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Demonstrações Financeiras da

Controladora e Consolidadas
Multiplan Empreendimentos
Imobiliários S.A.
31 de dezembro de 2010 e 2009
com Parecer dos Auditores Independentes
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Demonstrações financeiras da controladora e consolidados


31 de dezembro de 2010 e 2009

Índice

Parecer dos auditores independentes .................................................................................1

Demonstrações financeiras auditadas da controladora e consolidados

Balanços patrimoniais da controladora e consolidados .......................................................4


Demonstrações dos resultados da controladora e consolidados .........................................8
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido da controladora e consolidados ......10
Demonstrações dos fluxos de caixa da controladora e consolidados................................ 12
Demonstrações do valor adicionado da controladora e consolidados ............................... 14
Notas explicativas às demonstrações financeiras .............................................................16
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações
financeiras

Aos
Acionistas, Conselheiros e Diretores da
Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A.
Rio de Janeiro - RJ

Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Multiplan


Empreendimentos Imobiliários S.A. (“Companhia”), identificadas como controladora e
consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de
dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do
patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como
o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras

A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação


das demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo
com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) aplicáveis a entidades de
incorporação imobiliária no Brasil e aprovadas pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Federal
de Contabilidade (CFC), assim como pelos controles internos que a Administração
determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações
financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações


financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras
e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas
pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter
segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção
relevante.

1
Responsabilidade dos auditores independentes--Continuação

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de


evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações
financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor,
incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras,
independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor
considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação
das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de
auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma
opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui,
também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade
das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da
apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para


fundamentar nossa opinião.

Opinião sobre as demonstrações financeiras preparadas de acordo


com as práticas contábeis adotadas no Brasil

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras, individuais (controladora) e


consolidadas, acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, a posição patrimonial e financeira da Multiplan Empreendimentos Imobiliários
S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de
caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas
no Brasil.

Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas preparadas


de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS),
aplicáveis a entidades de incorporação imobiliária no Brasil e
aprovadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC)

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas


apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira consolidada da Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A. em 31 de
dezembro de 2010, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de
caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS) aplicáveis a entidades de incorporação
imobiliária no Brasil e aprovadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

2
Ênfase
Conforme descrito na Nota 2, as demonstrações financeiras individuais (controladora) e
consolidadas foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
As demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as IFRS
aplicáveis a entidades de incorporação imobiliária consideram adicionalmente a
Orientação OCPC 04 editada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata do
reconhecimento da receita desse setor, conforme descrito em maiores detalhes na Nota
2.4.

Determinados assuntos relacionados ao significado e aplicação do conceito de


transferência contínua de riscos, benefícios e de controle na venda de unidades
imobiliárias serão analisados pelo International Financial Reporting Interpretation
Committee (IFRIC). Os resultados dessa análise podem fazer com que as incorporadoras
imobiliárias tenham que revisar suas práticas contábeis relacionadas ao reconhecimento
de receitas.

Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado

Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado


(DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação é
requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, mas não é
requerida pelas IFRS. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos
procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão
adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às
demonstrações financeiras preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil tomadas em conjunto.

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2011

ERNST & YOUNG TERCO


Auditores Independentes S.S.
CRC - 2SP 015.199/O-6 - F - RJ

Mauro Moreira Roberto Martorelli


Contador CRC - 1RJ 072.056/O-2 Contador CRC - 1RJ 106.103/O-0

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MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Balanços patrimoniais
31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais)

Controladora
1º de janeiro de
2009 2009
2010 Reapresentado Reapresentado
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 4) 764.694 801.894 146.614
Contas a receber (Nota 5) 167.210 99.591 82.122
Empréstimos e adiantamentos diversos (Nota 6) 14.808 24.498 9.404
Impostos e contribuições sociais a compensar (Nota 7) 19.156 35.992 16.846
Outros 14.100 3.467 -
Total do ativo circulante 979.968 965.442 254.986

Não circulante
Realizável a longo prazo
Contas a receber (Nota 5) 32.676 11.701 11.388
Terrenos e imóveis a comercializar (Nota 8) 33.183 141.268 129.457
Empréstimos e adiantamentos diversos (Nota 6) 76.898 85.387 34.011
Créditos a receber de empresas relacionadas (Nota 20) 149 361 2.039
Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 9) 7.545 112.143 185.176
Depósitos judiciais (Nota 19) 22.291 20.588 18.187
172.742 371.448 380.258

Investimentos (Nota 10) 91.164 71.654 140.753


Ágio (Nota 11) 49.400 50.503 51.592
Propriedades para investimento (Nota 11) 2.191.003 1.719.316 1.341.977
Imobilizado (Nota 12) 11.864 8.589 7.549
Intangível (Nota 13) 319.505 308.363 308.749
Total do ativo não circulante 2.835.678 2.529.873 2.230.878

Total do ativo 3.815.646 3.495.315 2.485.864

4
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Balanços patrimoniais--Continuação
31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais)

Consolidado
1º de janeiro de
2009 2009
2010 Reapresentado Reapresentado
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 4) 794.839 827.967 167.585
Contas a receber (Nota 5) 180.122 115.117 99.529
Empréstimos e adiantamentos diversos (Nota 6) 17.177 30.985 18.496
Impostos e contribuições sociais a compensar (Nota 7) 21.892 38.744 20.198
Outros 14.153 3.483 -
Total do ativo circulante 1.028.183 1.016.296 305.808

Não circulante
Realizável a longo prazo
Contas a receber (Nota 5) 36.154 18.028 17.762
Terrenos e imóveis a comercializar (Nota 8) 33.183 141.268 129.457
Empréstimos e adiantamentos diversos (Nota 6) 8.658 9.908 10.328
Créditos a receber de empresas relacionadas (Nota 20) 75 74 1.687
Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 9) 8.737 113.891 187.105
Depósitos judiciais (Nota 19) 23.200 21.539 20.482
Outros 11 18 -
110.018 304.726 366.821

Investimentos (Nota 10) 12.018 15.382 22.847


Propriedades para investimento (Nota 11) 2.496.675 2.006.505 1.558.283
Imobilizado (Nota 12) 18.504 15.582 14.921
Intangível (Nota 13) 320.588 309.475 309.890
Total do ativo não circulante 2.957.803 2.651.670 2.272.762

Total do ativo 3.985.986 3.667.966 2.578.570

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Balanços patrimoniais--Continuação
31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais)

Controladora
1º de janeiro de
2009 2009
2010 Reapresentado Reapresentado
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Empréstimos e financiamentos (Nota 14) 61.798 41.660 106.006
Contas a pagar 70.158 52.823 45.705
Obrigações por aquisição de bens (Nota 16) 41.989 62.122 45.222
Impostos e contribuições a recolher 18.918 19.230 18.758
Dividendos propostos (Nota 22) 51.469 40.521 10.042
Receitas diferidas (Nota 21) 31.828 43.796 20.604
Valores a pagar a partes relacionadas (Nota 20) - 16 188
Adiantamento de clientes 10.879 9.559 8.600
Debêntures (Nota 15) 100.709 386 -
Outros 1.901 1.402 1.350
Total do passivo circulante 389.649 271.515 256.475

Não circulante
Empréstimos e financiamentos (Nota 14) 246.378 130.035 128.912
Debêntures (Nota 15) - 100.000 -
Obrigações por aquisição de bens (Nota 16) 98.961 127.481 90.049
Provisão para contingências (Nota 18) 20.852 20.072 19.663
Receitas diferidas (Nota 21) 113.918 38.935 67.309
Total do passivo não circulante 480.109 416.523 305.933

Patrimônio líquido (Nota 22)


Capital social 1.761.662 1.745.097 952.747
Gastos com emissão de ações (21.016) (20.837) -
Ações em tesouraria (34.769) (4.624) (1.928)
Reservas de capital 969.186 961.691 958.276
Reservas de lucros 270.825 125.950 4.319
Proposta de distribuição de dividendos adicionais - - 10.042
Total do patrimônio líquido 2.945.888 2.807.277 1.923.456

Total do passivo e do patrimônio líquido 3.815.646 3.495.315 2.485.864

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MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Balanços patrimoniais--Continuação
31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais)

Consolidado
1º de janeiro de
2009 2009
2010 Reapresentado Reapresentado
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Empréstimos e financiamentos (Nota 14) 61.798 41.660 107.360
Contas a pagar 79.384 66.762 55.052
Obrigações por aquisição de bens (Nota 16) 41.989 62.122 45.222
Impostos e contribuições a recolher 25.900 24.904 25.326
Dividendos propostos (Nota 22) 51.469 40.521 10.042
Receitas diferidas (Nota 21) 42.163 54.279 21.264
Valores a pagar a partes relacionadas (Nota 20) 94.274 92.214 23.780
Parcelamento de impostos (Nota 17) 290 279 267
Adiantamento de clientes 10.879 9.559 8.600
Debêntures (Nota 15) 100.709 386 -
Outros 1.987 1.464 1.510
Total do passivo circulante 510.842 394.150 298.423

Não circulante
Empréstimos e financiamentos (Nota 14) 246.378 130.035 128.912
Debêntures (Nota 15) - 100.000 -
Obrigações por aquisição de bens (Nota 16) 98.961 127.481 90.049
Parcelamento de impostos (Nota 17) 1.122 1.359 1.574
Provisão para contingências (Nota 18) 21.662 21.435 22.023
Receitas diferidas (Nota 21) 141.570 77.698 105.034
Total do passivo não circulante 509.693 458.008 347.592

Patrimônio líquido (Nota 22)


Capital social 1.761.662 1.745.097 952.747
Gastos com emissão de ações (21.016) (20.837) -
Ações em tesouraria (34.769) (4.624) (1.928)
Reservas de capital 969.186 961.691 958.276
Reservas de lucros 268.060 122.408 465
Proposta de distribuição de dividendos adicionais - - 10.042
2.943.123 2.803.735 1.919.602
Participação de não controladores 22.328 12.073 12.953
Total do patrimônio líquido 2.965.451 2.815.808 1.932.555

Total do passivo e do patrimônio líquido 3.985.986 3.667.966 2.578.570

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

7
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Demonstração dos resultados


Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto o lucro básico e diluído por ação, em reais)

Controladora
2009
2010 Reapresentado
Receita operacional bruta das vendas e serviços prestados
Locação de lojas 397.890 347.588
Estacionamento 34.072 27.517
Serviços 72.569 72.481
Cessão de direitos 23.354 25.297
Venda de imóveis 61.428 11.869
Outras 2.248 474
591.561 485.226
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços prestados (49.043) (44.246)

Receita operacional líquida 542.518 440.980

Receitas (despesas) operacionais


Despesas administrativas - Sede (80.147) (74.890)
Despesas administrativas - Shoppings (41.608) (46.563)
Despesas com projetos para locação (38.992) (10.810)
Despesas com projetos para venda (4.362) (1.085)
Honorários da administração (Nota 27) (12.515) (10.129)
Despesas de remuneração baseada em opções de ações (Nota 22) (5.675) (3.415)
Custo dos imóveis vendidos (32.295) (8.539)
Resultado de equivalência patrimonial (Nota 10) 10.127 (9.161)
Resultado financeiro líquido (Nota 23) 41.193 (8.573)
Depreciações e amortizações (38.717) (32.678)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (Nota 7) (10.004) 20.577
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 329.523 255.714

Imposto de renda e contribuição social correntes (Nota 9) (8.212) (20.269)


Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 9) (104.599) (73.293)

Lucro líquido do exercício 216.712 162.152

Lucro básico por ações 1,2192 0,9978


Lucro diluído por ações 1,2190 0,9978

Quantidade de ações em circulação no final do exercício 177.752.640 162.505.791

8
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Demonstração dos resultados--Continuação


Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto o lucro básico e diluído por ação, em reais)

Consolidado
2009
2010 Reapresentado
Receita operacional bruta das vendas e serviços prestados
Locação de lojas 421.218 366.180
Estacionamento 69.504 54.959
Serviços 72.926 73.372
Cessão de direitos 35.241 26.990
Venda de imóveis 61.428 11.869
Outras 2.307 998
662.624 534.368
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços prestados (58.249) (51.634)

Receita operacional líquida 604.375 482.734

Receitas (despesas) operacionais


Despesas administrativas - Sede (80.583) (78.053)
Despesas administrativas - Shoppings (65.883) (61.778)
Despesas com projetos para locação (39.074) (18.187)
Despesas com projetos para venda (4.362) (1.085)
Honorários da administração (Nota 27) (12.515) (10.129)
Despesas de remuneração baseada em opções de ações (Nota 22) (5.675) (3.415)
Custo dos imóveis vendidos (32.295) (8.539)
Resultado de equivalência patrimonial (Nota 10) (3.511) (20.031)
Resultado financeiro líquido (Nota 23) 43.543 (5.114)
Depreciações e amortizações (44.613) (35.753)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (Nota 7) (10.282) 22.438
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 349.125 263.088

Imposto de renda e contribuição social correntes (Nota 9) (14.972) (26.284)


Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 9) (105.155) (73.476)

Lucro antes das participações de não controladores 228.998 163.328

Participação de não controladores (10.615) 11

Lucro líquido do exercício 218.383 163.339

Lucro básico por ações 1,2286 1,0051


Lucro diluído por ações 1,2284 1,0051

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

9
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido


Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais)

Controladora
Reserva de capital Reserva de lucro
Reserva especial Reserva de Proposta de
Gastos com Opções de de ágio na distribuição de
Capital emissão de Ações em ações ágio na emissão de Reserva para Lucros dividendos
social ações tesouraria outorgadas incorporação ações Reserva legal expansão acumulados adicionais Total

Saldos em 1º de janeiro de 2009, antes dos


ajustes 952.747 - (1.928) 25.851 186.548 745.877 2.114 20.084 - - 1.931.293

Ajustes de adoção inicial - mudança de prática


contábil - - - - - - - (17.879) - 10.042 (7.837)

Saldos em 1º de janeiro de 2009


(reapresentação) 952.747 - (1.928) 25.851 186.548 745.877 2.114 2.205 - 10.042 1.923.456

Aumento de capital social (Nota 21.a) 792.350 - - - - - - - - - 792.350


Gastos com emissão de ações (Nota 21.a) - (20.837) - - - - - - - - (20.837)
Dividendos complementares - - - - - - - - - (10.042) (10.042)
Recompra de ações para manutenção em
tesouraria (Nota 21.e) - - (2.696) - - - - - - - (2.696)
Opções de ações outorgadas - - - 3.415 - - - - - - 3.415
Lucro líquido do exercício - - - - - - - - 162.152 - 162.152
Destinação do lucro líquido do exercício
Constituição da reserva legal - - - - - - 8.531 - (8.531) - -
Constituição de reserva para extensão - - - - - - - 113.100 (113.100) - -
Dividendos propostos - - - - - - - - (40.521) - (40.521)

Saldos em 31 de dezembro de 2009


(reapresentação) 1.745.097 (20.837) (4.624) 29.266 186.548 745.877 10.645 115.305 - - 2.807.277

Aumento de capital social (Nota 21.a) 16.565 - - - - - - - 16.565


Gastos com emissão de ações (Nota 21.a) - (179) - - - - - - - - (179)
Recompra de ações para manutenção em
tesouraria (Nota 21.e) - - (34.395) - - - - - - - (34.395)
Exercício de opção de ações - - 4.250 - - - - - - - 4.250
Opções de ações outorgadas - - - 5.675 - 1.820 - - - - 7.495
Pagamento de dividendo adicional (20.368) (20.368)
Lucro líquido do exercício - - - - - - - - 216.712 - 216.712
Destinação do lucro líquido do exercício
Constituição da reserva legal - - - - - - 10.836 - (10.836) - -
Constituição de reserva para extensão - - - - - - - 134.039 (134.039) - -
Dividendos propostos - - - - - - - - (51.469) - (51.469)

Saldos em 31 de dezembro de 2010 1.761.662 (21.016) (34.769) 34.941 186.548 747.697 21.481 249.344 - - 2.945.888

10
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido--Continuação
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais)
Consolidado
Reserva de capital Reserva de lucro
Proposta de
Reserva Reserva de Passivo a distribuição
Gastos com Opções de especial de ágio na descoberto de Participação
Capital emissão de Ações em ações ágio na emissão de Reserva para da Lucros dividendos de não
social ações tesouraria outorgadas incorporação ações Reserva legal expansão controladora acumulados adicionais Total controladores Total

Saldos em 1º de janeiro de 2009, antes


dos ajustes 952.747 - (1.928) 25.851 186.548 745.877 2.114 20.084 (114) - - 1.931.179 - 1.931.179

Ajustes de adoção inicial - mudança de


prática contábil - - - - - - - (21.619) - - 10.042 (11.577) 12.953 1.376

Saldos em 1º de janeiro de 2009


(reapresentação) 952.747 - (1.928) 25.851 186.548 745.877 2.114 (1.535) (114) - 10.042 1.919.602 12.953 1.932.555

Ajustes de adoção inicial - mudança de


prática contábil - - - - - - - - - 349 - 349 (880) (531)
Aumento de capital social (Nota 21.a) 792.350 - - - - - - - - - - 792.350 - 792.350
Gastos com emissão de ações (Nota
21.a) - (20.837) - - - - - - - - - (20.837) - (20.837)
Dividendos complementares - - - - - - - - - - (10.042) (10.042) - (10.042)
Recompra de ações para manutenção
em tesouraria (Nota 21.e) - - (2.696) - - - - - - - - (2.696) - (2.696)
Opções de ações outorgadas - - - 3.415 - - - - - - - 3.415 - 3.415
Passivo a descoberto de controlada - - - - - - - - (37) - - (37) - (37)
Lucro líquido do exercício - - - - - - - - - 162.152 - 162.152 - 162.152
Destinação do lucro líquido do exercício
Constituição da reserva legal - - - - - - 8.531 - - (8.531) - - - -
Constituição de reserva para
expansão - - - - - - - 113.449 - (113.449) - - - -
Dividendos propostos - - - - - - - - - (40.521) - (40.521) - (40.521)

Saldos em 31 de dezembro de 2009


(reapresentação) 1.745.097 (20.837) (4.624) 29.266 186.548 745.877 10.645 111.914 (151) - - 2.803.735 12.073 2.815.808

Ajustes de adoção inicial - mudança de


prática contábil - - - - - - - - - 626 - 626 10.255 10.881
Aumento de capital social (Nota 21.a) 16.565 - - - - - - - - - - 16.565 - 16.565
Gastos com emissão de ações (Nota
21.a) - (179) - - - - - - - - - (179) - (179)
Recompra de ações para manutenção
em tesouraria (Nota 21.e) - - (34.395) - - - - - - - - (34.395) - (34.395)
Exercício de opção de ações - - 4.250 - - - - - - - - 4.250 - 4.250
Opções de ações outorgadas - - - 5.675 - 1.820 - - - - - 7.495 - 7.495
Passivo a descoberto de controlada - - - - - - - - 151 - - 151 - 151
Pagamento de dividendo adicional - - - - - - - - - (20.368) - (20.368) - (20.368)
Lucro líquido do exercício - - - - - - - - - 216.712 - 216.712 - 216.712
Destinação do lucro líquido do exercício
Constituição da reserva legal - - - - - - 10.836 - - (10.836) - - - -
Constituição de reserva para
extensão - - - - - - - 134.665 - (134.665) - - - -
Dividendos propostos - - - - - - - - - (51.469) - (51.469) - (51.469)

Saldos em 31 de dezembro de 2010 1.761.662 (21.016) (34.769) 34.941 186.548 747.697 21.481 246.579 - - - 2.943.123 22.328 2.965.451

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

11
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Demonstrações dos fluxos de caixa


Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais)

Controladora
2009
2010 Reapresentado
Fluxo de caixa operacional
Lucro antes dos impostos 329.523 255.714
Ajustes
Depreciações e amortizações 38.717 32.678
Equivalência patrimonial (10.127) 9.161
Remuneração baseada em opções de ações 5.675 3.415
Apropriação da receita diferida (23.354) (25.297)
Atualização de debêntures 11.175 5.389
Atualização de empréstimos e financiamentos 20.808 7.025
Atualizações de obrigações por aquisição de bens 10.686 3.733
Atualizações de empréstimos e adiantamentos diversos (2.318) (312)
Lucro líquido ajustado 380.785 291.506
Variação dos ativos e passivos operacionais
Estoques 108.085 (11.811)
Contas a receber (88.594) (15.745)
Impostos a recuperar 16.836 (25.390)
Depósito judiciais (1.703) (2.401)
Outros ativos (10.633) (2.565)
Contas a pagar 17.335 7.079
Amortizações de obrigações por aquisição de bens (59.339) 50.599
Impostos e contribuições a recolher (8.524) (3.049)
Provisão para contingências 780 (477)
Receitas diferidas 86.369 18.689
Adiantamento de clientes 1.320 959
Outras obrigações 498 32
Fluxo de caixa gerado pelas operações 443.215 307.426
Fluxo de caixa de investimentos
Redução (Aumento) nos empréstimos e adiantamentos diversos 20.141 (66.049)
Redução (aumento) de créditos a receber com partes relacionadas 212 1.678
Recebimento dos juros sobre os empréstimos e adiantamentos concedidos 356 20
Saldos incorporados de controladas líquido de caixa e equivalente de caixa - (61.302)
Redução (aumento) em investimentos (9.383) 60.298
Adições em Imobilizado (4.289) (1.570)
Adições em Propriedade para investimento (499.131) (346.969)
Adições em intangível (13.186) (736)
Fluxo de caixa usado nas atividades de investimento (505.280) (414.630)
Fluxo de caixa de financiamentos
Captação de empréstimos e financiamentos 177.618 7.156
Pagamento de empréstimos e financiamentos (42.602) (71.528)
Pagamento de juros dos empréstimos e financiamentos obtidos (26.455) (5.876)
Aumento (redução) do valor a pagar a partes relacionadas (16) (172)
Recompra de ações p/ manutenção em tesouraria (34.395) (2.696)
Ações em tesouraria utilizadas no exercício de opção de ações 4.250 -
Pagamento de encargos sobre Debêntures (10.852) (5.003)
Aumento de capital social 16.565 792.350
Gastos com emissão de ações (179) (31.663)
Aumento de reserva de capital 1.820 -
Emissão de debêntures - 100.000
Dividendos pagos (60.889) (20.084)
Fluxo de caixa gerado pelas atividades de financiamento 24.865 762.484
Fluxo de caixa (37.200) 655.280
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 801.894 146.614
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 764.694 801.894
Variação no caixa (37.200) 655.280

12
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Demonstrações dos fluxos de caixa--Continuação


Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais)

Consolidado
2009
2010 Reapresentado
Fluxo de caixa operacional
Lucro antes dos impostos 349.125 263.088
Ajustes
Depreciações e amortizações 44.613 35.753
Equivalência patrimonial (3.511) 20.031
Remuneração baseada em opções de ações 5.675 3.415
Participação de não controladores - (11)
Apropriação da receita diferida (35.241) (26.990)
Atualização de debêntures 11.175 386
Atualização de empréstimos e financiamentos 20.808 7.025
Atualizações de obrigações por aquisição de bens 10.686 3.733
Atualizações de empréstimos e adiantamentos diversos (2.318) (312)
Resultado positivo de controladas não reconhecido anteriormente, e patrimônio líquido negativo de
controladas (985) (873)
Lucro líquido ajustado 400.027 305.245
Variação dos ativos e passivos operacionais
Estoques 108.085 (11.811)
Contas a receber (83.131) (15.854)
Impostos a recuperar 16.852 (18.546)
Depósitos judiciais (1.661) (1.057)
Outros ativos (10.664) (3.504)
Contas a pagar 12.622 11.710
Amortizações de obrigações por aquisição de bens (59.339) 50.599
Impostos e contribuições a recolher (13.976) (16.130)
Parcelamento de impostos (226) (203)
Provisão para contingências 227 (588)
Receitas diferidas 86.997 32.669
Adiantamento de clientes 1.320 959
Outras obrigações 614 (46)
Fluxo de caixa gerado pelas operações 457.747 333.443
Fluxo de caixa de investimentos
Redução (Aumento) nos empréstimos e adiantamentos diversos 17.020 (11.777)
(Aumento) redução de créditos a receber com partes relacionadas (1) 1.613
Recebimento dos juros sobre os empréstimos e adiantamentos concedidos 356 20
(Aumento) redução em investimentos 6.875 (12.566)
Adições em Imobilizado (4.286) (1.670)
Adições em Propriedade para investimento (524.234) (481.664)
Adições em intangível (13.186) (887)
Fluxo de caixa usado nas atividades de investimento (517.456) (506.931)
Fluxo de caixa de financiamentos
Captação de empréstimos e financiamentos 177.618 7.156
Pagamento empréstimos e financiamentos (42.602) (72.882)
Pagamento de juros dos empréstimos e financiamentos obtidos (26.455) (5.876)
Aumento (redução) do valor a pagar a partes relacionadas 2.060 68.434
Recompra de ações p/ manutenção em tesouraria (34.395) (2.696)
Exercício de opção de ações 4.250 -
Pagamento de encargos sobre Debêntures (10.852) -
Aumento de capital social 16.565 792.350
Gastos com emissão de ações (179) (31.663)
Aumento da reserva de capital 1.820 -
Dividendos pagos (60.889) (20.084)
Emissão de debêntures - 100.000
Participação de não controladores (360) (869)
Fluxo de caixa gerado pelas atividades de financiamento 26.581 833.870
Fluxo de caixa (33.128) 660.382
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 827.967 167.585
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 794.839 827.967
Variação no caixa (33.128) 660.382

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

13
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Demonstrações do valor adicionado


Exercício findo em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais)

Controladora
2009
2010 Reapresentado
Receitas
Receita das vendas e serviços 591.561 485.226
Outras receitas 5.679 20.580
Provisão para devedores duvidosos (618) (3.493)
596.622 502.313
Insumos adquiridos de terceiros
Custo das mercadorias vendidas e serviços (74.877) (44.278)
Energia, serviços de terceiros e outros (103.300) (52.840)
(178.177) (97.118)
Valor adicionado bruto 418.445 405.195

Retenções
Depreciação e amortização (38.717) (32.678)

Valor adicionado líquido produzido 379.728 372.517

Valor adicionado recebido em transferência


Equivalência patrimonial 10.127 (9.161)
Receitas financeiras 86.159 32.291
96.286 23.130
Valor adicionado total a distribuir 476.014 395.647

Distribuição do valor adicionado


Pessoal
Remuneração direta (33.910) (38.073)
Benefícios (2.781) (2.385)
FGTS (884) (716)
(37.575) (41.174)
Impostos, taxas e contribuições
Federais (167.780) (140.326)
Estaduais (16) (2)
Municipais (4.258) (4.029)
(172.054) (144.357)
Remuneração de capitais de terceiros
Juros, variação cambial e monetária (42.263) (40.865)
Despesas de aluguéis (7.410) (7.099)
(49.673) (47.964)
Remuneração de capitais próprios
Dividendos (54.178) (40.521)
Participação dos não-controladores nos lucros retidos - -
Lucros retidos (162.534) (121.631)
(216.712) (162.152)

Valor adicionado distribuído 476.014 (395.647)

14
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Demonstrações do valor adicionado--Continuação


Exercício findo em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais)

Consolidado
2009
2010 Reapresentado
Receitas
Receita das vendas e serviços 662.624 534.368
Outras receitas 5.403 22.438
Provisão para devedores duvidosos (1.201) (3.512)
666.826 553.294
Insumos adquiridos de terceiros
Custo das mercadorias vendidas e serviços (94.225) (70.222)
Energia, serviços de terceiros e outros (104.405) (49.863)
(198.630) (120.085)
Valor adicionado bruto 468.196 433.209

Retenções
Depreciação e amortização (44.613) (35.753)

Valor adicionado líquido produzido 423.583 397.456

Valor adicionado recebido em transferência


Equivalência patrimonial (3.511) (20.031)
Receitas financeiras 89.124 35.393
85.613 15.362
Valor adicionado total a distribuir 509.196 412.818

Distribuição do valor adicionado


Pessoal
Remuneração direta (35.402) (38.565)
Benefícios (3.200) (2.434)
FGTS (920) (751)
(39.522) (41.750)
Impostos, taxas e contribuições
Federais (178.682) (149.756)
Estaduais (35) (6)
Municipais (11.602) (10.208)
(190.319) (159.970)
Remuneração de capitais de terceiros
Juros, variação cambial e monetária (42.879) (41.419)
Despesas de aluguéis (7.478) (7.140)
(50.357) (48.559)
Remuneração de capitais próprios
Dividendos (54.178) (40.521)
Participação dos não-controladores nos lucros retidos (10.615) 11
Lucros retidos (164.205) (122.029)
(228.998) (162.539)

Valor adicionado distribuído (509.196) (412.818)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

15
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. Informações sobre a Companhia

As demonstrações financeiras consolidadas da Multiplan Empreendimentos


Imobiliários S.A. (“Companhia” , “Multiplan” ou “Grupo Multiplan” quando referido em
conjunto com suas controladas) para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010
foram autorizadas para emissão pela Administração em 17 de fevereiro de 2011.
Constituída como uma “Sociedade Anônima” domiciliada no Brasil, as ações da
Companhia são negociadas na BM&FBovespa. A sede social da Companhia está
localizada na Avenida das Américas, 4200 - Bloco 2 - 5° andar - Barra da Tijuca - Rio
de Janeiro - RJ.

A Companhia foi constituída em 30 de dezembro de 2005 e tem como objeto social


(a) o planejamento, implantação, desenvolvimento e comercialização de
empreendimentos imobiliários de qualquer natureza, seja residencial ou comercial,
inclusive e especialmente centros comerciais e pólos urbanos desenvolvidos a partir
deles; (b) a compra e venda de imóveis e a aquisição e alienação de direitos
imobiliários, e sua exploração, por qualquer forma, inclusive mediante locação; (c) a
prestação de serviços de gestão e administração de centros comerciais, próprios ou
de terceiros; (d) a consultoria e assistência técnica concernentes a assuntos
imobiliários; (e) a construção civil, execução de obras e prestação de serviços de
engenharia e correlatos no ramo imobiliário; (f) a incorporação, promoção,
administração, planejamento e intermediação de empreendimentos imobiliários; (g) a
importação e exportação de bens e serviços relacionados às suas atividades; e (h) a
aquisição de participação societária e o controle de outras sociedades, bem como a
participação em associações com outras sociedades, sendo autorizada a celebrar
acordo de acionistas, com vistas a atender ou complementar seu objeto social.

16
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. Informações sobre a Companhia--Continuação

Após diversas aquisições e reorganizações societárias envolvendo empresas


controladas, a Companhia passou a deter participação direta e indireta, em 31 de
dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009, nos seguintes empreendimentos:

Início das % de participação em


Empreendimento Localização operações Dezembro 2010 Dezembro 2009

Shopping Centers
BHShopping Belo Horizonte 1979 80,0 80,0
BarraShopping Rio de Janeiro 1981 51,1 51,1
RibeirãoShopping Ribeirão Preto 1981 76,2 76,2
MorumbiShopping São Paulo 1982 65,8 65,8
ParkShopping Brasília 1983 60,0 60,0
DiamondMall Belo Horizonte 1996 90,0 90,0
Shopping Anália Franco São Paulo 1999 30,0 30,0
ParkShopping Barigui Curitiba 2003 84,0 84,0
Shopping Pátio Savassi (a) Belo Horizonte 2004 96,5 80,9
BarraShopping Sul Porto Alegre 2008 100,0 100,0
Vila Olímpia São Paulo 2009 30,0 30,0
New York City Center Rio de Janeiro 1999 50,0 50,0
Santa Úrsula (b) São Paulo 1999 62,5 37,5
Outros
Centro Empresarial
Barrashopping Rio de Janeiro 2000 16,67 16,67

(a) Em 22 de julho de 2010 a Companhia adquiriu 15,6% de participação no Shopping Pátio Savassi, através do exercício da opção de
compra assinada com a MK Empreendimentos e Participações Ltda. A Multiplan investiu R$51.777 para aumentar sua participação de
80,9% para 96,5%. A companhia também adquiriu nesta data, ao valor de R$4.223, ativos e participação em terrenos localizados no
entorno do shopping center, voltados para futuras expansões.

(b) Em 05 de novembro de 2010 a Companhia adquiriu 25% de participação no Shopping Santa Úrsula. A Multiplan investiu R$ 45.000
para aumentar sua participação de 37,5% para 62,5%. Essa aquisição resultou em maior controle e eficiência na gestão do
empreendimento, principalmente no que se refere a revitalizações, modernizações e expansões.

A maioria dos shopping centers são regidos através de uma estrutura denominada
Condomínio "Pro Indiviso" - CPI. Os shoppings não são pessoas jurídicas, mas
unidades operadas sob uma convenção, onde os proprietários (empreendedores)
dividem todas as receitas, custos e despesas. A convenção de CPI é uma opção
permitida pela legislação brasileira por um período de cinco anos, podendo ser
renovada. Através da convenção de CPI, cada co-empreendedor possui uma
participação sobre toda a propriedade, a qual é indivisível. Em 31 de dezembro de
2010, a Companhia detém a representação legal e a administração de todos os
shopping centers mencionados acima.

17
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. Informações sobre a Companhia--Continuação

Apresentamos a seguir um resumo das atividades das principais investidas:

a) Multiplan Administradora de Shopping Centers Ltda. - Atua na gestão,


administração, promoção, instalação e desenvolvimento de shopping centers de
terceiros, além da gestão dos estacionamentos dos shoppings próprios.

b) Sociedade em conta de participação (SCP) - Em 15 de fevereiro de 2006 foi


constituída uma SCP entre a Companhia e sua controladora, Multiplan
Planejamento, Participações e Administração S.A., com o objetivo de explorar o
empreendimento imobiliário residencial “Royal Green Península”. A Companhia
participa com 98%.

c) MPH Empreendimentos Imobiliários Ltda. - A Companhia possui participação de


41,96% na MPH Empreendimentos Imobiliários a qual foi constituída em 1º de
setembro de 2006, tendo como objetivo social específico o desenvolvimento, a
participação e a posterior exploração de um Shopping Center em São Paulo, o
Vila Olímpia, no qual possui 71,50% de participação.

d) Manati Empreendimentos e Participações S.A. (“Manati”) - Atua na exploração


comercial e administração, direta ou indireta, de estacionamento e do Shopping
Center Santa Úrsula, localizado na cidade de Ribeirão Preto, no estado de São
Paulo. O controle da Manati é compartilhado entre Multiplan Empreendimentos
Imobiliários S.A. e Aliansce Shopping Centers S.A., conforme definido pelo
Acordo de Acionistas, datado de 25 de abril de 2008.

e) Haleiwa Empreendimentos Imobiliários S.A. (“Haleiwa”) - Atua na construção e


no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, incluindo shopping
centers, com parques de estacionamento em terrenos localizados na Av. Gustavo
Paiva s/n, Cruz das Almas, Maceió. O controle da Haleiwa é compartilhado entre
Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A. e Aliansce Shopping Centers S.A.,
conforme definido pelo Acordo de Acionistas, datado de 20 de maio de 2008.

Em setembro de 2006, a Companhia firmou Instrumento Particular de Cessão de


Contrato de Prestação de Serviços com as suas controladas Renasce-Rede Nacional
de Shopping Centers Ltda., Multiplan Administradora de Shopping Centers Ltda., CAA
- Corretagem e Consultoria Publicitária S/C Ltda., CAA - Corretagem Imobiliária Ltda.,
o qual determina que a partir de 01 de outubro de 2006 as controladas cedem e
transferem à Companhia todos os direitos e obrigações decorrentes do contrato de
prestação de serviços firmado entre estas empresas e os shopping centers.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. Informações sobre a Companhia--Continuação


Sendo assim, a Companhia passou a exercer inclusive as seguintes atividades:
(i) prestação de serviços especializados de corretagem, assessoria de natureza
promocional e publicitária, para locação e/ou comercialização de espaços de uso
comercial (“merchandising”); (ii) prestação de serviços especializados de corretagem
e assessoria de negócios imobiliários em geral; e (iii) administração de shopping
centers.

• Oferta de distribuição pública primária


Em 28 de setembro de 2009 a Companhia completou a Oferta de Distribuição
Pública Primária, na qual foram emitidas 26.000.000 novas ações. O valor de
venda da oferta primária de ações, sem considerar o lote suplementar, foi de
R$ 689.000, que resultou no ingresso de R$ 665.735 ao caixa da Companhia,
depois de descontado os valores estimados de comissões e despesas. Em 09 de
outubro de 2009 foram emitidas 3.900.000 ações do lote suplementar pelo valor de
R$ 103.350, resultando no ingresso de R$99.938 ao caixa da Companhia.
De acordo com o Prospecto de Oferta Pública estes recursos serão destinados
principalmente a financiar (i) a construção e o desenvolvimento de novos shopping
centers, (ii) a expansão dos shopping centers já existentes em nosso portfólio, e
(iii) o desenvolvimento da incorporação de novos empreendimentos imobiliários
comerciais e residenciais em áreas adjacentes aos shopping centers já existentes.

• Reestruturação societária
Como parte de programa para a simplificação da estrutura societária da
Companhia e suas subsidiárias, em 10 de dezembro de 2009 foi assinado pela
Companhia e suas controladas integrais Indústrias Luna S.A., Cilpar - CIL
Participações Ltda., JPL Empreendimentos Ltda., Solução Imobiliária
Participações e Empreendimentos Ltda. o Protocolo e Justificação de Incorporação
destas subsidiárias pela controladora.

A incorporação foi procedida de forma que a Companhia recebeu os patrimônios


das subsidiárias avaliados pelo seu valor contábil, na data-base de 30 de
novembro de 2009, de acordo com o laudo de avaliação do patrimônio líquido
elaborado pela empresa de avaliação independente Apsis Consultoria Empresarial
Ltda. datado de 10 de dezembro de 2009, assumindo todos os direitos e
obrigações subsistentes. O capital social da Companhia não sofreu qualquer
alteração.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. Informações sobre a Companhia--Continuação

• Reestruturação societária--Continuação

Os saldos do balanço patrimonial sintético das controla das integrais na data-base


para a incorporação, são como segue:

Indústrias Luna S.A.

Ativo Passivo
Circulante 13.009 Circulante 3.286

Não circulante
Realizável a longo prazo 1.173 Não circulante 1.865

Patrimônio líquido
Imobilizado 46.657 Capital social 37.000
Reserva legal 487
Reserva para novos
Total do ativo não circulante 47.830 investimentos 10.585
Lucros acumulados 7.616
55.688

Total 60.839 Total 60.839

Cilpar - CIL Participações Ltda.


Ativo Passivo
Circulante 3.961 Circulante 102

Não circulante
Realizável a longo prazo 133 Não circulante 413

Patrimônio líquido
Imobilizado 13.173 Capital social 7.991
Lucros acumulados 8.761
Total do ativo não circulante 13.306
16.752

Total 17.267 Total 17.267

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1. Informações sobre a Companhia--Continuação

• Reestruturação societária--Continuação

JPL Empreendimentos Ltda.

Ativo Passivo

Não circulante
Patrimônio líquido
Investimentos 16.752 Capital social 9.309
Lucros acumulados 7.443

16.752

Total 16.752 Total 16.752

Solução Imobiliária, Participações e Empreendimentos Ltda.


Ativo Passivo
Circulante 1.282 Circulante 192

Não circulante 35

Não circulante
Patrimônio líquido
Imobilizado 857 Capital social 1.715
Lucros acumulados 197

1.912

Total 2.139 Total 2.139

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

2. Políticas contábeis

As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas e estão sendo


apresentadas de acordo com as políticas contábeis adotadas no Brasil, que
compreendem as normas e pronunciamentos emitidos pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que estão
em conformidade com as normas internacionais de contabilidade aplicáveis a
entidades de incorporação imobiliária no Brasil e aprovadas pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e
pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

As demonstrações financeiras consolidadas são compostas pelas demonstrações


financeiras da Companhia e suas controladas em 31 de dezembro de 2010 e 31 de
dezembro de 2009, apresentadas abaixo:

Razão social % de participação


31 de dezembro de 2010 31 de dezembro 2009
Direta Indireta Direta Indireta

RENASCE - Rede Nacional de Shopping Centers Ltda. (b) 99,00 - 99,00 -


County Estates Limited (a) - 99,00 - 99,00
Embassy Row Inc. (a) - 99,00 - 99,00
EMBRAPLAN - Empresa Brasileira de Planejamento Ltda. (c) 100,00 - 100,00 -
CAA Corretagem e Consultoria Publicitária S/C Ltda. (b) 99,00 - 99,00 -
Multiplan Administradora de Shopping Centers Ltda. 99,00 - 99,00 -
CAA Corretagem Imobiliária Ltda. (b) 99,61 - 99,61 -
MPH Empreendimentos Imobiliários Ltda. 41,96 - 41,96 -
Manati Empreendimentos e Participações S.A. 50,00 - 50,00 -
Haleiwa Participações S.A. 50,00 - 50,00 -

(a) Empresas localizadas no exterior.


(b) Durante o exercício de 2007, as operações dessas empresas foram transferidas para a Companhia.
(c) Empresa paralisada operacionalmente.

As demonstrações financeiras das controladas são elaboradas para o mesmo período


de divulgação que o da controladora, utilizando políticas contábeis consistentes.
Todos os saldos intragrupo, receitas e despesas oriundas de transações intragrupo,
são eliminadas por completo.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

2. Políticas contábeis--Continuação
2.1. Base de consolidação--Continuação

Para as controladas Manati Empreendimentos e Participações S.A. e Haleiwa


Participações S.A., cujos acordos de acionistas prevêem o controle
compartilhado, a consolidação incorpora as contas de ativo, passivo e
resultado, proporcionalmente à participação total detida no capital social da
respectiva controlada em conjunto, com base nas demonstrações financeiras de
31 de dezembro de 2010 dessas empresas demonstradas abaixo:

Manati Empreendimentos Participações S.A.

Ativo Passivo
Circulante 6.866 Circulante 773

Não circulante 22.415

Não circulante Patrimônio líquido


Contas a receber 408
Imobilizado 57.165 Capital social 51.336
Intangível 2.180 Prejuízos acumulados (7.905)
59.753 43.431

Total 66.619 Total 66.619

Demonstração do resultado

Receita operacional bruta de vendas


Receita de locação 2.964
Receita de cessão de direitos 159
Outras receitas 99
3.222
Impostos e contribuições sobre vendas (268)
Receita líquida 2.954

Despesas administrativas - shoppings (3.263)


Depreciações e amortizações (1.121)
Resultado financeiro 362
(4.022)

Prejuízo do exercício (1.068)

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31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

2. Políticas contábeis--Continuação
2.1. Base de consolidação--Continuação
Haleiwa Empreendimentos Imobiliários S.A.
Ativo Passivo
Circulante 66 Circulante 49

Não circulante
Imobilizado 27.578 Patrimônio líquido
Diferido 1.019 Capital social 28.905
28.597 Prejuízos acumulados (291)
28.614
Total 28.663 Total 28.663

A conciliação entre o patrimônio líquido e o lucro líquido do exercício entre a


controladora e consolidado é como segue:
1º de janeiro
31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 de 2009
Patrimônio Lucro líquido Patrimônio Lucro líquido Patrimônio
líquido do exercício líquido do exercício líquido

Controladora 2.945.888 216.712 2.807.277 162.152 1.923.456


Passivo a descoberto de controlada - - (151) (39) (114)
Equivalência patrimonial sobre o resultado
da County no exercício (a) - 1.045 - 877 -
Ativo Diferido (b) (2.765) 626 (3.391) 349 (3.740)
Consolidado 2.943.123 218.383 2.803.735 163.339 1.919.602

(a) Ajuste referente a participação da Companhia sobre o resultado da County não espelhado na equivalência
patrimonial da Renasce.

(b) Ajuste referente à baixa do ativo diferido nas controladas apenas para fins de consolidado.

2.2. Investimento em coligadas

O investimento da Multiplan em suas coligadas é contabilizado com base no


método de equivalência patrimonial. Uma coligada é uma entidade sobre a qual
a Multiplan exerça influência significativa.
Com base no método de equivalência patrimonial, o investimento na coligada é
contabilizado no balanço patrimonial ao custo, adicionado das mudanças após
a aquisição da participação societária na coligada. O ágio relacionado com a
coligada é incluído no valor contábil do investimento, não sendo amortizado. Em
função do ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill ) integrar o valor
contábil do investimento na coligada (não é reconhecido separadamente), ele
não é testado separadamente em relação ao valor recuperável.

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2. Políticas contábeis--Continuação
2.2. Investimento em coligadas--Continuação
A demonstração do resultado reflete a parcela dos resultados das operações da
coligada. Quando uma mudança for diretamente reconhecida no patrimônio da
coligada, a Companhia reconhecerá sua parcela nas variações ocorridas e
divulgará esse fato, quando aplicável, na demonstração das mutações do
patrimônio líquido. Os ganhos e perdas não realizados, resultantes de
transações entre a Companhia e a coligada, são eliminados de acordo com a
participação mantida na coligada.
A participação societária na coligada será demonstrada na demonstração do
resultado como equivalência patrimonial, representando o lucro líquido
atribuível aos acionistas da coligada.

