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Universidade Federal de Pernambuco

Departamento de Engenharia Elétrica e Sistemas de Potência


Aluno: David Florêncio da Silva Jr
Professor: Hélio Hênio
Disciplina: Distribuição

Distribuição- Resumo para o 3º Exercício Escolar


1) Falar sobre os recursos utilizados no circuito primário de um Sistema de Distribuição Radial
Resposta:
Recurso Normalmente Aberto:
Quando um circuito primário radial é desligado, todos os consumidores ligados a ele sofre desligamento, essa interrupções são de
certa duração e podem deixar o consumidor sem energia muito tempo. Para diminuir esse tempo empregam-se recursos normalmente
abertos, semelhantes as separações em baixa tensão. Além de dispositivos para seccionalizar o alimentador, uma equipe é enviada ao
local para localizar o efeito, dividir o alimentador em vários trechos e ligar cada trecho não defeituoso em alimentadores adjacentes.
Como esse tempo pode levar de 20 a 60 min., essa demora é a principal desvantagem do sistema radial.

Cabo reserva nas saídas das subestações:


Como uma grande parte dos defeitos ocorre nos cabos de saída das linhas aéreas e seno esses mais difíceis de reparar, mantém-se
na estação um cabo reserva, permanentemente com potencial e sem carga e que possua recursos entre todas as linhas da estação.
Este serve para substituir, em caso de defeito o cabo de saída que qualquer uma delas.
Dupla alimentação para reserva:
Certos consumidores ligados à rede primária, como hospitais por exemplo podem ficar sem suprimento de energia elétrica. Nestes
casos, o consumidor de dupla alimentação: normal e reserva, provenientes de linhas primárias deficientes. A ligação interna da
subestação do consumidor é feita através de 2 disjuntores, intertravados para evitar o fechamento simultâneo e munidos de
dispositivos para transferência automática da alimentação.

2) Discorre sobre o sistema tipo radial de distribuição energia.


Resposta:
Trata-se de um sistema mais simples, compreendendo alimentadores primários se irradiando das subestações sendo cada um deles
confinados em uma certa área. Dos alimentadores, se irradiam os ramais e os laterais, que são ligados os trafos de distribuição uma
prática comum colocar entre o trafo e a rede primária, um chave fusível de maneira que um defeito no secundário ou no trafo não
cause defeito na rede primária e esta venha a sofrer desligamento. A expressão sistema radial também denota que a rede secundária
suprida de um lado do trafo se irradia do mesmo, não sendo ligada com as redes secundárias dos trafos adjacentes. Estes sistema tem
sido aplicado principalmente na distribuição aérea onde o pequeno lucro no investimento devido as baixas densidades de carga,
obrigou o emprego de sistemas mais barato. É empregado também como alimentação de redes subterrâneas ou aérea onde a
densidade de carga, embora altas, ainda não o obriguem o uso do sistema reticulado.
A maior desvantagem no sistema radial é a demora no restabelecimento do suprimento de energia.

O caso da falha no trafo, este recurso seja fechado tem-se temporariamente de modo que a carga deste trafo seja alimentada a partir
de um trafo adjacente.

A figura acima mostra um exemplo de uma falha no trafo 1. Este é então isolado e suas cargas alimentadas pelo trafo 2, ao se fechar
o recurso.

3) Mencione os processos de regulação de tensão usados na distribuição de energia elétrica e explique sua classificação
a partir do princípio de operação do processo regulador e da sensibilidade às variações cíclicas da carga.
Resposta:
Processos de Regulação de Tensão:
a. Troca de derivação no trafo de distribuição
b. Troca de condutores
c. Booster
d. Reguladores de tensão
e. Capacitores série
f. Capacitores shunt
Classificação pelo princípio de operação:
a. Redução da impedância do circuito:
• Capacitores Série
• Troca dos condutores
b. Introdução de tensão em série como circuito
• Booster
• Regulador de tensão
c. Elevação fixa de tensão
• Capacitores Shunt
• Troca de derivação
Classificação pela sensibilidade:
a. Elevação de tensão fixa (sem sensibilidade)
• Capacitores shunt
• Booster
• Troca de derivação
b. Elevação de tensão variável
• Capacitores série
• Troca de condutores
• Reguladores de tensão
Pelo ponto de aplicação na rede de distribuição:
a. Rede primária
• Troca de Condutores
• Booster
• Regulador de tensão
• Capacitores shunt, série

