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I Demonstrações
I Porquê estudar Matemática?
Egipto — Numeração
I Hieroglifos
I Adição e subtracção.
I Algoritmo da multiplicação. Exemplo; cálculo de 13 × 17:
1 17
2 34
4 68
8 136
Então 13 × 17 = 17 + 68 + 136 = 221.
I Fracções: 2/3 (notação usual: 3) e fracções do tipo 1/n
(notação usual: n). Exemplo (papiro de Rhind; c. 1650 aC):
Como dividir 6 pães por 10 pessoas? Resposta: 1/2 + 1/10.
Notação usual: 2 10
Egipto — Aritmética
I Algoritmo de divisão
I Exemplo de divisão inteira: dividir 71 por 13
1 13
2 26
4 52
Como 13 + 52 = 65, o quociente é 5(= 1 + 4) e o resto é
6(= 71 − 65).
Egipto — Aritmética
Divisão exacta; exemplo: dividir 80 por 3 2
1 32
10 35
20 70
2 7
3 23
21 6
7 2
22 3 7 21 80
Verificação:
1 22 3 7 21
2 45 3 4 14 28 42
2 11 3 14 42
32 80
Egipto — Álgebra
I Notação posicional
I Ambiguidade: ausência de 0; uso de um espaço
I Tabelas de multiplicação mas não de adição. Porquê?
Mesopotâmia — Geometria
I π=3
I Volume de pirâmide quadrangular truncada de base de
lado a, topo de lado b e altura h:
!
a+b 2 1 a−b 2
h + .
2 3 2
I Volume de um «telhado»:
b
h
w
a
hw b
a+ .
3 2
Teorema de Pitágoras
I Problema: Uma vara de 30 unidades de comprimento está
na vertical encostada a uma parede. Começa a escorregar
e o ponto mais alto fica a 24 unidades do chão. O ponto
mais baixo a que distância fica da parede?
I Problema: Qual é o raio da circunferência que passa
pelos vértices de um triângulo em que um dos lados
tem 60 unidades de comprimento, a altura perpendicular a
esse lado tem 40 unidades de comprimento e os outros
dois lados têm o mesmo comprimento?
40
60
Mesopotâmia — Aritmética (2ª parte)
I Numeração cifrada
I Semelhante ao sistema hierático
I Fracções: sistema próximo do egípcio
Textos matemáticos gregos
I Teorema de Tales
D
B
A
C
G E
O
C H D
Consequências da descoberta da incomensurabilidade
Números figurados
Números triangulares
1 3 6 10
Números quadrados
1 4 9 16
Grécia — Pitágoras
Números rectangulares
2 6 12 20
Números pentagonais
1 5 12 22
O gnomon
I Dialética
I Redução ao absurdo
I Paradoxos de Zenão
I A seta
I Aquiles e a tartaruga
Problemas clássicos da Geometria grega
Surgem em meados do séc. V aC e referem-se a construções
com régua e compasso.
Quadratura do círculo: Construir um quadrado com a mesma
área que a de um círculo dado.
Duplicação do cubo: Construir um cubo com o dobro do volume
de um cubo dado.
Trissecção do ângulo: Dividir um ângulo dado em três ângulos
iguais.
Hipócrates de Quios
I Viveu em Atenas em meados do séc. V aC.
I Resolver o problema da duplicação do cubo de aresta a
y
equivale a encontrar números x e y tais que xa = yx = 2a ,o
que equivale a afirmar que x e y são solução de quaisquer
duas das seguintes equações:
I x 2 = ay ;
I y 2 = 2ax;
I xy = 2a2 .
I Quadratura de lúnulas
I (429–347 aC)
I Academia de Atenas (Quem não for geómetra não entra)
I Estudo da Matemática para o aperfeiçoamento da alma.
I Tópicos estudados:
I Teoria dos números
I Geometria (no plano e no espaço)
I Astronomia
I Música
I Distinção entre objectos matemáticos reais e ideais.
Aristóteles
I (384–322 aC)
I Lógica; distinção entre postulados e axiomas.
