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Gestão de Conflitos

M. Amaral
2006

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Gestão de Conflitos

IDENTIFICAR E CARACTERIZAR OS VÁRIOS ESTILOS


DE COMPORTAMENTO

ESTILO AGRESSIVO

✓ Pessoas com esta tendência tendem a agir de forma


reivindicativa face aos outros.
✓ Agem como se fossem intocáveis e não tivessem falhas
nem cometessem erros.
✓ Têm uma grande necessidade de se mostrarem superiores,
sendo excessivamente críticos.

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Gestão de Conflitos

✓ Desprezam os direitos e os sentimentos dos outros.


✓ Emitem muitas vezes a opinião de que os outros são
estúpidos.

Objectivo:

Ganhar sobre os outros, dominar e forçar os outros a perder,


recorrendo se necessário à humilhação.

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Gestão de Conflitos

✓ São pessoas que não conseguem estabelecer relações


íntimas e de segurança.

O curioso, é que o agressivo tem consciência de que se deve


proteger de possíveis ataques e de possíveis manobras dos
outros, porque tem consciência de que é mal compreendido e
mal amado.

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Gestão de Conflitos

Procura:

 Dominar os outros;
 Valorizar-se à custa dos outros;
 Ignorar e desvalorizar sistematicamente o que os
outros fazem e dizem.

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Gestão de Conflitos

Nas Relações Hierárquicas:

 Em posição dominante: autoritarismo, frieza, menosprezo


e intolerância.

 Em posição subordinada: contestação sistemática,


hostilidade “a priori” contra tudo o que vem de cima.

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Gestão de Conflitos

Sinais:

 Falar alto;
 Interromper;
 Fazer barulho com os seus afazeres enquanto os
outros se exprimem;
 Não controlar o tempo enquanto está a falar;
 Olhar de lado o seu interlocutor;

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Gestão de Conflitos

 Evidenciar um sorriso irónico;


 Manifestar por gestos o seu desprezo ou a sua
desaprovação;
 Recorrer a imagens chocantes ou brutais.

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Frases chave:

“Neste mundo é preciso um homem saber impôr-se.”;


“Prefiro ser lobo a ser cordeiro.”;
“As pessoas gostam de ser guiadas por alguém com
temperamento forte.”;
“Se não tivesse aprendido a defender-me já há muito tempo
que tinha sido devorado.”;
“Só os fracos e os hipersensíveis é que podem sentir-se
agredidos.”.

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Gestão de Conflitos

Origens:

 Uma elevada taxa de frustrações no passado, faz com


que toda e qualquer situação que o possa levar à
frustração;
é necessário que reconheça esta fragilidade e o valor
de confiança recíproco.

 O medo latente ligado a experiências antigas;


é necessário que seja capaz de exprimir estes
medos.

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 O desejo de vingança, evidenciando de forma constante


uma posição de rivalidade.
Recorda sistemáticamente querelas e não esquece
velhos conflitos.

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ESTILO PASSIVO

✓ É quase sempre um explorado e uma vítima.


✓ Raramente está em desacordo e fala como se nada pudesse
fazer por si próprio e pelos outros. Tende a ignorar os seus
direitos e os seus sentimentos.
✓ Tende a evitar os conflitos a todo o custo.
✓ Dificilmente diz não, pois prefere agradar a todos. Embora
a curto prazo não o consiga.

✓ Não afirma as suas necessidades porque é muito


sensível às opiniões dos outros.
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Gestão de Conflitos

O passivo:
✓ Sente-se bloqueado e paralisado quando lhe apresentam
um problema para resolver;
✓ Tem medo de avançar e de decidir porque receia a
decepção.

✓ Tem medo de importunar os outros.


✓ Deixa que os outros abusem dele.
✓ A sua “cor” é a cor do ambiente onde está inserido. Ele
tende a fundir-se com o grupo, por medo. Ele chama a isto
realismo e adaptação.
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Sinais:

 Roer as unhas;
 Mexer os músculos da face, rangendo os dentes;
 Bater com os dedos na mesa;
 Mexer frequentemente os pés;
 Manter-se frequentemente ansioso;
 Sofrer de insónias frequentemente.

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Consequências:

 Desenvolve ressentimentos e rancores porque ao longo da


sua existência vai sentindo que está a ser exposto e
diminuído;
 Estabelece uma má comunicação com os outros porque não
se afirma e raramente se manifesta. Os outros não conhecem
os seus desejos, interesses e necessidades;
 Utiliza mal a sua energia vital. A sua inteligência e
afectividade são utilizadas com frequência para se defender e
fugir às situações.

