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São Paulo – SP
2019
FERNANDO RANIERI BELO DA COSTA
São Paulo – SP
2019
AVALIAÇÃO:...............................................................................................
ASSINATURA DO ORIENTADOR:............................................................
RESUMO
Abstract
Sumário
1. Introdução 6
1.1 Problema 7
1.2 Objetivo geral 7
1.2.1 Objetivos específicos 8
1.3 Justificativa 8
2. Referencial Teórico 9
2.1 O comportamento do consumidor 9
2.1.1 Fatores intrínsecos 9
2.1.2 Fatores extrínsecos 11
2.1.3 O comportamento do consumo 13
2.2 As transformações históricas das bancas de jornal na capital paulista 16
2.3 Os comportamentos de consumo e do consumidor no mercado editorial 19
3. Metodologia 23
3.1 Estrutura do questionário 24
4. Análise de dados 28
4.1 Fatores extrínsecos 28
4.2 Perfil do consumidor 32
4.3 Qualidade 33
4.4 Fatores intrínsecos 33
4.5 Mix de marketing 33
4.6 Estratégias de consumo 33
4.7 Análise de mercado e competição 33
4.8 Limitações do negócio 33
4.9 Relação do consumidor com a cidade 33
4.10 Variáveis do negócio 33
5. Conclusão 34
6. Referências 35
Anexos 37
6
1. Introdução
Atualmente, uma das ameaças deste negócio é o aumento crescente dos leitores
de revistas eletrônicas, disponibilizadas em diversos sites e também pelas
próprias editoras.
Uma consequência nítida aos permissionários foi que, de acordo com o Sindicato
dos Vendedores de Jornais e Revistas de São Paulo (SindjorSP), mais de 2500
bancas foram fechadas na capital paulista somente no período de 2007 a 2019, o
que representa uma redução de 48% na quantidade e revela o despreparo da
legislação para o fenômeno global.
1.1 Problema
1.3 Justificativa
Assim como é factível argumentar que esta busca possui importância aos
jornaleiros paulistanos, políticos e prestadores de serviços em capacitação para
analisar o aumento na rentabilidade do negócio.
2. Referencial Teórico
Um dos fatores internos que levam o consumidor a criar uma relação de negócio
é a percepção. Ela é formada quando todos os sentidos humanos (visão, olfato,
audição, tato e paladar) recebem as mensagens do que está ao seu redor e os
encaminha ao cérebro para dar um significado. Portanto, Banov (2017) aponta
que quanto mais sentidos são explorados pelas empresas, maior é a
probabilidade de conquistar um cliente.
Entretanto, nem todos os estímulos vão ser notórios para a tomada de decisão de
uma compra, porque o usuário consegue seleciona-los. Por isso, para criar
negócios fieis, cada empresa precisa estudar a percepção do produto, inclusive
10
considerar como cada cliente percebe estes estímulos e qual deles é o mais
importante para ele em cada situação (BANOV, 2017).
Outra grande fator interno é a atenção. Ela dá o foco a algum dos nove estímulos
apurados. A frequência é um estímulo que faz com que o produto ou a
propaganda chame mais atenção do que aquela que aparece com menor
recorrencia. O movimento é outro estimíulo que, se usado nos anúncios de forma
dinâmica pode chamar mais atenção entre os anúncios estáticos. No mesmo grau
de importância, Banov (2017) indica a iluminação, o tamanho, a posição, a
intensidade, o contraste, a cor e o nível do produto como outros elementos que
compõem a gama de estímulos para garantir a atenção do consumidor.
Durante a vida adulta, a maneira com que uma pessoa se envolve no trabalho ou
no lazer forma um padrão de interesses. Ao observar o que ela gosta de fazer,
quais são as características da sua personalidade, as suas crenças e as atitudes,
juntas, vão compor o estilo de vida, também conhecido como segmentação
psicográfica (BANOV, 2017).
12
Cada estilo de vida está associdado à maneira como o consumidor usa o seu
dinheiro. Como exemplo, Banov (2017) cita estudos que mostram que as classes
sociais têm como referência uma classe acima da sua. Assim, a empresa poderá
usar esta condição para posicionar seu produto de uma maneira e então
potencializar a aquisição de uma classe específica. Por isso, é importante que
cada empresa mantenha pesquisas para garantir o mapeamento das tendências
no consumo.