I Distinção entre número e grandeza.
I Redução ao absurdo.
I Paradoxos de Zenão.
Eudoxo
I Aluno de Platão.
I Todos os seus trabalhos estão perdidos.
I Método da exaustão.
α
5º postulado
1. Coisas que são iguais à mesma coisa, são iguais entre si.
2. Se iguais forem adicionados a iguais, os resultados são
iguais.
3. Se iguais forem subtraídos a iguais, os resultados são
iguais.
4. Coisas que coincidem uma com a outra são iguais entre si.
5. O todo é maior do que a parte.
Livro I — proposição 1
Construir um triângulo equilátero sobre um segmento de recta
dado
Demonstração: Quer-se
construir um triângulo equilátero C
sobre o segmento AB. Constrói-se
a circunferência BCD de centro D A B E
A e raio AB e a circunferência ACE
de centro B e raio BA. Constroem-se
os segmentos CA e CB, unindo o
ponto C onde as circunferências se intersectam aos pontos A
e B. Como o ponto A é o centro da circunferência CBD, AC é
igual a AB. Novamente, como o ponto B é o centro da
circunferência CAE , BC é igual a AB. E coisas que são iguais
à mesma coisa, são iguais entre si, pelo que AC é igual a BC .
Logo, os segmentos AC , AB e BC são iguais uns aos outros.
Assim sendo, o triângulo ABC é equilátero e foi construído
sobre o segmento AB.
Livro I — proposição 2
Colocar um ponto na extremidade de um segmento sendo a
outra extremidade dada e sendo o segmento igual a um
segmento dado
Demonstração: Sejam A o ponto dado
e BC o segmento de recta dado. Quer-se
que A seja o extremo de um segmento K C
de recta igual ao segmento BC . H
Constrói-se o segmento AB e sobre este D
B
constrói-se um triângulo equilátero DAB. A
Sejam AE e BF segmentos de G
recta alinhados com DA e DB; seja CGH
F
a circunferência de centro B e raio BC ; L
seja GKL a circunferência de centro D E
e raio DG . Como B é o centro da
circunferência CGH, BC é igual a BG . E,
como D é o centro da circunferência GKL, DL é igual a DG . Nestes
segmentos, como DA é igual a DB, o resto AL é igual ao resto BG .
Mas BC é igual a BG e então os segmentos AL e BC são ambos
iguais a BG . Logo, AL é igual a BC .
Livro I — proposição 4
B C D
Livro I — Teorema de Pitágoras
A penúltima proposição (nº 47) do livro I dos Elementos é o
teorema de Pitágoras.
a b
I a × (b1 + b2 + b3 ) = a × b1 + a × b2 + a × b3
b1 b2 b3
Livro II — Proposições 12 e 13
I Proposição: Seja ABC um triângulo, sendo o ângulo com
vértice em B obtuso. Então o quadrado do lado oposto
a B é maior do que a soma dos quadrados dos outros dois
lados, sendo a diferença igual ao dobro da área do
rectângulo de lados AB e CD, onde D é a projecção
perpendicular de C sobre a recta suporte de AB.
I Proposição: Seja ABC um triângulo, sendo o ângulo com
vértice em B agudo. Então o quadrado do lado oposto a B
é menor do que a soma dos quadrados dos outros dois
lados, sendo a diferença igual ao dobro da área do
rectângulo de lados AB e CD, onde D é a projecção
perpendicular de C sobre a recta suporte de AB.
C C
D B A B D A
Livro II — Proposições 12 e 13
√
ab
a b
Livro VII — Definições
150 = 3 × 42 + 24
42 = 1 × 24 + 18
24 = 1 × 18 + 6
18 = 3 × 6 + 0
ar n − a rn − 1
I Hoje poríamos: Sn = = a ·
(ar − a)/a r −1
Livro IX — Números perfeitos
I (287–212 aC)
I Viveu em Siracusa (Sicília)
I Terá talvez estudado em Alexandria
I Trabalhou em Matemática, Engenharia Mecânica e em
Hidrostática.
