Você está na página 1de 80

Máquinas Elétricas

Prof. Luiz Henrique Alves Pazzini


Fundamentos das Máquinas Síncronas

Circuito Equivalente de Máquina Síncrona de Polos Lisos

Características a Vazio e de Curto-Circuito


Máquinas Síncronas

• Por que é importante se estudar as máquinas síncronas:

• As máquinas síncronas são as mais importantes fontes de


geração de energia elétrica.
• Aproximadamente 95% de toda a energia elétrica é gerada por
máquinas síncronas.
• Entender os aspectos básicos do funcionamento da operação das
máquinas síncronas.
Máquinas Síncronas
Máquinas Síncronas
Máquinas Síncronas
Máquinas Síncronas
Máquinas Síncronas
Máquinas Síncronas
Máquinas Síncronas
Máquinas Síncronas
Máquinas Síncronas
Máquinas Síncronas
Máquinas Síncronas
Máquinas Síncronas
Fundamentos das Máquinas Síncronas

Circuito Equivalente de Máquina Síncrona de Polos Lisos

Características a Vazio e de Curto-Circuito


Máquinas Síncronas
• Em uma máquina elétrica um grupo de
bobinas conectadas em conjunto é
denominada como enrolamento da
armadura

• Nas máquinas síncronas, que


constituem o principal tipo de máquina
utilizada no processo de geração de
energia, os enrolamentos da armadura
são instalados tipicamente no estator

– nesses enrolamentos serão


induzidas as tensões

• As máquinas síncronas contam com um segundo enrolamento (ou conjunto de


enrolamentos) que conduz corrente contínua

– são utilizados para produzir o fluxo principal de operação da máquina

– recebem, tipicamente, a denominação de enrolamento de campo ou


enrolamento de excitação da máquina

– normalmente encontram-se instalados nos rotores das máquinas síncronas


Máquinas Síncronas
• É possível obter um circuito elétrico equivalente para a máquina síncrona de
pólos lisos.
• O circuito equivalente é obtido a partir da análise:
– do comportamento da máquina em vazio.

– do comportamento da máquina em carga.

– da análise das perdas.


Máquinas Síncronas

• Considere a máquina trifásica apresentada


na figura ao lado em que somente o
enrolamento da fase A é apresentado
• A máquina é acionada por uma turbina com
velocidade angular constante .

• Corrente de excitação (contínua) é aplicada no enrolamento de campo e gera


um campo magnético (H) que depende da intensidade da corrente: If → H
• A densidade magnética (B) depende de H e do meio magnético: H → B
• O fluxo magnético () depende de B e da área pela qual circula: B → 
Máquinas Síncronas
• A máquina é construída de forma a apresentar uma FMM senoidalmente
distribuída no espaço; como consequência, o fluxo também apresentará
essa distribuição senoidal
• O fluxo sobre o eixo da fase A do
estator é:

𝜙𝐴 = 𝜙𝑚á𝑥 ∗ cos 𝜃

• Ou em função do tempo:

𝜙𝐴 = 𝜙𝑚á𝑥 ∗ cos 𝜔𝑡

• Pela Lei de Faraday a tensão induzida


no enrolamento da fase A do estator
é:
𝑑𝜙𝐴
𝑒𝐴 = −𝑁
𝑑𝑡
Máquinas Síncronas
• Na prática, ocorre dispersão do fluxo
• Considerando que  seja o fluxo enlaçado
pelas bobinas do estator da fase A:
𝑑𝜆𝐴
𝑒𝐴 = −𝑁
𝑑𝑡
𝑒𝐴 = 𝑁 ∗ 𝜆𝑚á𝑥 ∗ 𝜔 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
𝑒𝐴 = 𝐸𝑚á𝑥 ∗ 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡
• Tanto o fluxo concatenado como a tensão
induzida são senoidais
Máquinas Síncronas
• Chamando de:
– A: fasor do fluxo concatenado associado à fase A
– EA: fasor da tensão associdada à fase A: força eletromotriz interna da
máquina
• Tem-se o diagrama fasorial em que o fluxo concatenado está adiantado 90º
em relação à tensão induzida

A

EA
Máquinas Síncronas
• Quando há uma carga conectada no estator da máquina irá circular uma
corrente pelos enrolamentos da armadura nas três fases (A, B, C)
• Considerando as cargas equilibradas, as correntes seriam:
IA(t) = Imáx * cos (t); IB(t) = Imáx * cos (t-120º);
IC(t) = Imáx * cos (t+120º)
• Vimos que nesse situação são produzidos três FMM senoidais de mesmo
módulo e defasas de 120º
FA(t) = Fmáx * cos (t); FB(t) = Fmáx * cos (t-120º);
FC(t) = Fmáx * cos (t+120º)

• Considerando o instante t=0:


– FA = Fmax FB= -Fmax/2 FC= -Fmax/2

• A FMM resultante fica:


– FRA = 3/2*Fmax
Máquinas Síncronas
• No domínio do tempo a FMM resultante é expressa por:
– FRA = 3/2*Fmax * cos (t)
• FRA é denominada de FMM de reação da armadura e surge em função da
circulação de correntes pelos enrolamentos da armadura – se manifesta na
forma do campo girante do entreferro.
• A velocidade de rotação do campo girante é denominada velocidade
síncrona e apresenta igual valor da rotação do rotor da máquina: o campo
girante e o rotor estão estacionários um em relação ao outro.

