentll Íecnon de potu (Vlenna, 1622 ê 1624), como dêscrl
tês marÍtimos. As exportações do cêcâu venezuelano psro to por Hussey (vê! nota 3).
a Espanhê começaram em 162? e, desdo aí, eté o fhal do
século, totaliraram ?1,595 fânegas (?,8?8.450 libras), mas ( 51 ) 1.. ed., Madll, 1931, Ume traduçáo lngle§a aporeccu em
Dâo excederam 1.000 fanegss po! ano até 166J. Ibid., pp.
- Londres, em 1640,
I
55,71-?3, ( 52 ) Ttromas cage, Tr&vels ln the New Worlil, ed. por J, Eric
(4r) Arcila Farias sustenta (p. 53) que loi principalmente o
- S. fhompson, (No!man: Univêrslty of oklahoma Press, I
- comélcio legal da Venezuela com a Nova Espanha. âo in- r95B), pr. r5r, 158. Gago, cuja p meila edlçáo, §ob um
vés do trálico ilícito com os holandeses, que serviu para tltulo áilerento, âpâreceu em 1648, náo loi o prlmeilo À
promovêr a êxpon§áo dê pÍodução de cacau, dur§nte o chamsr a atençáo dos leltores ln8lesos pars a exlstêDcla
sé.trlo XvrÍ e c l!1Íaio do XVIII. InÍelizmente, ele não do cacêu. Vor-"â Rotation of the Commodities of Nova
apresenta nenhwnê documentação para âpolâr sua tese. HlspanlÊ... by Itenty Ifawkes merchürt wich lieud 5
Ilussey (tsmMm Íra p. 53) Dáo é msts úttl. Embors afir- yeeres in the sâid Country... 1972" o "A notâble dlscour'
me que i'mütos documentos relacionêdos 4om este ês. ee by Mêster John Ch.ilton... oí the West Indiea, 6êene
tudo provêm que, embors ê Âmérlcs eE)snhols tenhs elê 8nd íotÉd by hlms€ll h the time of his traualls... ln the
vado o suprlmento muadial desse produto... I Holanda espsce ol 1i or l8 yéêÍes", Ír filchard H0Jdqvtl IlE PLIT
doÍúnou o comérclo, om gfatrdo pstto do sécuto XVM", clisll Nsvlgstlons Voyages and I)lscovorleE ol Úhe EogliÁh
deixo de cltar suê evldêncls. Procuiei em vão po! algum NiUon (F'acsttúle dB ed. de 1589; Cambrldge, Ing.: Cam-
estudo lldêdtgno relÀclonêdo com o pêpel dos hotandese§ brids€ UDlversiw Pre6s psra Xlro ÍIsklut Soctety' ls65),
no comórclo do cacau. Ver, êntretanto, a nots ?2 abÀlxo, rr 5I? 58?.588. Ío Íingl do século xvl, ontrotanto, oJohn
co-
núectúento Dermênecla extremâmente vâgo ver (Lon'
( 4il )- Sobre s leputêção do cac&u venezuelano, no século XVIII Gerarde. Ítre'Hertat or GeDcrrll Hktorle of PIrnteB
ê lnÍclo do XIX, ver Árclla t.arlas (pp. {244); Wood Ê d.ês159?), PP. 1363-1365.
Canulng (citado ns note 33) ê I,,[rançois] Do Pons, A
Voysgc to thê Eastem part ol Terls Frrme, or the Spa. ( 53 ) Van HaIl. Cacao. p. ê Hu§sey, IÍlê Csrscsr Compony, p 53.
nlsh MeIn.., durlng the years 1t0l [Col 1804, II íNova - Dê Pons.'Bntretanlo. êtribul a Alfonse de Rtchelieu, irmáo
Iolque, 1806), 14?. ãá oodeioso MiDistro de LuÍs XIII, o mórito de ter ln'
trod'uzldo o chocolâte ns FranQê, po! cEusa de suas prc-
(44 ) Cálculos ba8eados em ÁrcllÀ Fs!la.s, pp, 61, ?5"?6. Será no- §umÍvols qualldâde§ mêdlcinê16.
- tado que somente €§totístlcas psrclals sáo dlsponívels pa.
ra oito anos d décsda de 1??0 € que omlte os embêrques ( 54 ) Wslter Bsker & Co., Cocos anal (Írocolsto: . (Bo6ton,
para o México duranto um dole§ (U?3). Á médis decenal - 1886), p. 39.
de 5.9?5.000 llbras serls, ptovavelmentô, êl6vêdê parê ( 65 ) Betgmarul, "Cscao snd lt§ Productlon" (cltBdo na nota
6.300.000, se os dado6 lossem dtsponlvels êm rolaçáo sos - ?), P.43; BakeÍ & Co., Cocoa, PP.34"45,
centros cacaueiro§ ve[ezuelano§ menos lmportaÍrtes.
( 56 )- John Nott, Íre Ciook§' strd ConlcctloDerr' Dlctlonrry
( {5 )- Ibtd., pp. 84-85; D€ pons, Voysge, II, 3{6. ír-ondrcs. izZSr. o. CrI. como e§tá cltado !8 btbllogÍaíte
( {6 ) ÁIc s nBrts§, pp. 81, glG3ll. à; Hníná tver'áob e' aclÍna). Recett&s adlclonâtg 6á0
- dadas tró srttgo dg ChaEberIByDo, cltado na nota 61,
( l7 ) Ibld., p. 61. Ás p€Íc@tsg€Ds Íegtstr8das do oxportaçóes
- d€ cacau Í6ttrô psrs s EspsDhs úegoram a 68 ú décsds
6ballo.
