Aula 21 - Cálculo de Curto Circuito Nos Terminais de Uma M.S. R1.2

UPE – ESCOLA POLTÉCNICA
CURSO DE
ENGENHARIA ELÉTRICA
DISCIPLINA : ANÁLISE DE SISTEMA DE POTÊNCIA
CÁLCULO DE CURTO CIRCUITO NOS TERMINAIS DE

UMA MÁQUINA SÍNCRONA
Prof. Methodio Godoy
AULA 21 : CÁLCULO DE CURTO CIRCUITO NOS TERMINAIS DE UMA M. S.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
2. COMPORTAMENTO DA MÁQUINA SÍNCRONA
DURANTE UM CURTO NOS SEUS TERMINAIS
3. PARÂMETROS DA MÁQUINA SÍNCRONA
4. REATÂNCIAS DA MÁQUINA SÍNCRONA
5. CONSTANTES DE TEMPO DA MÁQUINA SÍNCRO-
NA
6. CURTO CIRCUITO LONGE DA MÁQUINA SÍNCRO-
NA
7. MÉTODOS DE CÁLCULO
8. APLICAÇÕES
2
CÁLCULO DE FALTAS
INTRODUÇÃO
MÁQUINA SÍNCRONA : DEFINIÇÃO

 É uma máquina cuja velocidade mecânica, em regime
permanente, está relacionada a freqüência das tensões
e correntes que circulam em regime permanente no
seu enrolamento de armadura pela seguinte equação:
120.f
wR  [rpm]
POLOS
4
TIPOS DE MÁQUINAS SÍNCRONAS

 POLOS LISOS : operam com velocidades elevadas.
(máquinas acionadas por turbinas a gás ou a vapor)
 POLOS SALIENTES : operam com velocidades reduzi-
das. (máquinas acionadas por turbinas hidráulicas)
5
ASPECTOS BÁSICOS
6
ENROLAMENTOS DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA
 ENROLAMENTO DE ARMADURA: alimentado

por corrente alternada, é usualmente trifásico e
distribuído em ranhuras na periferia do estator.
 ENROLAMENTO DE CAMPO: alimentado em
corrente contínua. É usualmente encontrado:
• Distribuído em ranhuras no rotor das máquinas
síncronas de polos lisos ou
• Concentrado nas máquinas de polos salientes.
7
ENROLAMENTOS AMORTECEDORES
 São enrolamentos com significativa influência
no desempenho da máquina síncrona durante
o regime transitório.
 Em regime permanente não tem influência no
desempenho das máquinas síncronas.
• Esses enrolamentos amortecem as oscilações
mecânicas do rotor,
• Eles contribuem para melhorar a forma de onda
senoidal do fluxo e da tensão no enrolamento de
estator, reduzindo os efeitos dos harmônicos de
tensão e corrente.
8
ENROLAMENTOS AMORTECEDORES
i=0
i
i=0 F
B
Máquina Síncrona em Regime
Permanente na velocidade síncrona Máquina Síncrona numa velocidade
maior que a síncrona
9
TIPOS DE ENROLAMENTOS AMORTECEDORES
 CONECTADOS
 DESCONECTADOS
10
ENROLAMENTO AMORTECEDOR
CONECTADO
11
CÁLCULO DE FALTAS
COMPORTAMENTO DA MÁQUINA
SÍNCRONA DURANTE O CURTO
SITUAÇÃO PRÉ-FALTA :
MÁQUINA SÍNCRONA EM VAZIO
FLUXO DE CAMPO
Ef
 
F 0  0
13
SITUAÇÃO PÓS-FALTA :
MÁQUINA SÍNCRONA EM VAZIO
FLUXO DEVIDO A
VARIAÇÂO DO FLUXO NO
ENROLAMENTO
AMORTECEDOR
FLUXO DE CAMPO
FLUXO DEVIDO A
VARIAÇÂO DO FLUXO NO
ENROLAMENTO DE
CAMPO
Ef
ICC
FLUXO DA CORRENTE
DE ARMADURA EM CC
 F 0    0   ARCC   K   F   0

14
COMPORTAMENTO DAS MÁQUINAS

SÍNCRONAS DURANTE O CURTO
 Na ocorrência de um curto circuito nos
terminais de uma máquina síncrona, o fluxo
resultante não pode variar bruscamente entre
t=0- e t=0+.
 Para compensar a variação brusca de fluxo
causada pela corrente de curto circuito, são
induzidos fluxos nos enrolamentos de campo e
amortecedores para compensar o efeito des-
magnetizante da corrente de curto circuito.
15