I Contrariamente a Euclides, explica como obtém os
resultados.
Princípio da alavanca
A B A B A B
2 3
1 1 1 4
a+ a+ a+ a + · · · = a.
4 4 4 3
Trissecção do ângulo
D
α
α/3
C B E
I Publicado no Livro dos lemas, atribuído a Arquimedes.
Equações de 3º grau
A B
D C
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
Crivo de Eratóstenes
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12
13 14
15 16
17 18
19 20
21 22
23 24
25 26
27 28
29 30
31 32
33 34
35 36
37 38
39 40
41 42
43 44
45 46
47 48
49 50
51 52
53 54
55 56
57 58
59 60
61 62
63 64
65 66
67 68
69 70
71 72
73 74
75 76
77 78
79 80
81 82
83 84
85 86
87 88
89 90
91 92
93 94
95 96
97 98
99 100
Crivo de Eratóstenes
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11
12
13 14
15
16
17
18
19
20
21
22
23 24
25
26
27
28
29 30
31
32
33
34
35
36 37
38
39
40
41
42
43 44
45
46
47
48
49
50
51
52
53 54
55 56
57
58
59 60
62
61
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73 74
75
76
77
78
79 80
81
82
83 84 85
86
87
88 89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
Crivo de Eratóstenes
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11
12
13 14
15
16
17
18
19
20
21
22
23 24
25
26
27
28
29 30
31
32
33
34
35
36 37
38
39
40
41
42
43 44
45
46
47
48
49
50
51
52
53 54
55
56
57
58
59 60
62
61
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73 74
75
76
77
78
79 80
81
82
83 84
85
86
87
88 89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
Crivo de Eratóstenes
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12
13
14
15
16
17 18
19 20
21
22
23
24
25
26
27
28
29 30
31 32
33
34
35
36
37 38
39
40
41 42
43
44
45
46
47 48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59 60
61 62
63
64
65
66
67 68
69
70
71 72
73 74
75
76
77
78
79 80
81
82
83
84
85
86
87
88
89 90
91
92
93
94
95
96
97 98
99
100
Crivo de Eratóstenes
2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12
13
14
15
16
17 18
19 20
21
22
23
24
25
26
27
28
29 30
31 32
33
34
35
36
37 38
39
40
41 42
43
44
45
46
47 48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59 60
61 62
63
64
65
66
67 68
69
70
71 72
73 74
75
76
77
78
79 80
81
82
83
84
85
86
87
88
89 90
91
92
93
94
95
96
97 98
99
100
Tamanho da Terra I
2a
y 2 = 2ax
Apolónio
I (250–175 aC)
I Nasceu em Pérgamo e estudou (e provavelmente viveu) em
Alexandria.
I Obra principal: Cónicas, em oito livros. O oitavo está
perdido.
I Contém 387 proposições.
