Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Março de 2006
A Selva
Jornal
da Escola Secundária Ferreira de Castro
Página Março de 2006
20 cênt.
Sumário
Pág. 2
• P. 6 - notícias várias sobre a página na internet da escola, a rádio esco-
lar, a semana dos média e actividades do 8º ano AC e do 9º A;
• P. 7 - Três “Ferreiras” de corpo e alma / secções dedicadas ao Inglês, ao
A Selva entrevista Presidente do Conselho Executivo Francês, à Físico-Química e à poesia;
exigência é o caminho A
• PP. 8 e 9 - artigos de opinião ou reflexões sobre temas muito actuais e tão
na Rio debate-se com uma série de problemas que não têm sido interessantes que deverão fazer-te pensar: a conquista da liberdade / O
fáceis de resolver neste ano em que inicia o seu segundo mandato PROJECTO ECO-ESCOLAS / a família e a delinquência juvenil / a vida difícil
como Presidente do Conselho Executivo. De todos eles, talvez se do professor, peça fundamental de uma escola que, bem vistas as coisas,
para a autonomia
destaquem os novos horários, a gestão do tempo não lectivo dos professores e nem está tão mal como a pintam / os bons animais que não merecem as
a ocupação dos tempos livres dos alunos. Sobre estes assuntos, e sobre outros selvajarias que lhes fazemos / a importância de sorrir, enfim;
que dizem respeito à gestão da escola e à actualidade, quisemos ouvi-la. Pág. 3
• PP. 10 e 11 - agradáveis páginas de Matemática, passatempos, co-
lumbofilia, notas soltas... que te vão divertir mais do que maçar...
“O Sonho” - pormenor de um quadro de J. D. (Quem será?)
• Mas o que nós queremos é que o jornal seja mais teu. É este o grande
apelo que fazemos na última página. Oxalá gostes e te decidas a “en-
trar” no próximo A Selva.
• No cabeçalho de todas as páginas interiores tens um excerto de A Selva
de Ferreira de Castro que deves ler / reler para descobrires as páginas
DESPORTO não indicadas. Haverá prémios para os primeiros cinco leitores que
Queremos O corta-mato, rea- acertem na totalidade das páginas.
lizado no passado dia 18 de
que este
Foto de Sérgio Cabral
A Câmara Municipal de
Oliveira de Azeméis é parceira
da escola neste projecto, tendo
já manifestado a sua disponi-
bilidade para colaborar na sua
implementação. A Direcção
Regional de Educação do Nor-
te é a entidade que tem o poder
de decidir sobre a construção
deste bloco. A escola aguarda
essa decisão com esperança de
que o projecto se venha a con-
cretizar em breve.
Entrada principal Aqui fica também a repro-
da escola dução de parte da planta da
obra.
O que é que a Página da Escola na Internet tem para ti? decoração de presentes de Natal
No passado dia 8 de Dezembro de 2005, a turma do 8ºAC
feições, ver o saldo e as • Também desde Janeiro,
(Curso de Educação e Formação de Assistente Comercial) par-
despesas que fizeste; podes usar um email do tipo
ticipou numa actividade relativa
• Documentos importantes, oteunomedeutilizador@
à decoração de presentes de Na-
como o Projecto Educativo esfcastro.pt. É uma caixa de
tal.
da Escola, o Plano Anual de correio personalizada, com a
No sentido de melhor reali-
Actividades, as turmas e os qual podes enviar ou receber
zar esta tarefa, a turma contou
horários. emails com ficheiros anexos;
com a ajuda de uma represen-
• Desde Janeiro, também • Ligações (weblinks) para
tante do comércio local, que se
já podes descarregar e páginas feitas pelos teus
deslocou à escola com o propósito de ensinar aos alunos técnicas
imprimir as justificações professores, com conteúdos
decorativas a aplicar em presentes natalícios.
de falta, que assim já não sobre as disciplinas ou para
Já no dia 15 do mesmo mês, foi a turma que tomou a iniciati-
precisas de comprar na páginas que eles consideram
va e proceder à mesma actividade, embrulhando os presentes que
Papelaria; ter interesse para ti;
a comunidade escolar lhe forneceu.
