Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/282669729
CITATIONS READS
0 1,366
7 authors, including:
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
All content following this page was uploaded by André Luis da Silva Castro on 09 October 2015.
Resumo
Neste capítulo enfatizamos a comunicação química intraespecífica, embora sejam também considerados
alguns aspectos da troca de informações por pistas químicas entre espécies. Apesar da ampla literatura
internacional neste tópico, a comunicação química tem sido pouco investigada no Brasil. Assim, alguns
experimentos sobre espécies do Brasil são evidenciados neste texto. Primeiramente, conceituamos
comunicação animal e mostramos a nomenclatura mais aceita nesta área. Então, mostramos aspectos
anatômicos e fisiológicos do sistema olfatório em peixes. Em seguida, apresentamos algumas
generalizações sobre a evolução da comunicação química nos animais. Os processos específicos mais
profundamente abordados aqui são os feromônios para reprodução e alarme, bem como as substâncias de
distúrbio e outros estímulos químicos que acalmam e facilitam o reconhecimento individual em peixes. O
envolvimento da comunicação química sobre o estresse e o crescimento são também abordados.
Incluímos alguns fatores que afetam a comunicação química em peixes (desenvolvimento, coloração
ambiental, poluição ambiental e ritmos biológicos). Também discutimos como a informação sobre a
comunicação química em peixes pode melhorar delineamentos experimentais para pesquisas em peixes e
trazer idéias para a prática da aqüicultura. Este capítulo termina com uma discussão crítica sobre o bem-
estar em peixes, considerando que a comunicação química aumenta a vida perceptual dos peixes, assim
ampliando sensações que devem ser consideradas neste assunto.
Palavras chave: estresse, crescimento, comunicação química, feromônios, peixes, bem-estar
calm and facilitates individual recognition in fish. Involvement of chemical communication on stress and
growth were also discussed. We also include some factors affecting chemical communication in fish
(development, environmental color, environmental pollution and biological rhythms). We discuss how
information about chemical communication in fish may improve experimental designs for research on
fish and bring some insights for practices in aquaculture. This chapter ends with a critical discussion about
fish welfare, considering that chemical communication increases the perceptual fish life, thus enlarging
sensation that must be considered on this issue.
Key words: stress, growth, chemical communication, pheromones, fish, welfare
1. Introdução
A comunicação é uma das funções essenciais para a vida dos animais. Enquanto
a comunicação entre células é muito investigada, a comunicação entre organismos tem
recebido bem menos atenção. Mesmo assim, avanços importantes ocorreram nesta
área. Possivelmente por uma questão antropomórfica, muitos estudos privilegiaram o
papel da visão na comunicação animal, o canal sensorial primordial da espécie humana.
À medida que os estudos foram avançando, outras modalidades sensoriais foram se
mostrando tão ou mais importantes que a visão para determinados grupos animais.
Atualmente, devido aos estudos em vários grupos taxonômicos, sabe-se que a troca de
informações entre os animais pode ocorrer por vias visuais, sonoras, químicas, táteis,
eletromagnéticas, e por ondas de temperatura. É também bem estabelecido que a
importância de cada via está relacionada com o hábito e história filogenética dos
animais, mas pode também ser alterada ao longo do desenvolvimento de um indivíduo
(ontogenia).
Neste capítulo trataremos de uma modalidade sensorial específica, a química.
Trata-se da percepção de fatores químicos que levam a alterações no organismo
receptor. Apesar da existência de canais sensoriais que permitem a troca de
informações, para falarmos em comunicação devemos considerar a existência de um
organismo emissor e de um organismo receptor desse sinal químico. Numa
consideração mais ampla do termo “comunicação”, apenas essa relação (emissor e
receptor) é suficiente para que se considere comunicação entre animais. De fato,
quando um predador sente o cheiro de uma presa, pode tentar capturá-la, havendo
neste caso uma mudança comportamental mediada por via química. Obviamente, não
se pode dizer que a presa teve a intenção de avisar ao predador sobre sua presença.
Nem se pode considerar que esse tipo de aviso seja benéfico para a presa e, portanto,
foi selecionado favoravelmente. Mas também não podemos deixar de dizer que houve
comunicação, apesar de não ter havido a “intenção” explícita de emiti-la.
Há casos, no entanto, em que o sinal é liberado pelo emissor apenas
acidentalmente. Por exemplo, choques mecânicos na pele de alguns peixes rompem as
células “club”, as quais eliminam substâncias que provocam nos coespecíficos (animais
da mesma espécie) resposta de alerta e fuga do perigo. Nesse caso, a liberação foi
acidental; por exemplo, decorrente da mordia de um predador. Em outros casos, a
liberação de fatores químicos decorre de processos fisiológicos mais ativos do emissor.
Por exemplo, na época reprodutiva as fêmeas podem estimular quimicamente os
machos liberando fatores químicos na água. A partir desses dois exemplos, observa-se
que no primeiro caso a emissão é acidental e não traz vantagem evidente ao emissor.
No segundo caso, a emissão do fator químico envolve todo um mecanismo liberador
Comunicação química em peixes 17
que é regulado pelas circunstâncias do período e momento, trazendo vantagens ao
emissor e receptor (a efetivação da reprodução). Porém, nesses dois casos houve
comunicação (transferência de informação do emissor para o receptor), podendo-se
pensar inclusive que houve vantagens adaptativas ao menos a um dos componentes do
sistema de comunicação (emissor e/ou receptor).
No entanto, segundo Alcock (2001), se um sinal emitido não traz vantagem
significativa para o emissor, ele tende a desaparecer no decurso da evolução. Nesse
caso, toda comunicação tenderia a ter sentido biológico apenas quando há vantagens
ao emissor. Portanto, apesar do conceito geral apresentado acima, biologicamente
falando a comunicação animal é restrita aos casos em que há essa vantagem e, nesses
termos, podemos falar em ser emitida intencionalmente pelo emissor. Não uma
intenção consciente, mas uma emissão que é vantajosa e evolutivamente selecionada.
Neste texto estaremos considerando o termo comunicação principalmente no
sentido biológico defendido por Alcock (2001), mas mesmo assim para alguns
exemplos houve a necessidade de ampliarmos esse conceito para além da restrição
proposta por esse autor. Quando um predador sente o cheiro da presa, trata-se de
comunicação química, cujo único beneficiado será o receptor e não o emissor. Embora
esse comportamento do emissor não seja evolutivamente selecionado (focando-se na
desvantagem que traz à presa), ele é vantajoso para o predador. Na realidade, um
balanço entre vantagens e desvantagens para presas e predadores numa comunidade
direciona o sentido exato da evolução desses processos.
Aqui nos restringimos à olfação, sem nos preocuparmos com a gustação.
Embora essas sejam modalidades sensoriais que muitas vezes se complementam, para
tratarmos da “comunicação” entre os animais a olfação é, sem dúvida, a principal
modalidade. Nosso enfoque será mais restrito a peixes de água doce, incluindo
resultados de pesquisas desenvolvidas pelo grupo dos autores, na expectativa de dar ao
leitor uma maior proximidade entre os aspectos teóricos e as conseqüências práticas
(para a pesquisa e para a produção). Porém, os conceitos gerais e implicações aqui
apresentados são também válidos para as espécies marinhas.
Subjacente à nossa apresentação está a concepção de que para compreendermos
os peixes devemos considerá-los organismos complexos num ambiente também
complexo, onde o exame das partes isoladas apenas nos fornece algumas pistas, e que
a compreensão desses organismos requer uma abordagem mais holística. A este
respeito, veja o recente trabalho de Bateson (2005). Em nosso restrito tópico,
mostraremos essa concepção apresentando as várias inter-relações que a comunicação
tem com a vida dos peixes e, posteriormente, com os sistemas de estudo e de
produção desses organismos. Ao final, trataremos as implicações dessa discussão sobre
o bem-estar dos peixes, um assunto atual e que tem direcionado recentes legislações
sobre a pesca, a produção animal e a ética na pesquisa em nosso país e no mundo.