(' 5? Pomet ('ÚltlÍlo Ctête Droguistô do Lrí8 XIV"L
do8 aDoE 1730; {0, D8 dos soo8 l?{0; 6{, n8 do8 a,Do8 t?í};
68, na doc roos l?d); o (coE baso oE dsdos lncoBplêtos)
) - aPtêÍÍe
coltrt tcÚc ElttotY o1... DruSss.-. io sbtch lr addod
a oêrcr do 88, Da dos rüor l7lo. Or gréldl (p. í)) calcu- rhra G thttber of,.crvrble on tbc lsoe lubJGcl' lroE
llür que, Do ,lrrl do 8áculo :<VItt, CsrocÁs !€rvls 60 . Mcúrr. rãlcry rnd Toút'ueloÉ (1.' €d., lur; ed. 16Í',
70% do m€rc8do p€urDsulas do cacsu o Cuayâquu 8êrvta IoDdtos, 1?3?), p. 131,
72- -75
1
J
I
' -to
rv ol thê Iltrtrd ot St. Domhgo Írom lt3 Dlscoverye "ÂpêD'
apareotêm€ntg ltúctada por Labat, strtbulndo a um Judêu
português, Benjamln Dacosta, o méllto d9 ter, pels prl' ií"l;ilt":. iionáris, taier' pp. louü], 384
mêlrô vez, plartado cacau !a Martltúce. dlce III.
Co[tlnua 8€ndo um eÍd8ma lrab€r se o crcau das Ín- (81 ) do cacsu do Sürlnamê em Amst'eldá' dÀda§
A§ cotaçóes
dlss OcldêntBls ers nrtivo, ou 6ê lol íntloduztdo dopols - ;;t;;;iirr-t", começ3'm em t?46 o spreÊenta:n umg m6
do contato europeu. Oviedo y Vâldés (cttado aclma, na um terço do vslor do cacau. dê
-wtiiíetrnust
àle de. eproÍtniadBmênte,
nota 8) allrma, eÍpllcit mentê, que 'À plsnts cbÀmada ü"ã".'Nii:rlit*l irosthumus' Inqülrv
crc&o ou cacaquat não é dÉta§ llhas, mas, do continen- it*íúriií-ãr ú*i tn uouína (r'eiden: E' J -tnto
Bri'll'
te..." Tomo II, Ltv. 8, Cap. XXX ê Bêrgmânr ("Tte Dte 1946), r, 19Í'199. i
I
tributton ol Cacao Cu.ttlvatlon", p. 8?) acelts seu testemu-
Dho, como loclntertável. tntretânto, nâ década dos ênos
( 82 )
- Eutro as menrores n"q""t+irr"TH'1fl?iffi? *?#:"SX:
cáo dê cacau do século ,ç
15?0, Lopez de Velasco cltou o cacau ent!ê as "Írutas rll.
vestres" êlrcontradas n8s llhas (Geof.Ílo [citêdo scima, i,lí.*r.-"ã-ü. -úsàriptton Geners[v, Historlque--GggsrY I
qlle !i Soclale de lÀ Martlnlque sous l'Anclen ltéglrne iãiã'ir',iiit,i"tái1"il;ni rontes impressos' de-! parec€ corrtl' l
(1835-1?89)(Pa!is: M. Rlviêle, 1935), p. 248. Mas, seu tcs- c.aclocul-
temunho não plova, de lltaneirê conclusivô, ê existêncla i".a-o o de A Reyne, "Geschlodenis vI ('s'Grâvê
"í"i-
iiiii 'ii' §ütii,"à"';,'+s'tz,
ú'wuiur"atso'' Gids'Para
ptêcolomblana dê cacau nas llhÀs. i1,ã'""-rüsl.--iiô' tot'l.:,e o 193'2t6 as-estâus'
( ?5 ) - M8y, HlatoLê ÉcoDomlque, pp. 95-96 e 323, Tabêls II. Des- iili!"i tii"1lítâaãi i,--itú"u" holêndesas ( = l'oe lÍbrês tn-
de l?08, o cablldo de CaÍâcas mânllGstou inqüetâção so- glesas), ver PP. 12'15'
br6 "lâs Brândea porclones d6 Cacêo que han entrada en ( 83 ) ;rcila, tbrta§ (citado ns not8 3?), pp 30? e [312]; De Hu,','
êl relolldo nêyno [tsto é, Nova Espanho] asÍ dol Guaya- ' "" ' - tüil pÀ.rai;]t"d; "4 "ãú lrr, II, 3-{6; Ât"x6ndêÍ -von. -P-ons'
quU como de ls Ysla Mêrttílca... sn Brave perjuialo de oí Tr;velc the Equltrocislf,e-
esta Provlncia y 8us vêcinos,...' Nufiez, Cacro (citado nê t"râil Norr'tlve
u90'180{' tr' do ThG
nota 22), pp. 123-125. Ver têrnbéln Plerre DardêI, Navlres ffiil' ;i'ü"ttà, durint the vesrs 'o
"orà"t"a no"u, II (Lond!ês, 1852), 5'l-62'
et DarcbaDdirer ddrr lcr poras da Roucn et du Havrê to thê Spsn-tfh.9o'
au VIII dàcle (Psrls: S.E.V.P.E.N., 1963), p.,18. ( 84 ) vBr Dorottty B. Goebel, "Brttlsh TradêBeYlÉ-$', xLfi I ( jan'
( ?6 ) - May, HIltoltE Éconor:úque, p. 323, Íabels II.