 A variação dos fluxos produzidos pelos
enrolamentos de campo e amortecedor origi-
nam tensões elevadas no estator, tensões
estas que são responsáveis pelos valores
elevados da corrente de curto nos períodos
que se seguem a ocorrência da falta.
 O sistema de excitação independente faz com
que se possa estabelecer um período de regi-
me permanente de curto.
16

 Os geradores e motores síncronos tem com-
portamento idêntico do ponto de vista de curto
circuito, ambos “funcionam como gerador” para
o curto.
 Os geradores síncronos tendem a acelerar
durante a ocorrência de um curto circuito.
 Os motores síncronos tendem a desacelerar
durante a ocorrência de um curto circuito.
17
CORRENTE DE CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

NOS TERMINAIS DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA
COMPONENTE CA ou AC
 
t

t

i CC (t)  2 .I"I'.e  I'I .e  I  .sen(wt  α  θ)
T" T'
 
t

TA
- 2 .I".e .sen(α  θ)
COMPONENTE DC
18

19

20
COMPONENTE DC DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

TRIFÁSICO NOS TERMINAIS DE UMA M. S.
 A componente contínua é uma reação

indutiva da rede para impedir que a
corrente i(t) varie entre t=0- e t=0+.
 Ela anula a componente CA em t=0 e
decai no tempo.
 Ela é diferente nas três fases, pois ela
anula a componente CA, que é diferente
nas três fases.
21

22

 A componente DC não existe quando a

componente CA em t = 0 é nula.
 A componente DC torna a corrente de
curto circuito assimétrica.
 A maior componente DC ocorre quando a
componente CA em t = 0 tem seu valor
máxi-mo.
23
COMPONENTE DC DA CORRENTE DE
CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO
24

IDC=0
25

t

TA
i DC (t)  - 2 .I".e .sen(α  θ)
X"
TA 
w.R a
α - Fase inicial da tensão
θ - Fase da impedância até o curto no enrolamento de armadura
26
COMPONENTE CA DA CORRENTE DE
CURTO CIRCUITO
 A componente alternada ou CA da
máquina síncrona é uma função senoidal
que decai no tempo.
 Essa componente CA é caracterizada por
três períodos:
• SUBTRANSITÓRIO,
• TRANSITÓRIO e
• REGIME PERM. DE CURTO CIRCUITO
27
COMPONENTE CA DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

 
t

t

iCA (t)  2 .I"I'.e  I'I.e  I.sen(wt  α  θ)
T" T'
 
iCA (t)  2 .ICA_RMS (t).sen(wt  α  θ)

t t
 
ICA_RMS (t)  I"I'.e T"
 I'I.e T'
I
28

29
CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO NOS TERMINAIS

DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA
30
CORRENTE SUBTRANSITÓRIA
 É o valor eficaz da componente CA da

corrente de curto circuito imediatamente
após a falta.
31
CORRENTE TRANSITÓRIA
 É o valor eficaz da componente CA da corrente
de curto circuito após cessada a influência dos
enrolamentos amortecedores.
32
CORRENTE PERMANENTE
DE CURTO CIRCUITO
 É o valor eficaz da componente CA da corrente

de curto circuito após cessada as influências
dos fluxos induzidos nos enrolamentos de
campo e amortecedores.
33
CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO NOS TERMINAIS

34
CTE DE TEMPO SUBTRANSITÓRIA DA MÁQUINA

SÍNCRONA DE EIXO DIRETO EM CURTO CIRCUITO
 É a constante de tempo que define a duração do

período sub-transitório da corrente de curto circuito.
X AD .X FF .X L
X KD 
" X AD .X L  X FF .X L  X AD .X FF
TD 
w.R KD
35
CTE DE TEMPO TRANSITÓRIA DA MÁQUINA SÍNCRONA

