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A IMPORTANCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E

SUAS APLICAÇÕES REGIONAIS


Denival Pereira Lima
Fernando Pucino Mascarenhas

Marcio Damasceno – Tutor externo


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Gestão Pública (EMP0020) – Prática do Módulo III -
21/04/2018

RESUMO

1. INTRODUÇÃO

As políticas públicas e sua implementação são essenciais para o bem-estar e equilíbrio


social. A vida em sociedade possui múltiplas dimensões caracterizadas por opiniões e valores
diversos e divergentes o que sempre acaba resultando em conflitos, por conseguinte as
políticas públicas se constituem em um método que possibilita a sociedade alcançar o
equilíbrio entre as diferentes opiniões e apresentar alternativas para a moderação dos
conflitos.
Segundo Eduardo Secchi (2017,), as políticas públicas podem ser definidas como:
“.Tratam do conteúdo concreto e do conteúdo simbólico de decisões, e do processo de
construção e atuação de decisões políticas”, logo implica, também, em um processo de
decisões de condução dessas políticas, necessárias para o alcance do bem-estar social.
Ademais, os cidadãos, que são afetados pelas determinações daqueles que ocupam os
cargos de poder, percebem de uma forma mais palpável essas aplicações quando analisadas
no âmbito regional. Os indicadores sociais e os dados estatísticos são comumente usados nas
elaborações de estratégias dessas implementações na esfera regional.
Ainda assim, vive-se em uma sociedade global onde os gestores públicos possuem
uma responsabilidade ampla que devem valorizar a transparência e as políticas públicas de
gestão ambiental e todas as que estejam envolvidas no social.
Efetivamente as políticas públicas são indispensáveis para alcançar o bem-estar social
e a satisfação do interesse público, sua implantação torna-se fundamental em meio as
turbulências sociais que se apresentam no cenário global e regional
Assim sendo, mediante os estudos realizados, podemos salientar que este trabalho tem
como objetivo analisar as políticas de governo e suas aplicações regionais, buscando
caracterizá-las, enfatizando quão importante é a sua evolução para se obter resultados
eficientes e eficazes. Para tanto, foi utilizado pesquisa de campo com vivência real e
exploratória bem como pesquisa bibliográfica com análise crítica.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Apesar de não defender a ideia de que não há um consenso sobre o conceito de política
pública, Leonardo Secci (2017) afirma que o termo pode ser entendido “como uma diretriz
para enfrentar um problema público”. Dessa maneira , as políticas públicas se apresentariam
na forma de ações que devem ser desenvolvidas e implementadas toda vez que o estado
verificar que determinado setor ou grupo social apresenta algum tipo de necessidade e/ou se
encontra em determinada situação de risco. Assim de acordo com Secci (2017):

Uma política pública possui dois elementos fundamentais: intencionalidade


pública e resposta a um problema público; em outras palavras; a razão para o
estabelecimento de uma política pública é o tratamento ou a resolução de um
problema entendido como coletivamente relevante.

As políticas públicas não são apenas aquelas desenvolvidas no plano macroestrutural.


Na visão de Secci (2017), é necessário incluir no conceito de políticas públicas aqueles
programas desenvolvidos no âmbito regional, estadual e municipal que tentam sanar algum
problemas coletivo. Em uma de suas análise sobre o conceito e as complexidades teóricas
que envolvem o conceito de políticas públicas ele afirma que:

Nosso posicionamento é de que as políticas públicas são tanto as


diretrizes estruturais ( de nível estratégico) como as diretrizes de nível
intermediário e operacional. Aliás grande parte da construção teórica
dos polics studies acontece sobre a análise de programas, planos e
políticas públicas locais ou regionais.

O pensamento de Secci chama a atenção para a grande relevância das políticas públicas
locais para a construção de uma sociedade onde o poder público possa de fato desenvolver
uma administração coerente, eficaz e produtiva no campo da assistência social.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a elaboração do presente artigo adotou-se como metodologia uma análise
referencial e bibliográfica de textos acadêmicos e científicos, relacionados à aérea em
questão, textos como: a Constituição Federal da República Federativa do Brasil, o livro
Principais problemas ambientais municipais e perspectivas de solução, do estudiosos
Messias Roberto Franco.
Além disso, realizou-se pesquisa de campo por meio da aplicação de entrevista junto
aos funcionários da Superintendência de Informações em Saúde (SUIS), setor da Secretaria
Municipal de Saúde do município de Salvador-BA, responsável pela coleta de dados
estatísticos por meio das declarações de óbitos e nascimentos e notificação de agravos a
saúde.