b. Trafo de distribuição: Troca de derivação


c. Rede Secundária: Troca dos condutores; Capacitores Shunt
4) Apresentar formas de expressar o fator de carga de sistema e mostrar como pode-se melhorar através da variação do
fator de diversidade.
Resposta:
Fator de Carga: É a relação entre a demanda média e a demanda máxima de um sistema em mesmo intervalo de tempo considerado.
Dméd
FC = ; Na determinação do FC, devem ser considerados dois intervalos de tempo:
Dmáx
a) O período em que se deseja determinar o FC;
b) Intervalo de demanda máxima;

Sabemos que a demanda média Poe ser determinada dividindo-se a energia total consumida no período considerado, pela duração do
consumo.
A figura acima (fig 1) temos a energia total será a área sob a curva.
Outra Forma Fig(2):
E = (T1-T0)Dmed
E = Tu*Dmax
T1 Dméd
∫ Pdt
FC =
T1 Dmáx
∫ Pdt A demanda média será: Dm =
T0
T1 − T 0 =
(T 1 − T 0) Dméd
=
Dmáx * Tu
T2
(T 1 − T 0) Dmáx (T 1 − T 0) * Dmáx
T1 Tu
(eq. II)
∫ Pdt
FC=
T1 − T 0
T0
ou FC = (eq. I)
(T 1 − T 0) Dmáx

Então vemos pela eq.I que o FC pode ser expresso pela relação entre o consumo real no período considerado e consumo máximo que
teria o sistema se funcionasse durante todo o período com uma demanda constante e igual a máxima. Vemos pela eq.II, que o FC
também pode ser expresso como a relação entre o tempo de utilização da demanda máxima ( tempo fictício no qual o sistema
consome uma energia igual à realmente consumida, porém com demanda igual a máxima) em um intervalo de tempo e a duração
deste intervalo.

A curva 1 é a curva 1 é a curva de carga de um consumidor. Se for adicionado uma nova carga ao seu sistema, curva 2, a sua nova
curva de carga seria a curva 3. Notamos que Dméd aumenta mas Dmáx não, logo o FC aumentou com o aumento do FD.

5) Qual o efeito na regulação de tensão, decorrente da aplicação de um booster em determinado ponto da rede primária
de distribuição? Fundamente sua resposta.
Resposta:
Os boosters são constituídos por trafos de distribuição ligados como auto-trafos com polaridade aditiva, série com a linha, adicionando
uma tensão constante à tensão existente. A tensão adicionada depende da tensão
existente e da relação de espiras do booster.

Então temos que o booster adiciona uma tensão à tensão existente na hora de carga
máxima, este efeito é bom mas na hora de carga mínima esse efeito Poe ser ruim
para o sistema, pois em uma carga mínima, a tensão no ponto é maior, e
adicionando-se mais uma tensão, pode vir a ultrapassar o limite máximo de tensão.
Então vemos que o booster não é um processo correto para melhorar a regulação.
6) Esquematizar os sistemas utilizados na distribuição de energia elétrica e, apresentar uma síntese de operação dos
mesmos.
Resposta:

