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Aula 16

Passo Estratégico de Direito Administrativo p/ ISS-Manaus (Auditor


Fiscal) - Pós-Edital
Tulio Lages
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Aula 16

SIMULADO
Introdução ......................................................................................................................... 1
Questões Inéditas .............................................................................................................. 1
Gabarito ............................................................................................................................ 6
Questões Comentadas ....................................................................................................... 6
Referências Bibliográficas ................................................................................................ 17

INTRODUÇÃO 34821

Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre os seguintes assuntos:
a) Controle da Administração
b) Improbidade Administrativa
c) Bens Públicos
d) Direito Administrativo: Conceitos e Fontes
e) Estado, Governo e Administração Pública
Pronto para testar seu conhecimento?!

QUESTÕES INÉDITAS
1. Em relação aos controles interno e externo da Administração Pública,
assinale a alternativa correta.
a) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício
de sua missão institucional.
b) Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade subsidiária.
c) São atribuições do sistema de controle interno da União avaliar o cumprimento das
metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
d) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido privativamente
pelo Tribunal de Contas da União.

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e) Cabe ao Congresso Nacional, mediante controle externo, a fiscalização contábil,


financeira e orçamentária da União, ressalvada a atribuição privativa do sistema de
controle interno de cada Poder relativa à fiscalização operacional e patrimonial das
respectivas entidades da administração direta e indireta.

2. Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle externo e


interno. É correto afirmar que o Poder Judiciário exerce o controle
(A) interno da Administração Pública, podendo analisar tanto o mérito quanto a forma
do ato administrativo.
(B) externo da Administração Pública, analisando o mérito, mas não a legalidade do
ato administrativo.
(C) externo da Administração Pública, podendo controlar tanto o mérito quanto a
forma do ato administrativo.
(D) externo da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato
administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade.
(E) interno da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato
administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade.

3. Sobre a Administração Pública incidem o controle externo e o controle


interno. Não é finalidade do controle interno
(A) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.
(B) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado.
(C) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
(D) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu
recebimento.
(E) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

4. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os


princípios da administração pública:
a) permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade
privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais
ou regulamentares aplicáveis à espécie;

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b) deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;


c) realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares
ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
d) celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação
orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.
e) agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz
respeito à conservação do patrimônio público;

5. No tocante às disposições da Lei nº 8.429/1992, assinale a alternativa


correta:
(A) Reputa-se agente público todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente, e
desde que com remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
nas entidades das entidades públicas às quais se aplicam a lei em epígrafe.
(B) O sucessor do agente público que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da Lei nº 8.429/1992 até o limite
do valor da herança.
(C) Apenas os membros do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União
podem representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada
investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
(D) A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos se efetivam com a
prolação de sentença judicial.
(E) A autoridade judicial ou administrativa competente pode determinar o
afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, com
prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.

6. Sobre bens públicos, podemos dizer que as terras devolutas são bens:
a) de uso comum.
b) pertencentes exclusivamente à União.
c) dominicais.
d) de uso particular.
e) de uso especial.

7. Assinale a alternativa correta, em relação ao uso dos bens públicos por


particulares.
(A) As concessões de uso não admitem a modalidade gratuita.
(B) O concessionário de uso de bem público não exerce posse por usucapião.

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(C) A autorização de uso de bem público possui natureza precária, logo, não admite a
fixação de prazo de utilização do bem público.
(D) A permissão de uso de bem público, por ser discricionária, dispensa a realização
de procedimento licitatório.
(E) A cessão de uso deve recair somente sobre bens de uso especial e dominicais, não
devendo prejudicar o uso comum do povo.

8. Sobre as fontes do Direito Administrativo, assinale a opção correta:


a) Uma lei ordinária é um exemplo de fonte administrativa.
b) O costume, embora seja uma fonte formal, não vincula a atividade da
Administração Pública.
c) A doutrina pode ser entendida como o conjunto de teses, construções teóricas e
sistematizações dos estudiosos do Direito Administrativo que, apesar de não vincular
a atividade da Administração Pública, influencia a elaboração das leis.
d) Temos um exemplo de jurisprudência quando o STF profere um entendimento
inédito sobre determinada matéria.
e) Os códigos, assim como o vade-mecum, são exemplos de fontes formais, embora
estejam situados hierarquicamente abaixo da Constituição Federal, que é a fonte
primordial do Direito Administrativo brasileiro.