TELENCÉFALO
DLv
TOL
Dp
TO Vs
TOMl
TOM Di
TOMm
Vv
Vd PO
CA
Figura 1 – Esquema simplificado representando as principais projeções de fibras do Trato Olfatório (TO)
para o telencéfalo de teleósteos. Abreviaturas: TOL, trato olfatório lateral; TOM, trato olfatório medial;
TOMI, fascículo dorsolateral; TOMm, fascículo ventromedial; CA, comissura anterior; Di, diencéfalo;
Dp, núcleo dorsoposterior; PO, área pré-óptica; DLv, porção ventral do núcleo dorsolateral; Vd, porção
dorsal da área ventral; Vs, núcleo supracomissural; Vv, porção ventral do núcleo ventral. [adaptado de
Levine e Dethier, 1985].
5. Feromônios
Os feromônios são liberados no ambiente por um indivíduo e percebidos por
coespecífico(s), provocando nesses animais receptores uma ação específica e
relativamente padronizada. Na realidade, a intenção com esse termo é dar o sentido da
ação de um hormônio, mas que atua após ser liberado para fora do organismo, agindo
em outro indivíduo da mesma espécie.
Há dois tipos de feromônios segundo a ação no organismo receptor:
“releasers” e “primers”. Os “releasers” são feromônios desencadeadores, os quais
eliciam comportamentos (resposta mais imediata) nos indivíduos receptores. Os
“primers”, por outro lado, desencadeiam efeitos fisiológicos de longa duração. Na
definição original de Wilson e Bossert (1963), “primers” são feromônios que
estimulam o sistema olfatório do animal receptor que, por sua vez, envia mensagens ao
sistema nervoso central estimulando a liberação de hormônios pelo sistema endócrino.
5.1.1. Reprodução
Muitas espécies de peixes liberam hormônios e seus metabólitos na água, onde
vários deles podem funcionar como feromônios sexuais que medeiam as interações
reprodutivas entre membros da mesma espécie (Stacey e Sorensen, 2002). O
comportamento reprodutivo dos peixes é regulado pelo eixo hipotálamo-hipófise-
gônadas, que é influenciado por fatores endógenos e exógenos. Os esteróides gonadais
são os principais fatores endógenos responsáveis pela regulação do comportamento
reprodutivo (Liley, 1982). Além de serem fatores causais do comportamento, esses
hormônios são modulados por fatores exógenos, sendo um deles as interações
intraespecíficas (Oliveira et al., 2002). Essa relação entre hormônios e comportamento
é bi-direcional, pois, assim como os hormônios modulam o comportamento
reprodutivo dos peixes, o comportamento reprodutivo modula os níveis hormonais
em coespecíficos (Oliveira et al., 1996; Borges et al., 1998).
Comunicação química em peixes 25
As interações intraespecíficas desempenham função importante na reprodução
dos peixes, facilitando o encontro sexual e sincronizando a maturação. Por exemplo,
em Oreochromis mossambicus, a exibição do comportamento de corte a uma fêmea
aumenta os níveis de hormônios esteróides do próprio macho, os quais o preparam
para a reprodução (Oliveira et al., 1996; Borges et al., 1998). Nessa mesma espécie, o
macho que assiste a disputas entre oponentes do mesmo sexo aumenta seus níveis de
esteróides (Oliveira et al., 2002). Assim, a observação tanto de interações entre animais
de mesmo sexo quanto entre sexos opostos pode afetar o eixo hipotálamo-hipófise-
gônadas.
Durante essas interações, informações tácteis, visuais, químicas, acústicas e
elétricas podem ser transmitidas, evidenciando que a fisiologia reprodutiva dos peixes
pode ser afetada por várias vias sensoriais. A importância de cada modalidade sensorial
pode variar de acordo com a fase reprodutiva e os contextos ambientais e sociais de
cada espécie (Liley e Stacey, 1983). Além disso, a associação de sinais de diferentes
modalidades sensoriais pode prover uma resposta mais rápida, mais segura e com
maior probabilidade de detecção (Rowe, 1999).
Parte dessa interação ocorre por meio de feromônios sexuais, que são aqueles
que mediam interações reprodutivas sem a necessidade de aprendizagem (Liley, 1982).
Os feromônios sexuais são detectados por via olfativa, pois vários trabalhos mostram
que quando uma anosmia é provocada em um peixe, a resposta feromonal do
indivíduo receptor é abolida (Liley, 1982, Souza et al., 1998; Sato e Sorensen, 2003).
Em várias espécies, os feromônios induzem respostas reprodutivas em
coespecíficos, como a atração, perseguição, comportamentos de corte, construção de
ninho, liberação de esperma, ovulação ou desova, além de fornecerem informações
sobre o estado de maturação do parceiro sexual (Liley e Stacey, 1983). Uma das
primeiras demonstrações convincentes do papel da sinalização química no
comportamento reprodutivo de peixes foi realizada por Tavolga (1956) utilizando o
peixe demersal Bathygobius soporator. Esse autor observou que a água de um aquário que
continha fêmeas ovulando (água condicionada com fêmeas ovulando) estimulava o
comportamento de corte nos machos isolados em outro aquário, indicando percepção
olfativa. Após testes com vários fluídos corporais das fêmeas, o autor constatou que
apenas o fluído ovariano induzia esse comportamento nos machos. Nesse caso, a
substância era indicadora do estado reprodutivo da fêmea.
As pesquisas sobre feromônios sexuais liberados por peixes enfocam
principalmente os semioquímicos liberados por fêmeas. Entretanto, em muitas
espécies de peixes os machos também liberam substâncias que atuam como
sincronizadoras do comportamento sexual. Em Clarias gariepinus, um bagre africano, os
machos confrontam-se entre si e atraem fêmeas utilizando feromônios à base de
conjugados esteroidais, liberados de vesículas seminais especializadas (Colombo et al.,
1980; Resink et al., 1989).
espécies gonocoristas, nas quais os sexos são separados (macho e fêmea) desde o
nascimento e apresentam estratégias reprodutivas relativamente simples. Pouco se
conhece, por exemplo, sobre feromônios de espécies hermafroditas seqüenciais (cujo
animal nasce com um sexo e reverte para outro num determinado período). Assim, as
informações que se seguem neste tópico são limitadas aos teleósteos gonocoristas.
Os feromônios sexuais podem atuar como “releasers”, causando uma resposta
comportamental mais ou menos imediata no receptor, como atração, perseguição e
corte. Também podem atuar como “primers”, desenvolvendo alterações endógenas
que se evidenciam horas ou dias após o estímulo, como maturação, desova e aumento
do volume de esperma (Stacey, 2003). Um dos efeitos dos feromônios “primers” é
modular os níveis hormonais de coespecíficos. Por exemplo, nos ciprinídeos, o
esteróide 17α,20β-dihydroxy-4-pregnen-3-one (17,20P) liberado na urina da fêmea
sincroniza a ovulação com a produção de esperma do macho (Dulka et al., 1987). A
fêmea libera 17,20P algumas horas antes de ovular, o que induz nos machos
comportamentos de corte, aumento do nível de gonadotrofinas e aumento da
produção e liberação de sêmsn (Dulka et al., 1987).
Em teleósteos, os feromônios sexuais são produtos hormonais relativamente
comuns. Estudos eletrofisiológicos mostram que mais da metade das 120 espécies
testadas respondem a produtos hormonais com alta sensibilidade e especificidade
(Liley, 1982; Stacey e Cardwell, 1995). Outros estudos revelam que várias espécies
liberam e respondem a produtos hormonais (Stacey et al., 1994). Entre as espécies
mais estudadas, encontramos exemplares das famílias Cyprinidae, Salmonidae,
Gobiidae, Cichlidae, além de alguns Siluriformes. A Tabela 1 resume os efeitos da
comunicação química na reprodução de algumas espécies de teleósteos.
