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Dimensionamento de Redes em WiMAX


Enviado por Eduardo Prado e Fábio Lima
22-Mar-2006

Conheça os principais elementos que norteiam o dimensionamento de uma rede baseada em padrão WiMAX para os
mercados corporativo e/ou residencial.
Em um Projeto de uma rede WiMAX devemos considerar os seguintes elementos chaves que nortearão o
dimensionamento da Rede seja para o Mercado Residencial seja para o Mercado Corporativo. Devemos frisar que toda
rede WiMAX é:
- uma rede IP, devendo ter todas as funcionalidades e cuidados que esta rede exige;
- uma rede ponto-multiponto, devendo atender a vários usuários com uma mesma rádio-base. (1) Tipos de Cliente
para os quais a rede está sendo dimensionada 1.1. ResidencialEste é um tipo de cliente que utilizará a Rede WiMAX
fazendo comparações com serviços similares de Banda Larga (como a tradicional oferta ADSL das Operadoras
Fixas).Acreditamos que nesta categoria de cliente também se insere o mercado de Pequena e Média Empresa
(PME). No momento atual como o preço do CPE (Customer Premise Equipment) é superior a US$ 500, a tecnologia
WiMAX não se mostra muito competitiva. Daqui a 04 anos espera-se que o preço do CPE tenha caído para US$ 100 (o
que já aconteceu com modens ADSL) e então a tecnologia será muito mais competitiva. Acreditamos que neste
momento inicial o "sabor" da portabilidade associada à tecnologia WiMAX será pouco valorizada para os clientes
Residenciais e PME. Nicho de oportunidade: o atendimento de condomínios horizontais e/ou verticais de alto padrão, que
não possuem atualmente nenhum tipo de acesso a internet poderá alavancar o uso de WiMAX no mercado residencial.
Este sempre estará associado a tecnologias de distribuição como mini-DSLAN, cabos ou Wi-Fi (este assunto será
abordado na última matéria desta Série de WiMAX e Mesh, aguardem!).1.2. Corporativo Este mercado será a
"locomotiva" do WiMAX no primeiro momento. Aqui teremos os clientes que realmente "pagam a conta" e querem
serviços de redes WiMAX com muita qualidade. WiMAX poderá oferecer a este mercado soluções similares àquelas de
linhas privativas, frame relay e acesso IP (para voz (principalmente VoIP), dados e Internet). Mas porquê o mercado
corporativo utilizaria o WiMAX já que existem soluções com fio para atendê-los? "Tempo é dinheiro", esta é a palavra
chave. Todas as soluções das Operadoras de Telecom exigem um prazo de instalação que gira em torno de 30 a 60 dias.
Uma solução wireless é disponibilizada em muito menos tempo (ver case da Towerstream... 24 horas para ativação em
regiões nas quais existe cobertura).(2) Qualidade de Serviço (QoS) Nos segmentos de Redes de Pacotes e de
Computadores, o termo de engenharia de tráfego chamado Qualidade de Serviço (QoS) refere-se a probabilidade da
rede de telecomunicação satisfazer a um determinado contrato de tráfego, ou em muitos casos também é utilizado
informalmente para referenciar-se a probabilidade de um pacote ser transmitido com sucesso entre dois pontos
quaisquer de uma determinada rede. No campo da telefonia, o termo QoS de Telefonia refere-se a ausência de ruído e
tons no circuito da rede, níveis apropriados de ruído. 2.1. Problemas Quando o Internet estava sendo criada, não havia
nenhuma necessidade percebida para uma aplicação de QoS. Dessa forma a Internet inteira utilizava o sistema de Best
Effort. Existiam 04 bits para "Tipo de Serviço" e 03 bits de "Precedência" fornecidos em cada mensagem, mas eles eram
na sua maior parte não utilizados. Existiam muitas coisas que podiam acontecer com os pacotes quando eles eram