9. De acordo com Hely Lopes Meirelles, um sistema administrativo é o regime


adotado pelo Estado para a correção dos atos administrativos ilegais ou
ilegítimos praticados pelo Poder Público em qualquer dos seus
departamentos de governo. Sobre os sistemas administrativos, assinale a
opção errada:
a) Há basicamente dois sistemas administrativos: o sistema inglês e o do contencioso
administrativo.
b) No sistema de jurisdição única, absolutamente todos os litígios são solucionados
de forma definitiva pelo Poder Judiciário.
c) No sistema do contencioso administrativo, pode-se falar na presença de duas
jurisdições: a administrativa e a comum.
d) De acordo com a Constituição Federal, a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito, ressalvados os casos previstos na própria Carta
Magna.
e) O Brasil adota o sistema de jurisdição una.

10. Considerando o conceito de administração pública e seus princípios, bem


como as fontes do Direito Administrativo, assinale a opção correta.
a) Em sentido amplo e sob o aspecto subjetivo, a Administração Pública compreende

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os órgãos governamentais e os órgãos administrativos.


b) Sob o aspecto material a Administração Pública, em sentido estrito, diz respeito a
quem exerce a atividade administrativa.
c) Sob o ponto de vista formal, a Administração Pública, em sentido estrito, diz
respeito à natureza da atividade exercida, correspondendo, portanto, à própria função
administrativa.
d) A função administrativa engloba as atividades de fomento, serviço público, polícia
judiciária e intervenção.
e) A intervenção federal nos estados-membros é um exemplo de atividade típica da
função administrativa.

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GABARITO

GABARITO

1.A 2.D 3.D 4.B 5.B

6.C 7.B 8.C 9.D 10.A

QUESTÕES COMENTADAS
1. Em relação aos controles interno e externo da Administração Pública,
assinale a alternativa correta.
a) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício
de sua missão institucional.
b) Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade subsidiária.
c) São atribuições do sistema de controle interno da União avaliar o cumprimento das
metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
d) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido privativamente
pelo Tribunal de Contas da União.
e) Cabe ao Congresso Nacional, mediante controle externo, a fiscalização contábil,
financeira e orçamentária da União, ressalvada a atribuição privativa do sistema de
controle interno de cada Poder relativa à fiscalização operacional e patrimonial das
respectivas entidades da administração direta e indireta.

GABARITO: letra A.
Assertiva “a” – correta. Segundo o art. 74 da CF, o sistema de controle interno deve
ser integrado (caput) e deve apoiar o controle externo em sua missão institucional
(inciso IV):
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
(...)
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

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Assertiva “b” – errada. Os responsáveis pelo controle interno devem dar ciência ao
TCU no caso de tomar conhecimento de irregularidades ou ilegalidades, sob pena de
responsabilidade solidária, conforme disposto no art. 74, § 1º da CF:
Art. 74. (...)
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

Assertiva “c” – errada. O sistema de controle interno da União exerce a atribuição de


avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos exclusivamente da União.
Art. 74. (...)
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à
organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e
do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos
Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de
Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

Assertiva “d” –
errada. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União (art. 71 da CF), e não privativamente
por este.
Assertiva “e” – errada. Tanto o sistema de controle interno de cada Poder quanto o
Congresso Nacional realizam a fiscalização contábil, orçamentária, financeira,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
segundo o art. 70 da CF:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções
e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

2. Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle externo e


interno. É correto afirmar que o Poder Judiciário exerce o controle
(A) interno da Administração Pública, podendo analisar tanto o mérito quanto a forma
do ato administrativo.
(B) externo da Administração Pública, analisando o mérito, mas não a legalidade do
ato administrativo.
(C) externo da Administração Pública, podendo controlar tanto o mérito quanto a
forma do ato administrativo.
(D) externo da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato
administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade.
(E) interno da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade do ato
administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade.

