Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
O presente capítulo apresenta um panorama atual do processo de Orçamento,
Planejamento e Controle de Obras, onde vocês terão a oportunidade de conhecer os
processos que darão subsídios para a obtenção de resultados eficazes nas atividades de
engenharia.
Objetivos
Ao final deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
3.1 Orçamento
3.2 Planejamento e controle de obras
3.1 Orçamento
Pode-se dizer que o orçamento é uma estimativa, mas os critérios escolhidos para o
elaborar levam à aproximação ou não do resultado mais preciso.
O Custo Unitário Básico da construção civil por metro quadrado (CUB/m2) é um índice
regionalizado publicado periodicamente nos sites dos Sindicatos da Indústria da Construção
(Sinduscons) dos estados e/ou regiões do Brasil determinados a partir da ABNT NBR 12721
de 2006.
O CUB/m² foi criado em dezembro de 1964, através da Lei Federal 4.591, inicialmente para
servir como parâmetro na determinação dos custos dos imóveis. Ao longo do tempo, o
CUB/m² passou a ser o indicador de custos do setor (SINDUSCON-MG, 1997).
Atualmente, o CUB/m² possibilita uma primeira referência de custos dos mais diversos tipos
e padrões de empreendimentos e permite o acompanhamento da evolução desses custos
ao longo do tempo (SINDUSCON-MG, 1997).
A NBR 12721 de 2006 apresenta os critérios para coleta de preços e cálculo de Custos
Unitários Básicos (CUB) de construção para uso dos Sindicatos da Indústria da Construção
Civil.
__________________________________________________________________________
Tabela 1: Características principais do Projeto Padrão
Residência Unifamiliar
Residência Padrão Baixo Residência Padrão Normal Residência Padrão Alto
(R1-B) (R1-N) (R1-A)
Residência composta de quatro
Residência composta de três dormitórios, sendo um suíte
dormitórios, sendo um suíte com banheiro e closet, outro
Residência composta de dois com banheiro, banheiro social, com banheiro, banheiro social,
dormitórios, sala, banheiro, sala, circulação, cozinha, área sala de estar, sala de jantar e
cozinha e área pra tanque. de serviço com banheiro e sala íntima, circulação, cozinha
varanda (abrigo para e área de serviço completa e
automóvel) varanda (abrigo para
automóvel)
Área Real: 58,64 m2 Área Real: 106,44 m2 Área Real: 224,82 m2
Residência Popular (RP1Q)
Residência composta de dois dormitórios, sala banheiro e cozinha.
Área Real: 39,56 m2
Fonte: NBR 12721 (ABNT, 2006).
__________________________________________________________________________
Valores em R$/m2
PROJETOS – PADRÃO RESIDENCIAIS
RP1Q 915,59
G1 488,18
Assim, podemos determinar, por meio do CUB/m2, o custo atual de uma construção.
Exemplificando!
serviços preliminares;
movimento de terra;
fundações especiais;
1
Fundada em 1948, a PINI é uma das mais tradicionais empresas no setor de engenharia, arquitetura e construção. Atuando
na área de soluções tecnológicas compostas por software, banco de dados especializados e soluções de e-business para o
mercado de arquitetura e engenharia, com a PINI Web e em outras áreas operacionais com a Editora PINI, PINI Serviços de
Engenharia e PINI Eventos. (Informações disponíveis em: www.pini.com.br)
infraestrutura;
superestrutura;
vedação;
esquadrias;
cobertura;
instalações hidráulicas;
instalações elétricas;
impermeabilização e isolação térmica;
revestimentos (pisos, paredes e forros);
vidros;
pintura;
serviços complementares;
elevadores.
Sendo o valor encontrado distribuído nas etapas construtivas de acordo com percentual de
obra a ser executado para o padrão Residencial Médio (Tabela3).
Tabela 3: Estimativas de gastos por etapa de obra (%) - Mês de referência: outubro/2011
RESIDENCIAL
ETAPAS CONSTRUTIVAS
FINO MÉDIO POPULAR
Serviços preliminares 2,4 a 3,4 2,4 a 3,4 0,6 a 1,2
Movimento de terra 0 a 1,0 0 a 1,0 0 a 1,0
Fundações especiais
Infraestrutura 7,0 a 7,6 3,8 a 4,4 2,4 a 4,4
Superestrutura 15,5 a 18,2 12,2 a 16,8 10,4 a 13,2
Vedação 4,4 a 7,3 7,0 a 11,0 7,5 a 13,3
Esquadrias 2,8 a 5,6 7,1 a 13,2 8,2 a 13,7
Cobertura 0 a 0,4 4,4 a 9,5 9,7 a 19,3
Instalações Hidráulicas 11,2 a 13,1 11,2 a 13,1 11,1 a 12,0
Instalações Elétricas 3,8 a 4,8 3,8 a 4,8 3,8 a 4,8
Impermeabilização e isolação térmica 10,6 a 13,8 0,4 a 0,8 0,4 a 0,8
Revestimentos (pisos, paredes e forros) 20,4 a 27,6 23,9 a 29,7 21,3 a 29,4
Vidros 1,6 a 3,0 0,3 a 0,7 0,6 a 1,2
Pintura 3,7 a 5,3 5,9 a 7,6 3,7 a 4,6
Serviços Complementares 2,2 a 3,4 0,5 a 0,7 0,5 a 1,0
Composição de
custos unitários de
serviços
Elaboração de
planilha
orçamentária
Elaboração de
curva ABC
Composição do
BDI
Elaboração de
preço de venda e
planilha final
Esquadrias
Altura Área
Esquadria Tipo Cod Largura Qt Área Total Pintura Vidros
(m) (m2)
(m) (m2) (m2) (m2)
Fantasia
CF Verniz Esmalte
(m2)
Esquadria – colocar o nome da esquadria constante no projeto. Ex.: J1, P3, PV4 ou outro.