Apesar de vários estudos, a natureza dos feromônios sexuais e as formas de
liberação permanecem ainda incertas na maioria das espécies. Apenas o peixe-japonês
“goldfish” (Carassius auratus), da família Cyprinidae, tem o mecanismo de liberação, de
detecção e da resposta comportamental a feromônios demonstrada. As pesquisas com
essa espécie compõem a melhor ilustração de como os hormônios reprodutivos são
utilizados como sinais endógenos para sincronizar desde o comportamento
reprodutivo à maturação de gametas, e como os sinais exógenos (feromônios sexuais)
atuam na sincronização das interações reprodutivas.
Comunicação química em peixes 27
ácido biliar que age como feromônio, atraindo as fêmeas (Li et al., 2002). Siefkes et al.
(2003) demonstraram que tal ácido biliar é liberado através das brânquias dos machos.
Um trabalho elegante foi feito com tilápia mossâmbica (Oreochromis mossambicus)
por Almeida et al. (2005). Os autores observaram que machos dessa espécie aumentam
ou reduzem a liberação de urina em contextos sociais e reprodutivos. A freqüência de
pulsos de urina aumenta dramaticamente em presença de fêmeas na fase pré-ovulatória
e, em menor proporção, na presença de fêmeas em fase pós-ovulatória, indicando
liberação de feromônios, bem como identificação do estágio reprodutivo da fêmea,
que também é mediado por olfação. Além disso, os autores constataram que machos
residentes aumentam a freqüência de pulsos de urina após introdução de um macho
intruso no aquário que, por sua vez, apresenta taxa de urina de quase zero, indicando
reconhecimento químico da posição hierárquica. Nesse trabalho, no entanto, não foi
estudado o tipo de substância presente na urina, mas não se descarta a possibilidade de
haver esteróides, ao menos no contexto reprodutivo.
O
7
1
6
5 N
HN
8
2 3
N+
4 NH
9
O-
Figura 2 – Estrutura de 3(N)-óxido de hipoxantina, que é sugerida como feromônio de alarme em
ciprinídeos. Ela é caracterizada pelo esqueleto de purina e o grupo funcional de óxido de nitrogênio na
terceira posição.
Nos Percídeos, a injúria da pele também libera feromônio de alarme que afeta
outros peixes nas proximidades. Células similares às “club” foram encontradas nessa
Ordem. Nos Ostariophysi, o sistema feromônio de alarme é amplamente distribuído e
existe pouca correlação com a história natural das espécies. Assim, espécies de
cardume, solitárias, espécies de fundo ou espécies que vivem na superfície e até
mesmo predadores possuem sistemas de alarme baseados em feromônios. Esse
sistema é inato e se desenvolve em determinado estágio da vida do peixe,
independente de experiência prévia.
Pfeiffer (1963) observou a reação de alarme em cinco espécies de Cyprinideos e
duas espécies de Catosmideomideos. Todas essas espécies exibem comportamento
gregário quando são juvenis e também desenvolvem células “club” pelo menos 10 dias
antes de começarem a responder ao feromônio de alarme. Por exemplo, no peixe
zebra, Brachydanio rerio, células de alarme estão presentes na pele quando o indivíduo
tem 20 dias de idade, mas só começam a responder de fato à substância de alarme por
volta dos 32 dias (Pfeiffer, 1963).
6. Substâncias de distúrbio
Ao contrário dos feromônios, as substâncias de distúrbio são semioquímicos
ainda não conhecidos, exceto pelos seus efeitos que podem decorrer de apenas uma
substância ou da interação de substâncias num “pool”. São liberadas por animais que
foram perturbados ou estressados (vide à frente, item 8.1. Estresse), sem injúria física.
Quando há injúria, a resposta é geralmente decorrente da substância de alarme (visto
anteriormente em 5.2. Feromônios de alarme). Ocorrem em organismos aquáticos,
como platelmintos (Wisenden e Millar, 2001), crustáceos (Hazlett, 1989, 1990a,b;
Schneider et al., 2001), girinos (Kiesecker et al., 1999) e peixes (Kamps e Neill, 1999).
Em relação aos feromônios de alarme e da reprodução, têm sido pouco estudados.
Citaremos a seguir alguns casos reportados na literatura (além dos citados à frente, nos
itens 8.1. Estresse e 8.2. Crescimento), de forma a melhor caracterizar este grupo de
fatores envolvidos na comunicação química em peixes.
Benite-Ribeiro (2001) mostrou que, na tilápia-do-Nilo, fatores químicos
provenientes de aquários de peixes estressados reduzem as interações sociais e a
locomoção de coespecíficos. Nesse estudo a redução na agressão dos peixes que
recebiam água condicionada com coespecíficos estressados não pôde ser explicada
somente em termos de redução da atividade locomotora (o que reduziria a
possibilidade dos encontros agonísticos). É possível, então, que o estado de vigilância
causado desvie a atenção desses animais da interação agonística intraespecífica para
uma situação de perigo eminente e não especificada. Esse tipo de efeito tem sido
atribuído a substâncias de distúrbio, embora isso não seja aventado por Benite-Ribeiro
(2001).
34 Comunicação química em peixes
metabólitos, seja liberada na água e provoque estresse nos outros animais, assim
mediando essa comunicação. Hubbard et al. (2003) demonstraram que o sistema
olfatório do “goldfish” é sensível à adrenalina, à dopamina e a seus metabólitos 3-O-
metoxy (metadrenalina e 3-MT), e sugerem que a habilidade desses animais em
reconhecer as catecolaminas pela olfação esteja relacionada à comunicação de resposta
de alarme; ou seja, animais dessa espécie podem estar utilizando as catecolaminas e
seus metabólitos como mensageiros químicos. No entanto, ainda são necessários
estudos in vivo sobre as respostas dos peixes a esses compostos e também sobre a
possibilidade da taxa de excreção desses compostos ser suficiente para sensibilizar os
peixes receptores.
São ainda poucos os estudos que investigam o estresse decorrente da
comunicação química em peixes, particularmente usando os paradigmas tradicionais
do estresse em vertebrados. Outros indicadores de estresse têm sido investigados
nesses animais, como as colorações do corpo (Fernandes e Volpato, 1993) e ao redor
do olho (Volpato et al., 2004) na tilápia-do-Nilo, mostrando associação com o estresse
social nessa espécie. Parâmetros da ventilação branquial são também sugeridos,
embora nesse caso fique difícil discernir uma reação rápida de alerta de uma resposta
metabólica do estresse, como apontado por Barreto e Volpato (2004) para a tilápia-do-
Nilo. Com metodologias comportamentais mais globais, o estado geral do organismo é
avaliado e parece uma boa alternativa para estudos in vivo sobre os efeitos da
comunicação química no estresse em peixes.
8.2. Crescimento
A literatura é vasta ao relatar efeitos da qualidade da água no crescimento de
peixes. Neste aspecto, a liberação de produtos metabólicos, particularmente dos
compostos nitrogenados do metabolismo, é reconhecidamente um fator que prejudica
o crescimento dos peixes. Porém, na temática deste capítulo, interessa saber a
existência de outros fatores químicos por meio dos quais um peixe afeta o crescimento
de outros.
Esta problemática foi abordada em Volpato e Fernandes (1994), numa revisão
sobre o crescimento heterogêneo (CHet) em peixes. Esse crescimento é resultante da
redução do crescimento da maioria dos animais do grupo, causando uma variabilidade
de tamanho que tem implicações comerciais negativas (produção de vários animais
com peso fora do interesse comercial). Nesse trabalho os autores mostram que parte
da diferença de crescimento é determinada geneticamente, mas que os efeitos mais
marcantes decorrem de fatores populacionais associados ao comportamento dos
animais no grupo, onde os dominantes inibem socialmente o comportamento dos
submissos. Esses autores elucidam três mecanismos básicos do controle social do
crescimento em peixes: a) competição alimentar, b) estresse social e c) fatores
químicos. O mais óbvio dos mecanismos, a competição alimentar, tem sido criticado
(Carrieri e Volpato, 1991) e não explica toda a situação. O estresse social é uma causa
bem plausível sobre esse fenômeno (Fernandes e Volpato, 1993). Porém, de interesse
aqui é o último mecanismo, segundo o qual animais dominantes eliminariam
substâncias que inibiriam o crescimento dos submissos, assim contribuindo para
aumentar o CHet no grupo. Essa possibilidade, no entanto, ainda é muito incipiente.
