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Ian McKellen faz 82 anos: lendário ator

britânico é muito mais do que Gandalf e


Magneto

NUNO ANTUNES

L.S.
25 MAI 2021 18:30
ATUALIDADE


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Já tinha uma carreira de décadas e era um dos mais aclamados atores do


teatro britânico quando se tornou uma estrela global graças a "X-Men" e
"O Senhor dos Anéis".
Esta terça-feira, Ian McKellen festeja 82 anos (25 de maio de 1939).

Entre 2000-2001 e já com mais de 60 anos, tornou-se conhecido pelo grande


público e um ícone da cultura pop graças aos papéis de Magneto e
principalmente como Gandalf, mas a conquista deste estatuto graças aos
mundos da ficção científica e fantasia esteve longe de ter sido relâmpago: as
suas personagens mais populares no cinema beneficiaram da experiência de
uma longa carreira e os seus novos e jovens fãs estavam a descobrir um dos
maiores expoentes dos palcos britânicos.

Magneto
A carreira começou profissionalmente no início da década de 1960 e pela
interpretação tanto dos clássicos de Shakespeare (ficaram célebres os seus
Ricardo II e Hamlet) como do teatro moderno, em companhias de prestígio
como a Royal Shakespeare Company e a National Theatre of Great Britain.
Inevitavelmente, o primeiro filme, "The Promise" (1969), foi a adaptação de uma
peça, seguido, no mesmo ano, por "Alfredo, o Grande" e, já como protagonista,
"Muito obrigada a todos".

Muito ocupado nos palcos e na televisão durante a década de 1970, regressou


ao cinema como D.H. Lawrence em "Sacerdote do Amor" (1981), no mesmo ano
em que ganhou o maior prémio do teatro americano pela interpretação de
Salieri em "Amadeus".

Após "Escândalo" (1989), onde interpretou o político caído em desgraça John


Profumo, e o sucesso prolongado de produção teatral de "Ricardo III", que
reimaginava as personagens e a ação de Shakespeare na Europa fascista dos
anos 1930, Ian McKellen, já com mais de 50 anos, tomou deliberadamente a
decisão de expandir a sua carreira no cinema.

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Ricardo III ('Ricardo III', 1995)


Com ofertas dos dois lados do oceano, em 1993 já o vemos em filmes de
Hollywood, como no aclamado "Seis Graus de Separação", recordado por ter a
primeira interpretação relevante de Will Smith no cinema, ou num breve papel
como a Morte em "O Último Grande Herói", um grande "blockbuster" de Arnold
Schwarzenegger.

No mesmo ano,  Ian McKellen, que desde o início da carreira nunca escondeu
ser homossexual aos colegas e assumiu publicamente em 1988, também entrou
e foi nomeado para um prémio Emmy por "E a Banda Continua a Tocar", um
telefilme muito célebre na sua época sobre a descoberta da epidemia da SIDA.

Em 1995, trabalho o argumento e regressou ao papel do rei tirano na adaptação


ao cinema de "Ricardo III". Um projeto muito pessoal e controverso, mas apesar
de ser, para muitos, o papel mais brilhante da carreira no grande ecrã e das
nomeações para os Globos de Ouro e os prémios da Academia de Cinema
Britânica (BAFTA), falha a corrida aos Óscares. No ano a seguir, volta a ser
notado como o czar Nicolau II no telefilme "Rasputine" (1996).

Deuses e Monstros
Para o Ian McKellen que hoje é mais conhecido, o ano determinante na carreira
é 1998.

Primeiro, pelo primeiro encontro com o realizador Bryan Singer (antes de "X-
Men") em "Sob Chantagem", uma marcante ainda que comercialmente
fracassada adaptação de um conto de Stephen King sobre um fugitivo nazi que
vive incógnito nos EUA e cuja identidade é descoberta por um adolescente
(Brad Renfro), que ameaça denunciá-lo se ele não satisfazer o seu mórbido
interesse pela época histórica que viveu.

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