60 ∗ 𝑓
𝑛𝑠 =
𝑝
• A combinação do campo girante da reação da armadura com o campo
produzido pela corrente de excitação dá origem ao campo total do
entreferro, que é responsável pela tensão nos terminais do gerador.
• A partir dessas considerações, vamos construir o diagrama fasorial da
máquina e seu circuito elétrico equivalente.
Máquinas Síncronas – Diagrama Fasorial
• Vamos considerar que o gerador alimenta, em seus terminais, uma carga
indutiva, ou seja, a corrente estará atrasada em relação à tensão.
• Tem-se a seguinte sequência de raciocínio:
– A corrente de campo produz um fluxo f. representado pelo seguinte
fasor.

𝜙ሶ 𝑓

– f. induz a tensão Ef, atrasada em 90º


𝐸𝑓ሶf
E
𝜙ሶ 𝑓f
Máquinas Síncronas – Diagrama Fasorial
• Continuando o raciocínio:
– Situação da máquina em vazio
– Com o gerador em carga, circula uma corrente da armadura à carga
(Ia).
– Ia produz o fluxo de reação da armadura (RA) que está em fase com a
corrente Ia.

𝜙ሶ 𝑅𝐴
𝐸𝑓ሶ
𝜙ሶ 𝑓

𝐼𝑎ሶ
Máquinas Síncronas – Diagrama Fasorial
– RA induz uma tensão de reação da armadura (ERA) nos enrolamentos
da armadura, que está 90º atrasada em relação a RA
– A soma vetorial de f e RA produz o fluxo total do entreferro t
– A soma vetorial de Ef e ERA resulta na tensão terminal do gerador Et

𝜙ሶ 𝑅𝐴
𝐸𝑓ሶ
𝜙ሶ 𝑓 t
𝐸ሶ 𝑇 𝐸ሶ 𝑅𝐴

𝐼𝑎ሶ
Máquinas Síncronas – Circuito Equivalente
• A partir da análise do diagrama vetorial
pode escrever:
𝜙ሶ 𝑅𝐴

𝐸ሶ 𝑇 = 𝐸𝑓ሶ + 𝐸ሶ 𝑅𝐴 𝜙ሶ 𝑓f
𝜙ሶ 𝑇 𝐸𝑓ሶ
• Verifica-se que:
– a corrente de armadura Ia está em 𝐸ሶ 𝑇 𝐸ሶ 𝑅𝐴
fase com o fluxo RA, logo está
adiantada de 90º da tensão ERA. 𝐼𝑎ሶ
– uma outra análise possível é que Ia
está atrasada 90º de –ERA.

– Essa última consideração permite concluir que seria como se a queda E RA


ocorresse em uma reatância, e Ia fosse a corrente que percorresse essa
reatância.
– Assim, o efeito da reação da armadura pode ser modelado como sendo a
queda de tensão em uma reatância de reação da armadura ou reatância
magnetizante.
– Dessa forma: 𝐸ሶ 𝑇 = 𝐸𝑓ሶ − −𝐸ሶ 𝑅𝐴 ⟹ 𝐸ሶ 𝑇 = 𝐸𝑓ሶ − j𝑋𝑅𝐴 ∗ 𝐼𝑎ሶ
Máquinas Síncronas - Perdas
• As principais causas das perdas são:
– perdas ôhmicas nos enrolamentos: modeladas como o efeito Joule em
uma resistência ra (resistência dos condutores da armadura)
– dispersão do fluxo de armadura: modelada como uma reatância
indutiva xL
Máquinas Síncronas – Circuito Equivalente
• Incluindo-se os efeitos das perdas tem-se o circuito equivalente da
máquina síncrona de pólos lisos

• sendo XS a chamada reatância síncrona da máquina

𝐸ሶ 𝑇 = 𝐸𝑓ሶ − 𝑟𝑎 + 𝑗𝑋𝑠 ∗ 𝐼𝑎ሶ


Máquinas Síncronas – Circuito Equivalente

𝐸ሶ 𝑇 = 𝐸𝑓ሶ − 𝑟𝑎 + 𝑗𝑋𝑠 ∗ 𝐼𝑎ሶ

Sendo:
𝐸ሶ 𝑇 : tensão de fase nos terminais da
máquina síncrona [V];
𝐸𝑓ሶ : tensão de fase induzida na
máquina síncrona [V];
𝑟𝑎 : resistência, por fase, dos
δ é o ângulo de potência da enrolamentos da armadura [Ω];
máquina
𝑋𝑎 : reatância síncrona, por fase, da
máquina [Ω];
𝐼𝑎ሶ : corrente de armadura [A].
Máquinas Síncronas – Potência