• Um serviço de mensagens, • Se quiseres, com os teus co-
com o qual podes enviar legas, ter a página da turma,
e receber mensagens de basta que contactes o admi-
outros utilizadores, sem nistrador da página (cujo
A página da Escola ser- • Informações actualizadas precisares de usar o email; email é PauloMartins@
ve para disponibilizar vários sobre tudo o que se passa • Salas de conversação: podes esfcastro.pt) e pedir que
serviços a toda a comunidade na Escola: as actividades, conversar com os teus disponibilize espaço para
educativa. Para além de dar comemorações, dias ou amigos no Bufete, uma sala ela. Se não a souberes fazer,
informações sobre a escola a semanas dedicadas a certos aberta a toda agente ou, se podes pedir-lhe para te dar
outras pessoas, a nossa página temas, o desporto escolar, quiseres, podes abrir salas formação, o que pode acon-
tem várias coisas para ti. No etc.; de conversação para uma tecer numa aula de Estudo
nosso sítio (ou site, em inglês) • O cartão da Escola, onde disciplina ou para uma Acompanhado ou Área de
O balanço feito foi bastante positivo, dado que a tarefa foi
podes encontrar: podes marcar as tuas re- turma; Projecto.
proveitosa e também produtiva. Quem sabe se num futuro pro-
fissional tais conhecimentos não poderão vir a ser úteis?
Professores podem pôr a sua disciplina na Internet A turma pensa que, por isso mesmo, poderá voltar a repeti-
la no próximo ano lectivo, caso tenha novamente a colaboração
Brevemente, vamos disponibi- e muito mais. Este da comunidade escolar. Ao longo, ainda, deste ano lectivo, irão
lizar um novo serviço, conhe- espaço está expe- realizar-se outras actividades. Até breve!
cido por Moodle, que permite rimentalmente dis-
aos professores criar e manter ponível em www.
um espaço na Internet, alo- esfcastro.pt/mood- Notícias do 9ºA
jado no servidor da Escola, le/ e os professores
onde podem registar os seus
alunos, atribuir-lhes trabalhos,
podem inscrever-se
no fórum existente Projecto Eco-Escolas
que podem ser enviados e de- para, mais tarde, Como para um ambiente saudável todo o ser vivo tem de
volvidos através da rede, fazer poderem abrir os colaborar, a turma do 9ºA dispôs-se a ajudar!
testes de vários tipos (respos- espaços das suas
ta múltipla, palavras cruzadas, próprias discipli- Este ano lectivo, a Escola Secundária Ferreira de Castro de-
espaços em branco, asso- nas. Este é um re- cidiu aderir ao Projecto Eco-Escolas para que a nossa escola co-
ciação de palavras/imagens, curso que está a ser labore na melhoria do nosso ambiente. A turma do 9ºA interes-
etc.) disponibilizar textos, usado em muitas
sou-se pelo projecto e decidiu intervir realizando cartazes alusivos
apontamentos, apresentações universidades e es-
em Powerpoint, exercícios colas por todo o ao tema e textos informativos que serão espalhados pela escola e
resolvidos, links para sites in- mundo e que pode divulgados pelos vários meios de comunicação existentes.
teressantes para a disciplina ser muito útil. Pretendemos, assim, alertar toda a comunidade escolar para a
importância da separação do lixo e da reciclagem.
Rádio da Escola Semana dos Media na Escola
mostra os meios de OS MELHORES DE 2004/05
comunicação Cerimónia de entrega de prémios aos melhores alunos
do ano lectivo passado
Esta semana, que vai decorrer entre 27 e 31 de
Março, tem como objectivo aproximar os meios de Mais um ano, mais alunos premiados!
comunicação social da Escola. Durante estes dias, Este ano lectivo a nossa escola vai, à semelhança de anos an-
haverá cinema, exposições relacionadas com os teriores, distinguir os melhores alunos do ano lectivo 2004-2005.
