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Lei antifumo em

condomínio: quais os
cuidados que o síndico
precisa ter
fevereiro 27, 2019 Por TownSq
Cigarro pode ser um assunto polêmico entre os moradores de um prédio.
Enquanto uns não se importam, outros se incomodam com o cheiro vindo
da varanda do vizinho ou das bitucas deixadas nas áreas comuns. Em
2014, entrou em vigor a lei antifumo, que proíbe o fumo em áreas
fechadas e parcialmente fechadas. Assim, essa nova lei passou a
impactar os condomínios, especialmente nas áreas de uso comum.
Popularmente conhecida como “lei do cigarro“, a lei antifumo nº
12.546/2011 diz o seguinte o seu Art 2º:
“É proibido o uso de cigarros, charutos, cachimbos ou
qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco,
em recinto coletivo fechado, privado ou público. (…)
3º Considera-se recinto coletivo o local fechado, de acesso
público, destinado a permanente utilização simultânea por
várias pessoas.”
Você deve estar pensando: mas essas regras não eram válidas apenas
em estabelecimentos comerciais? Antigamente, cada condomínio
estabelecia as próprias normas para consumo de cigarros (charutos,
narguilés, cachimbos e assemelhados) nas áreas comuns, sempre com
base nas leis municipais. Porém, com a aprovação da lei federal em
2014, ficou definido que todas as áreas de uso comum estão livres do
consumo de tabaco. Isso significa que não é permitido fumar em locais
como salão de festas, garagem coberta, hall de entrada, entre outros
ambientes condominiais.
Essa mudança provocou uma série de adaptações nos condomínios, que
precisaram estabelecer novas regras e criar adendos tanto do regimento
interno quanto da convenção. Por isso, vamos esclarecer algumas
questões sobre o tema lei antifumo e condomínios.
O que você vai encontrar nesse post:
 Como a lei antifumo interfere na rotina do condomínio?
 Como o síndico deve agir?
 O que acontece se a lei antifumo for desrespeitada?
Como a lei antifumo interfere na rotina do
condomínio?

Mesmo que o regimento interno e a convenção do condomínio não


tenham nenhuma regra estabelecida para o consumo de cigarro em
áreas comuns, a lei antifumo se sobrepõe a elas e precisa ser cumprida.
As regras valem tanto para moradores quanto para funcionários e o
descumprimento delas é passível de punição.
A legislação determina que áreas fechadas e parcialmente fechadas
devem ser 100% livres de fumo. No entanto, condomínios podem
adicionar suas próprias regras acerca do tema. Por isso, é importante
que o assunto seja discutido em assembleia para definir se áreas abertas
(como piscina e playground) devem fazer parte ou não da lista dos locais
onde fumar é proibido.
Por outro lado, espaços privados como apartamento, sacadas e áreas
que sejam de uso exclusivo de um morador não fazem parte da regra
antifumo, ou seja, por lei não há proibição de fumar dentro do
apartamento ou unidade privada. Esse tópico é delicado, já que muitas
das reclamações relacionados ao consumo do cigarro vem de moradores
que fumam nas janelas ou na sacada. Outro motivo de tensão pode ser
as bitucas de cigarro que são jogadas do apartamento nas áreas comuns
dos prédios.
Em ambos os casos é preciso diálogo entre os moradores. Em caso de
discordância, o síndico deve ser o mediador da situação. Para resolver o
problema das bitucas, aconselha-se criar uma norma dentro do
regimento condominial proibindo que seja jogado lixo no chão nas áreas
de uso comum.
Como o síndico deve agir?
O papel do síndico é fundamental, já que é ele que irá apresentar o
assunto nas reuniões e apontar a necessidade de ajustes na legislação
condominial. Além disso, é dele a responsabilidade de informar os
moradores da necessidade do cumprimento da lei, espalhando cartazes
ou enviando circulares.
Em qualquer forma de comunicação escolhida, é preciso dar destaque
aos locais onde é proibido e permitido fumar, além das possíveis
punições que podem ocorrer.
É tarefa do síndico também informar aos funcionários sobre a existência
da lei antifumo e como eles devem proceder caso um morador insista em
fumar nas áreas proibidas. O síndico também precisa orientar os
funcionários fumantes quanto as regras e estabelecer com eles quando e
onde eles podem fumar.
Exemplo: o prédio possui sinalizações e informações sobre a lei
antifumo, mas um morador é flagrado fumando nas áreas comuns do
condomínio. Os funcionários devem ser orientados a abordar o morador
e sinalizar as regras, orientar a apagar o cigarro. Caso a infração ocorra
novamente, informar ao morador que haverá um registro do ocorrido que
será encaminhado ao síndico.
O que acontece se a lei antifumo for
desrespeitada?
A lei antifumo não prevê punição ao fumante que descumpre a regra,
porém o estabelecimento pode ser multado em valores que variam de R$
2 mil a R$ 1,5 milhão. Portanto, se há uma denúncia de um morador que
fumou em locais de uso coletivo, é o condomínio quem será penalizado.
Caso isso ocorra, a multa é dividida entre todos os moradores. É possível
responsabilizar o condômino que infringir a lei, porém é necessário que
essa medida seja aprovada em assembleia. Por essa razão, é importante
estabelecer na convenção, bem como no regimento interno quem deve
ser responsabilizado nessas situações.
Conheça agora todos os artigos de lei que afetam
condomínios!
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Código Civil: conheça


todos os artigos de lei
sobre condomínios
dezembro 12, 2017 Por TownSq

Os condomínios são coletivos de pessoas que estão crescendo e se


tornando comuns em nossa sociedade moderna a cada dia que passa.
Com essa evolução e crescimento viu-se a necessidade de regulamentar
as atividades do condomínio. Já falamos um pouco sobre a antiga lei de
condomínios que regia as atividades dos condomínios e do novo código
civil em nosso post anterior e hoje iremos aprofundar um pouco essa
questão.
Nesse post você encontrará todos os artigos do código civil relacionados
à regulamentação dos condomínios, pois sabemos o quanto é importante
tal conhecimento para a boa convivência e gestão de seu condomínio.
Art. 653 e 654: Uso de procurações
Art. 1331 : Definições de partes exclusivas e comuns aos condôminos
Art. 1332 : Registro do condomínio Edilício
Art. 1333 e 1334: Convenção do condomínio e suas determinações
Art. 1335 e 1336: Direitos e deveres do condômino
Art. 1336 e 1337: Aplicação e características de multas
Art. 1338: Vagas de veículos dos condôminos
Art. 1339 e 1340: Partes comuns dos condôminos
Art. 1341 e 1342: Realização de obras no condomínio
Art. 1343: Aprovação de construção de outro pavimento
Art. 1344: Despesas do terraço de coberturas
Art. 1345: Débitos de condôminos
Art. 1346: Seguro obrigatório
Art. 1347: Eleição de síndico
Art. 1348: Deveres e responsabilidades do síndico
Art. 1349: Destituição do síndico
Art. 1350, 1351, 1352, 1353, 1354 e 1355: Assembleias de condomínios
Art. 1356: Conselho fiscal do condomínio
Art. 1357 e 1358: Extinção do condomínio

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