Você está na página 1de 6

Segurança em primeiro lugar

Manuseio seguro de vidros

Equipamentos de proteção individual, popularmente conhecidos pela sigla EPIs, são


indispensáveis para diversos tipos de trabalho manual que envolvem esforço físico -
e as atividades do vidraceiro não são exceções. Os EPIs são responsáveis por
minimizar os riscos de ferimentos em caso de acidente, bem como a gravidade das
lesões.
Quais são os EPIs necessários para as ações realizadas pelos vidraceiros, trazer mais
informação sobre as características de cada um deles e alertar os profissionais do
nosso segmento sobre a importância da segurança no trabalho.
Por que usar?

Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que esses equipamentos são obrigatórios —
veja mais no item “Uso obrigatório! “. Existem dois riscos práticos a que os
vidraceiros estão sujeitos em seu serviço: “Os mais destacados são o de cortes, em
caso de quebra de chapas de vidro, e o de lesões nos olhos, causadas por partículas
que eventualmente possam ser projetadas contra o trabalhador.”
A autoconfiança é um grande fator para que profissionais deixem de usar EPIs no
trabalho. “Muitos também julgam que eles atrapalham na hora da instalação”,. Isso
não pode acontecer. “Frente ao risco de cortes, quedas e acidentes, o uso de óculos
de proteção, luvas, mangotes, botas e capacetes pode salvar vidas”,

QUAIS SÃO E ONDE COLOCAR

Luvas anti-corte: Feitas com materiais resistentes, como fibra de


carbono, fio de aço, Grafatex ou Kevlar. Devem ser usadas no corte,
lapidação, manuseio e instalação das peças.

Mangotes anti-corte: São colocados sobre os antebraços para


protegê-los de cortes e do contato com a água de reúso (nos trabalhos
de lapidação). Assim como as luvas, devem ser usados em toda
atividade que envolva o manuseio do vidro. Atenção: nunca deixe vão
entre a luva e o mangote, para que o punho não fique desprotegido.
Óculos de proteção: Garantem a proteção dos olhos do trabalhador
contra lascas e outros fragmentos que podem projetar. “Além dos
modelos tradicionais, há os com proteção UV, utilizados no manuseio
em dias de sol (reflexos)

Capacete: Deve ser usado sempre que a peça de vidro for levantada acima
da altura do trabalhador. O equipamento protege sua cabeça contra
impactos e objetos projetados no ar. Ao colocá-lo, ajuste-o para que não
fique folgado e possa cair durante as atividades.

Botas com bico de aço: Precisam ser fechadas, sem cadarços e


com biqueira de aço. Elas dão mais firmeza aos pés e tornozelos
do trabalhador e os protegem contra quedas de objetos e lascas.

Protetor auditivo: Colocado sobre o ouvido, abafa a entrada do


barulho vindo das máquinas. Sem esse equipamento, o ruído do
local de trabalho pode prejudicar a audição até mesmo
permanentemente. Para furação, corte e lapidação de vidros.

Para instalações em altura

Cinto de segurança: Fundamental para qualquer atividade realizada acima


de 2 m do chão, onde haja risco de queda, ele deve ser conectado a
dispositivos de ancoragem, que prendam o sistema de segurança do
trabalhador à estrutura da obra (como vigas ou andaimes) e permitam
interromper a queda caso aconteça.

Avental: Protege toda a parte frontal do corpo, principalmente em


trabalhos que envolvem corte.
Cuidando dos EPIs: É muito importante verificar rotineiramente o estado geral de cada
EPI, conferir validade de uso e trocá-los sempre que necessário. “Se uma ferramenta
cai sobre um profissional com capacete, por exemplo, o equipamento deve ser
inspecionado por uma empresa que verifique se ele ainda tem capacidade de absorver
impactos”, comenta. Ao adquirir esses itens, a vidraçaria deve sempre verificar o
Certificado de Aprovação (CA) dos produtos, emitido pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE). “Como há muitos equipamentos comercializados no mercado hoje,
os clientes precisam estar atentos se as opções escolhidas passaram por testes de
segurança e têm garantia de qualidade, o número do CA deve estar gravado de
maneira inapagável no próprio equipamento, permitindo ao comprador conferir no site
do ministério se o registro existe e se ainda está dentro da validade. Por fim, a empresa
precisa ter uma pessoa que cheque os EPIs de tempos em tempos para avaliar se
algum precisa ser trocado.

EPCs: proteção também nos arredores

Além da segurança de quem manuseia os vidros, é importante pensar também nas


pessoas que estejam por perto. Dentro da própria vidraçaria, por exemplo, uma
atividade de lapidação pode resultar em piso molhado que propicie escorregões. Em
uma instalação, as pessoas ao redor não podem correr qualquer risco de serem
atingidas. Para esses casos, existem os equipamentos de proteção coletiva (EPCs):
“Eles são usados para garantir a integridade não só do profissional, mas de todos os
demais que circulam pelo local.
Lista alguns:
Nas vidraçarias – Proteção das partes móveis de máquinas e equipamentos;
– Piso antiderrapante;
– Extintores de incêndio;
– Corrimãos e guarda-corpos.
Nas obras
– Telas guarda-corpos.

Em ambos os espaços
– Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas
zebradas, cones e cerquites);
– Kit de primeiros socorros.

Uso obrigatório! Segundo


A norma regulamentadora NR 6 — Equipamento de proteção individual – EPI
determina que a utilização dos equipamentos de proteção individual é obrigatória
sempre que as medidas de ordem geral não oferecerem completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho. Ela
também estabelece obrigações tanto para os responsáveis pela empresa como para
os trabalhadores:

Para a empresa (empregador)


Adquirir e fornecer aos trabalhadores os EPIs adequados ao risco de cada atividade;
– Exigir seu uso;
– Fornecer ao trabalhador somente equipamentos aprovados pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
– Orientar e treinar o funcionário sobre o uso adequado, guarda e conservação deles.

Para os empregados
Usar os EPIs apenas para a finalidade a que se destina, sempre que realizá-la;
– Responsabilizar-se por guardá-los e conservá-los;
– Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o equipamento impróprio
para uso;
– Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
A NR 6 prevê punições para quem não cumprir os cuidados com os EPIs.
Os empregadores podem sofrer autuações dos auditores fiscais do Trabalho,
responder a processos trabalhistas e ter de arcar com custos de eventuais
indenizações obtidas por ações pleiteadas pelos trabalhadores. Já os empregados
que não cumprirem suas obrigações, como aqueles que se recusam de maneira
injustificada a utilizar os EPIs necessários, estão sujeitos à rescisão do contrato de
trabalho por justa causa, conforme previsto nos artigos 158 e 482 da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT).

Você também pode gostar