A clareza no contexto das variáveis humanas e sociais se faz necessária para que
as empresas entendam o que elas não conseguem controlar: o comportamento
do consumidor. Entretanto, existe uma parte que lhe compete e que ela possui
total domínio, o marketing.
conhecimento. Estas novas áreas são conhecidadas como os "8 P(s)", que
contém a pesquisa, o planejamento, a produção, a publicação, a promoção, a
propagação, a personalização e a precisão como parte das estratégias que criam
o vínculo de sucesso entre cliente e a empresa.
Pela visão da Banov (2017), estes processos não são apenas racionais. Eles
constituem também das emoções do consumidor, que vão desde os aspectos
individuais, como a autoestima, a autoimagem, a motivação, a percepção de
risco, etc, até aos fatores sociais. Banov (2017) cita:
"É com base nestes fatores que o envolvimento com a compra
determinará se o processo de decisão de compra será extenso ou
limitado. Se existir baixo grau de envolvimento, que gera um processo
decisório rápido, eliminará algumas etapas do processo decisório".
Por consequencia, quando o produto tem uma relevância pessoal maior para o
consumidor, a decisão tende a ser mais demorada, assim, todas as etapas do
processo decisório serão cumpridas uma vez que o grau de envolvimento é maior
(BANOV, 2017).
Entretanto, as empresas ainda devem ter consciência que precisam lidar com os
consumidores que tem desejos irresistíveis por comprar. Como eles não tendem a
avaliar o que desejam ou precisam, já que a satisfação é baseada em atender seu
desejo, pouco importa o produto ou o serviço oferecido.
O primeiro jornal que se tem notícia foi o romano “Acta Diurna”, publicado em 59
a.C., sendo o “Notizie Scritte”, publicado em Veneza (1556), o primeiro jornal
mensal. O primeiro semanário foi o “Relation”, impresso na Antuérpia (1605), e o
“Post-och Inrikes Tidningar”, publicado pela primeira vez na Suécia, em 1645,
existe até hoje e é considerado o jornal em circulação mais antigo do mundo.
Todos eles, sem exceção, sempre dependeram da entrega, da distribuição, da
garantia que a ponte entre o jornalista e o leitor ocorresse. O jornaleiro se tornou
o responsável pela circulação das notícias, principalmente no século XX
(SINDJORSP, 2015).
Ao que tudo indica, os jornaleiros surgiram no Brasil há quase 150 anos, tendo
começado com os negros escravos que saíam pelas ruas gritando as principais
manchetes estampadas no jornal A Atualidade, o primeiro vendido avulso no País,
17
Em 1954 o então prefeito de São Paulo, Jânio Quadros, uma vez que o
paisagismo da cidade estava sendo discutido mudou pintar a cor das bancas para
a cor metálica. Esta decisão influenciou outros municípios a utilizar os princípios
desta determinação (SINDJORSP, 2015).
Foi então nos de 1970 que bancas, até então concentradas na região central,
começam a se espalhar pelos bairros de São Paulo. E durante a ditadura, as
bancas foram que vendiam 'O Pasquim' e 'A Hora do Povo' foram incendiadas e
os jornaleiros que vendiam revistas 'obscenas' como 'A Manivela do Bernardão' e
'Malufofinha nº 4' foram presos (FOLHA S.PAULO, 2013).
Em 1986 foi promulgada a lei 10.072 que regulou pela primeira vez as atividades
das bancas de jornal. A primeira alteração, realizada em 1990 no artigo 1º,
determinava que os locais para instalação das bancas só poderiam ser
designados previamente pelo poder Executivo (LEGISLAÇÃO MUNICIPAL DE
SÃO PAULO, 1986). E em 1994 o permissionário da banca ganha o direito de
comercializar bebidas específicas em diversas especificações para acompanhar
as demandas do consumidor. Nesta década, ao menos 54 bancas foram
apuradas funcionando 24h e viram "point" de jovens na madrugada (FOLHA
S.PAULO, 2013).