Ela deriva dos achados de Rose (1960), que mostrou que em girinos fatores químicos
Comunicação química em peixes 39
desses animais eram liberados na água e inibiam o crescimento dos demais quando em
altas densidades populacionais. Volpato et al. (1989) estudaram a tilápia do Nilo e
criticaram essa possibilidade, uma vez que é ainda difícil entender como os fatores
químicos liberados na água agiriam no crescimento dos coespecíficos, mas não no
animal emissor. Mesmo assim, Volpato et al. (1989) consideram que o estado
fisiológico desses animais pode ser diferente e, assim, mediar diferentes ações dessas
substâncias. De fato, na tilápia-do-Nilo e outras espécies territoriais, o estado
metabólico dos animais dominantes é diferente daquele dos peixes submissos (Volpato
et al., 1989; Fernandes e Volpato, 1993; Alvarenga e Volpato, 1995). No entanto, a
situação pode ainda ser mais complexa. Pereira-da-Silva (1990) demonstrou que a
diluição da água em agrupamentos de pacus, um peixe gregário, reduz o CHet. Essas
controvérsias e dúvidas mostram que se trata de um tema que merece mais
investigações e que pode trazer importantes contribuições para a produção dessas
espécies.
Alguns estudos têm descrito o efeito de fatores químicos de coespecíficos sobre
a alimentação, o que pode indiretamente afetar o crescimento e o CHet. Por exemplo,
Milinski (1993) relata que os peixes em locais de risco de predação (reconhecido por
estímulo químico de coespecífico) irão forragear se estiverem suficientemente com
fome. Giaquinto e Volpato (2001) reforçam essa idéia, mostrando que o mesmo
ocorre com o pintado que, com privação alimentar e em presença de feromônio de
alarme, emitirá a resposta imediata de fuga, mas depois irá se alimentar, sem exibir o
segundo componente da reação de alarme (imobilidade por longo tempo). Apesar
dessas reações, não há dados que claramente mostrem que os dominantes inibem, por
via química, a ingestão alimentar dos submissos. Embora os animais submissos
reconheçam visual e quimicamente o dominante (Giaquinto e Volpato, 1997), ainda
não se sabe o quanto isso interfere na ingestão alimentar.
10.2. Na piscicultura
A produção de peixe em pisciculturas também está sujeita aos efeitos dos
fatores químicos relatados neste capítulo. Porém, seu uso em prol da piscicultura é
ainda muito restrito. Fatores químicos estimuladores e sincronizadores da reprodução
em peixes podem ser usados para facilitar a reprodução de certas espécies,
principalmente as reofílicas que, por serem privadas da migração, não conseguem
completar o desenvolvimento gonadal em cativeiro (Ceccarelli et al., 2000). Nesse
caso, a mistura da água de caixas com o sexo oposto pode auxiliar na estimulação
42 Comunicação química em peixes
Bibliografia
Alcock, J. 2001. Animal Behavior: An Evolutionary Approach. 7 ed. Sinauer Associates Inc., Sunderland.
Almeida, O.G.; A Miranda, P. Frade, P.C. Hubbard, E.N. Barata, and A.V.M. Canário. 2005. Urine as a
social signal in the Mozambique tilapia (Oreochromis mossambicus). Chemical Senses 30 (suppl. 1): 1309-
1310.
Alvarenga, C.M.D., and G.L. Volpato. 1995. Agonistic profile and metabolism in alevins of the Nile
tilapia. Physiology and Behavior 57: 75–80.
Balon, E.K. 2000. Defending fishes against recreational fishing: an old problem to be solved in the new
millennium. Environmental Biology of Fishes 57: 1-8.
Barreto, R.E., and G.L. Volpato. 2004. Caution for using ventilatory frequency as an indicator of stress in
fish. Behavioural Processes 66: 43-51.
Bass, A.H. 1981. Olfactory bulb efferents in the cannel catfish Ictalurus punctatus. Journal of Morphology
169: 91-111.
Bateson, P. 2005. The return of the whole organism. Journal of Bioscience 30: 31-39.
Benite-Ribeiro, S.A. 2001. Modulação química da agressividade em juvenis de tilápia-do-Nilo por fatores
liberados por conspecíficos. Boletim Técnico do CEPTA Pirassununga 14: 47-60.
Bonner, T.J. 1971. Aggregation and differentiation in the cellular slime molds. Annual Review of
Microbiology 25: 75-92.
Borges, A.R.; R.F. Oliveira, V.C. Almada, and V.M. Canario. 1998. Short term modulation of 11-
ketotestosterone levels in males of the cichlid fish Oreochromis mossambicus during male-female
interactions. Acta Ethologica 1:43-48.
Brown, G.E., and J-.G.J Godin. 1997. Anti-predator responses to conspecific and heterospecific skin
extracts by three-spined sticklebacks: alarm pheromones revisited. Behaviour 134: 1123–1134.
Brown, G.E., and R.J.F. Smith. 1996. Foraging trade-offs in fathead minnows (Pimephales promelas,
Osteichthyes, Cyprinidae): acquired predator recognition in the absence of an alarm response. Ethology
102: 776-785.
Brown, G.E.; J.A. Paige, and J-.G.J Godin. 2000. Chemically mediated predator inspection behaviour in
the absence of predator visual cues by a characin fish. Animal Behaviour 60: 315-321.
Brown, G.E.; J.C. Adrian, and M.L. Shih. 2001. Behavioural responses of fathead minnows to
hypoxanthine-3-N-oxide at varying concentrations. Journal of Fish Biology 58: 1465-1470.
Bryer, P.J.; R.S. Mirza, and D.P. Chivers. 2001. Chemosensory assessment of predation risk by slimy
sculpins (Cottus cognatus): responses to alarm, disturbance, and predator cues. Journal of Chemical
Ecology 27: 533-546.
Butler, A.B., and W. Hodos. 1996a. Comparative vertebrate neuroanatomy: evolution and adaptation.
Neurons and Sensory Receptors. Chap. 2. Wiley-Liss, Inc., New York.
Butler, A.B., and H. Hodos. 1996b. Comparative vertebrate neuroanatomy: evolution and adaptation.
Terminal nerve and Olfactory Forebrain. Chap. 29. Wiley-Liss, Inc., New York.
Carreau, N.D., and G.G. Pyle. 2005. Effect of copper exposure during embryonic development on
chemosensory function of juvenile fathead minnows (Pimephales promelas). Ecotoxicology and
Environmental Safety 61: 1-6.
Carrieri, M.P., and G.L. Volpato. 1991. Does snatching frequency really indicate food ingestion in the
Nile tilapia? Physiology and Behavior 50: 489-492.
Ceccarelli, P.S.; J.A. Senhorini, and G.L. Volpato. 2000. Dicas para Piscicultura. Santana, Botucatu.
Comunicação química em peixes 45
Chandroo, K.P.; I.J.H. Duncan, and R.D. Moccia. 2004. Can fish suffer?: perspectives on sentience, pain,
fear and stress. Applied Animal Behaviour Science 86: 225–250.
Cheal, L.C., and R.E. Davis. 1974. Pheromonal stimulation and metabolite inhibition of ovulation in the
zebrafish Brachydanio rerio. Fishery Bulletin 73: 889-894.
Cheal, M. 1974. Social olfaction: a review of the ontogeny of olfactory influences on vertebrate behavior.
Behavioral Biology 15: 1-25.
Chen, L.C., and R.L. Martinich. 1975. Pheromonal stimulation and metabolite inhibition of ovulation in
the zebrafish, Brachydanio rerio. Fishery Bulletin 73: 889-894.
