Atividade 6 - Primórdios da Teoria Quântica

Eslley Scatena
Física IV

O efeito fotoelétrico
Em 1900 Max Planck mostrou que a energia da luz era quantizada, ou seja,
era emitida em pacotes discretos chamados de “quanta”. A energia de um fóton
era dada por Eγ = hf , onde h é a constante de Planck e f é a frequência
da luz. Foi somente em 1905 que Albert Einstein utilizou a equação de Planck
para descrever o menor elemento de radiação eletrogmanética, o qual chamou de
“fóton”. Einstein utilizou a relação E = hf para explicar a emissão fotoelétrica,
ou efeito fotoelétrico. Esta atividade tem como propósito determinar e utilizar
as expressões que representam o efeito fotoelétrico, bem como determinar o valor
da constante de Planck.
Quando a luz incide sobre uma superfície metálica, ela pode ejetar elétrons
do metal com energia cinética adicional. Para determinar quanta energia ciné-
tica está sendo dada para o elétron pela luz, um conjunto de placas paralelas foi
montado num tubo à vácuo. Uma placa foi conectada à uma fonte, de modo que
uma diferença de potencial entre as placas pode ser induzida. O aparato todo é
representado como um circuito completo. Se a luz for capaz de ejetar elétrons
do metal, uma corrente deve ser observada no circuito, detectada por um ampe-
rímetro. A bateria, ou fonte de diferença de potencial, pode ser ajustada para
“parar” a corrente, ou fazer a corrente cair à zero. A diferença de potencial
aplicada para parar a corrente é equivalente à energia cinética dos
elétrons ejetados pela luz incidente no metal.
Quando um elétron possui uma certa quantidade de energia cinética num
dado campo elétrico, uma diferença de potencial pode ser aplicada para “parar”
o elétron. A quantidade de energia, ou trabalho, necessária para parar o elétron
é dada por W = V q (da definição de diferença de potencial – ∆V = W q ).
−19
Lembre-se que 1 eV = 1, 60 × 10 J.

Análise
1. De acordo com a teoria eletromagnética clássica de Maxwell, qual a relação
entre a energia de uma on da eletromagnética e a amplitude dos campos
elétricos e magnéticos?
2. Qual seria a diferença de potencial necessária, ou voltagem de corte, para
“parar” um elétron com uma energia cinética de 3,2 eV viajando num

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 Figura 1: Efeito fotoelétrico

campo elétrico como o mostrado abaixo? Se o potencial de corte para

um elétron é -2,7 V, quanta energia cinética o elétron possui, em Joules?
Mostre suas contas

3. Podemos descobrir qual a energia com a qual os elétrons são emitidos se

aplicarmos uma diferença de potencial suficiente para que eles não atinjam
a outra placa, fazendo com que a corrente (lida no amperímetro A) seja
zero. A diferença de potencial para o qual isso acontece é chamada de
“potencial de corte”, Vc . Selecione o metal “Magnésio”, ajuste o valor de
comprimento de onda para λ = 300 nm e a intensidade para 50%. Nestas
condições, determine qual o valor do potencial de corte (note que o valor
da diferença de potencial é negativo). O que deveria acontecer com a
energia dos elétrons de acordo com a teoria clássica se a intensidade fosse
aumentada? Verifique se sua resposta está de acordo com o que acontece
na simulação e discuta o resultado. O que ocorre com o potencial de corte
quando o comprimento de onda é alterado?
4. Para serem “arrancados” da placa emissora, os elétrons precisam vencer
uma atração eletrostática que os prendem ao metal, cuja energia é dada
pela chamada função trabalho do metal, φ. Assim, parte da energia total
fornecida pela luz, Eγ é “gasta” para arrancar o elétron, e o que sobra
é sua energia cinética, Eγ = Ecin + φ. Se considerarmos a hipótese de
Einstein, a equação acima pode ser escrita como

hf = eVc − φ =⇒ eVc = hf − φ. (1)

Para o metal do item anterior, faça um gráfico de eVc vs. f , ou seja, como
o potencial de corte varia com a frequência. Com base nos coeficientes
linear e angular, determine os valores de h (constante de Planck) e φ
(função trabalho do metal).

2
5. Pesquise os valores tabelados de h, φ e calcule o erro percentual

|vtabelado − vencontrado |
E% = × 100
vtabelado
entre os valores encontrados na simulação.