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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM


ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL DA ESTRATÉGIA

VÁRZEA GRANDE|MT
2022
ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DO PERÍODO NOTURNO

1
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL DA ESTRATÉGIA

VÁRZEA GRANDE\MT
2022

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2. HISTÓRICO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ................................................................................. 5
3 IDENTIDADE INSTITUCIONAL ......................................................................................................... 7
4 CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO E DA COMUNIDADE .................................................................... 8
4.1 – População Assistida.................................................................................................................. 8
4.2 Perfil epidemiológico da população atendida ..........................................................................13
4.3 Indicadores de saúde do programa previne brasil ...................................................................14
5 GESTÃO DE INFRAESTRUTURA FÍSICA .........................................................................................21
5.1 Recepção ..................................................................................................................................23
5.2 Sala de reuniões ........................................................................................................................24
5.3 Farmácia e Almoxarifado ..........................................................................................................24
5.4 Consultórios Médico .................................................................................................................25
5.5 Consultório de enfermagem .....................................................................................................25
5.6 Sala de procedimentos .............................................................................................................26
5.7 Sala de vacinas ..........................................................................................................................27
5.8 Sala de coleta de exames laboratoriais ....................................................................................28
5.9 Sanitários ..................................................................................................................................28
5.10 Copa ........................................................................................................................................29
5.11 Depósito dos materiais de limpeza .........................................................................................29
5.12 Centro de material de esterilização ........................................................................................29
5.13 Sala de nebulização .................................................................................................................30

2
6 GESTÃO DE MATERIAIS ................................................................................................................30
6.1 Provisão e Previsão ...................................................................................................................32
6.2 Organização e controle .............................................................................................................33
6.3 Materiais permanentes e de consumo .....................................................................................33
6.4 Tipos de reposição de materiais ...............................................................................................34
6.5 Sistema de Cálculo ....................................................................................................................34
7 GESTÃO DE PESSOAS....................................................................................................................35
7.1 Avaliação de desempenho ........................................................................................................37
7.2 Déficit nos Indicadores de Saúde ..............................................................................................38
7.3 Caracterização das atividades de enfermagem ........................................................................39
7.4 Caracterização do trabalho dos ACS .........................................................................................40
7.5 Fluxo de acidente de trabalho ..................................................................................................40
8 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E RISCOS À SAÚDE ....................................................................41
9 MATRIZ SWOT ..............................................................................................................................44
10 PRIORIZAÇÃO DE PROBLEMAS...................................................................................................46
11 PLANO DE AÇÃO.........................................................................................................................48
12 GRÁFICO DE GANNT ...................................................................................................................50
REFERÊNCIAS...................................................................................................................................51

3
1 INTRODUÇÃO

O Planejamento Estratégico Situacional (PES) foi criado para atender as


necessidades ocasionadas pelas constantes mudanças, dessa forma, serve de
guia para as modificações nas ações gerenciais dos sujeitos no interior das
instituições. O enfoque situacional mostra as necessidades e demandas dos
sujeitos envolvidos, suas posições diante dos problemas e soluções
apresentadas, ocorrendo um processo dinâmico de negociação e pactuação de
compromissos e responsabilidades (MATUS, 1996).
Ainda conforme Matus (1996) esta ferramenta permite organizar os
resultados do diagnóstico situacional do serviço de saúde, sistematizando ações,
estratégias e recursos humanos, financeiros e materiais necessários para resolver
os problemas e as necessidades identificadas, considerando as relações de poder
existentes
Na enfermagem, o PES tem como foco a resolução de problemas. Sendo
assim os profissionais se deparam com um padrão que considera inadequado ou
intolerável na realidade, estimulando-o a enfrentá-lo visando promover mudança.
É uma ferramenta para lidar com problemas atuais, potenciais e macroproblemas,
explicando seu surgimento e desenvolvimento, formulando um plano de solução
de suas causas analisando a viabilidade política do plano e resolvendo os
problemas na prática, o que significa ter visão real sem generalizá-lo na descrição
e nas propostas de solução (CIAMPONE, MELLEIRO, 2010).
Dessa forma o PES se caracteriza como uma ferramenta estruturada capaz
de contribuir fortemente na gestão da Unidade Básica de Saúde (UBS) que tem
como objetivo promover e proteger a saúde, a prevenção de agravos, o
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da
saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na
situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e
condicionantes de saúde das coletividades. (PAC, 2018).
A Estratégia Saúde da Família é o contato preferencial dos usuários, é a
principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção
à Saúde. É instalada perto de onde as pessoas moram, trabalham, estudam e
vivem e, com isso, desempenha um papel central na garantia de acesso à
população a uma atenção à saúde de qualidade. No ESF, é possível receber

4
atendimentos básicos e gratuitos em Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral e
Enfermagem. Os principais serviços oferecidos são consultas médicas, inalações,
injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, encaminhamentos
para especialidades e fornecimento de medicação básica. (BRASIL, 2007).
Trabalhando com o princípio de possibilitar o acesso universal e contínuo
a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de
entrada preferencial do sistema de saúde, com território adscrito de forma a
permitir o planejamento e a programação descentralizada, e em consonância com
o princípio da equidade, efetivar a integralidade em seus vários aspectos, o saber:
integração de ações programáticas e demanda espontânea, articulação das ações
de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e
reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação do
cuidado na rede de serviços, desenvolver relações de vínculo e responsabilização
entre as equipes e a população adscrito garantindo a continuidade das ações de
saúde e a longitudinalidade do cuidado, valorizar os profissionais de saúde por
meio do estímulo e do acompanhamento constante de sua formação e
capacitação, realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados
alcançados, como parte do processo de planejamento e programação, e estimular
a participação popular e o controle social(BRASIL, 2007).

2. HISTÓRICO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

A Estratégia da Saúde da Família (ESF) Vila Arthur Maria Galdina da Silva

está localizada no endereço: rua 07 De Setembro, Q 26, LT 09, S∕N, bairro Vila

Arthur, Várzea Grande – MT, CEP:78.140-425, CNPJ/ 03.507.548/0001-10,

telefones: (65)3684-9883. A unidade foi inaugurada no dia 04/07/2004, pelo


prefeito em exercício da época, Murilo Domingos e pelo vice-prefeito Sebastião
dos Reis Gonçalves, Secretária Municipal de Saúde Jaqueline Beber Guimarães
e o Secretário de Obras Valdinei Moreno Costa.
A Atenção Primária à Saúde (APS) consiste em “um conjunto de ações, de
caráter individual ou coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas

5
de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o
tratamento e a reabilitação” (BRASIL, 2006, p.12). As diretrizes operacionais da
ESF são o caráter substitutivo, adscrição de clientela, visitas domiciliares, o
cadastramento e trabalho em equipe. É, dessa forma, um importante instrumento
na implantação do modelo preconizado pelo SUS (FARIA, 2010).
As equipes da ESF Vila Arthur Maria Galdina da Silva trabalham com uma
população delimitada de 12 mil pessoas e 3,5 mil famílias. Segundo a PNAB 2017
população adscrita por equipe de Atenção Básica e Saúde da família é de 2000 a
3.500 pessoas, localizado dentro do seu território, garantindo os princípios e
diretrizes da atenção básica.
Neste sentido, a definição das ações precisa levar em conta a realidade do
território, reunindo as informações que a equipe tem a partir do processo de
territorialização. A visualização do território de acordo com suas particularidades
possibilita a identificação espacial dos problemas existentes (BRASIL, 2016).