Chien, R.K. 1973. Reproductive behavior of the angelfish Pterophyllum scalare (Pisces, Cichlidae) II.
Influence of male stimuli upon the spawning rate of females. Animal Behavior 21: 457-463.
Chivers, D.P., and R.J.F. Smith. 1993. The role of olfaction in chemosensory-based predator recognition
in the fathead minnow, Pimephales promelas. Journal of Chemical Ecology 19: 623-633.
Chivers, D.P., and R.J.F. Smith. 1994. Intra- and interspecific avoidance of areas marked with skin
extract from brook stickleback (Culaea inconstans) in a natural habitat. Journal of Chemical Ecology 20:
1517-1524.
Chivers, D.P., and R.J.F. Smith. 1998. Chemical alarm signaling in aquatic predator-prey systems: A
review and a prospectus. Ecoscience 5: 338-352.
Chivers, D.P.; M.H. Puttlitz, and A.R. Blaustein. 2000. Chemical alarm signaling by reticulate sculpins,
Cottus perplexus. Environmental Biology of Fishes 57: 347-352.
Colombo, L.; A. Marconato, P.C. Belvedere, and C. Frisco. 1980. Endocrinology of teleost reproduction:
a testicular steroid pheromone in the black goby, Gobius jozo. L. Bolletin de Zoologie 47: 355-364.
Conte, F.S. 2004. Stress and the welfare of cultured fish. Applied Animal Behaviour Science 86: 205-223.
Corrêa, S.A.L.; F.M.A. Corrêa, and A. Hoffmann. 1998. Stereotaxic atlas of the telencephalon of the
weakly electric fish Gymnotus carapo. Journal of Neuroscience Methods 84: 93-100.
Courtenay, S.C.; T.P. Quinn, H.M.C. Dupuis, C. Groot, and P.A. Larkin. 1997. Factors affecting the
recognition of population-specific odours by juvenile coho-salmon. Journal of Fish Biology 50: 1042-
1060.
Crapon de Caprona, M.D. 1974. The effect of chemical stimuli from conspecifics on the behaviour of
Haplochromis burtoni (Cichlidae, Pisces). Experientia 30: 1394-1395.
Defraipont, M., and P.W. Sorensen. 1993. Exposure to the pheromone 17α,20β-dihydroxy-4-pregnen-3-
ones enhances the behavioural spawning success, sperm production and sperm motility of male
goldfish. Animal Behavior 46: 245-256.
Degani, G., and M.P. Schreibman. 1993. Pheromone of male blue gourami and its effect on
vitellogenesis, steroidogenesis and gonadotropin cells in pituitary of the female. Journal of Fish Biology
43: 475-485.
Døving, K.B., and R. Selset. 1980. Behavior patterns in the cod released by electrical stimulation of the
olfactory tract bundlets. Science 207: 559-560.
Duarte, C.R.A. 2005. Efeito da cor do ambiente na reprodução e comunicação química na tilápia-do-
Nilo. Dissertação (Mestrado), Instituto de Biociências, Unesp, Botucatu, SP.
Dulka, J.G. 1993. Sex pheromone systems in goldfish: comparisons to vomeronasal systems in tetrapods.
Brain Behavioural Evolution 42: 265-80.
Dulka, J.G.; N.E. Stacey, P.W. Sorensen, and G.J. Van der Kraak. 1987. A steroid pheromone
synchronizes male-female spawning readiness in goldfish. Nature 325: 251-253.
Ebbesson, S.O.E.; D.L. Meyer, and H. Scheich. 1981. Connections of the olfactory bulb in the piranha
(Serrasalmus nattereri). Cell and Tissue Research 216: 167-180.
Fanta, E. 1995. Influence of background color on the behavior of the fish Oreochromis niloticus (Cichlidae).
Arquivos de Biologia e Tecnologia 38: 1237-1251.
Fernandes, M.O., and G.L. Volpato. 1993. Heterogeneous growth in the Nile tilapia: social stress and
carbohydrate metabolism. Physiology and Behavior 54: 319-323.
Finger, T.E. 1975. The distribution of the olfactory tracts in the bullhead catfish, Ictalurus nebulosus.
Journal of Comparative Neurology 161: 125-142.
46 Comunicação química em peixes
Fraser, D. 1995. Science, values and animal welfare: exploring the ‘inextricable connection’. Animal
Welfare 4: 103-117.
Fraser, D., and M.L. Leonard. 1993. Farm animal welfare. Pages 253-270 in J. Martin; R.J. Hudson, and
B.A. Young, editors. Animal Production in Canada. University of Alberta, Faculty of Extension,
Edmonton, Canadá.
Fraser, E.J., and N.E. Stacey. 2002. Isolation increases milt production in goldfish. Journal of
Experimental Zoology 293: 511-524.
FSBI. 2002. Fish Welfare. Breefing Paper, 2. Fisheries Society of the British Isles, Granta Information
Systems. http://www.leicester.ac.uk/biology/fsbi/welfare.pdf.
Giaquinto, P.C., and G.L. Volpato. 1997. Chemical communication, aggression and conspecific
recognition in the fish Nile tilapia. Physiology and Behavior 62: 1333-1338.
Giaquinto, P.C., and G.L. Volpato. 2001. Hunger suppresses the onset and the freezing component of
the antipredator response to conspecifics skin extract in pintado catfish. Behaviour 138: 1205-1214.
Giaquinto, P.C., and G.L. Volpato. 2005. Chemical cues related to conspecific size in pintado catfish,
Pseudoplatystoma coruscans. Acta Ethologica 8:65-69.
Gonyou, H.W. 1994. Why the study of animal behavior is associated with the animal welfare issue.
Journal of Animal Science 72: 2171–2177.
Griffin, D.R., and G.B. Speck. 2004. New evidence of animal consciousness. Animal Cognition 7: 5-18.
Hara, T.J. 1994. The diversity of chemical stimulation in fish olfaction and gestation. Reviews in Fish
Biology and Fisheries 4: 1–35.
Hazlett, B.A. 1989. Additional sources of disturbance pheromone affecting the crayfish Orconectes virilis.
Journal of Chemical Ecology 15: 381-385.
Hazlett, B.A. 1990a. Disturbance pheromone in the hermit crab Calcinus laevimanus (Randolf, 1840).
Crustaceana 58: 314-316.
Hazlett, B.A. 1990b. Source and Nature of disturbance chemical system in crayfish. Journal of Chemical
Ecology 20: 2263-2275.
Head, A.D., and J.A. Malison. 2000. Effects of lighting spectrum and disturbance level on the growth
and stress responses of yellow perch Perca flavescens. Journal of the World Aquaculture Society 31: 73-80.
Hubbard, P.C.; E.N. Barata, and A.V.W. Canário. 2003. Olfactory sensitivity to catecholamines and their
metabolites in the Goldfish. Chemical Senses 28: 207-218.
Jennings, R.C. 1998. A philosophical consideration of awareness. Applied Animal Behaviour Science 57:
201–211.
Jordão, L.C. 2004. Disturbance chemical cues determine changes in spatial occupation by the convict
cichlid Archocentrus nigrofasciatus. Behavioural Processes 67: 453–459.
Jordão, L.C., and G.L. Volpato. 2000. Chemical transfer of warning information in non-injured fish.
Behaviour 137: 681-690.
Kamps, R.H., and W.H. Neill. 1999. Aquaculture effluents: directive signals to the system downstream?
Journal of Chemical Ecology 25: 2041-2050.
Keenleyside, M.H.A. 1955. Some aspects of the schooling behaviour of fish. Behaviour 8: 183-248.
Kiesecker, J.M.; D.P. Chivers, A. Marco, C. Quilchano, M.T. Anderson, and A.R. Blaustein. 1999.
Identification of a disturbance signal in larval red-legged frogs, Rana aurora. Animal Behavior 57: 1295-
1300.
