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Fome - deveu-se aos maus anos agrícolas por causa das chuvas intensas;
A pior calamidade foi a Peste Negra que em menos de três meses matou cerca de um terço da
população.
Problema de sucessão
Neste tratado D. Fernando deu a mão da sua única filha, D. Beatriz, a D. João I, rei de Castela, e
ficou estabelecido que o futuro rei de Portugal seria o seu neto, filho de D. Beatriz, quando
atingisse os 14 anos.
Quando D. Fernando morre, D. Leonor de Teles, sua esposa, assume a regência do reino e
aclama D. Beatriz como rainha de Portugal. O povo ficou descontente porque não queria ser
governado por um rei estrangeiro e temia que Portugal perdesse a independência.
Apoiantes de D. Beatriz – alto Clero e alta Nobreza porque temiam perder os seus privilégios;
Apoiantes de D. João, Mestre de Avis – povo, burguesia, parte do Clero e parte da Nobreza
porque não queriam ser governados por um rei estrangeiro e temiam que Portugal perdesse a
independência.
Álvaro Pais planeou uma conspiração para matar o conselheiro galego de D. Leonor de Teles, o
conde Andeiro. D. João, Mestre de Avis, filho ilegítimo de D. Pedro, é escolhido para o matar.
Após a morte do conde Andeiro, D. Leonor de Teles foge para Santarém e pede ajuda a D. João
I, rei de Castela. Mestre de Avis passa a Regente e Defensor do reino com o apoio do povo.
-ocupa Santarém;
Lisboa esteve cercada 3 meses e só se libertou quando a peste negra atacou os soldados
castelhanos.
Nas Cortes em Coimbra (1385) João das Regras provou que D. João, Mestre de Avis, era quem
tinha mais direito a ser o rei de Portugal que passa a intitular-se D. João I.
Ao saber da aclamação de Mestre de Avis como rei de Portugal, D. João I, rei de Castela,
invade novamente Portugal mas é derrotado na batalha de Aljubarrota (1385) pelos
portugueses chefiados por D. Nuno Álvares Pereira.
Consolidação da independência
D. João I, Mestre de Avis, recompensou com terras, cargos e títulos os nobres e burgueses que
o apoiaram e retirou privilégios à alta Nobreza que apoiou D. Beatriz e que fugiu para Castela.
Portugal fez ainda um tratado de amizade com Inglaterra onde os dois países se
comprometeram a ajudar-se mutuamente. esta aliança foi reforçada com o casamento de D.
João I com D. Filipa de Lencastre em 1387.
Entretanto, só em 1411 o problema com Castela ficou resolvido com um tratado de paz.
O caminho do mar
No início do séc. XV, a Europa vivia isolada do resto do mundo. Apenas se conhecia, além da
Europa, a Ásia e o norte de África.
Nesta altura, Portugal era um reino pobre. No entanto, encontrava-se num período de paz e
sentiu a necessidade de alargar os seus territórios. Os portugueses não podiam alargar as suas
fronteiras para território castelhano, de forma a evitar entrar em guerra com Castela, por isso
decidiram encontrar novos territórios pelo mar.
Em 1415, Portugal conquistou Ceuta, no norte de África, com o desejo de obter ouro e
dominar o comércio do mar Mediterrâneo. Contudo, os mouros, ao perderem Ceuta,
desviaram as rotas do ouro e das especiarias para outras cidades.
Para obterem as riquezas que tanto ambicionavam os portugueses tinham então que descobrir
a origem dos produtos que os mouros comerciavam mas, para isso, tinham que ir para terras
desconhecidas.
1415 – Conquista de Ceuta – D. João I com os seus filhos D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique
1419 – Redescoberta do arquipélago da Madeira – João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira
Técnicas de navegação
Quando navegavam no mar alto orientavam-se pelos astros (estrela polar e sol), utilizando
para isso o quadrante, o astrolábio e a balestilha.
Passou-se a utilizar a caravela que era um navio inovador pois possuía velas triangulares que
permitiam bolinar, ou seja, navegar com ventos contrários.
Começaram a ser desenhadas as cartas náuticas com as novas terras descobertas e com
informações sobre os ventos para facilitar as viagens futuras.
Tratado de Tordesilhas
O grande desejo de D. João II era chegar à Índia por mar por causa do comércio das
especiarias. No entanto, também Castela tinha o mesmo desejo. Em 1492, Cristóvão Colombo,
ao serviço de Castela, chega à América quando procurava chegar à Índia navegando para
oeste. Esta descoberta criou um conflito entre Portugal e Castela porque segundo o Tratado de
Alcáçovas, assinado em 1480, as terras a sul das ilhas Canárias pertenciam a Portugal. Sendo
assim, as terras descobertas por Cristóvão Colombo deveriam pertencer a Portugal.
Para resolver este conflito foi necessária a intervenção do papa que levou os dois monarcas
dos dois reinos a assinar um novo acordo – o Tratado de Tordesilhas. Segundo este tratado o
mundo ficava dividido em duas partes por um meridiano a passar a 370 léguas a ocidente de
Cabo Verde. As terras que fossem descobertas a oriente pertenceriam aos portugueses e a
ocidente seriam para Castela.
Chegada à Índia
D. João II acabou por não ver o seu sonho realizado. Após a sua morte, sucedeu-lhe o seu
primo D. Manuel I que decidiu continuar os descobrimentos. Em 1497 nomeou Vasco da Gama
capitão-mor de uma armada constituída por quatro navios: as naus S. Gabriel, S. Rafael e
Bérrio, mais uma embarcação com mantimentos. O objetivo desta armada era chegar à Índia
por mar. A viagem durou um ano e em maio de 1498 os portugueses chegam a Calecut.
Descoberta do Brasil
Quando Vasco da Gama chega à Índia, os portugueses foram no início bem recebidos. No
entanto, começaram a sentir algumas hostilidades e para garantir o domínio português partiu
de Portugal uma armada em Março de 1500. Esta nova armada, chefiada por Pedro Álvares
Cabral, era constituída por treze navios. Um desvio feito a ocidente levou os portugueses a
descobrirem o Brasil.