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Gestão de Conflitos

 Perde respeito por si próprio, porque faz frequentemente


coisas que não gosta muito e que não consegue recusar;
 Sofre imenso.

Frases:

“Não quero dramatizar.”;


“É preciso deixar as pessoas à vontade.”;

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“Não sou o único a lamentar-me.”;


“É preciso saber fazer concessões.”;
“Admito que os outros sejam directos comigo, mas eu tenho
receio de os ferir.”;
“Não gosto de prolongar a discussão com intervenções não
construtivas.”

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Origem:

 Falsa representação da realidade que o cerca e má


apreciação e interpretação das relações de poder e
influência. Existe um fantasma sobre o poder do outro,
tende a imaginar o outro com mais poder do que aquele
que possui de facto.
 Desvalorização das suas capacidades para resolver
problemas.
 Uma educação severa e um ambiente particularmente
difícil.

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ESTILO MANIPULADOR

✓ Considera-se hábil nas relações interpessoais,


apresentando diferentes discursos consoante os
interlocutores a quem se dirige.

✓ Dificilmente aceita a informação directa, preferindo fazer


interpretações pessoais. Diz com frequência “Poderíamos
entendermo-nos...”.

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✓ Apresenta-se, quase sempre, como um útil intermediário e


considera-se, mesmo, indispensável. Raramente se assume
como responsável pelas situações.
✓ Age através dos outros, para tirar partido e atingir os seus
próprios objectivos.
✓ Assemelha-se a um actor de teatro.
✓ Nunca apresenta claramente os seus objectivos.

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Comportamentos:
 Apresenta uma relação táctica com os outros;
 Tende a desvalorizar o outro através de frases que
pretende que sejam humorísticas e que denotem
inteligência e cultura;
 Exagera e caricatura algumas partes de informação
emitida pelos outros. Repete a informação e manipula-a;

 Utiliza a simulação como instrumento. Nega factos e


inventa histórias para mostrar que as coisas não são de sua
responsabilidades;

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 Fala por meias palavras, é especialista em rumores e


“diz que disse”;
 É mais hábil em criar conflitos no momento oportuno do
que reduzir as tensões existentes;
 Tira partido do sistema (leis e regras), adapta-o aos
seus interesses e considera que, quem não o faz é
estúpido;

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 A sua arma preferida é a culpabilidade. Ele explora as


tradições, convicções e os escrúpulos de cada um, fazendo
chantagem moral;
 Emprega frequentemente o “nós” e não o “eu”, “falemos
francamente”, “Confiemos um no outro”;
 Apresenta-se cheio de boas intenções.

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Consequências:

 O manipulador perde a sua credibilidade à medida que os


seus”truques” forem sendo descobertos;
 Uma vez descoberto tende a vingar-se dos outros e se
tem poder utiliza-o para isso;
 Dificilmente recupera a confiança dos outros.

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Origem:

 Educação tradicionalmente manipulativa, como meio para


atingir os seus objectivos;
 Acreditar de facto que:
- Só se pode confiar nos santos;
- Não se pode nem se deve ser franco e directo;
- A acção indirecta é mais eficaz que a face-a-face.

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ESTILO AUTO AFIRMATIVO OU ASSERTIVO

✓ Auto-afirmar-se significa evidenciar os seus direitos e


admitir a sua legitimidade sem ir contra os direitos dos
outros.

✓ Trata-se de uma pessoa que se pronuncia de forma serena


e construtiva.
✓ Aquele que se afirma desenvolve a sua capacidade de se
relacionar com o mundo e privilegia a sua responsabilidade
individual.

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Aquele que se afirma:

 Está mais à vontade na relação face-a-face;


 É verdadeiro consigo mesmo e com os outros, não
dissimulando os seus sentimentos;
 Coloca as coisas muito claramente às outras pessoas,
negociando na base de objectivos precisos e claramente
determinados;

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 Procura compromissos realistas, em caso de desacordo;


 Negoceia na base de interesses mútuos e não mediante
ameaças;
 Não deixa que o pisem;
 Estabelece com os outros uma relação fundada na
confiança e não na dominação nem no calculismo.