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GABARITO: D
O controle realizado pelo Poder Judiciário sobre os atos da Administração Pública é
externo – exceto quando se tratar de atos do próprio Poder Judiciário no exercício de
suas atribuições atípicas / administrativas.
Nesse controle externo, o Poder Judiciário deve analisar exclusivamente a legalidade
ou legitimidade dos atos administrativos, não o mérito administrativo – juízo de
oportunidade e conveniência.
A assertiva “a” está errada – o Poder Judiciário exerce o controle externo, não
interno, e não pode analisar o mérito administrativo.
As assertivas “b” e “c” estão erradas – o controle externo realizado pelo Poder
Judiciário não abrange o mérito administrativo, apenas a legalidade.
A assertiva “e” está errada – o Poder Judiciário exerce o controle externo, não
interno.
3. Sobre a Administração Pública incidem o controle externo e o controle
interno. Não é finalidade do controle interno
(A) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.
(B) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado.
(C) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
(D) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu
recebimento.
(E) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

GABARITO: D
Vejamos o que preveem os artigos 71, inciso I, e 74, incisos I, II, III e IV, da
Constituição Federal de 1988:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar
de seu recebimento;
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

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I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a


execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

A apreciação de contas prestadas anualmente pelo chefe do Poder Executivo é


finalidade do controle externo, não interno.
As demais assertivas apresentam finalidades do controle interno previstas nos incisos
do art. 74 da CF/1988.
4. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública:
a) permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade
privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais
ou regulamentares aplicáveis à espécie;
b) deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
c) realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares
ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
d) celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação
orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.
e) agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz
respeito à conservação do patrimônio público;

GABARITO: LETRA B.
Vamos aos comentários das alternativas:
Letras A, C, D e E – tratam, na verdade, de ato de improbidade administrativa que
causa lesão ao erário, conforme, respectivamente, art. 10, incisos XVI, VI, XV e X da
Lei 8.429/92:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
(...)
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no
que diz respeito à conservação do patrimônio público;

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XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia


dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao
patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou
valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais
ou regulamentares aplicáveis à espécie;

Letra B – é, de fato, ato de improbidade administrativa que atenta contra os


princípios da administração pública, conforme art. 11, inciso VI da Lei 8.429/92.
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
instituições, e notadamente:
(...)
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

5. No tocante às disposições da Lei nº 8.429/1992, assinale a alternativa


correta:
(A) Reputa-se agente público todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente, e
desde que com remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
nas entidades das entidades públicas às quais se aplicam a lei em epígrafe.
(B) O sucessor do agente público que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da Lei nº 8.429/1992 até o limite
do valor da herança.
(C) Apenas os membros do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União
podem representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada
investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
(D) A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos se efetivam com a
prolação de sentença judicial.
(E) A autoridade judicial ou administrativa competente pode determinar o
afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, com
prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.

GABARITO: B
Transcrevemos, a seguir, os artigos 2º, 8º, 14, caput, e 20 da Lei nº 8.429/1992:
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura
ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas
no artigo anterior.
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do
valor da herança.

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Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa


competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a
prática de ato de improbidade.
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se
efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá
determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer
necessária à instrução processual.

A assertiva “a” está errada – também enquadra-se no conceito de agente público


aquele que exerce, ainda que sem remuneração, mandato, cargo, emprego ou função
nas entidades públicas às quais se aplicam a Lei nº 8.429/1992.
A assertiva “c” está errada – qualquer pessoa, e não apenas os membros do MP ou do
TCU, poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja
instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
A assertiva “d” está errada – a mera prolação de sentença judicial não implica
efetivação da perda da função pública e da suspensão dos direitos políticos, sendo
necessário, para tanto, o trânsito em julgado da sentença condenatória.
A assertiva “e” está errada – no caso de determinação do afastamento do agente
público do exercício do cargo, emprego ou função, quando a medida se fizer
necessária à instrução processual, o aludido afastamento ocorre sem prejuízo da
remuneração do agente público.
6. Sobre bens públicos, podemos dizer que as terras devolutas são bens:
a) de uso comum.
b) pertencentes exclusivamente à União.
c) dominicais.
d) de uso particular.
e) de uso especial.

GABARITO: LETRA C
O professor Hely Lopes Meireles conceitua as terras devolutas da seguinte forma:
(...) todas aquelas que, pertencentes ao domínio público de qualquer das
entidades estatais, não se acham utilizadas pelo poder Público, nem
destinadas a fins administrativos específicos. São bens públicos patrimoniais
ainda não utilizados pelos respectivos proprietários.

Neste caso, podemos afirmar que as terras devolutas são bens dominicais, tendo em
vista que não são afetadas a uma destinação pública. Vejamos o conceito de bens
dominicais segundo Marinela:
São os que pertencem ao acervo do Poder Publico, sem destinação especial,
sem finalidade publica, não estando, portanto, afetados. Esse conceito e
estabelecido por exclusão, trata de uma definição residual, sendo dominical
aquele bem que não e de uso comum do povo e não e de uso especial. São

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exemplos: as terras sem destinação publica especifica, as terras devolutas,


os prédios públicos desativados, os bens moveis inservíveis e a divida ativa

Portanto, o nosso gabarito é a assertiva C.