- l;;lêi ugf i823' llmericrn,
-:as'§04'"Htstorlcd rhê
i;i1;' iiüãrõ' ;d. Fta""es Armvtase'
-Free
( ?7 ) ârgêno Edoqard 8oy€r-Pêyroleau, Lês Anatlles Fr.nçâ|. w.sa rnrtles a stúdvqÍeen
i'.,ã'isãi;-il-aft Bdttsh(Londres: lD com-
- 8cs, PrrÉIcutlÍêrcmeDt ls Gua,tteloulrc, ilepúis lêur décou. foucv 1266'1t12 LnErnÂn§' ó'
vertô Jusqu'... 182õ, II (2.. ed., Perls, 1815), Apêndtcê 5.
-ãi"tti
co" lõsli, pp.'rot, 126'12?-' Por mals útels quo sêjam esses
( ?8 ) - Os dados pars os ptlmelros aemestros de l?89, 1?90 e U92 estiraos. iúãüzmdnte estáo desprovldos de -dÀdos concre
eram, respectlvomento, 10.000, 24.300 e 30.500 livrês, quê iõi-ã- 'tá"cao ao volume do comérclo inglês com o rm'
êu conslderêl como, êploxlmêdamente, lgusl à ltbra tn- Pério e§Ponhol.
Rtsoluc6o do CoÍraulado, 23 do Íevetolro de 1805' tn
gless. Boyer-Peyrelêau, ÁpênCtce 8, ( 85 Edua!-
) -
(?0) Dê ocoldo com um relato do 1691, "En tlompos p&sados", i?- r'-"]rri ráaú. ed. dr nesl c'onsúlodo de @rr'ls (c8'
- presu!úvelmento, durantô as déc8das do melo do século, ;;ss: Instttuto de Estudios, 1951t' p' 242'
o cacau havia llotescldo em Sauto Domingo, mas, as ár- ( 86 ) .{s eststGucas dê exportÀçáo da Venezuela' para os onos
vores thhotn rldo dostruÍdas por umê doença chÀmade '*' - l-aoõ:rã'zô]-"dã ioiú- puufucaaas. conseql'tentemente'
estg
alhoEa. Á!âuJo y Rtvêla, .Descrtpclon de la Ista Espâ. dados do tmpor-
ãJtli"itlrã é basoadê êin ums anéllsê dos rnglêterra' pala
f,ola", cltÁdo por Etnlllo Rodriguez DemoÍrzi, êd., Eelô- áiãó-ãi ci"." dos Estado§ Unidos €
cloDea Hl3torlcrr de S&nto DoÍúngo, tI (Ctudad Tru- ede§ snog. Pregumese que qn4se todo o -cêcêu -q}rc. en_
JtUo: A.chlvo General de ls Nsctón, 1945), 303. No final
ào século XVIII, Mor6u de SâtntMéry deduda que o
cacau êrÀ mals lmportdnts na part espanhols dê tthê do "!"!à#""ã:"lti,#,i"*:'iil'f'àTji1."{ffi
VlàP ol thc Coomcrco ol
ll{Ãri[{lif
Unltêd slal€l (tlaruorq'
quo na Írancêaa. M. L. Moreau dê SBlnt.Méry, DesortlF igltl rat"i.,
-;ot; iú,Nova Iorque: Ausustus
'he M' r(tllov' 106?)' -p'
clón rtG lr Drrle esprlols dG §sato DoEln8o, tr. de c. Ar. ãií'e abatro. i?ata os anos 180G1815' a§ unpor-
m8!do RoddSu€& (Cludad TmJtUo: EíütorE Montalyo, taioeo tngtesai do c8cau são aprc§eDtsdas em u!n8ora€rre
tho
0&99.
104{), pp. ! õritiiua"'-úuiona., Ssnertcsmimto, 'An Àccount
i
( 80 ) Pl€rto tr. X, ds Charlovok, Hlstoltc de llrtro Espqnole
- on ilc S. Dotrúrtuc,.,. II (Â!DstêÍd!, llBS), Il, 390401. trH fr.Y'§i J$tr +'*x: I'ry"#'ff"",1",H'i'lrii;
i;r** ;i6-i"'"Á;-$:?oa, ?o{; el:548, 6$; 65:6fi' 650;
I
Vú também (Ánon., strlbuÍdo s Slr Jsmer aasket), Hllto-
,b
I -
I
reiro do 182{, Humphrey§, ed., Brttlsh Gonsulsr Reports nsl ol I Parsrgc &om tho Prclltc to the Atl&ntlo descen'
(cltado us nota 33), p. 275. Âs expoltsç6€s vonozuêIê!!⧠ttng the Rlver Malrf,on, or AE 'zo! (Londre§, 1829), pp.