Tipo – colocar o tipo de esquadria constante no projeto. Ex.: Abrir; correr; bascular,
veneziana, vidro ou outro.
Largura – colocar a largura da esquadria constante no projeto. Ex. 1,50 (em metros).
Altura – colocar a altura da esquadria constante no projeto. Ex. 1,00 (em metros).
Área Total – multiplicar a quantidade de esquadrias da referida tipologia (QT) pela área
unitária da mesma. Ex. 𝟑 × 𝟏, 𝟓𝟎 = 𝟒, 𝟓𝟎 𝒎𝟐
Pintura – colocar a área de pintura conforme tipo a ser executado. Ex. Verniz, esmalte ou
outro.
Importante!
Vidros – considerar a área total de esquadrias que possuem vidro e arredondar o valor
para números inteiros. Ex.: 𝟒, 𝟓𝟎 𝒎𝟐 ≅ 𝟓 𝒎𝟐
Paredes e painéis
Importante!
Pé-direito
É a distância entre o piso acabado e teto acabado de uma edificação, ou
seja, a altura interna líquida.
1,25m
1,05m
V2
H2
0,15m
J1
2,80m
1,20X1,20
ESCRITÓRIO
P1
0,80X2,10
1,25m
V1
V3
H3
0,15m
3,15m
0,15m 0,15m
Figura 3: Planta baixa de escritório sem escala anotada com anotações de orçamento.
Cod Comp (m) Pé-direiro Área Vãos Área Total Qt Total Geral
Peça
(m) (m2) (m2) (m2) (m2)
H1 2,40
H2 1,20
H3 3,45
V1 2,50
V2 1,10
V3 1,25
Vãos – calcular a área dos vãos livres, multiplicando a largura pela altura dos mesmos se
houver e acrescentar as áreas de vãos de esquadrias já calculados na 1ª etapa de
levantamentos.
Importante!
Obs.: A análise é feita vão por vão, e não pela soma dos vãos, assim, se
forem duas janelas, desconta-se o que exceder a 2m 2 em cada uma das
aberturas (MATTOS, 2006).
Importante!
Á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒆 𝒂𝒍𝒗𝒆𝒏𝒂𝒓𝒊𝒂
(𝟎, 𝟐𝟎 × 𝟎, 𝟒𝟎 × 𝟏𝟓𝟏) + (𝟎, 𝟐𝟎 × 𝟎, 𝟐𝟎 × 𝟒) + (𝟎, 𝟐𝟎 × 𝟎, 𝟒𝟎 × 𝟐𝟏) + (𝟎, 𝟐𝟎 × 𝟎, 𝟒𝟓 × 𝟕)
= 𝟏𝟒, 𝟓𝟓 𝒎𝟐
Revestimentos internos
Descrição do Piso (m2) Teto (m2) Pé-direito Perímetro Peitoril (m) Vãos
Ambiente (1) (2) (3) (m) (4) (m) (5) (6) (m) (7)
Pé-direito x Vãos a
Soleira (m) Rodapé (m) Revestimento Pintura (m2)
Perímetro descontar
(8) (9) (m2) (12) (13)
(m2) (10) (m2) (11)
marca Y.
Chapisco, reboco (massa
paulista), cerâmica PEI III 20x30
da marca X até 1,80m no Box e
Cerâmica PEI IV 30x30 Reboco sob pintura
Banho até 1,50m na parede hidráulica,
da marca X látex PVA marca Y.
restante com selador acrílico
sobre reboco e pintura látex
PVA marca Y.
Chapisco, reboco (massa
paulista), cerâmica PEI III 20x30
Cerâmica PEI IV 30x30 da marca X até 1,50m na parede Reboco sob pintura
Cozinha
da marca X da bancada da pia, restante com látex PVA marca Y.
selador acrílico sobre reboco e
pintura látex PVA marca Y.
Chapisco, reboco (massa
Telhado em telha
paulista), cerâmica PEI III 20x30
cerâmica com
até 1,50m em parte da parede
Área de Piso em concreto madeiramento
do tanque, que corresponde à
serviço desempenado. aparente
área molhada. Restante com
envernizado ou
selador acrílico sobre reboco e
estrutura metálica.
pintura látex PVA Y.
Beiral em telha
No perímetro da casa
Chapisco, reboco (massa cerâmica com
será executada uma
paulista), selador acrílico sobre madeiramento
Área externa calçada com largura de
reboco e pintura látex Acrílica aparente
60 cm em concreto
marca Y. envernizado ou
desempenado.
estrutura metálica.
DORMITÓRIO 1 DORMITÓ
HALL
SERVIÇO
(3) Teto – Nesse campo deverá ser anotada a metragem quadrada do teto do ambiente
descrito, e ainda, no campo ao lado deve-se colocar o código referente ao tipo de
acabamento que consta no projeto e/ou memorial descritivo. Assim como para o piso, no
projeto mostrado anteriormente e com base no memorial descritivo do Quadro 1 teríamos o
seguinte:
Nesse exemplo a área do teto é idêntica a área do piso, o que acontece na maioria das
vezes, mas não é uma regra.