Em cinco anos, a capital paulista passou de mais de cinco mil bancas em 2007
para menos de 3,9 mil em 2012. Na época, as bancas informalmente
comercializar serviços e produtos demandados pelo público, porém como a lei
não se adequou ao longo das décadas, a redução das bancas se deu pela
cassação dos Termos de Permissão de Uso pelos órgãos reguladores (URSINI,
2012). Na época, o então presidente da SindjorSP, Ricardo Lourenço do Carmo,
em entrevista a Ursini (2012) cita:
“Na lei é permitido vender fita VHS, mas não DVD. É permitido vender passe de
ônibus, mas não bilhete único. Ficha telefônica pode, mas não cartão telefônico.
Ou seja, são produtos que não são mais comercializados”.
Porém, regulou que 75% do espaço interno útil da banca fosse destinado para
exibição de produtos da linha editorial para evitar a descaracterização do negócio
que tem o objetivo de levar informação e entretenimento com base em produtos
do segmento editorial. No ano de 2016 que foi realizado um ajuste no Art. 6º que
flexibiliza os titulares dos Termo de Permissão de Uso a nomear prepostos para o
desempenho de suas atividades.
19
De 2007 até 2019, de acordo com Reino e Vaz (2019), a quantidade de bancas de
jornal na capital reduziu mais de 48%. Em setembro de 2019 foi apurado mais de
2.600 bancas de jornal em funcionamento em toda a cidade.
Flávian et al. (2006) apud Brown (2000; AECE, 2004) infere que os consumidores
que precisam obter informações específicas naturalmente se voltam para a
imprensa online e não para os jornais impressos convencionais, uma vez que a
facilidade de pesquisa e comparação é um dos fatores que diferenciam a internet
da mídia física.
Neste contexto, as versões digitais dos jornais são mais procuradas entre os
consumidores que buscam informações relevantes para suas necessidades e que
ignora assuntos sem interesse imediato. Assim, Flávian et al. (2006) apud Liu
(2005), considera que a mídia eletrônica tende a ser mais útil para a pesquisa e
que, inclusive, é fortemente presente nas atividades e necessidades profissionais.
Nove anos após este estudo, Berger et al. (2015) procurou entender as diferenças
nas preferências do consumidor e qual era a disposição a pagar pelos editoriais
tradicionais em papel ou digital.
Neste cenário, Berger et al. (2015) estruturou uma pesquisa em que comparou as
assinaturas de jornais impressos com assinaturas com formatos de jornais digitais
22
Ainda em pesquisa, Berger et al. (2015) conseguiu analisar que entre os atributos
de consumo, o preço é mais importante do que o formato, seja ele impresso ou
digital. Entre os compostos que favorecem a satisfação do consumidor a versão
impressa é por conta do estilo jornalístico.
De fato, o valor percebido dos produtos de mídia depende, em grande parte, não
do conteúdo, mas do canal de distribuição. No entanto, se o conteúdo for
distribuído gratuitamente online, as pessoas não estarão dispostas a se inscrever
em um serviço de assinatura pago em qualquer outro formato.
Ainda vale destacar que em uma pesquisa conduzido por LAI et al. (2003), a
personalização nas manchetes dos editoriais baseado no perfil do consumidor,
mostrou ter um desempenho superior no tempo de leitura do usuário comparado
ao modelo tradicional das manchetes impressas. O nível de satisfação do cliente
foi e desta maneira, reforça não só a incidência das tendências apresentadas por
Banov (2017), mas também como o conhecimento do perfil do consumidor é
necessário para índices de satisfação maiores.
23
3. Metodologia
Para Fowler Jr. (2011), uma boa condução de uma pesquisa requer que os
respondentes entendam o propósito do estudo, pois há impacto nas respostas; e
que as questões de levantamento sejam feitas exatamente da forma como foram
escritas, sem variação.
24
A pesquisa foi enviada para uma amostra de pessoas diversa em gênero, idade,
raça e que moram e/ou trabalham na capital paulista. O pedido para
preenchimento do questionário atingiu 1940 pessoas no dia 14/04/2020, sendo
que 119 pessoas responderam o questionário, até o dia 18 abril de 2020, o que
resulta em uma taxa de resposta de 6,13%.
Este questionário foi aplicado através da ferramenta digital Google Forms, o qual
permitiu aplicar diferentes tipos de questões (múltipla escolha, caixas de seleção
e respostas curtas e longas), dando uma maior flexibilidade para obter o melhor
tipo de resposta.
