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07/03/2019 (Teórico)

Regra do orçamento bruto


As receitas e as despesas devem ser inscritas no orçamento sem qualquer compensação ou
desconto. Apesar de inscritas discriminadamente no mesmo documento podem ser orçamentadas pela
sua importância integral sem dedução de qualquer espécie sem qualquer compensação ou desconto
(art. 15º LEO)

Regra da não consignação


Segundo a qual as receitas devem ser indiscriminadamente destinadas à cobertura das despesas
e não quaisquer receitas afetadas à cobertura de despesas em especial. Todas as receitas devem servir
para cobrir todas as despesas

Equilíbrio orçamental
O orçamento prevê as receitas necessárias para cobrir as despesas. Em sentido contabilístico
significa igualdade entre receitas e despesas inscritas (art. 105º nº4 CRP; art. 18º LEO)
O orçamento da gerência é aquele em que se preveem as receitas que o estado irá cobrar e as
despesas que irá pagar durante o período financeiro. É, portanto, uma previsão de receitas e de
despesas na sua fase terminal de cobranças e de pagamentos, enquanto que no orçamento do exercício
é uma previsão de receitas e de despesas na sua fase inicial de créditos e de dívidas.

Despesas publicas
Consiste no gasto de dinheiro ou no dispêndio de bens por parte de entes públicos para criar ou
adquirir bens suscetíveis de satisfazer necessidades públicas – ex. pagamento dos vencimentos dos
funcionários públicos ou também a construção de uma grande obra pública.
Despesas de investimento – são todas as despesas efetuadas na formação de capital técnico.
Despesas de funcionamento – são as despesas necessárias a garantirem o normal funcionamento da
máquina administrativa estadual.
Despesas correntes – são as despesas que o estado faz em bens consumíveis durante o período
financeiro.
Despesas em bens consumíveis – como as despesas com o vencimento dos funcionários como também
com a aquisição de objetos como material, papel, luz, água, cujo objeto se esgota no decurso do próprio
ano.
Despesas de capital – são as que o estado faz em bens duradouros ou que contribuem para a formação
de aforro. Despesas em bens duradouros como as despesas em aeroportos, em portos de mar, edifícios
públicos, despesas que contribuem para a formação de aforro como as despesas com a compra de ações
de sociedades ou com o reembolso de empréstimos dado que os vendedores das ações e os credores
dos empréstimos aforram geralmente a maior parte das importâncias que recebem.
Despesas ordinárias e despesas extraordinárias
Despesas ordinárias – despesas que irão repetir-se em todos os períodos financeiros. Despesas que
constituem como que encargos permanentes do estado.
Despesas extraordinárias – são despesas em que não é natural repetirem-se todos os períodos. Despesas
que geralmente nem sequer podem prever-se ou usá-las.

Receitas ordinárias e receitas extraordinárias


Receitas ordinárias – são receitas que o estado cobra este ano e com quase toda a probabilidade voltará
a cobrar nos anos seguintes.
Receitas extraordinárias – são receitas que o estado obtém este ano e com toda a probabilidade não
voltará a obter nos anos seguintes.

Receitas correntes e receitas de capital


Receitas correntes – são as receitas que proveem do rendimento do próprio ano, do próprio período. É o
caso das receitas patrimoniais dos impostos e das taxas.
Receitas de capital – são as que proveem de aforro. É o caso dos empréstimos em que os capitalistas
concedem ao estado com dinheiro que pouparam, como é o caso do produto da venda pelo estado de
títulos de crédito privados, como por exemplo as ações e obrigações
O orçamento encerra com a conta. O encerramento da conta em que todas as despesas pagas e
todas as receitas cobradas durante o período financeiro do ano económico, que é a conta de gerência, e
à conta de todas as despesas pagas e de todas as receitas cobradas em virtude das dívidas e dos créditos
nascidos durante determinado período é a conta do exercício. Compete a fiscalização das contas ao
tribunal de contas. Essa fiscalização prévia das despesas que consiste em averiguar se os documentos a
ela estão sujeitos conforme com as leis em vigor e se os respetivos cabimentos estão conforme a verba
orçamentada. Estes documentos entram no tribunal de contas e são submetidos a verificação preliminar
da direção geral do tribunal.
As despesas públicas por vários motivos têm vindo a aumentar nos últimos tempos. O aumento
da despesa pública segundo a lei de Wagner. Segundo Adolfo Wagner e a lei do aumento da despesa
pública dizia que os povos com o aumento progressivo das suas funções iria verificar-se um
desenvolvimento da atividade do estado e das administrações locais, aumentando não só a importância
absoluta, como a importância relativa dessa mesma atividade. Quanto às causas do aumento mais que
proporcional das despesas públicas em relação às despesas privadas seria uma consequência da
expansão das atividades do estado. Essa expansão poderia ser intensiva na área da administração
pública, do ensino, da investigação científica, como também extensiva quando o estado empreende
novas atividades que frequentemente acontece com a intervenção em determinadas atividades e
setores da vida económica, como por exemplo, os subsídios de redistribuição dos rendimentos
relacionados com a segurança social, como também a construção de uma grande obra pública como
exemplo uma autoestrada.

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