(4) Pé-direito – A altura livre do piso ao teto acabados pode ser identificada no corte da
planta baixa apresentado no desenho do projeto arquitetônico, como mostrado no corte do
desenho da
6:
CORTE BB
Figura 6: Corte BB da planta baixa da Figura5.
(6) Peitoril – O item “peitoril” é definido pela soma da largura das janelas do ambiente onde
o além do requadro da esquadria será assentada uma “pedra” para, além de efeitos
estéticos evitar-se infiltrações decorrentes das chuvas. A seguir apresenta-se o Quadro 3 de
esquadrias do projeto anterior:
JANELAS
TIPO QUANTIDADE MEDIDAS PEITORIL MATERIAL LOCAL
PORTAS
TIPO QUANTIDADE MEDIDAS PEITORIL MATERIAL LOCAL
VENEZIANA E VIDRO
P1 02 080X210 110 SALA/COZINHA
PIVOTANTE
P2 03 080X210 110 MADEIRA/PIVOTANTE DORMITÓRIOS
Nesse campo deverá ser anotado o comprimento das esquadrias do ambiente descrito, e
ainda, no campo ao lado deve-se colocar o código referente ao tipo de material do peitoril
que consta no projeto e/ou memorial descritivo.
b. vão da passagem para o hall – deverá ser medido no escalímetro, pois não tem
indicações de dimensões no projeto. A medida do vão é de 1,00 m.
Importante!
Escala de projeto
O desenho do projeto apresentado na Figura está fora de escala, portanto,
não será possível conferir a dimensão colocando-se o escalímetro no
referido desenho.
a. vão da passagem para a Sala de Estar. Este vão já está calculado no ambiente Sala
de Estar, cujo valor é de 0,965 m;
(8) Soleira – O item “soleira” é definido pela soma da largura das portas onde exige-se a
colocação das mesmas, seja no projeto ou memorial descritivo. No vão da porta é
assentada uma “pedra” para, além de efeitos estéticos determinar mudanças de pisos de um
ambiente para outro, diferenças de níveis entre eles ou ambientes internos que dão acesso
a ambientes externos. Salvo por indicações de detalhes de projeto, a soleira possui a
largura da alvenaria de suas extremidades.
Na Sala de Estar existe uma soleira que será assentada na entrada da porta P1. Portanto
com comprimento na largura da porta, igual a 0,80 m. De igual modo na Cozinha, onde a
porta de acesso externo também é uma P1. Entre os ambientes serão mantidos mesmos
pisos e níveis, e como não há indicações de detalhes no projeto ou memorial não será
assentada soleira nesse local.
Assim como para o peitoril, há um campo para a indicação do tipo de material da soleira. E
como foi indicado no mesmo item do memorial descritivo, será GR – Granito Polido.
(9) Rodapé – Para o rodapé deve-se subtrair do perímetro (5) os vãos em metros (7), assim:
Dicas
Assim como para o revestimento do piso, há um campo para a indicação do tipo de material
do rodapé. E como foi indicado no mesmo item do memorial descritivo, será de placas
cerâmicas PEI IV 30x30, com o código C30.
(10) Pé-direito x perímetro – Como esta coluna serve para transição e definição posterior
das áreas de revestimentos, nesse momento apenas realiza-se a operação de multiplicação
das duas colunas citadas:
Dicas
Vão a descontar
𝑉ã𝑜 < 2𝑚2 𝑛ã𝑜 𝑠𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑎 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎
𝑉ã𝑜 ≥ 2𝑚2 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎 − 𝑠𝑒 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑑𝑒𝑟 𝑎 2 𝑚2
Obs.: A análise é feita vão por vão, e não pela soma dos vãos, assim, se
forem duas janelas, desconta-se o que exceder a 2m 2 em cada uma das
aberturas (MATTOS, 2006).
Agora, analisa-se cada um dos vãos e faz-se o somatório para o ambiente conforme critério
de “vão a descontar” citado anteriormente.
b. vão da passagem para o hall – de igual modo deverá ser analisada a metragem
quadrada do vão de passagem para o hall igual a 2,10 m2. Como o vão excede em
0,10 m2 o mesmo deverá ser somado aos vãos que serão descontados da Sala de
Estar
a. vão da passagem para a Sala de Estar. Este vão já está calculado no ambiente Sala
de Estar, cujo valor é de 2,03 m2 e, portanto, excede em 0,03 m2.
b. vão da porta P1 – igual a 1,68 m2, e como o valor não excede a 2 m2, o referido vão
não será descontado. Tem-se:
(12) Revestimento – Conforme descrito no memorial descritivo (Quadro 2), para a Sala de
Estar e Cozinha os revestimentos são:
Sala de Estar: Chapisco, reboco (massa paulista), selador acrílico sobre reboco e pintura
látex PVA marca Y.
Cozinha: Chapisco, reboco (massa paulista), cerâmica PEI III 20x30 da marca X até 1,50m na
parede da bancada da pia, restante com selador acrílico sobre reboco e pintura látex PVA
marca Y.
Assim para os respectivos ambientes tem-se como área de revestimento a diferença entre o
“Pé-direito x Perímetro” e os “Vãos a descontar”, conforme descrito a seguir:
No campo ao lado deve-se colocar o código referente ao tipo de acabamento que consta no
projeto e/ou memorial descritivo.
Tabela 8: Planilha para levantamento de quantitativos de revestimento interno (cont.)