transmitidos da origem para um determinado destino e resultavam nos seguintes problemas, quando vistos do ponto da
vista do transmissor e do receptor, a saber: (a) dropped packets Os roteadores podiam falhar na manipulação de alguns
pacotes se eles chegam quando os armazenadores (buffers) dos roteadores estão cheios. Alguns, nenhum, ou todos os
pacotes podem ser descartados, dependendo do estado da rede, e é impossível determinar o que aconteceu
antecipadamente. A aplicação de recepção deve interrogar esta informação para ela ser transmitida, causando
possivelmente atrasos severos na transmissão global. (b) atraso Pode demorar um tempo longo para um pacote chegar
ao seu destino, por que ele pode ser mantido em longas filas, ou seguir uma rota mais longa para evitar
congestionamento. Alternativamente, o pacote pode seguir uma rota rápida ou direta. Então o atraso é imprevisível. (c)
jitter Os pacotes de uma determinada fonte atingirão o destino com diferentes atrasos. Esta variação no atraso é
conhecida como jitter e pode seriamente afetar a qualidade de um streaming de vídeo e/ou um vídeo. (d) out-of-order
delivery Quando um conjunto de pacotes são roteados através da Internet, diferentes pacotes podem tomar diferentes
rotas, cada uma provocando um diferente atraso. O resultado é que os pacotes chegam no destino em ordens
diferentes daqueles que foram enviados. Este problema precisa de protocolos especiais complementares para rearranjar
os pacotes "fora de ordem" uma vez que eles alcancem seu destino. (e) erro Algumas vezes os pacotes perdem a direção,
ou são combinados juntos, ou corrompidos, enquanto estão sendo transmitidos em uma determinada rota. O receptor
tem que detectar esta não conformidade e, simplesmente descartar o pacote, solicitando ao transmissor que reenvie o
pacote com erro. 2.2. Aplicações que necessitam de QoS Um determinado fator QoS pode ser necessário para certos de
tráfego de rede, a saber: (a) streaming de multimedia pode exigir um throughput garantido; (b) telefonia IP ou VoIP
podem exigir limites estritos de jitter ou atraso; (c) Teleconferência de vídeo requer baixo nível de jitter; (d) link de emulação
dedicado exige tanto um troughput garantido quanto impõe limites máximos de atraso e jitter; (e) uma aplicação de
segurança crítica, tais como "cirurgia a distância" pode exigir um nível garantido de disponibilidade (que também é
conhecido como hard QoS). Estes tipos de serviço são chamados "inelásticos", significando que requerem um
determinado nível de largura de banda para funcionar - nada mais do que é requerido não é utilizado, e muito menos
restituído como um serviço não operante. Ao contrário, as aplicações "elásticas" podem levar vantagem tanto mais ou
tanto menos quanto a largura de banda estiver disponível. 2.3. Obtendo o QoS Quando o custo dos mecanismos para
fornecer QoS é justificado, os clientes e os fornecedores da rede definem tipicamente em um acordo contratual
denominado (SLA, Acordo do Nível de Serviço) que especifica garantias para a habilidade da rede ou protocolo em
fornecer os limites de performance/throughput/latência baseados em medidas mutuamente concordadas, geralmente
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dando prioridade ao tráfego. 2.4. Mecanismos de QoS O QoS pode ser fornecido generosamente acima do
provisionamento de uma rede de tal forma que todos os pacotes tenham um QoS suficiente para suportar aplicações
sensíveis. Este procedimento é relativamente simples, e é economicamente viável para muitas redes de banda larga.
O desempenho é razoável, particularmente se o usuário está disposto a aceitar algumas vezes algum nível de