A media, conversas com jornalistas, actividades
na Internet e torneios de jogos de
A selecção destes alunos é efectuada com base na média ponde-
rada das classificações obtidas ao longo dos três períodos lectivos,
vai ter página na Internet Rádio Impacto computador. O programa definitivo de acordo com a fórmula seguinte:
será divulgado atempadamente.
A equipa da Rádio Impacto precisa de colaboradores
está a preparar uma página, que Paulo Martins
Gostavas que a rádio da Escola tivesse maior diversidade
Responsáveis pela organização deste evento estão os alunos
vai estar integrada no site da
de programas? Que não fosse só música, mas que do 9ºA, cuja tarefa será realizada nas aulas de Área Projecto. Para
Escola, onde vai estar disponível
informação variada sobre a rádio. também tivesse notícias, passatempos, reportagens além da criação do cenário e do guião, a turma está encarregada
O principal objectivo desta página e outros? Então, vem fazer parte da equipa, de entrevistar e de se informar sobre os alunos que serão distin-
é recolher as votações dos alunos traz as tuas ideias e iniciativas. guidos.
da escola para se fazer um top das . . . Esperamos por vocês no dia 24 de Maio,
preferências musicais dos alunos. dia da Festa da Escola!
Jornal da Escola Secundária Ferreira de Castro
Março de 2006
“Trepava a água às viçosas plantações, depenando toda a terra
que braços fortes tinham roçado para a obra da criação. E os mais
desprevenidos viam até ir na corrente, desfeito com vigor daninho, o
lar que haviam fundado ao alcance de intrusa. Era a desolação e era a
pobreza que a grande toalha impura trazia nas suas dobras.” (pág. ___)
Página
N
unca, como este ano, se Mas será que tudo isto é anos, desenvolveu um percurso educar cidadãos conscientes e cal, propôs-se abordar algumas aos transportes. Nota-se, tam-
falou tanto da Escola. como pintam? Será que a Escola em tudo semelhante ao exposto activos, assume importância temáticas: separação de resídu- bém, o desejo de uma maior e
E nunca dela se disse é, de facto, esse verdadeiro “tu- no último parágrafo. De “alu- vital, primordial, uma edu- os; água; energia; transportes. melhor relação com a natureza
tão mal. É um verdadeiro “caso” mor” social? Serão os professo- na” francamente negativa, que cação ambiental participada A questão dos resíduos, e a vontade de utilização dos
na comunicação social onde to- res, assim, tão incompetentes e apresentava níveis de insucesso e que implique uma mudança assumirá especial relevância espaços exteriores da escola
das as figurinhas e figurões têm irresponsáveis? abandono só comparáveis aos do de atitude perante o ambiente, dado que a separação dos lixos como um local privilegiado de
o descaramento de “opinar”, Pelos números que vão Uganda, dos anos 70, governado constituindo cada elemento da constitui uma prioridade da convívio e desporto. Aprovei-
quanto mais não seja para revelar sendo lançados, ficamos com a pelo célebre Marechal de Campo comunidade escolar “um foco Escola. tando esta vontade colectiva
o triste e patético espectáculo da ideia que sim, e eu nem me dou Dr. Idi Amin Dada ou da actual de contágio” para o exterior. Entretanto, a equipa de de melhorar, a equipa do Eco-
sua própria ignorância. Nem o ao trabalho de os contestar. Até Coreia do Norte do grande líder, Neste âmbito, a adesão ao trabalho do Eco-Escolas ela- Escolas lança um apelo à cola-
honorável ex-presidente escapou pode ser verdade que a taxa de verdadeiro sol nascente da civili- Programa Eco-Escolas ganha borou um inquérito dirigido boração de cada um para que
à tentação de sobre ela dissertar abandono, por exemplo, no 9º zação, Kim Hill Sung, passámos todo o sentido, dado que é a uma amostra de alunos, con- todos beneficiem de um espa-
quando teria, ele e todos nós, ano seja de 15 ou 20 por cento, a apresentar níveis de sucesso e vocacionado para a educação templando todos os anos de ço limpo, saudável e bonito!
ganho bem mais se se tivesse dei- porque, mesmo assim, estamos permanência na escola que se ambiental e para a cidadania, escolaridade, cujos resultados Todas as sugestões serão
xado estar calado. a falar de números excelentes, aproximam, não apenas da de traduzindo-se este facto em serão, em breve, divulgados. bem-vindas.