6
3 IDENTIDADE INSTITUCIONAL

A unidade não possui Missão, Visão e Valores instituídos, dessa forma,


contribuímos com sugestões dos mesmos tendo em vista o caráter do serviço que
visa promover a saúde de seus clientes, com humanização e qualidade, buscando
a satisfação de suas necessidades e o aprimoramento do conhecimento, em um
processo de melhoria contínua.
Missão: Colocar a família como núcleo básico na promoção, prevenção e
proteção à saúde de seus clientes com qualidade e satisfação no atendimento à
saúde de portas abertas para toda a população, realizar um atendimento
humanizado através do relacionamento entre os profissionais de saúde e a
população, atender suas necessidades em seu espaço social.
Visão: Ser reconhecida como referência na humanização e qualidade no
atendimento e assim promovendo a melhoria de saúde nas unidades de saúde
básica.
Valores: Ética no exercício de sua atividade; Equidade, universalidade e
integralidade; Trabalhar com humanização; Promoção à saúde; Prevenção de
doenças e agravo; Proteção da população; Inovação e qualidade em atendimento;
Visitas domiciliares de ACS.

7
4 CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO E DA COMUNIDADE

A unidade possui perfil de atendimento primário básico, atendendo


crianças, adultos, mulheres e idosos e conta com médicos generalistas, sendo
assim, caso haja necessidade, os pacientes necessitantes de serviço de maior
complexidade, são regulados aos serviços especializados de atenção secundária
e terciária.
Os serviços oferecidos são o acolhimento de enfermagem como uma das
diretrizes da Política Nacional de Humanização. As consultas são agendadas pela
unidade de saúde via Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC)
Os exames regulados são encaminhados via malote, sendo garantido aos
usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) do município, acesso às
especialidades médicas através do Sistema Nacional de Regulação (SISREG), o
qual foi criado para o gerenciamento de todo o complexo regulatório indo da rede
básica a internação hospitalar, visando a humanização dos serviços, maior
controle do fluxo e otimização na utilização dos recursos (BRASIL, 2012).

4.1 – População Assistida

A Estratégia de Saúde da Família - é o conjunto de microáreas contíguas


(máximo de 12), sob a responsabilidade de uma equipe de Saúde da Família,
onde residem até 4000 pessoas. A Microárea corresponde ao espaço geográfico
delimitado onde residem até 750 pessoas e que corresponde à área de atuação
de um Agente Comunitário de Saúde (ACS).
A identificação da microárea se dá na vinculação do Agente Comunitário
de Saúde à equipe. O preenchimento dessa informação na ficha de cadastro é
realizado através de código numérico com no máximo 02 (dois) dígitos. O código
de microárea é único na área.
Sendo assim o atendimento da unidade é organizado para demanda
espontânea, onde conta com três equipes, ambas com 1 enfermeiro e 5 agentes
comunitários cada (com desfalque de 2 ACS), cobrindo todas as áreas, as 750
pessoas por ACS. A equipe também conta com 03 enfermeiras, sendo uma RT e
Gerente, 03 médicos clínicos gerais, 5 técnicas de enfermagem (com desfalque

8
de 1 Técnicas de Enfermagem na equipe 6), 02 auxiliares de limpeza, 02
atendentes e 01 auxiliar de farmácia.
As Atividades se dão através de:
● Consulta médica;
● Consulta e assistência de enfermagem;
● Pré-natal para gestantes de baixo risco;
● Puericultura
● Realização de curativos;
● Coleta de sangue para realização de exames laboratoriais;
● Vacinação;
● Visita domiciliária;
● Pré-consulta/ triagem;
● Teste rápido para HIV, HBSAG, SIFILIS e HCV;
● Teste do pezinho;
● Diagnóstico, tratamento, monitoramento e rastreamento de tuberculose e
hanseníase;
● Programa de hiperdia;
● Dispensação de medicamentos para todas as áreas de abrangência e
fora de área com prescrição médica;
● Coleta de CCO;

4.1 Caracterização da área e comunidade atendida


O atendimento da unidade é organizado para demanda espontânea, onde
conta com três equipes, ambas com 1 enfermeiro e 5 agentes comunitários cada
(com desfalque de 2 ACS), cobrindo todas as áreas, as 750 pessoas por ACS. A
equipe também conta com 03 enfermeiras, sendo uma RT e Gerente, 03 médicos
clínicos gerais, 5 técnicas de enfermagem (com desfalque de 1 Técnicas de
Enfermagem na equipe 6), 02 auxiliares de limpeza, 02 atendentes e 01 auxiliar
de farmácia.

Segundo a portaria n° 2.436, de 21 de setembro de 2017 preconiza que a


equipe de saúde deve ser composta no mínimo por médico, preferencialmente da
especialidade medicina da família e comunidade, enfermeiro, preferencialmente
especialista em saúde da família: auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente

9
comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de combate
às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião dentista,
preferencialmente especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em
saúde bucal. - 4 (quatro) equipes por USB (Atenção Básica ou Saúde da Família),
para que possam atingir seu potencial resolutivo (BRASIL, 20017).

Quadro 1 – condições ambientais sociodemográficas do bairro Vila Arthur do


município de Várzea Grande-MT.

Condições de moradia - Localização


Descrição Quantidade
Urbana 1128
Rural 2
Pavimento 343
Chão batido 749
Fluvial 0
Outro 0
Não informado 43

O quadro mostrado abaixo revela o perfil populacional do bairro. Logo


posteriormente apresenta-se o quadro 2 como as equipes de enfermagem
atendem a demanda de pacientes de acordo com o seu quantitativo.

Quadro 2 - Distribuição populacional por faixa etária da unidade USF Maria


Galdina da Silva do município de Várzea Grande-MT, no ano de 2022.