𝐸𝑓ሶ

𝐸𝑓ሶ 𝐸ሶ 𝑇
𝐸ሶ 𝑇


𝑆ሶ = 𝑃 + 𝑗𝑄 = 𝐸ሶ 𝑇 ∗ 𝐼𝑎ሶ
𝐸ሶ 𝑇 = 𝐸𝑇 ∠0𝑜 = 𝐸𝑇 + j0, então 𝐸𝑓ሶ = 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 + 𝑗𝑠𝑒𝑛𝛿
𝐸𝑓ሶ − 𝐸ሶ 𝑇 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝐸𝑇 + 𝑗𝐸𝑓 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿
ሶ𝐼𝑎 = =
𝑅𝑎 + 𝑗𝑋𝑠 𝑅𝑎 + 𝑗𝑋𝑠
Máquinas Síncronas – Potência
𝐸𝑓ሶ

𝐸𝑓ሶ 𝐸ሶ 𝑇
𝐸ሶ 𝑇

∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝐸𝑇 − 𝑗𝐸𝑓 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿


𝐼𝑎ሶ =
𝑅𝑎 + 𝑗𝑋𝑠

∗ 𝑅𝑎 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝐸𝑇 + 𝑋𝑠 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿 𝑋𝑠 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝐸𝑇 − 𝑅𝑎 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿


𝐼𝑎ሶ = +𝑗
𝑅𝑎2 + 𝑋𝑠 2 𝑅𝑎2 + 𝑋𝑠 2

𝑆ሶ
Máquinas Síncronas – Potência
𝐸𝑓ሶ

𝐸𝑓ሶ 𝐸ሶ 𝑇
𝐸ሶ 𝑇

𝑅𝑎 ∗ 𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝐸𝑇 2 + 𝑋𝑠 ∗ 𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿 𝑋𝑠 ∗ 𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝐸𝑇 2 − 𝑅𝑎 ∗ 𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿


𝑆ሶ = +𝑗
𝑅𝑎2 + 𝑋𝑠 2 𝑅𝑎2 + 𝑋𝑠 2

𝑅𝑎 ∗ 𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝐸𝑇 2 + 𝑋𝑠 ∗ 𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿
𝑃=
𝑅𝑎2 + 𝑋𝑠 2
𝑋𝑠 ∗ 𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝐸𝑇 2 − 𝑅𝑎 ∗ 𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿
𝑄=
𝑅𝑎2 + 𝑋𝑠 2
Máquinas Síncronas – Potência
𝐸𝑓ሶ

𝐸𝑓ሶ 𝐸ሶ 𝑇
𝐸ሶ 𝑇

𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝐸𝑇 2
𝑃≅ ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿 𝑄=
𝑋𝑠 𝑋𝑠

𝐸𝑓ሶ 𝐸ሶ 𝑇
Máquinas Síncronas - Potência
𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝐸𝑇 2
𝑃≅ ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿 𝑄=
𝑋𝑠 𝑋𝑠
• Nas equações:
• P: potência ativa de fase da máquina síncrona [W]
• Q: potência reativa de fase da máquina síncrona [var]
• 𝐸ሶ 𝑇 : tensão nos terminais de uma fase da máquina síncrona [V]
• 𝐸𝑓ሶ : tensão induzida em uma fase da máquina síncrona [V]
• Xs: reatância síncrona de uma fase da máquina síncrona [Ω]
• δ: ângulo entre as tensões 𝐸ሶ 𝑇 𝑒 𝐸𝑓ሶ

As potências trifásicas ficariam:

𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛿 − 𝐸𝑇 2
𝑃3𝐹 =3∗𝑃 ≅3∗ ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿 𝑄3𝐹 = 3∗𝑄 = 3∗
𝑋𝑠 𝑋𝑠
Máquinas Síncronas – Potência

𝐸𝑓ሶ

𝐸𝑓 ∗ 𝑉𝑒𝑞
𝑃= ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿
𝑋𝑠 + 𝑋𝑒𝑞
𝑁𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑙 𝛿 é â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠 𝐸𝑓ሶ 𝑒 𝑉𝑒𝑞

Máquinas Síncronas – Recapitulando

• Para um gerador 𝐸ሶ 𝑇 = 𝐸𝑓ሶ − 𝑟𝑎 + 𝑗𝑋𝑠 ∗ 𝐼𝑎ሶ


– Sendo:
• 𝐸ሶ 𝑇 : 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑛𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑜 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑉
𝐸ሶ 𝑓 : 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑜𝑑𝑜𝑟 𝑉
𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓

𝑃= ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿
• 𝐼𝑎ሶ : 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑛𝑎 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 𝐴 𝑋𝑠
• 𝑟𝑎ሶ : 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑟𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 Ω
• 𝑋ሶ 𝑠 : 𝑟𝑒𝑎𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑠í𝑛𝑐𝑟𝑜𝑛𝑎 Ω
• P: potência ativa [W]
Máquinas Síncronas – Regulação

• A regulação de tensão do gerador fica:

𝐸𝑓 − 𝐸𝑇
𝑅𝐸𝐺 % = ∗ 100
𝐸𝑇
–Sendo:
• 𝑅𝐸𝐺: 𝑟𝑒𝑔𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑎 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 𝑠í𝑛𝑐𝑟𝑜𝑛𝑎
• Ef: módulo da tensão induzida na máquina síncrona [V]
• ET: módulo da tensão nos terminais da máquina síncrona
Máquinas Síncronas – Tensão de Excitação

• A relação entre a tensão induzida no máquina síncrona e a corrente de


excitação pode ser expressa por:

𝑋𝑒𝑟 ∗ 𝐼𝑓
𝐸𝑓 =
2
– Sendo:
• 𝐸ሶ 𝑓 : 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑜𝑑𝑜𝑟 𝑉

• 𝐼𝑓ሶ : 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑐𝑖𝑡𝑎çã𝑜 𝐴


• 𝑋ሶ 𝑒𝑟 : 𝑟𝑒𝑎𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚ú𝑡𝑢𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑒 𝑜 𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 𝑠í𝑛𝑐𝑟𝑜𝑛𝑎 Ω
Exemplo 1
Exemplo 1

Um gerador síncrono trifásico de 50 kVA, 460 V e 60 Hz,


ligado em estrela, apresenta reatância síncrona de 1,5 Ω e
indutância mútua entre estator e rotor de 83 mH. O
gerador opera com tensão terminal de 460 V e potência
elétrica na carga de 45 kVA com fator de potência de 0,92
indutivo. Determine o valor da tensão induzida no gerador,
o valor da corrente de excitação necessária para se
produzir esta tensão, a regulação e a potência ativa
entregue à carga. Pode-se desconsiderar a resistência da
armadura.
Exemplo 1
Um gerador síncrono trifásico de 50 kVA, 460 V e 60 Hz, ligado em estrela, apresenta reatância síncrona de 1,5 Ω e
indutância mútua entre estator e rotor de 83 mH. O gerador opera com tensão terminal de 460 V e potência elétrica
na carga de 45 kVA com fator de potência de 0,92 indutivo. Determine o valor da tensão induzida no gerador, o valor
da corrente de excitação necessária para se produzir esta tensão, a regulação e a potência ativa entregue à carga.
Pode-se desconsiderar a resistência da armadura.
XS
Resolução
Para este exemplo, o circuito
equivalente do gerador fica:
A corrente de armadura é
determinada por:
𝑆𝑐 45.000
𝐼𝑎 = ⟹ ⟹ 𝐼𝑎 = 56,48 𝐴
3 ∗ 𝐸𝑇 3 ∗ 460

𝐼𝑎ሶ = 56,48∠ − 𝑎𝑟𝑐 cos 0,92 ⟹ 𝐼𝑎ሶ = 56,48∠ −23,07𝑜 [𝐴]


Exemplo 1
Um gerador síncrono trifásico de 50 kVA, 460 V e 60 Hz, ligado em estrela, apresenta reatância síncrona de 1,5 Ω e
indutância mútua entre estator e rotor de 83 mH. O gerador opera com tensão terminal de 460 V e potência elétrica
na carga de 45 kVA com fator de potência de 0,92 indutivo. Determine o valor da tensão induzida no gerador, o valor
da corrente de excitação necessária para se produzir esta tensão, a regulação e a potência ativa entregue à carga.
Pode-se desconsiderar a resistência da armadura.
. XS
Resolução
A tensão induzida no gerador, de
fase é determinada por:
𝐸𝑓ሶ = 𝐸ሶ 𝑇 + 𝐼𝑎ሶ ∗ 𝑗𝑥𝑠

460∠0𝑜
𝐸𝑓ሶ = + 56,48∠ −23,07𝑜 ∗ 𝑗1,5
3
𝐸𝑓ሶ = 308,78∠14,62𝑜 [𝑉]

O módulo da tensão de linha fica: 𝐸𝑓𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 = 3 ∗ 𝐸𝑓

𝐸𝑓𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 = 3 ∗ 308,78] ⟹ 𝐸𝑓𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 = 534,82 [𝑉]