405408.
de 1831 I 1855, §áo lepresentsdss em Lombardl, p. 165,
Íabels 2. Como lol lodtcsdo, elas não consegulrôm alcan- ( 9{ ) - PsrB outro rolato do§ cotlrêços da ext.8çáo do cacâu âma'
çar o§ nívers dê :?90, até cercô do 18{0, ombor&, antes dis- zônlco. ve! M4nuel Bsraaa, A rt[tlta produçõo c export& I
§o, muitos ptürtsdoÍes começsssem I passsr do cacêu çõo do P.rI. Estudó hlslóÍlc.o econômlco (Belém: Llvra-
psra a cultu!6 do café. rts Gttlet, 1015), êsp. pp. ll-13. O únlco estudo recente é
( 89 )Como é usado, ao tongo deste estudo, o teÍmo "Amazô-
Mênuel Nunes DIB§, "Á8 trotas do CÊcau da A.tnazônlB"
- nla" (f?56.1???): rubsldÍos pala o estudo do fomento ultmma'
lnclul os atuals Estados blasllelros do Porá e tuna- rlno poltuguês no século XVIU" (s partlr daqul, citado
zonaa e os t€lrltórlos do .qmapá e Roraima. como Dias, "Cscau") Revlst. dc histórlo de São Paulo (s
(00) Bntlquado em c€rto8 aspecto§, J[oáol Lúcto ps.tir daqui cltada como RHSP), xxlv,363JÍ7, que rê
-EmbotÀ
d'Azêvedo, (x Jesútss no GrioPlrL. Su.s Írlssões e . co- produz müto do estudo mats antlgo o mals raato do mea-
Ionlrsção (Irsbos, lml), pêrmÂneco lndlspenrávol. Ver, mo autor, "O caceu lusobtaSrleho na economla mun-
pa lculsrmentê, os Caps, VI e VIII. Âté 1?82, hÀvio so" disl parÀ suÀ histórla", Studls (Li§boa: Cen-
merte l5 estabelêclmêntos no Noltê do Brasll (lsto é, os - subsídtos
tro dê Estudo6 lItstórlcos UltramBrinos, Julho, 1961), 9,
atuals E6tado8 do À[arsnhÉo 6 PlouÍ ô os Estado§ € Terl- pp. ?'93, mâs o autor não está, Àparentemônte, lntêre§§ado
tórlo§ lndtcados na nota 89, eclma), novo ao longo do ll- nos pdÍnêlros Êetonts e chco anos de atlvldade.
torel e seis no lÍrtellor do valo do Arnazona.s. JoÃo vasco I
Manoel do B!su!, "Rot€lro da vl8gom.. ." (U82), BNL/FG, (95 ) - Ver Ibc Dlscov.ry ol t& Amazon .cco.ilhg to tbe Ac
a.o 568, 11. 2e. court ol Frl.t Grqlsl ilc (brgrr8l .Íd (»hc! Docu- I
(01) José dê Sonrs Ferrglrs, 'NotlclÁrlo Meratúen!ô...' (lnl- EGDts... lntrod. dg José Tot{blo de Mêdtns, tr. do Bertratn
- clo ds décads dos anoE 1?OO), IlÁrdsta do Instttuto Etstó- T, Iéê, ed. H. C. Ireeton (Nova lorqug: Amêrlcau G€o-
Sr8phicsl Soclety, 1934).
rlco o ceogúflco 8r88llelrc, 8l (1917),302; Ántonlo Ladte ( 06 ln Gulrnr rúl
lau Monteho B8enB, ColrtrÉldlo dss ErÀ3 de Ptovtrcla ) James A. WtttlsmsoD, Etrtlr6h Colonle3 on
ilo Psr6 (1.r êd., 1838; Íêrmp., B€lém; U!úver8ldodê Fedê
- tàê Árl,Àron, 160+166t (Orlord: Ordord lrntverslty Pre§6, I
Iol do Pqni, lS68), pp, 15?-158. 1023), Ir8€tlE"
78- -79
i
maic rolatou quê "... eatou iltÍormado quê os portugue" A msis ântiga roÍêÍênciê que encontrci sobrê uma expe-
ses de6cobrirstn, ultlmâmente. bosque lnteiÍo§ dele
- dlçáo de colêta dg cacau data dê 1696, mas. está clalo pe-
lcacsu] no ôlto Rio l\{oraõon". "An âcctrrête f)escription lo contexto, que a prátlca Já estavô bem estabelecidâ. Ver
ol tàê Cecao Troe', (clt8do na nota ?0), 6009. Joumol oÍ ih Travels snd Irbours ot Fathcr Samuel trYit?
ln thê Rlver ol tho Amaaons between 1686 end 1?23, ed. e
(100) O Hnclpe Re8entê ê Ignáclo Coelbo dâ Silvâ (govêrna. tr. por George Edmundson, Hakluyt Soctety, Works, ser
- dor do Maranháo) 13 de JÀnelto de l6?f91, "Uvro G!o§- 2, LI (Londros, 1922), 9$96.
so do Maranhão", Ánels da Blbllotec& Nâ.ional do Bio de
Janeho (ô pÀrtlr daqul cltâdos como âBNRJi, 66 (RÍo ( 111)
- Embor& esta sfirmaçêo Sela baseadê, pdncipâlmente em
de Janúiro: Blbllotêcs Nactonsl, 1948), {?. EstB coleçáo, tontss m6nu3cítas multo nuneaosss pêra citar, ela é
em dois volumes, (o vol.6? é a contlnuação) é, a partlr apoiada pelas descobortss dê Colin Mac,,âchlar!, Ver, poÍ-
deqú, cltsd8 clmo I,cM. tlculelmeüte, seu "Ite Indlân Labor structurê in [he Por-
I
tugueso Árnaz,on, 170G180O", tn D. Âlden, ed., Colonial Roots
(101)
- ct. setatim Iélte. s. J., Hktórls rtt Compürds de Je§us oÍ Moilem Br&dl.,. (Berkeley: Unlve.llty o! Cêlifómia
no Brssll, MUsboB: LlvÍaris Portugállo, 1943), 158-161. Pres§, 1972), esp. p. 217.