degradação. Para o exemplo, os serviços comerciais de VOIP estão substituindo cada vez mais o serviço de telefone
tradicional mesmo que nenhum mecanismo de QoS esteja operando entre a conexão do usuário até o seu ISP
(Internet Service Provider) e também a conexão de um provedor de VoIP até um determinado ISP. Para as redes de
banda estreita, mais típicas de empresas e de governos locais, entretanto, os custos da largura de banda podem ser
substanciais e um alto provisionamento é difícil de se justificar. Nestas situações, duas filosofias diferentes foram
desenvolvidas distintamente para projetar o tratamento preferencial para os pacotes que o requerem, a saber: "IntServ"
ou "DiffServ". Os roteadores que suportam a filosofia "DiffServ" utilizam filas múltiplas para os pacotes esperando
transmissão em uma larga de faixa restrita (por. ex., wide area). Os vendedores de roteadores fornecem potencialidades
diferentes para configurar este comportamento, para incluir o número das filas suportadas, as prioridades relativas das
filas, e a largura de banda reservada para cada fila. Na prática, quando um pacote deve ser enviado para uma interface
com enfileiramento, os pacotes necessitam baixo nível de jitter (p. ex., VoIP ou Teleconferência de Vídeo) são dadas
prioridades maiores que os pacotes em outras filas. Tipicamente, alguma largura de banda é alocada por default para o
controle dos pacotes da rede (p. ex. protocolos do roteamento), quando o tráfego de "Best Effort" deve simplesmente
ser assegurado independente da largura de faixa que seja garantida. Como mencionado, apesar da filosofia "Diffserv"
ser utilizada em muitas redes corporativas sofisticadas, ela não tem sido utilizada em larga escala na Internet. Os
arranjos de peering da Internet são bastante complexos, e parece não existir nenhum entusiasmo entre os provedores
em suportar QoS entre as conexões de peering, ou um acordo sobre quais políticas seriam suportadas para garantir o
QoS. Entre os principais mecanismos de QoS destacamos:
- Constant Bit Rate (CBR)
- Constant Information Rate (CIR)
- Best Effort (BE) 2.4.1. Constant Bit Rate (CBR) CBR é um termo utilizado em telecomunicações relacionado com a
Qualidade de Serviço (QoS). O principal objetivo de um serviço da classe CBR é suportar aplicações de tempo real tais
como vídeo ou streaming de voz. É bem conhecido que a qualidade de voz em uma rede de pacotes de VoIP é muito
sensível a latência do pacote ou ao jitter. Existem fornecedores de WiMAX que criaram features especiais para
minimizar a latência e o jitter e manter a voz com excelente qualidade. Por exemplo, os fluxos de CBR (e CIR) estão
sujeitos a Controle de Admissão e uma vez que ele é admitido a sua largura de banda está assegurada enquanto a sua
duração for ativa. Tem fornecedores de WiMAX que armazena o fluxo CBR em buffers diferentes daqueles tipo CIR e BE.
Normalmente o fluxo CBR deveria ter uma maior prioridade quando comparado ao CIR e BE, o que implicaria que o
sistema "atende" aos pacotes CIR e BE somente depois que ele termina de transmitir todos os pacotes CBR. Quando
referenciada a CODECS, a CBR significa que a taxa na qual a os dados de saída CODEC seriam consumidos é
constante. A CBR é útil para conteúdos de Streaming de Multimídia nos canais de capacidade limitada desde que a
taxa máxima (bit rate) é a que importa, e não a média, de tal maneira que a CBR seria utilizada para levar vantagem
de toda a capacidade de transmissão. A CBR não seria a escolha ótima para armazenamento desde que ela não alocaria
bastante dados para seções complexas (resultando na degradação da qualidade) a medida que desperdiça dados nas seções
simples. IMPORTANTE!!!