Cónicas
Tangentes a parábolas
B V A
I Trissecção do ângulo
D
α α/3
B 2AB
C
I Duplicação do cubo
Outra obra de Apolónio: Sobre tangentes
Heron
I (10–70 dC)
I Engenheiro, que viveu em Alexandria
I Autor de duas fórmulas para o cálculo da área de um
triângulo partindo dos comprimentos dos lados:
I Uma das fórmulas deduz-se de a área ser metade do
produto da base pela altura e das proposições 12 e 13 do
livro II dos Elementos
I Fórmula de Heron: Se os lados de um triângulo têm
comprimentos a, b e c, então a sua área é
p
s(s − a)(s − b)(s − c),
onde s = (a + b + c)/2
I Provavelmente, deve-se a Arquimedes
Astronomia
T
S
I (360–290 aC)
I Autor de Sobre a esfera em movimento e Sobre o nascer e
o pôr do Sol: os mais antigos textos matemáticos
completos de que dispomos
I Redige no estilo de Euclides
I Resultados relativos a círculos máximos e a pólos de
esferas:
I Por dois pontos não antipodais de uma esfera passa um e
um só círculo máximo
I Qualquer círculo máximo que passa pelos pólos de outro
círculo máximo é perpendicular a este, o qual, por sua vez,
passa pelos pólos do primeiro
I Quaisquer dois círculos máximos bissectam-se um ao outro
I Euclides aborda este tipo de resultados em Phaenomena
Apolónio: excentros
I Problema: as estações têm durações distintas
I Primeira proposta de Apolónio: excentros e círculos
deferentes
A
S
D
T
P
I (190–120 aC)
I Julga-se que terá nascido em Niceia e vivido sobretudo em
Rodes
I Manteve contactos com pessoas da Babilónia e da
Alexandria, mas ignora-se se visitou esses locais
I Terá escrito 14 livros, mas só um está preservado, o
Comentário sobre Arato e Eudoxo
Trigonometria
crd(180◦ − α)
R
R crd(α)
α
R
Tabela de cordas
I Hiparco toma π = 3 + 60 8
+ 60
30
2 (' 3,14167) e uma
60 e crd(90 ) = 81 + 60
I Assim, crd(60◦ ) = 57 + 18 ◦ 2
A D
O
E
F
C
I (100–178 dC)
I Provavelmente, viveu em Alexandria
I Obra: Mathematiki Syntaxis → Al-magisti → Almagesto
I O Almagesto está para a Astronomia grega tal como os
Elementos estão para a Matemática grega
Teorema de Ptolomeu
I Tal como Hiparco, Ptolomeu compilou uma tabela de
cordas
I Teorema de Ptolomeu: Num quadrilátero cíclico, o
produto das diagonais é igual à soma dos produtos de
lados opostos
B
C
A
D
AC .BD = AB.CD + BC .DA
Aplicação ao cálculo de cordas
D A
Corolário:
2R crd(α − β) = crd(α) crd(180◦ − β) − crd(β) crd(180◦ − α)
Diofanto
x + 8 = 20 − 2x ⇐⇒ 3x + 8 = 20 (restauro)
⇐⇒ 3x = 12 (comparação)
⇐⇒ x = 4
x b/4
Equações do tipo x 2 + bx = c II
I Segunda justificação:
b/2
x b/2
b
Álgebra
I (850–930 dC)
I «calculador egípcio»
I Escreveu um texto de Álgebra onde recorre aos Elementos
de Euclides nas demonstrações
I Identidades:
I (a ± bx)(c ± dx) = ac ± adx ± bcx + bdx 2
√ √ p √
I a ± b = a + b ± 2 ab
Indução matemática
13 + 23 + 33 + · · · + 103 = (1 + 2 + 3 + · · · + 10)2 .
B C
C0
B0
C 00
B 00
Ĉ
B̂
A D̂ D 00 D0 D
10 × 9
2 × 10(1 + 2 + 3 + · · · + 9) + 102 = 2 × 10 × + 102
2
= 9 × 102 + 102
= 103 .
I Repetindo o argumento,
Al-Samaw’al calcula n
k a partir de uma tabela:
x x2 x3 x4 x5 x6 x7 x8
1 1 1 1 1 1 1 1
1 2 3 4 5 6 7 8
1 3 6 10 15 21 28
1 4 10 20 35 56
1 5 15 35 70
1 6 21 56
1 7 28
1 8
1
Monómios de expoente inteiro
x
Ponto de intersecção da esquerda ←→ solução trivial:
x = 10
I Omar Khayyām: Quando, no entanto, o objecto de estudo
do problema é um número puro, nem nós nem nenhuma
pessoa dedicada à Álgebra foi capaz de resolver esta
equação. Talvez outros que virão depois de nós venham a
ser capazes de colmatar esta lacuna.