(102) Além de slSuns dl§pendlo§o§ acordos dlplomátlcos, na (l12) O custo rnédlo de umâ cênoa duÍêÍrte esta décadê é dado
- década dos anos 1660, os ploblemas fiscals da Coroa es' - em Santos À foaldeal dâ Motel, l0 de setemblo dê l?34,
t8vBm relaclonâdoa com ê quêdâ dos pr€ços do êçúcêr cltado Íra nota 160, abarxo. As equlvalônciss em estêrli-
brasllglro, qu€ comegoD por volta de 16?0. lras apresentaalBll no texto sáo baaeadas em H. E. S.
(lO3)
- O PrÍnclpê Eê8onte a válta8 autoridades reals, 1 de de' I'isho!, The Portugsl Tr.dêi A Study of Anglo.Poíugue.
zembro dê 16? 6 20 dê agosto de lml, IGM, 66:4142, re C.oú.Bercc lZflllrIo (Londres: Methuem & Co. Ltd.,
46-4? e 60; Souza ÍleÍrelra, "Notlcláío" cltado na nota l9?1), AÉndtco IV. O cálculo ap.esentado no toxto lêvs
9l),321; Pro!'tsáo de ? de Jenêtlo de 1968, ÁHU/PÂ/Pa. em conta uma cârga dê 300 errobas, (cada arrobs=3z Ii-
rá, cr. 14. s {.800 Éts por ârroba, meno§ 2oqlo pBra
b.a,s) svaurde
(104) Pedro II â Artur de.Sá e Menet€8, 4 do malo de 1688, IrGM' o comandente do bÀtco.
- (r13) Áa canoas uSadaa na AmazôniÀ estavam êntre ss malo-
66 : 102-103.
- res utlllzadas na ÁÍnérlcs colonlal. tntto outros observa-
(105) O mosmo a rtrtônlo d'Albuqugrquô coelho de Carvalho, dorês, o clêntlsts lrsncês Is Condamln€ 6e mostÍou lm-
- 10 dê Íeve.eÍto do 1891, lbld., 116-116. Álérn do cscau, tals prꀧlonado por B€u tamanho: "L€s câtrota dont sô ôer-
drotit! tnclulq,m a b8uDllha, dlEs varledldos dê cravo, vent lea Portu8ala... loDt bosucoup plu! StaDd§ & pluô
crnelE o 88188p8ÍrUha. comrnodea quê le! crrrot! fndlêts av6c lêBquêlês nous
(10E) Antes do t!ôl d8 década do! aDor l'itm, oocoutram€e re- 8vloDa DaylSué dlDs l6s MlssloDs Espa8aole6 (lBto é,
- ,€leDCü! ocsltonsb ao cacsu, t8l3 colno ltoE᧠do couto Quno)'.
a Mlguel Cardozo (procurador Ssrsl da CompsEltt8 de- .lê Clarlês lÍarl€ dc lr Condsmhô, It btlon abr{fúe at'un
8us),-BeléE, 6 do s8osto de 1?ll, BNL/:FG, cod. 4517, lols. yoy.tr lslt drD! Htltadeür dG l'Àmórlq[G hoÍldlor8le...
ln 8.-1,3 v. (tslstsndo um eEbarquo dê olto 8&as) 6 (Nouvo[8 ed., lía€8trlcbt, l7r8), pE. 88{9. úE blq)o dê
i
80- -8í
Bêlém, do Béculo XVIII, rolêriu t€r ytato slgümas que
mêdi8m 30 por 3,5 pó8. D. Er. Joáo d6 Sáo José, Vlsltrs
Iàsaor.lt. Metnórils (1t61 c f?6il), anotsdo por BâsÍlio de
I (U9)
- Chsrles R. Boxer The GoIden Atp
(BerkeleJr: Unlversity
351J53; vêr tarnbéla Jo§é
ol
ol Bradl, 169$l?í1...
Calüornta PresB, 1962), pp.
da SllvB Llsbos a Domlngos
M88alhá€s o CÀndldo ,ucá Fllho (Rlo do Janotro: Editora Vsndêlll, Salyador, t0 do outubro de t?81, ABNR.r, 32
Molso Soc. Anon. ugSll), p. 150. Aa cspactdsdes de catgt 001{),504.
de tals embarcaç6ês sãc dada6 em e Câmala de Belém
- À trroSulâddade do Êerelço de t!ânsporte maÍÍtlmo
(120) lo-
ao RêI, 1, dê Julho de U04, A!ru/PAlPe!á, cx. 3 e em
vou um po§tulante a propor que o Rêl despêchassê de
FrBncllco X&vler do Mondonça FlrrtEdo a José Ant. o Lên,
dt,2 dê agosto do U57, BNL/CP, cod. 162, I.84. Lisboa umê ÍlaEâta do 40 canhôês cada ano para, B€léft,
pÀ!â §er!'lr como navlo c8rglrolro. MÍgue1 Alonso Brâ.