As demonstrações financeiras da coligada são elaboradas para o mesmo


período de divulgação que a Companhia. Quando necessário, são efetuados
ajustes para que as políticas contábeis estejam de acordo com as adotadas
pela Companhia. Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, o
Grupo Multiplan determina se é necessário reconhecer perda adicional do valor
recuperável sobre o investimento da Companhia. A Companhia determina, em
cada data de fechamento do balanço patrimonial, se há evidência objetiva de
que o investimento na coligada sofreu perda por redução ao valor recuperável.
Se assim for, a Companhia calcula o montante da perda por redução ao valor
recuperável como a diferença entre o valor recuperável da coligada e o valor
contábil e reconhece o montante na demonstração do resultado. Quando
ocorrer perda de influência significativa sobre a coligada, a Companhia avalia e
reconhece o investimento neste momento a valor justo. Será reconhecida no
resultado qualquer diferença entre o valor contábil da coligada no momento da
perda de influência significativa e o valor justo do investimento remanescente e
resultados da venda.

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2. Políticas contábeis--Continuação
2.3. Moeda funcional e de apresentação das demonstrações financeiras

A moeda funcional da Companhia e de suas controladas no Brasil é o Real,


mesma moeda de preparação e apresentação das demonstrações financeiras
da Companhia e consolidadas.

Os ativos e passivos das controladas no exterior são convertidos para Reais


pela taxa de câmbio da data do balanço, e as correspondentes demonstrações
do resultado são convertidas pela taxa de câmbio da data das transações. As
diferenças cambiais resultantes da referida conversão são contabilizadas
separadamente no patrimônio líquido

2.4. Reconhecimento de receita

Locação de lojas

Os locatários das unidades comerciais geralmente pagam um aluguel que


corresponde ao maior entre um valor mínimo mensal, reajustado anualmente
com base na variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-
DI, e um montante obtido através da aplicação de um percentual sobre a receita
bruta de vendas de cada locatário.

A Companhia registra suas operações com locação de lojas como


arrendamentos mercantis operacionais. O valor mínimo do aluguel
estabelecido, incluindo os aumentos fixos periódicos previstos nos contratos e
excluindo os reajustes inflacionários, são reconhecidos na proporção da
participação da Companhia em cada empreendimento, em bases lineares
durante os prazos dos respectivos contratos, independentemente da forma de
recebimento.

A diferença entre o valor mínimo e o montante obtido através da aplicação de


percentuais sobre a receita bruta de vendas, são considerados pagamentos
contingentes e reconhecidos no resultado quando efetivamente incorridos.

Os efeitos dos reajustes inflacionários também são reconhecidos quando


incorridos.

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2. Políticas contábeis--Continuação
2.4. Reconhecimento de receita--Continuação

Cessão de direitos

A receita de cessão de direitos é proveniente da proporção da participação da


Companhia nos contratos de cessão de direitos (luvas ou cessão de estrutura
técnica dos shoppings) dos shoppings e são contabilizados como receitas
diferidas. O resultado com cessão de direitos, incluindo as receitas de cessão
de direitos, as recompras de ponto e as luvas invertidas é reconhecido de forma
linear, com base no prazo do contrato de aluguel das respectivas lojas a que se
referem.

Venda de imóveis

Nas vendas a prazo de unidade concluída, o resultado é apropriado no


momento em que a venda é efetivada, independentemente do prazo de
recebimento do valor contratual.

Os juros pré-fixados são apropriados ao resultado observando-se o regime de


competência, independentemente de seu recebimento.

A Companhia adota como prática contábil o reconhecimento das receitas e


correspondentes custos das operações de incorporação imobiliária com base no
OCPC 01, ou seja, com base no percentual de evolução das obras. Segundo o
disposto no OCPC 04, um contrato de construção de um imóvel pode se
enquadrar no CPC 17 (contratos de construção) ou no CPC 30 (receitas). Caso o
contrato se enquadre no CPC 17, o reconhecimento do resultado ocorrerá de
acordo com o andamento da obra. Assumindo a hipótese de enquadramento ao
CPC 30, a discussão se desloca para a questão da transferência de controle,
riscos e benefícios significativos de forma contínua ou em um único evento
(“entrega da chave”). Caso a transferência seja feita de forma contínua, o
resultado deverá ser reconhecido de acordo com a evolução da obra. Caso
contrário, o reconhecimento do resultado ocorrerá somente na entrega das
chaves. A Companhia efetuou uma rigorosa análise dos seus contratos e
verificou que a transferência do controle, dos riscos e dos benefícios ocorre ao
longo da obra. Sendo assim, o resultado da sua atividade imobiliária é
reconhecido com base no percentual de evolução da obra. Os procedimentos
efetuados pela Companhia são os seguintes:

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2. Políticas contábeis--Continuação
2.4. Reconhecimento de receita--Continuação

Venda de imóveis--Continuação

• Os custos incorridos são acumulados na rubrica de estoques (imóveis em


construção) e apropriados integralmente ao resultado quando as unidades
são vendidas. Após a venda, os custos a incorrer para a conclusão da
unidade em construção serão apropriados ao resultado na medida em que
ocorrem.

• É apurado o percentual do custo incorrido das unidades vendidas, incluindo


o terreno, em relação ao seu custo total orçado e previsto até a conclusão
da obra. Este percentual encontrado é aplicado sobre o preço de venda das
unidades vendidas, ajustado pelas despesas comerciais e demais
condições dos contratos. O resultado encontrado é registrado como receita
em contrapartida de contas a receber ou de eventuais adiantamentos que
tenham sido recebidos.

A partir deste momento e até que a obra esteja concluída, o preço de


venda da unidade, que não foi alocado a receita, será reconhecida no
resultado, como receita, proporcionalmente à evolução dos custos que
serão incorridos para a conclusão da unidade em construção, em relação
ao custo total orçado.

As alterações na execução e nas condições do projeto, bem como na


lucratividade estimada, incluindo as mudanças resultantes de cláusulas
contratuais de multa e de quitações contratuais, que poderão resultar em
revisões de custos e de receitas, são reconhecidas no período em que tais
revisões são efetuadas.

• Os montantes da receita de venda apurada, incluindo a atualização


monetária, líquido das parcelas já recebidas, são contabilizados como
contas a receber, ou como adiantamentos de clientes, conforme
aplicável.

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2. Políticas contábeis--Continuação
2.4. Reconhecimento de receita--Continuação

Estacionamento

Refere-se a receita com a exploração de estacionamentos dos shoppings.


Essas receitas são apropriadas ao resultado de acordo com o regime de
competência e demonstradas líquidas dos repasses aos shopping centers.

Serviços

Refere-se a receita com prestação de serviços de corretagem, assessoria de


natureza promocional e publicitária, para locação e/ou comercialização de
espaços de uso comercial (“merchandising”), receita com prestação de serviços
especializados de corretagem e assessoria de negócios imobiliários em geral;
receita com administração de obras e receita com administração de shopping
centers. Essas receitas são apropriadas ao resultado de acordo com o regime
de competência.

2.5. Reconhecimento das despesas

As despesas são reconhecidas no resultado pelo regime de competência.

2.6. Instrumentos financeiros - Reconhecimento inicial e mensuração


subsequente

Os instrumentos financeiros somente são reconhecidos a partir da data em que


a Companhia se torna parte das disposições contratuais dos instrumentos
financeiros. Quando reconhecidos, são inicialmente registrados ao seu valor
justo acrescido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à
sua aquisição ou emissão, exceto no caso de ativos e passivos financeiros
classificados na categoria ao valor justo por meio do resultado, onde tais custos
são diretamente lançados no resultado do exercício. Sua mensuração
subseqüente ocorre a cada data de balanço de acordo com as regras
estabelecidas para cada tipo de classificação de ativos e passivos financeiros.

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2. Políticas contábeis--Continuação
2.6. Instrumentos financeiros - Reconhecimento inicial e mensuração
subseqüente--Continuação

(i) Ativos financeiros

Reconhecimento inicial e mensuração

Ativos financeiros são classificados como ativos financeiros a valor justo


por meio do resultado, empréstimos e recebíveis, investimentos mantidos
até o vencimento, ativos financeiros disponíveis para venda, ou derivativos
classificados como instrumentos de hedge eficazes, conforme a situação. A
Companhia determina a classificação dos seus ativos financeiros no
momento do seu reconhecimento inicial, quando ela se torna parte das
disposições contratuais do instrumento.

Ativos financeiros são reconhecidos inicialmente ao valor justo, acrescidos,


no caso de investimentos não designados a valor justo por meio do
resultado, dos custos de transação que sejam atribuíveis à aquisição do
ativo financeiro.

Os principais ativos financeiros reconhecidos pela Companhia são: caixa e


equivalentes de caixa, contas a receber de clientes e empréstimos e
adiantamentos diversos.

Mensuração subseqüente

A mensuração dos ativos financeiros depende de sua classificação, que


pode ser da seguinte forma:

Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado

Incluem ativos financeiros mantidos para negociação e ativos designados


no reconhecimento inicial ao valor justo por meio do resultado. São
classificados como mantidos para negociação se originados com o
propósito de venda ou recompra no curto prazo. A cada data de balanço
são mensurados pelo seu valor justo. Os juros, correção monetária,
variação cambial e as variações decorrentes da avaliação ao valor justo
são reconhecidos no resultado quando incorridos na linha de receitas ou
despesas financeiras.

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2. Políticas contábeis--Continuação
2.6. Instrumentos financeiros - Reconhecimento inicial e mensuração
subseqüente--Continuação

(i) Ativos financeiros--Continuação

Ativos financeiros mantidos até o vencimento

Incluem ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou


determináveis com vencimentos definidos para os quais a Companhia tem
intenção positiva e a capacidade de manter até o vencimento. Após
reconhecimento inicial são mensurados pelo custo amortizado pelo método
da taxa efetiva de juros. Esse método utiliza uma taxa de desconto que
quando aplicada sobre os recebimentos futuros estimados, ao longo da
expectativa de vigência do instrumento financeiro, resulta no valor contábil
líquido. Os juros, atualização monetária, variação cambial, menos perdas
do valor recuperável, quando aplicável, são reconhecidos no resultado
quando incorridos na linha de receitas ou despesas financeiras.

Empréstimos concedidos e recebíveis

Incluem ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou


determináveis porém não cotados em mercado ativo. Após reconhecimento
inicial são mensurados pelo custo amortizado pelo método da taxa efetiva
de juros. Os juros, atualização monetária, variação cambial, menos perdas
do valor recuperável, quando aplicável, são reconhecidos no resultado
quando incorridos na linha de receitas ou despesas financeiras.

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2. Políticas contábeis--Continuação
2.6. Instrumentos financeiros - Reconhecimento inicial e mensuração
subseqüente--Continuação

(ii) Passivos financeiros

Reconhecimento inicial e mensuração

Passivos financeiros são classificados como passivos financeiros a valor


justo por meio do resultado, empréstimos e financiamentos, ou como
derivativos classificados como instrumento de hedge, conforme o caso. A
Companhia determina a classificação dos seus passivos financeiros no
momento de seu reconhecimento inicial

Passivos financeiros são inicialmente reconhecidos a valor justo e, no caso


de empréstimos e financiamentos, são acrescidos do custo de transação
diretamente relacionado.

Os principais passivos financeiros reconhecidos pela Companhia são:


empréstimos e financiamentos, debêntures e obrigações por aquisição de
bens.

Mensuração subseqüente

A mensuração dos passivos financeiros depende de sua classificação, que


pode ser da seguinte forma:

Passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado

Incluem passivos financeiros usualmente negociados antes do vencimento,


passivos designados no reconhecimento inicial ao valor justo por meio do
resultado. A cada data de balanço são mensurados pelo seu valor justo. Os
juros, atualização monetária, variação cambial e as variações decorrentes
da avaliação ao valor justo, quando aplicáveis, são reconhecidos no
resultado quando incorridos.

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2. Políticas contábeis--Continuação
2.6. Instrumentos financeiros - Reconhecimento inicial e mensuração
subseqüente--Continuação

(ii) Passivos financeiros--Continuação

Passivos financeiros não mensurados ao valor justo por meio do


resultado

Incluem passivos financeiros não derivativos que não são usualmente


negociados antes do vencimento. Após reconhecimento inicial são
mensurados pelo custo amortizado pelo método da taxa efetiva de juros.
Os juros, atualização monetária e variação cambial, quando aplicáveis, são
reconhecidos no resultado quando incorridos.

2.7. Ajuste a valor presente de ativos e passivos

Os ativos e passivos monetários de longo prazo são atualizados


monetariamente e, portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a
valor presente de ativos e passivos monetários de curto prazo é calculado, e
somente registrado, se considerado relevante em relação às demonstrações
financeiras tomadas em conjunto. Para fins de registro e determinação de
relevância, o ajuste a valor presente é calculado levando em consideração os
fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casos
implícita, dos respectivos ativos e passivos.

2.8. Ações em tesouraria

Instrumentos patrimoniais próprios que são readquiridos (ações em tesouraria)


são reconhecidos ao custo e deduzidos do patrimônio líquido. Nenhum ganho
ou perda é reconhecido na demonstração do resultado na compra, venda,
emissão ou cancelamento dos instrumentos patrimoniais próprios da
Companhia. Qualquer diferença entre o valor contábil e a contraprestação é
reconhecida em outras reservas de capital.

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2. Políticas contábeis--Continuação
2.9. Propriedades para investimento

As propriedades para investimento são registradas pelo custo de aquisição,


formação ou construção, deduzido das respectivas depreciações acumuladas,
calculadas pelo método linear à taxas que levam em consideração o tempo de
vida útil estimado dos bens. Os gastos incorridos com reparos e manutenção
são contabilizados somente se os benefícios econômicos associados a esses
itens forem prováveis e os valores mensurados de forma confiável, enquanto
que os demais gastos são registrados diretamente no resultado quando
incorridas. A recuperação das propriedades para investimento por meio das
operações futuras bem como as vidas úteis e o valor residual dos mesmos são
acompanhadas periodicamente e ajustados de forma prospectiva, se
necessário.

Propriedades para investimento são inicialmente mensuradas ao custo,


incluindo custos da transação. O valor contábil inclui o custo de reposição de
parte de uma propriedade para investimento existente à época em que o custo
for incorrido se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos; excluindo os
custos do serviço diário da propriedade para investimento. Após o
reconhecimento inicial, propriedades para investimento são apresentadas ao
valor justo, que reflete as condições de mercado na data do balanço. Ganhos
ou perdas resultantes de variações do valor justo das propriedades para
investimento são incluídos na demonstração do resultado no exercício em que
forem gerados.

A Companhia contabiliza suas Propriedades para Investimento com base no


Custo Contábil. A Companhia optou por não avaliar as suas propriedades para
investimento pelo valor justo como custo atribuído, considerando que: (i) o
método de custo, deduzido da provisão para perdas, é o melhor método para
avaliar as propriedades para investimento da Companhia; (ii) as propriedades
para investimento são segregadas em classes bem definidas e relacionadas às
suas atividades operacionais; (iii) a administração revisa frequentemente os
valores recuperáveis e estimativas de vida útil das suas propriedades para
investimento, o que vem sendo feito consistentemente pela Companhia ao
longo dos anos; e (iv) a Companhia possui controles eficazes sobre as suas
propriedades para investimento que possibilitam a identificação de perdas e
mudanças de estimativa de vida útil das propriedades.

34
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

2. Políticas contábeis--Continuação
2.10. Imobilizado
O imobilizado é registrado pelo custo de aquisição, formação ou construção,
deduzido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método
linear à taxas que levam em consideração o tempo de vida útil estimado dos
bens. Os gastos incorridos com reparos e manutenção são contabilizados
somente se os benefícios econômicos associados a esses itens forem
prováveis e os valores mensurados de forma confiável, enquanto que os
demais gastos são registrados diretamente no resultado quando incorridos. A
recuperação dos ativos imobilizados por meio das operações futuras bem como
as vidas úteis e o valor residual dos mesmos são acompanhadas
periodicamente e ajustados de forma prospectiva, se necessário.
2.11. Arrendamento mercantil
Os contratos de arrendamento mercantil operacional são reconhecidos como
despesa numa base sistemática que represente o período em que o benefício
sobre o ativo arrendado é obtido, mesmo que tais pagamentos não sejam feitos
nessa base.
2.12. Custos de empréstimos
Os juros e encargos financeiros, referentes aos financiamentos obtidos para a
aplicação nas obras em andamento, são capitalizados até o momento da
entrada em operação dos bens e são depreciados considerando os mesmos
critérios e vida útil determinados para o item do imobilizado ou propriedades
para investimento aos quais foram incorporados. Todos os demais custos de
empréstimos são registrados em despesa no período em que são incorridos.

2.13. Ativos intangíveis

Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados no


reconhecimento inicial ao custo de aquisição e, posteriormente, deduzidos da
amortização acumulada e perdas do valor recuperável, quando aplicável. Os
ágios apurados nas aquisições de investimentos e investimentos que já foram
totalmente incorporados, até 31 de dezembro de 2008, que têm como
fundamento econômico a rentabilidade futura, foram amortizados até 31 de
dezembro de 2008 de forma linear pelo prazo previsto para recuperação,
projetada para no máximo 5 anos. A partir de 1° de janeiro de 2009 não são
mais amortizados e continuam a ser submetidos a teste anual para análise de
perda do seu valor recuperável.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

2. Políticas contábeis--Continuação
2.13. Ativos intangíveis--Continuação

Os ativos intangíveis com vida útil definida são amortizados de acordo com sua
vida útil econômica estimada e, quando são identificadas indicações de perda de
seu valor recuperável, submetidos a teste para análise de perda no seu valor
recuperável. Os ativos intangíveis com vida útil indefinida não são amortizados,
porém são submetidos a teste anual para análise de perda no seu valor
recuperável.

2.14. Terrenos e imóveis a comercializar

Avaliados ao custo de aquisição ou construção, que não excede seu valor de


mercado.

2.15. Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros

A administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o


objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas,
operacionais ou tecnológicas que possam indicar deterioração ou perda de seu
valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e o valor contábil líquido
exceder o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização
ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável.

O valor recuperável de um ativo ou de determinada unidade geradora de caixa


é definido como sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda.

Na estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados


são descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes
dos impostos que reflita o custo médio ponderado de capital para a indústria em
que opera a unidade geradora de caixa. O valor líquido de venda é
determinado, sempre que possível, com base em contrato de venda firme em
uma transação em bases cumulativas, entre partes conhecedoras e
interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo, ou, quando
não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um
mercado ativo, ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

2. Políticas contábeis--Continuação
2.16. Caixa e equivalentes de caixa

Incluem caixa, saldos positivos em conta movimento, aplicações financeiras


resgatáveis a qualquer prazo e com risco insignificante de mudança de seu
valor de mercado. As aplicações financeiras incluídas nos equivalentes de caixa
são classificadas na categoria “ativos financeiros ao valor justo por meio do
resultado”.

2.17. Contas a receber

Estão apresentadas a valores de realização. Foi constituída provisão em


montante considerado suficiente pela Administração para os créditos cuja
recuperação é considerada duvidosa.

2.18. Provisão para contingências

A Companhia é parte de diversos processos judiciais e administrativos.


Provisões são constituídas para todas as contingências referentes a processos
judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feita para
liquidar a contingência/obrigação e uma estimativa razoável possa ser feita. A
avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências
disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões
mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem
como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e
ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo
de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições
adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais.

As contingências cujos riscos foram avaliados como possíveis estão divulgadas


nas notas explicativas.

2.19. Outros passivos e ativos

Um passivo é reconhecido no balanço quando a Companhia possui uma


obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, sendo
provável que um recurso econômico seja requerido para liquidá-la. Alguns
passivos envolvem incertezas quanto ao prazo e valor, sendo estimados na
medida em que são incorridos e registrados através de provisão. As provisões
são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

2. Políticas contábeis--Continuação
2.19. Outros passivos e ativos--Continuação

Um ativo é reconhecido no balanço quando for provável que seus benefícios


econômicos futuros serão gerados em favor da Companhia e seu custo ou valor
puder ser mensurado com segurança.

Os ativos e passivos são classificados como circulantes quando sua realização


ou liquidação é provável que ocorra nos próximos doze meses. Caso contrário,
são demonstrados como não circulantes.

2.20. Tributação

As receitas de vendas e serviços estão sujeitas aos seguintes impostos e


contribuições, pelas seguintes alíquotas básicas:
Alíquota
Nome do tributo Sigla Controladora Controladas

Contribuição para o Programa de Integração Social PIS 1,65 0,65


Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS 7,6 3,0
Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza ISS 2% a 5% 2% a 5%

Esses encargos são apresentados como deduções de vendas na demonstração


do resultado. Os créditos decorrentes da não cumulatividade do PIS/COFINS
são apresentados dedutivamente das despesas e receitas operacionais na
demonstração do resultado. Os débitos decorrentes das receitas financeiras e
os créditos decorrentes das despesas financeiras estão apresentados
dedutivamente nessas próprias linhas na demonstração do resultado.

A tributação sobre o lucro compreende o imposto de renda e a contribuição


social. O imposto de renda é computado sobre o lucro tributável pela alíquota
de 25% enquanto que a contribuição social é computada pela alíquota de 9%
sobre o lucro tributável, reconhecidos pelo regime de competência, portanto as
adições ao lucro contábil de despesas, temporariamente não dedutíveis, ou
exclusões de receitas, temporariamente não tributáveis, para apuração do lucro
tributável corrente geram créditos ou débitos tributários diferidos.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

2. Políticas contábeis--Continuação
2.20. Tributação--Continuação

Conforme facultado pela legislação tributária, todas as empresas integrantes do


Grupo Multiplan que tiveram receita bruta anual do exercício imediatamente
anterior inferior a R$ 48.000 optaram pelo regime de lucro presumido. A
provisão para imposto de renda é constituída trimestralmente, à alíquota de
15%, acrescido de adicional de 10% (sobre a parcela que exceder R$ 60 do
lucro presumido por trimestre), aplicada sobre a base de 32% das receitas de
vendas. A CSLL é calculada à alíquota de 9% sobre a base de 32% das
receitas de vendas. As receitas financeiras e demais receitas são tributadas
integralmente de acordo com as alíquotas normais de IRPJ e CSLL.

As antecipações ou valores passíveis de compensação são demonstrados no


ativo circulante ou não circulante, de acordo com a previsão de sua realização.

Conforme disposto na Lei 9.065 de 20 de junho de 1995, a Companhia


compensa os seus prejuízos fiscais e bases negativas com o lucro líquido
ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação do imposto de renda
e da contribuição social, observado o limite máximo, para a compensação, de
30% (trinta por cento) do referido lucro líquido ajustado.

Os créditos tributários diferidos decorrentes de prejuízo fiscal, base negativa da


contribuição social e diferenças temporárias são calculados à alíquota de 34% e
reconhecidos na extensão em que seja provável que existirá base tributável
positiva para que possam ser utilizadas.

2.21. Pagamento baseado em ações

A Companhia outorgou aos administradores, empregados e prestadores de


serviços da Companhia ou outras sociedades sob seu controle, eleitos como
participantes do programa, opções de compras de ações liquidável em ações, às
quais somente poderão ser exercidas após prazos específicos de carência. Essas
opções são mensuradas ao valor justo, determinados pelo método de avaliação
Black-Scholes nas datas em que os programas de remuneração são concedidos, e
são reconhecidas no resultado operacional, na rubrica “despesa de remuneração
baseada em opção de ações”, linearmente durante os respectivos períodos de
carência, em contrapartida à conta de “opções de ações outorgadas” em reservas
de capital no patrimônio líquido. Vide maiores detalhes descritos na nota explicativa
n° 22g.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

2. Políticas contábeis--Continuação
2.22. Estimativas contábeis significativas--Continuação
São utilizadas para a mensuração e reconhecimento de certos ativos e passivos
das demonstrações financeiras da Companhia e de suas controladas. A
determinação dessas estimativas levou em consideração experiências de
eventos passados e correntes, pressupostos relativos a eventos futuros, e
outros fatores objetivos e subjetivos. Itens significativos sujeitos a estimativas
incluem: a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e ativos intangíveis; a
provisão para créditos de liquidação duvidosa; o custo orçado dos
empreendimentos imobiliários; a provisão para perdas nos investimentos; a
análise de recuperação dos valores dos ativos imobilizados e intangíveis; a
análise de realização do imposto de renda e contribuição social diferidos; as
taxas e prazos aplicados na determinação do ajuste a valor presente de certos
ativos e passivos; a provisão para contingências; a mensuração do valor justo
de remunerações baseadas em ações e de instrumentos financeiros; e as
estimativas para divulgação do quadro de análise de sensibilidade dos
instrumentos financeiros derivativos conforme Instrução CVM n° 475/08 e o
cálculo do valor justo das propriedades para investimento. A liquidação das
transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores
significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras
devido às imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. As
estimativas e premissas têm por embasamento expectativas atuais e projeções
da administração da Companhia sobre eventos futuros e tendências financeiras
que afetam ou podem afetar os negócios da Companhia e, conseqüentemente,
suas Demonstrações Financeiras. Tais estimativas e premissas são elaboradas
com base nas informações atualmente disponíveis e conhecidas pela
administração da Companhia. Muitos fatores importantes podem impactar
adversamente os resultados da Companhia, pelo que, tendo em vista tais riscos
e incertezas, as estimativas e perspectivas para o futuro podem não vir a se
concretizar. A Companhia revisa suas estimativas e premissas pelo menos
trimestralmente.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs

Em todos os períodos anteriores, incluindo o ano fiscal findo em 31 de dezembro de


2009, a Companhia preparou suas demonstrações financeiras de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil (BRGAAP). As presentes demonstrações
financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 são as primeiras
preparadas de acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”).

Dessa forma, a Companhia preparou suas demonstrações financeiras cumprindo as


normas previstas nos CPCs para os períodos iniciados e, ou após, 1º de janeiro de
2010, como descrito em suas políticas contábeis. Para as presentes demonstrações
financeiras, o saldo de abertura considerado foi o de 1º de janeiro de 2009, data da
transição para os CPCs.

a) Isenções adotadas

Na preparação das demonstrações financeiras da data de transição de acordo


com o CPC 43 - Adoção Inicial dos CPC´s 15 a 40, há exceções obrigatórias e
certas isenções opcionais de aplicação retrospectiva dos novos pronunciamentos
contábeis.

a.1) Isenções da aplicação retrospectiva completa escolhida pela Companhia:

A Companhia adotou a isenção relativa à classificação de instrumentos


financeiros: a Companhia optou por classificar e avaliar seus instrumentos
financeiros de acordo com o CPC 38 na data de transição dos novos CPC´s.
Não foram realizadas análises retroativas à data original de contratação dos
instrumentos financeiros vigentes na data de transição. Todos os
instrumentos financeiros contratados após a data de transição foram
analisados e classificados na data de contratação das operações.

A Companhia adotou como isenção a avaliação de ativos e passivos a valor


justo de empresas adquiridas em operações de combinações de negócios
antes de 1º de janeiro de 2009.

a.2) Reconciliação do Balanço e da DRE de acordo com os novos


pronunciamentos contábeis
Para fins de melhor apresentação das demonstrações financeiras, a
Companhia efetuou algumas reclassificações e ajustes nos saldos
publicados referentes aos balanços de 31/12/2008 e 31/12/2009 e resultado
de 2009, sem, contudo afetar a qualidade das informações apresentadas.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Controladora
(Publicado) (Reapresentado)
1/01/2009 Reclassificações Ajustes IFRS 1/01/2009
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 146.614 - 146.614
Contas a receber 82.122 - 82.122
Empréstimos e adiantamentos diversos 9.404 - 9.404
Impostos e contribuições sociais a compensar 16.846 - 16.846
Imposto de renda e contribuição social diferidos 38.704 (38.704) (1) - -
Total do ativo circulante 293.690 (38.704) - 254.986

Não circulante
Realizável a longo prazo
Contas a receber 11.388 - 11.388
Terrenos e imóveis a comercializar 129.457 - 129.457
Empréstimos e adiantamentos diversos 34.011 - 34.011
Créditos a receber de empresas relacionadas 2.039 - 2.039
Imposto de renda e contribuição social diferidos 137.264 38.704 (1) 9.208 (7) 185.175
Depósitos judiciais 1.679 16.508 (10) - 18.187
315.838 55.212 9.208 380.258

Investimentos 140.753 - 140.753


Ágio 51.592 - 51.592
Propriedades para investimento - 1.341.977 (2) - 1.341.977
Imobilizado 1.349.526 (1.341.977) (2) - 7.549
Intangível 308.749 - 308.749
Diferido 27.087 (27.087) (8) -
Total do ativo não circulante 2.193.545 55.212 (17.879) 2.230.878

Total do ativo 2.487.235 16.508 (17.879) 2.485.864

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Consolidado
(Publicado) (Reapresentado)
1/01/2009 Reclassificações Ajustes IFRS 1/01/2009
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 167.585 - - 167.585
Contas a receber 99.529 - - 99.529
Empréstimos e adiantamentos diversos 18.496 - - 18.496
Impostos e contribuições sociais a compensar 20.198 - - 20.198
Imposto de renda e contribuição social diferidos 38.704 (38.704) (1) - -
Total do ativo circulante 344.512 (38.704) - 305.808

Não circulante
Realizável a longo prazo
Contas a receber 17.762 - - 17.762
Terrenos e imóveis a comercializar 129.457 - - 129.457
Empréstimos e adiantamentos diversos 10.328 - - 10.328
Créditos a receber de empresas relacionadas 1.687 - - 1.687
Imposto de renda e contribuição social diferidos 137.264 38.704 (1) 11.137 (1) 187.105
Depósitos judiciais 3.029 17.453 (10) - 20.482
299.527 56.157 11.137 366.821

Investimentos 22.847 - - 22.847


Propriedades para investimento - 1.558.283 (2) - 1.558.283
Imobilizado 1.573.204 (1.558.283) (2) - 14.921
Intangível 309.890 - - 309.890
Diferido 32.757 - (32.757) (8) -
Total do ativo não circulante 2.238.225 17.453 (21.620) 2.272.762

Total do ativo 2.582.737 17.453 (21.620) 2.578.570

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Controladora
(Publicado) (Reapresentado)
1/01/2009 Reclassificações Ajustes IFRS 1/01/2009
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Empréstimos e financiamentos 106.006 - - 106.006
Contas a pagar 45.705 - - 45.705
Obrigações por aquisição de bens 45.222 - - 45.222
Impostos e contribuições a recolher 18.758 - - 18.758
Dividendos propostos 20.084 - (10.042) (9) 10.042
Receitas diferidas 20.604 - - 20.604
Valores a pagar a partes relacionadas 188 - - 188
Adiantamento de clientes 8.600 - - 8.600
Outros 1.350 - - 1.350
Total do passivo circulante 266.517 - (10.042) 256.475

Não circulante
Empréstimos e financiamentos 128.912 - - 128.912
Obrigações por aquisição de bens 90.049 - - 90.049
Provisão para contingências 3.155 16.508 (10) - 19.663
Receitas diferidas 67.309 - - 67.309
Total do passivo não circulante 289.425 16.508 - 305.933

Patrimônio líquido
Capital social 952.747 - - 952.747
Ações em tesouraria (1.928) - - (1.928)
Reservas de capital 958.276 - - 958.276
Reservas de lucros 22.198 - (17.879) (9) 4.319
Proposta de distribuição de dividendos adicionais - - 10.042 10.042
Total do patrimônio líquido 1.931.293 - (7.837) 1.923.456

Total do passivo e do patrimônio líquido 2.487.235 16.508 (17.879) 2.485.864

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31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Consolidado
(Publicado) (Reapresentado)
1/01/2009 Reclassificações Ajustes IFRS 1/01/2009
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Empréstimos e financiamentos 107.360 - - 107.360
Contas a pagar 55.052 - - 55.052
Obrigações por aquisição de bens 45.222 - - 45.222
Impostos e contribuições a recolher 25.326 - - 25.326
Dividendos propostos 20.084 - (10.042) (3) 10.042
Receitas diferidas 21.264 - - 21.264
Valores a pagar a partes relacionadas 23.780 - - 23.780
Parcelamento de impostos 267 - 267
Adiantamento de clientes 8.600 - - 8.600
Outros 1.510 - - 1.510
Total do passivo circulante 308.465 - (10.042) 298.423

Não circulante
Empréstimos e financiamentos 128.912 - - 128.912
Obrigações por aquisição de bens 90.049 - - 90.049
Parcelamento de impostos 1.574 - - 1.574
Provisão para contingências 4.571 17.452 (10) - 22.023
Receitas diferidas 105.034 - - 105.034
Total do passivo não circulante 330.140 17.452 - 347.592

Participação de não controladores 12.953 (12.953) (3) - -

Patrimônio líquido
Capital social 952.747 - - 952.747
Ações em tesouraria (1.928) - - (1.928)
Reservas de capital 958.276 - - 958.276
Reservas de lucros 22.084 - (21.619) (3) 465
Proposta de distribuição de dividendos adicionais - - 10.042 10.042
1.931.179 - (11.577) 1.919.602
Participação de não controladores - 12.953 (3) - 12.953
Total do patrimônio líquido 1.931.179 12.953 (11.577) 1.932.555

Total do passivo e do patrimônio líquido 2.582.737 17.452 (21.619) 2.578.570

45
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Controladora
(Publicado) (Reapresentado)
31/12/2009 Reclassificações Ajustes IFRS 31/12/2009
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 801.894 - - 801.894
Contas a receber 99.591 - - 99.591
Empréstimos e adiantamentos diversos 24.498 - - 24.498
Impostos e contribuições sociais a compensar 35.992 - - 35.992
Imposto de renda e contribuição social diferidos 68.897 (68.897) (1) - -
Outros 3.467 - - 3.467
Total do ativo circulante 1.034.339 (68.897) - 965.442

Não circulante
Realizável a longo prazo
Contas a receber 11.701 - - 11.701
Terrenos e imóveis a comercializar 141.268 - - 141.268
Empréstimos e adiantamentos diversos 85.387 - - 85.387
Créditos a receber de empresas relacionadas 361 - - 361
Imposto de renda e contribuição social diferidos 35.256 68.897 (1) 7.990 (7) 112.143
Depósitos judiciais 4.664 15.924 - 20.588
278.637 84.821 7.990 371.448

Investimentos 71.654 - - 71.654


Ágio 50.503 - - 50.503
Propriedades para investimento - 1.719.316 (2) - 1.719.316
Imobilizado 1.727.905 (1.719.316) (2) - 8.589
Intangível 308.363 - - 308.363
Diferido 23.503 - (23.503) (8) -
Total do ativo não circulante 2.460.565 84.821 (15.513) 2.529.873

Total do ativo 3.494.904 15.924 (15.513) 3.495.315

46
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Consolidado
(Publicado) (Reapresentado)
31/12/2009 Reclassificações Ajustes IFRS 31/12/2009
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 827.967 - - 827.967
Contas a receber 115.117 - - 115.117
Empréstimos e adiantamentos diversos 30.985 - - 30.985
Impostos e contribuições sociais a compensar 38.744 - - 38.744
Imposto de renda e contribuição social diferidos 68.897 (68.897) (1) - -
Outros 3.483 - - 3.483
Total do ativo circulante 1.085.193 (68.897) - 1.016.296

Não circulante
Realizável a longo prazo
Contas a receber 18.028 - - 18.028
Terrenos e imóveis a comercializar 141.268 - - 141.268
Empréstimos e adiantamentos diversos 9.908 - - 9.908
Créditos a receber de empresas relacionadas 74 - - 74
Imposto de renda e contribuição social diferidos 35.256 68.897 (1) 9.738 (7) 113.891
Depósitos judiciais - 21.539 (10) 21.539
Outros 5.633 (5.615) (10) - 18
210.167 84.821 9.738 304.726

Investimentos 15.382 - 15.382


Propriedades para investimento - 2.006.505 (2) - 2.006.505
Imobilizado 2.022.087 (2.006.505) (2) - 15.582
Intangível 309.475 - - 309.475
Diferido 28.642 - (28.642) (8) -
Total do ativo não circulante 2.585.753 84.821 (18.904) 2.651.670

Total do ativo 3.670.946 15.924 (18.904) 3.667.966

47
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Controladora
(Publicado) (Reapresentado)
31/12/2009 Reclassificações Ajustes IFRS 31/12/2009
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Empréstimos e financiamentos 41.660 - - 41.660
Contas a pagar 52.823 - - 52.823
Obrigações por aquisição de bens 62.122 - - 62.122
Impostos e contribuições a recolher 19.230 - - 19.230
Dividendos propostos 40.521 - - 40.521
Receitas diferidas 43.796 - - 43.796
Valores a pagar a partes relacionadas 16 - - 16
Adiantamento de clientes 9.559 - - 9.559
Debêntures 386 - - 386
Outros 1.402 - - 1.402
Total do passivo circulante 271.515 - - 271.515

Não circulante
Empréstimos e financiamentos 130.035 - - 130.035
Debêntures 100.000 - - 100.000
Obrigações por aquisição de bens 127.481 - - 127.481
Provisão para contingências 4.148 15.924 (10) - 20.072
Receitas diferidas 38.935 - - 38.935
Total do passivo não circulante 400.599 15.924 (10) - 416.523

Patrimônio líquido
Capital social 1.745.097 - - 1.745.097
Gastos com emissão de ações (31.663) 10.826 (4) - (20.837)
Ações em tesouraria (4.624) - - (4.624)
Reservas de capital 961.691 - - 961.691
Reservas de lucros 152.289 (10.826) (4) (15.513) 125.950
Total do patrimônio líquido 2.822.790 - (15.513) 2.807.277

Total do passivo e do patrimônio líquido 3.494.904 15.924 (15.513) 3.495.315

48
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Consolidado
(Publicado) (Reapresentado)
31/12/2009 Reclassificações Ajustes IFRS 31/12/2009
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Empréstimos e financiamentos 41.660 - - 41.660
Contas a pagar 66.762 - - 66.762
Obrigações por aquisição de bens 62.122 - - 62.122
Impostos e contribuições a recolher 24.904 - - 24.904
Dividendos propostos 40.521 - - 40.521
Receitas diferidas 54.279 - - 54.279
Valores a pagar a partes relacionadas 92.214 - - 92.214
Parcelamento de impostos 279 - - 279
Adiantamento de clientes 9.559 - - 9.559
Debêntures 386 - - 386
Outros 1.464 - - 1.464
Total do passivo circulante 394.150 - - 394.150

Não circulante
Empréstimos e financiamentos 130.035 - - 130.035
Debêntures 100.000 - - 100.000
Obrigações por aquisição de bens 127.481 - - 127.481
Parcelamento de impostos 1.359 - - 1.359
Provisão para contingências 5.511 15.924 (10) - 21.435
Receitas diferidas 77.698 - - 77.698
Total do passivo não circulante 442.084 15.924 (10) - 458.008

Participação de não controladores 12.073 (12.073) (3) - -

Patrimônio líquido
Capital social 1.745.097 - - 1.745.097
Gastos com emissão de ações (31.663) 10.826 (4) - (20.837)
Ações em tesouraria (4.624) - - (4.624)
Reservas de capital 961.691 - - 961.691
Reservas de lucros 152.138 (10. 826) (4) (18.904) (9) 122.408
2.822.639 - (18.904) 2.803.735
Participação de não controladores - 12.073 (3) - 12.073
Total do patrimônio líquido 2.822.639 12.073 (18.904) 2.815.808

Total do passivo e do patrimônio líquido 3.670.946 15.924 (18.904) 3.667.966

49
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Controladora
(Publicado) (Reapresentado)
31/12/2009 Reclassificações Ajustes IFRS 31/12/2009
Receita operacional bruta das vendas e serviços
prestados
Locação de lojas 347.588 - - 347.588
Estacionamento 27.517 - - 27.517
Serviços 72.481 - - 72.481
Cessão de direitos 25.297 - - 25.297
Venda de imóveis 11.869 - - 11.869
Outras 474 - - 474
485.226 - - 485.226
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços -
prestados (44.246) - (44.246)

Receita operacional líquida 440.980 - - 440.980

Receitas (despesas) operacionais


Despesas administrativas - Sede (74.890) - - (74.890)
Despesas administrativas - Shoppings (46.553) - (10) (46.563)
Despesas com shopping e empreendimentos em
desenvolvimento (11.895) 11.895 (5) - -
Despesas com projetos para locação - (10.810) (6) - (10.810)
Despesas com projetos para venda - (1.085) (6) - (1.085)
Honorários da administração (10.129) - - (10.129)
Despesas de remuneração baseada em opções -
de ações (3.415) - (3.415)
Custo dos imóveis vendidos (8.539) - - (8.539)
Resultado de equivalência patrimonial (9.161) - - (9.161)
Resultado financeiro líquido (8.573) - - (8.573)
Depreciações e amortizações (36.272) - 3.594 (8) (32.678)
Amortização do ágio - - - -
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 20.577 - - 20.577
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição -
social 252.130 3.584 255.714

Imposto de renda e contribuição social correntes (9.441) - (10.828) (20.269)


Imposto de renda e contribuição social diferidos (72.077) - (1.216) (7) (73.293)

Lucro líquido do exercício 170.612 - (8.460) 162.152

50
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31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Consolidado
(Publicado) (Reapresentado)
31/12/2009 Reclassificações Ajustes IFRS 31/12/2009
Receita operacional bruta das vendas e serviços
prestados
Locação de lojas 366.180 - - 366.180
Estacionamento 95.332 (40.373) (5) - 54.959
Serviços 73.372 - - 73.372
Cessão de direitos 26.990 - - 26.990
Venda de imóveis 11.869 - - 11.869
Outras 998 - - 998
574.741 (40.373) - 534.368
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços -
prestados (51.634) - (51.634)

Receita operacional líquida 523.107 (40.373) - 482.734

Receitas (despesas) operacionais


Despesas administrativas - Sede (78.053) - - (78.053)
Despesas administrativas - Shoppings (102.385) 40.373 (5) 234 (61.778)
Despesas com shoppings e empreendimentos em
desenvolvimento (19.272) 19.272 (6) - -
Despesas com projetos para locação - (18.187) (6) - (18.187)
Despesas com projetos para venda - (1.085) (6) - (1.085)
Honorários da administração (10.129) - - (10.129)
Despesas de remuneração baseada em opções -
de ações (3.415) - (3.415)
Custo dos imóveis vendidos (8.539) - - (8.539)
Resultado de equivalência patrimonial (20.031) - - (20.031)
Resultado financeiro líquido (5.114) - - (5.114)
Depreciações e amortizações (39.635) - 3.882 (8) (35.753)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 22.438 - - 22.438
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição -
social 258.972 4.116 263.088

Imposto de renda e contribuição social correntes (15.458) - (10.826) (26.284)


Imposto de renda e contribuição social diferidos (72.077) - (1.399) (7) (73.476)

Lucro antes das participações de não controladores 171.437 - (8.109) 163.328

Participação de não controladores 11 - - 11

Lucro líquido do exercício 171.448 - (8.109) 163.339

51
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação

Descrição dos principais ajustes e reclassificações decorrentes dos novos


pronunciamentos contábeis que afetaram as demonstrações financeiras da
Companhia:

1) Reclassificação do saldo de impostos diferidos para o ativo não circulante em


conformidade com o CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis;

2) Conforme CPC 28 - Propriedade para Investimento, deverão ser considerados


como Propriedade para Investimento a propriedade mantida para auferir aluguel
ou para valorização do capital ou para ambas. A Companhia reclassificou do
ativo imobilizado os saldos referentes aos shoppings centers para propriedade
para investimento mantendo como imobilizado somente os ativos de sede;

3) Em conformidade com o CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis,


a participação dos minoritários foi reclassificada para o patrimônio liquido como
participação de não controladores;

4) Reclassificação para apresentação do saldo liquido dos Gastos com emissões de


ações em conformidade com o CPC 08 - Contabilização de recursos de terceiros.
Essa classificação já era requerida em 31 de dezembro de 2009 e está sendo
corrigida nestas demonstrações financeiras;

5) A apresentação das receitas com estacionamento líquidas dos repasses aos


empreendedores na demonstração do resultado do consolidado, por se tratar de
prática mais adequada, uma vez que a Companhia possui papel de agente nas
transações;

6) A Companhia segregou as despesas com shopppings e empreendimentos em


desenvolvimento em projetos de locação e despesas com projetos de venda,
para demonstrar maior transparência na apresentação do resultado da
Companhia;

7) A Companhia constituiu imposto de renda diferido pela baixa integral do ativo


diferido em conformidade com o pronunciamento técnico CPC 23 - Políticas
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro;

52
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação

8) Baixa do ativo Diferido - A Lei n.11638/07 restringiu o lançamento de gastos no


ativo diferido, mas, após isso, a Medida Provisória n 449/08, convertida na Lei n
11.941/09 extinguiu esse grupo de contas. O Pronunciamento Técnico CPC 13,
que trata de Adoção inicial da Lei n 11.638/07, facultou as Companhias (i) a
manutenção do saldo nesse grupo até sua completa amortização, sujeito à
análise de impairment ou (ii) a baixa integral no balanço de abertura, na data de
transição, da parcela do saldo que não pudesse ser reclassificado para outro
grupo de ativos. À época, a Companhia adotou a opção de manter o saldo até a
sua completa amortização. Em 31 de dezembro de 2010, a Compnhia revisou
sua política contábil no âmbito do Pronunciamento Técnico CPC 23 - Políticas
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro e baixou integralmente o
saldo do ativo diferido no balanço de abertura. Assim, as práticas contábeis da
Companhia convergem plenamente com as normas internacionais de
contabilidade (IFRS).