Distribuição da População por Faixa Etária da unidade

Sexo Masculino Feminino TOTAL


Menos de 1 ano 42 32 74
1 ano 59 54 113
2 anos 65 60 125
3 anos 110 90 200
4anos 87 80 167

10
5 a 9 anos 465 443 908
10 a 14 anos 468 412 880
15 a 19 anos 511 467 978
20 a 24 anos 445 438 883
25 a 29 anos 413 475 888
30 a 34 anos 462 475 937
35 a 39 anos 454 484 938
40 a 44 anos 394 430 824
45 a 49 anos 341 352 693
50 a 54 anos 325 321 646
55 a 59 anos 248 283 531
259
60 a 64 anos 219 478
65 a 69 anos 173 223 396
70 a 74 anos 121 127 248
75 a 79 anos 70 100 170
80 anos ou mais 90 123 213
não informado 0 0 0
Total 5.520 5.728 11.290

Quadro 3 - Distribuição populacional por faixa etária entre equipes de


Enfermagem da unidade USF Maria Galdina da Silva no município de Várzea
Grande-MT, no ano de 2022.
Distribuição da População por Faixa

Equipe 04 Equipe 05 Equipe 06

Sexo Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino


Menos de
1 ano 2 7 16 09 24 16
1 ano 13 9 19 12 27 33
2 anos 8 9 26 20 31 31
3 anos 28 23 43 39 39 28

11
4anos 23 12 33 34 31 34
5 a 9 anos 111 140 178 158 176 145
10 a 14
anos 142 123 159 153 167 136
15 a 19
anos 155 154 180 163 176 150
20 a 24
anos 131 148 153 133 161 157
25 a 29
anos 132 150 138 169 143 155
30 a 34
anos 154 168 152 159 156 148
35 a 39
anos 141 172 171 172 142 140
40 a 44
anos 141 147 129 159 124 124
45 a 49
anos 121 118 111 124 109 110
50 a 54
anos 111 106 114 106 100 109
55 a 59
anos 79 110 90 101 79 72
60 a 64
anos 71 92 78 95 70 72
65 a 69
anos 52 89 69 78 52 56
70 a 74
anos 47 48 49 48 25 31
75 a 79
anos 29 27 20 43 21 30
80 anos
ou mais 40 57 33 41 17 25
Não
informado 0 0 0 0 0 0
Total 1.731 1.909 1.961 1.685 1.870 1.802

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4.2 Perfil epidemiológico da população atendida

O Perfil Epidemiológico é um indicador observacional das condições de


vida, do processo saúde-doença e do estágio de desenvolvimento da população.
Há uma preocupação no conhecimento do perfil epidemiológico dos pacientes a
serem atendidos para a adequação das práticas de saúde como afirma Carvalho
(1994). Portanto, compreender as necessidades da atenção primária de saúde na
rede pública se tornou um exercício necessário, para o gerenciamento,
programação e planejamento em saúde. Hoje, é lugar comum de que a porta
primária para o Sistema Único de Saúde (SUS) está firmada nas Unidades
Básicas de Saúde (UBS), que respondem a um significativo número de atividades
ambulatoriais e assistenciais. Também, exercem a atividade de vigilância em
saúde no âmbito local, mitigando os riscos de morbimortalidade, além de realizar
o trabalho de prevenção e educação em saúde.
Segundo Leitão (2001), a Estratégia Saúde da Família (ESF) é uma
estratégia implantada pelo Ministério da Saúde para a reorganização da prática
assistencial à saúde, aproximando os serviços de saúde à população. Assim,
trabalhar com as necessidades sociais e de saúde do território abrangido pela
UBS, faz-se necessário uma visão holística e multiprofissional a fim de contribuir
para uma concreta assistência integral a saúde da comunidade.
A gerente da unidade revela que estão perfil epidemiológico está
desatualizado e que apresentam problemas de registro. Sendo assim
apresentamos o quadro do perfil epidemiológico.

Quadro 4 – Perfil Epidemiológico dividido por equipe de enfermagem da unidade


USF Maria Galdina da Silva no município de Várzea grande-MT, no ano de 2022.

Perfil Epidemiológico
Equipe 04 Equipe 05 Equipe 06
Gestantes cadastradas 30 43 55
Hipertensão arterial (primária) 558 601 460
Diabetes 142 159 132
Hanseníase 1 6 2

13
Tuberculose 2 1 3
Sífilis (gestante) 0 0 2
Acamado 9 12 7
Domiciliado 63 49 43
Fumante 207 317 334
Faz uso de Álcool 204 92 251
Faz uso de drogas 44 49 65
PIC 112 7 32
Tem ou teve câncer 24 15 22
Teve AVC/Derrame 30 35 18
Teve infarto 17 13 9
Coleta de CCO 0

4.3 Indicadores de saúde do programa previne brasil

Introduzir a função dos indicadores, falar os tipos de indicadores e relatar


a situação da unidade com relação e eles, coletar os dados e calcular com o que
tem disponível para analisar onde está o problema.
O programa Previne Brasil foi instituído pela Portaria nº 2.979, de 12 de
novembro de 2019. O novo modelo de financiamento altera algumas formas de
repasse das transferências para os municípios, que passam a ser distribuídas com
base em três critérios: capitação ponderada, pagamento por desempenho e
incentivo para ações estratégicas (BRASIL, 2021).
O Previne Brasil equilibra valores financeiros per capita referentes à
população efetivamente cadastrada nas equipes de Saúde da Família (ESF) e de
Atenção Primária (EAP), com o grau de desempenho assistencial das equipes

14
somado a incentivos específicos, como ampliação do horário de atendimento
(Programa Saúde na Hora), equipes de saúde bucal, informatização (Informatiza
APS), equipes de Consultório na Rua, equipes que estão como campo de prática
para formação de residentes na APS, entre outros tantos programas (BRASIL,
2021).
O Programa Previne Brasil, instituído pela Portaria nº 2.979/GM/MS
(BRASIL, 2019a), é constituído pelos seguintes componentes: I. Capitação
ponderada; II. Pagamento por desempenho; e III. Incentivo para ações
estratégicas (BRASIL, 2021).
Quadro 5 – Componentes do Programa Previne Brasil

O registro das informações de cadastro pode ser feito por meio do sistema
de Coleta de Dados Simplificada (CDS), Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC)
ou sistemas próprios/terceiros. Os cadastros serão monitorados pelo Sistema de
Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab) (BRASIL, 2021).
Por meio desse cadastro, pode-se identificar a população próxima à equipe
e à Unidade Básica de Saúde (UBS)/Unidade de Saúde da Família (USF),
subsidiando o planejamento das equipes nas ofertas de serviços e o
acompanhamento dos indivíduos, famílias e comunidades. O cadastro do cidadão
pode ser feito por CPF ou pelo Cartão Nacional de Saúde (CNS) por todos os
integrantes da equipe de saúde (BRASIL, 2021).