Equações de terceiro grau
F
H
A G B
√ p √
I CE = 20 + 200 − 200 + 320 000
Geometria prática
A C B
Incomensuráveis
I Ibn al-Bannā (1256–1321 dC) estuda m n , que define como
sendo o número de subconjuntos de n elementos de um
conjunto com m elementos
m m(m − 1)
I Prova que =
2 2
m m − (n − 1) m
I Prova que =
n n n−1
m m(m − 1)(m − 2) . . . (m − (n − 1))
I Conclusão: =
n 1.2.3 . . . n
Geometria no espaço
R
R
h
I R=
sec(θ) − 1
Al-Bı̄rūnı̄ e a Geodesia
Para determinar a altura de uma montanha, Al-Bı̄rūnı̄ recorreu
à seguinte figura:
T
E
D
B
P A F
I um percursor do ábaco
Universidades
F E
G
A D B
Abacistas
1484 Chuquet x 2 + 8x 3 = 4x 4
1494 Pacioli x 2 + 10x = 39
1560 Tartaglia 6x = x 2 + 5
1562 Moya 4x = 21 + x 2
1567 Nunes 7x = 9 + x 2
1579 Bombelli x 2 = 6x + 16
1603 Viète (B + D).A − A2 = B.D
1629 Girard x 3 = 7x − 6
Luca Pacioli
I Faleceu em 1487
I Redige Triparty en la science des nombres em 1484, um
livro sobre Aritmética e Álgebra
I Explica que as equações do tipo
cx m = bx m+n + x m+2n
p0
olho
Método de Dürer
3
I cos(3x) = 4 cos3 (x) − 3 cos(x) ⇐⇒ cos3 (x) − cos(x) =
4
1
cos(3x)
4
I ∴ |a| 6 1 =⇒ a equação x 3 − 43 x = 4a tem as seguintes
arccos(a) arccos(a)
soluções: cos 3 , cos 3 + 2π
3 e
cos arccos(a)
3 + 4π
3
I Dada uma equação x 3 + px + q = 0 com p < 0, fazendo a
q
substituição x = − 4p
3 y , fica-se com uma equação do tipo
y 3 − 43 y = α
4
q2 p3
I |α| 6 1 ⇐⇒ + <0
4 27
Simon Stevin
(a − b)(a − c)(a − d) = 0 ⇐⇒
⇐⇒ a3 − ba2 − ca2 − da2 + bca + bda + cda − bcd = 0
√ 1 1
A= : Bq + Bq : − B
4 2
Nota: isto é o mesmo que dizer que A = B/φ, onde φ é o
número de ouro
Álgebra: Albert Girard (1595–1632)
xy = 1
H(a, b) H(c, d)
a bc d
I Provou que se b/a = d/c , H(a, b) = H(c, d)
I Corolário: se x, y > 0, H(1, xy ) = H(1, x) + H(1, y )
Princípio de Cavalieri I
y
r
y
y
Geometria Analítica I
I Triângulo de Pascal:
0
linha 0 → 0
1 1
linha 1 → 0 1
2 2 2
linha 2 → 0 1 2
linha 3 → 30
3
1
3
2
3
3
linha 4 → 40 4
1
4
2
4
3
4
4
···
com
I n
0 =
=1
n
n
n n−1 n−1
I 0 < k < n =⇒ = +
k k −1 k
Triângulo de Pascal II
I Propriedades do triângulo de Pascal:
n−1
X
n j
I =
k k −1
j=k−1
I a
soma
dos elementos da n-ésima linha é 2
n
n n(n − 1) . . . (n − k + 1)
I =
k k!
n
I é o número de subconjuntos com k elementos de um
k
conjunto com n elementos
I Binómio de Newton: (a + 1)n = n0 an + n1 an−1 + · · · + nn
I Solução do problema dos pontos: Se faltam r pontos ao
primeiro jogador e s ao segundo (r , s > 0), seja
n = r + s − 1. Então o primeiro jogador deve receber uma
proporção
Ps−1 n
k=0 k
2n
do prémio.
Fermat: Teoria dos números I
I A proposição de Euclides relativa aos números perfeitos
leva à questão: quando é que 2n − 1 é primo?