9) Contabilização da proposta de pagamento de dividendos (ICPC 08) - Esta


interpretação esclarece que a declaração de dividendos, excedente ao mínimo
obrigatório, após o período contábil a que se referem às demonstrações
contábeis não devem ser reconhecidos como passivo, em virtude de não
atenderem aos critérios de obrigação presente na data das demonstrações
contábeis como definido no pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões,
Passivos Contingentes e Ativos.

10) A Companhia deixou de apresentar a provisão para contingências líquida dos


depósitos judiciais.

53
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação

Reapresentação das ITR de 2010, comparativamente com as de 2009 também


ajustados às normas de 2010.

Controladora
31/03/2009 30/06/2009 30/09/2009 31/03/2010 30/06/2010 30/09/2010
Trimestre findo em:

Patrimônio líquido publicado 1.973.690 2.019.332 2.732.803 2.886.287 2.923.481 2.966.621

Baixa do ativo diferido (27.087) (27.087) (27.087) (23.503) (23.503) (23.503)


Dividendos 10.042 - - - - -
Efeito no resultado referente à
amortização do ativo diferido 900 1.802 2.699 908 1.804 2.700
IR e CSLL diferidos incidentes sobre a
baixa e amortizaçãodo ativo diferido 8.904 8.597 8.292 7.682 7.378 7.073
(7.241) (16.688) (16.096) (14.913) (14.321) (13.730)

Patrimônio líquido reapresentado 1.966.449 2.002.644 2.716.707 2.871.374 2.909.160 2.952.891

Consolidado
31/03/2009 30/06/2009 30/09/2009 31/03/2010 30/06/2010 30/09/2010
Trimestre findo em:

Patrimônio líquido publicado 1.973.560 2.019.195 2.732.660 2.886.287 2.923.481 2.966.621

Baixa do ativo diferido (32.757) (32.757) (32.757) (28.641) (28.641) (28.641)


Dividendos 10.042 - - - - -
Efeito no resultado referente à
amortização do ativo diferido 1.109 2.170 3.107 1.146 2.282 3.415
IR e CSLL diferidos incidentes sobre a
baixa e amortização do ativo diferido 10.760 10.400 10.081 9.348 8.962 8.577
(10.846) (20.187) (19.569) (18.147) (17.397) (16.649)

Patrimônio líquido reapresentado 1.962.714 1.999.008 2.713.091 2.868.140 2.906.084 2.949.972

Controladora
31/03/2009 30/06/2009 30/09/2009 31/03/2010 30/06/2010 30/09/2010
Resultado do período:

Resultado publicado 44.583 89.418 137.752 45.947 97.427 142.796

Efeito referente baixa da amortização


do ativo diferido 901 1.802 2.699 908 1.804 2.700
IR e CSLL diferidos incidentes sobre a
baixa do ativo diferido (306) (613) (918) (309) (613) (918)
IR e CSLL correntes incidentes sobre
os gastos com emissão de ações - - (8.471) - - -
595 1.189 (6.690) 599 1.191 1.782

Resultado reapresentado 45.178 90.607 131.062 46.546 98.618 144.578

54
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Consolidado
31/03/2009 30/06/2009 30/09/2009 31/03/2010 30/06/2010 30/09/2010
Resultado do período:

Resultado publicado 44.178 89.806 138.515 46.740 98.174 143.781

Efeito referente baixa da amortização


do ativo diferido 1.109 2.170 3.107 1.147 2.282 3.415
IR e CSLL diferidos incidentes sobre a
baixa do ativo diferido (376) (738) (1.057) (390) (776) (1.161)
IR e CSLL correntes incidentes sobre
os gastos com emissão de ações - - (8.471) - - -
733 1.432 (6.421) 757 1.506 2.254

Resultado reapresentado 44.911 91.238 132.094 47.497 99.680 146.035

Controladora
31/03/2009 30/06/2009 30/09/2009 31/03/2010 30/06/2010 30/09/2010
Resultado do trimestre:

Resultado publicado 44.583 44.835 48.334 45.947 51.480 45.369

Efeito referente baixa da amortização


do ativo diferido 901 901 897 908 896 896
IR e CSLL diferidos incidentes sobre a
baixa do ativo diferido (306) (307) (305) (309) (304) (305)
IR e CSLL correntes incidentes sobre
os gastos com emissão de ações - - (8.471) - - -
595 594 (7.879) 599 592 591

Resultado reapresentado 45.178 45.429 40.455 46.546 52.072 45.960

Consolidado
31/03/2009 30/06/2009 30/09/2009 31/03/2010 30/06/2010 30/09/2010
Resultado do trimestre:

Resultado publicado 44.178 45.628 48.709 46.740 51.434 45.607

Efeito referente baixa da amortização


do ativo diferido 1.109 1.061 937 1.147 1.135 1.133
IR e CSLL diferidos incidentes sobre a
baixa do ativo diferido (377) (362) (319) (390) (386) (385)
IR e CSLL correntes incidentes sobre
os gastos com emissão de ações - - (8.471) - - -
732 699 (7.853) 757 749 748

Resultado reapresentado 44.910 46.327 40.856 47.497 52.183 46.355

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3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação

Estas Informações Trimestrais foram sujeitas aos procedimentos de revisão especial


aplicados pelos auditores independentes da Companhia de acordo com os
requerimentos da CVM para Informações Trimestrais (NPA 06 do IBRACON), incluindo
os ajustes decorrentes da adoção das novas práticas contábeis, não tendo sido,
portanto, sujeitas aos procedimentos de auditoria.

Segue abaixo os principais efeitos da adoção inicial dos CPC´s nas demonstrações
financeiras da Companhia:

(a) CPC 28 - Propriedade para Investimento, aprovado pela Deliberação CVM nº 584,
de 31 de julho de 2009: O CPC 28 aborda, dentre outros aspectos, os
procedimentos a serem aplicados no reconhecimento, mensuração e divulgação
de propriedades para investimentos. Os shopping centers em operação de
propriedade da Companhia, os projetos futuros de shopping centers, as expansões
de shopping centers, e os edifícios comerciais para locação, possuem a natureza
de Propriedades para Investimento, havendo a necessidade de: (i) mensuração e
registro das respectivas propriedades através de valor justo dos ativos, ou,
alternativamente, ou (ii) a manutenção dos ativos ao seu valor de custo com a
divulgação dos respectivos valores justos. A Companhia optou pela segunda
opção, cuja divulgação pode ser visualizada na nota 2.9.

(b) CPC 27 - Ativo Imobilizado, aprovado pela Deliberação CVM nº 583, de 31 de julho
de 2009: Este pronunciamento é aplicável a todo o ativo imobilizado da
Companhia, uma vez que a Companhia optou pela manutenção das Propriedades
de Investimento a valores de custo. A Companhia efetuou a revisão das vidas úteis
de seu ativo imobilizado e das suas propriedades para investimento e não
identificou alterações em relação às taxas já aplicadas. Dessa forma, julgou que o
valor de custo do seu ativo imobilizado e de suas propriedades para investimento
estava adequado, não sendo necessária a adoção do custo atribuído (“deemed
cost”).

(c) CPC 20 - Custos de empréstimos, aprovado pela Deliberação CVM nº 577, de 05


de junho de 2009: A Companhia já adotava a prática de capitalizar custos de
empréstimos diretamente atribuíveis a ativos qualificáveis. Adicionalmente avaliou
a possibilidade de adotar o critério de capitalização de encargos financeiros
captados genericamente, porém utilizados na obtenção de ativos qualificáveis. A
Companhia não identificou nenhum outro custo a ser capitalizado, exceto aos já
capitalizados pela Companhia.

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3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


(d) OCPC 04 - Contrato de Construção do Setor Imobiliário, aprovado pela
Deliberação CVM nº 653, de 16 de dezembro de 2010: A OCPC 04 aborda, dentre
outros aspectos, à contabilização das receitas e dos correspondentes custos das
entidades que realizam a incorporação e/ou construção de imóveis diretamente ou
por meio de subempreiteiras. A Companhia adota como prática contábil o
reconhecimento das receitas e correspondentes custos das operações de
incorporação imobiliária com base no OCPC 01, ou seja, com base no percentual
de evolução das obras. Segundo o disposto no OCPC 04, um contrato de
construção de um imóvel pode se enquadrar no CPC 17 (contratos de construção)
ou no CPC 30 (receitas). Caso o contrato se enquadre no CPC 17, o
reconhecimento do resultado ocorrerá de acordo com o andamento da obra.
Assumindo a hipótese de enquadramento ao CPC 30, a discussão se desloca para
a questão da transferência de controle, riscos e benefícios significativos de forma
contínua ou em um único evento (“entrega da chave”). Caso a transferência seja
feita de forma contínua, o resultado deverá ser reconhecido de acordo com a
evolução da obra. Caso contrário, o reconhecimento do resultado ocorrerá
somente na entrega das chaves. A Companhia efetuou uma rigorosa análise dos
seus contratos e verificou que a transferência do controle, dos riscos e dos
benefícios ocorre ao longo da obra. Sendo assim, o resultado da sua atividade
imobiliária é reconhecido com base no percentual de evolução da obra, conforme
descrito na nota 2.4.

(e) CPC 21 - Demonstração Intermediária, aprovado pela Deliberação CVM nº 581, de


31 de Julho de 2009: A norma produz alterações relevantes sobre o volume de
informações a serem divulgados em suas Informações Trimestrais - ITRs, dado
que tais ITRs foram preparadas em bases sintetizadas e não contemplaram todas
as informações materiais, necessárias e suficientes para prover um adequado e
completo rol de indicadores contábeis e financeiros aos usuários de suas ITRs.

(f) CPC 22 - Informações por Segmento, aprovado pela Deliberação CVM nº 582, de
31 de Julho de 2009: Foi requerida uma divulgação adicional nas demonstrações
financeiras da Companhia em decorrência dos dados e indicadores dos ativos,
passivos e resultados identificáveis para cada um de seus segmentos
operacionais. Vide divulgação na nota 24.

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(g) CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade, aprovado
pela Deliberação CVM nº 609 em 22 de dezembro de 2009: Foi requerido um
maior volume de informações divulgadas no balanço de abertura na data de
transição para o IFRS, de forma que as conciliações incluem detalhes suficientes
para o pleno entendimento dos ajustes efetuados em decorrência da mudança de
política contábil (adoção do IFRS) e a forma como eles afetaram a posição
patrimonial (balanço patrimonial), o desempenho econômico (demonstração do
resultado) e o desempenho financeiro (demonstração dos fluxos de caixa), em
relação às práticas que vinham sendo adotadas.

(h) CPC 43 - Adoção Inicial dos Procedimentos Técnicos CPC 15 a 40, aprovado
pela Deliberação CVM nº 610, de 22 de dezembro de 2009: o referido
pronunciamento está diretamente relacionado com o pronunciamento CPC 37 -
Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade, de forma que as
opções adotadas para fins do Pronunciamento CPC 37 foram também adotadas
para fins do Pronunciamento CPC 43, como forma de minimizar eventuais
diferenças entre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da
Companhia.

Novos IFRS e Interpretações do IFRIC

Alguns novos procedimentos contábeis do IASB e interpretações do IFRIC foram


publicados e/ou revisados e têm a sua adoção opcional ou obrigatória para os
exercícios iniciados a partir de 01 de janeiro de 2010. A Administração da Companhia
avaliou os impactos destes novos procedimentos e interpretações e em seu melhor
julgamento nesta data não prevê que sua adoção provoque um impacto material nas
informações anuais da Companhia no exercício de aplicação inicial, conforme segue:

► IAS 24 Exigências de Divulgação para Entidades Estatais e Definição de Parte


relacionada (Revisada) - Simplifica as exigências de divulgação para entidades
estatais e esclarece a definição de parte relacionada. A norma revisada aborda
aspectos que, segundo as exigências de divulgação e a definição de parte
relacionada anteriores, eram demasiadamente complexos e de difícil aplicação
prática, principalmente em ambientes com amplo controle estatal, oferecendo
isenção parcial a entidades estatais e uma definição revista do conceito de parte
relacionada. Esta alteração foi emitida em novembro de 2009, passando a vigorar
para exercícios fiscais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2011. Esta alteração
não terá impacto nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia.

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Novos IFRS e Interpretações do IFRIC--Continuação

► IFRS 9 Instrumentos Financeiros - Classificação e Mensuração - A IFRS 9


encerra a primeira parte do projeto de substituição da “IAS 39 Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”. A IFRS 9 utiliza uma abordagem
simples para determinar se um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado
ou valor justo, baseada na maneira pela qual uma entidade administra seus
instrumentos financeiros (seu modelo de negócios) e o fluxo de caixa contratual
característico dos ativos financeiros. A norma exige ainda a adoção de apenas
um método para determinação de perdas no valor recuperável de ativos. Esta
norma passa a vigorar para exercícios fiscais iniciados a partir de 1º de janeiro de
2013. A Companhia não espera que esta alteração cause impacto em suas
demonstrações financeiras consolidadas.

► IFRIC 14 Pagamentos Antecipados de um Requisito de Financiamento Mínimo -


Esta alteração aplica-se apenas àquelas situações em que uma entidade está
sujeita a requisitos mínimos de financiamento e antecipa contribuições a fim de
cobrir esses requisitos. A alteração permite que essa entidade contabilize o
benefício de tal pagamento antecipado como ativo. Esta alteração passa a
vigorar para exercícios fiscais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2011. Esta
alteração não terá impacto nas demonstrações financeiras consolidadas da
Companhia.

► IFRIC 19 Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos de Capital - A


IFRIC 19 foi emitida em novembro de 2009 e passa a vigorar a partir de 1º de
julho de 2010, sendo permitida sua aplicação antecipada. Esta interpretação
esclarece as exigências das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS)
quando uma entidade renegocia os termos de uma obrigação financeira com seu
credor e este concorda em aceitar as ações da entidade ou outros instrumentos
de capital para liquidar a obrigação financeira no todo ou em parte. A Companhia
não espera que a IFRIC 19 tenha impacto em suas demonstrações financeiras
consolidadas.

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3. Adoção inicial dos CPCs--Continuação


Novos IFRS e Interpretações do IFRIC--Continuação

Melhorias para IFRS - O IASB emitiu melhorias para as normas e emendas de IFRS
em maio de 2010 e as emendas serão efetivas a partir de 1º de janeiro de 2011.
Abaixo elencamos as principais emendas que poderiam impactar a Companhia:

► IFRS 3 - Combinação de negócios.


► IFRS 7 - Divulgação de Instrumentos Financeiros.
► IAS 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras.

A Companhia não espera que as mudanças tenham impacto em suas demonstrações


financeiras consolidadas.

Não existem outras normas e interpretações emitidas e ainda não adotadas que
possam, na opinião da administração, ter impacto significativo no resultado ou no
patrimônio divulgado pela Companhia.

4. Caixa e equivalentes de caixa


31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado

Caixa e bancos 18.533 36.222 8.787 21.767 22.714 26.831


Aplicação financeira - Certificados de Depósito
Bancário 746.161 758.617 793.107 806.200 123.900 140.754

764.694 794.839 801.894 827.967 146.614 167.585

As aplicações financeiras apresentam remuneração média, líquida de impostos, de


aproximadamente 100% da variação do CDI e podem ser resgatadas a qualquer
tempo sem prejuízo da receita reconhecida.

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5. Contas a receber
31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado

Locação de lojas 82.282 88.655 69.309 73.655 54.164 56.719


Cessão de direitos 85.019 96.621 41.848 60.565 39.070 62.014
Confissões de dívida (a) 2.173 2.175 2.423 2.424 2.637 2.650
Estacionamentos 4.734 3.673 3.980 2.295 2.342 -
Taxas de administração (b) 5.319 5.319 4.741 4.741 2.516 2.516
Comercialização 1.573 1.573 1.919 1.919 2.092 2.092
Publicidade 4.108 4.108 1.992 1.992 473 473
Vendas de imóveis (c) 30.254 30.254 164 164 1.037 1.037
Outros 1.137 2.317 2.207 3.899 2.040 3.211
216.599 234.695 128.583 151.654 106.371 130.712
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (16.713) (18.419) (17.291) (18.509) (12.861) (13.421)
199.886 216.276 111.292 133.145 93.510 117.291
Não circulante (32.676) (36.154) (11.701) (18.028) (11.388) (17.762)
Circulante 167.210 180.122 99.591 115.117 82.122 99.529

(a) Refere-se a saldos de cessão de direitos, aluguéis e outros, que se encontravam em atraso e foram renegociados.

(b) Refere-se às taxas de administração a receber pela Companhia e controlada Multiplan Administradora, cobradas dos empreendedores ou lojistas dos
shopping centers por elas administrados, os quais correspondem a um percentual sobre o aluguel das lojas (7% sobre o resultado líquido do shopping, ou 6%
do aluguel mínimo, mais 15% sobre o excedente ao mínimo, ou ainda um valor fixo), sobre os encargos comuns dos lojistas (5% sobre os gastos incorridos),
sobre a gestão financeira (percentual variável sobre os gastos incorridos na expansão dos shopping centers) e sobre o fundo de promoção (5% sobre a
arrecadação para o fundo de promoção).

(c) Em atendimento ao CPC 20 - Ajuste a valor presente, aprovado pela Deliberação CVM nº 564, de 17 de dezembro de 2008, a Companhia avaliou
internamente determinados ativos e passivos, a fim de analisar a necessidade de apresentá-los a valor presente. A metodologia utilizada foi a de Fluxo de
Caixa Descontado (DCF), utilizando as taxas de desconto conforme descrito abaixo.

O fluxo de caixa futuro do modelo foi estimado com base na carteira de recebíveis dos empreendimentos imobiliários para venda, seguindo as premissas de
variação monetária (INCC e IGP-M) e juros (tabela Price) utilizados no mercado. Sendo assim, para determinar o valor presente de um fluxo de caixa (AVP),
três informações foram utilizadas: (a) valor mensal do fluxo futuro, (b) prazo do referido fluxo financeiro, e (c) taxa de desconto.

(i) Valor mensal do fluxo futuro: Composto pela carteira de recebíveis contratada nos dois empreendimentos imobiliários desenvolvidos pela empresa
(Cristal Tower e Centro Profissional RibeirãoShopping ). O fluxo inclui o pagamento mensal de acordo com o contrato de cada cliente. A carteira é
reajustada pela variação monetária do INCC (Índice Nacional de Custos da Construção Civil) durante o período da obra, e pelo IGP-M (Índice Geral de
Preços de Mercado) após a entrega das chaves. Além da correção monetária, a carteira pós-chave é carregada de juros pela tabela Price (fato
desconsiderado como apresentado a seguir);

(ii) Prazo do referido fluxo financeiro: O fluxo é projetado mensalmente, a partir da data presente, considerando as parcelas mensais e intermediárias. Dado
a incidência de juros após a entrega de chaves, a empresa considera, de forma conservadora, o “pré-pagamento” de todo saldo a receber de todos
clientes no momento da entrega das chaves, não incluindo descontos, multas ou o benefício dos juros.

(iii) Taxa de desconto: A taxa de desconto considerada para trazer o fluxo a valor presente durante a obra é a taxa SELIC vigente. A escolha desta taxa foi
baseado no fato que a mesma pode ser considerada como o custo oportunidade do cliente, sendo determinante no seu processo decisório de “pré-
pagamento”.

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5. Contas a receber--Continuação

A composição do contas a receber por idade de vencimento encontra-se a seguir:


Saldo ainda
vencido e sem
perda por
redução ao Saldo vencido, mas sem perda por redução ao valor recuperável
valor 90 - 120
Controladora recuperável < 30 dias 30 - 60 dias 60 - 90 dias dias >120 dias Total

2010 196.588 1.347 929 720 397 16.618 216.599


2009 105.161 2.559 1.156 1.577 699 17.431 128.583
Em 01 de janeiro de 2009 79.622 1.743 868 646 489 23.003 106.371

Saldo ainda
vencido e sem
perda por
redução ao Saldo vencido, mas sem perda por redução ao valor recuperável
valor < 30 30 - 60 60 - 90 90 - 120 >120
Consolidado recuperável dias dias dias dias dias Total

2010 212.389 1.650 1.171 928 579 17.978 234.695


2009 126.661 2.947 1.344 1.707 804 18.191 151.654
Em 01 de janeiro de 2009 100.666 2.142 2.892 708 613 23.691 130.712

Como informação complementar, já que não está registrado contabilmente em razão


das práticas contábeis conforme mencionado na Nota 3a.1, o saldo que a Companhia
espera receber em 31 de dezembro de 2010, 31 de dezembro de 2009 e 1º de janeiro
de 2009, referentes às vendas de unidades imobiliárias em construção dos
empreendimentos “Centro Profissional MorumbiShopping”, “Cristal Tower” e “Centro
Profissional Ribeirão Shopping”, têm a seguinte composição por ano de vencimento:

31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro de


de 2010 de 2009 2009
2009 - - 10.042
2010 - 11.267 7.394
2011 24.033 7.029 5.147
2012 13.839 3.342 1.989
2013 em diante 50.661 13.183 11.153
88.533 34.821 35.725

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31 de dezembro de 2010 e 2009
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5. Contas a receber--Continuação

Esses créditos referem-se principalmente a incorporações em construção, cuja


concessão das correspondentes escrituras ocorre apenas após a liquidação e/ou
negociação dos créditos dos clientes e são atualizados pela variação do Índice
Nacional da Construção Civil - INCC até a entrega das chaves; e posteriormente pela
variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI.

Adicionalmente, a movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa


(PDD) encontra-se no quadro abaixo:

Controladora
Cessão de Confissão de
Locação direito dívida Total

Saldos em 01 de janeiro de 2009 (7.637) (3.026) (2.198) (12.861)

Adições/reversões (2.153) (2.447) 170 (4.430)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 (9.790) (5.473) (2.028) (17.291)

Adições/reversões (1.589) 1.816 351 578

Saldos em 31 de dezembro de 2010 (11.379) (3.657) (1.677) (16.713)

Consolidado
Cessão de Confissão de
Locação direito dívida Total

Saldos em 01 de janeiro de 2009 (7.760) (3.454) (2.207) (13.421)

Adições/reversões (2.127) (3.140) 179 (5.088)

Saldos em 31 de dezembro de 2009 (9.887) (6.594) (2.028) (18.509)

Adições/reversões (2.169) 1.908 351 90

Saldos em 31 de dezembro de 2010 (12.056) (4.686) (1.677) (18.419)

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
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6. Empréstimos e adiantamentos diversos


31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado

Circulante
Lojistas 326 326 633 638 267 267
Condomínio dos shopping centers (a) 7.551 8.310 8.844 9.600 7.549 7.561
Associação Barra Shopping Sul (b) 5.146 5.146 2.940 2.940 2.036 2.036
Associação Parkshopping Barigui (j) 463 463 - - - -
Associação Parkshopping 531 531 - - - -
Condominio Parkshopping (c) 3.781 3.781 2.162 2.162 871 871
Condomínio Ribeirão Shopping (d) 1.328 1.328 1.328 1.328 711 711
Condomínio New York Center (e) 63 63 491 491 510 510
Condominio Analia Franco 121 121 - - - -
Condomínio Morumbishopping 57 57 - - - -
Condomínio Barra Shopping Sul (f) - - 168 168 661 661
Condomínio Shopping Vila Olímpia (g) - 500 - 1.000 - -
Associação Shopping Vila Olímpia (h) - 1.096 - 1.939 - -
Adiantamento a fornecedores 2.684 2.818 2.531 3.252 2.814 10.876
Adiantamento a empreendedores (i) - 522 13.270 13.791 - -
Empréstimos Outros 63 63 - - - -
Outros 245 362 975 3.276 1.534 2.552

22.359 25.487 33.342 40.585 16.953 26.045


Provisão para perdas (a) (7.551) (8.310) (8.844) (9.600) (7.549) (7.549)
14.808 17.177 24.498 30.985 9.404 18.496
Não circulante
Lojistas 726 726 719 719 1.220 1.220
Condomínio Parkshopping (c) 1.312 1.312 2.282 2.282 2.861 2.861
Associação Barra Shopping Sul (b) 3.439 3.439 4.298 4.298 2.511 2.511
Manati Empreendimentos e Participações S.A.
(Nota 19) - - 8.740 - 806 -
MPH Empreendimentos Imobiliários Ltda.
(Nota 19) 68.240 - 66.739 - 22.711 -
Associação Parkshopping Barigui (j) 3.181 3.181 1.219 1.219 - -
Adiantamento a Empreendedores - - 485 485 - -
Outros - - 905 905 3.902 3.736

76.898 8.658 85.387 9.908 34.011 10.328

(a) Adiantamentos de encargos concedidos aos condomínios dos shoppings centers de propriedade do Grupo Multiplan, para os quais foi constituída provisão
para perdas sobre o saldo integral, tendo em vista o risco provável de não realização do mesmo.
(b) Refere-se aos adiantamentos concedidos a Associação dos Lojistas do Barra Shopping Sul para atender às suas necessidades de capital de giro. Em 2008
foram concedidos adiantamentos no montante total de R$ 4.800 os quais são atualizados mensalmente pela variação de 135% do CDI, sendo o montante de
R$ 2.800 restituído em 48 parcelas mensais a partir de janeiro de 2010 e o saldo remanescente de R$ 2.000 em 12 parcelas mensais a partir de janeiro de
2009. Durante 2009 foram concedidos três adiantamentos nos montantes de R$ 1.000, R$ 1.100 e R$ 1.500, os quais são atualizados mensalmente pela
variação de 135% do CDI, 117% do CDI e 117% do CDI, respectivamente, e serão restituídos em 24, 12 e 48 parcelas mensais a partir de janeiro de 2010,
sendo o último a partir de janeiro de 2011.
(c) Refere-se aos adiantamentos concedidos ao condomínio Parkshopping, para atender às suas necessidades de capital de giro. O saldo devedor é atualizado
mensalmente pela variação de 110% do CDI e estará sendo restituído em 48 parcelas mensais a partir de janeiro de 2009.
(d) Refere-se aos adiantamentos concedidos ao condomínio Ribeirão Shopping, para implantação do estacionamento. Esses adiantamentos não estão sendo
atualizados.
(e) Refere-se aos adiantamentos concedidos ao condomínio New York City Center, para atender às suas necessidades de capital de giro. O saldo devedor é
atualizado mensalmente pela variação de 110% do CDI.
(f) Refere-se aos adiantamentos concedidos ao condomínio Barra Shopping Sul, para atender às suas necessidades de capital de giro, liquidado em 13 de
outubro de 2010.
(g) Refere-se aos adiantamentos concedidos ao Condomínio do Shopping Vila Olímpia, através da MPH Empreendimentos Imobiliários Ltda., para atender às
suas necessidades de capital de giro, os quais não vem sendo atualizados.
(h) Refere-se aos adiantamentos concedidos à Associação do Shopping Vila Olímpia, através da MPH Empreendimentos Imobiliários LTDA., para atender às
suas necessidades de capital de giro. O saldo devedor é atualizado mensalmente pela variação do IPCA mais 8% a.a. e será restituído da seguinte forma: R$
1.800 até 15 de agosto de 2010, e mais 24 parcelas mensais iguais e sucessivas a partir de 15 de janeiro de 2011.
(i) Refere-se a investimentos realizados pela Companhia na expansão realizada no Ribeirão Shopping, cujos custos foram ressarcidos pelos demais
empreendedores em 10 de novembro de 2010. O saldo remanescente refere-se a controlada Renasce.
(j) Refere-se aos adiantamentos concedidos à Associação Parkshopping Barigui, para atender às suas necessidades de capital de giro. O saldo devedor é
atualizado mensalmente pela variação de 117% do CDI e será restituído em 40 parcelas mensais a partir de julho de 2011.

64
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

7. Impostos e contribuições sociais a compensar


31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado

Créditos tributários PIS/COFINS (a) 18.718 18.718 18.718 18.718 - -


Provisão de créditos tributários PIS/COFINS (a) (12.601) (12.601) - - - -
IR a compensar 3.168 4.636 8.674 9.948 8.126 10.127
CSLL a compensar 1.351 1.887 2.339 2.804 949 1.717
IOF a recuperar 1.274 1.274 1.274 1.274 1.274 1.274
IRRF sobre aplicações financeiras 5.864 6.454 2.921 3.440 6.028 6.154
IRRF sobre serviços prestados 600 602 793 796 378 380
PIS a compensar 2 3 252 554 20 358
COFINS a compensar 0 4 599 695 - 94
Outros 780 915 422 515 71 94
19.156 21.892 35.992 38.744 16.846 20.198

(a) Durante o exercício de 2005 a Bozano Simonsen Centros Comerciais S.A., empresa adquirida pela Multiplan Empreendimentos em 24 de fevereiro de
2006, impetrou um mandado de segurança contra a União Federal. Através desse mandado, a Bozano solicitava (i) a declaração da inexigibilidade do
crédito tributário referente à diferença entre o montante que seria devido a título de COFINS e de contribuição para o PIS, s egundo a apuração pela
sistemática trazida pela Lei nº 9.718/98 e o que seria devido sem as modificações da referida norma, no que toca aos recolhimentos futuros; e (ii) a
declaração do direito de realizar a compensação dos valores indevidamente recolhidos a título de COFINS e contribuição para o PIS desde a
implementação da sistemática da Lei nº 9.718/98, atualizados pela taxa SELIC, na forma da Lei nº 9.430/96, com débitos próprios relativos a quaisquer
tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, de acordo com o mandamento dos art. 66, da Lei nº 8.383/91 c/c o art. 74, da
Lei nº 9.430/96. Em setembro de 2009, com o mandado transitado em julgado, a Companhia registrou um crédito tributário no valor de R$ 18.718, com
base em pareceres jurídicos dos advogados patrocinadores da causa. Em 04 de outubro de 2010, a Companhia efetuou o pedido de habilitação deste
crédito junto à Receita Federal. Durante o processo de coleta dos documentos necessários para apresentação à Receita, outros consultores jurídicos
contratados pela Companhia com o propósito específico de fazer a habilitação do crédito, efetuaram análise crítica das informações e documentações
comprobatórias, e refinamento nas estimativas anteriores, incluindo índices de atualização e correção, apurando um montante revisado de R$ 6.117.
Sendo assim, a Companhia efetuou uma provisão de R$ 12.601 em 30 de setembro de 2010, sobre o saldo de impostos a compensar em contrapartida
a rubrica de outras receitas (despesas) operacionais líquidas. Tal provisão será mantida e reavaliada, se necessário, até a h omologação por parte da
Receita Federal do crédito em questão.

8. Terrenos e imóveis a comercializar

31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro


de 2010 de 2009 de 2009
Controladora e Controladora e Controladora e
consolidado consolidado consolidado

Terrenos 23.939 133.780 127.156


Imóveis concluídos 203 1.419 1.533
Imóveis em construção 9.041 6.069 768
33.183 141.268 129.457

65
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

9. Imposto de renda e contribuição social

O imposto de renda e a contribuição social diferidos têm a seguinte origem:

Controladora
31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro
de 2010 de 2009 de 2009

Ativo
Provisão para contingências 18.179 17.392 16.978
Provisão para créditos de liquidação
duvidosa (a) 14.393 13.240 12.282
Provisão para perdas sobre adiantamentos
de encargos (a) 7.551 8.844 7.549
Ágio em empresa incorporada (c) 181.946 339.435 430.060
Provisão de bônus anual 18.091 16.403 7.969
Diferido (f) 19.762 30.671 27.082
Resultado de projetos imobiliários (b) - - 89
Prejuízo fiscal e base negativa 20.665 24.075 42.626
Base do crédito fiscal diferido ativo 280.587 450.060 544.635

Imposto de renda diferido ativo (25%) 70.147 112.515 136.159


Contribuição social diferida ativa (9%) 25.253 40.505 49.017

Passivo
Ágio de rentabilidade futura não amortizado
(d) (235.799) (113.708) -
Linearidade da receita (e) (8.125) (6.000) -
Resultado de projetos imobiliários (b) (14.472) (517) -
Base do crédito fiscal diferido passivo (258.396) (120.225) -

Imposto de renda diferido passivo (25%) (64.599) (30.057) -


Contribuição social diferida passiva (9%) (23.256) (10.820) -

Base do crédito fiscal diferido 22.191 329.835 544.635


Imposto de renda diferido (25%) 5.548 82.459 136.159
Contribuição social diferida (9%) 1.997 29.685 49.017
7.545 112.143 185.176

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

9. Imposto de renda e contribuição social--Continuação


Consolidado
31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro
de 2010 de 2009 de 2009

Ativo
Provisão para contingências 18.367 17.392 16.978
Provisão para créditos de liquidação
duvidosa (a) 14.570 13.240 12.282
Provisão para perdas sobre adiantamentos
de encargos (a) 9.069 8.844 7.549
Resultado de projetos imobiliários (b) - - 89
Provisão de bônus anual 18.091 16.403 7.969
Ágio em empresa incorporada (c) 181.946 339.435 430.060
Diferido (f) 19.762 36.874 32.759
Prejuízo fiscal e base negativa 24.397 23.011 42.626
Base do crédito fiscal diferido ativo 286.202 455.199 550.312

Imposto de renda diferido ativo (25%) 71.551 113.800 137.578


Contribuição social diferida ativa (9%) 25.758 40.968 49.527

Passivo
Ágio de rentabilidade futura não amortizado
(d) (235.799) (113.708) -
Linearidade da receita (e) (10.234) (6.000) -
Resultado de projetos imobiliários (b) (14.472) (517) -
Base do crédito fiscal diferido passivo (260.505) (120.225)

Imposto de renda diferido passivo (25%) (65.125) (30.056)


Contribuição social diferida passiva (9%) (23.445) (10.820)

Base do crédito fiscal diferido 25.697 334.974 550.312


Imposto de renda diferido (25%) 6.424 83.743 137.578
Contribuição social diferida (9%) 2.313 30.148 49.527
8.737 113.891 187.105

67
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

9. Imposto de renda e contribuição social--Continuação


(a) O saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa considerado para o cálculo do crédito fiscal consolidado
encontra-se líquido do montante de R$ 2.320, registrado em contrapartida das receitas diferidas.

(b) De acordo com o critério fiscal, o resultado na venda de unidades imobiliárias é apurado com base na realização
financeira da receita (base de caixa) e os valores de custo são apurados mediante aplicação de percentual sobre
as receitas até então contabilizadas, sendo este percentual correspondente ao do custo total orçado em relação
às receitas totais estimadas.

(c) O ágio registrado no balanço da Bertolino, empresa incorporada em 2007, decorrente da aquisição de
participação no capital da Multiplan, no valor de R$ 550.330, que teve como fundamento econômico a expectativa
de rentabilidade futura e será amortizado pela Multiplan de acordo com as mesmas perspectivas de rentabilidade
futura que lhe deu origem no período de 4 anos e 8 meses. Em atendimento à Instrução CVM n° 349, a Bertolino
constituiu anteriormente a sua incorporação uma provisão para manutenção da integridade do patrimônio líquido,
no montante de R$ 363.218, correspondente à diferença entre o valor do ágio e do benefício fiscal decorrente da
sua amortização, de forma que a Multiplan incorporou somente o ativo correspondente ao benefício fiscal
decorrente da amortização do ágio a ser dedutível para fins fiscais, no montante de R$ 186.548. A referida
provisão será revertida na mesma proporção em que o ágio seja amortizado fiscalmente pela Multiplan.

(d) Ágios decorrentes da aquisição da Multishopping Empreendimentos Imobiliários S.A., Bozano Simonsen Centros
Comerciais S.A. e Realejo Participações S.A. fundamentados em rentabilidade futura, sendo estas empresas
incorporadas posteriormente e os respectivos ágios reclassificados para o intangível. De acordo com as novas
normas contábeis, a partir de 1 de janeiro de 2009 esses ágios deixaram de ser amortizados contabilmente sendo
reconhecido o imposto de renda diferido passivo sobre a diferença entre a base fiscal e o valor contábil dos
respectivos ágios.

(e) O critério de reconhecimento contábil da receita de locação é baseado na linearização da rec eita durante o prazo
do contrato independente do prazo de recebimento.

(f) A Companhia constituiu imposto de renda diferido pela baixa integral do ativo diferido em conformidade com o
pronunciamento técnico CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

O imposto de renda e contribuição social diferidos serão realizados de acordo com as


expectativas da Administração, conforme abaixo:

31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro


de 2010 de 2009 de 2009
Controladora Controladora Controladora

2010 - 73.121 110.624


2011 75.645 60.142 60.142
2012 5.480 5.480 5.480
2013 6.817 6.817 1.272
2014 em diante 7.458 7.460 7.658
95.400 153.020 185.176

68
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

9. Imposto de renda e contribuição social--Continuação


Conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social

A conciliação da despesa calculada pela aplicação das alíquotas fiscais nominais


combinadas e da despesa de imposto de renda e contribuição social registrada no
resultado está demonstrada abaixo:

Controladora
31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009
Imposto de Contribuição Imposto de Contribuição
Descrição renda social renda social

Lucro antes do imposto de renda e contribuição


social 329.523 329.523 255.714 255.714

Alíquota 25% 9% 25% 9%

Alíquota nominal (82.381) (29.657) (63.929) (23.014)

Adições e exclusões permanentes


Resultado de equivalência patrimonial 2.532 911 (2.290) (824)
Brindes e homenagens (147) (53) (110) (39)
Contribuíções, doações e patrocínio (2.321) (835) (287) (103)
Amortização de ágio sobre mais valia de ativos (20) (7) (273) (98)
Despesas com remuneração (Plano de opção de
compra de ações) (1.419) (511) (854) (307)
Gratificação e 13º salário de diretoria (1.964) - (1.646) -
Despesas com emissão de ações 45 16 - -
Infrações fiscais não dedutíveis (90) (32) - -
Outros 2.347 775 215 (4)

(1.037) 264 (5.245) (1.375)


Imposto de renda e contribuição social diferidos no
resultado (77.064) (27.535) (54.063) (19.230)
imposto de renda e contribuição social correntes no
resultado (6.354) (1.858) (15.110) (5.159)

Alíquota efetiva (83.418) (29.393) (69.173) (24.389)

69
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

9. Imposto de renda e contribuição social--Continuação


Conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social--Continuação

Consolidado
31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009
Imposto de Contribuição Imposto de Contribuição
Descrição renda social renda social

Lucro antes do imposto de renda e contribuição


social 349.125 349.125 263.088 263.088

Alíquota 25% 9% 25% 9%

Alíquota nominal (87.281) (31.421) (65.772) (23.678)

Adições e exclusões permanentes


Resultado de equivalência patrimonial (878) (316) (5.008) (1.803)
Brindes e homenagens (147) (53) (110) (39)
Contribuíções, doações e patrocínio (2.321) (835) (287) (103)
Amortização de ágio sobre mais valia de ativos (20) (7) (273) (98)
Despesas com remuneração (Plano de opção de
compra de ações) (1.419) (511) (854) (307)
Gratificação e 13º salário de diretoria (1.964) - (1.646) -
Ajuste a valor presente - unidades imobiliárias (350) (126) - -
Depesas com emissão de ações 45 16 - -
Infrações fiscais não dedudíveis (90) (32) - -
Efeito da base do lucro real das controladas
eliminado no consolidado 6.331 2.279 (87) (31)
Imposto de renda e contribuição social em
empresas sobre regime de lucro presumido (3.299) (1.228) 87 31
Outros 2.599 901 215 3

(1.513) 88 (7.963) (2.347)

Imposto de renda e contribuição social diferidos no


resultado (77.504) (27.651) (54.127) (19.349)
imposto de renda e contribuição social correntes no
resultado (11.290) (3.682) (19.608) (6.676)

Alíquota efetiva (88.794) (31.333) (73.735) (26.025)

70
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

10. Investimentos

Informações relevantes sobre as investidas:


31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Quantidade Lucro líquido Lucro líquido
de % de Capital Patrimônio (prejuízo) Patrimônio (prejuízo) Patrimônio
Investidas quotas/ações participação social líquido do exercício líquido do exercício líquido

CAA Corretagem e Consultoria


Publicitária S/C Ltda. 5.000 99,00 50 143 (145) 289 (18) 306
RENASCE - Rede Nacional de
Shopping Centers Ltda. 45.000 99,99 950 4.365 (322) 4.688 (503) 4.690
CAA Corretagem Imobiliária Ltda. 154.477 99,61 1.544 50 (15) 75 (40) (115)
MPH Empreendimentos
Imobiliários Ltda. 839 41,96 22.000 38.278 17.807 20.471 (1.523) 22.000
Multiplan Admin. Shopping Center 20.000 99,00 20 10.629 4.392 6.237 3.182 3.055
Brazilian Realty 11.081.059 99,99 - - - - - 48.071
JPL Empreendimentos 9.309.858 100,00 - - - - - 13.972
Indústrias Luna S.A. 7 0,01 - - - - - 48.071
Solução Imobiliária 1.715.000 100,00 - - - - - 1.545
Pátio Savassi Administração de
Shopping Center Ltda. 1.000.000 100,00 10 432 2.373 489 254 -
SCP - Royal Green Península - 98,00 51.582 12.102 (3.585) 15.178 (20.878) 23.046
Manati Empreendimentos e
Participações S.A. (a) 21.442.694 50,00 25.668 66.290 492 44.499 (3.183) 47.683
Haleiwa Participações S.A. (a) 29.893.268 50,00 13.922 28.978 (164) 27.683 (162) 26.894

A Companhia mantêm acordos de acionistas relativos as controladas em conjunto


Manati Empreendimentos e Participações S.A. e Haleiwa Participações S.A. No que
se refere a deliberações sobre a administração das controladas em conjunto, a
Companhia tem assento no Conselho de Administração e/ou na diretoria, participando
ativamente de todas as decisões estratégicas do negócio.

Movimentação dos investimentos da controladora


Saldo em Saldo em
31 de 31 de
dezembro de Resultado de dezembro
Investidas 2009 Adições Baixas Dividendos equivalência de 2010

CAA Corretagem e Consultoria Publicitária S/C Ltda. 286 - - - (144) 142


CAA Corretagem e Consultoria Imobiliária S/C Ltda. - 63 - - (13) 50
RENASCE - Rede Nacional de Shopping Centers
Ltda. 4.688 - - - (322) 4.366
SCP - Royal Green Península 15.175 5.000 (4.802) - (3.513) 11.860
Multiplan Admin. Shopping Center 6.174 - - - 4.348 10.522
MPH Empreendimentos Imobiliários Ltda. 8.590 - - - 7.471 16.061
Manati Empreendimentos e Participações S.A. (a) 22.251 10.647 - - 246 33.144
Haleiwa Participações S.A. (b) 13.982 589 - - (82) 14.489
Pátio Savassi Administração de Shopping Center
Ltda. 410 59 - (2.173) 2.136 432
Outros 98 - - - - 98
71.654 16.358 (4.802) (2.173) 10.127 91.164

71
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

10. Investimentos--Continuiação

Movimentação dos investimentos da controladora--Continuação


Saldo em
Saldo em 1º de Resultado de 31 de dezembro
Investidas janeiro de 2009 Adições Baixas equivalência de 2009

CAA Corretagem e Consultoria Publicitária S/C Ltda. 303 - - (17) 286


RENASCE - Rede Nacional de Shopping Centers 541 -
Ltda. 4.643 (496) 4.688
SCP – Royal Green Península 22.585 13.050 - (20.460) 15.175
Multiplan Admin. Shopping Center 3.025 - - 3.149 6.174
MPH Empreendimentos Imobiliários Ltda. 9.232 - - (642) 8.590
Brazilian Realty LLC. (c) 48.066 - (52.726) 4.660 -
JPL Empreendimentos Ltda. (d) 13.972 - (16.752) 2.780 -
Indústrias Luna S.A. (d) 5 52.725 (55.688) 2.958 -
Solução Imobiliária Ltda. (e) 1.545 - (1.912) 367 -
Manati Empreendimentos e Participações S.A. (a) 23.842 - - (1.591) 22.251
Haleiwa Participações S.A. (b) 13.447 617 - (82) 13.982
Pátio Savassi Administração de Shopping Center 352 (155)
Ltda. - 213 410
Outros 88 10 - - 98
140.753 67.295 (127.233) (9.161) 71.654

Movimentação dos investimentos do consolidado


Saldo em Saldo em
31 de 31 de
dezembro de Resultado de dezembro
Investidas 2009 Adições Baixas equivalência de 2010

SCP - Royal Green Península 15.175 5.000 (4.802) (3.513) 11.860


Outros 207 22 (73) 2 158
15.382 5.022 (4.875) (3.511) 12.018

Saldo em
Saldo em 1º 31 de
de janeiro de Resultado de dezembro de
Investidas 2009 Adições Baixas equivalência 2009

SCP - Royal Green Península 22.585 13.050 - (20.460) 15.175


Outros 262 305 (789) 429 207
22.847 13.355 (789) (20.031) 15.382

(a) A Companhia firmou em 07 de fevereiro de 2008 um contrato de mútuo concedendo à Manati o


montante de R$ 23.806. Em 13 de fevereiro de 2008, foi firmado entre as partes um termo aditivo
desse contrato mediante o qual o mútuo foi aumentado em R$ 500. Através da Ata de Assembléia
Geral Extraordinária, realizada em 25 de abril de 2008, a Manati restituiu à Multiplan o valor total
mutuado mediante conversão do valor total do mútuo em aporte de capital na Manati com subscrição,
pela Multiplan, de 21.442.694 novas ações ordinárias nominativas da Manati, passando a Companhia
a deter 50% do capital social da Manati que, por sua vez, possui 75% de participação no Shopping
Santa Úrsula. O valor pago dessa aquisição foi de R$ 28.668 e o ágio apurado nessa transação no
montante de R$ 3.218, o qual está fundamentado pelo valor de mercado dos bens (Nota 11).