Pé-direito x Vãos a
Descrição do Soleira (m) Rodapé (m) Revestimento Pintura (m2)
Perímetro descontar
Ambiente (1) (8) (9) (m2) (12) (13)
(m2) (10) (m2) (11)
SALA DE
0,80 GR 8,885 C30 36,82 0,13 36,69 Re
ESTAR
COZINHA 0,80 GR 6,16 C30 29,82 0,03 29,79 Re
Para o cálculo do acabamento da cozinha, precisamos considerar que existem dois tipos de
revestimentos, assim calcula-se os dois tipos, utilizando-se uma linha adicional da planilha
para a anotação. A área de revestimento argamassado que será pintada é a de reboco
subtraindo-se o revestimento cerâmico em placas 20x30, somando-se a área de teto.
Revestimentos externos
Fachada – Esse campo está reservado para relacionar todas as fachadas do projeto,
conforme exemplo descrito a seguir:
Fachada 1
(2) Comprimento – Nesse campo deverá ser anotado o comprimento da fachada e a seguir,
no campo
(6) QT – Se houver mais de uma fachada idêntica deve-se utilizar esse campo para colocar
o multiplicador;
(7) Área Total – A área total é obtida pela equação: Á𝑟𝑒𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = (Á𝑟𝑒𝑎 − 𝑉ã𝑜𝑠) × 𝑄𝑇
(8) Cod – Esse campo é reservado para codificação dos acabamentos de fachada. Ex.:
Textura Acrílica (TXA); Grafiatto (GTO); Pastilha de Vidro 2x2 (PV22).
(9) Faixas – Nesse campo, deve-se colocar diferenças de acabamento em uma mesma
fachada, para isso pode-se usar mais de uma linha conforme, assim utiliza-se o campo (10)
em substituição ao campo (8) exemplo a seguir:
- 9,60 PV22
Fachada 1
Coberturas
Para o projeto de cobertura a seguir (Figura7), pede-se calcular a área real de cobertura.
Quantidade de telhas
Quantidade de madeira
Dicas
Formas
Formas
Quantidade de armação
Para o cálculo da quantidade de armação em massa, deve-se considerar a bitola das peças,
utilizando-se a massa nominal constante na tabela de características de fios e barras da
NBR 7480 (Tabela26), e adaptada pelos fabricantes de aço.
Massa Nominal
Barra (mm)
(kg/m)
5,0 0,154
6,3 0,245
8,0 0,395
10,0 0,617
12,5 0,963
Exemplificando!
Exemplificando!
𝟐 × 𝝅 × 𝒓𝟐 × 𝒉
𝟐 × 𝝅 × 𝟎, 𝟐𝟎𝟐 × 𝟑, 𝟎 = 𝟎, 𝟕𝟓 𝒎𝟑
Ampliando o conhecimento
Outras estruturas
Instalações
instalações elétricas;
instalações hidráulicas e sanitárias;
instalações de prevenção e combate a incêndio;
instalações de ar condicionado/climatização.
Proteções
Pesquisando
Impermeabilizações
Impermeabilizações são calculadas pela área a ser impermeabilizada e tipo
de técnica a ser utilizada. Para saber mais sobre projetos de
impermeabilização, tipos e técnicas consulte:
A composição é nomeada como de custos unitários, pois relaciona custos de uma unidade
de produção. Exemplo:
Unidade
Descrição do serviço (1)
(2)
Preço Custo
UN Consumos Custo MO Custo Total
Insumos (3) Unitário Material
(4) (5) (8) (9)
(6) (7)
Custo total
Preço total R$
Ampliando o conhecimento
TCPO
Exemplificando!
Tabela 11: Planilha de Composição Unitária de Alvenaria de blocos cerâmicos ½ vez, 9x19x24 cm
Unidade
Descrição do serviço (1) Alvenaria de blocos cerâmicos ½ vez, 9x19x24 cm (2)
m2
Preço Custo
UN Consumos Custo Custo
Insumos (3) Unitário Material
(4) (5) MO (8) Total (9)
(6) (7)
Custo total
Preço total R$
(3) Insumos – para definição dos insumos a serem utilizados na composição da alvenaria, deve-se
saber qual o método construtivo a ser adotado dentre as opções de produção, como por exemplo:
empreitada;
horária.
Para o exemplo, adotamos a argamassa intermediária com adição de cimento em obra e mão de obra
por hora. Cada insumo deve ter a unidade de medida relacionada no campo (4)
Tabela 11: Planilha de Composição Unitária de Alvenaria de blocos cerâmicos ½ vez, 9x19x24 cm
Unidade
Descrição do serviço (1) Alvenaria de blocos cerâmicos ½ vez, 9x19x24 cm (2)
m2
Preço Custo
UN Consumos Custo Custo
Insumos (3)
(4) (5)
Unitário Material
MO (8) Total (9)
(6) (7)
Bloco cerâmico 9x19x24 cm un
Cimento Portland CPII E 32 kg
Argamassa Intermediária m3
Pedreiro h
Servente h
Custo total
Preço total R$
(5) Consumos – os consumos são definidos pela quantidade que se gasta para a produção de uma
unidade do serviço, ou seja, quanto se gasta de blocos cerâmicos para a produção de 1 m 2 de
alvenaria de ½ vez. Ainda, soma-se as perdas existentes no processo.
Relembrando
Alvenaria de ½ vez
(6) Preço Unitário – valor que será pago pelo material na localidade onde o material será adquirido,
considerando-se valores de frete, impostos e outros.
(7) Custo do Material – para obtenção do custo do material, multiplica-se o consumo pelo preço
unitário.
(8) Custo de Mão de Obra – os consumos são definidos pela quantidade que se gasta para a
produção de uma unidade do serviço, ou seja, quanto se gasta de blocos cerâmicos para a produção
de 1 m2 de alvenaria de ½ vez. Ainda, soma-se as perdas existentes no processo.