I Fermat (1640): n composto =⇒ 2n − 1 composto
I os primos da forma 2p − 1 designam-se por primos de
Mersenne
I Fermat: p primo ímpar =⇒ p | 2p − 2, o que é o mesmo
que afirmar que p | 2p−1 − 1
I Corolário: os factores primos de 2p − 1 são da forma
2kp + 1
I Exemplos:
I Os factores primos de 211 − 1(= 2 047) são 23(= 2 × 11 + 1)
e 89(= 8 × 11 + 1)
I Os menores primos da forma 2 × k × 13 + 1 são 53 e 79 e
nenhum deles divide√ 2 − 1(= 8 191); os restantes são
13
Mersenne
Fermat: Teoria dos números II
I Primos de Fermat: Fermat julgou ter provado que todos os
n
números da forma 22 + 1 são primos, o que é verdade se
5
n ∈ {0,1,2,3,4}; em 1732, Euler mostrou que 641 | 22 + 1
I Último teorema de Fermat: uma potência de grau superior
a 2 nunca é soma de duas potências do mesmo grau
I Teorema: Nenhum triângulo rectângulo com lados inteiros
tem área que seja um quadrado perfeito (descida infinita)
I Primos e formas quadráticas:
I os primos ímpares que se podem escrever como soma de
dois quadrados são os da forma 4n + 1
I os primos da forma 3n + 1 podem ser escritos sob a forma
x 2 + 3y 2
I os primos da forma 8n + 1 ou 8n + 3 podem ser escritos sob
a forma x 2 + 2y 2
I os primos da forma 8n ± 1 podem ser escritos sob a forma
|x 2 − 2y 2 | de uma infinidade de maneiras
Cálculo e Geometria Analítica
I Problemas:
I É legítimo dividir por x1 − x2 ?
I Dividir p(x1 ) − p(x2 ) por x1 − x2 pode ser complicado.
I Método alternativo de Fermat: dividir p(x + e) − p(x) por e.
I Método para calcular a tangente a uma curva que passa
por um ponto dado:
f (x + e) t +e
I '
f (x) t √
√x +e t +e
I Exemplo: f (x) = √ x: '
x t
I Elevando ao quadrado, simplificando e eliminando os
termos com e, obtemos t = 2x.
Descartes I
I Descartes desenvolveu um método de determinar normais
a curvas polinomiais. Ideia:
I Por um ponto P exterior à curva c, traça-se uma
circunferência centrada nesse ponto que toca na curva num
ponto C .
I Se a circunferência for tangente a c, então o segmento de
recta [CP] é normal à curva.
I A circunferência ser tangente a c corresponde a um certo
polinómio ter uma raiz dupla.
c
P
Descartes II
I Considera-se o sistema
(x − v )2 + y 2 = r 2
y = x2
x 4 + x 2 − 2vx + x 2 − r 2 = (x − x0 )2 (x 2 + ax + b)
pois a tangente é yt .
Fermat: Área sob uma «parábola superior» I
I Problema: dados x0 , p > 0 e k ∈ N, calcular a área
limitada pelo eixo dos xx, pela curva y = px k e pela recta
x = x0 .
I Resposta (Fermat e Roberval, 1636): se y0 = px0 k , a área
é xk+1
0 y0
.
I Método: aproximação por rectângulos com a mesma
largura:
y0
x0
Fermat: Área sob uma «parábola superior» II
X
N−1
N k+1 X N
I Facto: k
i < < ik
k +1
i=1 i=1
I Dividindo [0, x0 ] em N segmentos de largura N,
x0
tem-se:
I área dos rectângulos interiores:
px0 k+1 k
(1 + 2k + · · · + (N − 1)k );
N k+1
px0 k+1 k
I área dos rectângulos exteriores: (1 + 2k + · · · + N k ).
N k+1
I Logo, a área fica entre estes dois valores.
I Diferença entre os valores: a área do rectângulo grande
da direita, que é tão pequena quanto se queira.
px k+1 x0 y0
I Logo, a área é 0 = .
k +1 k +1
Fermat: Área sob uma «hipérbole superior»
I Fermat também calculou a área sob o gráfico de y = px −k
(k > 1) e à direita de x0 > 0.