72
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

10. Investimentos--Continuiação
(b) Em 20 de maio de 2008, a Companhia adquiriu 50% da totalidade do capital social da Haleiwa, pelo
montante de R$ 50 (valor em Reais). Em 23 de junho de 2008, através da Assembléia Geral
Extraordinária, foi definido o aumento de capital da Haleiwa, de R$ 1 para R$ 29.893, mediante a
emissão de 26.892.266 ações ordinárias nominativas, sendo: (a) 13.446.134 ações subscritas e
integralizadas pela Multiplan no montante de R$ 13.446, através da capitalização de créditos detidos
contra a Companhia decorrentes de mútuo e adiantamentos para futuro aumento de capital (AFACs)
realizados nos dias 28 de maio de 2008 e 02 de junho de 2008, para aquisição dos terrenos descritos
no objeto social da Haleiwa; (b) 1.500.000 ações subscritas mas ainda não integralizadas pela
Multiplan.

(c) Em 16 de julho de 2007, a Companhia adquiriu a totalidade do capital social da Brazilian Realty LLC,
empresa detentora de 100% do capital social da Luna que, por sua vez, detinha 65,19% do Shopping
Pátio Savassi. O valor pago nessa aquisição foi de R$ 124.134 e o ágio apurado nessa operação foi
de R$ 46.438, fundamentado em rentabilidade futura (Nota 12) e R$ 37.434 pelo valor de mercado
dos bens (Nota 11). Em 13 de setembro de 2007, a C ompanhia adquiriu a totalidade do capital social
da JPL Empreendimentos, empresa detentora de 100% do capital social da Cilpar que, por sua vez,
detém 18,61% de participação no Shopping Pátio Savassi. O valor pago nessa aquisição foi de R$
37.826, e o ágio apurado nessa transação foi de R$ 15.912, fundamentado em rentabilidade futura
(Nota 12) e R$ 10.796 pelo valor de mercado dos bens (Nota 11).

Em 14 de agosto de 2009, a Brazilian Realty LLC foi extinta e a sua participação no capital social da
Luna foi transferida para a Companhia. Sendo assim, a partir desta data, a Companhia passou a deter
participação direta em 100% do capital social da Luna.

(d) Conforme descrito na Nota 1, em 10 de dezembro de 2009 foi assinado o Protocolo e Justificação de
Incorporação da Indústria Luna S.A. e da JPL Empreendimentos Ltda. pela Multiplan na data base de
30 de novembro de 2009.

(e) Em 31 de outubro de 2007 a Companhia adquiriu a totalidade das quotas representativas do capital
social da Solução Imobiliária Ltda., pelo montante de R$ 6.429, a qual possui 0,58% de participação
no MorumbiShopping, e o ágio apurado na operação foi de R$ 3.524, fundamentado em rentabilidade
futura (Nota 12) e R$ 1.660 pelo valor de mercado dos bens (Nota 11). Conforme descrito na Nota 1,
em 10 de dezembro de 2009 foi assinado o Protocolo e Justificação de Incorporação da Solução
Imobiliária Ltda. pela Multiplan na data base de 30 de novembro de 2009.

73
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

11. Propriedades para Investimento

A Multiplan avaliou internamente suas propriedades para investimento a Valor Justo


seguindo a metodologia de Fluxo de Caixa Descontado (DCF). A Companhia calculou
o Valor Presente utilizando uma taxa de desconto seguindo o Modelo CAPM (Capital
Asset Pricing Model). Foram consideradas premissas de risco e retorno com base em
estudos efetuados por “Damodaran” (professor da NYU), de desempenho do mercado
acionário de shopping centers no Brasil (Beta Ajustado), além de perspectivas de
mercado (Relatório Focus do Banco Central) e dados sobre o prêmio de risco do
mercado nacional (Risco País). Baseado nestas premissas a Companhia estimou uma
taxa de desconto nominal desalavancada de 13,0% para 31 de dezembro de 2010 e
13,4% para 31 de dezembro de 2009.

Custo de capital próprio 2010 2009

Taxa Livre de Risco (Risk Free Rate) 3,7% 3,7%


Prêmio de risco de mercado 5,7% 5,6%
Beta ajustado 0,72 0,69
Risco país 202 304

Custo de capital próprio - US$ 9,8% 10,6%

Premissas de inflação 2010 2009

Inflação (BR) 5,3% 4,5%


Inflação (USA) 2,3% 1,9%
Custo de capital próprio - BRL$ 13,0% 13,4%

O fluxo de caixa futuro do modelo foi estimado com base nos fluxos de caixa
individuais dos shopping centers e torres comerciais incluindo o Resultado Líquido
Operacional (NOI), Cessão de Direito Recorrente (baseado somente na troca de mix,
salvo projetos futuros), Receita de Serviços dos shoppings (Dado a posição de
controle da Companhia em suas propriedades), Impostos sobre Receitas e
investimentos em revitalização e em obras em andamento. Para o cálculo da
perpetuidade foi considerada uma taxa de crescimento real de 2,0% para shoppings e
0,0% para torres comerciais.

74
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

11. Propriedades para Investimento--Continuação

A Companhia categorizou suas propriedades para investimento de acordo com o seu


status e utilizou uma taxa de desconto superior para projetos que não se encontram
em operação. À taxa de desconto nominal dos projetos futuros para locação
anunciados e não anunciadas (somente expansões em 2010) foi adicionada 100
pontos base, elevando-a para 14,0% em 2010 e para 14,4% em 2009. Abaixo segue
uma tabela com a descrição do valor identificado para cada categoria de
propriedades e apresentado o valor dos ativos na participação da Companhia e como
um todo (100%):

2010 2009
Avaliação de propriedades para Investimento Companhia 100% Companhia 100%

Shopping Centers em Operação R$ 9.690 M R$ 15.047 M R$ 6.931 M R$ 11.033 M


Projetos em desenvolvimento (anunciados) R$ 1.836 M R$ 1.951 M R$ 947 M R$ 1.036M
Projetos em desenvolvimento (não anunciadas) R$ 760 M R$ 858 M R$ 660M R$ 681M

Total R$ 12.286 M R$ 17.856 M R$ 8.538 M R$ 12.750 M

Propriedades para investimento são baixadas quando vendidas ou quando a


propriedade para investimento deixa de ser permanentemente utilizada e não se
espera nenhum benefício econômico futuro da sua venda. A diferença entre o valor
líquido obtido da venda e o valor contábil do ativo é reconhecida na demonstração do
resultado no período da baixa.
Controladora
Taxas
anuais de 31 de 31 de
depreciação dezembro Juros dezembro
(%) de 2009 Adições Baixas capitalizados Depreciação Transferências de 2010
Custo
Terrenos - 473.043 174.837 - - - - 647.880
Edificações e benfeitorias 2a4 1.133.748 56.022 (13.347) - - 163.894 1.340.317
Depreciação acumulada (167.962) 304 - (25.879) (193.537)
Valor líquido 965.786 56.022 (13.043) - (25.879) 163.894 1.146.780
Instalações 2 a 10 104.991 5.276 (1.888) - - 14.785 123.164
Depreciação acumulada (40.536) 122 - (7.458) - (47.872)
Valor líquido 64.455 5.276 (1.766) - (7.458) 14.785 75.292
Máquinas, equipamentos, 10 -
móveis e utensílios 7.380 3.747 (19) - 124 11.232
Depreciação acumulada (2.287) 2 - (1.009) 5 (3.289)
Valor líquido 5.093 3.747 (17) - (1.009) 129 7.943
Outros 10 a 20 2.323 841 - - - 488 3.652
Depreciação acumulada (673) - - - (131) (5) (809)
Valor líquido 1.650 841 (131) 483 2.843
Obras em andamento - 209.289 278.617 (5.378) 7.028 - (179.291) 310.265
1.719.316 519.340 (20.204) 7.028 (34.477) - 2.191.003

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

11. Propriedades para Investimento--Continuação


Taxas Controladora
anuais de 31 de
depreciação 1º de janeiro Juros Efeito da dezembro
(%) de 2009 Adições Baixas Depreciação capitalizados Transferências Incorporação de 2009
Custo
Terrenos - 311.883 141.484 - - - - 19.676 473.043
Edificações e benfeitorias 2a4 1.018.295 12.161 (2.132) - 60.436 44.988 1.133.748
Depreciação acumulada (138.332) 4 (22.035) - (7.599) (167.962)
Valor líquido 879.963 12.161 (2.128) (22.035) - 60.436 37.389 965.786
Instalações 2 a 10 87.814 3.944 (1.965) - - 11.385 3.813 104.991
Depreciação acumulada (31.581) 66 (7.017) - (2.004) (40.536)
Valor líquido 56.233 3.944 (1.899) (7.017) - 11.385 1.809 64.455
Máquinas, equipamentos, móveis e 10 679
utensílios 5.352 1.205 - 144 7.380
Depreciação acumulada (1.163) (695) - - (429) (2.287)
Valor líquido 4.189 1.205 (695) - 144 250 5.093
Outros 10 a 20 2.050 245 28 2.323
Depreciação acumulada (477) (179) (17) (673)
Valor líquido 1.573 245 (179) 11 1.650
Obras em andamento - 88.136 193.883 (2.138) 199 (71.965) 1.174 209.289
1.341.977 352.922 (6.165) (29.926) 199 - 60.309 1.719.316

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

11. Propriedades para Investimento--Continuação


Taxas
anuais de Consolidado
depreciação 31 de dezembro Juros 31 de dezembro
(%) de 2009 Adições Baixas capitalizados Depreciação Transferências de 2010
Custo
Terrenos - 572.113 176.329 - - 7.436 755.878
Edificações e benfeitorias 2a4 1.295.077 56.137 (13.381) - - 175.803 1.513.636
Depreciação acumulada (176.081) 304 - (28.363) (204.140)
Valor líquido 1.118.996 56.137 (13.077) - (28.363) 175.803 1.309.496
Instalações 2 a 10 133.206 5.277 (1.888) - - 24.325 160.920
Depreciação acumulada (42.865) 122 - (10.146) (52.889)
Valor líquido 90.341 5.277 (1.766) - (10.146) 24.325 108.031
Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios 10 10.245 4.042 (19) - 542 14.810
Depreciação acumulada (2.734) 2 - (1.306) 5 (4.033)
Valor líquido 7.511 4.042 (17) - (1.306) 547 10.777
Outros 10 a 20 2.581 933 - 488 4.002
Depreciação acumulada (639) - - - (155) (5) (799)
Valor líquido 1.942 933 - - (155) 483 3.203
Obras em andamento - 165.099 301.735 (5.378) 7.028 - (208.594) 259.890
1.956.002 544.453 (20.238) 7.028 (39.970) - 2.447.275
Ágio por mais valia de ativos
Brazilian Realty LLC.
Terreno 10.106 - - - - - 10.106
Benfeitorias 27.324 - - - - - 27.324
Amortização acumulada (1.891) - - - (762) - (2.653)
Valor líquido 25.433 - - - (762) - 24.671
Indústrias Luna S.A.
Terreno 1 - - - - - 1
Benfeitorias 3 - - - - - 3
Amortização acumulada
Valor líquido 3 - - - - - 3
JPL Empreendimentos Ltda.
Terreno 2.915 - - - - - 2.915
Benfeitorias 7.881 - - - - - 7.881
Amortização acumulada (537) - - - (220) - (757)
Valor líquido 7.344 - - - (220) - 7.124
Solução Imobiliária Ltda.
Terreno 398 - - - - 398
Benfeitorias 1.262 - - - - - 1.262
Amortização acumulada (83) - - - (41) - (124)
Valor líquido 1.179 - - - (41) - 1.138
Manati
Terreno 837 - - - - - 837
Benfeitorias 2.381 - - - - - 2.381
Amortização acumulada (94) - - - (80) - (174)
Valor líquido 2.287 - - - (80) - 2.207

(a) 50.503 - (1.103) - 49.400


2.006.505 544.453 (20.238) 7.028 (41.073) - 2.496.675

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

11. Propriedades para Investimento--Continuação


Taxas
anuais de Consolidado
depreciação 1º de janeiro Juros 31 de dezembro
(%) de 2009 Adições Baixas capitalizados Depreciação Transferências de 2009
Custo
Terrenos - 376.164 195.949 - - - - 572.113
Edificações e benfeitorias 2a4 1.078.141 50.393 (2.225) - - 162.062 1.288.371
Depreciação acumulada (146.040) - 4 - (23.314) - (169.350)
Valor líquido 932.101 50.393 (2.221) - (23.314) 162.062 1.119.021
Instalações 2 a 10 94.093 6.133 (1.965) - - 33.322 131.583
Depreciação acumulada (33.548) - 66 - (7.754) - (41.236)
Valor líquido 60.545 6.133 (1.899) - (7.754) 33.322 90.347
Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios 10 7.574 1.822 - - - 499 9.895
Depreciação acumulada (1.466) - - - (954) - (2.420)
Valor líquido 6.108 1.822 - - (954) 499 7.475
Outros 10 a 20 2.293 291 - - - - 2.584
Depreciação acumulada (289) (17) - - (331) - (637)
Valor líquido 2.004 274 - - (331) - 1.947
Obras em andamento - 129.769 233.152 (2.138) 199 - (195.883) 165.099
1.506.691 487.723 (6.258) 199 (32.353) - 1.956.002
Ágio por mais valia de ativos
Brazilian Realty LLC.
Terreno 10.106 - - - - - 10.106
Benfeitorias 27.324 - - - - - 27.324
Amortização acumulada (1.129) - - - (762) - (1.891)
Valor líquido 26.195 - - - (762) - 25.433
Indústrias Luna S.A.
Terreno 1 - - - - - 1
Benfeitorias 3 - - - - - 3
Amortização acumulada
Valor líquido 3 - - - - - 3
JPL Empreendimentos Ltda.
Terreno 2.915 - - - - - 2.915
Benfeitorias 7.881 - - - - - 7.881
Amortização acumulada (317) - - - (220) - (537)
Valor líquido 7.564 - - - (220) - 7.344
Solução Imobiliária Ltda.
Terreno 398 - - - - - 398
Benfeitorias 1.262 - - - - - 1.262
Amortização acumulada (42) - - - (41) - (83)
Valor líquido 1.220 - - - (41) - 1.179
Manati
Terreno 837 - - - - - 837
Benfeitorias 2.381 - - - - - 2.381
Amortização acumulada (28) - - - (66) - (94)
Valor líquido 2.353 - - - (66) - 2.287

(a) 51.592 - - - (1.089) - 50.503


1.558.283 487.723 (6.258) 199 (33.442) - 2.006.505

(a) Os ágios decorrentes da diferença entre o valor de mercado dos bens do ativo das controladas adquiridas e o respectivo valor contábil, está sendo amortizado na proporção da realização destes mesmos ativos nas controladas, por
depreciação ou baixa em decorrência de alienação desses bens. Para fins de apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, e de acordo com o art. 26 da Instrução CVM nº 247/96, o ágio decorrente da diferença entre o valor
de mercado e o valor contábil de ativos está sendo classificado na conta utilizada pela controlada para registro do respectivo ativo, no imobilizado.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

12. Imobilizado
Taxas
anuais de Controladora
depreciação 31 de dezembro 31 de dezembro
(%) de 2009 Adições Depreciação de 2010
Custo
Terrenos - 1.209 - - 1.209
Edificações e benfeitorias 2a4 4.438 34 - 4.472
Depreciação acumulada (238) - (178) (416)
Valor líquido 4.200 34 (178) 4.056
Instalações 2 a 10 397 2.111 - 2.508
Depreciação acumulada (123) - (94) (217)
Valor líquido 274 2.111 (94) 2.291
Máquinas, equipamentos, móveis e 10
utensílios 3.166 735 - 3.901
Depreciação acumulada (1.327) - (453) (1.780)
Valor líquido 1.839 735 (453) 2.121
Outros 10 a 20 1.598 1.289 2.887
Depreciação acumulada (531) - (289) (820)
Valor líquido 1.067 1.289 (289) 2.067
Imobilizado em andamento - - 120 - 120
8.589 4.289 (1.014) 11.864

Taxas Controladora
anuais de 31 de
depreciação 1º de janeiro dezembro
(%) de 2009 Adições Baixas Depreciação de 2009
Custo
Terrenos - 1.209 - - - 1.209
Edificações e benfeitorias 2a4 3.718 807 (87) - 4.438
Depreciação acumulada (83) - 1 (156) (238)
Valor líquido 3.635 807 (86) (156) 4.200
Instalações 2 a 10 308 89 - - 397
Depreciação acumulada (97) - - (26) (123)
Valor líquido 211 89 - (26) 274
Máquinas, equipamentos, 10
móveis e utensílios 2.783 389 (6) - 3.166
Depreciação acumulada (937) - 1 (391) (1.327)
Valor líquido 1.846 389 (5) (391) 1.839
Outros 10 a 20 1.221 377 - - 1.598
Depreciação acumulada (573) - - 42 (531)
Valor líquido 648 377 42 1.067
Imobilizado em andamento -
7.549 1.662 (91) (531) 8.589

79
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

12. Imobilizado--Continuação
Consolidado
anuais de 31 de 31 de
depreciação dezembro dezembro
(%) de 2009 Adições Depreciação de 2010
Custo
Terrenos - 3.113 - - 3.113
Edificações e benfeitorias 2a4 10.309 34 - 10.343
Depreciação acumulada (1.770) - (368) (2.138)
Valor líquido 8.539 34 (368) 8.205
Instalações 2 a 10 1.654 2.111 - 3.765
Depreciação acumulada (919) - (197) (1.116)
Valor líquido 735 2.111 (197) 2.649
Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios 10 4.852 735 - 5.587
Depreciação acumulada (2.848) - (499) (3.347)
Valor líquido 2.004 735 (499) 2.240
Outros 10 a 20 2.171 1.289 - 3.460
Depreciação acumulada (980) - (300) (1.280)
Valor líquido 1.191 1.289 (300) 2.180
Imobilizado em andamento - - 117 - 117
15.582 4.286 (1.364) 18.504

Taxas Consolidado
anuais de 31 de
depreciação 1º de janeiro dezembro
(%) de 2009 Adições Baixas Depreciação de 2009
Custo
Terrenos - 3.113 - - - 3.113
Edificações e benfeitorias 2a4 9.412 984 (87) - 10.309
Depreciação acumulada (1.333) - 1 (438) (1.770)
Valor líquido 8.079 984 (86) (438) 8.539
Instalações 2 a 10 1.536 118 - - 1.654
Depreciação acumulada (747) - - (172) (919)
Valor líquido 789 118 - (172) 735
Máquinas, equipamentos, móveis e
utensílios 10 4.467 391 (6) - 4.852
Depreciação acumulada (2.297) 1 (552) (2.848)
Valor líquido 2.170 391 (5) (552) 2.004
Outros 10 a 20 1.785 386 - - 2.171
Depreciação acumulada (1.015) - 35 (980)
Valor líquido 770 386 - 35 1.191
Imobilizado em andamento -
14.921 1.879 (91) (1.127) 15.582

80
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

13. Intangível

O saldo de intangível é composto por direitos por uso de sistemas e ágios apurados
pela Companhia através de aquisições de novos investimentos durante os exercícios
de 2007 e 2008, sendo parte desses investimentos incorporados posteriormente.
Controladora
Taxas anuais de 31 de dezembro 31 de dezembro
amortização (*) de 2009 Adições Amortização de 2010
Ágio de empresas incorporadas (a)
Bozano 307.067 - - 307.067
Amortização acumulada 20 (188.457) - - (188.457)
Realejo 86.611 - - 86.611
Amortização acumulada 20 (34.645) - - (34.645)
Multishopping 169.849 - - 169.849
Amortização acumulada 20 (85.754) - - (85.754)
254.671 - - 254.671
Ágio em aquisição de novas
participações (b)
Brazilian Realty LLC. 46.434 - - 46.434
Amortização acumulada 20 (13.232) - - (13.232)
Indústrias Luna S.A. 4 - - 4
Amortização acumulada 20 - - - -
JPL Empreendimentos Ltda. 15.912 - - 15.912
Amortização acumulada 20 (3.329) - - (3.329)
Solução Imobiliária Ltda. 3.524 - - 3.524
Amortização acumulada 14 (554) - - (554)
48.759 - - 48.759
Direito de uso de sistemas
Licença de uso de software (c) 20 6.206 13.186 - 19.392
Amortização acumulada (1.273) - (2.044) (3.317)
4.933 13.186 (2.044) 16.075
308.363 13.186 (2.044) 319.505

Controladora
Taxas anuais de 1º de janeiro 31 de dezembro
amortização (*) de 2009 Adições Amortização de 2009
Ágio de empresas incorporadas (a)
Bozano 307.067 - - 307.067
Amortização acumulada 20 (188.457) - - (188.457)
Realejo 86.611 - - 86.611
Amortização acumulada 20 (34.645) - - (34.645)
Multishopping 169.849 - - 169.849
Amortização acumulada 20 (85.754) - - (85.754)
254.671 - - 254.671
Ágio em aquisição de novas participações
(b)
Brazilian Realty LLC. 46.434 - - 46.434
Amortização acumulada 20 (13.232) - - (13.232)
Indústrias Luna S.A. 4 - - 4
Amortização acumulada 20 - - - -
JPL Empreendimentos Ltda. 15.912 - - 15.912
Amortização acumulada 20 (3.329) - - (3.329)
Solução Imobiliária Ltda. 3.524 - - 3.524
Amortização acumulada 14 (554) - - (554)
48.759 48.759
Direito de uso de sistemas
Licença de uso de software (c) 20 5.319 887 - 6.206
Amortização acumulada - - (1.273) (1.273)
5.319 887 (1.273) 4.933
308.749 887 (1.273) 308.363

81
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

13. Intangível--Continuação
Consolidado
Taxas anuais de 31 de dezembro 31 de dezembro
amortização (*) de 2009 Adições Baixas Amortização de 2010
Ágio de empresas incorporadas (a)
Bozano 307.067 - - - 307.067
Amortização acumulada 20 (188.457) - - - (188.457)
Realejo 86.611 - - - 86.611
Amortização acumulada 20 (34.645) - - - (34.645)
Multishopping 169.849 - - - 169.849
Amortização acumulada 20 (85.754) - - - (85.754)
254.671 - - - 254.671
Ágio em aquisição de novas
participações (b)
Brazilian Realty LLC. 46.434 - - - 46.434
Amortização acumulada 20 (13.232) - - - (13.232)
Indústrias Luna S.A. 4 - - - 4
Amortização acumulada 20 - - - - -
JPL Empreendimentos Ltda. 15.912 - - - 15.912
Amortização acumulada 20 (3.329) - - - (3.329)
Solução Imobiliária Ltda. 3.524 - - - 3.524
Amortização acumulada 14 (554) - - - (554)
48.759 - - - 48.759
Direito de uso de sistemas
Licença de uso de software (c) 20 6.206 13.186 - - 19.392
Amortização acumulada (1.273) - - (2.044) (3.317)
4.933 13.186 - (2.044) 16.075
Outros 1.150 - - - 1.150
Amortização acumulada (38) - - (29) (67)
1.112 - - (29) 1.083
309.475 13.186 - (2.073) 320.588

Consolidado
Taxas anuais de 1º de janeiro de 31 de dezembro
amortização (*) 2009 Adições Baixas Amortização de 2009
Ágio de empresas incorporadas (a)
Bozano 307.067 - - - 307.067
Amortização acumulada 20 (188.457) - - - (188.457)
Realejo 86.611 - - - 86.611
Amortização acumulada 20 (34.645) - - - (34.645)
Multishopping 169.849 - - - 169.849
Amortização acumulada 20 (85.754) - - - (85.754)
254.671 - - - 254.671
Ágio em aquisição de novas
participações (b)
Brazilian Realty LLC. 46.434 - - - 46.434
Amortização acumulada 20 (13.232) - - - (13.232)
Indústrias Luna S.A. 4 - - - 4
Amortização acumulada 20 - - - - -
JPL Empreendimentos Ltda. 15.912 - - - 15.912
Amortização acumulada 20 (3.329) - - - (3.329)
Solução Imobiliária Ltda. 3.524 - - - 3.524
Amortização acumulada 14 (554) - - - (554)
48.759 - - - 48.759
Direito de uso de sistemas
Licença de uso de software (c) 20 5.319 887 - - 6.206
Amortização acumulada - - - (1.273) (1.273)
5.319 887 - (1.273) 4.933
Outros 1.141 - - - 1.141
Amortização acumulada - - - (29) (29)
1.141 - - (29) 1.112
309.890 887 - (1.302) 309.475

(*) até 31 de dezembro de 2008 para amortização de ágios.

82
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

13. Intangível--Continuação

(a) Os ágios registrados em função de controladas incorporadas foram decorrentes


das seguintes operações: (i) Em 24 de fevereiro de 2006, a Companhia adquiriu
a totalidade das ações do capital da Bozano Simonsen Centros Comerciais S.A.
e da Realejo Participações S.A. Esses investimentos foram adquiridos pelos
valores de R$ 447.756 e R$ 114.086, respectivamente, tendo sido apurados
ágios nos montantes de R$ 307.067 e R$ 86.611, também respectivamente, em
relação ao valor contábil patrimonial das referidas empresas, naquela data; (ii)
Em 22 de junho de 2006, a Companhia adquiriu a totalidade das ações da
Multishopping Empreendimentos Imobiliários S.A. que se encontrava em poder
da GSEMREF Emerging Market Real Estate Fund L.P. pelo valor de R$ 247.514
e as ações em poder dos acionistas Joaquim Olímpio Sodré e Manoel Joaquim
Rodrigues Mendes pelo valor de R$ 16.587, tendo sido apurados ágios nos
montantes de R$ 158.931 e R$ 10.478, respectivamente, em relação ao valor
patrimonial da Multishopping naquela data. Adicionalmente, em 08 de julho de
2006 a Companhia adquiriu as ações da Multishopping Empreendimentos
Imobiliários S.A. que se encontravam em poder das acionistas Ana Paula Peres e
Daniela Peres, pelo valor de R$ 900, tendo sido apurado um ágio no montante de
R$ 448. Os referidos ágios tiveram como fundamento a expectativa de
rentabilidade futura desses investimentos.

(b) Em virtude de aquisições realizadas no exercício de 2007 a Companhia registrou


ágios por expectativa de rentabilidade futura no montante total de R$ 65.874, os
quais foram amortizados até 31 de dezembro de 2008,no prazo, extensão e
proporção dos resultados projetados no laudo elaborado pelos peritos
independentes, não excedendo o limite de dez anos.

(c) Com o objetivo de fortalecer o seu sistema de controle interno, e manter uma
estratégia de crescimento bem estruturada, a Companhia iniciou o processo de
implantação do Sistema SAP R/3. Para viabilizar essa implantação, a Companhia
assinou com a empresa IBM Brasil - Indústria, Máquinas e Serviços Ltda., em 30
de junho de 2008, um contrato de prestação de serviço no valor de R$ 3.300.
Adicionalmente, a Companhia celebrou junto a SAP Brasil Ltda., dois contratos
de licenciamento e manutenção de software, datados de 24 de junho de 2008,
mediante os quais a SAP concedeu à Companhia uma licença não exclusiva, por
tempo indeterminado, de uso do software. O valor estabelecido para a aquisição
da licença foi de R$ 1.795.

83
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

14. Empréstimos e financiamentos


Taxa média
anual de 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Indexador juros Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Circulante
BNDES (a) TJLP e
UMBNDES 5,2% 1.455 1.455 4.404 4.404 14.040 15.394
Bradesco (d) CDI 129,2% CDI 15.509 15.509 15.772 15.772 82.361 82.361
Real (b) TR 10% 18.906 18.906 18.000 18.000 8.518 8.518
Banco Itaú (c) TR 10% 2.319 2.319 2.187 2.187 - -
Banco IBM (e) CDI 0,79% 1.290 1.290 1.271 1.271 1.061 1.061
Banco IBM (i) CDI 1,48% 1.903 1.903 - - - -
BNDES PKS Expansão (g) TJLP 3,53% 9.465 9.465 - - - -
Real BHS Expansão V (h) TR 10% 11.213 11.213 - - - -
Custo de captação Real BHS
EXP - - (148) (148) - - - -
Custo de captação Itaú PSC - - (140) (140) - - -
Companhia Real de - -
Distribuição (f) 26 26 26 26 26 26
61.798 61.798 41.660 41.660 106.006 107.360
Não circulante
BNDES (a) TJLP e
UMBNDES 5,2% - - 1.448 1.448 5.754 5.754
Bradesco (d) CDI 129,2% CDI - - 15.000 15.000 - -
Real (b) TR 10% 85.075 85.075 99.000 99.000 110.721 110.721
Itaú PSC (j) TR 9,75% 36.687 36.687 - - - -
Itaú SAF(c) TR 10% 9.084 9.084 10.747 10.747 7.558 7.558
Banco IBM (e) CDI 0,79% 1.720 1.720 3.035 3.035 4.034 4.034
Banco IBM (i) CDI 1,48% 5.162 5.162 - - - -
BNDES PKS Expansão (g) TJLP 3,53% 24.105 24.105 - - - -
Real BHS Expansão V (h) TR 10% 85.966 85.966 - - - -
Custo captação Real BHS
EXP (756) (756) - - - -
Custos de captação Banco
Itaú (j) (1.426) (1.426) - - - -
Companhia Real de - -
Distribuição (f) 761 761 805 805 845 845
246.378 246.378 130.035 130.035 128.912 128.912

(a) Os empréstimos e financiamentos junto ao BNDES, obtidos para utilização nas


obras do shopping center MorumbiShopping em maio de 2005, estão garantidos
por hipoteca de 25% da fração ideal do Parkshopping. Os empréstimos obtidos
para a construção do ParkShopping Barigui já encontram-se liquidados restando
apenas o pagamento do saldo referente ao empréstimo para obra social.

84
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

14. Empréstimos e financiamentos--Continuação

(b) Em 30 de setembro de 2008 a Companhia firmou com o Banco ABN AMRO Real
S.A. um instrumento particular de concessão de financiamento para construção
do shopping center localizado em Porto Alegre, no montante de R$ 122.000. Os
encargos incidentes sobre este financiamento são de 10% a.a. mais TR, e a sua
amortização será em 84 parcelas mensais e consecutivas, vencendo a primeira
prestação em 10 de julho de 2009. Essa taxa de juros efetiva prevista foi
repactuada no dia 05 de novembro de 2010 pela ocorrência das seguintes
hipóteses: (a) se a composição de preço (taxa de juros mais TR) ficar abaixo de
95% do CDI médio para os últimos 12 meses; ou (b) se a composição de preço
(taxa de juros mais TR) ficar acima de 105% do CDI médio para os últimos 12
meses. Com isso os encargos incidentes sobre o financiamento passaram para
9,30% a.a. mais TR. Como garantia do empréstimo a Companhia alienou em
caráter fiduciário, o imóvel objeto do financiamento incluindo todas as acessões e
benfeitorias de que venham a ser acrescidos, e constituiu cessão fiduciária dos
créditos referentes aos recebíveis oriundos dos contratos de locação e cessão de
direitos do imóvel objeto do financiamento de direito da Companhia, os quais
devem representar no mínimo 150% do valor de uma prestação mensal até a
liquidação total da dívida.

Esse contrato de financiamento possui cláusulas determinando que a Companhia


deve manter o índice de alavancagem igual ou inferior a 1 (um) e a dívida
bancária total deve ser menor ou igual a quatro vezes o valor do EBITDA, a
serem apurados anualmente com base nas demonstrações financeiras da
Companhia. Em 31 de dezembro de 2010 a Companhia encontrava-se
adimplente com todas as condições contratuais.

(c) Em 28 de maio de 2008 a Companhia e os demais empreendedores do Shopping


Anália Franco firmaram com o Banco Itaú S.A. um instrumento particular de
abertura de crédito com o objetivo de reformar e ampliar o respectivo imóvel no
montante total de R$ 45.000, dos quais 30% é de responsabilidade da
Companhia. Os encargos incidentes sobre este financiamento são de 10% a.a.
mais TR, e a sua amortização será em 71 parcelas mensais e consecutivas,
vencendo a primeira prestação em 15 de janeiro de 2010. Em garantia do
pagamento da dívida, a Companhia alienou ao Banco Itaú, em caráter fiduciário,
o Shopping Center Jardim Anália Franco.

85
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

14. Empréstimos e financiamentos--Continuação


(d) No mês de outubro de 2008 a Companhia firmou com o Banco Bradesco uma
cédula de crédito bancário, no valor total de R$ 30.000, visando reforçar seu
gerenciamento de caixa, a qual não possui nenhum tipo de garantia, conforme
demonstrado abaixo:
Data da
Data inicial repactuação Montante Taxa de juros

09/10/2008 07/04/2009 30.000 129,2% CDI

Em 7 de abril de 2009 a Companhia firmou um Instrumento Particular de


Aditamento à cédula de crédito bancário, no qual foi definida a prorrogação do
prazo de vencimento da cédula com vencimento original em 7 de abril de 2009
para os seguintes vencimentos: R$ 15.000 em 29 de setembro de 2010 e
R$ 15.000 em 28 de março de 2011, assim como alterou a taxa de juros de 135%
do CDI para 129,2% do CDI.Em 31 de dezembro de 2010, o saldo a pagar era de
R$ 15.509.

(e) Conforme mencionado na Nota 12.c, a Companhia assinou com a empresa IBM
Brasil - Indústria, Máquinas e Serviços Ltda., em 30 de junho de 2008, um contrato
de prestação de serviço e celebrou junto a SAP Brasil Ltda., dois contratos de
licenciamento e manutenção de software, datados de 24 de junho de 2008. De
acordo com o 1º Termo Aditivo dos respectivos contratos, assinado em julho de
2008, o valor dos serviços relacionados a esses contratos foi objeto de
arredamento mercantil pela Companhia com o Banco IBM S.A. Através do
arrendamento, a Companhia cedeu ao Banco IBM S.A. a obrigação de efetuar o
pagamento dos serviços nas mesmas condições previstas nos contratos. Em
contrapartida, a Companhia restituirá ao Banco IBM todo o montante gasto na
implantação em 48 parcelas mensais e sucessivas de aproximadamente 2,1% do
custo total, acrescidas da variação diária da taxa DI-Over acumulada, vencendo a
primeira em março de 2009. Até a presente data, o montante total contratado foi de
R$ 5.095.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

14. Empréstimos e financiamentos--Continuação

(f) O saldo a pagar a Companhia Real de Distribuição é decorrente do empréstimo de


mútuo com a controlada incorporada Multishopping para viabilizar o início das
obras do BarraShopping Sul, a ser quitado em 516 parcelas mensais no valor de
R$ 4 a partir da data de inauguração do hipermercado em novembro de 1998, sem
incidência de juros ou atualização monetária.

(g) Em 21 de dezembro de 2009 a Companhia firmou Contrato de Financiamento


mediante abertura de crédito nº 09.2.1096.1 com o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES com o objetivo de financiar a
expansão frontal do ParkShopping. O referido crédito foi sub-dividido em
R$ 36.624 para o sub-crédito “A” e R$ 1.755 para o sub-crédito “B”. Sobre o sub-
crédito “A” incidirão TJLP acrescida de 3,53% a.a., e, sobre o sub-crédito “B” que
se destina a aquisição de máquinas e equipamentos, incidirão juros fixos de 4,5%
ao ano. Em 18 de janeiro de 2010, a Companhia recebeu R$ 36.624 referentes ao
sub-crédito “A” e em 30 de março de 2010 recebeu R$ 700 referente ao sub-
crédito “B”. A amortização de ambos os sub-créditos será em 48 parcelas mensais
e consecutivas, vencendo a primeira prestação em 15 de agosto de 2010.

(h) Em 19 de novembro de 2009 a Companhia firmou com o Banco ABN AMRO Real
S.A. um Instrumento particular de concessão de financiamento para reforma com
ampliação de área do BH Shopping, no montante de R$ 102.400. Os encargos
incidentes sobre este financiamento são de TR mais10% a.a., e a sua amortização
será em 106 parcelas mensais e consecutivas, vencendo a primeira prestação em
15 de dezembro de 2010. Como garantia do empréstimo a Companhia alienou em
caráter fiduciário 35,31% do imóvel objeto do financiamento e constituiu cessão
fiduciária dos créditos referentes aos recebíveis oriundos dos contratos de locação
e cessão de direitos do imóvel objeto do financiamento de direito da Companhia,
os quais devem representar no mínimo 120% do valor de uma prestação mensal
até a liquidação total da dívida. Até 31 de dezembro de 2010, foi liberado R$
97.280. O contrato prevê cláusula de vencimento antecipado caso o total da dívida
seja superior a quatro vezes o valor do LAJIDA (lucro antes dos juros, impostos,
depreciação e amortização). Em 31 de dezembro de 2010 a Companhia
encontrava-se adimplente com todas as condições contratuais.

87
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

14. Empréstimos e financiamentos--Continuação


(i) Em 28 de Janeiro de 2010 a companhia firmou com o Banco IBM S.A. um contrato
de abertura de linha de crédito no valor limite de R$ 15.000 para aquisição de
equipamentos de tecnologia da informação e/ou aquisição de programas de
software relacionados a produtos de tecnologia da informação e/ou aquisição de
serviços relativos a produtos de tecnologia da informação. Os encargos incidentes
sobre este financiamento são de CDI + 1,48% a.a, a partir da data do desembolso
de cada uma das parcelas. A amortização será em 8 parcelas semestrais
totalizando 48 meses. Até 31 de dezembro de 2010, o Banco IBM S.A liberou
R$ 7.095 do referido contrato.
(j) Em 10 de agosto de 2010, a Companhia firmou com o Banco Itaú Unibanco S.A.
uma cédula de crédito bancário para construção do ParkShoppingSãoCaetano, no
montante de R$ 140.000. Os encargos incidentes sobre este financiamento são de
TR mais 9,75% ao ano e a sua amortização será realizada em 99 parcelas mensais
e consecutivas, vencendo a primeira prestação em 15 de junho de 2012. Como
garantia do empréstimo, a Companhia constituiu cessão fiduciária dos créditos
referentes aos recebíveis oriundos dos contratos de locação e cessão de direitos de
uso das lojas do empreendimento objeto do financiamento, os quais devem
representar no mínimo 120% do valor de uma prestação mensal até a liquidação
total da dívida. Até 31 de dezembro de 2010 não houve liberação de qualquer valor.
A Companhia incorreu em custos de captação no montante de R$ 1.550, equivalente
a 1% do valor total do empréstimo, acrecido dos respectivos impostos.
Adicionalmente, em 30 de novembro de 2010, a Companhia firmou com o Banco
Itaú Unibanco S.A. uma cédula de crédito bancário para construção do Shopping
VillageMall, no montante de R$ 270.000. Os encargos incidentes sobre este
financiamento são de TR mais 9,75% ao ano e a sua amortização será realizada
em 114 parcelas mensais e consecutivas, vencendo a primeira prestação em 15 de
março de 2013. Como garantia do empréstimo, a Companhia irá hipotecar até o
dia 1º de agosto de 2011 o terreno e todas as acessões, construções, instalações
e benfeitorias nele existentes e que venham a ser acrescidas. Além disso, a
Companhia constituiu cessão fiduciária dos créditos referentes aos recebíveis
oriundos dos contratos de locação e cessão de direitos de uso das lojas do
empreendimento objeto do financiamento, os quais devem representar no mínimo
100% do valor de uma prestação mensal até a liquidação total da dívida. Este
contrato prevê clausula de vencimento antecipado caso o EBTIDA não seja
superior ou igual a duas vezes o valor da Despesa Financeira Liquida e a Dívida
Líquida não seja inferior ou igual a três vezes o EBITDA. Até 31 de dezembro de
2010 não houve liberação de qualquer valor. A Companhia irá incorrer em custos
de captação equivalente a 1% do valor total do empréstimo, acrescido dos
respectivos impostos.

88
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

14. Empréstimos e financiamentos--Continuação

Os empréstimos e financiamentos a longo prazo vencem como segue:


31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado

2010 - - - - 23.743 23.743


2011 - - 38.020 38.020 20.808 20.808
2012 46.808 46.808 21.572 21.572 18.828 18.828
2013 48.205 48.205 19.866 19.866 18.741 18.741
2014 43.364 43.364 20.213 20.213 18.337 18.337
2015 em diante 108.001 108.001 30.364 30.364 28.455 28.455
246.378 246.378 130.035 130.035 128.912 128.912

15. Debêntures

Em 19 de junho de 2009 a Companhia completou a 1ª Emissão para Distribuição


Pública Primária de debêntures, na qual foram emitidas 100 debêntures simples não
conversíveis em ações, do tipo escritural e da forma nominativa, da espécie
quirografária, em série única, para distribuição pública com esforços restritos, em
regime de garantia firme, com valor nominal unitário de R$ 1.000.000,00 (um milhão
de reais). Os lotes adicionais e suplementares de até 35% não foram exercidos. A
operação tem vencimento em 721 (setecentos e vinte e um) dias e os papéis serão
remunerados a taxa equivalente a 117% (cento e dezessete por cento) da variação
acumulada das taxas médias diárias dos Depósitos Financeiros de um dia, “over extra
grupo”, calculadas e divulgadas diariamente pela CETIP, no informativo diário
disponível em sua página na Internet (“Taxa DI-Over”) ao ano, base 252 dias úteis. A
amortização do principal das debêntures será integralmente realizada na data de
vencimento e o pagamento da remuneração será realizado de acordo com a tabela a
seguir a serem contados a partir da data da emissão.

1ª Data de pagamento de Remuneração - 17 de dezembro de 2009 (181 dias


contados da Data de Emissão)
2ª Data de pagamento de Remuneração - 15 de junho de 2010 (361 dias contados
da Data de Emissão)
3ª Data de pagamento de Remuneração - 12 de dezembro de 2010 (541 dias
contados da Data de Emissão)
4ª Data de pagamento de Remuneração 10 de junho de 2011 (721 dias contados da
Data de Emissão)

89
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

15. Debêntures--Continuação

Através da Escritura das debêntures a Companhia obrigou-se a manutenção dos


seguintes índices financeiros a serem verificados trimestralmente com base nas
informações trimestrais consolidadas da Companhia, Divida Líquida/EBITDA igual ou
inferior a 2,75 vezes e, EBITDA/Despesa Financeira Líquida, relativas aos quatro
trimestres imediatamente anteriores, igual ou superior a 2,75 vezes. Em 31 de
dezembro de 2010 a Companhia encontrava-se adimplente com todas as condições
contratuais.

16. Obrigações por aquisição de bens


31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro
de 2010 de 2009 de 2009
Controladora e Controladora e Controladora e
consolidado consolidado consolidado
Circulante
Terreno Barra (a) 5.848 22.143 20.956
PSS - Seguridade Social (b) 22.608 20.656 19.133
Terreno Morumbi (c) - 2.550 2.550
Terreno São Caetano (d) 6.766 5.520 -
Terreno Jundiaí (e) 6.498 10.984 -
Outros 269 269 2.583
41.989 62.122 45.222
Não circulante
Terreno Barra (a) - 5.536 26.195
PSS - Seguridade Social (b) 30.056 48.199 63.854
Terreno São Caetano (d) 59.157 58.822 -
Terreno Jundiaí (e) 9.748 14.924 -
98.961 127.481 90.049

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

16. Obrigações por aquisição de bens--Continuação

(a) Através de escritura pública datada de 11 de março de 2008, a Companhia


adquiriu um terreno situado na Barra da Tijuca - Rio de Janeiro, destinado à
construção de um shopping center e edificações a ele integradas. O valor de
aquisição foi de R$ 100.000, e será liquidado da seguinte forma: (a) R$ 40.000 no
ato da assinatura da escritura pública de compra e venda; (b) R$ 60.000, em 36
parcelas mensais, iguais, acrescidas de juros de 12% a.a., vencendo a primeira
parcela 30 dias após a data da assinatura da escritura.

(b) Em dezembro de 2006, a Companhia adquiriu da PSS a integralidade das quotas


de emissão do SC Fundo de Investimento Imobiliário, por R$ 40.000, sendo
R$ 16.000 pagos à vista e o saldo restante em 60 parcelas mensais e consecutivas
de R$ 494, já incluídas juros anuais de 9% pela tabela price, acrescidas da
variação do IPCA, vencendo-se a primeira em 20 de janeiro de 2007 e as demais
no mesmo dia dos meses subseqüentes. Adicionalmente, a Companhia adquiriu
da PSS 10,1% de participação no MorumbiShopping, por um montante de R$
120.000. Na data da escritura foi pago o valor de R$ 48.000, e o saldo
remanescente será liquidado em setenta e duas parcelas mensais, iguais e
consecutivas, acrescidas de juros de 7% a.a. pela tabela price, e atualizadas pela
variação do IPCA.