Kobayashi, M.; P.W. Sorensen, and N.E. Stacey. 2002. Hormonal and pheromonal control of spawning
behavior in the goldfish. Fish Physiology and Biochemistry 26: 71-84.
Kristiansen, T.S.; A. Ferno, J.C. Holmc, L. Priviteraa, S. Bakkea, and J.E. Fosseidengena. 2004.
Swimming behaviour as an indicator of low growth rate and impaired welfare in Atlantic halibut
(Hippoglossus hippoglossus L.) reared at three stocking densities. Aquaculture 230: 137–151.
Law, J.H., and F.E. Regnier. 1971. Pheromones. Annual Review of Biochemistry 40: 533-548.
Lawrence, B.J., and R.J.F. Smith. 1989. Behavioral response of solitary fathead minnows, Pimephales
promelas, to alarm substance. Journal of Chemical Ecology 15: 209-219.
Lehman, H. 1998. Animal awareness. Applied Animal Behaviour Science 57: 315–325.
Comunicação química em peixes 47
Levine, R.L., and S. Dethier. 1985. The connections between the olfactory bulb and the brain in the
goldfish. Journal of Comparative Neurology 237: 427-444.
Li, W.; A.P. Scott, M.J. Siefkes, H. Yan, Q. Liu, S.S. Yun, and D.A. Gage. 2002. Bile acid secreted by
male sea lamprey that acts as a sex pheromone. Science 296(5565): 138-141.
Liley, N.R. 1982. Chemical communication in fish. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences
39: 22-35.
Liley, N.R., and N.E. Stacey. 1983. Hormones, pheromones and reproductive behavior. Pages 1-63 in
W.S. Hoar, D.J. Randall, and E.M. Donadson, editors. Fish Physiology, vol. 9B, Academic Press, New
York.
Malyushina, G.A.; A.O. Kasumyan, and E.A. Marusov. 1991. Ecological Aspects of Chemical Signals in
Fish. Journal of Ichthyology 31: 1-7.
Mann, K.D.; E.R. Turnell, J. Atema, and G. Gerlach. 2003. Kin recognition in juvenile zebrafish (Danio
rerio) based on olfactory cues. Biological Bulletin 205: 224–225.
Mathis, A.; and R.J.F. Smith. 1993a. Fathead minnows, Pimephales promela, learn to recognize northern
pike, Esox lucius, as a predator on the basis of chemical stimuli from minnows in the pike´s diet. Animal
Behavior 46: 645-656.
Mathis, A., and R.J.F. Smith. 1993b. Intraspecific and cross-superorder responses to chemical alarm
signals by brook sickleback. Ecology 74: 2395-2404.
Mathis, A.; D.P. Chivers, and R.J.F. Smith. 1995. Chemical alarm signals: predator deterrents or predator
attractants? American Naturalist 145: 994-1005.
Matty, A.J. 1985. Fish Endocrinology. Croom Helm London, Sydney.
Merighe, G.K.F.; E.M. Pereira-da-Silva, J.A. Negrão, and S. Ribeiro. 2004. Efeito da cor do ambiente
sobre o estresse social em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus). Revista Brasileira de Zootecnia 33: 828-
837.
Milinsky, M. 1993. Predation risk and feeding behaviour. Pages 285-305 in T.J. Pitcher, editor. Behaviour
of Teleost Fishes, Chapman and Hall, London.
Mirza, R.S., and D.P. Chivers. 2001. Chemical alarm signals enhance survival of brook charr (Salvelinus
alpinus) during encounters with predatory chain pickerel (Esox niger). Ethology 107: 989-105.
Moberg, G.P., and J.A. Mench. 2000. The Biology of Animal Stress: Basic Principles and Implications for
Animal Welfare. CAB International, New York.
Moore, A.; M.J. Ives, and L.T. Kell. 1994. The role of urine in sibling recognition in Atlantic salmon
Salmo salar (L.). Proceedings of the Royal Society of London Series B 255: 173–180.
Moore, A.; K.H. Olsén, N. Lower, and H. Hindahl. 2002. The role of F-series prostaglandins as
reproductive priming pheromones in the brow trout. Journal of Fish Biology 60: 613-624.
Moreira, P.S.A., and G.L. Volpato. 2004. Conditioning of stress in Nile tilapia. Journal of Fish Biology
64: 961-969.
Moreira, P.S.A.; K.G.T. Pulman, and T.G. Pottinger. 2004. Extinction of a conditioned response in
rainbow trout selected for high or low responsiveness to stress. Hormones and Behavior 46: 450-457.
Murakami, T.; Y. Morita, and H. Ito. 1983. Extrinsic and intrinsic fiber connections of the telencephalon
in a teleost, Sebasticus marmoratus. Journal of Comparative Neurology 216:115-131.
Neff, B.D., and P.W. Sherman. 2005. In vitro fertilization reveals offspring recognition via self-
referencing in a fish with paternal care and cuckoldry. Ethology 111: 425-438.
Northcutt, R.G., and R.E. Davis. 1983. Telencephalic organization in ray finned fishes. Pages 203-236 in
R.E. Davis, and R.G. Northcutt, editors. Fish Neurobiology, Ann Arbor, University of Michigan Press,
Ann Arbor.
Oka, Y. 1980. The origin of the centrifugal fibers to the olfactory bulb in the goldfish, Carassius auratus:
an experimental study using the fluorescent dye primuline as a retrograde tracer. Brain Research 185:
215-225.
Oliveira, R.F.; V.C. Almada, and A.V.M. Canario. 1996. Social modulation of sex steroid concentrations
in the urine of male cichlid fish Oreochromis mossambicus. Hormones and Behavior 30: 2-12.
Oliveira, R.F.; K. Hirschenhauser, and A.V.M. Canario. 2002. Social modulation of androgen levels in
male teleost fish. Comparative Biochemistry and Physiology Part B 132: 201-215.
48 Comunicação química em peixes
Olivotto, I; G. Mosconi, F. Maradonna, M. Cardinali, and O. Carnevali. 2002. Diplodus sargus interrenal-
pituitary responses: chemical communication in stressed fish. General and Comparative Endocrinology
127: 66-70.
Olsén, H. 1999. Present knowledge of kin selection in salmonids. Genetica 104: 295–299.
Olsén, K.H., and N.R. Liley. 1993. The significance of olfaction and social cues in milt availability sexual
hormone status, and spawning behavior of male rainbow trout (Oncorhynchus mykiss). General and
Comparative Endocrinology 89: 107-118.
Olsén, K.H.; M. Grahn, and J. Lohm. 2002. Influence of MHC on sibling discrimination in Arctic charr,
Salvelinus alpinus (L.). Journal of Chemical Ecology 28: 783–796.
Olsén, K.H.; R. Bjerselius, I. Mayer, and H. Kindahl. .2001. Both ovarian fluid and female urine increase
sex steroid hormone levels in mature Atlantic salmon (Salmo salar) male parr. Journal of Chemical
Ecology 27: 2337-2349.
Pandey, A.K. 1984. Chemical Signal in Fishes: Theory and application. Acta Hydrochemic et
Hydrobiologie 12: 463-478.
Partrigde, B.L.; N.R. Liley, and N.E. Stacey. 1976. The role of pheromones in the sexual behaviour of the
goldfish. Animal Behavior 24: 291-299.
Pereira-da-Silva, E.M.P. 1990. Efeito do agrupamento sobre parâmetros fisiológicos e comportamentais
do pacu (Piaractus mesopotamicus) (Holmberg, 1885). Dissertação (Mestrado), Instituto de Biociências,
Unesp, Botucatu, SP.
Pfeiffer, W. 1963. Alarm substances. Experientia 19: 113-123.
Pfeiffer, W. 1977. The distribution of fright reaction and alarm substance cells in fishes. Copeia 1977:
653-665.
Pfeiffer, W., and D. Lamour. 1976. The action of the alarm substance on the heart frequency of Phoxinus
phoxinus (Cyprinidae, Ostariophysi, Pisces). Revue Suisse de Zoologie 83: 861-873.