I A largura dos rectângulos cresce exponencialmente:
m m 2 m 3 m 4
x0 x
n 0 x0 x0 x0
n n n
C
A
B D
x x 1 x 1 x 1
log(x + 1) ' + + + ··· + (n−1)x
.
n n1+ x
n n 1 + 2x
n
n 1+ n
P
j kx j .
I Cada 1+kx/n
1
é soma da série geométrica ∞ j=0 (−1) n
I Conclusão: Pn−1 Pn−1 j
i=1 i 2 i j
log(x + 1) ' x − 2
x + · · · + (−1) i=1
j
j+1
x + ···
n n
x2 x3 x4
I No limite, isto dá log(x + 1) = x − + − + ···
2 3 4
Pascal — Integral do seno I
I Pascal calculou o integral do seno. Nota: Para Pascal, o
seno era o nosso seno multiplicado pelo raio.
I A soma dos senos de um arco qualquer do quarto de
círculo é igual à porção da base compreendida entre os
senos extremos, multiplicada pelo raio.
Z β
I Ou seja: r sen(θ) d(r θ) = r × r cos(α) − r cos(β)
α
I Técnica:
Pascal — Integral do seno II
I Pascal também demonstra que:
I A soma dos quadrados destes senos é igual à soma das
ordenadas do quarto de circunferência compreendidos
entre os senos extremos, multiplicados pelo raio, ou seja,
Z β Z r cos(α) p
(r sen(θ))2 d(r θ) = r 2 − (r cos(θ))2 d(r θ)
α r cos(β)
F
R
A
T P D
Z
G
E
x2 x3 x4
log(x + 1) = x − + − + ···
2 3 4
Método de Newton
x x2 131x 3 509x 4
y =a− + + + + ···
4 64a 512a2 16 384a4
I Exemplo: se y5 y4 y3 y2
5 − 4 + 3 − 2 + y − x = 0, então
x2 x3 x4 x5
y =x+ + + + + ···
2 6 24 120
Função arco seno
I Cálculo da série de potências de arcsen
y
√
1 − x2
I Somas de séries:
1 1 1 1 1
I + + + ··· + + ··· =
3 12 30 n(n + 1)(n + 2)/2 2
1 1 1 π
I 1 − + − + ··· =
3 5 7 4
I Teorema Fundamental do Cálculo; o problema geral das
quadraturas pode ser reduzido ao problema de encontrar
uma curva com uma lei de tangência dada (1693)
I Leibniz estava particularmente interessado em resolver
equações diferenciais
I Tal como Newton, emprega regularmente séries de
potências
I Cria o método de primitivação por partes
Newton, Leibniz e os números complexos
f (x) f 0 (x)
lim = lim 0
x→a g (x) x→a g (x)
I Então, se s é pequeno,
1
f (x0 + s∆x) ≈ y0 + s∆y0 + s(s − 1)∆2 y0
2
(Henry Briggs, c. 1620)
Séries de Taylor II
I Newton generaliza isto nos Principia
I Diferenças de ordem superior:
I ∆yj = yj+1 − yj
I ∆k+1 yj = ∆(∆k yj ) = ∆k yj+1 − ∆k yj
I São obtidas a partir de uma tabela como a seguinte:
y0
∆y0
y1 ∆ 2 y0
∆y1 ∆ 3 y0
y2 ∆ y1
2
∆ 4 y0
∆y2 ∆ y1
3
∆ 5 y0
y3 ∆ y2
2
∆ y1
4
∆y3 ∆ 3 y2
y4 ∆ 2 y3
∆y4
y5
Cada termo é a diferença dos que lhe estão à esquerda (o
de baixo menos o de cima)
Séries de Taylor III
I Newton (e, independentemente, James Gregory)
descobrem que
n
X s
f (x0 + s∆x) ≈ ∆k y0
k
k=0
s(s − 1) 2
= y0 + s∆y0 + ∆ y0 + · · ·
2
s(s − 1) . . . (s − n + 1) n
+ ∆ y0
n!
