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Divórcio: advocacia imobiliaria curitiba Infelizmente, rupturas acontecem. O que não podemos seguir com uma
vida infeliz. Se você está pensando em divórcio, primeiro, leia esse artigo.
Como fazer, o que falar, o que é necessário. Bom, vamos lá. O que você precisa saber:
O que é o divórcio?
O que é o divórcio?
Quando nos casamos criamos um vínculo formal com nosso companheiro, que só pode ser dissolvido por meio
do divórcio. Ou seja, o divórcio é o instrumento jurídico pelo qual se põe fim a um casamento.
O que um divórcio
Existem casos em que é possível realizar o divórcio de forma extrajudicial, ou seja, em cartório, sem a necessidade
de nenhum processo na Justiça.
E também é possível o divórcio por meio de processo judicial, podendo ser o divórcio consensual (com
concordância de ambos os cônjuges) ou o divórcio litigioso (nos casos em que não há consenso). As principais
modalidades do divórcio são:
Divórcio em cartório
O divórcio pode ser realizado em cartório, ou seja, de forma extrajudicial (sem a necessidade de processo na
Justiça).
A mulher não pode estar grávida ou ter conhecimento de que esteja grávida;
Atendidos estes requisitos o divórcio poderá ser realizado diretamente em cartório, uma forma mais simples,
rápida e principalmente, mais econômica que a via judicial!
Divórcio consensual
Quando não estão presentes os requisitos para a realização do divórcio na forma extrajudicial (em cartório), é
necessário realizar o divórcio via ação judicial.
Havendo consenso entre as partes é possível realizar o divórcio judicial consensual. é bem mais rápido e menos
complicado do que o divórcio litigioso (aquele quando não há consenso entre as partes).
Por isso, se não for possível o divórcio extrajudicial como nos casos em que há filhos ou gravidez, recomendamos
que seja realizado o divórcio consensual, por meio da formalização de um acordo entre as partes.
Não se esqueça, apesar de ser mais rápido, este tipo de divórcio requer acordo entre as partes sobre todos os
termos da separação, divisão de bens e guarda de filhos menores de idade.
Para a realização desse formato de divórcio consensual, também é necessária a presença de um advogado
(podendo ser apenas um advogado para ambas as partes).
Divórcio Litigioso
Não havendo consenso sobre os termos da separação, ou sobre a partilha de bens ou ainda, sobre a guarda de
filhos e pensão alimentícia, o divórcio deverá ocorrer via judicial no formato litigioso.
Ou seja, será protocolada uma ação na Justiça, cada cônjuge sendo representado por um advogado(a).
Na ação de divórcio, o cônjuge que ingressar com o pedido será o autor da ação (requerente) e o outro será
obrigatoriamente o réu.
O(A) autor(a) é quem ingressa com a ação, sendo aquele(a) que postula o divórcio perante a Justiça. O outro é
denominado ré(u) ou Requerido(a), estando do outro lado da demanda, ou seja, aquele que será chamado para
responder aos termos apresentados pelo autor(a) da demanda.
As nomenclaturas de autor e réu são apenas denominações, o que não significa que um tenha mais razão que o
outro. Durante o curso do processo o juiz tomará conhecimento dos fatos apresentados pelas partes, fazendo a
instrução processual, a colheita de provas e, ao final, irá proferir a sentença, na qual estabelecerá a sua decisão e
os termos finais do divórcio.
Como não há acordo entre as partes, é necessário produzir provas e tramitar toda a discussão judicial, motivo
pelo qual esse é o formato mais complexo e demorado.
Entretanto, há sempre a possibilidade de acordo entre as partes em qualquer fase do processo e finalizar a
demanda. Neste caso, o acordo é feito pelos advogados representando a vontade de seus clientes e homologado
pelo juiz da causa. A possibilidade de acordo é sempre a melhor opção, pois é o modo mais rápido (e barato!) de
resolver qualquer demanda.
Com relação aos documentos necessários, isso varia de acordo com a forma de divórcio escolhida e com a
localidade.
Certidão de casamento;
Pacto antenupcial (se houver);
Documentos dos bens a serem divididos, como escrituras, documentos de veículos, contratos ou qualquer outro
documento que ateste a existência de bens patrimoniais;
Comprovante de endereço;
O tema que gera grande desconforto quando se trata de divórcio trata-se da divisão dos bens. Primeiramente, é
preciso saber qual o regime de bens o casamento foi celebrado:
Ou seja, significa dizer que os bens que cada um possuía antes do casamento não se comunicam – não entram na
divisão de bens do casal.
No caso de divórcio destes dois regimes de bens, a divisão do patrimônio ocorre da mesma forma: cada bem
patrimonial pertence ao cônjuge que o possui.
Significa dizer que não existe patrimônio do casal, mas sim dois patrimônios, um de cada cônjuge.
No caso de divórcio, é simples, cada cônjuge permanece com os bens que já possui, ou seja, permanece com os
bens que já fazem parte de seu patrimônio.
Regime de Participação Final nos Aquestos
Esse regime de bens é pouco conhecido, mas funciona da seguinte forma: durante o casamento cada bem
pertence individualmente a cada um. Durante o matrimônio, não há patrimônio do casal, mas sim cada cônjuge
possui a propriedade exclusiva dos bens que possui.
Porém, ao final do casamento passa a vigorar a comunhão parcial dos bens, haja vista que os bens adquiridos
onerosamente durante o casamento farão parte de um patrimônio comum.