Pinheiro, M.F.M.; S.M.G. Souza, and L.J.G. Barcellos. 2003. Exposure to 17α,20β-dyhydrosy-4-pregnen-
3-one changes seminal characteristics in Nile tilapia, Oreochromis niloticus. Aquaculture Research 34: 1047-
1052.
Poling, K.R.; E.J. Fraser, and P.W. Sorensen. 2001. The three steroidal components of the goldfish
preovulatory pheromone signal evoke different behaviors in males. Comparative Biochemistry and
Physiology Part B 129: 645-651.
Prasada Rao, P.D., and T. E. Finger. 1984. Asymmetry of the olfactory system in the brain of the winter
flounder, Pseudopleuronectes americanus. Journal of Comparative Neurology 225: 492-510.
Quinn, T.P., and C.A. Busack. 1985. Chemosensory recognition of siblings in juvenile Coho salmon
(Oncorhynchus kisutch). Animal Behavior 33: 51-56.
Rehnberg, B.G.; R.J.F. Smith, and B.D. Sloley. 1987. The reaction of pearl dace (Pisces, Cyprinidae) to
alarm substance: time-course of behavior, brain amines, and stress physiology. Canadian Journal of
Zoology 65: 2916-2921.
Resink, J.W.; W.G.E.J. Schoonen, P.C.H. Albers, D.M. Filé, C.D. Notenboom, R. Van den Hurk, and
P.G.W.J. Van Oordt. 1989. The chemical nature of sex attracting pheromones from the seminal vesicle
of the African catfish, Clarias gariepinus. Aquaculture 23: 137-151.
Riedel, G., and L. Krug. 1997. The forebrain of the blind cave fish Astyanax hubbsi (Characidae). II.
Projections of the olfactory bulb. Brain and Behavioral Ecology 49: 39-52.
Rooney, D.; J.G. New, T. Szabo, and M. Ravaille-Veron. 1989. Central connections of the olfactory bulb
in weakly electric fish, Gnathonemus petersii. Cell Tissue Research 257: 423-436.
Rooney, D.; K.B. DØving, M. Ravaille-Veron, and T. Szabo. 1992. The central connections of the
olfactory bulb in cod, Gadus morhua L. J. Hinforsch. 33: 63-75.
Rose, S.M. 1960. A feedback mechanism of growth control in tadpoles. Ecology 41: 188-199.
Rowe, C. 1999. Receiver psychology and the evolution of multicomponent signals. Animal Behavior 58:
921-931.
Ruchin, A.B. 2004. Influence of color light on growth rate of juveniles of fish. Fish Physiology and
Biochemistry 30: 175-178.
Comunicação química em peixes 49
Ruchin, A.B; V.S. Vechkanov, and V.A. Kuznetsov. 2002. Growth and feeding intensity of young carp
Cyprinus carpio under different constant and variable monochromatic illuminations. Journal of
Ichthyology 42: 194-199.
Rummler, G. 1984. Efeitos de desaferentações olfativas primárias na estrutura dos bulbos olfativos,
glicemia, glicogênio hepático, ingestão alimentar e freqüência cardíaca de quelônios. Tese (Doutorado),
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
Rushen, J. 1991. Problems associated with the interpretation of physiological data in the assessment of
animal welfare. Applied Animal Behaviour Science, 28: 381-386.
Saglio, P., and B. Fauconneau. 1985. Free amino acid content in the skin mucus of goldfish, Carassius
auratus L.: influence of feeding. Comparative Biochemistry and Physiology A 82: 67-70.
Saglio, P.H., and J.M. Blanc. 1989. Intraspecific chemocommunication in immature goldfish, Carassius
auratus L.: attraction in olfactometer to free amino acid fractions from skin extracts. Biology of Behavior
14: 132–147.
Salzen, E.A. 1998. Emotion and self-awareness. Applied Animal Behaviour Science 57: 299–313.
Sas, E.; L. Maler, and M. Weld. 1993. Connections of the olfactory bulb in the gymnotiform fish,
Apteronotus leptorhynchus. Journal of Comparative Neurology 335: 486-507.
Sato, K., and P.W. Sorensen. 2003. Peripheral coding of sex pheromone information in the goldfish
olfactory epithelium. Fish Physiology and Biochemistry 28: 277-278.
Schapp, P. 1984. cAMP pulses coordinates morphogenetic movement during fruiting body formation of
Dictyostelium minutum. Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA 81: 2122-2126.
Schilhab, T.S. 2002. Anthropomorphism and mental state attribution. Animal Behavior 63: 1021-1026.
Schneider, R.A.Z.; R. Huber, and P.A. Moore. 2001. Individual and status recognition in the crayfish,
Orconectes rusticus: The effects of urine release on fight dynamics. Behaviour 138: 137-153.
Scholz, N.L.; N.K. Truelove, B.L. French, B.A. Berejikian, T.P. Quinn, E. Casillas, and T.K. Collier. 2000.
Diazinon disrupts antipredator and homing behaviors in chinook salmon (Oncorhynchus tshawytscha).
Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences 57: 1911-1918.
Selye, H. 1973. The evolution of the concept of stress. American Scientist 61: 692-699.
Siefkes, M.J.; A.P. Scott, B. Zielinski, S.S. Yun, and W. Li. 2003. Male sea lampreys, Petromyzon marinus L.,
excrete a sex pheromone from gill epithelia. Biology of Reproduction 69: 125–132.
Smith, R.J.F. 1979. Alarm reaction of Iowa and johnny darters (Etheostoma, Percidae, Pisces) to chemicals
from injured conspecifics. Canadian Journal of Zoology 57: 1278-1282
Smith, R.J.F. 1981. Effect of food deprivation on the reaction of Iowa darter to skin extract. Canadian
Journal of Zoology 59: 558-560.
Smith, R.J.F. 1992. Alarm signals in fishes. Reviews in Fish Biology and Fisheries 2: 33–63.
Smith, R.J.F., and B.J. Lawrence. 1992. The response of a bumblebee goby, Brachygobius sabanus, to
chemical stimuli from injured conspecifics. Environmental Biology of Fishes 34: 103-108.
Sneddon, L.U. 2002. Anatomical and electrophysiological analysis of the trigeminal nerve in a teleost fish,
Oncorhynchus mykiss. Neuroscience Letters 319: 167-171.
Sneddon, L.U. 2003a. The evidence for pain in fish: the use of morphine as an analgesic. Applied Animal
Behaviour Science 83: 153-162.
Sneddon, L.U. 2003b. Trigeminal somatosensory innervation of the head of a teleost fish with particular
reference to nociception. Brain Research 972: 44-52.
Sneddon, L.U. 2004. Evolution of nociception in vertebrates: comparative analysis of lower vertebrates.
Brain Research Reviews 46: 123-130.
Sneddon, L.U.; V.A. Braithwaite, and M.J. Gentle. 2003a. Do fishes have nociceptors? Evidence for the
evolution of a vertebrate sensory system. Proceedings of the Royal Society of London B 270: 1115-
1121.
Sneddon, L.U.; V.A. Braithwaite, and M.J. Gentle. 2003b. Novel Object Test: Examining Nociception
and Fear in the Rainbow Trout. The Journal of Pain 4: 431-440.
Solomon, D.J. 1977. A review of chemical communication in freshwater fish. Journal of Fish Biology 11:
363-376.
50 Comunicação química em peixes
Sorensen, P.W.; T.J. Hara, and N.E. Stacey. 1991. Sex pheromones selectively stimulate the medial
olfactory tracts of male goldfish. Brain Research 558: 343-347.
Sorensen, P.W., and N.E. Stacey. 1999. Evolution and specialization of fish hormonal pheromones.
Pages 15-47 in R.E. Johnston, D. Muller-Schwarze, and P.W.Z Sorensen, editors. Advances in Chemical
Signals in Vertebrates, Kluwer Academic Plenum Publishers, New York.