15
Para fins do cálculo um cadastro validado durante um quadrimestre
somente será contabilizado para a capitação ponderada no quadrimestre
seguinte, quando ocorre o próximo recálculo, e de maneira cumulativa (BRASIL,
2021).
O Programa elencou os seguintes indicadores:
1. Proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas pré-natal
realizadas, sendo a 1ª até a 12 ª semana de gestação.
Tem por objetivo mensurar o acesso das gestantes ao pré-natal na APS
com início precoce e atendimentos preconizados pelo Ministério da Saúde. Reflete
a capacidade do serviço de saúde de captar precocemente as gestantes
residentes na sua área de abrangência para realização do acompanhamento pré-
natal, visando apoiar a diminuição da mortalidade materna e neonatal. Com o
parâmetro de 100% e a meta pactuada para este indicador é de 45%. Este
indicador é calculado da seguinte forma:

𝑁º𝑔𝑒𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠𝑐𝑜𝑚 6 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑠𝑝𝑟é − 𝑛𝑎𝑡𝑎𝑙, 𝑐𝑜𝑚 1ª 𝑎𝑡é 20 𝑠𝑒𝑚𝑎𝑛𝑎𝑠𝑑𝑒𝑔𝑒𝑠𝑡𝑎cão

(𝑃𝑎𝑟𝑎𝑚ê𝑡𝑟𝑜𝑑𝑒𝐶𝑎𝑑𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎cã𝑜𝐼𝐵𝐺𝐸 × 𝑆𝐼𝑁𝐴𝑆𝐶𝒐𝒖𝑁º 𝑔𝑒𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎𝑠).

2. Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV.


Mede parte do processo de cuidado ao pré-natal realizado na APS e tem
por objetivo verificar, na assistência ao pré-natal, a realização dos exames para
detecção da Sífilis e do HIV, sendo essa uma importante medida para o controle,
tratamento e prevenção dos agravos associados, consideradas, portanto, como
requisitos para a qualidade do pré-natal realizado na APS. O parâmetro de 100%
com a meta pactuada para este indicador é de 60%. Este indicador é calculado
da seguinte forma:
𝑁º𝑔𝑒𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠𝑐𝑜𝑚𝑠𝑜𝑟𝑜𝑙𝑜𝑔𝑖𝑎𝑎𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎𝑑𝑎𝑜𝑢𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒𝑟á𝑝𝑖𝑑𝑜𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑝𝑎𝑟𝑎𝐻𝐼𝑉𝑒𝑆𝐼𝐹𝐼𝐿𝐼𝑆
(𝑃𝑎𝑟𝑎𝑚ê𝑡𝑟𝑜𝑑𝑒𝐶𝑎𝑑𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎cã𝑜𝐼𝐵𝐺𝐸 × 𝑆𝐼𝑁𝐴𝑆𝐶𝒐𝒖𝑁º 𝑔𝑒𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎𝑠)

3. Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado.


Tem por objetivo verificar se a gestante que é assistida no pré-natal tem
realizado atendimento odontológico na perspectiva do cuidado integral e
compartilhado de assistência a esse público, sendo um importante requisito para
a qualidade do pré-natal realizado na Atenção Primária à Saúde (APS). Com o

16
parâmetro de 100% e a meta pactuada para este indicador é de 60%. Este
indicador é calculado da seguinte forma:

𝑁º𝑔𝑒𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟é − 𝑛𝑎𝑡𝑎𝑙𝑛𝑎𝐴𝑃𝑆𝑒𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑜𝑑𝑜𝑛𝑡𝑜𝑙ó𝑔𝑖𝑐𝑜

(P𝑎𝑟𝑎𝑚ê𝑡𝑟𝑜𝑑𝑒𝐶𝑎𝑑𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎cã𝑜𝐼𝐵𝐺𝐸 × 𝑆𝐼𝑁𝐴𝑆𝐶𝒐𝒖𝑁º 𝑔𝑒𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎𝑠)

4. Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS.


É um indicador que mede a proporção de mulheres com idade entre 25 a
64 anos atendidas na APS que realizaram ao menos 1 coleta de exame
citopatológico do colo do útero no intervalo 3 anos, em relação ao total de
mulheres na mesma faixa etária estimadas do município. Com o parâmetro de
80% e meta pactuada para este indicador é de 40%. Este indicador é calculado
da seguinte forma:
𝑁º 𝑑𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 25 𝑎 64 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑒𝑥𝑎𝑚𝑒 𝑐𝑖𝑡𝑜𝑝𝑎𝑡𝑜𝑙o𝑔𝑖𝑐𝑜 𝑛𝑜𝑠 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠
3 𝑎𝑛𝑜𝑠 (𝑃𝑎𝑟𝑎𝑚ê𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑑𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝐼𝐵𝐺𝐸 × 𝑃𝑟𝑜𝑗𝑒ção 𝑑𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 25 𝑎
64 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝒐𝒖 𝑁º 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 25 𝑎 64 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑑𝑎𝑠𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠)

5. Proporção de crianças de 1 (um) ano de idade vacinadas na APS contra


Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por
haemophilusinfluenzae tipo b e Poliomielite inativada.
Tem como objetivo, mensurar o nível de proteção da população infantil
contra as doenças imunopreviníveis citadas, mediante o cumprimento do
esquema básico de vacinação de penta e pólio no primeiro ano de vida. Com o
parâmetro e meta de 95%. Este indicador é calculado da seguinte forma:
𝑁º 𝑑𝑒 3ª 𝑑𝑜𝑠𝑒𝑠 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑙𝑖𝑜 𝑒 𝑃𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑒𝑚 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟𝑒𝑠 d𝑒 1 𝑎𝑛𝑜
(𝑃𝑎𝑟𝑎𝑚ê𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑑𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎ção 𝐼𝐵𝐺𝐸 × 𝑆𝐼𝑁𝐴𝑆𝐶 𝒐𝒖 𝑁º 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑛ç𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑑𝑎𝑠𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠).

6. Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial


aferida no semestre.
Tem por objetivo identificar o contato entre a pessoa com hipertensão arterial e o
serviço de saúde para atendimento e realização do procedimento de aferição da
PA, que permite avaliar se a condição está controlada, visando a prevenção da
morbimortalidade. Com o parâmetro de 100% e a meta pactuada para este
indicador é de 50%. Este indicador é calculado da seguinte forma:

17
𝑁º ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑡𝑒𝑛𝑠𝑜𝑠𝑐𝑜𝑚𝑎𝑃𝐴𝑎𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎𝑠𝑒𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒𝑛𝑜𝑠 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
(𝑃𝑎𝑟𝑎𝑚ê𝑡𝑟𝑜𝑑𝑒𝐶𝑎𝑑𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 × % ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑡𝑒𝑛𝑠𝑜𝑠𝑃𝑁𝑆𝒐𝒖𝑁º ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑡𝑒𝑛𝑠𝑜𝑠𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠)

7. Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina


glicada solicitada no semestre.
Tem por objetivo identificar o contato entre a pessoa com diabetes e o
serviço de saúde para atendimento e solicitação do exame de hemoglobina
glicada, com vistas à avaliação dos níveis glicêmicos e determinação se a
condição está controlada, visando a prevenção da morbimortalidade. Com o
parâmetro de 100% e a meta pactuada para este indicador é de 50%. Este
indicador é calculado da seguinte forma:
𝑁º 𝑑𝑖𝑎𝑏é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠𝑐𝑜𝑚𝑠𝑜𝑙𝑖𝑐𝑖𝑡𝑎cã𝑜𝑑𝑒𝐻𝑏𝐴1𝑐𝑛𝑜𝑠 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
(𝑃𝑎𝑟𝑎𝑚ê𝑡𝑟𝑜𝑑𝑒𝐶𝑎𝑑𝑎𝑠𝑡𝑟𝑜 × % 𝑑𝑖𝑎𝑏é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠𝑃𝑁𝑆𝒐𝒖𝑁º 𝑑𝑖𝑎𝑏é𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠)

Com base na população cadastrada por ESF ou EAP e da ponderação,


com a aplicação dos pesos da vulnerabilidade socioeconômica, perfil demográfico
e classificação geográfica, é possível calcular a pontuação de cada município. A
pontuação do município é o total de cadastros já ponderados pelos referidos
pesos. Essa pontuação será utilizada para o cálculo do valor final da capitação
ponderada e é obtida de acordo com a fórmula, conforme definido no § 5º do art.
12 da Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS/2017 (BRASIL, 2021).
A definição dos indicadores para o componente Pagamento por
Desempenho considera a relevância clínica e epidemiológica das condições de
saúde ainda prevalentes no Brasil, com centralidade na pessoa e na situação dos
serviços de saúde, abrangendo áreas como a saúde da mulher, da criança,
doenças crônicas transmissíveis e não transmissíveis, saúde bucal, saúde mental,
imunização e indicadores que avaliam a experiência da pessoa atendida (BRASIL,
2021).
Para a capitação ponderada não se aplica a suspensão por ausência de
envio de informação sobre a produção por meio do Sisab. Esse monitoramento
será feito por meio do cumprimento das metas do componente Pagamento por
Desempenho (BRASIL, 2021).

18
A ausência do envio de informações poderá acarretar piora dos resultados
dos indicadores acompanhados. Assim sendo, a partir do Programa Previne
Brasil, a ausência do envio de informações será observada para o componente
Pagamento por Desempenho (BRASIL, 2021).
Desta maneira os indicadores atendem ainda a critérios técnicos, como a
disponibilidade da informação, sua viabilidade, o baixo custo de obtenção dos
dados, a adaptabilidade e estabilidade das diferentes granularidades, bem como
a rastreabilidade e a representatividade das informações. Esses são fatores que
atribuem grande confiabilidade à lista de indicadores pactuada. São condições
essenciais para a produção de análises objetivas e fidedignas da qualidade dos
serviços de saúde no Brasil no âmbito da APS, contribuindo com um ambiente
favorável para construção de intervenções mais assertivas (BRASIL, 2021).
A Portaria GM/MS nº 3.222/2019 definiu o rol de Indicadores do Pagamento
por Desempenho e as ações estratégicas conforme exposto abaixo (BRASIL,
2021):
I. proporção de gestantes com pelo menos seis consultas pré-natal
realizadas, sendo a 1ª até a 20ª semana de gestação;
II. proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e
HIV;
III. Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado;
IV. Cobertura de exame citopatológico;
V. Cobertura vacinal de poliomielite inativada e de pentavalente;
VI. Percentual de pessoas hipertensas com pressão arterial aferida em
cada semestre;
VII. Percentual de diabéticos com solicitação de hemoglobina glicada.
VIII. Ações no cuidado puerperal;
IX. Ações de puericultura (crianças até 12 meses);
X. Ações relacionadas ao HIV;
XI. Ações relacionadas ao cuidado de pessoas com tuberculose;
XII. Ações odontológicas;
XIII. Ações relacionadas às hepatites;
XIV. Ações em saúde mental;
XV. Ações relacionadas ao câncer de mama;

19
Para medição de desempenho serão aferidos os dados produzidos pelo
conjunto de equipes de saúde da APS do município, o que caracteriza uma
avaliação municipal. Nesse sentido, sempre que se tratar da avaliação de
desempenho para designar a transferência de recursos financeiros no âmbito do
Previne Brasil, os resultados representam a APS do município (BRASIL, 2021).
Importante esclarecer ainda que os indicadores são calculados
individualmente e avaliados a cada quadrimestre. Isso significa que são
considerados os dados de indivíduos e dos atendimentos e procedimentos
realizados até o último dia de cada quadrimestre analisado (BRASIL, 2021).
A unidade aponta problemas na captação dos pacientes para a tratamento
de saúde com a equipe de Atenção Básica da área onde elas residem. Desta
maneira compromete o atendimento e o indicador para avaliação de desempenho,
pois este é definido pelo quantitativo de pessoas estimadas para determinado
local e o que é atendido pela unidade. O resultado pode ser influenciado por vários
fatores: condições socioeconômicas da população, cobertura de planos privados
de saúde etc. Este indicador permite subsidiar os processos de planejamento,
gestão e monitoramento das ações voltadas à atenção a saúde de forma geral
tanto para as equipes de Atenção Básica, como para a gestão municipal (BRASIL,
2015).
O percentual de pessoas que procuram a unidade para tratamento de
tuberculose é baixo. Isto por que as pessoa com tuberculose que estão
corretamente cadastradas, que teve um atendimento individual com a condição
avaliada no último ano e vinculada a uma ESF ou EAP, é relativamente baixo com
relação ao total de pessoas com tuberculose estimadas para o município. São
consideradas as pessoas com tuberculose identificadas no denominador que
tiveram uma solicitação de tratamento realizada por médico ou enfermeiro no
último ano (BRASIL, 2015).
O cadastramento dos pacientes de forma geral e em especial os
portadores de tuberculose, é o primeiro passo para a programação e organização
dos processos de trabalho da equipe voltados ao controle das doenças, na medida
em que a equipe que não conhece os pacientes da sua área de adscrição não tem
condições de acompanhamento adequado do grupo de risco (BRASIL, 2015).
Ações que promovem a melhoria dos indicadores são (BRASIL, 2015):