(9) Custo Total – os consumos são definidos pela quantidade que se gasta para a produção de uma
unidade do serviço, ou seja, quanto se gasta de blocos cerâmicos para a produção de 1 m 2 de
alvenaria de ½ vez. Ainda, soma-se as perdas existentes no processo.
Curiosidade
Composições de Custos Unitários
Os custos de materiais são definidos pelo valor pago pelo material posto em obra, ou seja,
ao valor pago pelo material deve-se acrescer frete, seguros, ICMS e descarga quando
houver. No momento da elaboração do orçamento deve-se realizar a tomada de preços no
local possível de aquisição para minimizar a possibilidade de erros. Após a tomada, deve-se
arquivar informações constantes em e-mails, faxes ou anotações de local, nome do
vendedor e data de cotação, para futuras atualizações se necessário.
Ampliando o conhecimento
O insumo apresentado a seguir, na Figura 12, apresenta as especificações corretas e completas para
a aquisição.
Especificações
Descrição Básica Detalhadas - Tipo,
Quantidade Modelo, Marca
Unidade do Insumo NBR Aplicável
Relaciona-se este em uma planilha onde serão inseridos os preços de três fornecedores ou
conforme critério definido pela empresa na fase de elaboração do orçamento.
Relembrando
Valores dos insumos
Os custos de mão de obra são definidos pelo salário pago ao profissional acrescido dos
encargos tributários praticados pela empresa. Na composição de custos unitários tal valor
deve ser dividido pela quantidade de horas trabalhadas no mês e, posteriormente
multiplicado pelo tempo gasto para a execução de uma unidade do serviço.
Para a obtenção das Leis Sociais deve-se realizar a composição de custos com encargos
básicos, complementares, incidências e reincidências.
Exemplificando!
A seguir apresenta-se uma planilha de composição de encargos sociais (Tabela31) utilizado pelo
Sinduscon de João Pessoa-PA.
A9 SECONCI
B2 Auxílio-enfermidade 0,79
B3 Licença-paternidade 0,34
Subtotal (A+B+C+D)
127,96 77,25
Taxas complementares
157,76 107,05
C Total dos Encargos Sociais que não recebem as incidências globais de A 32,75 25,46
Como o funcionário trabalha 220 horas mensais, o custo por hora trabalhada no regime
mensalista é de:
𝑹$ 𝟐. 𝟎𝟑𝟔, 𝟑𝟎 ÷ 𝟐𝟐𝟎 = 𝑹$ 𝟗, 𝟐𝟔
Dicas
Composição de Encargos Sociais
Outra forma de estabelecer o cálculo do valor da mão de obra é pelo regime de empreitada.
As empreitadas são serviços contratados por unidade (m 3, m2, kg ou outro) e, pagos ao pessoal,
desconhecendo-se o valor de custo para o empreiteiro que fornece o serviço.
Para ambos obtém-se um valor unitário para a execução do serviço que posteriormente será
acrescido à planilha orçamentária.
Os custos de equipamentos são definidos pelo valor da hora de utilização do mesmo. Deve-
se acrescer a este o valor da depreciação, sendo este último fornecido em planilha
específica calculada pela contabilidade da empresa em relação ao seu patrimônio.
Dicas
Equipamentos
Para o cálculo de serviços que necessitem da utilização de equipamentos,
pode-se inserir o insumo equipamento na composição unitária do mesmo ou
constituir um item “EQUIPAMENTOS” nos primeiros itens da Planilha
Orçamentária e estabelecer valores, calculados a partir da demanda mensal
durante todo período de execução da obra.
Somente após a finalização das composições unitárias é que se pode estabelecer a planilha
orçamentária. A planilha é definida pela descrição do serviço, unidade de produção,
quantidade a ser produzida, custos de materiais, custos de mão de obra e custos de
equipamentos, sendo este último normalmente incluído no item “Serviços Preliminares”
como “Equipamentos e Ferramentas”.
O Custo Direto Total é o somatório do total de todos os serviços e o Preço Total apresenta o
Custo acrescido do BDI.
Existem vários tipos de curva ABC que podem ser extraídas de um orçamento. A curva ABC
mais utilizada é a de insumos, que apresenta a relação de insumos em ordem decrescente
de custos totais.
Ampliando o conhecimento
Curva ABC
Tabela33.
O BDI do termo original em inglês significa Budget Difference Income que foi traduzido para
Benefício ou Bonificação e Despesas Indiretas. Diz respeito à soma das despesas indiretas
de um empreendimento e o benefício ou lucro que pretende-se obter e convertido em um
percentual aplicado sobre os serviços da planilha orçamentária.
O BDI pode ser o mesmo para todos os itens da planilha orçamentária, mas também pode
ser diferenciado de acordo com o tipo do serviço à escolha do profissional que elabora o
orçamento.
Para entendermos como o BDI é calculado, é preciso compreender a diferença entre o custo
do orçamento e a Despesa Indireta:
Custo Direto – são gastos necessários para a execução da obra e compreende materiais,
mão de obra, equipamentos, instalações de apoio no canteiro e pessoal diretamente
relacionado à produção do empreendimento.
Despesa Indireta – são gastos que não estão diretamente ligados à produção da obra mas
que são igualmente necessários, como a administração central, tributos e comercialização.
A seguir apresenta-se a fórmula proposta por Tisaka (2004) e adotada nesse capítulo para o
cálculo do percentual que será aplicado aos Custos Diretos da obra.