DE EIXO DIRETO EM CURTO CIRCUITO
 É a constante de tempo que define a duração

do período transitório da corrente de curto
circuito.
X AD .X L
X FF 
X AD  X L
TD' 
w.R F
36
CONSTANTE DE TEMPO DO
ENROLAMENTO DA ARMADURA
da componente DC.
X"
TA 
w.R a
37
CÁLCULO DE FALTAS
PARÂMETROS
DA MÁQUINA SÍNCRONA
CIRCUITO EQUIVALENTE
SIMPLIFICADO DE EIXO D
ra LL
rFD rKD
eD LAD
LFD
LKD
eFD
39
CÁLCULO DE FALTAS
REATÂNCIAS
REATÂNCIA SUBTRANSITÓRIA
DE EIXO DIRETO
LL
LAD LFF LKD
" X AD .X KD  X AD .X FF  X KD .X FF
XD  XL 
X AD .X KD .X FF
41
REATÂNCIA TRANSITÓRIA
DE EIXO DIRETO
LL
LAD LFF
X AD .X FF
XD '  XL 
X AD .X FF
42
REATÂNCIA SÍNCRONA DE EIXO DIRETO
LL
LAD
X D  X L  X AD
43
SIMPLIFICADO DE EIXO Q
ra LL
LKQ
LAQ
eQ
rKQ
44
REATÂNCIA SUBTRANSITÓRIA
DE EIXO EM QUADRATURA
LL
LAQ LKQ
' ' X AQ .X KQ
X Q  XL 
X AD  X KQ
45
REATÂNCIA SÍNCRONA
DE EIXO EM QUADRATURA
LL
LAQ
X Q  X L  X AQ
46
IMPEDÂNCIA DE SEQÜÊNCIA NEGATIVA

 É a impedância medida em ensaio, fazendo a máquina
síncrona girar na sua velocidade nominal com o
enrolamento de campo em curto circuito e submetido a
um campo magnético girante (produzido por correntes
de seqüência negativa) que gira em sentido contrário ao
rotor.
POLOS SALIENTES :
POLOS LISOS :  X"  X" 
Z 2  R 2  jX 2  R a  jX" Z 2  R 2  jX 2  R a  j D Q 

 2
 
47
IMPEDÂNCIA DE SEQÜÊNCIA NEGATIVA
48
IMPEDÂNCIA DE SEQÜENCIA ZERO

 É a impedância medida em ensaio, fazendo a
máquina síncrona girar na sua velocidade
nominal com o enrolamento de campo em curto
circuito submetido a um campo girante
produzido por correntes de seqüência zero.
Z 2  R 0  jX 0  R a  jX 0
49
IMPEDÂNCIA DE SEQÜÊNCIA ZERO
50
VALORES TÍPICOS DE
REATÂNCIAS DE MÁQUINAS SÍNCRONA
51
CÁLCULO DE FALTAS
CONSTANTES DE TEMPO
DA MÁQUINA
SÍNCRONA
SIMPLIFICADO DE EIXO D
ra LL
rFD rKD
eD LAD
LFD
LKD
eFD
53
CTE DE TEMPO SUBTRANSITÓRIA DE EIXO

DIRETO DA M. S. EM CIRCUITO ABERTO
LL
X AD .X FF
LKD X KD 
LAD LFF X AD  X FF
TD"0 
w.R KD
rKD
54
CTE DE TEMPO TRANSITÓRIA DE EIXO DIRETO

DA M. S. EM CIRCUITO ABERTO
LL
LFF
LAD X FF  X AD
'
TD 0 
rF w.R F
eF0 +
-
55
CTE DE TEMPO SUBTRANSITÓRIA DE EIXO

DIRETO DA M. S. EM CURTO CIRCUITO
LL
LAD LFF LKD
rKD
X AD .X FF .X L
X KD 
" X AD .X L  X FF .X L  X AD .X FF
TD 
w.R KD
56
CTE DE TEMPO TRANSITÓRIA DE EIXO DIRETO

DA M. S. EM CURTO CIRCUITO
LL
LFF X AD .X L
LAD X FF 
X AD  X L
rF TD' 
w.R F
eF0 +
-
57

SÍNCRONA DE EIXO DIRETO EM CURTO CIRCUITO

do período sub-transitório da corrente de curto
circuito.
X AD .X FF .X L
X KD 
X AD .X L  X FF .X L  X AD .X FF
TD" 
w.R KD
58

DE EIXO DIRETO EM CURTO CIRCUITO
 É a constante de tempo que define a duração do

período transitório da corrente de curto circuito.
X AD .X L
X FF 
X AD  X L
TD' 
w.R F
59

SÍNCRONA DE EIXO DIRETO EM CIRCUITO ABERTO

do período subtransitório quando a máquina
síncrona está em vazio.
X AD .X FF
X KD 
X AD  X FF
TD"0 
w.R KD
60