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Gestão de Conflitos

À medida que o indivíduo for agindo no seu meio de forma


assertiva, ele apercebe-se que vai conquistando pequenas
vitórias, ficando mais satisfeito consigo próprio e com os
outros.

O auto afirmativo não fala demais, nem exagera


nos gestos e olha o seu interlocutor nos olhos!

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Definição:

“Choque entre pessoas, luta. Luta política e militar; guerra.


Disputa acelarada. Antagonismo, oposição.”

In, Dicionário Dom Quixote –


Língua Portuguesa; José Pedro
Machado,
Ed. D. Quixote 30
Gestão de Conflitos

Visão Tradicional / Visão actual

Tradicionalmente, os conflitos eram tidos como um mal a


evitar. A inexistência de conflitos nos grupos e nas
organizações era tida como um sinal de competência.
A técnica consistia em evitá-lo de forma sistemática, ao
invés de o negociar. Uma vez presentes, eram eliminados
com base na autoridade e no poder.

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Esta visão pressupõe:

- Que os conflitos são o resultado de comportamentos de


alguns indivíduos indesejáveis;

- Que esteja associado à agressividade, confronto


fisico/verbal, à violência, a sentimentos e comportamentos
negativos e prejudiciais ao grupo e às organizações.

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Gestão de Conflitos

As ideias inovadoras são, quase sempre, consequência de


pontos de vista conflituosos que são partilhados e
discutidos abertamente. O desacordo aberto pode
proporcionar uma maior exploração de sentimentos, de
valores, atitudes e pontos de vista, favorecendo a
expressão individual e a busca de melhores decisões.

De acordo com esta visão actual do conflito, é


reconhecida a utilidade da existência de um certo grau
de conflito para a vitalidade das organizações e dos
grupos e para as relações interpessoais.

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Tipos de conflito

1 - Intrapessoais

2- Interpessoais

3- Organizacionais

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1.Intrapessoais

São os que ocorrem no interior do indivíduo, quando este


tem necessidade de dar uma só resposta entre duas.

1.1. atracção-atracção
1.2. repulsão-repulsão
1.3. atracção-repulsão

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1.1. O indivíduo encontra-se perante dois objectivos ou


situações atraentes e ao escolher uma, terá de renunciar a
outra , uma vez que as duas alternativas não podem ser
realizadas simultaneamente.

Ex.: A necessidade de trabalhar e de ter uma carreira


brilhante pode entrar em conflito com o desejo e a
necessidade de ter um filho e de cuidar dele.

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1.2. O indivíduo está colocado entre duas alternativas


desagradáveis e tem dificuldade em escapar
simultaneamente das duas.

Ex.: Um colaborador que não tolera uma chefia e que


simultaneamente não pode permitir-se perder o
emprego.

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Gestão de Conflitos

1.3 O indivíduo encontra-se perante dois aspectos da


mesma situação e qualquer decisão tem vantagens e
desvantagens.

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Gestão de Conflitos

2. Interpessoais

São aqueles que ocorrem no relacionamento que o


indivíduo tem com os outros.

Podem surgir de:


2.1diferenças individuais;
2.2limitações de recursos;
2.3diferenciação de papéis.

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Gestão de Conflitos

Diferenças individuais

Diferenças de idades, sexo, atitudes, crenças, valores e


experiências que contribuem para que as pessoas vejam e
interpretem as situações de diversas maneiras.

Limitação dos recursos

Recursos financeiros, técnicos, humanos, etc, são limitados.


Partilhá-los de forma justa e equitativa nem sempre é fácil,
surgindo muitas vezes a competição.
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Gestão de Conflitos

Diferenciação de papéis

A determinação de autoridade nem sempre é consensual e


bem aceite por todos.

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Gestão de Conflitos

Conflito 0rganizacional

- Numa organização é a própria estrutura que constitui a


fonte potencial de conflitos, porque:

- Numa organização trabalham recursos humanos que estão


integrados em níveis diferentes, consoante os seus
desempenhos;

- As perspectivas das pessoas que estão em níveis diferentes,


assim como os seus valores, interesses e objectivos, não são
comuns, o que se apresenta como uma fonte potencial de
conflito;
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Gestão de Conflitos

-Numa organização existem pessoas, homens e mulheres,


que nem sempre consideram a organização como um
simples local de trabalho. As pessoas têm concepções e
comportamentos divergentes e exprimem-nos no decorrer
do seu dia-a-dia, na organização;

-Uma organização possui uma estrutura com determinadas


regras que, implícita ou explicitamente, pretende impor aos
seus colaboradores;

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Gestão de Conflitos

-As pessoas que trabalham nas organizações, têm vindo a


manifestar alguma tendência para autonomia, a aumentar o seu
espirito crítico e a revelar uma maior aspiração profissional.