Políticas públicas há anos atrás não eram um assunto muito divulgado, como a
tecnologia nos trouxe mais informação com rapidez fazendo com que abrangesse uma grande
parte da população, deixando-a mais acessível sobre as ações de um governo, definindo com
mais clareza de forma que o estado esteja agindo e executando atividades para o bem estar
da sociedade.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Paulo freire assevera que “A grande generosidade esta em lutar para que, cada vez
mais estas mãos sejam de homens ou de povos, se entendam menos, em gestos de suplica de
humildes a poderosos e se vão fazendo cada vez mais, mãos humanas que trabalhem e
transformem o mundo...lutando pela restauração de sua humanidade estarão sejam homens ou
povos tentando a restauração da generosidade verdadeira”
O objetivo da política publica e a maneira pela qual o estado define o que fazer e como
fazer, beneficiando programas sociais assim como projetos e ações governamentais, se
originando de um problema publico identificando
A política publica deve identificar e observar as ações positivas ou negativas dentro
das esferas, fazendo algumas reestruturações quando for necessário.
Em vista disso, a administração publica é dividida em duas partes centralizada e
descentralizada. As relações entre o governo e a sociedade nas organizações de políticas
publicas tem uma importância muito grande para um bom desenvolvimento do pais, inclusive
O IPEA instituto de pesquisa econômica aplicada, criou O MAPA OSCS uma das
organizações que trabalha para demonstrar uma formula menos complexa facilitando a
implementação de políticas publicas na área social através de pesquisas sendo assim dando
um ponta pé inicial para melhor atender as organizações da sociedade civil.
Segundo Celso Antonio Bandeira de Melo “a Administração não pode proceder
com a mesma desenvoltura e liberdade com que agem os particulares, ocupados na defesa de
suas próprias conveniências, sob pena de trair sua missão própria e sua razão de existir”(2013)
Dessa maneira permitimos que a construção e a presença de um estado crie
alternativas para que benefícios como a saúde e outras demais seja um pouco amenizadas
incorporando ciências sociais sendo assim globalizando a economia e fortificando o estado
brasileiro .
No entanto, em todo o mundo as organizações sejam elas publicas ou privadas tem o
objetivo de criar estratégias com intensidade, formando e analisando resultados a fim de
estruturar produtos e serviços, no ramo empresarial.
De acordo o histórico da empresa pode se variar as ações que terão resultados. Isso
pode ter participação da minoria ate a patente mais alta.
A ação de preparar e planejar estratégias sólidas tentando sobre sair de eventuais
quedas no mercado competitivo.
“A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, è a assimilação pelo
individuo de uma serie de normas e princípios _sejam morais, religiosos éticos ou de
comportamentos _que balizam a conduta do individuo num grupo.O homem, mais do que
formador da sociedade,e um produto dela.” FREIRE 16 de maio de 1967
O planejamento estratégico deve se atentar as inovações do mercado implementando
operações que impulsione mudanças relevantes para que a organização sofra Em todo o
mundo as organizações sejam elas publicas ou privadas tem o objetivo de criar estratégias
com intensidade, formando e analisando resultados afim de estruturar produtos e serviços, no
ramo empresarial.
De acordo o histórico da empresa pode se variar as ações que terão resultados. Isso
pode ter participação da minoria ate a patente mais alta.
A ação de preparar e planejar estratégias solidas tentando sobre sair de eventuais
quedas no mercado competitivo.
“A construção do ser social, feita em boa parte pela educação,è a assimilação pelo individuo
de uma serie de normas e princípios _sejam morais ,religiosos éticos ou de comportamentos
_que balizam a conduta do individuo num grupo.O homem, mais do que formador da
sociedade,e um produto dela.”
FREIRE (1967)
O planejamento estratégico deve se atentar as inovações do mercado implementando
operações que impulsione mudanças relevantes para que as organizações sofram.
Concernente as políticas públicas coletivas é consenso para o Governo que a
manutenção da saúde pública é fundamental para o bem-estar da sociedade, logo as políticas
públicas em saúde se destacam entre as políticas sociais, consequentemente, sua
implementação precisa ser encarada com a máxima seriedade pelo Governo tanto na esfera
Federal, Estadual e Municipal. E isso, Conforme declarado na Constituição Federal de 1988,
no Título VIII (Da Ordem Social), Capítulo II (Da Seguridade Social), Seção II (Da Saúde),
artigo 196 (Brasil, 1988), “Saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.” Portanto, a saúde é um direito de todos os cidadãos sendo, efetivamente, dever
do estado garantir sua implantação. Embora, o governo tenha, historicamente, implementado
diversas políticas públicas em saúde, muito ainda precisa ser feito para atingir um nível
satisfatório para a população nesse quesito e vários defeitos ainda precisam ser corrigidos,
nesse âmbito, ação que se apresenta como de significativa importância é a coleta de dados.