Tudo vai mal na Escola, diz- quando comparados com o que países como a Espanha, a Itália, acções concretas desenvolvidas Nota-se, através das respostas, Está na hora de agir!
se. E há culpados, claro: os pro- se passava há 30 anos em que ou a Grécia mas, mesmo, (pas- pelos alunos e por toda comu- algum desconhecimento rela- A equipa Eco-Escolas agra-
fessores. E pegue-se por onde se essa taxa era de 85%, ou seja, me-se!) da França ou da Inglater- nidade educativa, com vista à tivamente a estes assuntos, no- dece todas as sugestões e a vos-
pegar, lá vem a ladainha dos me- apenas 15% dos nossos jovens ra. Diria que a Escola portuguesa tomada de consciência de que meadamente à política dos três sa colaboração.
ninos que não sabem a tabuada, o concluíam. Diz-se que o in- passou de um nível de conclusão simples comportamentos indi- “R”. No entanto, é evidente
que são indisciplinados, que sucesso nos exames do 12º ano dos ensinos básico e secundário viduais são essenciais para um a preocupação, por parte dos A Equipa: Júlia Nunes
escrevem com erros de ortogra- de Matemática é muito elevado, (antigos 5º e 7º anos) na casa futuro melhor. nossos jovens, de querer mu- Rosário Martins
fia, não conhecem Camões, não mas quando me lembro que há dos 15 e 5 por cento para taxas Para este ano lectivo, o dar o actual estado de coisas, Luísa Oliveira
sabem o nome do primeiro rei trinta anos apenas 5% dos jovens médias na casa dos 75 e 60 por Conselho Eco-Escolas, cons- sobretudo em relação à sepa- Benilde Gomes
de Portugal nem a data da inde- concluíam o ensino secundário, cento, respectivamente.
pendência, que querem lá saber interrogo-me sobre a quantida- Já quanto aos recursos, va-
onde fica o Guadiana ou se é o
Sado que desagua em Vila do
de dos que, nesse tempo, obti-
nham sucesso a Matemática. E
leria a pena compreender que
só se fala deles para arremessar Família e delinquência juvenil:
Conde ou o Ave em Setúbal; em
alguns casos, sabem “de um sa-
este é o verdadeiro problema da
educação: a falta de seriedade
mais meia dúzia de falácias con-
tra a Escola. De facto, insiste-se mundo de carências e de interditos
ber muito fundo” que o Ave não com que se manipulam os nú- em referir, apenas, a percenta-
é rio, porque voa, mas já nem o meros e não, propriamente, os gem do PIB investida na edu-
discutem. E a culpa de tudo isto números em si. cação, quando seria bem mais promoção de estilos de vida de acções a serem realizadas.