( 114) As canoas quê sublÊm o rlo pBrâ proceder ê colêtÀ dâs volt (?) ao Rei, I do selemblo de 1?02, AHU/PÂ/Pará,
- dlogas €ram obrlgadas s aplesent8r uma llcsngE obtldâ cx. 3. Meamo €m 1?34, um lnvestlSador real leÍêria que,
do Govêlnado! do Paré. Â loúalera da tlha de Gurupá por causê do tranq)ortê marítimo ln§utrciente, os esto-
lol estsbeleclda de conlormldado com o Alvar6 de I,€i de ques de cacau, acumulados em Belém, hê!'iâm alcança-
23 de mârço de 1688, IÍiM, 06: 8?,88; pa!ê sua localizê- do {0.000 arrobas (1.280.000 !ibr8s). Ssntos â [Motâ], 10
çáo, ver Sousa Ferreba, "Noticiálio" (cltÀdo n6 notâ de setembro d6 1?34 (citado ns nota 150, abaixo). Em
9r), 300. l?4?, o Tesouro Real dc Iàró rclatava que "poÍ câusê da
( 115) O que foi dito é baseado em o Conselho Ultrsmarino ao multa. demoÍa dos Dâvios se acbaveo'os generos da teirâ
- tet, 12 de Janeiro de L'112, AIIV /PA/ Mâranháo, cx. 13 dênnlÍlcados, princÍpalmente o cacau.-." Citado ern o :
(orig.); vêr tâmbém Francisco xsvler Ribciro de Sam_ Consêlho últramarino s,o Rei,22 de malo de 1?4S, AHU/
paio, "AppendÍce so diário dâ viagem que em vizita, e co!- PÁ/PBró, cx. 12 (ortg.). Testemunhos adicionais a re$
peito dê ca!6ncia de transporte mÀrltimo a.pe!êcem nas I
reiçáo das povoações da cepitenia do S. Jozé do Rio Ne-
gao Íez o ouvldo! e Lrtendente geral de nresmê,... no ano notê§ âbalxo.
de 1714.16", Ânâis da BlbliotecÀ e Arclúvo Priblico do P&- (121) .4. Càmsra dc Scldm êo Rel, 2 de egosto do 1711, AHU/
16 (a partlr daqut citedos como ABAPP), VI (Pará, 190?), - PA/Paú, c*'4, A Câmare so quêl*avê de que, desde 1710,
p. 82 e, ospeclêlmentê, "Formâ.lidade q' §e costuma olr. o§ proprletállos do navjoÉ heviam êumentêdo seus fÍetes
seNa!... pglos cabos das canoas..." (cercs de 1780), p&ra o caca,u, de 500 rét8 por 6!roba, pale 000 o estâvam
AHU/PA/P8rá, cr.42, Íesumldo em Colin M. Macl,schlan, ameêçâtrdo aumentÍl'los pars 1.000. Para oa vÀlorês dos
fuetes que plevalecerstn negsâ époc8, entre os po os mals I
"Tte lndlân Di!êctomte: f'orced Acculturation iD Portu.
gue§€ Àmer{cs (1?5?-l?39)", lte âmericss, rOaVUI (âbrll, I lmportantos do Btasil e o relno. ver Ándré Joáo Ánto-
19?2),3?3a74. nll[psoud. dê João Ántonlo átrdreont], Qrlt[r8 e opulên.
cls do Brlslt por sE&r dnDgar o mlttsr (l.r ed. tr.
(l16)
- O Consêlho Irltranarlno o Cbri6tóváo da Costê Fleire
(govomadoÍ do MBrsnhão),8 de fevereiro do 1?1?, LGM, ê ed, por Anüée MaDEuy (Pa s: Instttut des Hêutes- l?11),Etu.
6?: l4?-U8; flEnclsco Pedro d6 M. Gurjão ao R.i, ?2 de des de l'Arnértque Lattno, 1968), p. 2?8, Os movimcntos
ab l do 1?49, ÂIlU/Prf/P8ró, cÍ. 3. Sobre 08 ploblemas dos prêcos do açúcsr o do cacau, para rrma patte do sé-
que ocorrlBrn pelo§ enconttos com cobrs§, ver Hênry culo :rVUI, o8táo Eostrados, compÀretlvamênte, n6 fiFu-
Walter Petes, Ihe Neturâüst on the Rlver Amrzon8 (Bet- ra 3, abElxo. De Ecordo com Antonll, em l?ll, o Ílete do
koley: Unlverslty of ColiÍornla Press, 1962), p, 88. oçúcar bBlêno ê!E do cêrca dê 329 téls por êrloba. Ent!ê
1?40 e 1'16{, varlou d€ 300 a 400 réls e os lnteressados no
( 1r7) A prátlcê de mlBtular semontos verdes com maduras íoi comélclo do açúc&r quelxavam.so de que era muito Àlto
- condênêdê pelo Governador João do Castelbrênco, em sua pêra permltk uma concollênclê Íavotóvol nos mêrcâdos
csrtB dê 28 de outubro de 1?3? ao rêI, AHU/Pá./Pâr6, cx. contlnentals, com os competldorês ingleses e ÍÍanceses do
I (orl.), Vêr também Àzevêdo, Os Je6uÍtcs no Grâo'Psrá, Carlbe. tm 1?66, a Coroa estabêleceu vêlores novos e I
p. 134. A EdultêrÀçáo erâ um problema comum, ondê quer mals balxos paÍa o açúcar e o tabeco (250 téis por êrro.
quê o cacau lossô valorrzado. Naa Índias Ocidentais, por ba), o couro curtldo (320 cads), o couro cru (150 csda) t,
€xemplo, Bryan Edwards sê quelxavs de bolos dg choco- ê o couto melo-curtldo (15O rétr cadâ). Alvará dê 29 dê
late "que me parecem a€r Íeltos ds náo mai8 que me- Àbrtl do 1766, Cofeçôo rt 8 lcs/r, ilccretos e slesrás que
tadê do cacau geÍluluo; o aestant€, eu penso quo é tôrinhr cotrlprchende o.. , tctrtdo dc.. . D. Joze o I... II (Ltsbôs,
do trlSo e [slc] sabâo do C8stel8". HtBtory ol lho Bilttsh 1171, 3-W, N§o ê!tá clsro sê e&rca valore§ 8e aplicavBm
Wôât Inlüc!, II, 36{ n. tatabém Ào E:stado do Mqranháo, sdmblÊtrsdo separ8d&
(1r8) Ar cartas do Pedro ds FoDtoura Csmelro (corü88áío gc mêÍtt6, na épo6.