DE EIXO DIRETO EM CIRCUITO ABERTO

do período transitório quando a máquina
síncrona está em vazio.
X FF  X AD
TD' 0 
w.R F
61
SIMPLIFICADO DE EIXO Q
ra LL
LKQ
LAQ
eQ
rKQ
62
CTE DE TEMPO SUBTRANSITÓRIA DA M. S. DE EIXO EM

QUADRATURA EM CIRCUITO ABERTO
LL
LKQ " X KQ  X AQ
LAQ TQ 0 
w .R KQ
rKQ
63
CTE DE TEMPO SUBTRANSITÓRIA DA M. S. DE EIXO EM

QUADRATURA EM CURTO CIRCUITO
LL
X L .X AQ
LKQ X KQ 
LAQ
" X L  X AQ
TQ 
rKQ w.R KQ
64
CONSTANTE DE TEMPO
DO ENROLAMENTO DA ARMADURA
 É a constante de tempo que define a

duração da componente DC.
X"
TA 
w.R a
65
PARÂMETROS TÍPICOS DA M. S.
66
CÁLCULO DE FALTAS
CURTO CIRCUITO “LONGE”

DA MÁQUINA
SÍNCRONA
CORRENTE DE CURTO
CIRCUITO TRIFÁSICO
 
t

t

T" T'
 
t

TA
- 2 .I".e .sen(α  θ)
68
CORRENTES DE CURTO
“LONGE” DA MÁQUINA SÍNCRONA
69
CONSTANTES DE TEMPO “LONGE”

70

71

72
CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO MUITO “LONGE”

 
t

t

T" T'
 
t

TA
- 2 .I".e .sen(α  θ)
Zn    I"  I'  I
t

TA
i CC (t)  2 .I".sen(wt  α  θ) - 2 .I".e .sen(α  θ)
73
CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO MUITO “LONGE”

74
CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO NOS TERMINAIS DE UMA

MÁQUINA SÍNCRONA DE POLOS SALIENTES
75
CÁLCULO DE FALTAS
APLICAÇÕES DO CÁLCULO DAS

CORRENTES DE CURTO NOS TERMINAIS DE
UMA MÁQUINA SÍNCRONA
VALOR DE PICO MÁXIMO

DA CORRENTE DE CURTO
 Define os esforços dinâmicos submetidos pela
corrente de curto circuito.
 O cálculo exato só pode ser feito por métodos
numéricos.
 No cálculo aproximado, assume-se que a
máxima assimetria se dá quando a com-
ponente DC é máxima isto é quando a fase
(φ-θ) é igual a =±π/2 no instante t =T/2=8,33
ms.
77
VALOR DE PICO
MÁXIMO DA CORRENTE DE CURTO

α θ  - e t  8,33 ms
2
t
 
t

t
 
i CC (t)  2 .I"I'.e  I'I .e  I  .sen(wt  α  θ) - 2 .I".e TA .sen(α  θ)
T" T'
 
 
-3 -3
8.33x10 8.33x10
 
i CC (8.33x10 )   2 .I"I'.e
-3 T"
 I'I .e T'
 I  .cos(377.8.33x10- 3 )
 
8.33x10 -3

TA
 2 .I".e
78
VALOR DE PICO MÁXIMO DA CORRENTE DE CURTO -

APROXIMADO

α θ  - e t  8,33 ms
2
t t t
    
i CC (t)  2 .I"I'.e T"  I'I .e T'  I  .sen(wt  α  θ) - 2 .I".e TA .sen(α  θ)
 
t

TA
i CC (t)  2 .I".sen(wt  α  θ) - 2 .I".e .sen(α  θ)
 
-3
8.33x10

i CC (8.33x10-3 )  2 .I". 1  e TA 
 
 
i PICOMAX  2. 2 .I"
79
VALOR EFICAZ DA CORRENTE DE

CURTO EM CADA INSTANTE
t t
 
I AC  I AC (t)  I"I'.e T"
 I'I .e T'
I
t

TA
I DC  - 2 .I".e .sen(α  θ)
I CC_RMS (t)  I(t) 2AC  I 2DC
80
CURTO “PERTO” E “LONGE”

DAS MÁQUINAS SÍNCRONAS
G1
D1
I AC (4 / 60)  I"
1
I"   5 pu
DADOS DE G1:
0,2
100 MVA, Ra = 0,01; X"=0,2
X' =0,4 ; X =1,0, T"D0 =0,02, T"D0 =5
81
CURTO “PERTO” E “LONGE” DAS

