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Aula 16
SIMULADO
Introdução ......................................................................................................................... 1
Questões Inéditas .............................................................................................................. 1
Gabarito ............................................................................................................................ 6
Questões Comentadas ....................................................................................................... 6
Referências Bibliográficas ................................................................................................ 17
INTRODUÇÃO 34821
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre os seguintes assuntos:
a) Controle da Administração
b) Improbidade Administrativa
c) Bens Públicos
d) Direito Administrativo: Conceitos e Fontes
e) Estado, Governo e Administração Pública
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
1. Em relação aos controles interno e externo da Administração Pública,
assinale a alternativa correta.
a) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício
de sua missão institucional.
b) Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade subsidiária.
c) São atribuições do sistema de controle interno da União avaliar o cumprimento das
metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
d) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido privativamente
pelo Tribunal de Contas da União.
6. Sobre bens públicos, podemos dizer que as terras devolutas são bens:
a) de uso comum.
b) pertencentes exclusivamente à União.
c) dominicais.
d) de uso particular.
e) de uso especial.
(C) A autorização de uso de bem público possui natureza precária, logo, não admite a
fixação de prazo de utilização do bem público.
(D) A permissão de uso de bem público, por ser discricionária, dispensa a realização
de procedimento licitatório.
(E) A cessão de uso deve recair somente sobre bens de uso especial e dominicais, não
devendo prejudicar o uso comum do povo.
GABARITO
GABARITO
QUESTÕES COMENTADAS
1. Em relação aos controles interno e externo da Administração Pública,
assinale a alternativa correta.
a) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício
de sua missão institucional.
b) Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade subsidiária.
c) São atribuições do sistema de controle interno da União avaliar o cumprimento das
metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
d) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido privativamente
pelo Tribunal de Contas da União.
e) Cabe ao Congresso Nacional, mediante controle externo, a fiscalização contábil,
financeira e orçamentária da União, ressalvada a atribuição privativa do sistema de
controle interno de cada Poder relativa à fiscalização operacional e patrimonial das
respectivas entidades da administração direta e indireta.
GABARITO: letra A.
Assertiva “a” – correta. Segundo o art. 74 da CF, o sistema de controle interno deve
ser integrado (caput) e deve apoiar o controle externo em sua missão institucional
(inciso IV):
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
(...)
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Assertiva “b” – errada. Os responsáveis pelo controle interno devem dar ciência ao
TCU no caso de tomar conhecimento de irregularidades ou ilegalidades, sob pena de
responsabilidade solidária, conforme disposto no art. 74, § 1º da CF:
Art. 74. (...)
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
Assertiva “d” –
errada. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União (art. 71 da CF), e não privativamente
por este.
Assertiva “e” – errada. Tanto o sistema de controle interno de cada Poder quanto o
Congresso Nacional realizam a fiscalização contábil, orçamentária, financeira,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
segundo o art. 70 da CF:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções
e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
GABARITO: D
O controle realizado pelo Poder Judiciário sobre os atos da Administração Pública é
externo – exceto quando se tratar de atos do próprio Poder Judiciário no exercício de
suas atribuições atípicas / administrativas.
Nesse controle externo, o Poder Judiciário deve analisar exclusivamente a legalidade
ou legitimidade dos atos administrativos, não o mérito administrativo – juízo de
oportunidade e conveniência.
A assertiva “a” está errada – o Poder Judiciário exerce o controle externo, não
interno, e não pode analisar o mérito administrativo.
As assertivas “b” e “c” estão erradas – o controle externo realizado pelo Poder
Judiciário não abrange o mérito administrativo, apenas a legalidade.
A assertiva “e” está errada – o Poder Judiciário exerce o controle externo, não
interno.
3. Sobre a Administração Pública incidem o controle externo e o controle
interno. Não é finalidade do controle interno
(A) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.
(B) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado.
(C) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
(D) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu
recebimento.
(E) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.
GABARITO: D
Vejamos o que preveem os artigos 71, inciso I, e 74, incisos I, II, III e IV, da
Constituição Federal de 1988:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar
de seu recebimento;
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
GABARITO: LETRA B.
Vamos aos comentários das alternativas:
Letras A, C, D e E – tratam, na verdade, de ato de improbidade administrativa que
causa lesão ao erário, conforme, respectivamente, art. 10, incisos XVI, VI, XV e X da
Lei 8.429/92:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
(...)
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no
que diz respeito à conservação do patrimônio público;
GABARITO: B
Transcrevemos, a seguir, os artigos 2º, 8º, 14, caput, e 20 da Lei nº 8.429/1992:
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura
ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas
no artigo anterior.
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do
valor da herança.
GABARITO: LETRA C
O professor Hely Lopes Meireles conceitua as terras devolutas da seguinte forma:
(...) todas aquelas que, pertencentes ao domínio público de qualquer das
entidades estatais, não se acham utilizadas pelo poder Público, nem
destinadas a fins administrativos específicos. São bens públicos patrimoniais
ainda não utilizados pelos respectivos proprietários.
Neste caso, podemos afirmar que as terras devolutas são bens dominicais, tendo em
vista que não são afetadas a uma destinação pública. Vejamos o conceito de bens
dominicais segundo Marinela:
São os que pertencem ao acervo do Poder Publico, sem destinação especial,
sem finalidade publica, não estando, portanto, afetados. Esse conceito e
estabelecido por exclusão, trata de uma definição residual, sendo dominical
aquele bem que não e de uso comum do povo e não e de uso especial. São
GABARITO: B
Questão fácil-mediana.
As assertivas “a”, “b”, “c” e “e” são autoexplicativas:
Há dois sistemas administrativos, o de jurisdição única e o do contencioso
administrativo.
No sistema judiciário ou de jurisdição única ou una (também conhecido como sistema
de controle judicial ou, ainda, sistema inglês), absolutamente todos os litígios,
independentemente se de natureza administrativa ou de interesse eminentemente
particular, privado, são solucionados de forma definitiva pelo Poder Judiciário.
Por sua vez, no contencioso administrativo (ou sistema da dualidade de jurisdição, ou,
ainda, sistema francês), as lides são resolvidas definitivamente ou no âmbito da
Administração, ou no do Poder Judiciário, a depender da matéria tratada, sendo que a
Justiça não pode intervir nas funções administrativas. Em outras palavras, a depender
da matéria da lide, a solução a ela conferida pela Administração não é passível de
controle, revisão, por parte do Poder Judiciário.
No sistema francês, há tanto tribunais administrativos (que resolvem definitivamente
a maior parte das demandas de interesse da Administração), quanto tribunais
judiciais (que resolvem definitivamente as demais demandas).
Nesse sistema, portanto, pode-se falar na presença de duas jurisdições: a
administrativa (exercida pelos tribunais administrativos) e a comum (exercida pelo
Poder Judiciário).
O Brasil adota o sistema de jurisdição única, conforme consagrado no art. 5º, inciso
XXXV da CF/88, in verbis:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito
É importante notar que o art. 5º, inciso XXXV da CF/88 não traz ressalva em seu
texto, ao contrário do asseverado na opção “d”, o que a torna, portanto incorreta.
10. Considerando o conceito de administração pública e seus princípios, bem
como as fontes do Direito Administrativo, assinale a opção correta.
a) Em sentido amplo e sob o aspecto subjetivo, a Administração Pública compreende
Forte abraço!
Túlio Lages
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito
constitucional para concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO,
2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília:
STF, Secretaria de Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São
Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte:
Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São
Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva,
2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo:
Malheiros, 2014.