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CRESCIMENTO EM ALTURA E DIÂMETRO DE MUDAS DE JACARANDÁ-DA-BAHIA

SUBMETIDO A DIFERENTES MÉTODOS DE APLICAÇÃO DO POLÍMERO


HIDRORETENTOR (GEL), EM CAMPO
Plano de Trabalho nº: 00006489

ALMEIDA, M.W.C. (Estudante de IC); OLIVEIRA, C.H.O (Orientador); GODINHO, O.T.; GOMES,
R.; FONSECA, R.A.; OLIVEIRA, F.B.. Instituto Federal de Educação do Espírito Santo, Campus Ibatiba,
marcoswillians1998@gmail.com

As pastagens da região sul capixaba encontram-se em alto nível de degradação e uma forma de
minimizar esses impactos ambientais da pecuária seria por meio da arborização de pastagens, formando os
chamados sistemas silvipastoris. A Dalbergia nigra (Vell.) popularmente conhecida como jacarandá-da-
Bahia tem sido promissora nesses sistemas, pois além de melhorar a fertilidade do solo, aumentar a
disponibilidade de nitrogênio para as forrageiras herbáceas e melhorar a qualidade da forragem, pode ainda
gerar renda extra pela venda e/ou uso de postes, mourões, lascas e madeira, na manutenção das propriedades
rurais. Para o desenvolvimento inicial de espécies florestais como o jacarandá-da-Bahia, é necessária uma
grande quantidade de água, por essa razão, o uso do gel aparece como alternativa para diminuir as irrigações,
gerando economia de água. O gel na silvicultura tem apresentado resultados positivos como aumento da
sobrevivência das mudas no plantio e redução da lixiviação dos nutrientes do solo, mas também resultados
negativos como o apodrecimento do sistema radicular, expulsão da muda da cova, morte das mudas, redução
do crescimento radicular e bolsão de ar. O projeto teve como objetivo testar e aprimorar o uso do polímero
hidroretentor (gel), assim como seu modo de aplicação no plantio de jacarandá-da-Bahia em área de
pastagem degradada, afim de acelerar o crescimento inicial dessa espécie, como forma de antecipar a entrada
dos animais nestas pastagens. O estudo foi desenvolvido na região sul do estado do Espírito Santo no
município de Cachoeiro do Itapemirim. As mudas foram adquiridas em viveiros da região, priorizando as
mais vigorosas, além disso foi realizada análise do solo afim de estimar as deficiências nutricionais do solo e
corrigir com fertilizantes minerais. Os tratamentos com o polímero hidroretentor foram: Irrigação com 4
litros de água sob a superfície; 1,5 litros de hidrogel hidratado na cova; covas preparadas com 1,5 litros de
hidrogel hidratado misturado na terra; e 5 gramas de gel sem hidratação na cova. Os tratamentos decorreram
no delineamento blocos casualizados com três repetições, sendo a parcela útil de duas linhas com 8 árvores
cada, totalizando 16 árvores por parcela, tendo uma bordadura de 5 plantas entre as parcelas na linha de
plantio. As mudas foram plantadas em espaçamento de 6 metros entre as linhas de plantio, e de 2 metros
entre plantas nas linhas. A medição de diâmetro do coleto (DC) e altura total (Ht) de todas as árvores da
parcela útil, foram realizadas aos 60, 90, 120 e 180 dias após o plantio, foi avaliada a variação do DC, Ht em
função da idade por meio de análise de variância ao nível de 5% de significância, e, quando pertinente o teste
Tukey a 95% de probabilidade. Até 180 dias após o plantio em campo não foram observadas diferenças
significativas por meio da análise de variância ao nível de 5 % de significância, quanto as diferentes formas
de aplicações de polímero hidroretentor no crescimento em altura e diâmetro. Portanto, o presente estudo
demonstrou que o polímero hidroretentor até os 180 dias após o plantio em campo não influencia no
desenvolvimento do jacarandá-da-Bahia.

Palavras-chave: água, degradação, silvipastoris.

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