MÁQUINAS SÍNCRONAS
I AC (4 / 60)  I"
G1
D1 1
I"   5 pu
0,2
1 1 1
DADOS DE G1: I"  5 I'   2,5 I  1
0,2 0,4 1
100 MVA, Ra = 0,01; X"=0,2 t t
I AC  I AC (t)  I"I'.e  I'I .e

 
X'=0,4 ; X=1,0 ; T " =0.02; T ' =5; T" T'
I
4 4
 
I AC (4/60)  2,5.e 60.0,02
 1,5.e 60.5
1
I AC (4/60)  2,56 pu
82
CÁLCULO DE FALTAS
ENSAIOS PARA OBTENÇÃO DOS

PARÂMETROS DE UMA MÁQUINA
SÍNCRONA
IMPEDÂNCIA DE SEQUENCIA DE
MÁQUINAS SÍNCRONAS
 O método convencional empregado para
determinação dos parâmetros da máquina
síncrona é o de curto circuito detalhado na
IEEE-115 de 1983.
 Estes ensaios permitem a determinação dos
seguintes parâmetros: X”d, X’d, Xd, T’do, T”do,
T”d e T’d.
 As limitações desses ensaios está no fato de
não providenciar as constantes transitórias e
subtransitórias de eixo q.
84
ENSAIOS DE CURTO CIRCUITO
 Esses ensaios não incluem medições no

enrolamento de campo.
 Métodos alternativos são propostos:
• Testes de curto circuito ampliados,
• Testes de decaimento de estator,
• Testes de resposta em freqüência:
 Resposta em freqüência em circuito aberto,
 Resposta em freqüência parado.
 Resposta em freqüência on-line.
85
86

 Os testes de curto circuito são empregados
para comprovar que o projeto é adequado para
suportar os esforços mecânicos de curto
circuito e de condições anormais.
 É essencial que o ensaio de curto circuito seja
feito por uma chave que feche as três fases
simultaneamente.
 O primeiro teste é realizado com 50% da
tensão nominal.
87

 Posteriormente os testes devem ser
continuados até 100% da tensão nominal.
 Deve-se armazenar os oscilogramas da tensão
no mínimo em uma fase, corrente nas três
fases e corrente de campo.
 Quando a corrente de curto circuito é
assimétrica mais a componente alternada é
senoidal, o decaimento da componente DC
pode ser encontrado.
88
 O decaimento da componente DC pode

ser obtida desenhando a curva média
entre as envoltórias. A distância entre a
curva média e a linha de zero é a
componente DC.
 As constantes de tempo subtransitória e
transitória são obtidas a partir do gráfico
em escala logarítmica da corrente em
função do tempo.
89
Methodio Godoy
e-mail: methmari@elogica.com.br
EQUAÇÕES DA MÁQUINA
SÍNCRONA
ENFOQUE DE ESTUDOS DE MÁQUINAS

ELÉTRICAS
 Existem dois enfoques para se estudar

as máquinas síncronas:
• CIRCUITOS ELETROMAGNETICAMENTE
A-COPLADOS, (adotado para estudos de
máquinas elétricas em regime transitório)
• CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS (adotado
para estudos de máquinas elétricas em
regime permanente).
92
ENFOQUE DOS CIRCUITOS MAGNETICAMENTE

ACOPLADOS
 Nesse enfoque os enrolamentos da

máquina síncrona são representados por
suas indutân-cias próprias e mútuas.
 L AA L AB L AC L AF L AKD1 ... L AKQ1 ...
 L L BB L BC L BF L BKD1 ... L BKQ1 ...
 BA
 L CA L CB L CC L CF L CKD1 ... L CKQ1 ...
 
L L FB L FC L FF L FKD1 ... L FKQ1 ...
L   FA
L KD1A L KD1B L KD1C L KD1F L KD1KD1 ... L KD1KQ1 ...
 