A taxa CBR deve ser utilizada para dimensionar redes que serão utilizadas para aplicações de Voz e Serviços de Dados
Críticos como Aplicações Financeiras, ERPs (por. Ex., SAP) e Serviços de Vídeo

2.4.2. Constant Information Rate (CIR) No negócio de telecomunicações CIR é largamente entendida como um sinônimo
para taxa mínima garantida. Em Redes de Circuito tradicionais. Uma vez que a comunicação é estabelecida, a largura de
banda ao longo do caminho é fixa e reservada enquanto durar a chamada. No caso de Rede de Pacotes por outro lado,
não existe reserva explícita de largura de banda, e o fluxo do pacote faz-se não importando a capacidade disponível no
link. Estes 02 paradigmas ficaram separados até poucos anos atrás, quando foi descoberto que é possível estabelecer
um "tipo de reserva de largura de banda" na Rede de Pacotes utilizando serviços especiais de escalonamento
(scheduling) chamados Weighted Fair Queueing (WFQ).
IMPORTANTE!!!

A taxa CIR deve ser utilizada para dimensionar redes que serão utilizadas para aplicações de Serviços de Dados menos
Críticos como redes de VoIP.

2.4.3. Best Effort (BE) O fator BE descreve um serviço de rede no qual a rede não oferta condições especiais para
recuperar dados perdidos ou corrompidos. A remoção da necessidade de prover tais serviços faz - obviamente - que a
rede opere mais eficientemente. Um exemplo de um serviço que não é de rede e opera no modelo de "melhor esforço" é o
Serviço Postal. Normalmente o Serviço Postal entrega a sua carta mas você não tem certeza se ela realmente foi
enviada. Se você quer ter esta certeza tem que pagar uma taxa extra.O sistema reserva uma percentagem de tempo
do total da capacidade do link para o fluxo BE. Isto previne dos fluxos de prioridades maiores como o CBR e CIR
aniquilarem o fluxo BE, durante os períodos de congestão do link. Os fluxos de BE têm as seguintes propriedades: - para
alguns fornecedores de WiMAX, o fluxo de BE - como os de CBR e CIR são armazenados separadamente uns dos
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outros; - o fluxo de BE não está sujeito a controle de admissão;- fluxos ativos de BE compartilham igualmente a
disponibilidade da rede entre eles;- se os fluxos das classes de serviços CBR e CIR não estão utilizando a alocação de
largura de banda completamente, a capacidade não utilizada da banda pode ser utilizada para os fluxos de BE. Na suite
do protocolo TCP/IP, o TCP fornece serviços garantidos enquanto que o IP trabalha na base do "melhor esforço". O TCP
executa o serviço de obter uma confirmação do envio do receptor e envia a mesma para o transmissor dos pacotes. O IP
faz o melhor para enviar os pacotes para o destino, mas não toma nenhuma atitude de recuperar os pacotes no caso
deles se perderem ou ser enviado para outro destino.
IMPORTANTE!!!

A taxa BE deve ser utilizada para dimensionar redes que serão utilizadas para aplicações de Internet.

(3) Tipos de Bandas - SimétricasBandas com a mesma taxa de upload e download. Normalmente ficam reservadas
para a aplicação, independente do uso. Podemos citar exemplos de aplicações que utilizam bandas simétricas:
- voz
- vídeo
- dados críticos - AssimétricasBandas cuja taxa de upload difere da taxa de download. Normalmente a taxa de upload é
inferior a de download. Podemos citar um exemplo de aplicação que utiliza bandas assimétricas:
- mundo IP O que se busca são soluções de WiMAX com capacidade de acomodar estes dois tipos de bandas. Para isso
destacamos as soluções com duplexação TDD que permitem bandas simétricas e assimétricas na mesma rede, de forma
bastante otimizada.(4) Coberturas A tecnologia WiMAX tem uma grande predileção por cidades. A experiência de campo
mostra que ele não gosta muito de regiões com árvores (p. ex., florestas) e montanhas. E pode parecer estranho, mas
quanto mais concreto melhor. Aqui começamos a observar uma das características do WiMAX. Ele aproveita as
construções de uma cidade, para refletir a onda até o seu destino e numa cidade existem prédios de vidro (fantástico!!!),
muito aço e concreto. Isto deve-se a modulação OFDM (Orthogonal frequency-division multiplexing) que otimiza as
reflexões do sinal na sua transmissão. Obviamente existem limitações, pois nada é tão perfeito, mas a prática mostra que
na maioria dos casos, a reflexão auxilia muito na cobertura do WiMAX. Abaixo encontram-se as cobertura típicas por
banda de freqüência. Lembrar que WiMAX é uma rede ponto-multiponto e vocês não vão encontrar números de 50
Kms aqui. Cobertura prática de 50 Kms com WiMAX é "teoria"! É possível - em casos raros - obter-se esta distância, mas
não é prático para as aplicações reais. Vejamos então as coberturas típicas: (a) 2.5GHz Freqüência licenciada
Esta é a melhor freqüência disponível para WiMAX no Brasil. É a mais baixa, então teremos os melhores alcances,
exigindo uma menor quantidade de rádio-bases para cobrir uma determinada área.
Hoje em poder das empresas de MMDS.
LOS = 18-20km
NLOS = 9-10km(b) 3,5 GHz Freqüência licenciada
Esta é a freqüência disponível para WiMAX no Brasil, utilizada pelas operadoras e prestadoras de serviço de
telecomunicações.
LOS = 12-14km
NLOS = 6-7km