é, como não podia deixar de ser, Sempre que se usam nú- honesto falar-se de montantes saudáveis sociais e pessoais, Por outras palavras, há que
dos professores. meros como forma de susten- investidos por aluno. É que na tentativa de minimizar os definir estratégias de interven-
Algumas pessoas entendidas tar argumentos, deve haver a para quem tem um PIB baixo, comportamentos de risco, o ção das actividades específicas
em estatística, mas que já não seriedade de os enquadrar, ou como o nosso, mesmo que a insucesso escolar, apelando ao a desenvolver, de modo a as-
entram numa escola há mais de seja, dar-lhes “perspectiva”. percentagem disponibilizada desenvolvimento do sentido de segurar a adequação crescente
20 ou 30 anos e, provavelmente, Muito mais se impõe este pro- para a educação seja maior, o autonomia, responsabilidade e das actividades às necessidades
nunca deram uma aula, lançam cedimento, se pensarmos que a montante investido, por aluno, Situações, como as de carên- auto-estima, ou seja, uma me- de temas, relacionados e con-
números de insucesso e aban- Escola foi forçada a desenvolver resulta muito menor. Dito de cia sócio-económica, suscitam a lhoria das condições de vida das fluentes com a melhoria das
dono que fazem vender muitos um percurso de aprendizagem outro modo, investe mais em implementação dum trabalho crianças e das suas famílias. condições de vida das famílias
jornais e abalam perigosamente e adaptação a uma realidade cada aluno a Alemanha com especificamente de intervenção Promover a qualidade de e com a realização dos seus
a nossa confiança como povo. bem diversa da que existia há 4,5% do que Portugal com 6% social. Como tal, o desenvolvi- vida das famílias passa, eviden- projectos de vida.
De imediato se ouvem os lamen- 30 anos. Vista deste modo, não do PIB. mento de actividades específicas temente, por acompanhar e No fundo, qualquer que
tos: “Pobre país! Que miséria! posso deixar de reconhecer que, Desde há muito que os deve privilegiar a participação/ encaminhar crianças e respec- seja a implementação duma
Porque raio não nasci espanhol? dado o nosso ponto de partida, professores se habituaram a li- envolvimento, acompanhar e tivos agregados familiares con- acção social deve orientar-se
Razão tinha o Eça quando dizia seria muito difícil ter-se feito dar com superioridade olímpi- encaminhar crianças e adoles- siderados de risco, de modo a pelos seguintes objectivos, que
que éramos um país traduzido mais e melhor. ca com as chamadas “vozes de centes bem como os respectivos promover um ambiente fami- consideramos essências: pro-
do francês em calão!” Como avaliar percursos de burro”; o seu estatuto social e agregados familiares, considera- liar facilitador da aquisição ou mover o acesso à informação e
Quanto aos professores, aprendizagem é tarefa dos pro- remuneratório, sempre foi cau- dos de risco, de modo a promo- desenvolvimento de compor- à igualdade de oportunidades;
começam a ter medo de sair fessores, são eles quem melhor sa de invejas e complexos por ver um ambiente facilitador da tamentos saudáveis. Prevenir promover acções curtas de sen-
à rua. No café, no cinema, no saberá pôr esta questão “em parte de determinadas camadas aquisição e desenvolvimento de comportamentos de risco, sibilização às famílias; desen-
hipermercado, andam semi dis- perspectiva”. De facto, lidam da população. Mas desta vez é estilos de vida saudáveis. Divul- diagnosticar situações desvio volver competências de crítica
farçados e sempre que vêem um quotidianamente com crianças diferente. São os próprios go- gar projectos apropriados e as e de risco, apoiar a construção e de opinião nas populações
aluno ao longe, saltam para trás que, não deixando de ser “boas” vernantes que atacam a classe, actividades que os compõem, de novos projectos de vida, relativamente aos problemas
da banca das papaias e das bana- alunas, pouco evoluem ao lon- denegrindo-a junto da opinião tornar-se-ão mais valias para promover o envolvimento e a que afectam a comunidade e a
nas e saem de lá disfarçados de go de um ano lectivo, enquanto pública, para levarem a cabo aumentar a eficácia do apoio e responsabilização dos encarre- si próprias, isto é, promover a
Carmen Miranda. outras, mesmo não deixando um conjunto de medidas de efi- do acompanhamento às crian- gados de educação e da família melhoria das condições de vida
E há mesmo um ou outro de ser “más” alunas, fazem pro- cácia duvidosa. É triste! ças e respectivas famílias. em geral na vida sócio-educati- das famílias.