 ... ... ... ... ... ... ... ...
L L KQ1B L KQ1C L KQ1F L KQ1KD1 ... L KQ1KQ1 ...
 KQ1A 
 ... ... ... ... ... ... ... ...
93
HIPÓTESES PRELIMINARES
SIMPLIFICADORAS
 Indutâncias próprias e mútuas são

assumidas lineares, isto é, a saturação é
desprezada.
 Os enrolamentos de armadura são
considera-dos concentrados.
 O rotor é considerado de polos salientes e
são definidos dois eixos de simetria: um
polar e outro em quadratura ou interpolar.
94
INDUTÂNCIAS PRÓPRIAS DO ENR. DE CAMPO E DOS

AMORTECEDORES
L FF  L FF  cte
L KD1KD1  L KD1KD1  cte

L KQ1KQ1  L KQ1KQ1  cte

95
INDUTÂNCIAS MÚTUAS ENTRE ENR. DE CAMPO E

ENR. AMORTECEDORES
L FKD1  L KD1F  cte

L FKD2  L KD2F  cte

L FKQ1  L KQ1F  0
L FKQ2  L KQ2F  0

96
INDUTÂNCIAS MÚTUAS ENTRE ENR.

AMORTECEDORES DE EIXOS D e Q



L KD1KQ1  L KQ1KD1  0
L KD2KQ1  L KQ1KD2  0
 97
INDUTÂNCIAS MÚTUAS ENTRE ENR. DE

ESTATOR E DE CAMPO
L AF  L FA  L AFcosθr

L
 BF  L FB  L AF cos 
θ r  120 o

L  L  L cos θ  120o
 CF FC AF  r 
98
INDUTÂNCIAS MÚTUAS ENTRE ENR. DE ESTATOR E

AMORTECEDOR
L AKD1  L KD1A  L KD1Acosθr



L BKD1  L KD1B  L KD1Acos θ r  120
o

L
 CKD1  L KD1C  L KD1A cos θ 
r  120 o

L AKQ1  L KQ1A  L AKQ1senθr


L BKQ1  L KQ1B  L AKQ1senθ r  120 
o
L
 CKQ1  L KQ1C   L AKQ1sen θ r  120 o

99
INDUTÂNCIAS PRÓPRIAS ENTRE

ENROLAMENTOS DE ESTATOR
L AA  L AA0  L AAG2cos2θr

L BB  L AA0  L AAG2cos 2 θ r  120o 
L cc  L aa0  L g2 cos2θ  120 
r
o
100
INDUTÂNCIAS MÚTUAS ENTRE

101
INDUTÂNCIAS MÚTUAS ENTRE


L AB  L BA  0,5L G0  L G2cos 2θr  120o 


L AC  L CA  0,5L G0  L G2cos 2θr  120
o

L  L  0,5L  L cos2θ 
 BC CB G0 G2 r
102
EQUAÇÃO DO FLUXO ENLAÇADO EM CADA

ENROLAMENTO
 λ A   L AA L AB L AC L AF L AKD1 ... L AKQ1 ...  i A 

 λ   L L BB L BC L BF L BKD1 ... L BKQ1 ...  i B 
 B   BA
 λ C   L CA L CB L CC L CF L CKD1 ... L CKQ1 ...  i C 
    
 F    L FA
λ L FB L FC L FF L FKD1 ... L FKQ1 ...  i F 
.
 λ KD1  L KD1A L KD1B L KD1C L KD1F L KD1KD1 ... L KD1KQ1 ... i KD1 

    
 ...   ... ... ... ... ... ... ... ...  ... 
 λ  L L KQ1B L KQ1C L KQ1F L KQ1KD1 ... L KQ1KQ1 ... i KQ1 
 KQ1   KQ1A  
 ...   ... ... ... ... ... ... ... ...  ... 
103
EQUAÇÕES DE TENSÃO
ROTOR
ESTATOR v f  R fif 
d
f
dt
 d  d
 v a  R aia  dt  a  0  v 1d  R i
1d 1d   1d
dt
 d
 d  0  v 2d  R i
2d 2d   2d
dt
 vb  R aib   b 

 dt 

v  R i  d   d
 c a c
dt
c
 0  v 1q  R i
1q 1q 
dt
 1q
 d
 0  v 2q  R i
2q 2q   2q
 dt
 

104
TRANSFORMAÇÃO DQ0
 OBJETIVOS:
• Obter o modelo da máquina síncrona a partir de
indutâncias constantes isto é com coeficientes
constantes (em velocidade constante),
• Sob condições equilibradas, elimina as equações
correspondentes à componente de seqüência zero,
• Com referencial síncrono, resulta em correntes,
tensões e fluxos contínuos (em regime permanente
senoidal).
105
TRANSFORMAÇÃO DQ0
106
MATRIZ DE TRANSFORMAÇÃO ABC - DQ0
 
 cosθ r 
cos θ r  120 o
 
cos θr  120 o

2
T  .- senθr - senθ  120 
o

- sen θ r  120o  
3
r

 1 1 1 
 2 2 2 
 v dq0
s  T .v abc
s
 dq0
i
 s  T .i abc
s
λ dq0  T.λ abc
 s s
107
MATRIZ DE TRANSFORMAÇÃO DQ0 - ABC
 cosθ r - senθr 1
T 
-1
 cosθ r  120o  - senθr  120o  1
cosθ r  120o  - senθr  120o  1
 v abc
s   
T -1
.v dq0
s
 abc
i
 s   
T -1
.i dq0
s.
 s  
λ abc  T -1 .λ dq0
s.
108
APLICAÇÃO DA TRANSFORMADA DQ0 A