(𝟏 + 𝒂). (𝟏 + 𝒓). (𝟏 + 𝒇)
𝑩𝑫𝑰 = {[ ] − 𝟏} × 𝟏𝟎𝟎
𝟏 − (𝒕 + 𝒄 + 𝒍)
Sendo:
Para o cálculo do BDI é preciso ter as informações que fazem parte da composição da
fórmula anterior. Segundo apresentado por Tisaka (2004) tem-se:
Custo direto
BDI
Administração Central:
Despesas Específicas:
Geradas na sede central que são específicas de uma determinada obra:
• Gerente do contrato (parcial ou integral);
• Outras despesas (viagens, refeições etc.);
• Consultorias especializadas.
Taxa de Comercialização:
Compra de editais;
Preparação de propostas;
Viagens, certidões;
Seguros;
ART’s;
Propagandas, anúncios etc.
Empreitada por preço unitário – são calculados os valores unitários de cada serviço e
aplicado o BDI. Os quantitativos são medidos posteriormente e calculado o valor total
de recebimento a cada medição. Utiliza-se esta modalidade quando o projeto não
está bem detalhado.
Para o cálculo do preço de venda a partir de Custos Diretos levantados e BDI estabelecido,
utiliza-se a seguinte expressão:
𝑩𝑫𝑰
𝑷𝑽 = 𝑪𝑫 × [𝟏 + ]
𝟏𝟎𝟎
Sendo:
PV = Preço de Venda;
BDI = Benefício e Despesas Indiretas;
CD = Custo Direto.
Inicialmente é importante entendermos que toda a fase de orçamento será utilizada para
realizar o planejamento e controle da obra.
Relembrando
Elaboração de Orçamento Detalhado
O Planejamento de uma obra deve ser realizado como instrumento para garantia de
cumprimento de prazos, custos e qualidade do projeto. Entretanto, entende-se que o
planejamento deve ser associado ao controle, ou seja, não há motivos para a realização de
um planejamento se o mesmo não for controlado ao longo da execução do projeto.
A NBR ISO 9001 de 2008 apresenta sucintamente a definição para o Ciclo PDCA conforme
apresentado na Figura14.
Curiosidade
Ciclo PDCA
Antigamente pensava-se no preço de venda de um imóvel como sendo o custo total somado
ao lucro que desejado. Assim, a definição do valor de venda pertencia ao empresário que
após conhecer o custo do empreendimento adicionava o lucro pretendido.
𝑷𝒗 = 𝑪 + 𝑳
Entretanto, em uma visão atual, o resultado do projeto está atrelado à eficiência da atuação
da empresa no desenvolvimento do mesmo, ou seja, quanto menor o custo maior é o lucro
obtido (Equação2), pois a definição do preço de venda é atribuição do mercado.
𝑳 = 𝑷𝒗 − 𝑪
Portanto, torna-se necessário realizar um planejamento para todo projeto a ser desenvolvido
e dispensar tempo para o acompanhamento e controle.
Deste modo, torna-se necessário atuar com base nas deficiências apresentadas afim de
possibilitar que a empresa realize o planejamento e controle adequado de suas obras.
Orçamento de
custos diretos e
indiretos
Projetos Memoriais
compatibilizados descritivos
Planejamento
da obra
projeto arquitetônico;
projeto de instalações hidráulicas;
projeto de instalações elétricas e telefônicas;
projeto estrutural;
projeto de fundações;
projeto de prevenção e combate a incêndio e outros.
Importante!
Compatibilização de projetos
Dicas
Como realizar a compatibilização
3.2.3.2 Memoriais
MEMORIAL x PROJETO
O planejamento não tem causa se não houver o controle. Para atestar se realmente o
planejamento está sendo eficiente é preciso estabelecer indicadores que permitam tal
monitoramento.
Determinação da duração
Duração das atividades
Identificação da precedência
entre as atividades
Precedência
Estabelecimento do
diagrama de redes e,
Rede/Caminho Identificação do caminho
Crítico mais longo da rede ou
Caminho Crítico
Elaboração do Cronograma
Cronogramas Físico-Financeiro, Curva S,
Cronograma de Desembolso
3.2.5.1 Atividades
1 SERVIÇOS PRELIMINARES
2 INFRAESTRUTURA
3 SUPERESTRUTURA
4 PAREDES E PAINÉIS
5 ESQUADRIAS
5.1 Esquadrias de madeira
5.2 Esquadrias metálicas
6 VIDROS
7 COBERTURA E PROTEÇÕES
8 FORRO
9 REVESTIMENTOS
9.1 Revestimentos internos
9.2 Revestimentos externos
10 PAVIMENTAÇÃO
11 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
13 PINTURA
14 SERVIÇOS COMPLEMENTARES
3.2.5.2 Duração
Duração
Item Atividade Predecessoras
(meses)
1 SERVIÇOS PRELIMINARES 1
2 INFRAESTRUTURA 1
3 SUPERESTRUTURA 2
4 PAREDES E PAINÉIS 2
5 ESQUADRIAS
5.1 Esquadrias de madeira 0,5
5.2 Esquadrias metálicas 0,5
6 VIDROS 0,25
7 COBERTURA E PROTEÇÕES 0,5
8 FORRO 0,5
9 REVESTIMENTOS
9.1 Revestimentos internos 2
9.2 Revestimentos externos 2
10 PAVIMENTAÇÃO 2
11 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 3
12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 3
13 PINTURA 1
14 SERVIÇOS COMPLEMENTARES 0,25
3.2.5.3 Precedência
A precedência nem sempre está associada diretamente à sequência das atividades, ou seja,
pode ser que uma atividade tenha relação com mais de uma que acontece anteriormente,
ou ainda, pode ser que uma atividade inicie antes que outra termine. Existem quatro tipos de
dependências, nas quais pode ser acrescido ou descontado tempo, conforme apresentamos
nas figuras a seguir:
4 dias
B B
I I
II (início-início) (Figura 18) – a atividade seguinte inicia-se apenas quanto a anterior tiver
iniciado;
I I
A A
4 dias
B B
I I
I I
A A
4 dias
B B
T T
B B
T T
Importante!