Quanto às demais assertivas:
Alternativa A: errada. Bens de uso comum do povo são aqueles utilizados pelos
indivíduos em geral (destinação pública), em igualdade de condições, em regra de
forma gratuita (mas pode ocorrer de forma onerosa) – vide arts. 99, I, 100 e 103 do
Código Civil. Ex: rios, mares, ruas e praças.
Alternativa B: errada. As terras devolutas da União estão previstas no art. 20, II da
CF.
Art. 20. São bens da União:
(...)
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à
preservação ambiental, definidas em lei;

Entretanto, as terras devolutas não compreendidas entre as da União incluem-se


entre os bens dos Estados, conforme art. 26, IV da CF:
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
(...)
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Alternativa D: errada. Os bens particulares são privativos de uma pessoa física ou


jurídica, são bens que NÃO pertencem aos entes da administração pública.
Alternativa E: errada. Os bens de uso especial são os bens móveis e imóveis
destinados à execução dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral –
vide arts. 99, II, e 100 do Código Civil. Ex: edifício destinado a estabelecimento da
administração federal, veículos oficiais.
7. Assinale a alternativa correta, em relação ao uso dos bens públicos por
particulares.
(A) As concessões de uso não admitem a modalidade gratuita.
(B) O concessionário de uso de bem público não exerce posse por usucapião.
(C) A autorização de uso de bem público possui natureza precária, logo, não admite a
fixação de prazo de utilização do bem público.
(D) A permissão de uso de bem público, por ser discricionária, dispensa a realização
de procedimento licitatório.
(E) A cessão de uso deve recair somente sobre bens de uso especial e dominicais, não
devendo prejudicar o uso comum do povo.

GABARITO: B

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Os bens públicos, móveis e imóveis, são insuscetíveis de aquisição por decurso de


prazo, não estando sujeitos a usucapião (CF, arts. 183, § 3º e 191, parágrafo único e
art. 102 do Código Civil). O concessionário de bem público não é exceção a essa
regra, por ausência de previsão legal.
A assertiva “a” está errada – as concessões de uso de bem público podem ser
gratuitas ou onerosas.
A assertiva “c” está errada – a autorização de uso de bem público possui natureza
precária, mas é plenamente possível a fixação de prazo de utilização do respectivo
bem.
A assertiva “d” está errada – em regra, deve ocorrer procedimento licitatório para
permissão de uso de bem público.
A assertiva “e” está errada – a cessão de uso recai somente sobre bens dominicais.
8. Sobre as fontes do Direito Administrativo, assinale a opção correta:
a) Uma lei ordinária é um exemplo de fonte administrativa.
b) O costume, embora seja uma fonte formal, não vincula a atividade da
Administração Pública.
c) A doutrina pode ser entendida como o conjunto de teses, construções teóricas e
sistematizações dos estudiosos do Direito Administrativo que, apesar de não vincular
a atividade da Administração Pública, influencia a elaboração das leis.
d) Temos um exemplo de jurisprudência quando o STF profere um entendimento
inédito sobre determinada matéria.
e) Os códigos, assim como o vade-mecum, são exemplos de fontes formais, embora
estejam situados hierarquicamente abaixo da Constituição Federal, que é a fonte
primordial do Direito Administrativo brasileiro.

Questão de dificuldade mediana.


A opção “a” está incorreta, porque uma lei ordinária é um exemplo de fonte
legislativa.
A opção “b” está incorreta, porque o costume é uma fonte material.
A opção “c” está correta, sendo autoexplicativa.
A opção “d” está incorreta, porque a jurisprudência é caracterizada por um conjunto
de decisões judiciais em um mesmo sentido, não somente uma.
A opção “e” está incorreta, porque o vade-mecum não é fonte do Direito
Administrativo.
9. De acordo com Hely Lopes Meirelles, um sistema administrativo é o regime
adotado pelo Estado para a correção dos atos administrativos ilegais ou
ilegítimos praticados pelo Poder Público em qualquer dos seus
departamentos de governo. Sobre os sistemas administrativos, assinale a
opção errada:

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a) Há basicamente dois sistemas administrativos: o sistema inglês e o do contencioso


administrativo.
b) No sistema de jurisdição única, absolutamente todos os litígios são solucionados
de forma definitiva pelo Poder Judiciário.
c) No sistema do contencioso administrativo, pode-se falar na presença de duas
jurisdições: a administrativa e a comum.
d) De acordo com a Constituição Federal, a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito, ressalvados os casos previstos na própria Carta
Magna.
e) O Brasil adota o sistema de jurisdição una.