Exemplo 1
Um gerador síncrono trifásico de 50 kVA, 460 V e 60 Hz, ligado em estrela, apresenta reatância síncrona de 1,5 Ω e
indutância mútua entre estator e rotor de 83 mH. O gerador opera com tensão terminal de 460 V e potência elétrica
na carga de 45 kVA com fator de potência de 0,92 indutivo. Determine o valor da tensão induzida no gerador, o valor
da corrente de excitação necessária para se produzir esta tensão, a regulação e a potência ativa entregue à carga.
Pode-se desconsiderar a resistência da armadura.
. XS
Resolução
A reatância mútua entre o
estator e o rotor é determinada
por:
𝑋𝑒𝑟 = 2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑓 ∗ 𝐿𝑒𝑟

𝑋𝑒𝑟 = 2 ∗ 𝜋 ∗ 60 ∗ 0,083 ⟹ 𝑋𝑒𝑟 = 31,29 [Ω]

A corrente de excitação necessária para induzir a tensão


de 308,78 V fica:
𝑋𝑒𝑟 ∗ 𝐼𝑓 2 ∗ 𝐸𝑓 2 ∗ 308,78
𝐸𝑓 = ⇒ 𝐼𝑓 = ⇒ 𝐼𝑓 = ⇒ 𝐼𝑓 = 13,96 [𝐴]
2 𝑋𝑒𝑟 31,29
Exemplo 1
Um gerador síncrono trifásico de 50 kVA, 460 V e 60 Hz, ligado em estrela, apresenta reatância síncrona de 1,5 Ω e
indutância mútua entre estator e rotor de 83 mH. O gerador opera com tensão terminal de 460 V e potência elétrica
na carga de 45 kVA com fator de potência de 0,92 indutivo. Determine o valor da tensão induzida no gerador, o valor
da corrente de excitação necessária para se produzir esta tensão, a regulação e a potência ativa entregue à carga.
Pode-se desconsiderar a resistência da armadura.
. XS
Resolução
A regulação do gerador é
determinada por:
𝐸𝑓 − 𝐸𝑇
𝑅𝐸𝐺 = ∗ 100
𝐸𝑇

308,78 − 460ൗ
3
𝑅𝐸𝐺 = ∗ 100 ⇒ 𝑅𝐸𝐺 = 16,27 [%]
460ൗ
3
Exemplo 1
Um gerador síncrono trifásico de 50 kVA, 460 V e 60 Hz, ligado em estrela, apresenta reatância síncrona de 1,5 Ω e
indutância mútua entre estator e rotor de 83 mH. O gerador opera com tensão terminal de 460 V e potência elétrica
na carga de 45 kVA com fator de potência de 0,92 indutivo. Determine o valor da tensão induzida no gerador, o valor
da corrente de excitação necessária para se produzir esta tensão, a regulação e a potência ativa entregue à carga.
Pode-se desconsiderar a resistência da armadura.
. XS
Resolução
A potência ativa na carga pode
ser determinada por:
𝐸𝑓 ∗ 𝐸𝑇
𝑃= ∗ sen δ
𝑋𝑠

Lembrando que δ é o ângulo entre o fasor da tensão


induzida e o fasor da tensão nominal: δ = 14,62º. Tem-se:

308,78 ∗ 460ൗ
3 ⇒ 𝑃 = 13,8 [𝑘𝑊]
𝑃= ∗ sen (14,62𝑜 )
1,5

A potência trifásica fica: 𝑃3𝑓 = 3 ∗ 𝑃 = 3 ∗ 13,8 ⟹ 𝑃3𝑓 =41,4 [kW]


Fundamentos das Máquinas Síncronas

Circuito Equivalente de Máquina Síncrona de Polos Lisos

Características a Vazio e de Curto-Circuito


Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito

• As características fundamentais de umas máquina síncrona podem ser


obtidas a partir de dois ensaios:
– Ensaio em vazio
• Obtenção da curva de magnetização do gerador
– Ensaio em curto-circuito
• Obtenção da curva característica Icc x Iexcitação

• A partir dos resultados desses dois ensaios, pode-se determinar o valor


da reatância síncrona de um gerador
Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito
• Ensaio em vazio e curva de
magnetização
– Curva de magnetização, de uma
maneira geral, é a correspondência
entre fluxo (ou densidade de fluxo) e
a f.m.m. de excitação da estrutura
magnética.
– Como o valor eficaz da f.e.m. induzida
na máquina síncrona é proporcional
ao fluxo, e a f.m.m. é proporcional à
corrente contínua de excitação, a
curva de magnetização é
normalmente apresentada como
f.e.m. em função da corrente de
excitação (tensão nos terminais da
máquina x corrente de excitação).
– O levantamento dessa curva, para as
máquinas síncronas, é realizado com
a máquina síncrona funcionando como
gerador em vazio, acionado por um
motor elétrico (por exemplo o motor
de corrente contínua).
• Mede-se a tensão Vo (valor
eficaz) nos terminais em vazio de
uma das fases e a corrente
contínua de excitação.
Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito

• Ensaio de curto-circuito
– Variando If e medindo Ia obtém-se a característica de curto-circuito da máquina
– A característica Ia x If será linear, pois em curto consegue-se Ia nominal com
excitação reduzida no gap
Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito

• Diagrama de Potier
– De posse das correspondências Icc =f(Iexc) e Vo = f(Iexc) pode-se calcular a
reatância síncrona para qualquer condição de excitação, ou seja, para qualquer
corrente de excitação
– Conhecendo a reatância síncrona é possível calcular a corrente de excitação
necessária para manter a tensão requerida para uma determinada carga.
– Quando o circuito magnético não está saturado, a reatância síncrona Xs independe da
magnitude da Iexc. A saturação tem grande influência quando a Iexc é elevada,
então a reatância síncrona tende a crescer.
– O Diagrama de Potier é uma aproximação somente, mas apresenta resultados
satisfatórios para geradores de alta velocidade (1500-3000 rpm / 50 Hz e 1800 e
3600 rpm / 60 Hz). É adequado para geradores de pólos lisos ou rotor cilíndrico.
Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito

• Diagrama de Potier – construção


– plotar as duas curvas Icc =f(Iexc) e
Vo = f(Iexc) no mesmo gráfico
– Para a tensão em vazio igual à
tensão nominal (Vnom.), verifique a
corrente de excitação resultante,
Iexc.1, e para esta, a corrente de
curto-circuito correspondente Icc1.
A reatância síncrona por fase,
saturada, é dada por:
𝑉𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝐹𝑎𝑠𝑒
𝑋𝑠𝑆𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 =
𝐼𝑐𝑐1 𝐹𝑎𝑠𝑒
– Para se determinar o valor da
reatância síncrona não saturada
deve-se extrapolar a característica
do entreferro da máquina. A partir
dessa extrapolação, determina-se
Icc2 de modo semelhante ao
utilizado para determinar Icc1. A
reatância síncrona por fase, não
saturada é:

𝑉𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝐹𝑎𝑠𝑒
𝑋𝑠𝑁ã𝑜 𝑆𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 =
𝐼𝑐𝑐2 𝐹𝑎𝑠𝑒
Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito

• Relação de curto-circuito (RCC)


– A relação de curto-circuito (RCC) é
definida como sendo a razão entre a
corrente de campo necessária para
se gerar a tensão nominal a vazio
(Iexc1) e a corrente de campo
necessária para se gerar a corrente
INcc
de armadura nominal em curto-
circuito (Iexc33)

𝐼𝑒𝑥𝑐 1
𝑅𝐶𝐶 =
𝐼𝑒𝑥𝑐 3

Iexc 3
Máquinas Síncronas – Diagrama Fasorial
– RA induz uma tensão de reação da armadura (ERA) nos enrolamentos
da armadura, que está 90º atrasada em relação a RA
– A soma vetorial de f e RA produz o fluxo total do entreferro t
– A soma vetorial de Ef e ERA resulta na tensão terminal do gerador Et

𝜙ሶ 𝑅𝐴
𝐸𝑓ሶ
𝜙ሶ 𝑓 t
𝐸ሶ 𝑇 𝐸ሶ 𝑅𝐴

𝐼𝑎ሶ
Máquinas Síncronas – Circuito Equivalente

𝐸ሶ 𝑇 = 𝐸𝑓ሶ − 𝑟𝑎 + 𝑗𝑋𝑠 ∗ 𝐼𝑎ሶ

𝐸𝑇 ∗ 𝐸𝑓
𝑃= ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛿
𝑋𝑠

𝐸𝑓 − 𝐸𝑇
𝑅𝐸𝐺 % = ∗ 100
𝐸𝑇
δ é o ângulo de potência da
máquina
𝑋𝑒𝑟 ∗ 𝐼𝑓
𝐸𝑓 =
2
Exemplo 2
Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito

• Exemplo 2: A figura seguinte apresenta o diagrama de Pottier, construído a partir


de ensaios em vazio e de curto-circuito de um gerador síncrono trifásico ligado
em estela de 30 kVA e 220 V, sendo apresentada a tensão de fase. Determine:
i) a reatância síncrona saturada
ii) a reatância síncrona não saturada
iii) a corrente de excitação quando o gerador trabalha em sua condição nominal
iv) a Relação de curto-circuito
Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito

Tensão de fase nominal: 127 [V]


𝑉𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝐹𝑎𝑠𝑒
𝑋𝑠𝑆𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 =
𝐼𝑐𝑐1 𝐹𝑎𝑠𝑒

127
𝑋𝑠𝑆𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 =
58
𝑋𝑠𝑆𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 = 2,19 Ω
ICC1 = 58 A

Tensão de fase nominal:


220/3 = 127 V

i) Reatância Síncrona Saturada


Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito

Tensão de fase nominal: 127 [V]