O estudo de caso foi utilizado para responder dois objetivos deste trabalho
através da ótica do permissionário: levantar o comportamento do permissionário
das bancas de jornal e interpretar as transformações dentro da cidade de São
Paulo.
Foi definida uma amostra de três permissionários, pois trata-se de uma pesquisa
qualitativa em que as respostas necessitam uma ótica gerencial e holística do
negócio. Para garantir uma representação maior dos permissionários e da
estrutura do comércio, alguns critérios foram definidos a partir de características
do ponto de venda:
- Abordar pontos de venda em diferentes bairros;
26
- Uma das bancas precisa estar localizada em até 200 metros de uma
estação do metrô;
- Uma das unidades precisa estar instalada em rua em que há
predominância de pedestres frente ao número de veículos circulantes e
com distância superior a 500 metros de vias de transporte público de alto
movimento (metrô e corredor de ônibus);
- Uma unidade está em rua adjacente à avenida com extensão igual ou
maior que 1,5 km (com médio ou alto tráfego de veículos).
distância superior a
500 metros de vias
de transporte
público de alto
movimento (metrô
e corredor de
ônibus)
4. Análise de dados
Para identificar o estilo de vida dos consumidores entrevistados, foi realizada uma
segmentação psicográfica que trouxe dados sobre o estado civil, a composição de
membros na residência (quantidade de moradores no lare quantidade de filhos),
escolaridade, situação profissional e acesso ao movimento digital (possuir
telefone celular com acesso à internet e computador pessoal e/ou tablet).
Segundo o Censo IBGE 2010, no ano de 2010, 52,25% dos habitantes da cidade
de São Paulo se declararam solteiros, 36,51% casados, 5,40% viúvos, 3,82%
divorciados e 2,02% divorciados. O Censo IBGE 2010 é um indicador comparativo
já que:
"é considerado a principal fonte de referência para o conhecimento das condições
de vida da população em todos os municípios do País e em seus recortes
territoriais internos, tendo como unidade de coleta a pessoa residente, na data de
referência, em domicílio do Território Nacional".
Para avaliar o estilo de vida dos respondentes, foi identificado, conforme Gráfico
2, que 40,3% dos entrevistados dizem morar com mais uma pessoa, 21% moram
com mais duas pessoas, 20,02% declaram morar com mais três pessoas, 12,6%
moram sozinhos e 5,9% moram com mais de quatro pessoas.
Entre os entrevistados, 88,2% responderam que não possuem filhos, 6,7% dizem
que tem dois filhos, 5,0% declaram que têm apenas um filho. Nenhum
entrevistado disse que três ou mais filhos.
30
4.3 Qualidade
5. Conclusão
35
6. Referências
FOLHA S.PAULO (SP). Veja algumas curiosidades sobre a trajetória das bancas
de jornal em SP. Folha de S.Paulo, [S. l.], 24 nov. 2013. Cotidiano São Paulo.
Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2013/11/1375158-veja-algumas-curiosida
des-sobre-a-trajetoria-das-bancas-de-jornal-em-sp.shtml. Acesso em: 16 nov.
2019.
LAI, Hung-Jen; LIANG, Ting-Peng; KU, Y.C. Customized Internet News Services
Based on Customer Profiles. ICEC '03 Proceedings of the 5th international
conference on Electronic commerce, Pittsburgh, PA, Estados Unidos, p.
225-229, 2003.
URSINI, Nathalie. SP perde uma banca ao dia; editoras lamentam: Novos pontos
de venda, mudanças tecnológicas e legislação ultrapassada afetam bancas de
jornais na capital paulista; editores se preocupam com venda avulsa.
Meio&Mensagem, [S. l.], 14 ago. 2012. 1, p. 1. Disponível em:
https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2012/08/14/sp-perde-uma-banc
a-ao-dia-editoras-lamentam.html. Acesso em: 16 nov. 2019.
37
Anexos
Fatores Para você, quais são os 3 Para criar uma relação de N/A
intrínsecos (três) atributos mais consumo, o consumidor
importantes em uma utiliza diferentes estímulos
banca de jornal no internos, como a atenção,
momento da compra a percepção, os sentidos
humanos, entre outros. Na
39
resultando em um
movimento maior de
encasulamento em busca
de segurança. Qual é a
sua perspectiva sobre a
relação dos seus
consumidores com os
ambientes públicos da
capital?