20
- Capacitar todos os profissionais das equipes, dentro de suas
competências específicas, para melhorar o diagnóstico e cadastramento de
pessoas.
- Monitorar e avaliar a qualidade e a consistência dos dados informados
pelas equipes, com vistas ao acompanhamento da evolução de resultados,
negociação/ contratualização de metas, definição de prioridades de apoio
institucional e educação permanente, assim como assessorar a gestão.
- Realizar busca ativa de pessoas e/ou com fatores de risco para doença
na comunidade, tanto por meio de campanhas, como pelo rastreamento regular.
- Instituir, como rotina de atendimento da equipe de saúde, a avaliação das
doenças e principalmente a tuberculose a todas as pessoas adultas que
comparecerem à unidade de saúde para algum atendimento.
- Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e
ações preventivas e assistenciais relativas à tuberculose e às doenças
associadas, tais como estimativa de demanda de medicamentos e da
necessidade de profissionais e serviços especializados para tratamento.

5 GESTÃO DE INFRAESTRUTURA FÍSICA

A atenção básica de saúde, desde sua organização até sua estrutura física,
é planejada para proporcionar ao usuário acessibilidade, praticidade, e ser a
primeira referência em saúde no território, devendo prover de local previamente
planejado, e ofertar aos seus usuários acesso confortável com garantia de espaço
adequado, insumos e serviços necessários para a prestação de serviços (BRASIL,
2008).
O Ministério da Saúde (2008), por meio do manual de estrutura física
preconiza que o ambiente de uma Unidade Básica de Saúde deve possuir em seu
espaço arquitetônico, luminosidade e temperatura agradável. O local não deve ter
grades ou fechaduras que intimidem os usuários. Deve ser identificado com
placas e/ou informações visuais de fácil compreensão, pisos antiderrapante,
acessibilidade de acesso com rampas (se necessário), bebedouro baixo para
facilitar manipulação de cadeirantes.

21
Os pisos e paredes de todos os ambientes devem ser de material lavável,
ter superfície regular e firme. Não se deve utilizar com acabamento texturizado ou
rugosos na área de assistência. As portas e janelas dos ambientes devem ser de
materiais laváveis, e que proporcionem privacidade. Armários, bancadas e móveis
devem ser de superfície lisa, laváveis ou pintados com tinta lavável (BRASIL,
2008).
O projeto físico do serviço foi aprovado pelos órgãos competentes e há Alvará
de Vigilância Sanitária. Não garante a continuidade da atenção em caso de
interrupção do fornecimento de água e/ou energia elétrica pela rede pública. Por
vezes falta o fornecimento de água.
Na unidade, o alvará da Vigilância Sanitária é do ano de 2022. Em caso de
eventual incêndio, o local não possui sinalização de saída de emergência, não
possui boa localização do extintor nem sinalização. O ministério da Saúde
recomenda a manutenção do alvará de funcionamento como garantia de
segurança do ambiente. As unidades devem ser sinalizadas em todas as saídas,
e com o rótulo “Sem saída”, em corredores que não tem porta. Os extintores
devem estar localizados em local de fácil visualização e com sinalização (BRASIL,
2002).

O local possui ventilação e iluminação natural e artificial, as sinalizações


dos ambientes são visíveis e de fácil entendimento. No entanto, não garante
condições de segurança contra incêndio, como por exemplo, extintores, alarmes
de incêndio etc.
Foi solicitado manutenção predial corretiva à prefeitura. O local possui
ventilação e iluminação natural e artificial, as sinalizações dos ambientes são
visíveis e de fácil entendimento. No entanto, não garante condições de segurança
contra incêndio, como por exemplo, extintores, alarmes de incêndio etc.
Considerando os aspectos prediais e análise segundo a RDC da ANVISA nº 50
de 2002 e demais legislações relacionadas a Unidade apresenta os seguintes
cômodos:
● Sala de recepção
● Sala de espera
● Farmácia

22
● Consultório médico 1,2 e 3
● Consultório de enfermagem 1, 2 e 3
● Sala de vacina
● Sala de procedimentos/curativo
● Almoxarifado
● Sanitários (Universal e De Funcionários)
● Copa com cozinha
● DML (área para depósitos de materiais de limpeza)
● Sala de reuniões e educação em saúde
● Sala de esterilização
● Expurgo
● Sala de gerência e administração
● CME (espaço destinado à recepção, limpeza, preparo, esterilização,
guarda e distribuição do material)
A Unidade Básica de Saúde não garante a continuidade da atenção em
casos de interrupção do fornecimento de água e/ou energia elétrica de rede
pública, bem como não realiza a manutenção predial de forma adequada, “a
gerente da unidade informou que as solicitações são encaminhadas em forma de
Comunicação Interna-CI para a Secretaria de Saúde, essas solicitações precisam
ser refeitas diversas vezes devido à falta de retorno “(Segundo informações
colhidas).

5.1 Recepção

No caso da unidade de Saúde ESF Vila Arthur, que é uma UBS porte 03
na ESF, o manual de Brasil (2008) preconiza que se tenha sala de arquivo para
no mínimo 18.000 prontuários, sala de espera com espaço para comportar 45
pessoas, Prever instalação de quadro mural, 1 mesa tipo escritório com gavetas,
3 cadeiras, arquivo, telefone, computador e impressora.
O ambiente interno da recepção da unidade do Vilar Arthur dispõe de 1 Ar-
condicionado,4 cadeiras, 2 mesas com dois computadores de uso Geral da
equipe, Armário arquivo com quatro compartimentos, 1 Telefone fixo, Impressora

23
Multifuncional, Repetidor de Sinal Wi-Fi, 1 lixeira média, 4 pequenas janelas
vasculares, 1 balcão de mármore com divisória de vidro para o atendimento dos
usuários. Na parte externa da recepção, a população conta com um ambiente
ventilado com 1 porta grande de entrada, 6 pequenas janelas vasculares
verticais,2 ventiladores de teto, 13 cadeiras, 2 murais informativos de fácil
visualização, 1 bebedouro de acordo com o manual de estrutura física e 1
televisão.
Portanto, tanto no ambiente está de acordo com o preconizado manual de
estrutura física.