(c) Em dezembro de 2006, a Companhia firmou, com diversas pessoas físicas e


jurídicas, um instrumento particular de compromisso irrevogável e irretratável de
venda e compra de dois terrenos em SP pelo valor de R$ 19.800, dos quais
R$ 4.000 pagos na assinatura do contrato e R$ 13.250 em 20 de fevereiro de
2007. O valor de R$ 2.550 foi pago através de dação em pagamento de imóveis
referentes às unidades em construção do “Centro Empresarial MorumbiShopping”.
A Companhia adquiriu também quatro lotes de terrenos contíguos ao
empreendimento por R$ 2.694, integralmente liquidados.

91
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

16. Obrigações por aquisição de bens--Continuação

(d) Através do compromisso de compra e venda, datado de 9 de julho de 2008, a


Companhia adquiriu um terreno situado na cidade de São Caetano do Sul. A
conclusão do negócio e aquisição efetiva do imóvel está sujeita a determinadas
obrigações contratuais pelo vendedor. O valor de aquisição foi de R$81.000, sendo
que R$10.000 já foram pagos quando da assinatura do contrato. Em 8 de
setembro de 2009, através do instrumento particular de repactuamento parcial de
contrato de compromisso de venda e compra e outras avenças, as partes
reconheceram que o saldo pendente era de R$71.495, parcialmente reajustável, a
ser liquidado da seguinte forma: (i) R$4.000 no dia 11 de setembro de 2009;
(ii) R$4.000 no dia 10 de dezembro de 2009; (iii) R$ 247 no dia 10 de outubro de
2012 reajustado de acordo com a variação do IGP-M acrescido de juros de 3% ao
ano, a contar da data de assinatura do instrumento; (iv) R$31.748 em 64 parcelas
mensais, reajustáveis de acordo com a variação do IGP-M, no valor de R$ 540,
vencendo a primeira em 10 de janeiro de 2010; e (v) R$31.500 reajustáveis (caso o
valor seja pago em pecúnia), que deverá ser pago mediante dação em pagamento
de uma área construída de 6.600 m² de área útil integrante de um único edifício,
conforme especificado no instrumento. Caso a Companhia não efetue o
lançamento de um Shopping Center no prazo de 36 meses contados da assinatura
do instrumento, estará obrigada, a partir do 37º mês, a iniciar o pagamento da
parcela de R$31.500 em pecúnia, em 36 parcelas mensais reajustáveis de acordo
com a variação do IGP-M, a serem acrescidas de 3% ao ano, a contar da data de
assinatura do instrumento. Esta cláusula não está mais em vigor, tendo em vista
que o shopping foi lançado em 05 de novembro de 2009.

(e) Através da escritura pública, datada de 16 de dezembro de 2009, a Companhia


adquiriu um terreno situado em Jundiaí. O valor de aquisição foi de R$46.533,
sendo que R$700 foram pagos em 2008, e R$ 20.000 foram pagos na data da
escritura. O saldo remanescente de R$ 25.833 será liquidado da seguinte forma:
R$ 1.665 em 11 de fevereiro de 2010, R$ 1.665 em abril de 2010, R$ 1.670 em
junho de 2010, e 42 parcelas mensais de R$ 496, vencendo a primeira em 11 de
janeiro de 2010 e as demais nos mesmos dias dos meses subseqüentes. Todos os
pagamentos serão atualizados pela variação do IPCA e acrescidos de juros
moratórios de 7,2% a.a., contados a partir da data da escritura.

92
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

16. Obrigações por aquisição de bens--Continuação

As obrigações e aquisições de bens de longo prazo vencem como segue:

31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro


de 2010 de 2009 de 2009
Controladora e Controladora e Controladora e
consolidado consolidado consolidado

2010 - - 40.089
2011 - 38.182 24.372
2012 32.257 28.388 13.350
2013 36.496 33.090 12.238
2014 18.873 16.932 -
2015 11.335 10.889 -
98.961 127.481 90.049

17. Parcelamento de impostos


Consolidado
31 de dezembro 31 de dezembro 1º de janeiro
de 2010 de 2009 de 2009

Circulante
Autos de infração (a) 290 279 267
290 279 267
Não circulante
Autos de infração (a) 1.122 1.359 1.574
1.122 1.359 1.574

(a) Refere-se a autos de infração recebidos em julho de 2003 decorrentes do recolhimento a menor de
imposto de renda e contribuição social sobre o lucro durante o exercício de 1999. As controladas
Multishopping e Renasce optaram pelo termo de adesão ao parcelamento da Lei nº 10.684/03, sendo
o valor da dívida parcelado em 180 meses a contar de julho de 2003. Adicionalmente, a controlada
Renasce optou pelo parcelamento da dívida referente a execução fiscal movida pelo Instituto
Nacional do Seguro Social - INSS, por conta do não recolhimento de contribuição devida sobre
trabalho de terceiros, a qual estava garantida pelo contrato de prestação de fiança com o Banco ABC
Brasil S.A. até 2004. O valor do parcelamento é atualizado com base na variação da Taxa de Juros a
Longo Prazo - TJLP.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

18. Contingências
Controladora
31 de dezembro 31 de dezembro
Contingências de 2009 Adições Baixas de 2010

Pis e Cofins (a) 12.199 - - 12.199


Contingências cíveis (c) 5.225 28 (1) 5.252
Contingências trabalhistas 1.412 768 - 2.180
Provisão Pis e Cofins (b) 1.064 - - 1.064
Provisão IOF (b) 158 6 (21) 143
Contingências fiscais 14 - - 14
20.072 802 (22) 20.852

Controladora
31 de
1º de janeiro dezembro
Contingências de 2009 Adição Baixa Incorporação de 2009

Pis e Cofins (a) 12.920 - (1.594) 873 12.199


Contingências cíveis (c) 5.129 936 (840) - 5.225
Contingências trabalhistas 354 1.291 (244) 11 1.412
Provisão Pis e Cofins (b) 1.064 - - - 1.064
Provisão IOF (b) 175 158 (175) - 158
Contingências fiscais 21 8 (15) - 14
19.663 2.393 (2.868) 884 20.072

Consolidado
31 de dezembro 31 de dezembro
Contingências de 2009 Adições Baixas de 2010

Pis e Cofins (a) 12.168 - - 12.168


INSS 31 - - 31
Contingências cíveis (c) 5.290 58 (1) 5.347
Contingências trabalhistas 1.504 802 (92) 2.214
Provisão Pis e Cofins (b) 1.064 - - 1.064
Provisão IOF (b) 946 6 (571) 381
Contingências fiscais 432 25 - 457
21.435 891 (664) 21.662

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

18. Contingências--Continuação
Consolidado
31 de
1º de janeiro dezembro
Contingências de 2009 Adição Baixa Incorporação de 2009

Pis e Cofins (a) 13.793 - (752) (873) 12.168


INSS 63 - (32) - 31
Contingências cíveis (c) 5.167 963 (840) - 5.290
Contingências trabalhistas 516 1.303 (304) (11) 1.504
Provisão Pis e Cofins (b) 1.064 - - - 1.064
Provisão IOF (b) 1.402 946 (1.402) - 946
Contingências fiscais 18 426 (12) - 432
22.023 3.638 (3.342) (884) 21.435

As provisões para contingências foram constituídas para fazer face às perdas consideradas prováveis em processos
administrativos e judiciais relacionados às questões fiscais e trabalhistas, com expectativa de perda provável, em
valor julgado suficiente pela Administração, consubstanciada na avaliação de advogados e assessores jurídicos,
como segue:

(a) Em 1999, a Companhia passou a questionar judicialmente a incidência do Pis e da COFINS nos termos da Lei
nº 9.718 de 1998. Os recolhimentos inerentes à COFINS têm sido calculados de acordo com a legislação atual e
depositados judicialmente. Em setembro de 2009 esta causa transitou em julgado, e o Supremo Tribunal Federal
julgou parcialmente procedente o questionamento da Companhia, julgando inconstitucional a incidência da COFINS
sobre outras receitas que não aquelas decorrentes da venda de mercadorias e serviços, e constitucional a
incidência da COFINS sobre as receitas decorrentes da venda e locação de imóveis. Sendo assim, a Companhia
registrou uma reversão de provisão no montante de R$ 1.594.

(b) As provisões de Pis e COFINS e de IOF decorrem de transações financeiras realizadas entre partes relacionadas
até dezembro de 2006. A partir de 2007 a Companhia vem recolhendo o IOF normalmente.

(c) Em março de 2008, baseada na opinião de seus consultores jurídicos, a Companhia constituiu provisão para
contingências, no montante de R$ 3.228, e efetuou depósito judicial no mesmo montante. Essa provisão refere-se a
duas ações de indenização movidas por parentes de vítimas de um homicídio ocorrido nas dependências do
Cinema V do Morumbi Shopping em 03 de novembro de 1999.

O saldo remanescente das provisões cíveis refere-se a diversas causas de pequeno valor, movidas contra os
shoppings nos quais a Companhia possui participação.

95
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

18. Contingências--Continuação
Além dos casos acima descritos, a Companhia é ré em diversos processos de
natureza cível, os quais seus consultores jurídicos entendem como possíveis as
probabilidades de perda, estimadas em R$ 38.690 em 31 de dezembro de 2010
(R$ 32.430 em 31 de dezembro de 2009).
Os impostos e as contribuições sociais apurados e recolhidos pela Companhia e suas
controladas estão sujeitos a revisão por parte das autoridades fiscais por prazos
prescricionais variáveis.
Em 26 de junho de 1995 o consórcio formado pela companhia (sucessora da
Multishopping Empreendimentos Imobiliários S.A.) e pelas empresas Bozano,
Simonsen Centros Comerciais S.A., Pinto de Almeida Engenharia S.A., In Mont
Planejamento Imobiliário e Participações Ltda, antecipou para o Clube de Regatas do
Flamengo a importância de R$ 6.000. Tal importância deveria ser descontada da
renda obtida pelo Clube após a inauguração do shopping center situado no bairro da
Gávea, o qual era o objeto do consórcio. Contudo, o projeto foi cancelado, e o Clube
de Regatas do Flamengo não efetuou a devolução da importância adiantada. Os
membros do consórcio decidiram então iniciar um processo judicial requerendo o
devido ressarcimento. A decisão judicial, já transitada em julgado, determinou a
execução da importância mencionada, devidamente corrigida. Na medida em que a
Companhia está aguardando a exata determinação do montante, bem como
avaliando a sua realização, decidiu por não contabilizar este ativo contingente.

19. Depósitos judiciais


Controladora
31 de dezembro 31 de dezembro
Depósitos judiciais de 2009 Adições Baixas de 2010

Pis e Cofins 12.199 - - 12.199


Depositos cíveis 3.683 - - 3.683
Depósitos trabalhistas 42 - - 42
Outros 4.664 1.703 - 6.367
20.588 1.703 - 22.291

Controladora
31 de
1º de janeiro dezembro
Depósitos judiciais de 2009 Adição Baixa Incorporação de 2009

Pis e Cofins 12.920 - (1.594) 873 12.199


Depósitos cíveis 3.554 129 - - 3.683
Depósitos trabalhistas 30 12 - - 42
Outros 1.683 2.981 - - 4.664
18.187 3.122 (1.594) 873 20.588

96
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

19. Depósitos judiciais--Continuação


Consolidado
31 de dezembro 31 de dezembro
Depósitos judiciais de 2009 Adições Baixas de 2010

Pis e Cofins 12.920 - - 12.920


INSS 31 - - 31
Depositos cíveis 3.683 - - 3.683
Depositos trabalhistas 42 - - 42
Outros 4.863 1.661 - 6.524
21.539 1.661 - 23.200

Consolidado
31 de
1º de janeiro dezembro
Depósitos judiciais de 2009 Adição Baixa Incorporação de 2009

Pis e Cofins 13.793 - - (873) 12.920


INSS 63 - (32) - 31
Depositos cíveis 3.554 129 - - 3.683
Depositos trabalhistas 41 1 - - 42
Outros 3.031 1.843 (11) - 4.863
20.482 1.973 (43) (873) 21.539

20. Transações e saldos com partes relacionadas


31 de dezembro de 2010
Empréstimos e
adiantamentos
Créditos a receber diversos
Controladora Não circulante Não circulante

MPH Empreend. Imob. Ltda. - 68.240


Manati Empreendimentos e Participações S.A. 149 -
Total em 31 de dezembro de 2010 149 68.240

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

20. Transações e saldos com partes relacionadas--Continuação


31 de dezembro de 2009
Empréstimos e
Créditos a adiantamentos
receber diversos Valores a pagar Receitas
Controladora Não circulante Não circulante circulante financeiras

RENASCE - Rede Nacional de Shopping


Centers Ltda. 1 - - -
JPL Empreendimentos Ltda. - - 16 -
CAA - Corretagem Imobiliária Ltda. 211 - - 14
MPH Empreend. Imob. Ltda. - 66.739 - -
Multiplan Admin. Shopping Center 1 - - -
WP Empreendimentos Participações - -
Ltda. - 183
Manati Empreendimentos e 8.740
Participações S.A. 148 - -
Total em 31 de dezembro de 2009 361 75.479 16 197

1º de janeiro de 2009
Créditos a Empréstimos e adiantamentos Valores a
receber diversos pagar Receitas
Controladora Não circulante circulante Não circulante circulante financeiras

RENASCE - Rede Nacional de


Shopping Centers Ltda. 1 - - - -
JPL Empreendimentos Ltda. 25 25 - 188 -
CAA - Corretagem Imobiliária
Ltda. 196 7 - - 34
MPH Empreend. Imob. Ltda. - 14 22.711 - -
Multiplan Admin. Shopping
Center 8 4 - - -
WP Empreendimentos
Participações Ltda. 1.687 - - - 330
Manati Empreendimentos e
Participações S.A. - 48 806 - -
Brazilian Realty 73 73 - - -
Solução Imobiliária Ltda. 49 5 - - -
Haleiwa - - 166 - -
Total em 1º de janeiro de 2009 2.039 176 23.683 188 364

98
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

20. Transações e saldos com partes relacionadas--Continuação


31 de dezembro de 2010
Créditos a receber Valores a pagar
Consolidado Não circulante Circulante

Helfer Comércio e Participações Ltda. - 26.034


Plaza Shopping Trust SPCO Ltda. - 68.240
Manati Empreendimentos e Participações S.A. 75 -
Total em 31 de dezembro de 2010 75 94.274

31 de dezembro de 2009
Créditos a receber Valores a pagar
Consolidado Não circulante Circulante

Helfer Comércio e Participações Ltda. - 25.459


Plaza Shopping Trust SPCO Ltda. - 66.739
WP Empreendimentos Participações Ltda. - 16
Manati Empreendimentos e Participações S.A. 74 -
Total em 31 de dezembro de 2009 74 92.214

1º de janeiro de 2009

Créditos a receber Valores a pagar


Consolidado Não circulante Circulante

Helfer Comércio e Participações Ltda. - 8.581


Plaza Shopping Trust SPCO Ltda. - 15.034
WP Empreendimentos Participações Ltda. 1.687 -
Outros - 165
Total em 1º de janeiro de 2009 1.687 23.780

Até 31 de dezembro de 2010 a Companhia efetuou diversos adiantamentos à


controlada MPH Empreendimentos Imobiliários no montante total de R$ 68.240, com o
objetivo de financiar os custos da obra do empreendimento Vila Olímpia, no qual a
MPH possui participação de 71,5%. Estes montantes não estão sendo atualizados e a
Companhia tem intenção de futura capitalização do respectivo saldo. A Companhia
possui 41,96% de participação na MPH Empreendimentos Imobiliários Ltda.

Os saldos a pagar a Helfer Comércio e Participações Ltda. e Plaza Shopping Trust


SPCO Ltda. no consolidado referem-se aos adiantamentos realizados pelas mesmas à
controlada MPH Empreendimentos Imobiliários com objetivo de futura capitalização,
para financiar os custos da obra do empreendimento Vila Olímpia, no qual a MPH
possui participação de 71,5%.

Determinadas transações com partes relacionadas são efetuadas em condições


específicas e eventualmente diferentes das usuais de mercado.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

21. Receitas diferidas


31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado Controladora Consolidado

Receita de cessão de direitos


(luvas) 165.299 205.469 98.316 149.444 86.362 125.679
Custo de venda a apropriar (21.207) (23.390) (17.279) (19.161) (195) (1.127)
Demais receitas 1.654 1.654 1.694 1.694 1.746 1.746
145.746 183.733 82.731 131.977 87.913 126.298
Circulante 31.828 42.163 43.796 54.279 20.604 21.264
Não circulante 113.918 141.570 38.935 77.698 67.309 105.034

22. Patrimônio líquido

a) Capital social

Em 28 de setembro de 2009 a Companhia completou a Oferta de Distribuição


Pública Primária, na qual foram emitidas 26.000.000 novas ações. O valor de
venda da oferta primária de ações, sem considerar o lote suplementar, foi de
R$ 689.000, que resultou no ingresso de R$ 665.735 ao caixa da Companhia,
depois de descontado os valores estimados de comissões e despesas. Em 09 de
outubro de 2009 foram emitidas 3.900.000 ações do lote suplementar pelo valor de
R$ 103.350, resultando no ingresso de R$99.938 ao caixa da Companhia.

Em reunião do Conselho de Administração realizada no dia 18 de janeiro de 2010,


foi aprovada a emissão privada de 1.497.773 ações ordinárias nominativas, sem
valor nominal, ao preço de emissão de R$ 11,06 por ação, perfazendo um
aumento de capital da Companhia no montante de R$ 16.565. Esta emissão foi
decorrente do exercício da opção de compra de ações outorgada ao Presidente da
Companhia, Sr. José Isaac Peres, dentro do Plano de Outorga de Opção de
Compra de Ações da Companhia, aprovado na Assembléia Geral Ordinária de 06
de julho de 2007, conforme descrito na nota 21(g). As ações foram emitidas dentro
do limite do capital autorizado previsto no artigo 8º, parágrafo 1º, do Estatuto
Social da Companhia.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

22. Patrimônio líquido--Continuação

a) Capital social--Continuação

Em 31 de dezembro de 2010 e 2009, o capital social da controladora está


representado por 179.197.214 e 177.699.441 ações totais. O total de ações é
composto por ações ordinárias e preferenciais, nominativas, escriturais e sem
valor nominal, assim distribuídas:
Quantidade de Ações
31 de Dezembro de 2010 31 de Dezembro de 2009
Acionista Ordinárias Preferenciais Total Ordinárias Preferenciais Total

Multiplan Planejamento. Participações e


Administração S.A. 55.866.130 - 55.866.130 57.587.470 - 57.587.470
1700480 Ontário Inc. 40.285.133 11.858.345 52.143.478 40.285.133 11.858.345 52.143.478
José Isaac Peres 200.000 - 200.000 2.247.782 - 2.247.782
Maria Helena Kaminitz Peres 100.000 - 100.000 650.878 - 650.878
Ações em circulação 69.783.734 - 69.783.734 64.665.971 - 64.665.971
Conselho de Administração e Diretoria 52.494 2 52.496 63.860 2 63.862
Total de ações em circulação 166.287.491 11.858.347 178.145.838 165.501.094 11.858.347 177.359.441
Ações em tesouraria 1.051.376 - 1.051.376 340.000 - 340.000
167.338.867 11.858.347 179.197.214 165.841.094 11.858.347 177.699.441

b) Reserva legal

A reserva legal é calculada com base em 5% de seu lucro líquido conforme


previsto na legislação em vigor, e no Estatuto Social da Companhia, limitada a
20% do capital social.

c) Reserva para expansão

Em atendimento ao disposto no Estatuto Social da Companhia, a parcela


remanescente do lucro líquido, após a absorção dos prejuízos acumulados, à
constituição da reserva legal, e à distribuição de dividendos, é destinada à reserva
de expansão. Essa reserva possui a finalidade de assegurar recursos que
permitam a realização de novos investimentos em capital fixo e circulante e a
expansão das atividades sociais.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

22. Patrimônio líquido--Continuação

d) Reserva especial de ágio na incorporação

Conforme explicado na Nota 9, com a incorporação pela Companhia da sua


controladora Bertolino, o ágio registrado no balanço da Bertolino decorrente da
aquisição de participação no capital da Multiplan, líquido da provisão para
manutenção da integridade do patrimônio líquido, foi registrado na Companhia,
após a referida incorporação, em conta específica de imposto de renda e
contribuição social diferido, no ativo, em contrapartida de reserva especial de ágio
na incorporação, de acordo com o §1º do artigo 6º da Instrução CVM nº 319/99.
Este ágio será amortizado de acordo com as mesmas perspectivas de
rentabilidade futura que lhe deu origem no período de 5 anos.

e) Ações em tesouraria

No dia 03 de fevereiro de 2010 o Conselho de Administração da Companhia


aprovou a renovação do programa de recompra de ações de emissão da
Companhia vencido em novembro de 2009, tendo sido mantidas as mesmas
características do programa anterior. O programa tem por objetivo aplicar parte
dos recursos disponíveis da Companhia de forma a maximizar a geração de valor
para o acionista, assim como fazer frente à eventuais exercícios de opções de
ações.

A Companhia decidiu então aplicar parte dos seus recursos disponíveis na


recompra de ações, com o objetivo de maximizar a geração de valor para o
acionista, assim como fazer frente a eventuais exercícios de opções de ações.
Dessa forma, a Companhia adquiriu até a presente data 1.316.400 ações
ordinárias (340.000 em 31 de dezembro de 2009). Durante o ano de 2010,
265.024 ações foram utilizadas para liquidação do exercício de opções. O saldo de
ações em tesouraria em 31 de dezembro de 2010 é de 1.051.376 ações. Vide
Nota 22 (g) para maiores detalhes.

Na data de 31 de dezembro de 2010, o percentual de ações em circulação é de


38,94% (36,39% em 31 de dezembro de 2009). As ações foram adquiridas a um
custo médio ponderado de R$ 29,64 (valor em Reais), a um custo mínimo de
R$ 9,80 (valor em Reais), e a um custo máximo de R$ 37,94 (valores em Reais). O
preço de fechamento das ações calculado com base na última cotação anterior ao
encerramento do ano foi de R$ 36,90 (valor em Reais).

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

22. Patrimônio líquido--Continuação

f) Dividendos

De acordo com o previsto no Estatuto Social da Companhia, o dividendo mínimo


obrigatório é de 25% do lucro líquido, ajustado nos termos da legislação societária.

2010

Lucro líquido do exercício 216.712


Apropriação à reserva legal (10.836)

Dividendos mínimos obrigatórios 51.469


Percentual de destinação 25%

Dividendos por ação R$ 0,2889

g) Plano de opção de compra de ações

Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 6 de julho de 2007 foi aprovado


um Plano de Opção de Compra de Ações de emissão da Companhia para
administradores, empregados e prestadores de serviços da Companhia ou de
outras sociedades sob controle da Companhia.

O referido Plano é administrado pelo Conselho de Administração, cabendo ao


Diretor Presidente determinar os beneficiários a quem as opções de compra de
ações de serão outorgadas.

A outorga de Opções, no âmbito do Plano de Opção de Ações aprovado em 2007,


não poderá conferir direitos de aquisição sobre um número de ações que exceda,
a qualquer tempo, 7% do capital social da Companhia. A diluição corresponde ao
percentual representado pela quantidade de opçções de ações dividido pela
quantidade total de ações de emissão da Companhia. Em 31 de dezembro de
2010 o percentual de diluição é de 2,65%. O percentual de diluição não considerou
a emissão de novas ações.

Os beneficiários do Plano de Opção de Ações poderão exercer suas opções


dentro de até 4 anos contados da respectiva outorga. O período de carência
(vesting) será de até 2 anos, com liberações de 33,4% a partir do segundo
aniversário, 33,3% a partir do terceiro aniversário e 33,3% a partir do quarto
aniversário.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

22. Patrimônio líquido--Continuação

g) Plano de opção de compra de ações--Continuação

O preço das ações deverá ser baseado na média da cotação das ações da
Companhia da mesma classe e tipo nos últimos 20 (vinte) pregões na Bolsa de
Valores de São Paulo (BOVESPA) imediatamente anteriores à data da outorga da
opção, ponderada pelo volume de negociação, corrigido monetariamente de
acordo com o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou por outro índice que
venha a ser determinado pelo Conselho de Administração, até a data do efetivo
exercício da Opção.

Foram efetuadas cinco distribuições de opções, distribuídas ao longo dos anos


2007, 2008, 2009 e 2010, que se enquadram dentro do limite máximo de 7%
previsto no Plano, sendo estas resumidas a seguir:

a. Programa 1 - Na data de 06 de julho de 2007 o Conselho de Administração da


Companhia aprovou o 1º Programa de Opção de Compra de Ações e a
outorga de opções de 1.497.773 ações, exercíveis após 180 dias contados da
realização da Primeira Oferta Pública das Ações pela Companhia. Não
obstante a previsão geral ao Plano, conforme descrito anteriormente, o preço
de exercício dessas opções é de R$ 9,80, atualizado pela inflação de acordo
com o IPCA, publicado pelo IBGE, ou por outro índice que venha a ser
escolhido pelo Conselho de Administração.

b. Programa 2 - Na data de 21 de novembro de 2007, o Conselho de


Administração da Companhia aprovou o 2º Programa de Opção de Compra de
Ações e a outorga de opções de 114.000 ações. Desse total, 16.000 ações
foram outorgadas a um funcionário que saiu da Companhia antes do prazo
mínimo para exercer a opção. O preço de exercício dessas opções é de R$
22,84, atualizado pela inflação de acordo com o IPCA, publicado pelo IBGE, a
partir da data de celebração da outorga até a data do exercício da opção de
compra da ação.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

22. Patrimônio líquido--Continuação

g) Plano de opção de compra de ações--Continuação

c. Programa 3 - Na data de 04 de junho de 2008, o Conselho de Administração


da Companhia aprovou o 3º Programa de Opção de Compra de Ações de
emissão da Companhia, havendo sido aprovada a outorga de opções de
1.003.400 ações. Desse total, 68.600 ações foram outorgadas a um
funcionário que saiu da Companhia antes do prazo mínimo para exercer a
opção. O preço de exercício dessas opções é de R$ 20,25, atualizado pela
inflação de acordo com o IPCA, publicado pelo IBGE, a partir da data de
celebração da outorga até a data do exercício da opção de compra da ação.

d. Programa 4 - Na data de 13 de abril de 2009, o Conselho de Administração da


Companhia aprovou o 4º Programa de Opção de Compra de Ações de
emissão da Companhia, havendo sido aprovada a outorga de opções de
1.300.100 ações. Desse total, 44.100 ações foram outorgadas a um
funcionário que saiu da Companhia antes do prazo mínimo para exercer a
opção. O preço de exercício dessas opções é de R$ 15,13, atualizado pela
inflação de acordo com o IPCA, publicado pelo IBGE, a partir da data de
celebração da outorga até a data do exercício da opção de compra da ação.
e. Programa 5 - Na data de 04 de março de 2010, o Conselho de Administração
da Companhia aprovou o 5º Programa de Opção de Compra de Ações de
emissão da Companhia, havendo sido aprovada a outorga de opções de
966.752 ações. O preço de exercício dessas opções é de R$ 30,27, atualizado
pela inflação de acordo com o IPCA, publicado pelo IBGE, a partir da data de
celebração da outorga até a data do exercício da opção de compra da ação.
As distribuições descritas em (b), (c), (d) e (e) seguem os parâmetros definidos
pelo Plano de Opção de Compra de Ações descritos anteriormente.
Em 07 de janeiro de 2010 foram exercidas 1.497.773 opções de compra de ações
pelo Diretor Presidente Sr. José Isaac Peres. Adicionalmente, o longo do ano de
2010 foram exercidas 265.024 opções de compra de ações relativas aos
programas 2 e 3 por alguns beneficiários. Sendo assim, em 31 de dezembro de
2010, o montante total de ações que compõem o saldo das opções outorgadas
pela Companhia passou a ser de 2.990.528 ações, as quais representam 1,67%
do total de ações.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

22. Patrimônio líquido--Continuação

g) Plano de opção de compra de ações--Continuação

Os prazos de carência para o exercício das opções estão assim definidos:


Quantidade de
opções
% de opções Quantidade exercidas até
liberadas para o máxima de 31 de dezembro
Prazos de carência a partir da outorga exercício ações de 2010

Programa 1
180 dias após a primeira oferta pública de ações -
26/01/08 100% 1.497.773 1.497.773
Programa 2
A partir do segundo aniversário - 21/11/09 33,4% 32.732 31.204
A partir do terceiro aniversário - 21/11/10 33,3% 32.634 -
A partir do quarto aniversário - 21/11/11 33,3% 32.634 -
Programa 3
A partir do segundo aniversário - 04/06/10 33,4% 312.224 233.820
A partir do terceiro aniversário - 04/06/11 33,3% 311.288 -
A partir do quarto aniversário - 04/06/12 33,3% 311.288 -
Programa 4
A partir do segundo aniversário - 13/04/11 33,4% 419.504 -
A partir do terceiro aniversário - 13/04/12 33,3% 418.248 -
A partir do quarto aniversário - 13/04/13 33,3% 418.248 -
Programa 5
A partir do segundo aniversário - 04/03/12 33,4% 322.986 -
A partir do terceiro aniversário - 04/03/13 33,3% 321.883 -
A partir do quarto aniversário - 04/03/14 33,3% 321.883 -

O valor justo médio ponderado das opções de compra nas datas das outorgas,
descrito abaixo, foi estimado usando-se o modelo de precificação de opções
Black-Sholes, assumindo as premissas listadas abaixo:

Taxa livre de Maturidade


Volatilidade risco média Valor justo

Programa 1 48,88% 12,10% 3,25 anos R$ 16,40


Programa 2 48,88% 12,50% 4,50 anos R$ 7,95
Programa 3 48,88% 12,50% 4,50 anos R$ 7,57
Programa 4 48,79% 11,71% 4,50 anos R$ 7,15
Programa 5 30,90% 6,60% 3,00 anos R$ 7,28

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31 de dezembro de 2010 e 2009
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22. Patrimônio líquido--Continuação


g) Plano de opção de compra de ações--Continuação
Em atendimento ao disposto no pronunciamento técnico CPC 10, os pagamentos
baseados em ações que estavam em aberto em 31 de dezembro de 2008, foram
mensurados e reconhecidos pela Companhia, sendo seus efeitos registrados de
forma retroativa ao início do exercício que foram outorgados até o limite da data de
transição. Com base no valor justo das opções na data de concessão das
mesmas, o efeito no patrimônio líquido e no resultado são os seguintes:
Patrimônio
Resultado líquido

Ajuste de adoção inicial da Lei 11638/07 24.579 24.579


2008 1.272 25.851
2009 3.415 29.266
2010 5.675 34.941
2011 5.952 40.893
2012 4.741 45.634
2013 2.508 48.142
2014 293 48.435

O efeito no exercício de 2010 do reconhecimento do pagamento baseado em


ações no patrimônio líquido e no resultado foi de R$ 5.675, sendo R$ 2.599 a
parcela referente aos administradores. No exercício de 2009 o efeito no patrimônio
líquido e no resultado foi de R$ 3.415, sendo R$ 1.629 a parcela referente aos
administradores.

23. Resultado financeiro líquido


31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009
Controladora Consolidado Controladora Consolidado

Rendimentos sobre aplicações financeiras 80.046 80.774 25.921 28.432


Juros sobre empréstimos e financiamentos (30.313) (30.313) (27.900) (27.936)
Juros sobre empreendimentos imobiliários 53 53 91 91
Tarifas bancárias e outros encargos (3.733) (4.019) (1.080) (1.324)
Variação cambial (16) 1.031 (26) 840
Variação monetária ativa 1.216 1.924 708 995
Variação monetária passiva (4.100) (4.159) (5.398) (5.552)
Multa e juros sobre infrações fiscais (133) (136) (212) (249)
Multa e juros sobre aluguel e cessão 2.522 2.655 2.583 2.731
Rendimento de quotas - - 38 53
Juros sobre mútuos 1.874 2.039 2.855 2.965
Juros sobre obrigações para aquisições de
bens (5.607) (5.607) (6.058) (6.062)
Comissões bancárias (730) (822) (173) (195)
Descontos Obtidos 114 123 78 97
Total 41.193 43.543 (8.573) (5.114)

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


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24. Informações por segmento


Para fins de administração, a empresa reconhece quatro segmentos que são
responsáveis pelas receitas e despesas da empresa. A segmentação é necessária
dado que as margens, a apropriação de receitas e despesas e os produtos finais são
diferentes entre cada. A empresa identificou e diferenciou quatro segmentos:
Shopping

Refere-se à participação da empresa no condomínio civil de shopping centers e em


seus respectivos estacionamento. Este é o segmento principal da receita da
Companhia, sendo sua parcela responsável por 74,0% do total da empresa em 2010.
Nesta operação o fator determinante no montante de suas receitas e despesas é a
participação que a empresa detém em cada empreendimento. A descrição de suas
receitas e despesas serão descritas abaixo:
Receitas: As receitas são provenientes principalmente da cobrança de aluguel pela
área ocupada por lojista e receitas de estacionamento. Estas receitas são
apropriadas na proporção da participação do empreendedor em cada condomínio.
Receitas de locação: São cobranças feitas pelos proprietários dos shoppings centers
(a Companhia e seus sócios) pela locação de áreas em seus shoppings. A receita
inclui quatro tipos de locação: Aluguel Mínimo (baseado num contrato comercial
indexado ao IGP-DI), Complementar (Percentual de vendas dos lojistas),
Merchandising (locação de espaço no Mall do empreendimento) e linearidade (retirar
a volatilidade e sazonalidade das receitas de aluguel mínimo).
Estacionamento: Receitas provenientes da cobrança de clientes pela permanência
de seus veículos no espaço de estacionamento do empreendimento.
Despesas: Incluem despesas como lojas vagas, contribuições ao fundo de promoção,
jurídicas, arrendamento, corretagem, entre outras despesas decorrentes da
participação no shopping center. Vale ressaltar que despesas de manutenção e
operação (condomínio edilício) do shopping center são de responsabilidade dos
lojistas.
Outros: Inclui as despesas de depreciação.
Os ativos de shopping center são compostos principalmente por ativos permanentes
de shoppings centers em operação e contas a receber de receitas de locação.

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(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

24. Informações por segmento--Continuação


Imobiliário

A operação imobiliária inclui receitas e despesas da venda de imóveis desenvolvidos


normalmente no entorno do shopping. Como mencionado anteriormente esta
atividade contribui na geração de fluxo de cliente para o shopping aprimorando seu
resultado. Adicionalmente, a valorização e conveniência que um shopping traz para o
entorno, possibilita companhia a reduzir riscos e aumentar receitas dos imóveis
vendidos. As receitas são decorrentes da venda dos imóveis e os custos da
construção dos mesmos. Ambos são apropriados de acordo com o andamento Físico-
Financeiro (POC) da obra. As despesas são decorrentes em grande parte de
corretagem e marketing. Por fim, a conta de outros diz respeito principalmente a um
projeto imobiliário que vem sendo reconhecido no balanço e resultado da empresa
pela conta de investimento e equivalência patrimonial respectivamente.

O ativo deste segmento está concentrado no estoque de terrenos e imóveis em


construção da empresa e no contas a receber.

Projetos

A operação de Projetos inclui despesas e receitas decorrentes do desenvolvimento


de shopping center. O custo de desenvolvimento é ativado, mas as despesas como
marketing, corretagem, estudos de viabilidade entre outros são despesadas no
resultado da empresa. Da mesma forma a empresa considera que a maior parte de
sua receita de Cessão de Direito é decorrente de projetos abertos nos últimos cinco
anos (prazo médio de reconhecimento da receita de Cessão de Direito), sendo assim
produto da comercialização das lojas durante seu processo de desenvolvimento. Ao
desenvolver seus projetos a empresa pode garantir a qualidade dos shopping center
nos quais ela terá participação no futuro.

O ativo de projetos é composto principalmente pelos ativos permanentes das obras


em andamento e contas a receber das lojas já contratadas.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

24. Informações por segmento--Continuação


Gestão e outros

A empresa presta serviço de administração para seus sócios e lojistas cobrando por
estes serviços. Adicionalmente a Companhia cobra de seus sócios na propriedade
uma taxa de corretagem pela locação de lojas. A administração de seus shoppings é
essencial para seu sucesso sendo um grande foco na empresa. Por outro lado a
empresa incorre com despesas de sede para estes serviços e outros, que são
consideradas neste segmento. O mesmo também inclui impostos, resultados
financeiros e outros por serem resultados que dependem da estrutura da empresa e
não somente da operação de cada segmento descrito anteriormente.

O ativo deste segmento é composto principalmente pelo caixa da empresa, impostos


de renda diferidos e ativos intangíveis.

31 de dezembro de 2010
Gestão e
Shopping Imobiliário Projetos outros Total

Receitas 490.723 61.428 35.241 75.232 662.624


Custos - (32.295) - - (32.295)
Despesas (65.883) (4.003) (39.433) (98.773) (208.092)
Outros (44.613) (3.511) - (24.988) (73.112)
Lucro antes do imposto de renda e
da contribuição social 380.227 21.619 (4.192) (48.529) 349.125

Ativos operacionais 2.192.175 77.519 813.321 902.971 3.985.986

31 de dezembro de 2009
Gestão e
Shopping Imobiliário Projetos outros Total

Receitas 421.139 11.869 26.990 74.368 534.366


Custos - (8.539) - - (8.539)
Despesas (61.778) (1.085) (18.187) (91.597) (172.647)
Outros (35.753) (20.031) - (34.308) (90.092)
Lucro antes do imposto de renda e
da contribuição social 323.608 (17.786) 8.803 (51.537) 263.088

Ativos Operacionais 1.762.369 156.814 423.685 1.325.098 3.667.966

110
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

25. Instrumentos financeiros e gestão de riscos

Os valores constantes nas contas do ativo e passivo, como instrumentos financeiros,


encontram-se atualizados na forma contratada até 31 de dezembro de 2010 e
correspondem, aproximadamente, ao seu valor de mercado. Esses valores estão
representados substancialmente por disponibilidades e valores equivalentes, contas a
receber de clientes, empréstimos e adiantamentos diversos, empréstimos e
financiamentos, e obrigações por aquisição de bens. Os valores registrados se
equivalem aos valores de mercado.

Os principais instrumentos financeiros da Companhia estão representados por:

i) Disponibilidades e valores equivalentes - está representado ao valor de mercado,


que equivale ao seu valor contábil;
ii) Contas a receber de clientes, e empréstimos e adiantamentos diversos - são
classificados como ativos financeiros mantidos até o vencimento, e estão
contabilizados pelos seus valores contratuais, os quais equivalem ao valor de
mercado.
iii) Obrigação por aquisição de bens, empréstimos e financiamentos e debêntures -
são classificados como passivos financeiros mantidos até o vencimento, e estão
contabilizados pelos seus valores contratuais, e atualizados pela taxa efetiva de
juros da operação.

Para fins de divulgação, as dívidas que possuem custos de captação tiveram seus
valores de mercado calculados considerando o custo de captação durante todo o
período da dívida e não no início da dívida. Sendo assim, este custo de captação foi
diluído pelo número de meses da operação somado a taxa mensal de cada dívida e
trazido a valor presente na data do balanço.

Os valores contábeis e de mercado dos instrumentos financeiros da Companhia em


31 de dezembro de 2010 e 2009 são como segue:
Ativos (Passivos) Controladora
31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Categoria Contábil Mercado Contábil Mercado Contábil Mercado
Ativo
Caixa e equivalentes de caixa Mantido para negociação 764.694 764.694 801.894 801.894 146.614 146.614
Contas a Receber Mantidos ate o vencimento 199.886 199.886 111.292 111.292 93.510 93.510
Empréstimos e adiantamentos Empréstimos e recebíveis
diversos 91.706 91.706 109.885 109.885 43.415 43.415

Passivo
Empréstimos e financiamentos Mensurado ao valor justo 308.176 304.640 171.695 170.309 234.918 231.952
Obrigações por aquisição de Não mensurado ao valor justo
bens 140.950 140.950 189.603 189.603 135.271 135.271
Debêntures Não mensurado ao valor justo 100.709 100.709 100.386 100.386 - -

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

25. Instrumentos financeiros e gestão de riscos--Continuação


Ativos (Passivos) Consolidado
31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1º de janeiro de 2009
Categoria Contábil Mercado Contábil Mercado Contábil Mercado
Ativo
Caixa e equivalentes de caixa Mantido para negociação 794.839 794.839 827.967 827.967 167.585 167.585
Contas a Receber Mantidos ate o vencimento 216.276 216.276 133.145 133.145 117.291 117.291
Empréstimos e adiantamentos Empréstimos e recebíveis
diversos 25.835 25.835 40.893 40.893 28.824 28.824

Passivo
Empréstimos e financiamentos Mensurado ao valor justo 308.176 304.640 171.695 170.309 236.272 231.952
Obrigações por aquisição de bens Não mensurado ao valor justo 140.950 140.950 189.603 189.603 135.271 135.271
Debêntures Não mensurado ao valor justo 100.709 100.709 100.386 100.386 - -

Fatores de risco

Os principais fatores de risco a que a Companhia e suas controladas estão expostas


são os seguintes:

(i) Riscos de taxa de juros

Os riscos de taxa de juros relacionam-se com:

• Possibilidade de variações no valor justo de seus financiamentos indexados a


taxas de juros pré-fixadas, no caso de tais taxas não refletirem as condições
correntes de mercado. Apesar da Companhia efetuar o monitoramento
constante desses índices, até o momento não identificou a necessidade de
contratar instrumentos financeiros de proteção contra o risco de taxa de juros.

• Possibilidade de um movimento desfavorável nas taxas de juros, o que


causaria um aumento nas despesas financeiras, em decorrência da parcela da
dívida contratada a taxas de juros flutuantes. Em 31 de dezembro de 2010, a
Companhia e suas controladas aplicam seus recursos financeiros
principalmente em Certificados de Depósitos Interbancários (CDI), o que reduz
significativamente esse risco.

• inviabilidade de obtenção de empréstimos caros no caso de o mercado


imobiliário estar desfavorável e não conseguir absorver os custos.

112
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

25. Instrumentos financeiros e gestão de riscos--Continuação


Fatores de risco--Continuação

(ii) Risco de crédito inerente à prestação de serviços

O risco está relacionado à possibilidade da Companhia e suas controladas


computarem prejuízos derivados de dificuldades em cobrar os valores de
aluguéis, venda de imóveis, cessão de direitos, taxas de administração e
comissões de corretagens. Esse tipo de risco é substancialmente reduzido tendo
em vista a possibilidade de retomada tanto das lojas alugadas como dos imóveis
vendidos, os quais historicamente têm sido renegociados com terceiros de forma
lucrativa.

(iii) Risco de crédito financeiro


O risco está relacionado à possibilidade da Companhia e suas controladas
computarem perdas derivadas da dificuldade de realização das aplicações
financeiras de curto prazo. O risco associado a esses instrumentos financeiros é
minimizado através da seleção de instituições financeiras bem conceituadas.
De acordo com a deliberação CVM nº 550 de 17 de outubro de 2008, que dispõe
sobre a apresentação de informações sobre instrumentos financeiros derivativos
em nota explicativa, a Companhia informa que não possui política de utilização
de instrumentos financeiros derivativos, desta forma não identificou nenhum risco
decorrente de uma eventual exposição associada a estes instrumentos.

Análise de sensibilidade

Com a finalidade de verificar a sensibilidade dos indexadores dos ativos e passivos


financeiros que a Companhia possuía exposição na data base de 31 de dezembro de
2010, foram definidos 05 cenários diferentes, e preparada uma análise de
sensibilidade às oscilações dos indicadores desses instrumentos. Com base no
relatório FOCUS de 31 de dezembro de 2010 foi extraída a projeção dos indexadores
CDI, IGP-DI, e IPCA para o ano de 2010 e este definido como o cenário provável,
sendo que a partir deste foram calculadas variações decrescentes e crescentes de
25% e 50%, respectivamente.

113
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

25. Instrumentos financeiros e gestão de riscos--Continuação


Análise de sensibilidade--Continuação

Indexadores dos ativos e passivos financeiros:


Cenário Aumento Aumento
Indexador Queda de 50% Queda de 25% provável de 25% de 50%

CDI 5,38% 2,69% 10,75% 13,44% 16,13%


IGP-DI 5,79% 2,89% 11,57% 14,46% 17,36%
IGP - M 5,72% 8,58% 11,44% 14,30% 17,16%
IPCA 2,95% 1,48% 5,90% 7,38% 8,85%
UMBNDES 0,85% 1,28% 1,70% 2,13% 2,55%
TJLP 3,00% 4,50% 6,00% 7,50% 9,00%

Ativos financeiros
Para cada cenário foi calculada a receita financeira bruta não levando em
consideração incidência de tributos sobre os rendimentos, sendo a data base utilizada
a existente em 31 de dezembro de 2010, projetando-se para um ano e verificando a
sensibilidade do CDI com cada cenário.

