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Versão da conclusão pelo Jorge.

As discussões em torno dos Royalties do Petróleo acontecem paralelas ao


Plano Nacional de Educação – PNE (2011-2020). Para Nunes (2011 p. 8107)
“O PDE aparece como grande guarda-chuva que abriga praticamente todos os
programas em desenvolvimento pelo MEC” (apud. SAVIANI, 2009, p. 5).
Apesar dessas discussões estarem “na pauta do dia” é possível percebermos
que, pelo ao menos a princípio, A destinação dos royalties do petróleo e de
50% do Fundo Social do pré-sal para educação, não deve fazer grande
diferença na execução do Plano Nacional de Educação (PNE), porque a verba
está ligada a contratos futuros, que só devem começar a render lucros a partir
de 2017.

Além disso, as principais jazidas ainda não foram leiloadas e em virtude da


localização e dificuldades de acesso às mesmas os resultados efetivos em
termos financeiros talvez sejam concretizados após trinta ou quarenta anos de
exploração. Outro fator a se considerar é o fato de estarmos tratando de
recursos esgotáveis, não renováveis que, portanto, não podem ser entendidos
como garantias a longo prazo, ainda que a exploração do pré-sal atendam às
necessidade emergenciais das questões educacionais não podem ser tratados
como solução definitiva no Brasil.

Diante disso, urge pensar-se em questões mais concretas que sejam capazes
de dar conta de garantir a longo prazo e sem interrupções, o financiamento da
educação nas três esferas de poder e nos dois níveis: educação básica e
ensino superior. Entre as medidas futuras poder-se-ia pensar em uma forma de
contribuição social equitativa onde as áreas de maior concentração de
riquezas, pudessem contribuir com maiores percentuais.

No período de transição de poderes das forças políticas da direita para grupos


políticos da esquerda, o Brasil passou pela experiência da angariação de
recursos por meio da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira
– CPMF – que foi criada pelo governo FHC e deixada como herança ao
governo Lula. A origem dessa contribuição seria para garantir recursos para
saúde no Brasil, entretanto, diante do volume de recursos, a mesma foi
redirecionada para outras áreas da administração pública.

A CPMF passou a vigorar em 23 de janeiro de 1997, baseado na edição


da Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996. A contribuição foi extinta em 23 de
janeiro de 1999, tendo sido substituída pelo IOF até o restabelecimento em 17
de junho de 1999. A alíquota, que era originalmente de 0,25%, foi elevada na
época de seu restabelecimento para 0,38%, abaixada para 0,30% em 17 de
junho de 2000 e novamente elevada para 0,38% em 19 de março de 2001. A
proposta de prorrogação da contribuição foi rejeitada pelo senado em
dezembro de 2007.

Em que pese o fato de a extinta CPMF ter sido objeto de polêmica em torno
das várias camadas sociais e, ainda pelo fato de ter sido rechaçada pelos
partidários de esquerda e posteriormente passar a ser objeto de continuidade
pelo próprio partido de esquerda e sua extensão por mais quatro anos; por sua
característica de afetar toda e qualquer operação financeira, principalmente por
pressões elitistas, essa contribuição foi extinta.

Entretanto, essa contribuição mostrou-se eficiente no que tange ao montante


de sua arrecadação, por outro lado, à parte da ingerência e os desvios de
objetivos pelo qual a extinta CPMF foi implantada, a mesma apresentou-se
também como instrumento de arrecadação eficaz exigindo mais dos que
realizavam movimentações financeiras volumosas – seria uma forma um pouco
mais justa de arrecadação, pois quem movimenta mais, paga mais e quem
movimenta menos paga menos. Diante do exposto essa contribuição poderia
ser pensada como política de financiamento à educação de forma definitiva
com base na concepção de Contribuição Permanente Sobre Movimentação
Financeira. Nesse caso todos os cidadãos, tanto ricos quanto pobres seriam
responsáveis pelo financiamento da educação.

Assim, através de uma reformulação política de financiamento da educação,


caberia a sociedade e ao poder público a fiscalização na aplicação dos
recursos e a constante vigilância para não vir a acontecer as mesmas
incongruências da primeira e segunda versão da CPMF. Dessa forma, quanto
maior crescimento experimentasse o país, quanto maior seria o montante da
contribuição para essa finalidade.

Referencias

NUNES, M. S. C; PERBONI, F; NUNES, M. A. O novo PNE (2011-2020)


Convergências e divergências. Curitiba: PUC, 2011.

Seria bom incluirmos em nosso trabalho dados sobre o financiamento na região


Norte, no Estado do Acre e em Rio Branco, se possível.

Dados da região Norte;

Dados do Estado do Acre;

Dados do Município de Rio Branco;

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