(c ) 5,8 GHz

Freqüência NÃO-licenciada
Esta é a freqüência LIVRE disponível para WiMAX no Brasil, podendo ser utilizada por qualquer empresa prestadora de
serviços. Por ser não licenciada, existe a possibilidade de interferências e congestionamento de freqüências em áreas
de grande densidade.
É importante, pois não exige gastos com a aquisição de licenças, o que pode viabilizar o plano de negócio de muitas áreas
no Brasil.
LOS = 7-8km
NLOS = 3-4km (d) 10,5 GHz Freqüência licenciada
Não existem ainda equipamentos de WiMAX para cobertura desta Freqüência. O principal motivo é a necessidade de
microcélulas, pois o poder de cobertura em grandes distâncias nesta freqüência é baixo. Futuramente poderá se tornar
uma alternativa, quando houver um esgotamento de banda em freqüências mais baixas e uma proliferação do conceito de
WiMAX.
Referência: CDMA vs OFDM do Dailywireless (5) Regras para dimensionar a rede WiMAX - Licenciadas e Não
licenciadas Escolha a faixa de freqüência;
-

Quanto menor a Freqüência, maior a cobertura


-

Faixas não licenciadas não precisam ser adquiridas, porém cada operadora deve conviver com possíveis adequações de
rede por congestionamento de Freqüência
-

Faixas licenciadas são exclusivas para cada operadora, porém devem ser adquiridas em licitações do órgão regulador (no
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Brasil temos a ANATEL) e representam um custo a ser incluído no Business Plan. - Uso de células e reuso de
freqüências (escolha de freqüências) Com uma única Freqüência não é possível cobrir uma cidade. Devem ser
consideradas pelo menos 2, 4 ou 6 pares, criando células, com reuso de freqüências de forma a manter freqüências
iguais distantes uma das outras.Devemos considerar o reuso de freqüências uma necessidade, sendo o fator de 3 muito
utilizado, pois representa a melhor relação entre eficiência e máxima taxa disponível entre setores. A figura representa o
reuso de Freqüência, evitando interferência de co-canal, por exemplo. - Throughput A velocidade ofertada a cada
usuário WiMAX é um compromisso entre distância e visada direta, ou seja, quanto mais distante ou mais obstruído
estiver o usuário, será utilizada uma codificação menos robusta (ex. QPSK) que não tem a característica de transportar
muitos bits/Hz. Por outro lado, usuários próximos ou com visada direta poderão utilizar codificação 64QAM, atingindo
taxas de até 2,2bits/Hz. O que se observa em várias cidades brasileiras é um uso misto de codificação, resultando em
velocidade de dados sempre inferior àquela prevista em condições ideais.- Topografia (LOS, NLOS, OLOS) Todo projeto
de uma rede wireless exige uma análise de cobertura em sistemas computacionais e algumas vezes em campo.
Existem várias soluções que reconhecem um sistema WiMAX (ou seja, uma rede ponto-multiponto), nos quais podemos
obter resultados da viabilidade da rede em função da topografia e regiões de usuários. Em alguns casos, são
necessárias análises de campo, principalmente para a Freqüência não Licenciada (5.8GHz) por causa da sua grande
utilização. A experiência nesta Freqüência demonstra que, com exceção de grandes centros, a ocupação desta Freqüência
é pequena. Nas Freqüências Licenciadas, o uso de ferramentas está relacionado em transportar a maior quantidade de
informação em uma região com a banda adquirida, lembrando sempre que a faixa de Freqüência é limitada, devendo ser
aproveitada ao máximo.Sempre a topografia estará associada aos 3 tipos de usuários de uma rede: LOS: Linha de
Visada (Line of Sight);
NLOS: Near-line-of-sight ou Non-line-of-sight;
OLOS: Obstructed line of sight.- Backhaul O que é Backhaul?(1) em redes de tecnologia wireless, é utilizado para
transmitir voz e dados do site de uma célula para um switch, , i.e., de uma site central para um remoto; (2) em redes
com tecnologia de satélite, é utilizado para transmitir dados de um ponto para o qual ele pode ser transmitido (uplinked)
para o satélite;(3) ou é utilizado para transmitir dados para um backbone de rede. Importância do Backhaul
-

interligação das estações rádio-bases (ERB)


-

Formação da rede
-

Capacidade para escoar o tráfego da ERBTipos de Backhaul


-

rádio digital ponto a ponto


-

fibra-optica
-

linhas privativas- Modulação TDD e FDDImpactos da tecnologia na atual regulamentação brasileira