114
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

25. Instrumentos financeiros e gestão de riscos--Continuação

Projeção das receitas financeiras - 2010:

Controladora
Taxa de Saldo em Queda de Queda de Cenário Aumento Aumento
remuneração 31/12/10 50% 25% provável de 25% de 50%
Disponibilidades e aplicações
financeiras
Caixa e bancos N/A 18.533 N/A N/A N/A N/A N/A
Aplicações financeiras 100% CDI 746.161 40.106 20.053 80.212 100.265 120.318
764.694 40.106 20.053 80.212 100.265 120.318

Contas a receber
Contas a receber de clientes -
locação de lojas IGP-DI 70.903 4.102 2.051 8.203 10.254 12.305
Contas a receber de clientes -
cessão de direitos IGP-DI 81.363 4.707 2.353 9.414 11.767 14.121
Contas a receber de clientes -
venda de imóveis IGP-DI 30.254 1.750 875 3.500 4.375 5.251
Outros contas a receber de
clientes N/A 17.366 N/A N/A N/A N/A N/A
199.886 10.559 5.279 21.117 26.396 31.677

Empréstimos e adiantamentos
diversos
Associação Barra Shopping Sul 135% CDI 8.585 623 311 1.246 1.557 1.869
Associação Parkshopping Barigui 117% CDI 3.644 229 115 458 573 687
Associação Parkshopping 110% CDI 531 31 16 63 78 94
Condomínio Parkshopping 110% CDI 5.093 301 151 602 753 903
Condomínio Ribeirão Shopping 110% CDI 1.328 79 39 157 196 236
Condomínio New York City Center 110% CDI 63 4 2 7 9 11
Condomínio Anália Franco N/A 121 N/A N/A N/A N/A N/A
Condomínio Morumbi Shopping N/A 57 N/A N/A N/A N/A N/A
MPH Empreendimentos
Imobiliários Ltda. N/A 68.240 N/A N/A N/A N/A N/A
Adiantamento a fornecedores N/A 2.659 N/A N/A N/A N/A N/A
Adiantamento a empreendedores N/A - N/A N/A N/A N/A N/A
Outros empréstimos e
adiantamentos diversos N/A 1.385 N/A N/A N/A N/A N/A
91.706 1.267 634 2.533 3.166 3.800

Total 1.056.286 51.932 25.966 103.862 129.827 155.795

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

25. Instrumentos financeiros e gestão de riscos--Continuação


Projeção das receitas financeiras - 2010:--Continuação

Consolidado
Taxa de Saldo em Queda de Queda de Cenário Aumento Aumento
remuneração 31/12/10 50% 25% provável de 25% de 50%
Disponibilidades e aplicações
financeiras
Caixa e bancos N/A 36.222 N/A N/A N/A N/A N/A
Aplicações financeiras 100% CDI 758.617 40.776 61.163 81.551 101.939 122.327
794.839 40.776 61.163 81.551 101.939 122.327

Contas a receber
Contas a receber de clientes -
locação de lojas IGP-DI 76.510 4.426 6.639 8.852 11.065 13.278
Contas a receber de clientes -
cessão de direitos IGP-DI 91.936 5.318 7.978 10.637 13.296 15.955
Contas a receber de clientes -
venda de imóveis IGP-DI 30.254 1.750 2.625 3.500 4.375 5.251
Outros contas a receber de
clientes N/A 17.576 N/A N/A N/A N/A N/A
216.276 11.494 17.242 22.989 28.736 34.484

Empréstimos e adiantamentos
diversos
Associação Barra Shopping Sul 135% CDI 8.585 623 934 1.246 1.557 1.869
Associação Parkshopping Barigui 117% CDI 3.644 229 344 458 573 687
Associação Parkshopping 110% CDI 531 31 47 63 78 94
Associação Shopping Vila Olímpia 8% IPCA 1.096 3 4 5 6 8
Condomínio Parkshopping 110% CDI 5.093 301 452 602 753 903
Condomínio Ribeirão Shopping 110% CDI 1.328 79 118 158 196 236
Condomínio New York City Center 110% CDI 63 4 6 8 9 11
Condomínio Anália Franco N/A 121 N/A N/A N/A N/A N/A
Condomínio Morumbishopping N/A 57 N/A N/A N/A N/A N/A
Condominio Shopping Vila
Olímpia N/A 500 N/A N/A N/A N/A N/A
Adiantamento a fornecedores N/A 2.793 N/A N/A N/A N/A N/A
Adiantamento a empreendedores N/A 522 N/A N/A N/A N/A N/A
Outros empréstimos e
adiantamentos diversos N/A 1.502 N/A N/A N/A N/A N/A
25.835 1.270 1.905 2.540 3.172 3.808

Total 1.036.950 53.540 80.310 107.080 133.847 160.619

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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

25. Instrumentos financeiros e gestão de riscos--Continuação

Projeção das receitas financeiras - 2010:--Continuação

Passivos financeiros

Para cada cenário foi calculada a despesa financeira bruta não levando em
consideração incidência de tributos e o fluxo de vencimentos de cada contrato
programado para 2010. A data base utilizada foi 31 de dezembro de 2010 projetando
os índices para um ano e verificando a sensibilidade dos mesmos em cada cenário.

Projeção das despesas financeiras - 2010:

Controladora e consolidado:
Taxa de Saldo em Queda de Queda de Cenário Aumento Aumento
remuneração 31/12/10 50% 25% provável de 25% de 50%

Empréstimos e financiamentos
Bradesco 129,5%CDI 15.509 1.080 1.619 2.159 2.699 3.239
TJLP e
BNDES - Parkshopping Barigui UMBNDES 12 - - - - -
BNDES - Morumbi Shopping TJLP 1.443 43 65 87 108 130
BNDES - PKS Exp TJLP 33.570 1.007 1.511 2.014 2.518 3.021
Real N/A 103.981 N/A N/A N/A N/A N/A
Real BHS Exp V N/A 97.179 N/A N/A N/A N/A N/A
Itaú N/A 11.403 N/A N/A N/A N/A N/A
Itaú PSC N/A 36.687 N/A N/A N/A N/A N/A
CDI + 0,79%
Banco IBM a.a. 3.010 162 243 324 404 485
CDI + 1,48%
Banco IBM a.a. 7.065 380 570 759 949 1.139
Custos de captação Banco Itaú N/A (1.566) N/A N/A N/A N/A N/A
Custos de captação Real BHS
Exp N/A (904) N/A N/A N/A N/A N/A
Cia Real de Distribuição N/A 787 N/A N/A N/A N/A N/A
308.176 2.672 4.008 5.343 6.678 8.014

Obrigação por aquisição de bens


PSS - Seguridade Social IPCA + 9% 52.665 6.293 7.070 7.847 8.624 9.401
Terreno Barra N/A 5.848 N/A N/A N/A N/A N/A
IGPM + 3%
Terreno São Caetano a.a. 65.923 5.748 7.634 9.519 11.405 13.290
Terreno Jundiaí IPCA + 7,2% 16.245 1.649 1.888 2.129 2.368 2.608
Outros N/A 269 N/A N/A N/A N/A N/A
140.950 13.690 16.592 19.495 22.397 25.299

Debêntures CDI + 117%


a.a. 100.709 5.413 8.120 10.826 13.533 16.239
100.709 5.413 8.120 10.826 13.533 16.239

Total 549.835 21.775 28.720 35.664 42.608 49.552

117
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

26. Fundos administrativos

A Companhia é responsável pela administração e gestão financeira dos recursos dos


empreendedores para os seguintes shopping centers: BarraShopping,
MorumbiShopping, BHShopping, DiamondMall, ParkShopping, RibeirãoShopping,
New York City Center, Shopping Anália Franco, BarraShopping Sul, ParkShopping
Barigui, Shopping Pátio Savassi, Shopping Santa Úrsula e Shopping Vila Olímpia. A
Companhia administra fundos compostos por adiantamentos de recursos dos
referidos empreendedores e pelo recebimento de aluguéis dos lojistas dos shopping
centers, depositados em contas bancárias em nome do empreendimento e por conta
da Companhia, para financiar as obras de expansão e as despesas operacionais dos
próprios shopping centers.

Em 31 de dezembro de 2010, os saldos dos fundos administrativos montavam a


R$ 13.754 (R$ 13.832 em 31 de dezembro de 2009), não apresentados nas
demonstrações financeiras consolidadas por não constituírem direitos nem
obrigações da controlada.

27. Remuneração dos administradores

A Companhia é administrada por um Conselho de Administração e uma Diretoria


Executiva. No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, a remuneração total
desses administradores, registrada na rubrica de despesas com honorários de
administração, totalizaram R$ 12.515 (R$ 10.129 em 31 de dezembro de 2009), a
qual é considerada benefício de curto prazo.

Conforme descrito na Nota 22.g, os acionistas da Companhia aprovaram um plano de


opção de ações para administradores e empregados da Companhia.

Adicionalmente, os administradores e empregados da Companhia possuem direito a


plano de saúde e seguro de vida.

118
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

28. Lucro por ação


O calculo básico de lucro por ação é feito através da divisão do lucro líquido do
exercício, atribuído aos detentores de ações ordinárias e preferenciais da
controladora, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias e preferenciais
disponíveis durante o exercício. A empresa optou por incluir as ações preferenciais no
cálculo dado seu direito a dividendos igual ao das ações ordinárias. O lucro diluído
por ação é calculado através da divisão do lucro líquido atribuído aos detentores de
ações ordinárias e preferências da controladora pela quantidade média ponderada de
ações ordinárias disponíveis durante o exercício mais a quantidade média ponderada
de ações ordinárias que seriam emitidas na conversão de todas as ações ordinárias
potenciais diluídas em ações ordinárias. No caso da Companhia as opções exercíveis
de seu plano de opções foram incluídas como ações diluitivas.”
O quadro abaixo apresenta os dados de resultado e ações utilizados no cálculo dos
lucros básico e diluído por ação:

Controladora
31 de dezembro 31 de dezembro
de 2010 de 2009

A Total de ações emitidas 179.197.214 177.699.441


B Tesouraria 1.051.376 340.000
C=Média (A-B) Ações ON médias 177.752.640 162.505.791
D Diluitivas 31.393 843
E Lucro líquido total 216.712 162.152
E/C Lucro/ação ON 1,2192 0,9978
E/(C+D) Lucro /ação ajustado 1,2190 0,9978

Consolidado
31 de dezembro 31 de dezembro
de 2010 de 2009

A Total de ações emitidas 179.197.214 177.699.441


B Tesouraria 1.051.376 340.000
C=Média (A-B) Ações ON médias 177.752.640 162.505.791
D Diluitivas 31.393 843
E Lucro líquido total 218.383 163.339
E/C Lucro/ação ON 1,2286 1,0051
E/(C+D) Lucro /ação ajustado 1,2284 1,0051

119
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação


31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

29. Seguros

A Companhia mantém vigente um programa de seguros para os Shopping Centers


nos quais possui participação com a seguradora CHUBB do Brasil Cia. de Seguros,
com vigência de 30 de novembro de 2010 a 30 de novembro de 2011 (“Programa de
Seguros”). O referido Programa de Seguros prevê três apólices de seguro para cada
empreendimento, sendo: (i) uma que assegura riscos patrimoniais, na carteira de
riscos diversos modalidade compreensivo de imóveis, (ii) uma que assegura riscos de
responsabilidade civil geral na modalidade estabelecimentos comerciais e (iii) uma
que assegura riscos de responsabilidade civil geral na modalidade guarda de
veículos. A cobertura de riscos está sujeita às condições e exclusões previstas nas
respectivas apólices, dentre as quais destacamos a exclusão para danos decorrentes
de atos terroristas. Adicionalmente, a Companhia contratou para as obras de
expansão, revitalização, readequação ou construção, apólices de risco de engenharia
para assegurar a execução dos respectivos empreendimentos.

Além das apólices já mencionadas no Programa de Seguros, a Companhia contratou


uma apólice de seguro responsabilidade civil geral em nome da Companhia com
limites maiores do que os contratados para cada Shopping Center. Esta apólice tem
como objetivo proteger o patrimônio dos nossos empreendedores contra reclamações
de terceiros.

Além das apólices acima mencionadas a Companhia possui 3 apólices de seguro


D&O contratadas em regime de 1º, 2º e 3º risco, com as Companhias Seguradoras
Chubb do Brasil, Itaú Seguros e Liberty Paulista Seguros. O prazo de vigência dessas
apólices engloba o período compreendido entre os dias 04 de julho de 2010 e 04 de
julho de 2011.

120
Resultado Operacional Líquido (NOI) da Multiplan aumenta 18,2%
para R$425 milhões e Lucro Líquido atinge R$218 milhões em 2010

Rio de Janeiro, 14 de março de 2011 – A Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A. (Bovespa: MULT3) anuncia seus
resultados do quarto trimestre e do ano de 2010. As informações financeiras e operacionais a seguir foram preparadas e
apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de
acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) aplicáveis a entidades de incorporação imobiliária no
Brasil e aprovadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e
pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Destaques (R$ '000)

ABL própria cresce 66% até 2013 65% das lojas locadas
apenas com projetos já anunciados nos quatro shopping centers em fase de
90% locação
ParkShopping SãoCaetano
83,0%
617.111 m² 617.111 m² Village Mall
543.711 m² 80% 78,0%
Shopping Jundiaí
73.400 m² 90.230 m²
16.830 m² 70% ParkShopping CampoGrande
410.647 m² 64,8%
116.234 m² 155.285 m² 60%

Lojas Locadas
371.596 m²
39.051 m²
50% 44,0%
Crescimento da ABL própria: +66,1%
40%
Torres para locação em desenvolvimento
371.596 m² 371.596 m² 30%
Shopping centers em desenvolvimento
Shopping centers em operação 20%

10%
2010 2011E 2012E 2013E Total anunciado
(2013E) 0%
4T09 1T10 2T10 3T10 4T10

R$87 milhões em contratos de CD Vendas nos shoppings crescem 22%


assinados em 2010, devido ao sucesso de beneficiadas por Vendas na Mesma Área
locação de 14.6% no
CAGR: +20,8% ano
+22,4% 34.530
R$7,5 Bi.
Despesas com novos projetos para locação
Cessão de direitos assinada R$6,1 Bi.
R$5,1 Bi.
19.584 R$4,2 Bi.
15.944 16.940
13.145
10.685
8.882
6.362

1T10 2T10 3T10 4T10 2007 2008 2009 2010

Receita bruta cresce 24% NOI aumentou 18% em 2010


favorecida por forte desenvolvimento expandindo a margem para 86.6% no ano
imobiliário
+24,0% +18,2%
CAGR: +23,8% 662.624 CAGR: +26,1% 424.839

534.368 359.361

422.994 283.126
349.622
212.076

2007 2008 2009 2010 2007 2008 2009 2010


Variação 4T10/4T09 Variação 2010/2009
Vendas Lucro Vendas Lucro
Receita de NOI Receita de NOI
(Shopping EBITDA Líquido (Shopping EBITDA Líquido
Locação Ajustado Locação Ajustado
Centers) Ajustado Centers) Ajustado
▲20,1% ▲17,5% ▲16,9% ▲17,5% ▲13,4% ▲22,4% ▲15,5% ▲18,8% ▲15,2% ▲36,6%

Sucesso de locação: investimentos em marketing Projetos entregues: Três expansões nos


deram o resultado esperado aumentando a demanda por shoppings Pátio Savassi, BH Shopping e
lojas, alcançando uma locação de 64,6% do total de lojas ParkShoppingBarigüi foram entregues em 2010,
disponíveis. adicionando 18.625 m² de ABL ao portfólio, e um Resultado
Projetos em construção: Duas torres comerciais Líquido Operacional (NOI) esperado de R$19,2 milhões em
para venda e uma para locação já estão em construção, e a 2011.
obra de duas torres comerciais recentemente anunciadas Aumento na participação: A Multiplan adquiriu
devem começar no 1T11. A Multiplan também começou a participação de 25% no Shopping Santa Úrsula, na cidade
construir quatro de seus cinco shopping centers anunciados de Ribeirão Preto. A aquisição aumentou a participação da
e o quinto deverá iniciar nos próximos meses. Os projetos Multiplan de 37,5% para 62,5% na propriedade.
atualmente em desenvolvimento irão exigir um CAPEX total
de R$1,3 bilhão (2011 - 2013).

As vendas nos shopping centers da Multiplan As Despesas de Sede (G&A) em 2010 cresceram
chegaram a R$7,5 bilhões em 2010, registrando novamente modestos 5,6%, levemente abaixo da inflação do ano de
um aumento de dois dígitos sobre uma base já forte, com 5,9%, conforme medido pelo IPCA, reduzindo a relação
crescimento de 22,4% no ano. As vendas nos últimos dez G&A/Receita Líquida de 18,3% em 2009 para 15,4% em
anos registraram uma taxa composta de crescimento anual 2010. No 4T10, o G&A caiu 11,5%, para R$23,0 milhões, e a
(CAGR) de 17,6%. As Vendas nas Mesmas Lojas (SSS) relação G&A/Receita Líquida de 16,4% no 4T09 para 12,9%
aumentaram 12,4% (2010/2009), e 12,6% (4T10/4T09). As no 4T10.
Vendas na Mesma Área (SAS) cresceram 14,6% no ano e O EBITDA em 2010 foi de R$350,2 milhões, um
13,8% no trimestre, refletindo consistentemente a bem- crescimento de 15,2% em relação a 2009, com uma margem
sucedida mudança no mix de lojas. de 57,9%. O EBITDA no 4T10 foi de R$111,0 milhões. A
A Receita Líquida chegou a R$604,4 milhões em margem EBITDA subiu 2,5 pontos percentuais para 62,2%
2010, 25,2% maior que em 2009. No 4T10, a receita líquida em comparação com a margem do 4T09, o que pode ser
subiu 12,8% para R$178,4 milhões. O resultado deve-se explicado principalmente pela significativa redução nas
principalmente às receitas de locação, cessão de direitos despesas de sede no trimestre, tanto em termos absolutos
e venda de imóveis, adicionando mais R$113,7 milhões quanto em relação à Receita Líquida.
para a companhia em 2010. O aumento da receita de O Lucro Líquido Ajustado cresceu 36,6% em
locação é decorrente de uma combinação de áreas novas, 2010, chegando a R$323,5 milhões, e 13,4% no 4T10,
crescimento orgânico e o efeito do reajuste positivo do IGP- somando R$93,1 milhões. O Fluxo de Caixa Operacional
DI no 4T10. Nesse contexto, os Aluguéis nas Mesmas Ajustado (AFFO) aumentou 35,1%, alcançando R$368,2
Lojas cresceram 6,9% em 2010. milhões em 2010, e 15,7% no 4T10, para R$106,0 milhões.
O Resultado Operacional Líquido (NOI) chegou a Os dividendos a serem submetidos para a
R$424,8 milhões em 2010, 18,2% superior ao de 2009, aprovação dos acionistas na Assembléia Geral são de
impactado pelo crescimento forte da receita e um aumento R$102,9 milhões, equivalentes a 50,0% do lucro líquido da
menor nas despesas. Excluindo o impacto da linearidade o Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A. em 2010,
NOI de 2010 foi de R$419,7 milhões, 18,8% maior do que líquido de reservas legais.
em 2009, e de R$139,9 milhões no 4T10, 16,9% superior ao
4T09.

Eventos Recentes
Torres comerciais para locação: A Multiplan lançou um novo empreendimento com duas torres comerciais para locação na cidade
de São Paulo, com uma ABL total de 73,4 mil m², e CAPEX de R$444,1 milhões, que deverá ser entregue no final de 2013.
Programa de recompra de ações: a Companhia aprovou no dia 22 de fevereiro de 2011 a instituição do seu terceiro programa de
recompra de ações em condições semelhantes ao programa anterior. O prazo de vigência é de 365 dias a partir do dia 23 de
fevereiro de 2011.
As vendas nos shopping centers da Multiplan continuaram apresentando forte crescimento em janeiro e fevereiro de 2011, de
13,5% e 17,9% em relação a 2010, respectivamente.
4T10
MULT3

Mensagem do Presidente

Prezados investidores,

O ano que se encerrou foi repleto de êxitos e boa parte desse sucesso deveu-se à forte demanda interna e da nossa
capacidade de atendê-la, seja pelo espírito empreendedor que nos leva ao desenvolvimento contínuo de nossas propriedades,
seja pela qualidade que tem marcado os negócios da Empresa. Exemplo disso são as vendas nos 13 shoppings da
Companhia que, juntos, somaram R$7,5 bilhões em 2010, um crescimento de 22,4% em relação a 2009. É importante ressaltar
que todos os nossos empreendimentos apresentaram crescimento nas vendas de dois dígitos em 2010 em relação ao ano
anterior.

Entre os excelentes resultados alcançados em 2010, destacamos o lucro líquido de R$218 milhões que cresceu 23%, e o
aumento de 15% do EBITDA, que atingiu a marca de R$350 milhões no ano. Os números demonstram a solidez financeira da
companhia e sinalizam que o sucesso é fruto de um trabalho bem feito. O segredo do sucesso é fazer bem-feito. É essa a
filosofia que tem norteado a Multiplan ao longo de sua história.

Diante de um cenário favorecido pela sólida atividade econômica, a Multiplan fechou 2010 com importante número de
empreendimentos em desenvolvimento, e vive um momento único na sua existência. Ao todo, são cinco shopping centers em
desenvolvimento: dois em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e um em Maceió, Alagoas. Também estamos erguendo quatro
empreendimentos comerciais no entorno dos nossos shopping centers, nas cidades de Porto Alegre, Ribeirão Preto, Brasília e
São Paulo. Ainda em fevereiro de 2011, tivemos a oportunidade de anunciar o nosso quinto empreendimento comercial - e o
terceiro para locação; o Morumbi Corporate. Serão duas torres de escritórios localizadas ao lado do MorumbiShopping, em São
Paulo. Com esses projetos fortalecemos cada vez mais a estratégia de desenvolver complexos multiuso.

Importante também foi a entrega de três expansões na segunda metade de 2010, no BH Shopping e Pátio Savassi, em Belo
Horizonte e ParkShoppingBarigüi, em Curitiba. As novas áreas já contribuem para o crescimento das vendas e para o
desenvolvimento da economia das cidades onde estes shopping centers estão localizados. Como prestadores de serviços à
sociedade e realizadores de sonhos de consumo dos nossos clientes, estamos permanentemente inovando e investindo em
tudo o que há de melhor para os nossos empreendimentos.

Para fortalecer o crescimento da Multiplan em seus ativos, foram dados outros passos importantes como o aumento de 25% na
participação da Multiplan, ainda em 2010, no Shopping Santa Úrsula, em Ribeirão Preto (SP), ampliada de 37,5% para 62,5%.
Aumentamos, também, a participação no Pátio Savassi, de 80,9% para 96,5%. Com essa aquisição, a Multiplan aumentou a
área bruta locável própria para 371,6 mil m², ampliando para 67,3% a participação média em seu portfólio de shopping centers.
Não podemos deixar de mencionar a implementação de uma plataforma de informações integradas, SAP, interconectando
todos os nossos shopping centers, resultado de um trabalho iniciado em 2008. O sistema é uma ferramenta de gestão que vai
assegurar mais flexibilidade, rapidez e qualidade no acesso e gerenciamento dos dados das operações.

Com uma atuação pautada pela visão de longo prazo, a Multiplan também tem investido no fortalecimento de uma gestão
focada na sustentabilidade. Nesse sentido, tem buscado ampliar o diálogo com a sociedade e apoiado demandas das
comunidades por meio de ações de responsabilidade social corporativa, tais como patrocínios culturais, projetos educacionais,
campanhas, entre outras ações de cunho social.

Estamos otimistas em relação ao potencial do varejo brasileiro e aos fundamentos macroeconômicos que seguem fortalecendo
a confiança em um futuro próspero. Assim, pretendemos continuar investindo e contribuindo para o desenvolvimento do País, a
partir da geração de empregos e da criação de novos espaços para a expansão do comércio e dos serviços.

Por todos os excelentes resultados alcançados em 2010 e ao longo da nossa sólida trajetória, reforçamos os agradecimentos
aos nossos colaboradores pelo comprometimento e dedicação, bem como aos nossos acionistas e clientes pela confiança nos
nossos negócios.
Obrigado a todos.

José Isaac Peres


Presidente

123
4T10
MULT3

Visão Geral

A Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A é a maior empresa de shopping centers do Brasil em termos de receitas.
Fundada como uma empresa full service, responsável pelo planejamento, desenvolvimento, propriedade e administração de
um dos maiores e melhores portfólios de shopping centers, a companhia também participa estrategicamente do setor de
desenvolvimento de imóveis comerciais e residenciais, gerando sinergias para operações relacionadas a shopping centers ao
criar projetos multiuso em áreas adjacentes. No final de 2010, a Multiplan detinha – com uma média de participação de 67,3%
– e administrava 13 shopping centers com ABL total de 551.830m², 3.600 lojas e tráfego anual de consumidores estimado em
159 milhões.

Índice

01. Demonstração de Resultados ...................................................................................................... 5


02. Novos Princípios Contábeis ......................................................................................................... 6
03. Desenvolvimento de Projetos ....................................................................................................... 8
04. Indicadores Operacionais .......................................................................................................... 16
05. Receita Bruta ............................................................................................................................ 19
06. Resultados da Participação em Shopping Centers ...................................................................... 20
07. Resultados da Administração de Shopping Centers .................................................................... 25
08. Resultados do Desenvolvimento de Shopping Centers ............................................................... 27
09. Resultados dos Empreendimentos Imobiliários – Torres Comerciais ........................................... 29
10. Resultados Financeiros ............................................................................................................. 30
11. Portfolio..................................................................................................................................... 35
12. Estrutura Societária ................................................................................................................... 36
14. Anexos ...................................................................................................................................... 39

124
4T10
MULT3

1. Demonstração de Resultados

(R$ '000) 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %


Receita de locação de lojas 138.075 117.533 ▲17,5% 416.114 360.180 ▲15,5%
Receita de serviços 18.793 17.870 ▲5,2% 72.926 73.372 ▼0,6%
Receita de cessão de direitos 9.328 7.680 ▲21,5% 35.241 26.990 ▲30,6%
Receita de estacionamento 21.179 17.752 ▲19,3% 69.504 54.959 ▲26,5%
Receita de venda de imóveis 26.453 7.102 ▲272,5% 61.428 11.869 ▲417,5%
Apropriação de receita de aluguel linear (18.658) 6.000 n.d. 5.104 6.000 ▼14,9%
Outras receitas 167 308 ▼45,8% 2.307 998 ▲131,2%
Receita Bruta 195.337 174.245 ▲12,1% 662.624 534.368 ▲24,0%
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços prestados (16.949) (16.148) ▲5,0% (58.249) (51.634) ▲12,8%
Receita Líquida 178.388 158.097 ▲12,8% 604.375 482.734 ▲25,2%
Despesas de sede (22.962) (25.945) ▼11,5% (93.098) (88.182) ▲5,6%
Despesas de remuneração baseadas em opções de ações (1.749) (1.047) ▲67,0% (5.675) (3.415) ▲66,2%
Despesas de shopping centers (19.313) (15.612) ▲23,7% (65.883) (61.778) ▲6,6%
Despesas com novos projetos para locação (8.882) (11.445) ▼22,4% (39.074) (18.187) ▲114,8%
Despesas com novos projetos para venda (2.796) (770) ▲263,1% (4.362) (1.085) ▲302,0%
Custo de imóveis vendidos (12.498) (4.527) ▲176,1% (32.295) (8.539) ▲278,2%
Resultado de equivalência patrimonial (337) (4.576) ▼92,6% (3.511) (20.031) ▼82,5%
Outras receitas (despesas) operacionais 1.119 258 ▲333,7% (10.282) 22.438 n.d.
EBITDA 110.970 94.433 ▲17,5% 350.195 303.955 ▲15,2%
Receitas financeiras 22.214 19.964 ▲11,3% 89.122 36.274 ▲145,7%
Despesas financeiras (13.600) (11.183) ▲21,6% (45.579) (41.388) ▲10,1%
Depreciações e amortizações (12.862) (9.549) ▲34,7% (44.613) (35.753) ▲24,8%
Lucro Antes do Imposto de Renda 106.722 93.665 ▲13,9% 349.125 263.088 ▲32,7%
Imposto de renda e contribuição social (10.382) (11.982) ▼13,4% (14.972) (26.284) ▼43,0%
Imposto de renda e contribuição social diferidos (20.746) (50.815) ▼59,2% (105.155) (73.476) ▲43,1%
Participação dos acionistas minoritários (3.246) 377 n.d. (10.615) 11 n.d.
Lucro Líquido 72.348 31.245 ▲131,6% 218.383 163.339 ▲33,7%

(R$ '000) 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %


EBITDA 110.970 94.433 ▲17,5% 350.195 303.955 ▲15,2%
Margem EBITDA 62,2% 59,7% ▲248 b.p 57,9% 63,0% ▼502 b.p
Lucro Líquido Ajustado 93.094 82.060 ▲13,4% 323.538 236.815 ▲36,6%
Margem líquida ajustada 52,2% 51,9% ▲28 b.p 53,5% 49,1% ▲448 b.p
FFO Ajustado 105.956 91.609 ▲15,7% 368.151 272.568 ▲35,1%
Margem FFO ajustada 59,4% 57,9% ▲145 b.p 60,9% 56,5% ▲445 b.p
NOI - sem efeito da linearidade 139.941 119.673 ▲16,9% 419.735 353.361 ▲18,8%
Margem NOI sem efeito da linearidade 87,9% 88,5% ▼59 b.p 86,4% 85,1% ▲131 b.p
NOI - com efeito da linearidade 121.283 125.673 ▼3,5% 424.839 359.361 ▲18,2%
Margem NOI com efeito da linearidade 86,3% 88,9% ▼269 b.p 86,6% 85,3% ▲124 b.p

125
4T10
MULT3

2. Novos Princípios Contábeis

Adoção inicial de todos os CPCs

Em todos os períodos anteriores, incluindo 2009, a Companhia preparou suas demonstrações financeiras de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil (BRGAAP). As demonstrações financeiras de 2010 são as primeiras preparadas de
acordo com todos os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC. Para as presentes demonstrações
financeiras, o saldo de abertura considerado foi o de 1º de janeiro de 2009, data da transição para os CPCs. Abaixo estão
descritos os principais ajustes e reclassificações decorrentes dos novos pronunciamentos contábeis que afetaram as
demonstrações financeiras da Companhia:

OCPC 04 - Contrato de Construção do Setor Imobiliário

A OCPC 04 aborda, entre outros aspectos, a contabilização das receitas e dos correspondentes custos das entidades que
realizam a incorporação e/ou construção de imóveis diretamente ou por meio de subempreiteiras. A Companhia adota como
prática contábil o reconhecimento das receitas e correspondentes custos das operações de incorporação imobiliária com base
no percentual de evolução das obras. Segundo o disposto no OCPC 04, um contrato de construção de um imóvel pode ser
enquadrar no CPC 17 (contratos de construção) ou no CPC 30 (receitas).

Caso o contrato se enquadre no CPC 17, o reconhecimento do resultado ocorrerá de acordo com o andamento da obra.
Assumindo a hipótese de enquadramento no CPC 30, a discussão se desloca para a questão da transferência de controle,
riscos e benefícios significativos de forma contínua ou em um único evento (“entrega da chave”). Caso a transferência seja feita
de forma contínua, o resultado deverá ser reconhecido de acordo com a evolução da obra. Caso contrário, o reconhecimento
do resultado ocorrerá somente na entrega das chaves.

A Companhia realizou uma análise rigorosa dos seus contratos e verificou que a transferência do controle, dos riscos e dos
benefícios ocorre ao longo da obra. Sendo assim, o resultado da sua atividade imobiliária é reconhecido com base no
percentual de evolução da obra.

CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

A Companhia (i) baixou integralmente o saldo do ativo diferido no balanço de abertura, de 1 de janeiro de 2009, com o
consequente impacto da reversão nas despesas de amortização em 2010 e 2009, líquido do impacto dos impostos diferidos
(anteriormente, a Companhia optou por manter as despesas diferidas capitalizadas nos balanços anteriores a 31 de dezembro
de 2008, conforme permitido pela Lei número 11.941/09); e (ii) reverteu os dividendos no passivo em 31 de dezembro de 2008,
classificando em uma conta específica de reserva no patrimônio líquido.

CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis

A Companhia reclassificou (i) o saldo de impostos diferidos não-circulante no ativo, e (ii) a participação dos minoritários para o
patrimônio liquido como participação de não controladores.

ICPC 08 - Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos

Esta interpretação esclarece que a declaração de dividendos excedentes ao mínimo obrigatório, após o período contábil a que
se referem as demonstrações contábeis, não devem ser reconhecidos como passivo, em virtude de não atenderem aos
critérios de obrigação presente na data das demonstrações contábeis como definido no pronunciamento Técnico CPC 25 -
Provisões, Passivos Contingentes e Ativos.

CPC 28 - Propriedade para Investimento


O CPC 28 aborda os procedimentos a serem aplicados no reconhecimento, mensuração e divulgação de Propriedades para
Investimentos.

126
4T10
MULT3

Os shopping centers em operação, os projetos futuros de shopping centers, as expansões de shopping centers, e os edifícios
comerciais para locação possuem a natureza de Propriedades para Investimento, e, portanto, são mensurados (i) ao seu valor
justo dos ativos, com a variação do valor justo afetando a demonstração de resultados, ou alternativamente, (ii) ao seu valor de
custo, com a divulgação dos respectivos valores justos. A Companhia optou pela segunda alternativa, mantendo os ativos ao
valor de custo, e divulgando seu valor justo, sem nenhum impacto financeiro nas suas demonstrações financeiras. Os ativos
destinados a administração foram mantidos como ativo imobilizado.

A Multiplan avaliou internamente suas Propriedades para Investimento a Valor Justo seguindo a metodologia de Fluxo de
Caixa Descontado (DCF). A Companhia calculou o Valor Presente dos fluxo de caixa futuros utilizando uma taxa de desconto
seguindo o Modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model). Foram consideradas premissas de risco e retorno com base em (i)
estudos realizados por “Aswath Damodaran” (professor da New York University), (ii) de desempenho do mercado acionário de
administradoras de shopping centers brasileiras de capital aberto (Beta Ajustado), além de (iii) perspectivas de mercado
(Relatório Focus do Banco Central) e (iv) dados sobre o prêmio de risco do mercado nacional (Risco País). Baseado nestas
premissas a Companhia estimou uma taxa de desconto nominal desalavancada de 13,0% para 31 de dezembro de 2010 e
13,4% para 31 de dezembro de 2009.

Custo de capital próprio 2010 2009

Taxa Livre de Risco (Risk Free Rate) 3,7% 3,7%


Prêmio de risco de mercado 5,7% 5,6%
Beta ajustado 0,72 0,69
Risco país 202 304
Custo de capital próprio - US$ nominal 9,8% 10,6%

Premissas de inflação
Inflação (BR) 5,3% 4,5%
Inflação (USA) 2,3% 1,9%
Custo de capital próprio – R$ nominal 13,0% 13,4%

Os fluxos de caixa consolidados futuros foram estimados com base nos fluxos de caixa individuais dos shopping centers e
torres comerciais incluindo o (i) Resultado Líquido Operacional (NOI), (ii) Cessão de Direito Recorrente (baseado somente na
troca de mix, exceto nos projetos em desenvolvimento), (iii) Receita de Serviços dos shoppings (dada a posição de controle da
Companhia em suas propriedades), (iv) Impostos sobre Receitas e (v) investimentos em revitalização e em obras em
andamento. Para o cálculo da perpetuidade foi considerada uma taxa de crescimento real de 2,0% para shoppings e 0,0%
para torres comerciais.

A Companhia categorizou suas propriedades para investimento de acordo com o seu status e utilizou uma taxa de desconto
superior para projetos que não se encontram em operação. À taxa de desconto nominal dos projetos em desenvolvimento para
locação anunciados e não anunciados (composto somente de expansões em 2010) foi adicionada 100 pontos base, elevando-
a para 14,0% em 2010 e para 14,4% em 2009. Abaixo segue uma tabela com a descrição do valor identificado para cada
categoria de propriedades e apresentado o valor dos ativos na participação da Companhia e como um todo (100%):

2010 2009
Avaliação de Propriedades para Investimento Companhia 100% Companhia 100%

Shopping Centers em Operação R$ 9.690 M R$ 15.047 M R$ 6.931 M R$ 11.033 M


Projetos em desenvolvimento (anunciados) R$ 1.836 M R$ 1.951 M R$ 947 M R$ 1.036 M
Projetos em desenvolvimento (não anunciados) R$ 760 M R$ 858 M R$ 660 M R$ 681 M
Total R$ 12.286 M R$ 17.856 M R$ 8.538 M R$ 12.750 M

127
4T10
MULT3

3. Desenvolvimento de Projetos

2010: Novos projetos lançados, CAPEX forte, sucesso na locação e liderança consistente

A Multiplan encerrou 2010 com nove projetos em desenvolvimento, se incluído o novo projeto imobiliário comercial em São
Paulo de fevereiro de 2011, a Companhia teria atualmente dez projetos em andamento: cinco shopping centers greenfields e
cinco torres comerciais, das quais três serão para locação.

Uma torre comercial e um shopping center tem entrega prevista para 2011. Um ano depois, quatro shopping centers e três
torres comerciais serão inauguradas. O projeto de torres comerciais restante tem entrega prevista para 2013. O total de
investimentos estimado, desconsiderando despesas com projetos, é de R$1,3 bilhão, e a ABL própria atual deve aumentar
66,1%, alcançando 617,1 mil m² em 2013, sem incluir projetos futuros a serem anunciados.

Crescimento de ABL própria esperado entre 2010 - 2013


617.111 m² 617.111 m²

543.711 m² 73.400 m² 90.230 m²


16.830 m²
+1 Projeto de torres
de escritórios
116.234 m²
410.647 m² 155.285 m²
371.596 m²
39.051 m² +4 Shopping centers
+2 Projetos de torres
+1 Shopping center de escritórios

371.596 m² 371.596 m²

Crescimento da ABL própria: +66,1%

2010 2011E 2012E 2013E Total anunciado (2013E)

Shopping centers em operação Shopping centers em desenvolvimento Torres para locação em desenvolvimento

CAPEX (R$´000) 4T10 2010 2011E 2012E 2013E 728,5 M

Novos shopping centers 40.556 124.361 526.618 354.854 -


180,3 M 536,2 M
Expansões 25.046 107.017 805 - - 0,8 M
Novas torres para locação 4.684 18.467 180.303 181.364 71.077 442,4 M
18,5 M 181,4 M
Revitalizações e outros 23.698 91.525 20.818 n.d. n.d. 107,0 M
526,6 M
Aquisições 45.020 101.007 n.d. n.d. n.d. 124,4 M
354,9 M
Subtotal 139.014 442.337 728.544 536.217 71.077 101,0 M 71,1 M

Reclassificação de ativo* 106.547 106.508 - - - 91,5 M 71,1 M


20,8 M
Total 245.560 548.885 728.544 536.217 71.077 2010 2011E 2012E 2013E
* Custos com terreno e permissões para construção no entorno do MorumbiShopping Revitalizações e outros Aquisições
foram reclassificados de „Terrenos e imóveis a comercializar‟ para „Propriedades para Novos shopping centers Novas expansões
Investimento‟. Novas torres para locação

Abertura do Capex previsto – 2010 a 2013 Investimento anunciado – 2010 a 2013


Não inclui despesas com novos projetos Não inclui despesas com novos projetos e reclassificação

128
4T10
MULT3

Crescimento sólido, perspectiva positiva

O gráfico abaixo apresenta as vendas (ajustadas à participação da Multiplan), receita de locação, ABL própria média, IGP-DI e
índice de vendas do varejo nacional, para analisar o desempenho da Companhia. É importante destacar que a receita de
locação alcançou 721 bps (Base = 2001) em 2010, enquanto o crescimento das vendas ultrapassou essa marca, alcançando
957 bps no mesmo período. Essa diferença explica parcialmente o ambiente saudável em que operam os shopping centers da
Multiplan, também confirmado pela baixa inadimplência registrada neles (para mais informações, vide página 18).
Considerando os projetos já anunciados, a ABL própria média da Multiplan deverá ter forte expansão nos próximos anos, como
representado no gráfico abaixo.

Vendas Ponderadas (Participação


957 Multiplan)

Receita de Locação
721 690
ABL Própria Média

390 ABL Própria Estimada

207 IGP-DI
163
Índice de Vendas do Varejo

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011E 2012E 2013E
Análise Histórica (Base 100 = 2001)

3.1 Greenfields de Shopping Centers

Cinco greenfields prontos para entrega em dois anos

A Multiplan lançou cinco novos shopping centers dos quais quatro já estão em construção e o quinto deve começar em breve.
O ParkShoppingSãoCaetano, o JundiaíShopping (ambos no estado de São Paulo), o VillageMall e o ParkShopping Campo
Grande (ambos na cidade do Rio de Janeiro) são projetos em construção e as obras devem ser concluídas conforme o
programado. O projeto para o nordeste do Brasil, Shopping Maceió (Alagoas), deve começar nos próximos meses. Os quatro
primeiros shopping centers encontram-se na fase de locação e já atingiram um alto percentual de contratos de locação
assinados (65%), confirmando o sucesso destes projetos.
Esses cinco projetos adicionarão 177,4 mil m² de ABL e espera-se que gerem, no primeiro e no terceiro ano, um Resultado
Operacional Líquido (NOI) de R$127,7 milhões e R$163,2 milhões, respectivamente, e que a Cessão de Direitos gerada por
esses shoppings chegue à marca dos R$150,1 milhões.

Shopping centers em construção/aprovação Participação da Multiplan (R$' 000)


CAPEX Cessão de NOI 1o NOI 3o
Projeto Abertura ABL (100%) %Mult. CAPEX¹
Investido Direitos ano ano
1 ParkShoppingSãoCaetano Nov/11 39.051 m² 100,0% 250.325 43% 33.095 34.323 46.158
2 JundiaíShopping Out/12 34.927 m² 100,0% 272.049 22% 25.356 27.401 34.145
3 VillageMall Nov/12 25.581 m² 100,0% 410.000 35% 39.204 39.117 44.975
4 ParkShopping Campo Grande ² Nov/12 41.991 m² 100,0% 215.469 8% 43.226 19.710 27.586
5 Shopping Maceió Dez/12 35.868 m² 50,0% 90.994 5% 9.257 7.119 10.293
Total 177.419 m² 89,9% 1.238.837 27% 150.138 127.671 163.157
¹ Considera somente a primeira fase do projeto. Inclui „despesas com novos projetos‟.
² A Multiplan terá 90% de participação no resultado líquido operacional após a abertura.

129
4T10
MULT3

Investimentos altos, locação


recorde! 90% ParkShopping SãoCaetano
83,0%
Lojas
Para Village Mall
locadas 80%
O percentual de lojas locadas locação 78,0%
65% Shopping Jundiaí
35%
evoluiu rapidamente nos últimos 70% ParkShopping CampoGrande
64,8%
trimestres atingindo o patamar de 60%

Lojas Locadas
65% nos quatro projetos em Evolução da locação
50% 44,0%
locação (523 lojas de um total de (Referência: Fevereiro de 40%
2011)
809), em fevereiro de 2011. 30%

A bem-sucedida iniciativa de locação é consequência da 20%

expansão do varejo no Brasil, associada ao reconhecimento 10%

do forte nome da Multiplan como desenvolvedora e 0%


4T09 1T10 2T10 3T10 4T10
administradora de shopping centers e à efetiva campanha de
Evolução da locação
marketing para cada um dos projetos. (Atualizado em Fevereiro de 2011)

O mix de lojas é a prioridade!

A qualidade é mais importante que a velocidade quando o assunto é locação. Como os shoppings da Multiplan são construídos
para durar e produzir o maior retorno possível, o esforço para atrair os melhores lojistas para o mix planejado é extremamente
importante. Em 2010, a combinação de campanhas de marketing e divulgação de marca levou aos resultados esperados ao
atrair o interesse de lojistas

Despesas de novos projetos para locação de R$39 milhões geraram R$87 milhões em cessão de direitos

Em 2010, a empresa teve despesas de R$39,1 milhões com novos projetos para locação, que resultou na assinatura de
R$87,0 milhões em contratos de cessão de direitos. Com um novo recorde, a cessão de direitos assinada no 4T10 foi de
R$34,5 milhões, quase igualando ao total das despesas com novos projetos para locação do ano (88,4%).

3.1.1 Descrição dos projetos

ParkShoppingSãoCaetano

Status: Em construção

Mais de 80% das lojas do ParkShoppingSãoCaetano foram alugadas em menos de 70% do tempo entre o anúncio e a
inauguração prevista. Em construção desde março de 2010, as obras estão dentro do planejado e 42,2% dos custos já foram
desembolsados. O projeto tem entrega prevista para novembro de 2011.

JundiaíShopping

Status: Em construção

Localizado na cidade de Jundiaí, a 60 km de distância de São Paulo, a construção começou em outubro de 2010 e a
inauguração está prevista para outubro de 2012. O projeto mostrou um ritmo de locação acelerado, com 64,8% das lojas
alugadas em 40,1% do tempo decorrido entre o anúncio e a inauguração prevista. A Empresa já desembolsou 20,4% do seu
custo, que está sendo registrado como propriedades para investimento, e 65,5% das despesas com projeto, que já foram
contabilizadas nas demonstrações financeiras.

130
4T10
MULT3

VillageMall

Status: Em construção

Com a crescente demanda por lojas no VillageMall, alinhada à grande expectativa que a companhia deposita no projeto,
foram realizadas, neste trimestre, alterações no projeto original. O objetivo é trazer aos futuros lojistas e clientes do shopping
center uma maior infra-estrutura e comodidade com a construção de um novo pavimento subterrâneo de estacionamento VIP
que adicionará aproximadamente 440 vagas ao shopping center, que passará a ter 1.770 vagas no total.