EQUAÇÃO DO FLUXO
dq0
E  T.
abc
E 
 T. L i abc
EE E  L ER i R 
 dq0
E  
 T.L EE . T .i
1 dq0
E  T.L ER .i R
109

EQUAÇÃO DOS FLUXOS
λ D  L D i D  L AF i F  L AKDi KD

λ Q  L Q i Q  L AKQ i KQ
λ   L i
 0 0 0
ONDE:  3
 DL  L AL  L G0  L G2   L AL  L AD
2
 3
L
 Q  L AL  L G0  L G2   L AL  L AQ
 2
L 0  L AL

110

EQUAÇÃO DAS TENSÕES
 As equações da tensão nos enrolamentos

de estator são compostas de três
parcelas: queda de tensão resistiva, fem
de transfor-mação e fem de rotação.
 dλ D
 Dv   R i
E D   ωR λ Q
dt
 dλ Q
v Q  R Ei Q   ωRλ D
 dt
 v   R i  dλ 0
 0 E 0
dt
111

 As fem de rotação surgem devido a

variação do fluxo no espaço e as fem de
transforma-ção surgem devido a variação
do fluxo no tempo.
 dλ D
 Dv   R i
E D   ωRλ Q
dt
 dλ Q
 dt
 v   R i  dλ 0
 0 E 0
dt
112

 As fem de transformação em muitos regimes

transitórios podem ser desprezadas sem
provocar erros significativos.
 dλ D
 Dv   R i
E D   ωR λ Q
dt
 dλ Q
 dt
 v   R i  dλ 0
 0 E 0
dt
113

 dλ D  dλ F
 v D   R E i D  dt  ω R λ Q  v F  R F i F  dt
 dλ Q  dλ KD
v Q  R Ei Q   ωRλ D  0  R i
KD KD 
 dt  dt
 v   R i  dλ 0 0  R i  dλ KQ
 0 E 0
dt  KD KQ
dt
114

EQUAÇÃO DA POTÊNCIA
i a 
  t 
Pin  v a v b v c .i b   v f .i f  v sabc isabc  v f i f
 i c 

     
1 t 1
Pin  Tdq0 v dq0 Tdq0 idq0  v F .i F
Pin  v t
dq0 T  T i
1 t
dq0
1
dq0 dq0  v F .i F
115

EQUAÇÃO DA POTÊNCIA
Pin  v t
dq0   .T .i
.T1 t
dq0
1
dq0 dq0  v F .i F
3 2 0 0
como: T  .T 
1 t
dq0
1
dq0   0 3 2 0
 0 0 3
3 3
Pin  .v D .i D  .v Q .i Q  3.v 0 .i 0  v F .i F
2 2
116

EQUAÇÃO DO CONJUGADO
117

EQUAÇÃO DO CONJUGADO
3  3 P
PELE   .ω R λ Di Q  λ Q i D    . .ω R mec .λ Di Q  λ Q i D 
2  2 2 
PELE  3   POLOS 
TELE    . .λ D i Q  λ Q i D 
ω RMEC  2   2 
118
SISTEMA PU EM REGIME TRANSITÓRIO DE MÁQUINAS

SÍNCRONAS
 VALORES BASE:
• eSBASE – valor de pico da tensão fase neutro em V,

• iSBASE – valor de pico da corrente de linha em A,
• fBASE – freqüência nominal,
• wBASE – freqüência base em rad/segundos
• wMBASE – velocidade mecânica base
119

SÍNCRONAS
 VALORES BASE:
 2 
w MBASE   .w BASE
 POLOS 
e
Z SBASE  SBASE
i SBASE
Z SBASE
L SBASE 
w BASE
eSBASE
λ SBASE  L SBASE .I SBASE 
w BASE
120