5.2 Sala de reuniões

O manual de estrutura da Atenção Básica (2008) prevê que esse espaço


seja adequado à parte de reuniões internas da equipe da unidade, com fins
educativos e/ou organizativos. Deve possuir estrutura necessária para reunir toda
a equipe de colaboradores do local, e conter em sua estrutura mesa, cadeiras,
televisão, vídeo, computador, Datashow, e outros equipamentos de mídias
necessários para esse fim. A sala também pode ser utilizada para reuniões e/ou
desenvolvimento das atividades das Agentes Comunitárias de Saúde (ACS),
desde que contem com a estrutura necessária para tal serviço.
Na Unidade, a sala de reunião não é utilizada para rotina de trabalho das
ACS 's (exceto para reuniões), pois não dispõe da estrutura adequada. A sala de
reunião possui uma mesa ampla, 15 cadeiras, 1 ar-condicionado, 4 pequenas
janelas vasculares, 1 lixeira pequena, 1 pia para higienização das mãos e 1
suporte para papel toalha. Analisamos que há fragilidade estrutural nesse setor,
devido a falta dos equipamentos preconizados pelo Ministério da Saúde.

5.3 Farmácia e Almoxarifado

O Ministério da Saúde (2008) preconiza que a farmácia da UBS dentro da


ESF deve ser um setor privado, de acesso somente a colaboradores ligados ao
setor, evitando circulação desnecessária de pessoas. Recomenda-se boas
práticas em relação ao armazenamento de medicamentos e insumos inerentes ao

24
setor, devendo ser armazenados de forma sistemática e organizada. O manual
também prevê que no espaço contenha estantes, armários com chave,
impressora, computador, refrigerador, ar-condicionado, mesas e cadeiras. O
Almoxarifado das UBS’s deverá ser um local adaptado e com espaço físico
disponível para guardar diversos materiais, e esse local precisa ter a possibilidade
de ser trancado. Assim como a farmácia, é um ambiente de acesso limitado.
Na unidade do Vila Arthur, o espaço físico não dispõe de sala para uso
exclusivo como almoxarifado, sendo a farmácia usada também para essa
finalidade. Ainda, na sala de expurgo e CME também são armazenados itens que
deveriam fazer parte do almoxarifado. A farmácia da unidade possui em sua
estrutura com 1 ar-condicionado, 1 mesa, 1 computador, 1 impressora
multifuncional, 1 janela, 7 prateleiras grandes e subdivididas pintadas com tinta
lavável, 1 refrigerador, 1 pia para higienização das mãos, 1 suporte de papel
toalha. As paredes e a porta são pintadas com tinta lavável, sendo a porta dividida
horizontalmente, com a finalidade de realizar atendimento com restrição do
acesso.

5.4 Consultórios Médico

A unidade dispõe de 3 consultórios médicos. Esses espaços devem ser de


atendimento individual aos usuários. Deve possuir mesa de escritório, 2 cadeiras
para o acompanhante e 1 para o profissional. Maca para exame clínico que
também se adeque para exame ginecológico. Possuem lavatório com torneira, e
nos ambientes específicos para atendimento ginecológico, deve possuir banheiro
(BRASIL, 2008).
A estrutura física dos consultórios segue um padrão parecido, porém
nenhum consultório tem banheiro. Todos possuem maca, porém sem adequação
para exame ginecológico.

5.5 Consultório de enfermagem

A unidade dispõe de 3 consultórios de enfermagem. Esses espaços devem


ser de atendimento individual aos usuários. Deve possuir mesa de escritório, 2

25
cadeiras para o acompanhante e 1 para o profissional. Maca para exame clínico
que também se adeque para exame ginecológico. Deve possuir lavatório com
torneira, e nos ambientes específicos para atendimento ginecológico, deve
possuir banheiro (BRASIL, 2008).
A estrutura física dos consultórios segue um padrão parecido, porém
nenhum consultório tem banheiro. 2 (DOIS) possuem maca e 1 (UM), porém sem
adequação para exame ginecológico.
Os exames ginecológicos são realizados em uma sala específica somente
para esse atendimento, que possui banheiro, maca convencional e maca
ginecológica. Todos os consultórios dispõem de pia e suporte de papel toalha,
mesa, computador, cadeiras, armários e em alguns possuem balança, pois as
salas dos enfermeiros também são usadas como sala de triagem. Todos os
consultórios possuem iluminação e ventilação, janelas, e suas paredes são
pintadas com tinta lavável.

5.6 Sala de procedimentos

Este local é destinado para realização de curativos ou pequenos


procedimentos, observação, administração de medicação endovenosa,
administração de injetáveis, retiradas de pontos, e outros pequenos
procedimentos. Deve conter pia, torneira, mobiliário com os equipamentos
necessários para os atendimentos de acordo com a rotina do local e atendimentos
mais realizados preconiza-se que, quando não houver uma sala de curativo para
a realização de tal procedimento, o atendimento deve ser realizado na sala de
procedimentos, com dimensão mínima de 9m² (BRASIL, 2008).
No local, a sala de procedimentos é denominada “sala de curativo”, e o
espaço é usado em sua grande maioria das vezes para essa finalidade, porém
também é utilizado para realização de pequenos procedimentos. O local possui
janela, com boa iluminação natural, as paredes são azulejadas pintadas com tinta
lavável, possui pia e suporte de papel toalha, suporte para sabão líquido, maca, 1
lixeira grande, 1 pequeno armário móvel de aço, que contém alguns materiais de
uso habitual, como luvas de procedimentos, vasilhas com: gazes, algodão, bisturi,
agulhas, álcool, ataduras, seringas. Dispõe também de clorexidina, povidine

26
tópico e solução antisséptica. As dimensões da sala não são adequadas, se
apresenta com tamanho inferior ao preconizado pelo manual.
Na parte inferior, possui 2 dispensers com pomadas diversas, 1 bandeja,
cuba-rim e pinças não esterilizadas, um balde de aço com uma sonda vesical de
demora, e um pop de organização do local. Percebe-se que a sala de
procedimentos não possui organização adequada. No local há muita poeira nos
insumos, falta de abastecimento de alguns materiais, e o armazenamento também
é feito de forma insatisfatória, pois foram vistas várias pomadas e clorexidina sem
tampa e materiais como gases estéreis abertas e soltas, misturadas a equipos e
outros materiais.
A sala não está dentro dos padrões de estrutura propostos pelo Manual de
Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde (BRASIL, 2006). Ele propõe que
a sala tenha pelo menos 10,37 m².