𝑉𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝐹𝑎𝑠𝑒
𝑋𝑠𝑁ã𝑜 𝑆𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 =
𝐼𝑐𝑐2 𝐹𝑎𝑠𝑒
127
𝑋𝑠𝑁ã𝑜 𝑆𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 =
30
𝑋𝑠𝑁ã𝑜 𝑆𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 = 4,23 Ω

ICC2 = 30 A

ii) Reatância Síncrona Não Saturada


Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito

Calcula-se a corrente de armadura em situação nominal


𝑆𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
𝐼𝐴𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 =
3 ∗ 𝐸𝑁𝑜𝑚𝑖𝑚𝑎𝑙 30.000
𝐼𝐴𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = = 79 𝐴
3 ∗ 220

iii) A corrente de excitação para o gerador em situação nominal


Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito

Do gráfico obtém-se o valor da corrente de excitação

30.000
𝐼𝐴𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = = 79 𝐴
3 ∗ 220

Iexc = 7,5 A

iii) A corrente de excitação para o gerador em situação nominal


Máquinas Síncronas - Características a Vazio e de Curto-Circuito

𝐼𝑒𝑥𝑐 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒 𝑜𝑏𝑡𝑒𝑟 𝑎 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑎 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜


𝑅𝐶𝐶 =
𝐼𝑒𝑥𝑐 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒 𝑜𝑏𝑡𝑒𝑟 𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑐𝑐
Tensão Nominal: 127 V

5,6
𝑅𝐶𝐶 = = 0,747
7,5
𝐼𝐴𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = 79 𝐴

Iexc = 7,5 A
Iexc = 5,6 A

iv) A relação de curto-circuito


Exemplo 3
Exemplo 3

Um gerador síncrono de 6 polos gera uma tensão cuja


frequência é 60 Hz. Este gerador alimenta um motor de
indução trifásico de 4 polos. Por sua vez, o motor aciona
uma carga diretamente acoplada em seu eixo e apresenta
escorregamento de 5%. A partir dessas informações,
determine a velocidade do gerador síncrono e a velocidade
do rotor do motor.
Exemplo 3
Um gerador síncrono de 6 polos gera uma tensão cuja frequência é 60 Hz. Este gerador alimenta um motor de indução
trifásico de 4 polos. Por sua vez, o motor aciona uma carga diretamente acoplada em seu eixo e apresenta
escorregamento de 5%. A partir dessas informações, determine a velocidade do gerador síncrono e a velocidade do
rotor do motor.
Resolução
A figura seguinte ilustra a situação do Exemplo:

Gerador Síncrono MIT Carga

A tensão produzida pelo gerador apresenta frequência


de 60 Hz. Dessa forma, a velocidade síncrona do
gerador é determinada por:

60 ∗ 𝑓 60 ∗ 60
𝑛𝑠 = ⟹ 𝑛𝑠 = ⟹ 𝑛𝑠 = 1.200 [𝑟𝑝𝑚]
𝑝 3
Exemplo 3
Um gerador síncrono de 6 polos gera uma tensão cuja frequência é 60 Hz. Este gerador alimenta um motor de indução
trifásico de 4 polos. Por sua vez, o motor aciona uma carga diretamente acoplada em seu eixo e apresenta
escorregamento de 5%. A partir dessas informações, determine a velocidade do gerador síncrono e a velocidade do
rotor do motor.
Resolução
A figura seguinte ilustra a situação do Exemplo:

Gerador Síncrono MIT Carga

O motor é alimentado em 60 Hz. A velocidade síncrona


do motor fica:

60 ∗ 𝑓 60 ∗ 60
𝑛𝑠 = ⟹ 𝑛𝑠 = ⟹ 𝑛𝑠 = 1.800 [𝑟𝑝𝑚]
𝑝 2
Exemplo 3
Um gerador síncrono de 6 polos gera uma tensão cuja frequência é 60 Hz. Este gerador alimenta um motor de indução
trifásico de 4 polos. Por sua vez, o motor aciona uma carga diretamente acoplada em seu eixo e apresenta
escorregamento de 5%. A partir dessas informações, determine a velocidade do gerador síncrono e a velocidade do
rotor do motor.
Resolução
A figura seguinte ilustra a situação do Exemplo:

Gerador Síncrono MIT Carga

A velocidade do rotor do motor, que é igual à velocidade


da carga é determinada por:
𝑛𝑠 − 𝑛
𝑠= ⟹ 𝑛 = 1 − 𝑠 ∗ 𝑛𝑠 ⟹ 𝑛 = 1 − 0,05 ∗ 1.800
𝑛𝑠
𝑛 = 1.710 [𝑟𝑝𝑚]
Exemplo 4
Exemplo 4