- r8l dr ta*s ds büls ilo crurldr sB lJsboa) a sêu agente (122) lte ntuô ol tho Erylklt Slúpplng Indultry tr thc Sevên.
em Belém, t8 do s8psto de U48 a Eaio dê 1?66 (BNL/CP, - têênth ttrd Ekhte€trtà CGotullGr (Lndres: Ma.mfllân
Íob. 66 v. - 16? v,) estÃo chelss do qubhss s rosp€lto & co., 16ú2), p. 1?6.
da8 repotldas ohegBdÀs de catregamentos de c&cau oatrâ- (128) Em moados do récnlo o oacau €ra, olammqrto, ume b6'
gado. Este tsmbém €rs uln problemE do outras Íêgiõe§ - btds ds moda €ÍrE€ a ôrlstoctacls portuguê8s e o rêcém.
produtorss da oacau. \rer uota 33, acltnâ" cheSado Sovomador, Fmncl8co Xaúer de Mondonça !trr-
82-
I
I
I
84- -85
I
I
1
i
I
NÃo é colncldonctE quê tênhsm â mêsms d8'ta do D€cre" Dom Caotano Brandáo, Memórlas psto r Hl§tórl. d& Vl'
'deíitútlvamente, a escravldao- ilrdíge' ds do Veneúvel ArccbfuDo de Brsgs (2.. od., Brsgs, 186?),
ü"R;"1 õ;-;úú, I, 158-159, l?6, 182, I, ?§0, 291, 318 ê 335 pars as mençÔes t
,f-.rOoit, Alvaú de 6 de lunho de 1755' rDlo',
"à ".
42r{34.
sobre as plantacõe§ dê cacau nesta zona.
(Sovema'dor- do Pê' (1?4) ÀÍêmorando sêm dst6 r€lstivo às deltbeBçôes d8 têunlão
(165) Manoel Botnardo de Mello de câstro -
- Furtêdo (Secrêt&io coloniEl)' 9 de êgo$ ed hoc do Con8€lho, de 15 do Jutho de 1117. AIjVIPAIPü
iioõ, eg'A?p' xr (lelmp BêtéÍn: Edltola Monumen-
"âJ'i-i"maonç" rá, cra. 3?. O contreto da companhl6 psrnambucÀno do
iã'aã monopólto lrmã Íot, tambérn, deksdo exptrar. Msnuel Nu.
ts S.4., 1869),321322. nês Dlas interpleta e opostçáo a ambas ês Companhias,
(166) Nunes Dlas. "CÀcstl" ícit6do na nota 9l)'
pp 36+e66; a§ como tendo Bldo motivado pelo âninto pessoêl contra Pom-
- iii'"ã-ttiõú toram cólculsdas da tsbela n5 p 365' b8l, ds parte de altos funclonórlos quo sucederam o MaÍ-
sus ca a cltêda nê notê 165 acima' o govemâdor quês, após suâ queda do govêlno, em 1???. Ver "Junta lÍ-
- Em
(16?)
Mello de Ca§tro âcu6âví' o CompanhiÍr estar obrenoo quidatórlê dos lulldo8 dâs Com'panhias do Governo, em
lucros exceDclonâls de §uas operâções co'leo câcâlr' uD.i'r' GÍ6o-Pa!ó ê Maranlláo, Pernambuco e P8raÍba (17?8.183?)",
àue einouanto ele colnpÍsvs o cacau, cm lJôlom a Àevlsúa Portuguess ite Hlllórls, X (Colmbrs, 1962), 156-161. i
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Z mO'c 8lroüa tetrdo ums despesa sdlcional {prjncipâ:_ Mâs essÀ t6se igDora es ldéias dos mercadorês â rcspel
'ncnle. com o transporter de I 000 réis por Brroba' \'cn'llâ to do livre com4rcio, em ambos os lâdos do Àtlântico, ver
cicári-nos- reirocs'de Li§boo dc t 2m a 5 40r r'tis por "Rgpresenlâcáo q. se ,&! p.a lrâo dever prezentes potl
"itiôu.-Ni; fni pos:iÍv'l tcstsr a prc'isr'io- do dopormcnlo msis tempo o comp.s geral do €stado do Cram Parê e
do Governxdor. O "Mappa gelal dos qinoros gerxl dl .pro' Moranhâo... pellos v&ssalos interessÊntes de comercio
duccao' dô Pltrá e Mlr' nm que a c''Írponhl:r fmnco ê ge!êl desta praso [Belém] e dos mesmos habl
a'
ouelles estâdo§ tem aÍrematâdo em leiloes desde' 1?58 tantes do dltto est8do", um memorando com data, end€-
;;ü-;õi;;" iin" ra.nu/pe/p'rÁ. cx 37) indlca âs reçado à rsinhr, no AIIU/PA/PêIá cx. ls onde a dats a
qu6ntidades, mas lnlelizmente, não os prcQos' lÁp:§, l?52, é, clêramente, lncorrêt8. Â evldêncla interna
torna. clêro que esta pettção, de 18 póginas, ssslnada por
(168) Nunes Dia!, "Cscâu", e§pêciêlmente, pp 364 e 3?6' 4? plaÍrtâdores o meÍcadotes, Íol redigtdE em 177?.