Término-Início
Exemplo:
Código | Atividade | Predecessoras
1 | Infraestrutura |-
2 | Superestrutura | 1TI ou 1
Curiosidade
Start-Start (SS) | Finish-Finish (FF)
Finish-Start (FS) | Start-Finish (SF)
Devido à utilização de softwares estrangeiros, utiliza-se também para
Término a letra “F” de finish e para Início a letra “S” de start.
A
Tabela apresenta as predecessoras em relação às atividades da planilha e suas
respectivas formas de dependência.
Duração
Item Atividade Predecessoras
(meses)
1 SERVIÇOS PRELIMINARES 1 -
2 INFRAESTRUTURA 1 1
3 SUPERESTRUTURA 2 2
4 PAREDES E PAINÉIS 2 3
5 ESQUADRIAS
5.1 Esquadrias de madeira 0,5 4
5.2 Esquadrias metálicas 0,5 4
6 VIDROS 0,25 5.2
7 COBERTURA E PROTEÇÕES 0,5 4
8 FORRO 0,5 3;7
9 REVESTIMENTOS
9.1 Revestimentos internos 2 5.1;5.2
9.2 Revestimentos externos 2 9.1 II
10 PAVIMENTAÇÃO 2 9.1
11 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 3 4 II+0,5
12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 3 4 II+0,5
13 PINTURA 1 9.1;9.2+0,5
14 SERVIÇOS COMPLEMENTARES 0,25 13
O diagrama de rede pode ser construído utilizando-se o método das flechas ou o método
dos blocos, sendo que para ambos o resultado produzido é o mesmo. Nesse capítulo será
adotado o método dos blocos que será detalhado na sequência.
Importante!
No método dos blocos utilizam-se os nós para representação das atividades, conforme
apresentado no diagrama da Figura. O diagrama foi elaborado a partir da planilha da
Tabela 36, e contêm os números das atividades inseridos em blocos, as setas
representando a sequência das mesmas considerando-se suas predecessoras e acima a
duração da atividade e a duração total até o momento (Erro! Fonte de referência não
encontrada.).
(0,5) 7
8
(0,5) 6,5 (2) 8,5
Identificação
(1,5) 2 da atividade
C
Figura 22: Representação dos nós no diagrama de rede.
O caminho crítico é o caminho mais longo até o término da obra. As atividades que constam
no caminho crítico não possuem folgas, ou seja, qualquer atraso implicará em atraso no
prazo final de entrega do empreendimento. A Figura 23 apresenta o diagrama de rede pelo
método dos blocos com o caminho crítico destacado.
(0,5) 7
8
(0,5) 6,5 (2) 8,5
Importante!
Folgas
3.2.5.6 Cronogramas
Cronograma de Gantt
O método gráfico de Gantt é a representação das atividades com suas durações em forma
de barras ao longo do tempo a intervalos pré-estabelecidos. Entretanto, para que este
formato se tornasse ainda mais utilizado e eficiente no controle das obras, passou-se a
utilizar a ferramenta incluindo-se as dependências entre as atividades e o caminho mais
longo a ser seguido para a finalização da obra. Tais informações advêm do diagrama de
rede e método do caminho crítico estudados anteriormente.
Curiosidade
Gantt
O cronograma de barras é também chamado de cronograma ou gráfico de
Gantt. Tal atribuição deve-se ao engenheiro Henry Gantt que introduziu a
ferramenta de planejamento e controle no acompanhamento de fluxos de
produção no início do século XX.
Para um cronograma de Gantt com execução entre 02/09/11 e 02/12/12, após a definição
das atividades (tarefas) e da duração de cada uma delas, apresenta-se um exemplo na
Figura , desenvolvido no MS-Project, um software de gestão de projectos (ou gerência de
projetos) produzido pela Microsoft.
Cronograma de físico-financeiro
Importante!
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
FÍSICO – estabelecido a partir do diagrama de redes
FINANCEIRO – estabelecido a partir do orçamento
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
CLIENTE: SEM NOME Base: junho/04
OBRA: SEM NOME Data: 24/06/2004
LOCAL: Sem endereço
100,00%
P
1 PROJETOS COMPLEMENTARES 6.000,00 6.000,00
R
50,00% 40,00% 10,00%
P
2 SERVICOS PRELIMINARES 11.666,00 5.833,00 4.666,40 1.166,60
R
30,00% 25,00% 25,00% 20,00%
P
3 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS 1.500,00 450,00 375,00 375,00 300,00
R
25,00% 25,00% 25,00% 25,00%
P
4 EQUIPE PERMANENTE 6.160,00 1.540,00 1.540,00 1.540,00 1.540,00
R
50,00% 50,00%
P
5 ALVENARIAS 5.884,20 2.942,10 2.942,10
R
100,00%
P
6 COBERTURA 5.833,50 5.833,50
R
25,00% 50,00% 25,00%
P
7 ESTRUTURA METÁLICA 127.500,00 31.875,00 63.750,00 31.875,00
R
100,00%
P
8 FORRO 8.170,00 8.170,00
R
10,00% 34,00% 35,00% 21,00%
P
9 PISOS 191.882,00 19.188,20 65.239,88 67.158,70 40.295,22
R
10,00% 60,00% 30,00%
P
10 PINTURA 33.802,45 3.380,25 20.281,47 10.140,74
R
60,00% 40,00%
INSTALACOES HIDROSANITARIAS E P
11 35.000,00 21.000,00 14.000,00
COMBATE A INCÊNDIO
R
10,00% 60,00% 30,00%
INSTALACOES ELÉTRICAS, P
12 40.000,00 4.000,00 24.000,00 12.000,00
TELEFÔNICAS
R
60,00% 40,00%
P
13 OUTROS 103.500,00 62.100,00 41.400,00
R
20,00% 15,00% 30,00% 35,00%
P
14 LIMPEZA 18.319,10 3.663,82 2.747,87 5.495,73 6.411,69
R
Cronograma de desembolso
Importante!