I Brook Taylor (1685–1731), no seu Methodus
incrementorum (1715) obtém a série de Taylor:
f 00 (x0 )
f (x) = f (x0 ) + f 0 (x0 )(x − x0 ) + (x − x0 )2 +
2!
f 000 (x0 )
+ (x − x0 )3 + · · ·
3!
por passagem ao limite
Séries de Taylor IV
I Esta série (no caso em que x0 = 0) já surge num
manuscrito (não publicado) de Newton
I Reaparece (também caso em que x0 = 0) no Treatise of
Fluxions (1742) de Colin Maclaurin (1698–1746) que a usa
para determinar se 0 é um máximo ou mínimo local:
Se a primeira fluxão da ordenada, com as suas flu-
xões das diversas ordens subsequentes, desaparece, a
ordenada é um máximo ou um mínimo quando o nú-
mero de todas essas fluxões que desaparecem for 1, 3,
5, ou qualquer outro número ímpar. A ordenada é um
mínimo quando a fluxão que se segue àquela que de-
sapareceu é positiva; mas um máximo quando a fluxão
for negativa. . . Mas caso o número de todas as fluxões
de primeira e das sucessivas ordens que desaparecem
for um número par, a ordenada não é um máximo nem
um mínimo
Academias de Ciências
1 1 1 1 1 1 1
+ + + ··· 2 < 1 + + + ··· +
12 22 32 n 1×2 2×3 n(n − 1)
1
=2−
n
< 2.
π2
I Resposta de Euler (1735):
6
O problema de Basileia II
Logo,
kx k 2x 2 k 3x 3
ax = 1 + + + + ···
1! 2! 3!
Exponenciais e logaritmos II
I Pondo x = 1, vem
k k2 k3
a=1+ + + + ···
1! 2! 3!
I Aqui, Euler introduz o número e como sendo a número a
para o qual k = 1:
1 1 1
e =1+ + + + ···
1! 2! 3!
I Euler afirma que e ≈ 2,718 281 828 459 045 235 360 28 e
N
que, se N for infinitamente grande, e x = 1 + Nx
I Voltando aos logaritmos, Euler mostra que, se N for um
número infinitamente grande,
1
log(1 + x) = N (1 + x) /N − 1
Exponenciais e logaritmos III
I Euler afirma que
1
e =2+
1
1+
1
2+
1
1+
1
1+
1
4+
1
1+
1
1+
6 + ···
e que
e −1 1
=0+
2 1
1+
1
6+
1
10 +
1
14 +
1
18 +
22 + · · ·
I Resulta daqui que e é irracional
Funções trigonométricas I
x2 x4 x3 x5
cos x = 1 − + − · · · e sen x = x − + − ···
2! 4! 3! 5!
Funções trigonométricas e função exponencial
I Partindo novamente de
1
cos Nε = (cos ε + i sen ε)N + (cos ε − i sen ε)N
2
e de
1
sen Nε = (cos ε + i sen ε)N − (cos ε − i sen ε)N
2i
e usando as simplificações anteriores, Euler deduz que
ix N
ix N
ix N
ix N
1+ + 1− 1+ − 1−
cos x = N N
e sen x = N N
2 2i
I Ou seja,
e ix + e −ix e ix − e ix
cos x = e sen x =
2 2i
Teoria dos números
I Euler tentou provar os enunciados de Fermat relativos a
Teoria dos Números
I Generalizou o pequeno teorema de Fermat:
I se n ∈ N, seja φ(n) = # { k ∈ {1, . . . , n} | k é primo com n }
I se a é primo com n, n | aφ(n) − 1
I Demonstrou o último teorema de Fermat no caso do
expoente 3
I Conjecturou a fórmula da reciprocidade quadrática:
I se p e q são primos ímpares distintos, seja
(
p 1 se n2 ≡ q (mod p) para algum n ∈ Z
=
q −1 caso contrário.
p−1 q−1
I Então p
q
q
p = (−1) 2 2
X
∞
h(w ) = b + an (w − c) /q
n
n=1
A B