Para essa expansão de 33% no número de vagas, a Multiplan planeja investir no empreendimento mais R$40,5 milhões. A
companhia estima investimentos totais de R$410,0 milhões no projeto, valor já atualizado, refletindo a inflação no período.

Estas variações no CAPEX, no entanto, não devem ter um forte impacto na rentabilidade do empreendimento, em virtude das
adições de receita provenientes das novas vagas em conjunto com a assinatura de novos contratos de locação acima do
planejado no 4T10. Estas mudanças elevaram em 8,1% o NOI esperado para o terceiro ano de operação, apresentando um
NOI Yield estimado para o mesmo ano de 12,0%.

Lançado em fevereiro 2010, as obras começaram em outubro do mesmo ano. Em fevereiro de 2011 o projeto atingiu a marca
de 78% das lojas alugadas. O shopping center já investiu 76,1% das despesas de projeto previstas para a fase de locação,
principalmente com iniciativas de marketing para impulsionar o ritmo do locação inicial. O VillageMall tem entrega prevista para
novembro de 2012.

ParkShopping Campo Grande

Status: Em construção

Anunciado em setembro de 2010, o projeto inicia as obras de construção em março de 2011. Com 44% das 276 lojas já
alugadas em 5 meses, o ParkShopping Campo Grande tem sua inauguração prevista para novembro de 2012.

3.2 Desenvolvimento de Torres Comerciais

Torres comerciais para locação e para venda: um novo projeto anunciado, um prestes a ser entregue

Parte da estratégia da Multiplan consiste em comprar terrenos para o desenvolvimento de seus shopping centers, visando
também desenvolver projetos como prédios comerciais e residenciais na área ao redor do empreendimento. Esses projetos
são normalmente para venda e aproveitam a valorização da área do entorno conforme o shopping center se desenvolve e
amadurece. Mais recentemente, como resultado de mudanças importantes no mercado, a Multiplan identificou novas
oportunidades para desenvolver projetos para locação em algumas das maiores cidades brasileiras, particularmente para
torres comerciais. Esses nichos de mercado estão localizados principalmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e
Brasília.

3.2.1 Torres Comerciais para venda

A Multiplan tem duas torres comerciais para venda em Imobiliário comercial para venda
construção, uma com 93% de suas unidades vendidas, a Projeto Abertura Participação Área VGV *
(R$‟ 000)
Cristal Tower, em Porto Alegre, e outra com 100% de
Cristal Tower Mai-11 100% 11.915 m² 70.000
suas unidades vendidas, a torre Centro Profissional Centro Profissional RBS Dez-12 100% 12.563 m² 75.040
RibeirãoShopping, em Ribeirão Preto. Total 100% 24.478 m² 145.040
* Valor geral de vendas

131
4T10
MULT3

3.2.2 Torres Comerciais para locação

Existem três outros projetos – em Brasília e em São


Imobiliário comercial para venda
Paulo – para locação: uma torre em frente ao Projeto Abertura Participação ABL CAPEX
MorumbiShopping, o Morumbi Business Center, duas (R$‟ 000)
Morumbi Business Center Jan-12 100% 10.150 m² 74.000
outras torres comerciais no lado oposto do mesmo ParkShopping Corporate Nov-12 50% 13.360 m² 39.800
shopping center, o Morumbi Corporate, e duas no Morumbi Corporate Set-13 100% 73.400 m² 444.132
ParkShopping, ParkShopping Corporate, na capital do Total 93,1% 96.910 m² 557.932

Brasil, Brasília.

Enquanto o Morumbi Corporate foi lançado recentemente, o Morumbi Business Center já está em seu quarto pavimento e deve
estar pronto para a entrega em menos de um ano.

3.3 Expansões de Shopping Centers

Três expansões entregues – e outras a caminho

O quarto trimestre também teve a entrega de três expansões com ABL total adicionada de 18,6 mil m². A maior das três foi no
BH Shopping, em Belo Horizonte. Com ABL total de 10.707 m², um quarto pavimento inteiro foi adicionado ao shopping center.
A segunda maior expansão foi inaugurada no ParkShoppingBarigüi, em Curitiba, com ABL nova de 6.883 m². Finalmente, o
Pátio Savassi, também em Belo Horizonte, um shopping center no qual a Multiplan recentemente aumentou sua participação
para 96,5%, entregou sua primeira expansão desde a aquisição, um terceiro pavimento com 935 m².

A companhia espera um NOI de R$19,2 milhões em sua participação no primeiro ano de operação das expansões
recentemente inauguradas (2011). A Multiplan continuará a usar as expansões de seus shoppings existentes como estratégia
importante não apenas para aumentar a ABL, mas também para melhorar ainda mais os retornos. .

3.4 Banco de Terrenos

Impulsionando o crescimento futuro com mais de 500.000 m² de terrenos

A Multiplan é conhecida por desenvolver projetos multiuso que integram shopping centers com condomínios comerciais e
residenciais. A aquisição de terrenos localizados próximos aos shopping centers é uma estratégia importante para a empresa e
deve ser considerada ao estimar seu crescimento futuro. As áreas listadas na tabela abaixo (510 mil m²) estão no banco de
terrenos da Multiplan por diferentes períodos e deverão ser usadas em projetos futuros. Cabe ressaltar que a área relacionada
aos dez projetos em desenvolvimento pela empresa (cinco shopping centers e cinco torres comerciais, incluindo o recém-
anunciado Morumbi Corporate) foram excluídos da lista abaixo.

Local % Tipo Área do Terreno


BarraShoppingSul 100% Residencial, Hotel 12.099 m²
Campo Grande 90% Residencial, Comercial 71.480 m²
Maceió 50% Residencial, Comercial, Hotel 140.000 m²
Jundiaí 100% Comercial 4.500 m²
ParkShoppingBarigüi 84% Apart-Hotel 843 m²
ParkShoppingBarigüi 94% Comercial 27.370 m²
Pátio Savassi 96% Comercial 2.606 m²
RibeirãoShopping 100% Residencial, Comercial, Centro Médico 195.875 m²
São Caetano 100% Comercial 24.948 m²
ShoppingAnáliaFranco 36% Residencial 29.800 m²
Total 81% 509.521 m²

132
4T10
MULT3

4. Indicadores Operacionais

4.1 Vendas dos Lojistas

As vendas dos lojistas dos shopping centers da Multiplan apresentaram o maior aumento em seis anos: 22,4%

O varejo no Brasil teve um crescimento forte em 2010, de 10,9% quando comparado a 2009. Esse crescimento, de acordo com
o IBGE, foi afetado positivamente pelo aumento do poder de compra, melhores condições de crédito para o consumidor e a
menor taxa de desemprego registrada no país desde a série histórica iniciada em 2002.

Os lojistas dos shoppings da Multiplan tiveram o maior crescimento anual nas vendas nos últimos seis anos, 22,4%, duas
vezes maior do que o forte crescimento de vendas no varejo, divulgada pelo IBGE. Mais uma vez, a combinação do aumento
das vendas em shopping centers consolidados (confirmado pelo aumento das Vendas na Mesma Área) e das vendas geradas
por áreas entregues ao longo do ano levaram a esse resultado. As três expansões inauguradas no segundo semestre de 2010
(no Pátio Savassi, ParkShoppingBarigüi e BH Shopping) e o Shopping Vila Olímpia, inaugurado em novembro de 2009,
contribuíram com o crescimento das vendas em 2010. No quarto trimestre de 2010, as vendas aumentaram 20,1% em relação
ao 4T09.

Todos os shopping centers do portfólio da Multiplan apresentaram crescimento das vendas de dois dígitos em 2010,
Considerando-se a taxa de crescimento ponderada dos últimos dez anos, o portfólio apresentou crescimento de 17,6%, como
apresentado abaixo.

CAGR: 17,6% +22,4%

7,5
6,1
5,1
4,3
3,6
2,8 3,1
1,9 2,2
1,7

'01 '02 '03 '04 '05 '06 '07 '08 '09 '10

Crescimento histórico das vendas da Multiplan (R$ bilhões)

Shopping centers inaugurados recentemente já demonstram forte melhora nas vendas

O Shopping Vila Olímpia, inaugurado em novembro de 2009, apresentou um forte crescimento nas vendas em dezembro de
2010, quando comparado a dezembro de 2009: 34,5%. O BarraShoppingSul, aberto em novembro de 2008, registrou vendas
anuais 19,9% mais altas em seu segundo ano de operação (2010/2009).

Após importantes melhorias, o Shopping Santa Úrsula registrou vendas 31,0% mais altas em 2010, comparado a 2009.
Localizado na mesma cidade, o RibeirãoShopping teve um crescimento de 15,8% nas vendas em 2010.

133
4T10
MULT3

30,0% 31,3% 31,0%


27,9%

20,6% 19,9%
17,7% 17,8% 16,3%
15,8% 14,5%
Crescimento das 12,0%
vendas do varejo
(IBGE): +10,9%

Crescimento das vendas dos shopping centers (2010/2009)

Shopping centers consolidados crescendo como os novos

Em operação há 31 anos e tendo aberto sua quinta expansão no final do 3T10, o BH Shopping apresentou vendas 20,6%
maiores em 2010 em comparação ao ano anterior. Esse desempenho mostra que a companhia é capaz de agregar valor aos
seus ativos já consolidados. Um efeito similar pode ser visto no Shopping Anália Franco, que inaugurou uma expansão no
3T09 e registrou um aumento de 31,3% nas vendas em 2010.

O BarraShopping e o DiamondMall, que completarão 30 e 15 anos de funcionamento em 2011, respectivamente, também


apresentaram forte desempenho de vendas em 2010. O BarraShopping registrou um aumento de 17,7%, e o DiamondMall de
30,0%, sem a adição de novas expansões no período.

Vendas 100% (R$ '000)


Shopping Centers 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %
BH Shopping 273.554 206.681 ▲32,4% 766.250 635.203 20,6%
RibeirãoShopping 151.630 134.032 ▲13,1% 477.448 412.146 15,8%
BarraShopping 434.730 372.359 ▲16,8% 1.350.607 1.147.705 17,7%
MorumbiShopping 368.055 325.821 ▲13,0% 1.148.926 1.003.088 14,5%
ParkShopping 247.583 220.702 ▲12,2% 775.376 658.024 17,8%
DiamondMall 129.343 113.241 ▲14,2% 431.528 331.972 30,0%
New York City Center 50.829 41.955 ▲21,1% 178.513 139.539 27,9%
Shopping Anália Franco 229.041 189.277 ▲21,0% 687.744 523.877 31,3%
ParkShoppingBarigüi 185.508 148.529 ▲24,9% 541.103 465.390 16,3%
Pátio Savassi 88.330 81.432 ▲8,5% 283.955 253.573 12,0%
Shopping Santa Úrsula 36.158 25.177 ▲43,6% 109.792 83.822 31,0%
BarraShoppingSul 162.185 135.406 ▲19,8% 510.281 425.442 19,9%
Shopping Vila Olímpia ¹ 73.898 29.236 ▲152,8% 214.401 29.236 633,3%
Total 2.430.844 2.023.848 ▲20,1% 7.475.923 6.109.019 ▲22,4%
¹ Aberto em novembro de 2009.

O desempenho das Vendas nas Mesmas Lojas e das Vendas na Mesma Área confirma o crescimento real das vendas nos
shopping centers em operação

As Vendas nas Mesmas Lojas, que medem o desempenho de vendas em lojas que operam em ambos os períodos
comparados, registraram um aumento de 12,4% em 2010 em relação a 2009. Para fins de comparação, o índice de inflação ao
consumidor (IPCA) de 2010 foi 5,9%, 650 pontos-base abaixo do aumento das vendas dos lojistas dos shopping centers da
Multiplan. A análise baseada nas Vendas na Mesma Área, que considera o aumento nas vendas na mesma área para locação
nos dois períodos, mostrou que o indicador aumentou 14,6%, confirmando que a Companhia fez mudanças bem-sucedidas no
mix de lojistas de seu portfólio nos últimos anos.

134
4T10
MULT3

22,4% 14,4% 14,9%


13,8% 14,0% 13,7%
12,2% 12,6%
11,4% 11,4% 11,9%
14,6% 10,6%
9,9% 9,8%
12,4%
10,9% 7,9%

5,9% 5,1% 5,6%

Vendas do Vendas Vendas na Vendas nas IPCA


Varejo Totais Mesma Mesmas
1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10
(IBGE) Área Lojas

Análise do crescimento das vendas (2010/2009) Histórico das Vendas nas Mesmas Lojas (ano/ano)

Lojas-satélite superaram lojas-âncora

Em 2010, todos os segmentos registraram crescimento de dois dígitos das vendas no conceito mesmas lojas, exceto nas lojas-
âncora de vestuário, que, não obstante, mostraram forte crescimento de 8,1% nas vendas. No quarto trimestre, as lojas-satélite
tiveram um desempenho melhor comparado ao das lojas-âncora. Enquanto as lojas-satélite tiveram um bom desempenho em
todos os segmentos – com destaque para os segmentos de serviço, com vendas 38,8% mais altas devido à forte demanda das
agências de turismo nos shopping centers – as lojas-âncora foram positivamente afetadas pelo notável aumento das vendas
dos cinemas, o que contribuiu para o crescimento de 18,4% no segmento dos serviços-âncora no 4T10/4T09. Por último,
operações das praças de alimentação tiveram o maior crescimento do ano, aumentando as vendas em 25,4% em relação a
2009.
Vendas nas Mesmas Lojas (SSS) 4T10 x 4T09 2010 x 2009
Segmento Satélites Âncoras Total Satélites Âncoras Total
Alimentação e área gourmet ▲20,2% - ▲20,2% ▲25,4% - ▲25,4%
Artigos diversos ▲11,8% ▲7,9% ▲10,9% ▲10,6% ▲10,6% ▲10,6%
Artigos do lar e escritório ▲18,9% ▲3,5% ▲11,4% ▲13,7% ▲12,8% ▲13,2%
Serviços ▲38,8% ▲18,4% ▲27,5% ▲11,6% ▲11,5% ▲11,5%
Vestuário ▲13,2% ▲4,6% ▲11,1% ▲10,3% ▲8,1% ▲9,7%
Portfólio ▲15,3% ▲5,7% ▲12,6% ▲13,2% ▲10,6% ▲12,4%

4.2 Outros destaques operacionais

Vendas fortes, ambiente saudável, baixa inadimplência de lojistas

A inadimplência, ou atraso de 25 dias ou mais no pagamento dos aluguéis mensais, já foi baixa em 2009, quando representou
2,7% da receita total de locação. Em 2010, este número caiu para menos da metade, estabelecendo um novo recorde: 1,2%. O
resultado confirma o ambiente saudável para os varejistas em 2010. Na mesma perspectiva, a perda de aluguel, definida após
6 meses de atraso, não mudou e permaneceu em 0,9% em 2010. Novamente, devido ao ambiente econômico forte e à gestão
ativa e consistente do mix de lojistas, a Multiplan conseguiu aumentar sua taxa de ocupação em 165 pontos-base, passando
de 96,9% para 98,6%. Esse aumento na taxa de ocupação reflete, entre outras variáveis, a entrada dos novos lojistas do
Shopping Santa Úrsula, que passou por uma importante reforma em seu interior, junto com esforços para ajustar o mix de
lojistas ao perfil dos consumidores. Esta iniciativa aumentou a taxa de ocupação desse shopping center em particular para
88,3%, em relação aos 65,5% no auge do processo de reocupação. Como consequência positiva dessa taxa de ocupação
mais elevada, a Multiplan poderá se beneficiar com a redução de determinadas despesas em seus shopping centers nos
próximos trimestres.

135
4T10
MULT3

5. Receita Bruta

Receita bruta mais que dobrou nos últimos cinco anos

A receita bruta da Multiplan foi de R$662,6 Apropriação de receita


de aluguel linear
milhões em 2010, um crescimento sólido de 0,8%
Serviços
24,0%, comparado a 2009, em linha com a 11,0%
taxa anual de crescimento ponderado de
Mínimo
24,4% na receita bruta desde 2006. Após cinco 84,7%
Venda de imóveis Receita de
9,3% locação
anos, a companhia mais do que duplicou sua 62,8%
receita bruta (140% de aumento comparado a
Receita de
2006). O forte aumento nas receitas de cessão estacionamento
10,5%
de direitos, estacionamento e venda de Outras Complementar
0,3% Merchandising 4,9%
imóveis contribuiu para esse resultado. Cessão de direitos 10,4%
5,3%
Considerando o 4T10, a receita bruta subiu
Abertura da receita bruta – 2010
12,1% em relação ao 4T09, alcançando
R$195,3 milhões.

O aluguel mínimo (ou fixo) aumentou 14,0% em 2010, e foi responsável por 84,7% da receita de locação (e 53,2% da receita
bruta). A receita de merchandising e a complementar (aluguel percentual) cresceram 12,6% e 60,8%, respectivamente, em
2010.

136
4T10
MULT3

6. Resultados da Participação em Shopping Centers

6.1 Receita de Locação

Crescimento forte e estável

A receita de locação cresceu 15,5% em 2010 quando comparada a 2009, atingindo R$416,1 milhões, antes do efeito do ajuste
de linearidade.

De acordo com o método da linearidade, e conforme a demonstração de resultados de 2009, a Companhia começou a registrar
suas operações com locação de lojas como arrendamento mercantil operacional. O aluguel mínimo contratado com os lojistas,
incluindo aumentos reais quando aplicáveis, e o "aluguel-dobrado" sazonal, excluindo os reajustes de acordo com o índice de
inflação, é reconhecido proporcionalmente às participações da Companhia em cada desenvolvimento, usando o método
contábil de linearidade, independente do valor faturado.

Como o método foi usado pela primeira vez no 4T09, o efeito resultante da linearidade em 2009 (+ R$6,0 milhões) impactou
somente aquele trimestre, e, portanto, distorce as comparações com os dados do 4T10 (linearidade de -R$18,7 milhões no
quarto trimestre e resultado líquido de + R$5,1 milhões no ano).

Todos os shoppings centers registraram aumento na receita de locação em 2010, como resultado do crescimento orgânico e
expansão da ABL.

Receita de Locação/Shopping (R$ '000) 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %
BH Shopping 17.705 13.237 ▲33,8% 49.240 44.080 ▲11,7%
RibeirãoShopping 9.298 8.373 ▲11,0% 29.366 27.194 ▲8,0%
BarraShopping 20.523 20.309 ▲1,1% 65.671 62.570 ▲5,0%
MorumbiShopping 24.786 22.841 ▲8,5% 77.703 72.474 ▲7,2%
ParkShopping 11.165 9.798 ▲14,0% 34.518 27.239 ▲26,7%
DiamondMall 9.101 8.392 ▲8,4% 30.169 26.619 ▲13,3%
New York City Center 1.673 1.555 ▲7,6% 5.793 5.300 ▲9,3%
Shopping AnáliaFranco 5.712 5.167 ▲10,5% 18.010 15.335 ▲17,4%
ParkShoppingBarigüi 11.348 8.306 ▲36,6% 29.421 26.112 ▲12,7%
Pátio Savassi ¹ 6.591 4.674 ▲41,0% 19.037 15.329 ▲24,2%
Shopping Santa Úrsula ² 1.356 409 ▲231,8% 2.735 1.586 ▲72,4%
BarraShoppingSul 12.881 11.244 ▲14,6% 35.719 33.114 ▲7,9%
Shopping Vila Olímpia ³ 5.936 3.227 n.d. 18.731 3.227 n.d.
Total do Portfólio 138.075 117.533 ▲17,5% 416.114 360.180 ▲15,5%
Apropriação da receita de aluguel linear -18.658 6.000 n.d. 5.104 6.000 ▼14,9%
Total 119.417 123.533 ▼3,3% 421.218 366.180 ▲15,0%
¹ Após a aquisição de participação minoritária de 16,5% em agosto de 2010, a participação da Multiplan no Pátio Savassi aumentou para 96,5%.
² Após a aquisição de participação minoritária de 25,0% em novembro de 2010, a participação da Multiplan no Shopping Santa Úrsula aumentou para
62,5%.
³ Inaugurado em novembro de 2009.

+14,0% +60,8% +12,6% -14,9%

4.862 421.218
43.399 7.673
Reajustes -896
Linearidade
contratuais
Aluguel 1.4%
99.8% 366.180
mínimo Sazonalidade
98.6% (aluguel
dobrado)
0.2%
+15,0%

Locação 2009 Mínimo Complementar Merchand. Linearidade Locação 2010

Abertura do aluguel mínimo e linearidade – 2010 Evolução da receita de locação – 2010 (R$’000)
Números em negrito referem-se à variação percentual no comparativo 2010/2009

137
4T10
MULT3

Receita de Locação - (R$ '000) 2010 2009


Shopping Center Mínimo Complementar Merchand. Mínimo Complementar Merchand.
BH Shopping 43.210 1.617 4.412 38.552 1.103 4.425
RibeirãoShopping 24.626 1.015 3.725 23.039 748 3.408
BarraShopping 57.345 2.231 6.095 55.515 1.590 5.465
MorumbiShopping 65.035 3.096 9.572 61.345 2.163 8.965
ParkShopping 28.955 1.844 3.720 21.957 1.847 3.435
DiamondMall 25.149 2.677 2.343 23.084 1.372 2.164
New York City Center 4.880 271 642 4.492 161 647
Shopping AnáliaFranco 15.518 850 1.642 13.230 533 1.572
ParkShoppingBarigüi 23.777 1.827 3.817 21.786 803 3.522
Pátio Savassi ¹ 13.794 3.161 2.082 12.264 1.605 1.460
Shopping Santa Úrsula ² 2.083 183 468 1.028 9 548
BarraShoppingSul 30.533 1.188 3.999 29.447 670 2.996
Shopping Vila Olímpia ³ 17.425 339 968 3.191 19 17
Total do Portfólio 352.331 20.297 43.486 308.932 12.624 38.624
Apropriação de receita de aluguel linear 5.104 - - 6.000 - -
Total 357.435 20.297 43.486 314.932 12.624 38.624
¹ Após a aquisição de participação minoritária de 16,5% em agosto de 2010, a participação da Multiplan no Pátio Savassi aumentou para 96,5%.
² Após a aquisição de participação minoritária de 25,0% em novembro de 2010, a participação da Multiplan no Shopping Santa Úrsula aumentou para
62,5%.
³ Inaugurado em novembro de 2009.

Maior volume de vendas e forte crescimento real impulsionam Aluguéis nas Mesmas Lojas em 2010

O Aluguel nas Mesmas Lojas subiu 6,9% em 2010 quando comparado com 2009, enquanto o Aluguel na Mesma Área
aumentou 6,2% no ano. Em 2010, com o aumento na inflação conforme medido pelo índice IGP-DI, o valor dos contratos foi
ajustado em aproximadamente 1,1% (consulte o efeito do reajuste do IGP-DI no glossário). É válido mencionar que o
crescimento do índice IGP-DI em 2010 deve afetar positivamente o futuro reajuste de contratos, pois os valores são
atualizados de acordo com a inflação dos últimos doze meses. No 4T10, o crescimento real do Aluguel nas Mesmas Lojas, isto
é, descontado o impacto do reajuste do IGP-DI, atingiu um novo recorde de alta dos últimos três anos: 7,7% no trimestre,
acima do maior reajuste de inflação para o ano, de 4,0%.

+17,5%
+15,5% Efeito d o ajuste do IGP-DI
10,7% 11,1%
+12,0% 10,0% Crescimento d o IGP-DI
+10,5% 8,6%
6,7% 7,3%
+6,2% +6,9% 5,6%
4,6%
4,0% 3,9% 4,0%
2,9%
1,1%
0,2% 0,6%

Efeito do SAR SSR Receita Efeito do SAR SSR Receita


Ajuste do de Ajuste do de -0,3%
IGP-DI ¹ Locação IGP-DI ¹ Locação
3T07 4T07 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10
4T10 2010

Análise da receita de locação (ano/ano)


Efeito do Ajuste do IGP-DI sobre aluguel mínimo
¹ Média da variação acumulado de 12 meses do IGP-DI

Alug uel n as mesmas lojas real Efeito d o ajuste do IGP-DI


7,7%
13,9% 14,0%
13,2%
12,0% 6,0%
11,6%
10,7% 11,1%
10,0% 4,8%
9,0% 8,6%
7,7% 8,1% 3,6% 3,7%
3,4%
6,7% 7,3% 6,5% 6,6%
5,6% 2,8% 2,9%
4,4% 2,1% 2,2% 1,9%
3,9% 4,0%
2,9%
0,8%

0,2% 0,6%

-0,3% 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10
1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10

Composição do Aluguel nas Mesmas Lojas (SSR) Crescimento real histórico do Aluguel nas Mesmas Lojas (SSR)

138
4T10
MULT3

CAGR real de 3,5% do Aluguel na Mesma Área nos últimos quatro anos! +8,4% +8,0%

De 2007 a 2010, a Multiplan apresentou aumentos em seu Aluguel nas Mesmas Lojas de 10,6%,
+4,7%
9,4% e 6,9%, respectivamente, equivalente a uma média geométrica de 8,8%. É importante notar
que as bases das Vendas nas Mesmas Lojas e Vendas na Mesma Área mudam diariamente,
portanto afim de demonstrar o aumento da receita de aluguel de seus lojistas desde 2007,
excluindo qualquer influencia externa, a Companhia elaborou este estudo considerando o
Efeito do Aluguel na Aluguel nas
crescimento apenas das lojas e áreas que estavam em operação desde 2007. Os contratos Ajuste do Mesma Área Mesmas
IGP-DI Lojas
considerados neste exercício chegam a aproximadamente 50% dos contratos existentes e 60% CAGR do Aluguel nas Mesmas Lojas
das receitas de aluguel mínimo e complementar dos nove shopping centers considerados. (SSR) e Aluguel na Mesma Área
(SAR) – (2007 a 2010)
Os nove shopping centers (em operação desde IPO) registraram uma taxa anual de crescimento ponderado (CAGR) no Aluguel nas
Mesmas Lojas e no Aluguel na Mesma Área de 8,0% e 8,4%, respectivamente, entre 2007 e 2010. No mesmo período, o efeito do
reajuste do IGP-DI foi de 4,7%, resultando em um CAGR real de 3,1% no Aluguel nas Mesmas Lojas e de 3,5% no Aluguel na Mesma
Área. Isto demonstra que não somente as novas lojas aumentaram a base de receita de locação, mas também as lojas existentes n os
shopping centers por mais anos, que crescem sobre uma base já elevada.

6.2 Receitas com Estacionamento (líquidas de transferências a sócios e shopping centers)


Melhorias em operações novas e já existentes levaram a um aumento de 26,5% na receita de estacionamento em 2010

A receita de estacionamento alcançou R$69,5 milhões em 2010, representando um aumento de 26,5% comparado a 2009. No 4T10, a
linha de receita saltou 19,3% em relação aos valores do 4T09, registrando sólidos R$21,2 milhões. Novas operações de
estacionamentos no ParkShopping e no Shopping Vila Olímpia contribuíram com R$8,5 milhões para o aumento anual.
Durante o ano de 2010, a Companhia instalou novos equipamentos de estacionamento em 10 dos 13 shoppings centers do portfólio,
buscando mais eficiência e alinhada a práticas sustentáveis.

Soluções tecnológicas também estão utilizadas no MorumbiShopping. Painéis eletrônicos agora direcionam os motoristas a vagas
vazias, ajudando os clientes a encontrarem rapidamente uma vaga e contribuindo para tornar mais agradável sua permanência no
shopping center. Ainda no MorumbiShopping, as vagas para pessoas com necessidades especiais passaram a ter alertas de voz
acionados na chegada, informando sobre as particularidades da área e impedindo o uso abusivo da vaga.

Receita de estacionamento líquida de repasse a sócios e shopping centers


Desde o início de 2010, a Companhia reporta a receita de estacionamento líquida de repasse a sócios e shopping centers, uma v ez
que a Companhia é apenas um agente de recolhimento e repasse. As despesas operacionais do estacionamento continuam a ser
contabilizadas na linha de despesas dos shopping centers e os impostos relacionados à receita de estacionamento não sofreram
nenhuma alteração. A tabela abaixo mostra a receita de estacionamento por shopping center antes da transferência para os sóci os e
shopping centers da Multiplan.
Receita de Estacionamento 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %
BH Shopping 3.289 2.615 ▲25,8% 10.131 8.865 ▲14,3%
RibeirãoShopping ¹ 2.109 2.015 ▲4,7% 7.067 4.286 ▲64,9%
BarraShopping 7.488 5.923 ▲26,4% 24.357 21.262 ▲14,6%
MorumbiShopping 7.963 6.718 ▲18,5% 25.767 23.021 ▲11,9%
ParkShopping ² 2.549 1.770 ▲44,0% 7.357 1.770 ▲315,5%,
DiamondMall 1.438 1.486 ▼3,2% 5.286 4.851 ▲9,0%
New York City Center 1.520 1.340 ▲13,4% 5.257 4.738 ▲11,0%
Shopping AnáliaFranco 3.118 2.816 ▲10,7% 10.420 8.860 ▲17,6%
ParkShoppingBarigüi 2.976 2.191 ▲35,8% 8.919 7.576 ▲17,7%
Pátio Savassi 1.594 1.844 ▼13,6% 5.725 5.627 ▲1,7%
Shopping Santa Úrsula 548 285 ▲92,1% 1.415 737 ▲91,9%
BarraShoppingSul ¹ 2.024 1.639 ▲23,5% 6.492 3.612 ▲79,7%
Shopping Vila Olímpia ³ 516 127 ▲305,7% 1.109 127 ▲772,0%
Receita bruta de estacionamento 37.132 30.771 ▲20,7% 119.302 95.332 ▲25,1%
Repasse do estacionamento (15.953) (13.019) ▲22,5% (49.798) (40.373) ▲23,3%
Receita de estacionamento 21.179 17.752 ▲19,3% 69.504 54.959 ▲26,5%
¹ RibeirãoShopping e BarraShoppingSul iniciaram suas operações de estacionamento em maio de 2009.
² ParkShopping iniciou sua operação de estacionamento em outubro de 2009.
³ Shopping Vila Olímpia iniciou sua operação de estacionamento em novembro de 2009.

139
4T10
MULT3

6.3 Despesas de Shopping Centers

Maior taxa de ocupação, menores despesas de shopping centers

As despesas de shopping centers somaram R$65,9 milhões +6,6%


em 2010, representando um aumento de 6,6% quando
comparadas ao ano de 2009. O aumento foi inferior ao de 65.883
61.778
8,3% da ABL própria ajustada no mesmo período, indicando
uma diluição das despesas de shopping centers durante o ano.
Adicionalmente, as despesas com lojas vagas diminuíram,
+23,7%
uma vez que a vacância do portfólio reduziu de 3,1% em 2009
para 1,4% em 2010. A vacância no Shopping Santa Úrsula, 19.313
15.612
que passou por uma profunda transformação em sua
arquitetura interna e em seu mix de lojas, registrou uma queda,
saindo de 35% de vacância em dezembro de 2009, para 10%
4T09 4T10 2009 2010
no mesmo mês de 2010.
Despesas de shopping center (R$’000)
Mesmo com a inauguração de seis expansões e dois shopping
centers nos últimos dois anos, que normalmente resulta em um aumento temporário da vacância, a Companhia conseguiu
aumentar sua taxa de ocupação devido à demanda por espaços nos shopping centers em operação, além do sucesso dos
novos empreendimentos inaugurados.

100,0% 600.000 m²
ABL Total % ABL Ocupada
550.000 m²
98,0%
500.000 m²

96,0% 450.000 m²

400.000 m²
94,0% 350.000 m²

300.000 m²
92,0%
250.000 m²

90,0% 200.000 m²
1T01 4T01 3T02 2T03 1T04 4T04 3T05 2T06 1T07 4T07 3T08 2T09 1T10 4T10

Evolução da ABL total e da taxa de ocupação

As despesas com estacionamento, após a modernização dos seus equipamentos em 10 dos 13 shopping centers, foram
responsáveis por 22,1% das despesas de shopping centers em 2010. No 4T10, as despesas de shopping centers aumentaram
23,3% em comparação ao 4T09, para R$19,3 milhões, principalmente devido ao aumento da contribuição para o fundo de
promoção e publicidade visando à temporada de Natal. Esse investimento foi compensado pelo aumento das vendas e da
receita de aluguel complementar no 4T10, de 61,3%.

140
4T10
MULT3

6.4. Resultado Líquido Operacional – NOI

Margem NOI continua a crescer e atinge 86,6% em 2010; NOI + Cessão de Direitos, 87,5% no mesmo período

O Resultado Operacional Líquido (NOI) atingiu R$424,8 milhões em 2010, 18,2% maior que em 2009. Conforme mencionado
anteriormente, o forte crescimento das receitas aliado ao pequeno aumento nas despesas de shopping centers foram as
principais variáveis para o aumento do NOI e a melhoria da margem NOI, que cresceu de 85,3% em 2009 para 86,6% em
2010. Levando em consideração a receita de cessão de direitos do exercício, o NOI aumentaria para R$460,1 milhões, ou seja,
um crescimento de 19,1% em relação a 2009 e uma margem NOI de 87,5%.

No quarto trimestre de 2010, a variação do NOI foi impactada pelo efeito contábil da linearidade, como explicado na análise da
receita de locação (consulte a página 20). Caso o impacto do efeito da linearidade em ambos os períodos não fosse
considerado, o NOI no 4T10 cresceria 16,9%, em linha com o crescimento anual do NOI.

Cálculo do NOI (R$ '000)

COM Efeito da Linearidade 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %


Receita de locação de lojas 138.075 117.533 ▲17,5% 416.114 360.180 ▲15,5%
Apropriação de receita de aluguel linear (18.658) 6.000 na 5.104 6.000 ▼14,9%
Receita de estacionamento 21.179 17.752 ▲19,3% 69.504 54.959 ▲26,5%
Receita Operacional 140.596 141.285 ▼0,5% 490.722 421.139 ▲16,5%
Despesas de shopping centers (19.313) (15.612) ▲23,7% (65.883) (61.778) ▲6,6%
NOI 121.283 125.673 ▼3,5% 424.839 359.361 ▲18,2%
Margem NOI 86,3% 88,9% ▼269 p.b. 86,6% 85,3% ▲124 p.b.
Receita de cessão de direitos 9.328 7.680 ▲21,5% 35.241 26.990 ▲30,6%
NOI + CD 130.611 133.353 ▼2,1% 460.080 386.351 ▲19,1%
Margem NOI + CD 87,1% 89,5% ▼240 p.b. 87,5% 86,2% ▲126 p.b.

SEM Efeito da Linearidade 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %


Receita de locação de lojas 138.075 117.533 ▲17,5% 416.114 360.180 ▲15,5%
Receita de estacionamento 21.179 17.752 ▲19,3% 69.504 54.959 ▲26,5%
Receita Operacional 159.254 135.285 ▲17,7% 485.618 415.139 ▲17,0%
Despesas de shopping centers (19.313) (15.612) ▲23,7% (65.883) (61.778) ▲6,6%
NOI Ajustado 139.941 119.673 ▲16,9% 419.735 353.361 ▲18,8%
Margem NOI Ajustado 87,9% 88,5% ▼59 p.b. 86,4% 85,1% ▲131 p.b.
Receita de cessão de direitos 9.328 7.680 ▲21,5% 35.241 26.990 ▲30,6%
NOI Ajustado + CD 149.269 127.353 ▲17,2% 454.976 380.351 ▲19,6%
Margem NOI Ajustado + CD 88,5% 89,1% ▼54 p.b. 87,4% 86,0% ▲132 p.b.

200.000 -3,5% 110,0% 16,9%


200.000 110,0%
105,0%
150.000 125.673 70.000 105,0%
121.283 100,0% 150.000 139.941
50.000 119.673 100,0%
100.000 95,0%
30.000
88,9%
86,3% 90,0% (+/-)
10.000 6.000
= 100.000
88,5% 87,9%
95,0%
50.000 90,0%
85,0% (10.000) 50.000
85,0%
- 80,0% (30.000) (18.658)
- 80,0%
4T09 4T10 (50.000)
4T09 4T10 4T09 4T10
(70.000)
Evolução do NOI (R$’000) Efeitos da Linearidade Evolução do NOI (R$’000) e da Margem NOI
e da Margem NOI 4T09/4T10 (R$’000) no 4T09/4T10 4T09/4T10 sem o Efeito da Linearidade

141
4T10
MULT3

7. Resultados da Administração de Shopping Centers

7.1 Receita de Serviços

Taxas de administração aumentaram 16,4% em linha com a ABL de terceiros

A receita da taxa de administração aumentou 16,4% em 2010, ou R$6,2 -0,6%


milhões, seguindo o aumento de 11,0% na ABL média de terceiros 80.000
no 73.372 72.926
mesmo período, em comparação ao ano de 2009. 70.000 Taxa de administração
60.000
As taxas de corretagem por sua vez diminuíram 37,0% em 2010, ou R$5,3
50.000 37.457 Taxa de corretagem
43.604
40.000
milhões, como resultado de uma maior participação da Companhia nos Taxa de transferência
30.000 14.412
projetos em fase de locação, 97,8% (ParkShoppingSãoCaetano, VillageMall, 9.086
20.000 Merchandising
JundiaíShopping, ParkShopping Campo Grande e três expansões) em 9.039 10.228
10.000 8.680 8.022 Outras receitas
relação a 2009, de 70,7% (Shopping Vila Olímpia, - 3.784 1.986
ParkShoppingSãoCaetano e cinco expansões). 2009 2010

A combinação destes fatores levou à queda de 0,6% na receita de serviços Composição da receita de serviços
2009 vs 2010 (R$’000)
em 2010, uma vez que o aumento de receita das taxas de administração e
transferência foi compensada por menores receitas com taxas de corretagem, merchandising e outras receitas.

No 4T10, a receita de serviços aumentou 5,2%, passando de R$17,9 milhões para R$18,8 milhões, devido principalmente a um
aumento de 31,8% na receita com taxa de administração e de 27,3% na receita com taxa de transferência. Durante o mesmo
período, a receita de corretagem diminuiu 30,2%.

7.2 Despesas Gerais e Administrativas (Sede)

As despesas gerais e administrativas aumentaram menos que a inflação, apesar


de itens não recorrentes
-11,5%
60.000
50.000
Em 2010, as despesas da sede aumentaram somente 5,6%, um pouco abaixo da -7,2%
40.000
inflação anual de 5,9%, medida pelo IPCA, um surpreendente contraste com30.000
o 25.945 25.325 24.744 22.962
20.068
aumento da taxa de administração de 16,4%. Vale a pena notar que as despesas
20.000
10.000
gerais e administrativas aumentaram muito pouco, apesar de uma reversão na
-
provisão de R$1,6 milhão em 2009, e dos itens não recorrentes em 2010, 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10

atingindo um total de R$14,4 milhões. Despesas de sede – variação trimestral (R$’000)

Excluindo o impacto desses eventos não recorrentes e apenas para fins de análise, as despesas gerais e administrativas
diminuiriam 12,4% em 2010 em relação a 2009. Com base nas mesmas métricas, a relação despesas gerais e administrativas
recorrentes/receita líquida cairia para 13,0% em 2010, sendo somente 2/3 da taxa ajustada de 18,6% em 2009.

+5,6% -12,4%
30,0% 38.000 30,0%
100.000 88.182 93.098 100.000 89.776
25,0% 28.000 78.663 25,0%
80.000 80.000
60.000 18,3% 18.000 14.435 60.000 18,6%
15,4%
(+/-)
20,0% = 20,0%
40.000 8.000 40.000
15,0% 13,0% 15,0%
20.000 20.000
(2.000) (1.594)
- 10,0% - 10,0%
2009 2010
2009 2010 2009 2010
Evolução das Despesas de Sede Itens Não-recorrentes 2009/2010 Evolução das Despesas de Sede
2009/2010 (R$’000) e (R$’000) Recorrentes 2009/2010 (R$’000) e
Sede/Receita Líquida Sede Recorrente/Receita Líquida

142
4T10
MULT3

No 4T10, as despesas gerais e administrativas diminuíram 11,5%, para R$23,0 milhões,


em comparação aos R$25,9 milhões no 4T09. Isso resultou em uma melhora da relação40.000 -11,5% 30,0%
35.000
despesas gerais e administrativas/receita líquida, que passou de 16,4% no 4T09 para30.000 25.945 25,0%
22.962
25.000
12,9% no 4T10.
20.000 16,4% 20,0%
15.000
10.000 12,9% 15,0%
5.000
- 10,0%
4T09 4T10
Evolução das despesas de sede
4T09/4T10 (R$’000) e
8. Resultados do Desenvolvimento de Shopping Centers Sede/Receita líquida

8.1 Receita de Cessão de Direitos

Cessão de Direitos Assinadas: sólido ritmo de locação, com R$87,0 milhões em cessão de direitos assinadas em 2010; R$34,5
milhões no 4T10

As receitas diferidas se beneficiaram do ritmo intenso de locação


183.733
Entrega de
em 2010, resultante de um portfólio em desenvolvimento de projetos

quatro novos shopping centers e três expansões de shopping


138.788 141.224137.099 158.531
centers. O saldo de receitas diferidas aumentou 39,2% em 2010, 126.298 149.975
121.479 136.741
em comparação a 2009, e os contratos de cessão de direitos 131.976
110.506 Novos
assinados e registrados na linha de receitas diferidas atingiram 110.183
96.381 projetos
81.194
lançados
R$183,7 milhões em dezembro de 2010.

O saldo da receita diferida somente será apropriada como receita


de cessão de diretos quando os contratos de locação entrarem Evolução da receita diferida (R$’000)

em vigência e durante seu prazo, ou seja, quando os lojistas receberem as lojas e iniciarem as operações.

A companhia assinou R$34,5 milhões em contratos de cessão de direitos no 4T10 e R$87,0 milhões em 2010. A cessão de
direitos assinada das expansões entregues no BH Shopping, Pátio Savassi e ParkShoppingBarigüi em 2010, acumularam
R$27,3 milhões, os quais serão reconhecidos em cinco anos a partir do mês de cada inauguração.

Receita de Cessão de Direitos: 75,9% gerada por projetos inaugurados nos últimos cinco anos

Em 2010, a receita da cessão de direitos aumentou 30,6%, atingindo R$35,2 milhões, beneficiando-se principalmente da
abertura do Shopping Vila Olímpia (considerando a participação da MPH no shopping center) em novembro de 2009,
responsável por 1/3 da receita de cessão de direitos reconhecida em 2010. No comparativo trimestral, a receita de cessão de
direitos aumentou 21,5%, de R$7,7 milhões no 4T09 para R$9,3 milhões no 4T10, tendo o Shopping Vila Olímpia contribuído
com 29,5% das receitas do 4T10. Os projetos inaugurados nos últimos cinco anos foram responsáveis por 75,9% da receita de
cessão de direitos gerada em 2010, uma participação acima dos 53,3% em 2009.

Receita de Cessão de Direitos (R$ '000) 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %
Operacionais (Recorrentes) 2.417 4.039 ▼40,2% 8.481 12.608 ▼32,7%
Novos projetos abertos nos últimos 5 anos 6.911 3.641 ▲89,8% 26.759 14.381 ▲86,1%
Receita de Cessão de Direitos 9.328 7.680 ▲21,5% 35.241 26.989 ▲30,6%

143
4T10
MULT3

8.2 Despesas com Novos Projetos para Locação

As Despesas Pré-Operacionais, atualmente classificadas como Despesas com Novos Projetos, referem-se à parte do CAPEX
contabilizada como despesa na demonstração de resultados, conforme estabelecido no pronunciamento CPC 04 em 2009.
Composta principalmente por despesas com propaganda, estudos de viabilidade, corretagem e outras despesas de
desenvolvimento, a maior parte do CAPEX atribuído a despesas com novos projetos ocorrem nas fases de lançamento e
inauguração dos projetos, com uma parte residual distribuída na fase de construção, e uma despesa final na inauguração.

Cessão de Direitos assinada agregou duas vezes mais que as Despesas com
+122,6%
Novos Projetos para Locação em 2010
86.998
A Companhia apresentou R$39,1 milhões em Despesas com Novos Projetos para
Locação em 2010. O resultado dos investimentos em despesas com novos projetos 39.074
e iniciativas de marketing ao longo de 2010 pode ser mensurado pelo número de
contratos de locação assinados, de 428 no período, e pelo volume de cessão de
Despesas com Cessão de direitos
direitos assinada, R$87,0 milhões, 122,6% maior do que as despesas com novos novos projetos contratada
para locação
projetos para locação no mesmo período.
Despesas com novos projetos para locação
e cessão de direitos contratada em 2010
Despesas com Novos Projetos de R$8,9 milhões contribuíram para a assinatura de (R$’000)
R$34,5 milhões em Cessão de Direitos Contratada +288,8%

No 4T10, a Multiplan apresentou despesas com novos projetos de R$8,9 milhões, 34.530

compostas principalmente por investimentos destinados a promover os projetos


8.882
existentes, o que resultou na assinatura de 158 novos contratos – o maior volume
trimestral de novos contratos assinados nos últimos três anos – somando R$34,5 Despesas com Cessão de direitos
novos projetos contratada
milhões em cessão de direitos contratada. para locação
Despesas com novos projetos para locação
e cessão de direitos contratada no 4T10
(R$’000)
Expectativa de Despesas com Novos Projetos para Locação em 2011 para os projetos anunciados

Os projetos para locação, tais como ParkShoppingSãoCaetano, Shopping Maceió, ParkShopping Corporate e Morumbi
Corporate, devem ser responsáveis por despesas com novos projetos entre R$9,2 milhões e R$11,3 milhões em 2011. A maior
parte dos desembolsos com os projetos atuais em desenvolvimento já foi realizada, como pode ser notado no resultado de
2010. Nos próximos meses, não deverão ocorrer desembolsos importantes além do CAPEX normal de construção, como
planejado para os projetos já anunciados.