A figura do slide seguinte apresenta os resultados dos


ensaios a vazio e em curto-circuito de um gerador síncrono
trifásico de 145 MVA, 72 polos, 13,8 kV, 60 Hz, ligado em
estrela. A partir da figura, determine:
a. A relação de curto-circuito deste gerador;
b. O valor da reatância síncrona saturada;
c. O valor da reatância síncrona não saturada;
d. A tensão induzida, quando o gerador alimenta uma carga
que consome 150 MVA com fator de potência unitário
sendo a tensão nos terminais no gerador de 13,8 kV.
Para este cálculo, considere o valor da reatância
síncrona não saturada obtida no item c e desconsidere o
valor da resistência da armadura.
Exemplo 4
Exemplo 4
Resolução
a. A Relação de curto-circuito é determinada por:
𝐼𝑒𝑥𝑐 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒 𝑜𝑏𝑡𝑒𝑟 𝑎 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑎 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 𝐼𝑒𝑥1
𝑅𝐶𝐶 = =
𝐼𝑒𝑥𝑐 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒 𝑜𝑏𝑡𝑒𝑟 𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑐𝑐 𝐼𝑒𝑥2

Inicialmente pode-se determinar o valor da corrente


nominal do gerador a partir de suas informações
nominais: SN = 145 [MVA]; EN = 13,8 [kV].

𝑆𝑁 145𝑥106
𝐼𝑁 = ⟹ 𝐼𝑁 = ⟹ 𝐼𝑁 = 6.066 [𝐴]
3 ∗ 𝐸𝑁 3∗ 13,8𝑥103
A tensão nominal equivale a 13,8 kV. A partir desses
dados e das curvas dos ensaios, obtém-se os valores das
correntes de excitação Iexc1 e Iexc2.
Exemplo 4

𝐼𝑒𝑥𝑐1 = 740 [𝐴] 𝐼𝑒𝑥𝑐2 = 700 [𝐴]


Exemplo 4
Resolução
a. A Relação de curto-circuito fica:
𝐼𝑒𝑥1 740
𝑅𝐶𝐶 = ⟹ 𝑅𝐶𝐶 = ⟹ 𝑅𝐶𝐶 = 1,057
𝐼𝑒𝑥2 700

b. A reatância síncrona saturada é obtida por:


𝐸𝑁𝑓
𝑥𝑠 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 =
𝐼𝑐𝑐1

A partir das curvas dos ensaios, obtém-se o valor de Icc1.


Exemplo 4

𝐼𝑐𝑐1 = 6.500 [𝐴]


Exemplo 4
Resolução
b. A reatância síncrona saturada fica:

13.800ൗ
𝐸𝑁𝑓 3
𝑥𝑠 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 = ⟹ 𝑥𝑠 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 =
𝐼𝑐𝑐1 6.500

𝑥𝑠 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 = 1,226 [Ω]

c. A reatância síncrona não saturada é obtida por:

𝐸𝑁𝑓
𝑥𝑠 𝑛ã𝑜 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 =
𝐼𝑐𝑐2

A partir das curvas dos ensaios, obtém-se o valor de Icc2.


Exemplo 4

𝐼𝑐𝑐2 = 5.800 [𝐴]


Exemplo 4
Resolução
c. A reatância síncrona não saturada fica:

13.800ൗ
𝐸𝑁𝑓 3
𝑥𝑠 𝑛ã𝑜 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 = ⟹ 𝑥𝑠 𝑛ã𝑜 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 =
𝐼𝑐𝑐2 5.800

𝑥𝑠 𝑛ã𝑜 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 = 1,374 [Ω]

d. Tem-se o seguinte circuito equivalente:


XS
Exemplo 4
Resolução
d. Tem-se o seguinte circuito equivalente:
XS

A corrente de armadura é determinada por:

𝑆𝑐 150x106
𝐼𝑎 = ⟹ ⟹ 𝐼𝑎 = 6.275,55 𝐴
3 ∗ 𝐸𝑇 3 ∗ 13,8x103

𝐼𝑎ሶ = 6.275,55∠𝑎𝑟𝑐 cos 1 ⟹ 𝐼𝑎ሶ = 6.275,55∠0𝑜 [𝐴]


Exemplo 4
Resolução
d. Tem-se o seguinte circuito equivalente:
XS

A tensão induzida no gerador de fase é determinada por:

13.800∠0𝑜
𝐸𝑓ሶ = 𝐸ሶ 𝑇 + 𝐼𝑎ሶ ∗ 𝑗𝑥𝑠 ⟹ 𝐸𝑓ሶ = + 6.275,55∠0𝑜 ∗ 𝑗1,374
3
𝐸𝑓ሶ = 11.740,07∠47,26𝑜 [𝑉]
A tensão induzida de linha fica:

𝐸𝑓𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 = 3 ∗ 11,74 ⟹ 𝐸𝑓𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 = 20,33[𝑘𝑉]

Você também pode gostar