Os conflitos funcionais são inevitáveis!!!

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FORMAS DE LIDAR COM CONFLITOS

Segundo Blake e Mouton, as estratégias para tratar um


conflito podem classificar-se em três categorias:

- Evitá-lo;
- Desactivá-lo:
- Enfrentá-lo.

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Gestão de Conflitos

Evitá-lo:
- Abandonar situações de conflito (sempre que
possível);
- Refugiar-se no trabalho como forma de fugir a uma
situação embaraçosa;
- Acomodar-se à situação, afirmando que não se passa
nada;
- Mudar de assunto sempre que o tema ou situação em
questão é focado.

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Gestão de Conflitos

Desactivá-lo:
Nesta estratégia a aposta é “ganhar tempo para ver se a
situação acalma”.
Uma forma de o fazer é tentar encontrar alguns acordos
nos pontos menores do conflito, evitando os problemas
de fundo, de modo a obter mais informações e ter uma
oportunidade de ver a situação numa outra perspectiva.

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Enfrentá-lo:
Aqui as estratégias permitem encarar o conflito de três
formas diferentes consoante o resultado obtido.

Ganhar – Perder
O fundamento utilizado baseia-se na relação, em que uma
das partes sendo mais forte que a outra, exerce a sua
autoridade para remover o conflito. Esta é, possivelmente, a
estratégia mais utilizada na resolução de um conflito.

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A argumentação baseia-se na autoridade imposta!

A utilização da “força” implica que haja sempre alguém que


perca, tendo como consequência a criação e
desenvolvimento de sentimentos de vingança e
ressentimentos.
As partes envolvidas não comunicam de forma aberta e
directa e utilizam regras e leis para vencer.

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Perder – Perder

É uma estratégia que não satisfaz objectivamente nenhuma


das partes envolvidas no conflito, simplesmente nenhuma
delas dá a vitória à outra.

A argumentação utilizada centra-se no facto de “eu não


ganho mas o outro também não!”.

Implica que as partes envolvidas desenvolvam esforços no


sentido de impedir que a outra saia vitoriosa da situação.
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Gestão de Conflitos

Ganhar – Ganhar
Pressupõe das partes:
- Vontade para resolver o problema;
- Vontade para confrontar pontos de vista e disponibilidade
para resolver diferenças;
- Vontade para se colocarem frente a frente para satisfazer
uma necessidade comum – resolução do problema.
Implica que todos os elementos expressem a opinião e
sugiram alternativas. Para tal a capacidade de comunicação é
essencial!

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Gestão de Conflitos

Enquanto estratégia, é o que permite encontrar a melhor


solução com base na criação de um ambiente de respeito
mútuo. Sem dúvida que se torna mais eficaz, porque
implica o conceito de negociação (implica também mais
tempo!).

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CAPACIDADE PARA TRATAR UM CONFLITO

Um conflito eficazmente tratado é aquele que é


enfrentado e pensado em termos futuros.
Evitar o conflito, poderá ser eficaz no curto prazo, mas
torná-lo-á latente.

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Capacidades necessárias:
- Diagnosticar a natureza do conflito;
- Envolver-se no conflito;
- Escutar;
- Resolver o problema.

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Diagnosticar a natureza do conflito


- Se o problema nos afecta pessoalmente quais as
consequências pessoais;
- Quais as causas do conflito (divergências de valores,
interesses ou de factos e situações);
- Se a outra parte envolvida é capaz de estabelecer uma
relação de negociação, numa perspectiva de ganhador –
ganhador.
Clarificar o problema!

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Gestão de Conflitos

Envolver-se no confronto
As partes mais envolvidas no problema têm de saber
seleccionar o momento mais adequado para se
encontrarem. Aqui cada uma das partes deverá dizer
concretamente em que medida o problema o está a afectar
e como gostaria de o ver resolvido.

Tornar o problema ou situação clara permitirá chegar a uma


situação satisfatória para ambas as partes.

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Escutar
Implicar a escuta activa na negociação de um conflito,
será a forma mais eficaz de tentativa de entendimento
entre as partes.