que já nem liga o televisor. Ape- gressos notáveis, que têm que É fundamental a dinami- va das crianças são estratégias
sar de saber que raramente falta, ser reconhecidos, estimulados Luís Neto ¶ zação de actividades várias, a que devem nortear todo o tipo Costa Gomes ¶
Jornal da Escola Secundária Ferreira de Castro
Março de 2006
“Reagiu entre duas garfadas, procurando
justificação para o seu procedimento: «Que
tinha ela com isso? Não era natural que
um homem como ele, vivendo a juventude,
buscasse o amor que lhe negavam?»” (pág. ___)
Página
D
E, claro, todos os problemas (e ideia que me guiasse. Contudo, a esde cedo que nos nega a vida essa liberdade. A positiva (a energia regra. Só assim será
alegrias também!) que dela ad- frase continuou insistentemente habituámos a ver resposta é fácil de entender se do sol, do mar, do possível encontrar
vêm. na minha cabeça. Finalmente, já associadas as asas à encararmos a “vida” de Pessoa céu e do vento) a plenitude e a sa-
Quando era ainda uma um pouco mais crescida, come- liberdade. Mas a liberdade não como o quotidiano esgotante que promove o tisfação pessoal que
criança, talvez com sete ou oito cei a perceber o que aquilo me é apenas de um tipo, ela pode que é viver de forma rotineira. contacto directo cada um de nós tan-
anos, li uma folhinha que a queria dizer. Desde então, talvez manifestar-se em vários cam- É a rotina que nos tira a entre o ser e a Na- to deseja. Essa liber-
minha prima tinha afixada no seja essa a maneira como eu vejo pos, de vários modos e depen- força e que nos obriga a des- tureza. Um con- dade, dotada de asas
quarto. Dizia assim: “Sorri sem- a vida: “Sorri sempre”. de do sujeito. A liberdade de cansar e a nos alimentarmos tacto reafirmante para voar por todo
pre, ainda que o teu sorriso seja Em suma, sorrir começou a que sente falta um prisioneiro para possuirmos energia para e em que há troca de o mundo, não está no
triste; porque mais triste que o fazer parte de mim. A frase con- é diferente da liberdade de que continuar a executá-la da for- energia saudável, uma energia fim do arco-íris, como o pote
teu sorriso triste é a tristeza de tinuou a soar na minha cabeça, sente falta um estudante. Se o ma mais perfeita possível. que faz com que o ser encare a do tesouro encantado. Pode ser
não saber sorrir”. Na altura, mesmo quando tudo me pare- primeiro sente falta de ver a luz Num mundo industrializa- realidade e a “vida” com bons bem mais real e bem mais hu-
pedi-lhe para me ajudar a en- ce perdido e acho que já nem do sol e a realidade sem grades, do, há que existir rotina para olhos. mana e menos fantástica e do
tender o que a folhinha dizia, sequer tenho forças para sorrir. o segundo sente falta da liber- que a produção não pare. No Olhos cheios de ternura domínio do inimaginável.
pois era demasiado complicado Acaba por ser esta, portanto, a dade que o deixa esquecer a mundo social, há que existir que permitam o transporte da As “asas” que nos perten-
para mim. Apesar de ela ter feito minha maneira de ver a vida. rotina, os horários a cumprir, o rotina para que a educação se inocência e pureza de Adão e cem são resultado da nossa
um enorme esforço e me ter ex- Certa ou errada… só o tempo plano de estudos a seguir. dê. Num mundo habitado, há Eva para o Paraíso que hoje conquista!
plicado vezes sem conta, conti- o dirá! A grande questão que se que existir rotina para manter existe mas que ninguém tem
nuei sem entender… Contudo, AM ¶ impõe agora é por que nos a população saudável. tempo para encontrar. Porque Maria João Xará (12º C) ¶
amigos. Nem todos estão “por ordem” ou juntos aos colegas de turma. Há algumas curiosidades que também te podem entreter: só uma das fotografias está a
razão será?; Quantos estão virados para a esquerda, quantos para a direita e quantos para a frente?; Serás tu capaz de dizer o número de rapazes e raparigas?...
preto e branco - onde está?; vários alunos aparecem 2 vezes - és capaz de os identificar?; outros não aparecem - por que