Em caso de divórcio, a divisão de bens ocorre da seguinte maneira: cada cônjuge ficará com os bens que já tinha
antes de se casar e, em relação aos bens adquiridos após o casamento, haverá divisão entre os cônjuges, já que
tais bens fazem parte do patrimônio do casal.
Destaca-se que, em caso de aquisição de bens de forma gratuita durante o casamento (doação ou herança, por
exemplo), estes não pertencerão ao patrimônio do casal, continuando a pertencer ao cônjuge que o possui.
Sim, mesmo em caso de divórcio em cartório (extrajudicial) é necessário o acompanhamento por um advogado(a).
No caso de divórcio consensual, seja ele em cartório ou judicial, pode apenas um advogado representar ambos os
cônjuges.
Caso as partes não tenham condições de contratar um advogado, é possível buscar a o acompanhamento de
forma gratuita, conforme autoriza artigo 98 da Lei 13.105/2015. Basta procurar a Defensoria Pública mais próxima
da sua residência. Nas cidades onde não houver defensoria, esse serviço pode ser realizado por meio de
convênios e parcerias com a OAB.
O custo de um divórcio depende da forma escolhida. O custo engloba honorários advocatícios, taxas de cartório
(se realizado em cartório), e taxas judiciais (caso realizado na Justiça).
Além destes custos, podem existir outros, como gastos com impostos de transmissão de bens ITBI ou ITCMD, a
depender de como os bens forem partilhados entre as partes.
Para se ter uma ideia de valores, basta acessar a tabela de honorários da OAB do seu respectivo Estado. A maioria
dos advogados cobram de acordo com essa tabela.
Destacamos, porém, que essa tabela traz apenas uma ideia de valores (um valor mínimo pelo serviço).
Cada profissional poderá cobrar (com base nesses valores) a quantia que entender justa, tendo em vista o caso
em concreto, o tempo despendido, a complexidade do caso, se há necessidade de deslocamento entre comarcas,
dentre outros fatores.
Quanto tempo demora o processo de divórcio?
Isso depende da forma do divórcio. Quando realizado em cartório o divórcio costuma ser rápido, demorando em
média 03 (três) dias úteis.
Entretanto, se caso não houver consenso, o divórcio litigioso costuma demorar mais tempo, podendo até levar
anos, dependendo do caso em concreto.
A guarda dos filhos é outro conflito recorrente quando se trata de divórcio. O ideal é que sempre haja acordo
entre as partes pensando na melhor opção para os filhos, evitando mais transtornos e desentendimentos.
Após o divórcio, a guarda dos filhos pode ficar com ambos os pais, no caso de guarda compartilhada ou com
apenas um dos pais, no caso de guarda unilateral.
Pela lei, sempre que possível a guarda deve ser compartilhada entre os pais, para evitar maiores prejuízos
emocionais aos filhos. Isso porque esse é o tipo de guarda que melhor atende aos interesses dos menores, já que
garante a convivência com ambos os genitores.
No regime de guarda compartilhada, ambos os genitores têm as mesmas responsabilidades, direitos e deveres em
relação aos filhos, buscando a manutenção de uma rotina e entre eles e os pais.
Caso não seja possível a guarda compartilhada, os filhos podem ficar somente com um dos pais, no caso de
guarda unilateral.
Nesse caso, é estabelecido um regime de visitas para que o(s) filho(s) não percam o vínculo com o genitor(a) que
ficou sem a guarda.
De qualquer modo na escolha do regime de guarda há sempre que se ponderar o melhor interesse para a criança
ou adolescente, devendo sempre prevalecer o bom-senso para a definição da guarda mais adequada aos filhos.
A pensão alimentícia estipula o valor a ser pago mensalmente para ajudar no custeio das necessidades básicas
da(s) criança(s), ou mesmo do outro cônjuge.
A pensão alimentícia é obrigatória para crianças e adolescentes até 18 (dezoito) anos, ou, caso estejam estudando,
até os 24 anos.
Pode acontecer da necessidade de pagamento de pensão alimentícia ao outro cônjuge, para auxilia-lo na sua
subsistência. Isso é muito comum entre casais em que apenas um dos cônjuges possui remuneração.
Nesses casos, após o divórcio, o cônjuge que não exercia trabalho remunerado pode pleitear o recebimento de
uma pensão alimentícia, um valor mensal a ser pago pelo seu ex-cônjuge para auxílio as suas necessidades
básicas, como alimentação, moradia e vestuário.
A Medida Constitucional 66 possibilitou o divórcio direto, não mais existindo a necessidade de separação prévia.
Antes do advento desta alteração era necessário que o casal estivesse separado de fato há 02 (dois) anos, ou
então, mediante a separação judicial prévia. Atualmente para se divorciar o casal não precisa mais contar com um
tempo determinado de separação.
Conclusão
Objetivou-se com o presente artigo apresentar os principais aspectos do divórcio. Oriento sempre aos meus
clientes a tentar ao máximo a via do acordo, por ser mais célere e menos oneroso, permitindo às partes negociar
os termos do divórcio.
Assim, o processo ficará rápido e menos sofrido para as partes, principalmente quando envolve filhos menores de
idade.
Então se você está vivendo essa situação, converse com um advogado de sua confiança, além de considerar junto
ao cônjuge o que melhor convém para o casal ou família.
Busque sempre por profissionais qualificados, como um advogado especialista em Direito de Família, para que a
melhor alternativa seja apontada para o seu caso.
E se precisar de auxílio jurídico na área de Direito de Família, basta entrar em contato comigo.
OAB/PR 82.125
(41) 99827-0017