Questão fácil-mediana.
As assertivas “a”, “b”, “c” e “e” são autoexplicativas:
Há dois sistemas administrativos, o de jurisdição única e o do contencioso
administrativo.
No sistema judiciário ou de jurisdição única ou una (também conhecido como sistema
de controle judicial ou, ainda, sistema inglês), absolutamente todos os litígios,
independentemente se de natureza administrativa ou de interesse eminentemente
particular, privado, são solucionados de forma definitiva pelo Poder Judiciário.
Por sua vez, no contencioso administrativo (ou sistema da dualidade de jurisdição, ou,
ainda, sistema francês), as lides são resolvidas definitivamente ou no âmbito da
Administração, ou no do Poder Judiciário, a depender da matéria tratada, sendo que a
Justiça não pode intervir nas funções administrativas. Em outras palavras, a depender
da matéria da lide, a solução a ela conferida pela Administração não é passível de
controle, revisão, por parte do Poder Judiciário.
No sistema francês, há tanto tribunais administrativos (que resolvem definitivamente
a maior parte das demandas de interesse da Administração), quanto tribunais
judiciais (que resolvem definitivamente as demais demandas).
Nesse sistema, portanto, pode-se falar na presença de duas jurisdições: a
administrativa (exercida pelos tribunais administrativos) e a comum (exercida pelo
Poder Judiciário).
O Brasil adota o sistema de jurisdição única, conforme consagrado no art. 5º, inciso
XXXV da CF/88, in verbis:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito

É importante notar que o art. 5º, inciso XXXV da CF/88 não traz ressalva em seu
texto, ao contrário do asseverado na opção “d”, o que a torna, portanto incorreta.
10. Considerando o conceito de administração pública e seus princípios, bem
como as fontes do Direito Administrativo, assinale a opção correta.
a) Em sentido amplo e sob o aspecto subjetivo, a Administração Pública compreende

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os órgãos governamentais e os órgãos administrativos.


b) Sob o aspecto material a Administração Pública, em sentido estrito, diz respeito a
quem exerce a atividade administrativa.
c) Sob o ponto de vista formal, a Administração Pública, em sentido estrito, diz
respeito à natureza da atividade exercida, correspondendo, portanto, à própria função
administrativa.
d) A função administrativa engloba as atividades de fomento, serviço público, polícia
judiciária e intervenção.
e) A intervenção federal nos estados-membros é um exemplo de atividade típica da
função administrativa.

Questão de dificuldade mediana.


A opção “a” está correta, porque em sentido amplo e sob o aspecto subjetivo, a
Administração Pública compreende os órgãos governamentais (órgãos supremos,
constitucionais, que exercem a função política), bem como os órgãos administrativos
(órgãos subordinados, dependentes, encarregados da função administrativa).
A opção “b” está errada, porque sob o ponto de vista material, objetivo ou funcional,
a Administração Pública, em sentido estrito, diz respeito à natureza (objeto) da
própria atividade exercida. Ou seja, corresponde à própria função administrativa, que
engloba as atividades de fomento, serviço público, polícia administrativa e
intervenção.
A opção “c” está errada, porque sob o aspecto formal, subjetivo ou orgânico, a
Administração Pública, em sentido estrito, diz respeito a quem (sujeito) exerce a
atividade. Ou seja, são as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos os quais a lei
atribui o exercício da função administrativa, em qualquer dos Poderes (embora,
predominantemente, sejam do Poder Executivo).
A opção “d” está errada, porque a polícia judiciária não é uma atividade típica da
função administrativa, mas sim a polícia administrativa.
A opção “e” está errada, porque a atividade administrativa típica de intervenção
compreende a regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza
privada (chamada de “intervenção indireta”), bem como a atuação direta do Estado
no domínio econômico (chamada de “intervenção direta”), normalmente por meio das
empresas estatais.
Essa atividade de intervenção, de natureza administrativa, portanto, não se confunde
com a atividade de intervenção de um ente federado em outro, fundamentada nas
hipóteses previstas nos arts. 34 e 35 da CF.

Forte abraço!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito
constitucional para concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO,
2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília:
STF, Secretaria de Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São
Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte:
Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São
Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva,
2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo:
Malheiros, 2014.

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