- Observa-se que a tecnologia TDD (Time Division Duplex) ganha espaço e será a primeira a receber o selo de
certificação WiMAX
- A tecnologia TDD utiliza multiplexação em tempo para transmitir e receber informações ao contrário da FDD (Frequency
Division Duplex) que utiliza freqüências distintas para transmitir e receber. A tecnologia TDD não necessita de banda de
guarda entre as freqüência ao contrário da FDD
- O modelo de regulamentação para freqüências de 3.5GHz utiliza o mesmo conceito da tecnologia FDD (baseada em
solução celulares que são eminentemente FDD), sendo que cinco operadoras (EMBRATEL, Vant - hoje Brasil Telecom,
Directnet, WKVE e Sinos) adquiriram blocos de freqüência não contínuos, ou seja, 2 blocos de 7MHz e/ou 2 blocos de
10.5GHz em lados separados da faixa
- Um ponto importante, equipamentos WiMAX estão limitados a 7MHz de largura de faixa e nesta faixa a taxa máxima
por setor iluminado de uma estação rádio-base está limitado a aproximadamente 13Mbps:
- Empresas que adquiriam as licenças e possuem 2 blocos de 7MHz para criar diversidade nas estações rádio-base
podem ter problemas. Para cidades médias isto pode ser suficiente, porém cidades com grande quantidade de
usuários, haverá necessidade de quebrar os 2 blocos de 7MHz em, por exemplo, 4 blocos de 3.5MHz. Observa-se
assim que em locais com grandes concentrações de usuários a quebra dos blocos auxiliará na montagem da rede, mas
por outro lado comprometerá a velocidade de dados oferecida
- Empresas que adquiriram as licenças e possuem blocos de 10.5MHz sofrerão do mesmo problema, mas poderão
trabalhar com até 6 blocos de 3.5MHz, ou terão uma rede mista com 2 blocos de 7MHz e 2 blocos de 3.5MHz, criando
diversidade. - Últimos comentários Sempre que dimensionamos uma rede WiMAX, lembramos dos custos de ERB´s,
CPE´s e freqüências. Porém existem alguns pontos que fazem parte do projeto e devem ser lembrados, pois
representam custos e são importantes na composição final do Business Case:
- Materiais: WiMAX é fundamentalmente um rádio externo, necessitando de cabos, protetores de surto (o Brasil possui
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alta incidência de raios e não queremos ter os equipamentos queimados), além de bases para fixação;
- Infraestrutura predial e de antenas: aluguel de espaço e energia para as ERB´s
- No-break: sua autonomia está relacionada com a qualidade de serviço;
- Sistema de Gerenciamento: a rede deve permitir o aprovisionamento, gestão e bilhetagem integrada. Cálculo
Simplificado do Dimensionamento e Orçamento de uma Rede de WiMAX:Abaixo disponibilizamos 02 planilhas para
você exercitar o Cálculo do Dimensionamento e Orçamento de uma Rede de WiMAX.
Nota Importante !!!

Os valores utilizados nas planilhas são valores atuais de mercado. Estes valores decairão em função do volume e da
penetração da tecnologia WiMAX no mercado. Os valores atuais têm como base o mês de Março de 2006!

Agora vamos exercitar a simulação do dimensionamento e orçamentação de redes de WiMAX para 02 segmentos distintos
de mercado: o Mercado Residencial e o Mercado Corporativo, a saber: (a) Residencial - Calculadora Simplificada de
WiMAX Residencial (b) Corporativo - Calculadora Simplificada de WiMAX Corporativo
AGRADECIMENTO!!!

Quero agradecer a colaboração especial do meu amigo Fábio Lima - um dos melhores profissionais "mão na massa" de
WiMAX no Brasil - por ter escrito esta matéria comigo. Obrigado Fábio! - Eduardo Prado.

Fábio Lima é consultor de negócio da empresa CPM S.A. Engenheiro elétrico formado pela Unicamp (1990) com MBA
em marketing pela FGV (2002). Atua no mercado de Telecomunicações e TI, tendo participado de áreas de
desenvolvimento de produtos e negócios da Telefônica Empresas e Proceda Tecnologia e Informática. Atualmente na
CPM tem focado esforços no desenvolvimento de soluções de convergência, wireless (baseadas em tecnologias Wi-Fi e
WiMAX) e VoIP para operadoras. Bom dia!

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