Resolver o problema
Aqui todas as soluções devem ser ponderadas, seguindo-se
a apresentação de argumentos, com o intuito de serem
analisados ao pormenor com o objectivo de se chegar à
solução mais viável para o problema.

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NA RESOLUÇÃO DAS DIVERGÊNCIAS TER EM


ATENÇÃO:
- Escutar até ao fim a ideia do seu interlocutor;
- Mostrar interesse na mensagem emitida;
- Não interromper;
- Fazer perguntas para poder clarificar pensamentos e
argumentos;
- Estar atento às suas expressões faciais (evitar revelar
arrogância, negativismo ou rejeição);

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- Conquistar o direito a ser ouvido;


- Falar calmamente;
- Propor ideias em vez de as impôr;
- Revelar disponibilidade para chegar a uma solução
de consenso.

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Técnicas para gerir conflitos (chefias)

Técnicas a evitar:
-Coacção – a ameaça não só não resolve o
conflito,como pode agravar a situação;
- Adiamento – implica adiar enfrentar o problema na
expectativa que ele desapareça. Em algumas
situações tal pode acontecer, mas também pode
regressar reforçado.

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Gestão de Conflitos

Técnicas Aconselháveis:

-Intervir – mostrar às partes em conflito que está a par


da situação e que vai tomar uma atitude;

-Separar momentaneamente - as partes em questão,


mostrando-lhes que o faz em simultâneo, ou seja, de
igual forma para ambas, enquanto se procura o
entendimento;

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Cont.

-Ouvir e escutar – explicar porque interveio, o que observou


e que quer que as partes procurem uma solução conjunta.
Incentivar cada um a explicitar o seu ponto de vista ao
outro. Promover a interacção e o respeito;

- Sintetizar – compete-lhe a si resumir o acordo a que se


chegar. No caso do acordo envolver terceiros, falar-se
apenas do viável e não do ideal;

- Acompanhar – a concretização do acordo mostrando-se


interessado e se necessário voltar a reunir.

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A Negociação

Há negociação quando:
-os interesses de uma pessoa ou grupo estão dependentes
de acções ou recursos de outra pessoa ou grupo que
também têm interesses a desenvolver;

- aqueles interesses respectivos são perseguidos por meios


cooperativos.

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Na negociação deve:

-Compreender as pessoas;
-Controlar as emoções;
-Comunicar bem;
-Aperceber-se dos valores e percepções dos outros.

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Gestão de Conflitos

Compreender as pessoas
Se tiver oportunidade de compreender o tipo de pessoa
que é o outro, poderá ajustar o seu comportamento.

Controlar as emoções
Depois de ter reconhecido como provavelmente reagirá
perante o comportamento do outro, deverá tomar medidas
activas para controlar tais tendências de comportamento.

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Para tal:
-Mantenha-se calmo e faça com que o seu parceiro consiga
o mesmo;
-Deixe o seu parceiro aliviar;
-Se os dois feitios entram em confronto adie a
negociação.Acalme-se e encontre o melhor momento para
retomar.
Ajudar o seu parceiro a controlar-se facilitará a
negociação.

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Gestão de Conflitos

Comunicar – falar para ser compreendido e escutar para


compreender.

-Tente não reagir agressivamente à forma como o outro


comunica. Esteja atento ao que está acontecer, não se deixe
provocar;
-Não parta do princípio de que foi entendido ou sequer
escutado – certifique-se de que a mensagem passou, mas
com cuidado!
“Espero estar a ser claro – quer que recapitule?”

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Gestão de Conflitos

-Escute activamente o outro com a atenção que lhe merece;


-Saiba tanto sobre o outro quanto puder – crie um clima
favorável à comunicação;
-Apresente primeiro os problemas e depois as respostas –
deixe que o outro encontre consigo uma solução.

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Seja perspicaz
todos temos valores e convicções diferentes...

Para tal:
-Não acuse ou critique as percepções do seu parceiro;
-Não assuma o pior dele;
-Não o humilhe;
-Apoie o seu colega sempre que concorda com ele;

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Cont.

-Se possível, conheça-o antes da negociação, sabendo o


que para ele é importante ou menos importante;
-Não se pede que goste do outro, nem sequer que concorde
com a sua forma de estar, apenas que o respeite.

Conseguirá negociar se conseguir garantir as suas


prioridades, permitindo que o outro garanta as suas, de
uma forma justa e equilibrada.
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