Com efeito, O SUS (Sistema Único de Saúde), criado pela Lei no 8.080, de 19 de
setembro de 1990, é, atualmente, a manifestação mais expressiva de política pública de
governo para garantir a todos o direito à saúde. No entanto, não são poucas as reclamações
dos usuários descontentes quanto a oferta e a qualidade dos serviço prestados pelo sistema,
por conta de uma série de problemas como: longo tempo de espera por não conseguir suprir a
demanda, mau atendimento por falta de profissionais qualificados, dentre outros, como
consequência grande parte da classe média e trabalhadora acaba tendo que optar por planos de
saúde privado, conforme acrescenta, Andrade e Andrade : “A sua proposta inclusora cada vez
mais parece ter forte vertente de exclusão, quando expulsa de seu seio a classe média e a
classe trabalhadora” (p. 18, 2010).

Quanto a sua aplicação na esfera municipal, notou-se por meio de visita a feita a
Superintendência de Informações em Saúde (SUIS), setor da Secretaria Municipal de Saúde,
responsável pela coleta dados estatísticos por meio das declarações de óbitos e nascimentos e
notificação de agravos a saúde, a relevância do recolhimento dessas informações para a
aplicação de recursos e formulação de políticas para solucionar os problemas apontados pelos
dados estatísticos.
No entanto, ver-se que o SUS é um exemplo de política pública ineficaz, já que não
atinge ao fim da administração pública, a saber, a satisfação do interesse público e o bem-
estar social, porque os brasileiros pagam impostos cuja uma parte é direcionada para o SUS e
tem como contrapartida pouco ou nenhum retorno, tendo que optar pelo sistema de saúde
privado para suprir suas necessidades.

Por isso, o planejamento é de fundamental importância para a elaboração das políticas


públicas, pois dele depende o emprego racional do recursos, o alcance dos objetivos e metas e
por fim a obtenção do alvo supremo da administração pública que é o bem-estar social e,
conforme nos ensina Chiavenato, “planejamento é a função administrativa que define
objetivos e decide sobre os recursos e tarefas necessárias para alcançá-los adequadamente”
(2005, p. 192). Logo, vemos que é impossível a formulação de políticas públicas sem a
utilização da ferramenta planejamento e que são elementos intrinsecamente relacionados.

Somando-se a isso, temos um histórico de falta de planejamento com relação a


aplicação de políticas públicas para a solução de problemas sociais. Um exemplo clássico
disso foi o tratamento dado pelo Estado brasileiro à população negra durante o processo de
abolição da escravatura que fica melhor explanado por Florestan Fernandes(1978; p. 15):

“A desagregação do regime escravocrata e senhorial operou-se,


no Brasil, sem que se cercasse a destituição dos antigos agentes de
trabalho escravo de assistência e garantias que os protegessem na
transição para o sistema de trabalho livre. Os senhores foram eximidos
da responsabilidade pela manutenção e segurança dos libertos, sem
que o Estado, a Igreja ou outra qualquer instituição assumissem
encargos especiais, que tivessem por objeto prepará-los para o novo
regime de organização da vida e do trabalho. O liberto viu-se
convertido, sumária e abruptamente, em senhor de si mesmo,
tornando-se responsável por sua pessoa e por seus dependentes,
embora não dispusesse de meios materiais e morais para realizar essa
proeza nos quadros de uma economia competitiva.”