- dissêrtaçeo de Nunes ljlias (vêr, para o titulo'-a n-otâ
- A
(169) (U5) As exportegõe8, aurpreendentemente gxande§, âtrlbuÍdos
iss.'ã"1rn"'ii"i púulicnda êm câpÍtulos nBllvro RHSP' 66-84
sua tese - ao Rio de Janelro, parn o ano do 1800, podem rêplesentâ!
Tiqi'6-iqzot .
'i,iiuàiníertt",reãentemente. em iorma dc
re€hbaÍques do outroe csntrog produtoÍB, especle.lmente
e, evtdente em riHsP' 6?' 36+365' s Balúa, ou podem soÍ, slmplesmênto, um erro do escri-
(1?o) Em um po[to o autor, poÍ errgsno' atlrmê que os primel' vão.
- -"di ãião'"- ãruponr""is pãra oi'rogistros ElÍondegálios da- (176) Ás cotaç6€s de Amste.dá, pa!ê o cacou dê csrocss, cBI-
iÀ'á a"i-"*i' a" Menáonça t\rrtêdo rbtd" 83 É -eviden- - ratD, de ufn Dlvel qua.§e elevado para o século, 1,00 Ílo-
iã-ãuã-ieà rài'ou em contl s tontê "Á" e outros lelatórloc rlm por llbla (1768), a um nÍvel bslxo dê 019, em l?84,
àitliÀtii-.i nas págtna§ pÍecedentes deste e§tudo' ê não 6ê levantêr6B actmS de 0,59, no iostante da déca.
(l?1) Omitindo U48,"-riãã.J
quândo náo ÍorÀm Íeitos emberques' da dos anos 1?80. Posthümus, líqülry (cttsdo n nota 81,
- Íumo a acima), Ibbels 8:i. Â médrs anusl dâs e,(portsqóês de cê-
(1?2) Uma médiâ do 6,? Davios por êno dslÍÀve BeIém de outc
- úiiãi.'à,ii*t" ds ancs 1?-5&t?zz, mê§ o número
'iiiuã", àm 1zsa, t76s e 1714' loi somentê 2' csu do Pará Bumentou do 1.681.30? Ubtas (U?0-1??9) a
íiic"dé"-àã 1.985.52? (l78Gl?80). Dados computados do Apêndlce f.
-rás]r,icuvambnte,
ãI'i. emticando s§sim Às depressões'
com êsses 8!ro§ ver Nunes
(1?7)
- O preço dê Bêlóm sublu de 1.000 réls por arrobs (1?89) a
á"-rr-É"iti-T-ãi," 3.200 (1?90), êxcodeÃdo, de multo, o aumento dos proços
""nãiaãni
Dtas. 'Cacau', P. 3?6. de rtmstérdá, quê Eublram de 0.59 por Ubra (1789) 9arâ
(U3) Entre l7l1 o lÍt?' s CompsnhlÀ
-4" tntroduztu l4 ?49 escra- I,OS (ffSO), CÍ. Posthu[rus, Inqdry, Tabê18 ÍB ê Flguls
- ;;il;;d, ptoãeaut't* Guiné e de Àrgola -'R€capl
pelê
6, acilna.
iuücao aos hóts msppas dos e§cÍ8vos lntloduzldos (f78) pteço do Amsterdá alcanqou um nÍvel elevado dê 2,08
õããÉiirrrlÀ-d""t ae ôieo perá e MaranhÉo noscx dltos ês' - O
Ílorlns por ltbra, em 1813, mas calu p&ra 0,?8, em 1818.
i"à-ãi,-aé"ã"l . 1157 zté t117", AHU/PA/PêÍó' 17-o
pa' Posttrumus, Itrqut?, Tsbol8 83. Por motlyor h6r.pUcado§,
àedlDo ftnst dê84ê§ êactavos é desconhecldo' emDora os preços de BeléE o UEboa Dáo Eê8ulram êssa tn€ama
i"ài-ãr" -àüt* ÍoÍata u!8dos q9t9 e9pIqqg:-tto;1f* têDdêocla"
(lm) EScrov€údo, rlgrlls 8no6 EsI! tard€, o cônsul brltânlco
- de Guayaqúl ob€êrvou qu€ 'O! etnbarquê! dê cacau pa.
ro, PêI8s vbltsa mm'rrffi,üiffi "ry*:**
ulru*rffi €PtEcopstl
Ía a Eutopô,.. alotdo hlí dots sDo! tam proporclotrado
lucro pêqudro ou Dúo lrata o ê*p€didor, dorde quo o cÀm-
bto tô!! €rtado do tal ,orma coútra o rcmctlrt€, que grsD-
Hffiã#ffiif ffiH.r-*:r#Hu' des lllvortlD€oto8 táo ddo Íoltor, lomalo t@do eÍn vl!"
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l
ta o retomo dos lucros... [erEl mercadoC.s.., "Henry
Wood ê C,eorg€ Csnnlng, 28 de levst€lro do 1826, Hum-
phrêy§, Brltish Consutar Reports (citêdo trÀ nota 39. acl-
ma), p. 230.
(180) Por outro lsdo, do aêordo com llumboldt (Personr,l Ner.
- tstlve, ll,6l), todo o cscBu enÍlado de C8rÊcas pars â Es-
panlra, êxceto 150/0, ela coDsutrúdo na mãqpátrie, sendo
o rest8nte exportado pâra 8 ftsnçs, ItállB e Alemanha.
(181) O chocotate ers manuÍatulado em Ltsboa e no Porto, no lnÍ-
- clo da década dos Bnos 1820, msri, apalelrtemente, êm pe-
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