O ParkShoppingSãoCaetano já desembolsou 65,0% das despesas planejadas com novos projetos, tendo como conseqüência
o forte ritmo da assinatura de contratos de locação. Espera-se que o shopping center localizado em Maceió inicie a sua fase de
construção e locação nos próximos meses, necessitando o mesmo tipo de campanha de marketing em sua fase inicial.

Vale ressaltar que esses dados são relativos aos projetos já anunciados e podem ser alterados quando, e se for o caso, forem
anunciados novos projetos.

144
4T10
MULT3

9. Resultados dos Empreendimentos Imobiliários – Torres Comerciais

9.1 Receita Imobiliária e Custo de Imóveis Vendidos

Em 2010, a Multiplan registrou, de acordo com o método de apropriação físico-financeiro da obra (PoC), uma receita imobiliária
de R$61,4 milhões, composta principalmente por R$56,6 milhões referente ao Cristal Tower e R$3,5 milhões do Centro
Profissional RibeirãoShopping, sendo este último apenas durante o 4T10.

Cristal Tower: número de unidades vendidas aumentou de 72% no 4T09 para 93% no 4T10

No 4T10, o número de unidades vendidas atingiu 269, o equivalente a 93% das 290 unidades para venda. Essas vendas,
junto do andamento das obras, foram responsáveis por uma receita imobiliária reconhecida (pelo PoC) de R$22,9 milhões
no 4T10 e R$56,6 milhões em 2010. O andamento das obras da Cristal Tower levou ao reconhecimento de custos de R$9,9
milhões no 4T10 e R$29,7 milhões em 2010.

Centro Profissional RibeirãoShopping: elevando a receita bruta

Com valor geral de vendas (VGV) de R$75,0 milhões e 100% de suas 288 unidades vendidas durante o período de pré-
lançamento, a receita da venda de imóveis e os custos relacionados estão sendo registrados como receita da venda de
imóveis e custo dos imóveis vendidos de acordo com o progresso da construção. No 4T10, a Multiplan apropriou receitas
de R$3,5 milhões e despesas de R$2,6 milhões. A Multiplan tem participação de 100% no projeto, cuja entrega está
prevista para dezembro de 2012.

Despesas com Novos Projetos para Venda

As Despesas com Novos Projetos de torres comerciais para venda alcançaram R$4,4 milhões em 2010, sendo R$2,8
milhões no 4T10, devido principalmente ao processo de locação do Centro Profissional RibeirãoShopping.

Expectativa de Despesas com Novos Projetos para Venda em 2011 para os projetos anunciados

Os projetos para venda, incluindo o Cristal Tower e o Centro Profissional RibeirãoShopping, deverão ser responsáveis por
despesas com novos projetos entre R$4,1 milhões e R$5,0 milhões em 2011. O primeiro está prestes a ser entregue e as
despesas com novos projetos devem estar relacionadas principalmente às despesas de corretagem, que serão reconhecidas
de acordo com a evolução das obras (PoC – método de andamento físico-financeiro da obra).

Favor considerar que esses dados são relativos aos projetos já anunciados e podem ser alterados quando, e se for o caso,
forem anunciados novos projetos.

9.2 Equivalência Patrimonial

Despesas legais e custos de manutenção resultaram em equivalência patrimonial negativa de R$300 mil no 4T10

A equivalência patrimonial do empreendimento imobiliário Royal Green Península apresentou uma redução significativa, de um
impacto negativo de R$20,0 milhões em 2009 para R$3,5 milhões em 2010. No trimestre, a redução foi de 92,6%, passando de
R$4,6 milhões no 4T09 para menos de R$300 mil no 4T10, devido principalmente a despesas legais e custos de manutenção
das unidades restantes disponíveis para venda. No final de 2010, havia apenas quatro unidades para venda com um VGV
(valor geral de venda) de aproximadamente R$8,2 milhões, a serem reconhecidos, quando vendidos, na linha de equivalência
patrimonial.

145
4T10
MULT3

10. Resultados Financeiros

10.1 Outras receitas e despesas operacionais

Em 2009, a Companhia apresentou R$22,4 milhões na linha Outras Receitas Operacionais. A maior parcela, ou R$18,7
milhões, resultou de um efeito não recorrente de compensação de impostos relacionada a um crédito de PIS/COFINS originado
de uma aquisição em 2006.

Em 2010, a Multiplan apresentou Outras Despesas Operacionais de R$10,3 milhões, que resultaram de (i) R$2,3 milhões
contabilizados como Outras Receitas Operacionais e (ii) uma provisão de R$12,6 milhões no balanço patrimonial, conforme
explicado na demonstração de resultados do 3T10, que revisou e ajustou o montante de crédito do PIS/COFINS de R$18,7
milhões para R$6,1 milhões.

10.2 EBITDA

O EBITDA em 2010 atingiu R$350,2 milhões, 15,2% maior que em 2009

Os resultados operacionais da companhia foram beneficiados por um aumento de 25,2% da receita líquida em 2010, aliado a
um crescimento mais lento nas despesas de shopping center e despesas de sede. Por outro lado, o aumento em despesas
com novos projetos e o impacto negativo da provisão de PIS/COFINS reduziram parte dos ganhos de receita líquida,
resultando em um EBITDA 15,2% maior em 2010 em comparação ao mesmo período do ano anterior.

EBITDA de R$111,0 milhões no 4T10, 17,5% maior que no 4T09

O EBITDA apresentou um crescimento de 17,5% no 4T10, em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, superior ao
aumento de 12,8% na receita líquida, devido principalmente a uma redução nas despesas da sede. Como resultado, a margem
EBITDA passou de 59,7% no 4T09 para 62,2% no 4T10.

Cálculo do EBITDA (R$'000) 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %


Receita Líquida 178.388 158.097 ▲12,8% 604.375 482.734 ▲25,2%
Despesas de sede (22.962) (25.945) ▼11,5% (93.098) (88.182) ▲5,6%
Despesas de remuneração baseadas em opções
(1.749) (1.047) ▲67,0% (5.675) (3.415) ▲66,2%
de ações
Despesas de shopping centers (19.313) (15.612) ▲23,7% (65.883) (61.778) ▲6,6%
Despesas com novos projetos para locação (8.882) (11.445) ▼22,4% (39.074) (18.187) ▲114,8%
Despesas com novos projetos para venda (2.796) (770) ▲263,1% (4.362) (1.085) ▲302,0%
Custo de imóveis vendidos (12.498) (4.527) ▲176,1% (32.295) (8.539) ▲278,2%
Resultado de equivalência patrimonial (337) (4.576) ▼92,6% (3.511) (20.031) ▼82,5%
Outras receitas (despesas) operacionais 1.119 258 ▲333,7% (10.282) 22.438 nd
EBITDA 110.970 94.433 ▲17,5% 350.195 303.955 ▲15,2%
Margem EBITDA 62,2% 59,7% ▲248 b.p 57,9% 63,0% ▼502 b.p

146
4T10
MULT3

Análise do EBITDA

+ 1245 p.b

+ 230 p.b 70,4%


500.000 + 713 p.b 80,0%
+ 303 p.b 68,1%
450.000 61,0% 70,0%
57,9%
386.011 60,0%
400.000 373.409
350.195 50,0%
350.000 334.335
40,0%
300.000
30,0%
250.000 20,0%
200.000 10,0%
EBITDA 2010 EBITDA Antes do EBITDA Antes do EBITDA Antes do
Resultado Imobiliário Resultado Imobiliário e Resultado Imobiliário,
Despesas de Novos Despesas de Novos
Projetos Projetos e Provisão de
PIS/Cof ins

EBITDA 2010 (R$’000) e margem EBITDA (%) antes do resultado imobiliário, despesas com novos projetos e provisão PIS/COFINS

A margem EBITDA da Companhia em 2010 foi afetada pelas margens da atividade imobiliária que são mais baixas que as de
projetos para locação. Excluindo-se as receitas, custos, impostos sobre vendas e despesas com novos projetos para venda
desses empreendimentos imobiliários do cálculo do EBITDA, a margem EBITDA iria para 61,0% em 2010, 303 pontos-base
acima da margem não ajustada de 57,9% em 2010.

Além disso, se as despesas com novos projetos para locação também forem excluídas do cenário anterior, a margem EBITDA
de 2010 aumentaria para 68,1%, e o EBITDA subiria para R$373,4 milhões, 6,6% superior aos valores não ajustados.

Ainda, o desempenho da companhia em 2010 foi negativamente afetado pela provisão de PIS/COFINS, conforme mencionado
anteriormente. Seguindo a mesma metodologia, e não considerando a provisão no cálculo do EBITDA, o resultado seria uma
margem EBITDA de 70,4% em 2010.

+ 997 p.b

+ 422 p.b + 576 p.b 72,2% 80,0%


180.000 66,4%
160.000 62,2% 70,0%
140.000 60,0%
120.000 110.970 111.325
102.443 50,0%
100.000
40,0%
80.000
30,0%
60.000
40.000 20,0%
20.000 10,0%
EBITDA 4T10 EBITDA Antes do EBITDA Antes do
Resultado do Imobiliário Resultado Imobiliário e
Despesas de Novos
Projetos

EBITDA 4T10 (R$’000) e margem EBITDA (%) antes do resultado imobiliário e despesas com novos projetos

Excluindo-se as receitas, custos, impostos sobre vendas e despesas com novos projetos para venda dos empreendimentos
imobiliários do cálculo do EBITDA, a margem EBITDA seria de 66,4% no 4T10, 422 pontos-base acima da margem EBITDA
não ajustada.

Ainda, excluindo-se as despesas com novos projetos para locação do último cenário, a margem EBITDA no 4T10 aumentaria
para 72,2%.

147
4T10
MULT3

10.3 Resultados Financeiros, Dívida e Disponibilidades

Posição financeira e disponibilidade de fontes de recursos atraentes para novos projetos

A Multiplan encerrou 2010 com uma posição de caixa líquido (ou dívida líquida negativa) de -1,9%
10.000
R$245,0 milhões, 33,1% inferior aos R$366,3 milhões de dezembro de 2009. Em relação ao
8.000
trimestre anterior, a companhia apresentou uma queda de 20,2% em sua posição de caixa líquido. 6.000
4.000 8.781 8.614
No 4T10, o investimento decorrente da posição de caixa líquido foi responsável por um resultado 2.000
financeiro positivo de R$8,6 milhões, 1,9% inferior aos R$8,8 milhões no 4T09, quando a Multiplan -
encerrou o trimestre com uma posição de caixa líquido superior. (2.000) 4T09 4T10
Resultado financeiro (R$’000)
A posição de caixa líquido no 4T10 diminuiu R$61,9 milhões quando comparada a 30 de setembro de 2010, devido à (i)
geração de EBITDA de R$111,0 milhões no 4T10, sendo compensada principalmente pelo (ii) CAPEX no mesmo período, que
somou R$139,0 milhões divididos entre o desenvolvimento, expansão e reforma dos shopping centers, aquisição de uma
participação adicional no Shopping Santa Úrsula, e desenvolvimento de projetos imobiliários, e (iii) fluxo de caixa de
financiamentos positivo em R$16,7 milhões, resultado da entrada de novos recursos de R$38,0 milhões (dos quais R$36,7
milhões para o desenvolvimento do ParkShoppingSãoCaetano) e da saída de caixa em decorrência da amortização de dívidas
de R$21,4 milhões.

R$410,0 milhões em novos contratos de financiamento assinados, dos quais R$373,3 milhões a serem sacados

A Multiplan continua em busca de novos financiamentos para custear o desenvolvimento de seu forte portfolio de projetos
anunciados e a serem anunciados. No segundo semestre de 2010, foram assinados R$410,0 milhões em recursos para
custear parte desse crescimento, incluindo (i) um financiamento de R$140,0 milhões com prazo de 10 anos para a construção
do ParkShoppingSãoCaetano, com um custo anual de TR +9,75% a.a., dos quais R$36,7 milhões já foram sacados, e (ii) um
financiamento de R$270,0 milhões com prazo de 12 anos para a construção do VillageMall, com um custo anual de TR +9,75%
a.a.. A Companhia sacará os recursos desses financiamentos de acordo com a evolução das obras, evitando que os recursos
e os juros sejam apropriados no balanço antes do necessário. A Companhia continua em busca de oportunidades de
financiamento de acordo com as necessidades de seus investimentos.

Abertura de Situação Financeira (R$’000) 31/12/2010 30/9/2010 Var. %


Dívidas de Curto Prazo 204.496 210.208 ▼2,7%
Empréstimos e financiamentos 61.798 59.968 ▲3,1%
Obrigações por aquisição de bens 41.989 46.619 ▼9,9%
Debentures 100.709 103.621 ▼2,8%

Dívida de longo prazo 345.339 322.947 ▲6,9%


Empréstimos e financiamentos 246.378 218.759 ▲12,6%
Obrigações por aquisição de bens 98.961 104.188 ▼5,0%
Dívida Bruta 549.835 533.155 ▲3,1%
Caixa 794.839 840.118 ▼5,4%
Dívida Líquida (Caixa Líquido) (245.005) (306.963) ▼20,2%

100,7
Empréstimos e financiamentos (bancos)
Obrigações por aquisição de bens (terrenos e participações)
Debêntures
61,8
42,0 46,8 48,2
36,5 43,4
32,3 36,1 32,3
24,5
18,9 15,1
11,3
- -

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 >=2018

Perfil de amortização da dívida em 30 de dezembro de 2010 (R$ milhões)

148
4T10
MULT3

Os índices financeiros permaneceram praticamente inalterados em comparação com 30 de setembro de 2010. A relação dívida
líquida/EBITDA permanece negativa (-0,7 vezes), e a relação dívida bruta/EBITDA ficou em 1,6 vezes no 4T10.

Indicadores Financeiros* 31/12/2010 30/9/2010

Dívida Líquida (Caixa Líquido)/EBITDA (12M) -0,7x -0,9x Não-


Dívida Bruta/EBITDA 1,6x 1,6x Bancos
Dívida Líquida (Caixa Líquido)/AFFO -0,7x -0,9x
26%
Dívida Bruta/AFFO 1,5x 1,5x Bancos
Dívida Líquida (Caixa Líquido)/Patrimônio Líquido -8,3% -10,3% 74%
Passivo/Ativo 26,5% 23,6%
Dívida Bruta/Passivo 51,5% 57,9%
* EBITDA e AFFO equivalem à soma dos 12 meses precedentes.
Endividamento em
31 de dezembro de 2010
Reduzindo custos de financiamento
CDI
O endividamento da Multiplan continua a apresentar uma ampla seleção de índices,
23%
com o endividamento indexado aos índices TR e CDI representando 2/3 da dívida IGP-M
Pré-
12%
total. No 4T10, o endividamento indexado a TR continuou a aumentar sua participação TR Fixado
TJLP 1%
no endividamento total da Companhia, passando de 40% no 3T10 para 45%. 45% 6%

A Multiplan exerceu seu contrato de SWAP em novembro de 2010, o que reduziu a IPCA
taxa de juros do financiamento bancário do BarraShoppingSul de TR +9,75% a.a. para 13%
Índices de endividamento em
TR +9,30% ao ano para o período de 12 meses findo em novembro de 2011. Em
31 de dezembro de 2010
dezembro de 2010, o saldo dessa linha de financiamento estava em R$103,9 milhões.

Indicadores de endividamento em 31 de dezembro de 2010


Curto Prazo Longo Prazo Total
Taxa de juros Taxa de juros Taxa de juros
(R$ ‘000) (R$ ‘000) (R$ ‘000)
média¹ média¹ média¹
TJLP 3,66% 10.744 3,53% 23.653 3,57% 34.397
IPCA 7,48% 29.106 7,00% 39.803 7,20% 68.909
TR 9,59% 32.150 9,68% 214.629 9,67% 246.779
CDI + 1,20% 3.193 1,31% 6.882 1,27% 10.075
% do CDI ² 12,75% 116.219 n.d. - 12,75% 116.219
IGP-M 2,99% 6.792 2,96% 59.918 2,96% 66.710
Pré-fixado 11,78% 6.024 4,50% 453 11,27% 6.477
Outros n.d. 269 n.d. - n.d. 269
Dívida bruta 204.496 345.338 549.835
¹ Média ponderada da taxa de juros anual.
² A taxa representa o indexador como um percentual do CDI.

Desempenho dos Taxa de Juros Custo


Dívida (R$ ‘000)
Índices em 2010 Média ¹ da dívida
TJLP 6.00% 3.57% 9.79% 34,397
IPCA 5.12% 7.20% 12.69% 68,909
TR 0.69% 9.67% 10.42% 246,779
CDI + 10.75% 1.27% 12.16% 10,075
% do CDI ² 10.75% 118.63% 12.75% 116,219
IGP-M 10.63% 2.96% 13.91% 66,710
Pré-fixado 0.00% 11.27% 11.27% 6,477
Outros -0.03% - -0.03% 269
Total 5.08% 6.54% 11.62% 549,835
¹ Média ponderada da taxa de juros anual.
² A taxa representa o indexador como um percentual do CDI.

149
4T10
MULT3

10.4 Lucro Líquido Ajustado e FFO Ajustado

AFFO de R$368,2 milhões em 2010 representa mais que o CAPEX necessário para desenvolver um novo shopping center

O lucro líquido atingiu R$218,4 milhões em 2010, 33,7% superior ao de 2009, impulsionado pelo desempenho operacional e
financeiro da Companhia, resultado de uma maior geração de receita bruta em relação às despesas. Em 2010, a Multiplan
contabilizou R$105,2 milhões em imposto de renda e contribuição social diferidos devido principalmente às diferenças
temporais entre os livros contábeis e fiscais. Vale ressaltar que esses impostos diferidos não representam necessariamente
uma saída de caixa, mas sim uma provisão contábil, e, por essa razão, não são considerados no lucro líquido ajustado. Em
2010 o lucro líquido ajustado aumentou para R$323,5 milhões, um crescimento de 36,6% em relação a 2009. No 4T10,
aumentou 13,4%, atingindo R$93,1 milhões.
O Fluxo de Caixa Operacional Ajustado (AFFO) aumentou 35,1% em 2010, para R$368,2 milhões, e seria suficiente para
financiar pelo menos um novo shopping center por ano. Quanto ao 4T10, a Companhia registrou um AFFO de R$106,0
milhões, um crescimento de 15,7% quando comparado ao 4T09. Com uma geração de caixa forte, constante e crescente, uma
sólida posição de caixa e fontes de financiamento atraentes, a companhia está financeiramente preparada para entregar seus
projetos anunciados e a serem anunciados.

Cálculo do FFO Ajustado & Lucro Líquido 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %
Lucro Líquido 72.348 31.245 ▲131,5% 218.383 163.339 ▲33,7%
Imposto de renda e contribuição social
20.746 50.815 ▼59,2% 105.155 73.476 ▲43,1%
diferidos
Lucro Líquido Ajustado 93.094 82.060 ▲13,4% 323.538 236.815 ▲36,6%
Depreciações e amortizações 12.862 9.493 ▲34,7% 44.613 35.753 ▲24,8%

FFO Ajustado 105.956 91.609 ▲15,7% 368.151 272.568 ▲35,1%

150
4T10
MULT3

11. Portifólio

Taxa média de
Portifólio Estado % Multiplan ABL total
ocupação (4T10)
Shopping centers em operação (100%)
1 BH Shopping MG 80,0% 47.547 m² 99,8%
2 RibeirãoShopping SP 76,2% 46.784 m² 98,8%
3 BarraShopping RJ 51,1% 69.278 m² 99,8%
4 MorumbiShopping SP 65,8% 55.085 m² 99,8%
5 ParkShopping DF 59,6% 51.526 m² 99,9%
6 DiamondMall MG 90,0% 21.388 m² 99,8%
7 New York City Center RJ 50,0% 22.271 m² 99,5%
8 Shopping AnáliaFranco SP 30,0% 50.974 m² 99,9%
9 ParkShoppingBarigüi PR 84,0% 49.917 m² 99,7%
10 Pátio Savassi MG 96,5% 17.254 m² 100,0%
11 Shopping Santa Úrsula SP 62,5% 23.132 m² 88,3%
12 BarraShoppingSul RS 100,0% 68.400 m² 98,9%
13 Shopping Vila Olímpia SP 30,0% 28.274 m² 88,5%
Sub-total em operação 67,3% 551.830 m² 98,6%
Shopping centers em desenvolvimento
14 ParkShoppingSãoCaetano SP 100,0% 38.973 m² -
15 Shopping Maceió AL 50,0% 35.470 m² -
16 Shopping Jundiaí SP 100,0% 35.418 m² -
17 Village Mall RJ 100,0% 25.653 m² -
18 ParkShopping Campo Grande ¹ RJ 90,0% 40.743 m² -
Sub-total shopping centers em desenvolvimento 87,6% 176,257 m²
Torres para locação em desenvolvimento
19 Morumbi Business Center SP 100,0% 10.150 m² -
20 ParkShopping Corporate DF 50,0% 13.360 m² -
21 Morumbi Corporate SP 100,0% 73.388 m² -
2
Sub-total torres para locação em desevolvimento 93,1% 96,898 m

Portfólio total 74,7% 824.986 m² 98,6%


¹ Multiplan será responsável por 100% do CAPEX

12. Estrutura Societária

A estrutura societária da Multiplan, conforme descrita no quadro abaixo, reflete suas participações em 31 de dezembro de
2010. A Companhia possui 179.197.214 ações emitidas, das quais 167.338.867 são ações ordinárias e 11.858.347 são ações
preferenciais.

A participação que a Multiplan possui nas seguintes Sociedades de Propósito Específico (SPE) MPH, Manati e Haleiwa, está
descrita abaixo:

MPH: esta SPE é a empresa holding que detém uma participação de 71,5% no Shopping Vila Olímpia. A Multiplan tem uma
participação de 42,0% na MPH, que resulta em uma participação de 30,0% no capital total do Shopping Vila Olímpia. Manati é
a holding que possui uma participação de 75,0% no Shopping Santa Úrsula, em Ribeirão Preto, SP, em que a Multiplan tem
uma parceria 50/50. Finalmente, a Haleiwa é a SPE do Shopping Maceió, em que a participação da Multiplan é de 50%.

151
4T10
MULT3

13. Mercado de Capitais

As ações da Multiplan (MULT3 na BM&F BOVESPA: MULT3 BZ na Bloomberg) encerraram 2010 cotadas a R$36,90/ação,
uma valorização de 14% quando comparado a última cotação de 2009. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o
Ibovespa, registrou valorização de 1% durante o mesmo período.

Pts. base R$ Milhões


Volume Médio Negociado (15 dias) Multiplan Ibovespa
25
130
20

115 15

10
100
5

85 0
dez-09 f ev-10 mar-10 abr-10 mai-10 jun-10 ago-10 set-10 out-10 nov-10 dez-10

Variação: MULT3, Ibovespa e volume MULT3


Base 100 = 31 de dezembro de 2009

Em comparação com os índices da Bolsa de Valores dos quais a MULT3 faz parte (Índice Brasil – IBRX, Índice de Construção
Civil e Imobiliário – IMOB, Índice Small Cap – SMLL, Índice Tag Along – ITAG e Índice de Governança Corporativa – IGC), a
ação teve uma valorização superior, exceto em relação ao Índice Small Cap, conforme demonstrado no gráfico abaixo.

MULT3 IBOV IBRX IGC IMOB ITAG SMLL Pts.


130

125

120

115

110

105

100

95

90

85

80
dez-09 f ev-10 mar-10 abr-10 mai-10 jun-10 ago-10 set-10 out-10 nov-10 dez-10

Variação: MULT3, IBRX, IMOB, SMLL, ITAG e IGC


Base 100 = 31 de dezembro de 2009

152
4T10
MULT3

O volume diário médio negociado aumentou 67,7% entre 2009 e 2010, e atingiu R$11,1 milhões. Em 31 de dezembro de 2010,
o valor de mercado da Multiplan era de R$6,6 bilhões.

MULT3 na BM&FBOVESPA 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %


Preço médio R$ 37,34 R$ 30,22 23,5% R$ 33,02 R$ 21,59 53,0%
Preço de fechamento R$ 36,90 R$ 32,45 13,7% R$ 36,90 R$ 32,45 13,7%
Volume médio diário negociado R$ 16,1 M R$ 14,6 M 10,1% R$ 11,1 M R$ 6,6 M 67,7%
Valor médio de mercado R$ 6,7 B R$ 5,4 B 24,8% R$ 5,9 B R$ 3,4 B 73,1%

Adm+Tesouraria
0,6%
Em dezembro de 2010, o Sr. José Isaac Peres
possuía participação direta e indireta de 31,3% Free Float
Ordinárias
38,9%
da Companhia, e o Ontario Teachers Pension 22,5%
OTPP*
Plan (OTPP), 29,1%. O free-float era 29,1% Pref erenciais
6,6%
equivalente a 38,9% do total de ações emitidas,
MTP+Peres
que ficou em 179.197.214 em dezembro de
31,3%
2010.

Estrutura acionária em 31 de dezembro de 2010


(*) OTPP – Ontario Teachers Pension Plan

Programa de recompra de ações

O segundo programa de recompra de ações da Multiplan foi aprovado pelo Conselho de Administração em fevereiro de 2010.
Seu objetivo era utilizar fundos disponíveis da Companhia para maximizar o valor para o acionista, podendo também ser
utilizado para atender a futuros exercícios de opção de ações dentro do escopo do Plano de Opção de Compra de Ações
emitidas pela Multiplan. Até 31 de dezembro de 2010, um total de 976.400 ações havia sido adquirido no programa de
recompra de ações, encerrado no dia 3 de fevereiro de 2011.

O saldo de ações mantidas em tesouraria em 31 de dezembro de 2010 era de 1.051.376 de ações.

Eventos Recentes

No dia 22 de fevereiro de 2011, a Companhia aprovou o terceiro programa de recompra de ações. A vigência do programa é
de 365 dias, a partir de 23 de fevereiro de 2011.

O programa visa à recompra de até 3.600.000 ações ordinárias nominativas. O programa poderá também ser utilizado para
comprar ações para atender a futuros exercícios de opções dentro do escopo do Plano de Opção de Compra de Ações
emitidas pela Multiplan. O total de ações sujeitas a recompra representa, nesta data, 5,2% do total de 69.410.628 ações
ordinárias em circulação no mercado, em conformidade com definição constante do artigo 5º da Instrução CVM n.º 10/80.

153
4T10
MULT3

14. Anexos

Indicadores Financeiros e Operacionais

Indicadores (R$ '000)


Desempenho Financeiro (%MTE) 4T10 4T09 Var% 2010 2009 Var%
Receita Bruta 195.337 174.245 ▲12,1% 662.624 534.368 ▲24,0%
Receita Líquida 178.388 158.097 ▲12,8% 604.375 482.734 ▲25,2%
Receita Líquida R$/m² 501 R$/m² 486 R$/m² ▲3,0% 1.749 R$/m² 1.513 R$/m² ▲15,6%
Receita Líquida US$/pé² 28,0 US$/pé² 25,9 US$/pé² ▲8,2% 97,9 US$/pé² 80,6 US$/pé² ▲21,5%
Receita de Locação com Linearidade 119.417 123.533 ▼3,3% 421.218 366.180 ▲15,0%
Receita de Locação R$/m² 335 R$/m² 380 R$/m² ▼11,8% 1.219 R$/m² 1.148 R$/m² ▲6,2%
Receita de Locação US$/pé² 18,8 US$/pé² 20,2 US$/pé² ▼7,3% 68,2 US$/pé² 61,1 US$/pé² ▲11,6%
Receita Mensal de Locação R$/m² 112 R$/m² 127 R$/m² ▼11,8% 102 R$/m² 96 R$/m² ▲6,2%
Receita Mensal de Locação US$/pé² 6,3 US$/pé² 6,7 US$/pé² ▼7,3% 5,7 US$/pé² 5,1 US$/pé² ▲11,6%
Resultado Operacional Líquido (NOI) 139.941 119.673 ▲16,9% 419.735 353.361 ▲18,8%
NOI R$/m² 393 R$/m² 368 R$/m² ▲6,7% 1.215 R$/m² 1.107 R$/m² ▲9,7%
NOI US$/pé² 22,0 US$/pé² 19,6 US$/pé² ▲12,1% 68,0 US$/pé² 59,0 US$/pé² ▲15,3%
Margem NOI 87,9% 88,5% ▼59 b.p 86,4% 85,1% ▲131 b.p
NOI por Ação R$ 0,78 R$ 0,67 ▲16,0% R$ 2,34 R$ 1,99 ▲17,8%
Despesas de Sede 22.962 25.945 ▼11,5% 93.098 88.182 ▲5,6%
Despesas de Sede / Receita líquida 12,9% 16,4% ▼354 b.p 15,4% 18,3% ▼286 b.p
EBITDA 110.970 94.433 ▲17,5% 350.195 303.955 ▲15,2%
EBITDA R$/m² 311 R$/m² 290 R$/m² ▲7,2% 1.013 R$/m² 953 R$/m² ▲6,4%
EBITDA US$/pé² 17,4 US$/pé² 15,5 US$/pé² ▲12,7% 56,7 US$/pé² 50,7 US$/pé² ▲11,8%
Margem EBITDA 62,2% 59,7% ▲248 b.p 57,9% 63,0% ▼502 b.p
EBITDA por Ação R$ 0,62 R$ 0,53 ▲16,5% R$ 1,95 R$ 1,71 ▲14,2%
Lucro Líquido Ajustado 93.094 82.060 ▲13,4% 323.538 236.815 ▲36,6%
Lucro Líquido Ajustado R$/m² 261 R$/m² 252 R$/m² ▲3,5% 936 R$/m² 742 R$/m² ▲26,2%
Lucro Líquido Ajustado US$/pé² 14,6 US$/pé² 13,4 US$/pé² ▲8,8% 52,4 US$/pé² 39,5 US$/pé² ▲32,6%
Margem Líquida Ajustada 52,2% 51,9% ▲28 b.p 53,5% 49,1% ▲448 b.p
Lucro Líquido Ajustado por Ação R$ 0,52 R$ 0,46 ▲12,5% R$ 1,81 R$ 1,33 ▲35,5%
FFO Ajustado 105.956 91.609 ▲15,7% 368.151 272.568 ▲35,1%
FFO Ajustado R$/m² 297 R$/m² 282 R$/m² ▲5,5% 1.065 R$/m² 854 R$/m² ▲24,7%
FFO Ajustado US$ 63.829 52.513 ▲21,5% 221.778 156.244 ▲41,9%
FFO Ajustado US$/pé² 16,6 US$/pé² 15,0 US$/pé² ▲10,9% 59,6 US$/pé² 45,5 US$/pé² ▲31,1%
Margem FFO Ajustado 59,4% 57,9% ▲145 b.p 60,9% 56,5% ▲445 b.p
FFO Ajustado por Ação R$ 0,59 R$ 0,52 ▲14,7% R$ 2,05 R$ 1,53 ▲33,9%
Dólar (US$) Final do Trimestre $1,66 $1,74 ▼4,8% $1,66 $1,74 ▼4,8%

154
4T10
MULT3

Indicadores Financeiros e Operacionais

Indicadores (R$ '000)


Desempenho de Mercado 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %
Número de Ações 179.197.214 177.699.741 ▲0,8% 179.197.214 177.699.741 ▲0,8%
Ações Ordinárias 167.338.867 165.841.394 ▲0,9% 167.338.867 165.841.394 ▲0,9%
Ações Preferenciais 11.858.347 11.858.347 ▲0,0% 11.858.347 11.858.347 ▲0,0%
Preço Médio da Ação R$ 37,34 R$ 30,22 ▲23,5% R$ 33,02 R$ 21,59 ▲53,0%
Preço Final da Ação R$ 36,90 R$ 32,45 ▲13,7% R$ 36,90 R$ 32,45 ▲13,7%
Volume Médio Diário Negociado 16.097 14.614 ▲10,1% 11.108 6.622 ▲67,7%
Valor de Mercado (R$ '000) 6.612.377 5.766.357 ▲14,7% 6.612.377 5.766.357 ▲14,7%
Dólar (US$) Final do Trimestre $1,66 $1,74 ▼4,8% $1,66 $1,74 ▼4,8%
Dívida Bruta (R$ '000) 549.835 461.684 ▲19,1% 549.835 461.684 ▲19,1%
Caixa (R$ '000) 794.839 827.967 ▼4,0% 794.839 827.967 ▼4,0%
Dívida Líquida (R$ '000) (245.004) (366.283) ▼33,1% (245.004) (366.283) ▼33,1%
Lucro/Ação R$ 0,40 R$ 0,18 ▲129,6% R$ 1,22 R$ 0,92 ▲32,6%
NOI/Ação R$ 0,78 R$ 0,67 ▲16,0% R$ 2,34 R$ 1,99 ▲17,8%
P/FFO Ajustado (últimos 12 meses) 17,96 x 21,16 x ▼15,1% 17,96 x 21,16 x ▼15,1%
EV/EBITDA (últimos 12 meses) 18,18 x 17,77 x ▲2,3% 18,18 x 17,77 x ▲2,3%
Dívida Líquida /EBITDA (últimos 12 meses) (0,70) x (1,21) x ▼41,9% (0,70) x (1,21) x ▼41,9%

Indicadores (R$ '000)


Desempenho Operacional (100%) 4T10 4T09 Var% 2010 2009 Var%
ABL Total Final 551.830 m² 533.741 m² ▲3,4% 551.830 m² 533.741 m² ▲3,4%
ABL Própria Final 371.596 m² 347.985 m² ▲6,8% 371.596 m² 347.985 m² ▲6,8%
ABL Própria % 67,3% 65,2% ▲214 b.p 67,3% 65,2% ▲214 b.p
ABL Total Ajustada (média) ¹ 534.725 m² 508.301 m² ▲5,2% 521.629 m² 477.767 m² ▲9,2%
ABL Própria Ajustada (média) ¹ 356.384 m² 325.169 m² ▲9,6% 345.567 m² 319.096 m² ▲8,3%
Vendas Totais 2.430.844 2.023.848 ▲20,1% 7.475.923 6.109.019 ▲22,4%
Vendas Totais R$/m² 4.546 R$/m² 3.982 R$/m² ▲14,2% 14.332 R$/m² 12.787 R$/m² ▲12,1%
Vendas Totais US$/pé² 254,4 US$/pé² 212,0 US$/pé² ▲20,0% 802,1 US$/pé² 680,9 US$/pé² ▲17,8%
Vendas nas Mesmas Lojas R$/m² n.d. n.d. ▲12,6% n.d. n.d. ▲12,4%
Vendas na Mesma Área R$/m² n.d. n.d. ▲13,8% n.d. n.d. ▲14,6%
Aluguel nas Mesmas Lojas R$/m² n.d. n.d. ▲12,0% n.d. n.d. ▲6,9%
Aluguel na Mesma Área R$/m² n.d. n.d. ▲10,1% n.d. n.d. ▲6,2%
Custos de Ocupação 11,9% 11,8% ▲11 b.p 11,4% 11,9% ▼44 b.p
Aluguel como % das Vendas 7,6% 7,8% ▼18 b.p 7,6% 8,0% ▼42 b.p
Outros como % das Vendas 4,3% 4,0% ▲28 b.p 3,9% 3,9% ▼1 b.p
Turnover 0,7% 2,1% ▼141 b.p 3,9% 6,0% ▼204 b.p
Taxa de Ocupação 98,6% 96,9% ▲165 b.p 98,6% 96,9% ▲165 b.p
Inadimplência (Atraso 25 dias) 0,8% 0,6% ▲25 b.p 1,2% 2,7% ▼155 b.p
Perda de Aluguel 1,6% 1,2% ▲32 b.p 0,9% 0,9% ▲1 b.p

¹ ABL ajustada corresponde a média da ABL do período excluindo 14 mil m² do supermercado BIG, no BarraShoppingSul.

155
4T10
MULT3

Demonstração de Resultados (R$’000)


(R$ '000) 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %
Receita de locação de lojas 138.075 117.533 ▲17,5% 416.114 360.180 ▲15,5%
Receita de serviços 18.793 17.870 ▲5,2% 72.926 73.372 ▼0,6%
Receita de cessão de direitos 9.328 7.680 ▲21,5% 35.241 26.990 ▲30,6%
Receita de estacionamento 21.179 17.752 ▲19,3% 69.504 54.959 ▲26,5%
Receita de venda de imóveis 26.453 7.102 ▲272,5% 61.428 11.869 ▲417,5%
Apropriação de receita de aluguel linear (18.658) 6.000 n.d. 5.104 6.000 ▼14,9%
Outras receitas 167 308 ▼45,8% 2.307 998 ▲131,2%
Receita Bruta 195.337 174.245 ▲12,1% 662.624 534.368 ▲24,0%
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços prestados (16.949) (16.148) ▲5,0% (58.249) (51.634) ▲12,8%
Receita Líquida 178.388 158.097 ▲12,8% 604.375 482.734 ▲25,2%
Despesas de sede (22.962) (25.945) ▼11,5% (93.098) (88.182) ▲5,6%
Despesas de remuneração baseadas em opções de ações (1.749) (1.047) ▲67,0% (5.675) (3.415) ▲66,2%
Despesas de shopping centers (19.313) (15.612) ▲23,7% (65.883) (61.778) ▲6,6%
Despesas com novos projetos para locação (8.882) (11.445) ▼22,4% (39.074) (18.187) ▲114,8%
Despesas com novos projetos para venda (2.796) (770) ▲263,1% (4.362) (1.085) ▲302,0%
Custo de imóveis vendidos (12.498) (4.527) ▲176,1% (32.295) (8.539) ▲278,2%
Resultado de equivalência patrimonial (337) (4.576) ▼92,6% (3.511) (20.031) ▼82,5%
Outras receitas (despesas) operacionais 1.119 258 ▲333,7% (10.282) 22.438 n.d.
EBITDA 110.970 94.433 ▲17,5% 350.195 303.955 ▲15,2%
Receitas financeiras 22.214 19.964 ▲11,3% 89.122 36.274 ▲145,7%
Despesas financeiras (13.600) (11.183) ▲21,6% (45.579) (41.388) ▲10,1%
Depreciações e amortizações (12.862) (9.549) ▲34,7% (44.613) (35.753) ▲24,8%
Lucro Antes do Imposto de Renda 106.722 93.665 ▲13,9% 349.125 263.088 ▲32,7%
Imposto de renda e contribuição social (10.382) (11.982) ▼13,4% (14.972) (26.284) ▼43,0%
Imposto de renda e contribuição social diferidos (20.746) (50.815) ▼59,2% (105.155) (73.476) ▲43,1%
Participação dos acionistas minoritários (3.246) 377 n.d. (10.615) 11 n.d.
Lucro Líquido 72.348 31.245 ▲131,6% 218.383 163.339 ▲33,7%

(R$ '000) 4T10 4T09 Var. % 2010 2009 Var. %


EBITDA 110.970 94.433 ▲17,5% 350.195 303.955 ▲15,2%
Margem EBITDA 62,2% 59,7% ▲248 b.p 57,9% 63,0% ▼502 b.p
Lucro Líquido Ajustado 93.094 82.060 ▲13,4% 323.538 236.815 ▲36,6%
Margem líquida ajustada 52,2% 51,9% ▲28 b.p 53,5% 49,1% ▲448 b.p
FFO Ajustado 105.956 91.609 ▲15,7% 368.151 272.568 ▲35,1%
Margem FFO ajustado 59,4% 57,9% ▲145 b.p 60,9% 56,5% ▲445 b.p
NOI - sem efeito da linearidade 139.941 119.673 ▲16,9% 419.735 353.361 ▲18,8%
Margem NOI sem efeito da linearidade 87,9% 88,5% ▼59 b.p 86,4% 85,1% ▲131 b.p
NOI - com efeito da linearidade 121.283 125.673 ▼3,5% 424.839 359.361 ▲18,2%
Margem NOI com efeito da linearidade 86,3% 88,9% ▼269 b.p 86,6% 85,3% ▲124 b.p

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4T10
MULT3

Balanço Patrimonial (R$’000)

ATIVO 31/12/2010 31/12/2009 Variação %


Ativo Circulante
Disponibilidades e valores equivalentes 794.839 827.967 ▼4,0%
Contas a receber 180.122 115.117 ▲56,5%
Empréstimos e adiantamentos diversos 17.177 30.985 ▼44,6%
Impostos e contribuições sociais a compensar 21.892 38.744 ▼43,5%
Outros 14.153 3.483 ▲306,3%
Total do Ativo Circulante 1.028.183 1.016.296 ▲1,2%
Ativo não Circulante
Contas a receber 36.154 18.028 ▲100,5%
Terrenos e imóveis a comercializar 33.183 141.268 ▼76,5%
Empréstimos e adiantamentos diversos 8.658 9.908 ▼12,6%
Imposto de renda e contribuições social diferidos 8.737 113.891 ▼92,3%
Outros 23.286 21.631 ▲7,7%

Investimentos 12.018 15.382 ▼21,9%


Propriedades para investimento 2.496.675 2.006.505 ▲24,4%
Imobilizado 18.504 15.582 ▲18,8%
Intangível 320.588 309.475 ▲3,6%
Total do Ativo não Circulante 2.957.803 2.651.670 ▲11,5%

Total do Ativo 3.985.986 3.667.966 ▲8,7%

PASSIVO 31/12/2010 31/12/2009 Variação %


Passivo Circulante
Empréstimos e financiamentos 61.798 41.660 ▲48,3%
Contas a pagar 79.384 66.762 ▲18,9%
Obrigações por aquisição de bens 41.989 62.122 ▼32,4%
Impostos e contribuições a recolher 25.900 24.904 ▲4,0%
Dividendos a pagar 51.469 40.521 ▲27,0%
Receitas diferidas 42.163 54.279 ▼22,3%
Valores a pagar a partes relacionadas 94.274 92.214 ▲2,2%
Debêntures 100.709 386 n.d.
Adiantamentos de clientes 10.879 9.559 ▲13,8%
Outros 2.277 1.743 ▲30,6%
Total do Passivo Circulante 510.842 394.150 ▲29,6%
Passivo não Circulante
Empréstimos e financiamentos 246.378 130.035 ▲89,5%
Debêntures - 100.000 n.d.
Obrigações por aquisição de bens 98.961 127.481 ▼22,4%
Parcelamento de impostos 1.122 1.359 ▼17,4%
Provisão para contingências 21.662 21.435 ▲1,1%
Receitas diferidas 141.570 77.698 ▲82,2%
Total do Passivo não Circulante 509.693 458.008 ▲11,3%
Patrimônio Líquido
Capital social 1.761.662 1.745.097 ▲0,9%
Reserva de capital 969.186 961.691 ▲0,8%
Reserva de lucros 268.060 122.408 ▲119,0%
Gasto com emissão de ações (21.016) (20.837) ▲0,9%
Ações em tesouraria (34.769) (4.624) ▲651,9%
Participação dos acionistas minoritários 22.328 12.073 ▲84,9%
Total do Patrimônio Líquido 2.965.451 2.815.808 ▲5,3%

Total do Passivo e Patrimônio Líquido 3.985.986 3.667.966 ▲8,7%

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MULT3

Demonstração de Fluxo de Caixa (R$’000)

Fluxo de Caixa (R$'000) 2010 2009


Fluxo de caixa operacional
Lucro antes dos impostos 349.125 263.088
Depreciações e amortizações 44.613 35.753
Atualização de debêntures, empréstimos e obrigações por aquisição de bens 42.669 11.144
Outros ajustes ao lucro líquido (36.380) (4.740)
(Aumento) redução de ativo circulante 29.481 (50.772)
Aumento (redução) de passivo circulante 28.239 78.970
Fluxo de caixa gerado pelas operações 457.747 333.443

Fluxo de caixa de investimentos


Aumento nos empréstimos e adiantamentos diversos 17.020 (11.777)
(Aumento) redução em propriedades para investimentos (524.234) (481.664)
Adições em Imobilizado (4.286) (1.670)
Adições em intangível (13.186) (887)
Outros 7.230 (10.933)
Fluxo de caixa usado nas atividades de investimento (517.456) (506.931)

Fluxo de caixa de financiamentos


Aumento (redução) de empréstimos e financiamentos 135.016 (65.726)
Emissão de debentures - 100.000
Pagamento de juros dos empréstimos e financiamentos obtidos (37.307) (5.876)
Aumento do valor a pagar a partes relacionadas 2.060 68.434
Aumento de capital social 16.565 792.350
Aumento de capital social (60.889) (20.084)
Outros (28.864) (35.228)
Fluxo de caixa gerado pelas atividades de financiamento 26.581 833.870

Fluxo de caixa (33.128) 660.382


Disponibilidades e valores equivalentes no início do período 827.967 167.585
Disponibilidades e valores equivalentes no final do período 794.839 827.967
Variação no caixa (33.128) 660.382

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