SÍNCRONAS
 VALORES BASE:
S BASE  3.VBASE .I BASE

e BASE i BASE
S BASE  3. .
2 2
3
S BASE  .e BASE .i BASE
2
S SBASE 3  POLOS 
TBASE   . . BASE .i SBASE
w MBASE 2  2 
121

SÍNCRONAS
 VALORES BASE:
1
tBASE 
w BASE
2
LfdBASE .ifdBASE  LKdBASE .iKdBASE
2
3
2
LfdBASE .i
fdBASE
 .LSBASE .iSBASE
2
2
3
SBASE  .eBASE .iBASE  eFDBASE .iFDBASE  eKDBASE .iKDBASE
2
3
SBASE  .eBASE .iBASE  eKQBASE .iKQBASE
2
122
INDUTÂNCIAS EM PU DA MÁQUINA SÍNCRONA PARA REGIME

TRANSITÓRIO
 VALORES BASE:
L AF  L FA  L AKD  L KAD  L AD
L AKQ  L KAQ  L AQ
L FKD  L KDF
123
EQUAÇÕES DO FLUXO EM PU DA MÁQUINA SÍNCRONA PARA

REGIME TRANSITÓRIO
λ D  L L  L AD .i D  L AD .i FD  L AD .i KD
λ Q  L L  L AQ .i Q  L AQ .i KQ
λ O  L O .i O
λ FD  L FFD .i FD  L AD .i D  L FKD .i KD
λ KD  L KKD .i FD  L AD .i D  L KDF .i FD
λ KQ  L KKQ .i KQ  L AQ .i Q
124
EQUAÇÕES DO FLUXO EM PU DA MÁQUINA SÍNCRONA PARA

REGIME TRANSITÓRIO
λ D  L D .i D  L AD .i FD  L AD .i KD
λ Q  L Q .i Q  L AQ .i KQ
λ O  L O .i O
λ FD  L FFD .i FD  L AD .i D  L FKD .i KD
λ KD  L KKD .i FD  L AD .i D  L KDF .i FD
λ KQ  L KKQ .i KQ  L AQ .i Q
125
EQUAÇÕES DA TENSÃO EM PU DA MÁQ. SÍNCRONA PARA

REGIME TRANSITÓRIO
dλ D
e D  ra .i D   λ Q .w R
dt
dλ Q
e Q  ra .i Q   λ D .w R
dt
dλ O TELE  λ D .i Q  λ Q .i D
eO  ra .i O 
dt
dλ FD
e FD  rFD .i FD 
dt
dλ
0  rKD .i KD  KD
dt
dλ KQ
0  rKQ .i KQ 
dt 126
Methodio Godoy
e-mail: mgodoy @br.inter.net

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 A componente contínua é uma reação

COMPONENTE DC DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

COMPONENTE DC DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

 A componente DC não existe quando a

COMPONENTE DC DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

COMPONENTE DC DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

COMPONENTE CA DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

iCA (t)  2 .ICA_RMS (t).sen(wt  α  θ)

CORRENTE DE CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO NOS TERMINAIS

 É o valor eficaz da componente CA da

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CTE DE TEMPO SUBTRANSITÓRIA DA MÁQUINA

 É a constante de tempo que define a duração do

CTE DE TEMPO TRANSITÓRIA DA MÁQUINA SÍNCRONA

 É a constante de tempo que define a duração

LAD LFF LKD

REATÂNCIA SÍNCRONA DE EIXO DIRETO

IMPEDÂNCIA DE SEQÜÊNCIA NEGATIVA

IMPEDÂNCIA DE SEQÜÊNCIA NEGATIVA

IMPEDÂNCIA DE SEQÜENCIA ZERO

IMPEDÂNCIA DE SEQÜÊNCIA ZERO

CTE DE TEMPO SUBTRANSITÓRIA DE EIXO

CTE DE TEMPO TRANSITÓRIA DE EIXO DIRETO

CTE DE TEMPO SUBTRANSITÓRIA DE EIXO

LAD LFF LKD

CTE DE TEMPO TRANSITÓRIA DE EIXO DIRETO

CTE DE TEMPO SUBTRANSITÓRIA DA MÁQUINA

 É a constante de tempo que define a duração

CTE DE TEMPO TRANSITÓRIA DA MÁQUINA SÍNCRONA

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CTE DE TEMPO SUBTRANSITÓRIA DA MÁQUINA

 É a constante de tempo que define a duração

CTE DE TEMPO TRANSITÓRIA DA MÁQUINA SÍNCRONA

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CTE DE TEMPO SUBTRANSITÓRIA DA M. S. DE EIXO EM

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