Sorensen, P.W., and N.E. Stacey. 1987. 17α,20β-dihydroxy-4-pregnen-3-one functions as a bisexual
priming pheromone in goldfish. American Zoologist 27:412.
Sorensen, P.W.; T.J. Hara, N.E. Stacey, and F.W. Goetz. 1988. F prostaglandins function as potent
olfactory stimulants that comprise the postovulatory female sex pheromone in goldfish. Biology of
Reproduction 39: 1039-1050.
Souza, S.M.G.; A.B. Lucion, and G.F. Wassermann. 1998. Influence of 17,20β-dyhydroy-4-pregnen-3-
one injected into a post-ovulatory female on the reproductive behavior of male Nile tilapia (Oreochromis
niloticus). Comparative Biochemistry and Physiology 119A: 759-763.
Stacey, N.E. 2003. Hormones, pheromones and reproductive behavior. Fish Physiology and
Biochemistry 28: 229-235.
Stacey, N.E., and J.R. Cardwell. 1995. Hormones as sex pheromones in fish: widespread distribution
among freshwater species. Pages 244-248 in F.W. Goetz, and P. Thomas, editors. Proceedings of the
Fifth Annual International Symposium of Reproductive Physiology of Fish. University of Texas at
Austin Press, Austin, TX.
Stacey, N.E., and P.W. Sorensen. 2002. Hormonal pheromones in fish. Pages 375-434 in D.W. Pfaff,
A.P. Arnold, A.M. Etgen, S.E. Fahrbach, and R.T. Rubin, editors. Hormones, Brain and Behavior.
Academic Press, New York.
Stacey, N.E.; W. Zheng, and J. Cardwell. 1994. Milt production in common carp (Cyprinus carpio):
stimulation by a goldfish steroid pheromone. Aquaculture 127: 265-276.
Stoka, A.M. 1999. Phylogeny and evolution of chemical communication: an endocrine approach. Journal
of Molecular Endocrinology 22: 207-225.
Sumpter, J.P. 1997. The endocrinology of stress. Pages 95-118 in G.K. Iwama; A.D. Pickering, J.P.
Sumpter, and C.B. Schreck, editors. Fish Stress and Health in Aquaculture. Cambridge University Press,
Cambridge, UK.
Tamazouzt, L.; B. Chatain, and P. Fontaine. 2000. Tank wall colour and light level affect growth and
survival of Eurasian perch larvae (Perca fluviatilis L.). Aquaculture 182: 85-90.
Tavolga, W.N. 1956. Visual, chemical and sound stimuli as cues in the sex discriminatory behavior of the
gobiid fish Bathygobius soporator. Zoologica 41: 49-63.
Thommensen, G. 1978. The spatial distribution of odour induced potentials in the olfactory bulb of
charr and trout (Salmonidae). Acta Physiologica Scandinavica 102: 205-217.
Timms, A.M., and H. Kleerekoper. 1972. The locomotor response of male Ictalurus punctatus, the channel
catfish, to a pheromone released by the ripe female of the species. Transactions of the American
Fishery Society 102: 302-310.
Turnbull, J.; A. Bell, C. Adams, J. Bron, and F.A. Huntingford. 2005. Stocking density and welfare of
cage farmed Atlantic salmon: applications of a multivariate analysis. Aquaculture 243: 121-132.
Valentincic, T.B., and J. Caprio. 1994. Chemical and visual control of feeding and escape behaviors in the
channel catfish Ictalurus punctatus. Physiology and Behavior 55: 845-855.
Van den Hurk, R., and J.W. Resink. 1992. Male reproductive system as sex pheromone producer in
Teleost fish. Journal of Experimental Zoology 261: 204-213.
Van der Salm, A.L.; M. Martínez, G. Flik, and S.E. Wendelaar Bonga. 2004. Effects of husbandry
conditions on the skin colour and stress response of red porgy, Pagrus pagrus. Aquaculture 241: 371-386
Veissier, I.; A. Boissy, R. Nowak, P. Orgeur, and P. Poindron. 1998. Ontogeny of social awareness in
domestic herbivores. Applied Animal Behaviour Science 57: 233–245.
Volpato, G.L. 2000a. Aggression among farmed fish. Pages 805 in R. Flos, and L. Creswell, editors. Aqua
2000: Responsible Aquaculture in the New Millenium. European Aquaculture Society Special
Publication, No. 28, Nice, France.
Volpato, G.L. 2000b. Pesque-e-solte: uma análise crítica. Revista Científica Plural, Assis 1: 9-20.
Volpato, G.L. 2004. Ciência: da filosofia à publicação. Tipomic, Botucatu.
Comunicação química em peixes 51
Volpato, G.L., and R.E. Barreto. 2001. Environmental blue light prevents stress in the fish Nile tilapia.
Brazilian Journal of Medical and Biological Research 34: 1041-1045.
Volpato, G.L.; C.R.A. Duarte, and A.C. Luchiari. 2004. Environmental color affects Nile tilapia
reproduction. Brazilian Journal of Medical and Biological Research 37: 479-483.
Volpato, G.L., and M.O. Fernandes. 1994. Social control of growth in fish. Brazilian Journal of Medical
and Biological Research 27: 797-810.
Volpato, G.L., and E. Trajano. 2005. Biological Rhythms. Pages 101-153 in L.A. Val, V.M.F.A. Val, and
D.J. Randal, editors. Fish Physiology, Fish Physiology of Tropical Fishes. Elsevier, San Diego.
Volpato, G.L.; P.M.A. Frioli, and M.P. Carrieri. 1989. Heterogeneous growth in fishes: some new data in
the Nile tilapia Oreochromis niloticus and a general view about the causal mechanisms. Boletim de
Fisiologia Animal 13: 7-22, 1989.
von Bartheld, C.S.; D.L. Meyer, E. Fiebig, and S.O.E. Ebbesson. 1984. Central connections of the
olfactory bulb in the goldfish, Carassius auratus. Cell and Tissue Research 238: 475-487.
von Frisch, K. 1941. Uber einen Schreckstoff der Fischhaut und seine biologische Bedeutung. Zeitschrift
fur Vergleichende Physiologie 29: 46-145.
Wilson, E.O., and W.H. Bossert. 1963. Chemical communication among animals. Pages 673-716 in G.
Pincus, editor. Recent Progress in Hormone Research. Academic Press, New York.
Wisenden, B.D. 2000 Olfactory assessment of predation risk in the aquatic environment. Philosophical
Transactions of the Royal Society of London B 355: 1205-1208.
Wisenden, B.D., and M.C. Millard. 2001. Aquatic flatworms use chemical cues from injured conspecifics
to assess predation risk and to associate risk with novel cues. Animal Behavior 62: 761-766.
Wisenden, B.D., and R.J.F. Smith. 1997. The effect of physical condition and shoalmate familiarity on
proliferation of alarm substance cells in the epidermis of fathead minnows. Journal of Fish Biology 50:
799-808.
Wisenden, B.D., and N.E. Stacey. 2005. Fish semiochemicals and the evolution of communication
networks. in P.K. McGregor, editor. Communication Networks. Cambridge University Press, USA.
Wisenden, B.D.; D.P. Chivers, G.E. Brown, and R.J.F. Smith. 1995. The role of experience in the risk
assessment: avoidance of areas chemically labelled with fathead minnow alarm pheromone by
conspecifics and heterospecifics. Écoscience 2: 116-122.
Wyatt, T.D. 2003. Pheromones and Animal Behaviour: communication by smell and taste. Cambridge
University Press. Cambridge.
Yambe, H., M. Shindo, and F.A. Yamazaki. 1999. Releaser pheromone that attracts males in the urine of
mature female masu salmon. Journal of Fish Biology 55: 158-171.
Zheng, W.; C. Strobeck, and N.E. Stacey. 1997. The steroid pheromone 4-pregnen-17alpha, 20beta-diol-
3-one increases fertility and paternity in goldfish. Journal of Experimental Biology 200: 2833-2840.