Cronograma de desembolso
Curva “S”
A curva “S” possui esse nome, pois tem o formato da letra “S” (Figura ). A curva comumente
é elaborada para os custos de um projeto onde se obtém os momentos em que as
alterações poderão ocorrer sem que haja prejuízos no projeto.
O primeiro período é o mais propício para a realização de alterações no projeto, pois ainda
não existiram muitos gastos com o mesmo. O segundo período, considerado de
CRESCIMENTO RÁPIDO, inspira cuidados, pois a alteração poderá implicar em gastos
elevados com o projeto. No terceiro período, não devem ser admitidas alterações pois
necessariamente os dados financeiros para o projeto serão majorados.
Curiosidade
Curva de Gauss ou gaussiana ou curva sino
A Curva de Gauss acumulada é uma Curva “S”.
A seguir apresenta-se a curva “S” a partir do Cronograma anteriormente apresentado
(Figura 27).
700.000,00
600.000,00
500.000,00
400.000,00
300.000,00
200.000,00
100.000,00
0,00
JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO
Figura 27: Curva “S” obtida a partir do Cronograma Físico-Financeiro (Figura 106).
50
45
45
40
35
30
30
PEDREIROS
25
20
20
15
10
10
5
0
JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO
Significa que no mês de julho são necessários 20 pedreiros para a execução dos serviços
apresentados no cronograma e assim sucessivamente. Ainda, a partir dos histograma é
possível identificar programação e custos mensais de contratações e demissões (mão de
obra), programação de aquisições (materiais e equipamentos) e programação de locações
(equipamentos).
Finalmente, como já dissemos anteriormente, não existe planejamento sem controle, assim
a partir do momento que o Orçamento e Planejamento de um empreendimento são
aprovados, os mesmos deverão ser disponibilizados para os envolvidos no processo, para
acompanhamento das metas estabelecidas. Afim de que esse processo ocorra de forma
satisfatória, uma linha de base ou baseline é estabelecida, “congelando” o que foi planejado
inicialmente e a equipe passa a acompanhar o planejamento.
O presente capítulo trata da elaboração de orçamento para obras de construção civil a partir
da utilização de planilhas de apoio à quantificação de projetos, elaboração de composições
unitárias, planilha orçamentária e obtenção de curva ABC.
Atividades
Atividade 1
Para o Planejamento e Controle de Obras, utiliza-se uma técnica que visa o controle do
processo, podendo ser usado de forma contínua para o gerenciamento das atividades de
uma organização. Esta técnica é composta de um conjunto de ações ordenadas e
interligadas entre si, dispostas graficamente em um círculo onde cada quadrante
corresponde a uma fase do processo.
Descreva esta técnica em forma de gráfico, explicando cada fase do processo de controle.
Atividade 2
(b) O volume de argamassa necessário para o assentamento dos blocos para uma perda
de 6%.
Atividade 3
(b) Calcule e escreva quantos blocos cerâmicos de 9x19x24 cm são necessários para a
execução de 200 m2 de alvenaria de uma vez (20cm) com juntas horizontais e verticais
de 1 cm considerando-se perda de 12%.
Atividade 4
A partir da curva “S” apresentada e considerando-se o período de crescimento rápido na
construção de um empreendimento, explique:
Escreva qual é o melhor momento para realizar uma alteração no projeto de forma que
minimize ao máximo a possibilidade de custos extras para o projeto.
Atividade 5
A Curva ABC é um recurso para identificar os itens mais importantes dentro de uma
quantidade geralmente grande de itens de um orçamento, sejam eles insumos ou serviços.
Com a Curva ABC, você vai trabalhar com “foco” nos itens mais relevantes de seu
orçamento com o objetivo de obter os melhores resultados.
Referências
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR ISO 9001: Sistemas de gestão da
qualidade - Requisitos. Rio de Janeiro, 2008.
_____. NBR 9685: Emulsão asfáltica para impermeabilização. Rio de Janeiro, 2005
_____. NBR 12721: Avaliação de custos unitários de construção para incorporação imobiliária e
outras disposições para condomínios edilícios – Procedimento. Rio de Janeiro, 2006.
GUIA DA construção: Custos, suprimentos e soluções técnicas. São Paulo, edição 125, dez. 2011.
MATTOS, A. D. Planejamento e controle de obras. São Paulo: PINI, 2010.
TCPO. Tabelas de composição de preços para orçamentos. 13. ed. São Paulo: PINI, 2008.
TISAKA, M. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: PINI, 2006.