7) Discorrer sobre os custos envolvidos envolvidos no equacionamento técnico de uma rede de transporte de energia
elétrica.
Resposta:
A linha deve ser dimensionada de tal maneira que o custo de transporte de uma potência P[KW] a uma distância L [KM] seja o menor
possível, dentro dos padrões técnicos aceitáveis e com um grau de confiabilidade, alto pré-estabelecido. O equacionamento técnico
econômico tem que ser feito estabelecendo uma relação ideal, ou quase ideal entre dois fatores, os quais parecem divergir:
a) Custos da energia perdida no transporte:
2
As perdas ocorrem devido ao efeito joule ( RI ) e ao efeito corona. As perdas por efeito joule são proporcionais às correntes nas
linhas, e as perdas por efeito corona são proporcionais à tensão. As perda por efeito joule diminuem com aumento da tensão enquanto
as perdas por efeito corona aumentam, mantendo-se inalteradas as demais condições. As duas perdas diminuem com o aumento da
bitola dos condutores. Com isso observamos que a redução nas perdas aumenta aumentam o custos das instalações.

b) Custos das instalações necessária ao transporte da energia:


A vida útil das instalações de transmissão é muito longa. As linhas com estrutura de madeira duram entre 15 a 20anos. As linhas com
estruturas metálicas ou de concreto duram em média 50 anos. É usual fazer estes cálculos em termos de custo anual.

A – Variação do custo das perda de energia


B – Variação do custo da instalação
C – Curva dos custos incrementais

A otimização desses custos se dá conforma o gráfico acima no menor ponto da curva C

8) Como é regulamentado no Brasil a qualidade de energia elétrica? O que estabelece este regulamento?
Resposta:
A portaria DNAEE(Departamento Nacional de Águas e energia elétrica) estabelece os níveis de tensões de fornecimento e os limites de
variação das tensões (limites precários e adequados). Tensões de transmissão, subtransmissão e primária de distribuição. A tensão no
ponto de entrega (PDE) deve ser ±5% da nominal do sistema e ±10% da tensão precária. Os limites de variação de tensão são de
±5%.

Tensão Secundária de Distribuição (Padronizadas e não-padronizadas):


A resolução da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) atualiza as disposições referentes à portaria DNAEE Nº. 046, de 17 de
abril de 1978 (art.2º): A continuidade da distribuição da energia elétrica deverá ser supervisionada, avaliada e controlada por meio de
indicadores coletivos que exprimem os valores vinculados a conjuntos de unidades consumidoras, bem como os indicadores individuais
associados a cada unidade consumidora.
Indicadores: DEC, FEC, DIC, FIC e DMIC
DEC: Duração equivalente de interrupção por unidade consumidora. Descontinuidade da distribuição.
k

∑ Ca(i) * t (i)
DEC = i =1
; Ca – Nº de unidades consumidoras interrompidas em um evento (i), no período de apuração;
Cc
t(i) – Duração de cada evento (i) no período de apuração;
Cc – Número total de unidades consumidoras do conjunto no final do período de apuração;

FEC: Freqüência equivalente de interrupção por unidade consumidora.


k

∑ Ca(i)
FEC = i =1
; k – Número máximo de eventos ocorridos no período considerado;
Cc
i – Índice de eventos ocorridos no sistema que provocam interrupções em uma ou mais unidades
consumidoras

FIC: freqüência de interrupção individual por unidade consumidora. Número de interrupções ocorridas.
FIC=n
DIC: Duração de interrupção individual por unidade consumidora. Intervalo de tempo de descontinuidade
n
DIC = ∑ t (i ) ;
i =1
O DIC e FIC são apurados e informado os valores mensais, trimestrais e anual referentes ao último ano e os valores mensais e
trimestrais disponíveis no ano em curso.
DMIC: Duração máxima de interrupção contínua por unidade consumidora. DMIC = t(i)MÁX
Apurado e informados os valores mensais referentes ao último ano civil, bem como os valores mensais disponíveis do ano em curso.

9) Um consumidor em 13,8kv caracterizado pelas curvas mensais abaixo, é faturado em tarifa binômia convencional a
saber: Tarifa de Demanda – R$ 50,07309/kW por mês
Tarifa de Consumo – R$ 247,67/MWh de consumo mensal
Indaga-se:
a) quais os valores porcentuais do Fator de Carga nas duas situações ?
b) quais os preços médios do kWh nas duas situações ?
c) que economia em R$ foi alcançada comparando--se as contas de energia nas duas situações?
Resposta:

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