Dessa maneira, nota-se o quão importante é a implantação de políticas públicas que


sem o devido planejamento podem gerar consequências funestas para a sociedade , pois de lá
para cá, essa parcela significativa da população vem sofrendo para se inserir numa sociedade
onde o que prevalece é a “lei do mais forte”, assim sendo, deve-se, atualmente, ressaltar ainda
mais essa importância para que problemas semelhantes e suas consequências não voltem a
ocorrer.
Vale ressaltar, que para a condução e execução de políticas públicas é necessário que o
planejamento esteja presente em todas as etapas, bem como nas esferas estratégica, tática e
operacional e que seja encarada como ferramenta útil e não como um tedioso conjunto de
normas e entraves burocráticos. Tendo sempre em vista que o planejamento é essencial para a
condução dessas políticas, pois, se não, poderá acontecer, imediatismo, falta de controle,
improvisação bem como deixar os profissionais sem as diretrizes de ação, conforme Paiva nos
explica:

Planejamento não é um processo complicador; o planejamento é um


processo simplificador, racional, lógico. O planejamento não nos
subordina à tecnologia e aos processos, pelo contrário, nos conduz ao
melhor aproveitamento do tempo, do espaço, dos recursos e nos leva a
exercer toda nossa inteligência a serviço de nosso bem-estar, de nossa
tranquilidade, de nossa segurança. (PAIVA, 1999, p. 22).

Logo, vê-se que o governo precisa instruir-se com os erros do passado e que
atualmente pondere sempre que o planejamento é fundamental para as políticas públicas e que
deve-se ter a devida seriedade na elaboração desses, caso queira-se o alcance do bem-estar da
sociedade.

Quanto a elaboração de políticas públicas voltadas para a gestão dos serviços sociais
deve ter caráter prioritário. Ademais, vive-se nos moldes de uma sociedade de consumo,
consequentemente, problemas sociais emergem, às vezes com severa gravidade, como ocorre
no Brasil, por essa razão as políticas públicas sociais devem exercer papel de destaque na
agenda das políticas públicas dos governos.

A Constituição Federal nos mostra que Art. 6º “São direitos sociais a educação, a
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição”. Entende-se, portanto, que por serem direitos da sociedade, o estado tem o
dever de prestar esses serviços, fazendo o papel de “Estado Cidadão” em virtude do caráter
essencial que tais serviços têm para a vida em sociedade e as necessidades das pessoas.

Em contrapartida, o sistema capitalista, que embora traga progresso e captação de


riquezas, ao contrário do Estado, que visa o bem-estar social, tem por objetivo o lucro. Por
isso um grande volume de riquezas acaba se concentrando nas mãos de poucos acarretando
desigualdade social implacável em detrimento dos direitos sociais da maior parcela da
população.
É nesse cenário que o Estado deve implantar políticas públicas de serviços sociais que
venham amparar a sociedade e corrigir as injustiças sociais provocadas por esse processo.
Assim como a sociedade deve também instrui-se e apoiar iniciativas que garantam a aplicação
dessas políticas se a unindo ao Estado na promoção desse fim.

A importância que o meio-ambiente tem para o bem-estar social é, atualmente, basilar,


pois segundo Franco (1999), a constituição bem como a assimilação urbana, foi qualificada
pelo desenvolvimento vertiginoso e desordenado, fazendo com ocorresse no espaço ou
ambiente urbano alterações constantes e violentas em sua estrutura. Deve-s, portanto, após
essa análise, ponderar sobre o poder que as transformações humanas podem gerar no meio
ambiente e o cuidado que deve-se ter ao utilizar seus recursos a fim de preservá-los para as
próximas gerações, em outras palavras: o Estado deve empregar a adoção de políticas
ambientais sustentáveis.

O cenário atual na maioria dos municípios é de descuido total para com o meio
ambiente. Analisando-se a paisagem urbana, pode-se vê: rios e praias poluídos, pois neles são
depositados os esgotos sanitários, as vezes sem nenhum tratamento; lixo depositado em local
inapropriado bem como gases tóxicos lançados pelas indústrias na atmosfera.

Somando-se a isso, Enfrenta-se impasses locais para a inserção de uma administração


ambiental-urbana que vai desde a falta de políticas ambientais conveniente até a ausência da
sociedade em conexão com às decisões de gestão ambiental, passando pela resistência interna
de cada uma dos entes federativos, além de uma exiguidade da legislação.

Entretanto, conforme nos alerta, Medauar (2002, p.16) que “A implementação de uma
política urbana hoje não pode ignorar a questão ambiental, sobretudo nas cidades de grande
porte, onde adquirem maior dimensão os problemas relativos ao meio ambiente, como, por
exemplo: poluição do ar, da água, sonora, visual, lixo, ausência de áreas verde”. Por
conseguinte, em virtude do estado crítico que se encontra o meio ambiente, principalmente
nas grandes cidades, as políticas públicas ambientais devem ser estabelecidas em caráter de
urgência caso deseje-se um desenvolvimento sustentável.

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