5.7 Sala de vacinas

Segundo o manual de estrutura física do ministério da saúde (2008), a sala


de vacinação é um ambiente utilizado, na maioria das vezes, por usuários sadios,
e deve-se evitar a circulação nas demais áreas da unidade, para evitar o risco de
contaminações. No aspecto físico, prevê que haja em sua estrutura, pia com
bancada, torneiras de fechamento que dispensem o uso das mãos, 1 mesa de
escritório, 3 cadeiras, armários acima e abaixo da bancada, 1 refrigerador e 1
computador. Portanto, é necessário evitar a luz solar incidente no local.
Na sala de vacina da unidade possui uma ampla banca para o preparo das
vacinas, não há armários acima ou abaixo da bancada, somente um pequeno
armário na lateral. A torneira é de fechamento manual, possui dispenser de papel
toalha, 1 pia separada para higienização das mãos, ar-condicionado, janelas com
blecaute, e as paredes e móveis são pintados de tinta lavável. Possui 1
computador, 2 cadeiras, 1 refrigerador e 1 lixeira.
A sala é adequada, possui correta regulagem de temperatura, controle e
organização dos m+ateriais são alocados em lugar correto. Existe controle bem
rigoroso na conservação da vacina, armazenamento, lote, data de validade e
duração fora da refrigeração mantida a temperatura entre 2 °C e 8 °C.

27
5.8 Sala de coleta de exames laboratoriais

Esse local deve ser utilizado para coleta de material para análises clínicas
para ser encaminhado ao laboratório. A localização do local da coleta deve ser
estratégica, de forma que o usuário não transite na unidade. O manual prevê que
haja bancada com pia, torneiras com fechamento que dispense o uso das mãos,
armários acima e abaixo da bancada, 1 mesa, 3 cadeiras, 1 mesa para exame
físico e 1 escada com 2 degraus (BRASIL, 2008).
A unidade dispõe de sala exclusiva para coleta laboratorial, e o local é
arejado, com janela, parede e móveis pintados com tinta lavável. Possui bancada
com pia, porém a torneira não é de fechamento manual, e não possui armário
acima e abaixo da bancada, somente 1 armário lateral. Dispõe de 3 armários para
arquivos, uma cadeira de coleta, 1 cadeira convencional, 1 maca, 1 suporte de
soro.
Desta forma a sala carece de apoio de armários para organização dos
materiais, seu tamanho restringe movimentação, não possui escada de 2 degraus
e não possui estrutura e organização.

5.9 Sanitários

Segundo o Manual de Estrutura física do Ministério da Saúde (2008), o


sanitário deve ser de uso dos usuários, recomenda-se distinção de sexo, e sempre
deve ser adaptado à PCD. Deve possuir lavatório e bacia sanitária. Na unidade,
há apenas 1 sanitário sem distinção de sexo, possui acesso nivelado para
cadeirantes, porém não possui barra fixa ao lado da bacia sanitário, o que dificulta
a acessibilidade. No local, além da bacia sanitária, tem 1 pia, dispenser de sabão,
porta papel toalhas, torneira e lixeira.
O banheiro de funcionários da Unidade possui apenas bacia sanitária, 1
pia, dispenser de sabão, porta-papel, toalhas, torneira e lixeira. O manual
preconiza que o banheiro de funcionários precisa possuir box e armários
individuais, além das instalações sanitárias habituais (BRASIL, 2008).

28
5.10 Copa

A copa é o local destinado para alimentação dos funcionários. Deve ter


acesso restrito, bem iluminado e ventilado, agradável e humanizado. Deve conter
em sua estrutura bancada com pia que dispense o uso das mãos, lixeira com
tampa e pedal, armários, fogão, geladeira e mesa de refeição (BRASIL, 2008).
Na copa local, encontramos a maior parte dos móveis preconizados, como
fogão, armários, geladeira, mesa e bancada. As janelas, portas e paredes são
laváveis, e a localidade é bem ampla, iluminada e ventilada. Porém falta em sua
estrutura a lixeira com pedal, e a torneira que dispense o uso das mãos, pois
ambas são de formas convencionais.
A copa é confortável à convivência, não faltam copos nem pratos, ou
talheres. Há sempre uma organização do ambiente e sempre está limpo. A
geladeira, a pia e mesa sempre estão limpas para uso dos profissionais.

5.11 Depósito dos materiais de limpeza

O DML é a área da unidade que é destinada para o depósito dos materiais


de limpeza e itens de higienização. Prevê o uso de tanque em louça ou aço,
armários e espaço para armazenamento de utensílios de limpeza (BRASIL, 2008).
O local na unidade possui todos os itens listados como base da
infraestrutura, além de possuir janelas e paredes pintadas com tinta lavável. Esta
área está de acordo com os manuais do Ministério da Saúde.

5.12 Centro de material de esterilização

O CME é um local destinado à recepção, limpeza, esterilização,


armazenamento e distribuição de materiais estéreis. Esse setor é dividido em 2
ambientes:

29
1. Sala de recepção: Local onde deve ser feita a lavagem do material, e entrega
ao outro ambiente através de guichê. O local deve possuir bancada, pia, pia de
despejo, ducha de lavagem e lixeira com tampa e pedal.
2. Sala de esterilização e estocagem: Sala que se comunica com o primeiro
ambiente, recebe os materiais limpos e prontos para serem esterilizados e
armazenados. Deve possuir bancada, pia, torneira que dispense o uso de mãos,
armários, autoclave, lavatório e exaustor (BRASIL, 2008).
Percebemos nesse local uma grande deficiência estrutural. Atualmente
esse espaço é usado indevidamente como estoque ou almoxarifado de alguns
materiais como fraldas, balança, poltronas sem uso, material de laboratório,
lixeiras, materiais de limpeza, caixas diversas, entre outros. O local inclusive é
usado para pesagem de usuários antes das consultas.

5.13 Sala de nebulização

A sala de nebulização é um local previsto para administração de


medicações inalatórias. A sala deve comportar cadeira ou bancos para acomodar
os pacientes, balcão com pia, armários acima e abaixo da bancada, torneiras que
dispensem o uso das mãos, lavatórios, 1 central de nebulização com filtros e
saídas, recipiente para desinfecção de máscaras faciais, lixeira com tampa
(BRASIL,2008).
A ESF do Vila Arthur não dispõe de sala de nebulização, apenas algumas
saídas de filtros que ficam na sala de enfermagem, escondidas atrás dos armários.

6 GESTÃO DE MATERIAIS

O SUS, em seu processo de produção de atenção e vigilância em saúde,

incorpora insumos e tecnologias de complexidades variadas em toda a rede de

serviços com a finalidade de garantir uma assistência contínua, de qualidade.

Mas, para atender a esse propósito, o sistema deve disponibilizar materiais

necessários em quantidade e qualidade para que os profissionais realizem suas

30
atividades sem risco para si e para os usuários. Um dos objetivos do

gerenciamento de materiais é colocar os recursos necessários ao processo

produtivo, com qualidade, em quantidades adequadas, no tempo correto e ao

menor custo (UNA-SUS, 2016).

Os profissionais da Atenção Básica e das Equipes de Saúde da Família

têm papel importante quanto à determinação do material necessário para a

realização das ações de saúde. Isso inclui não só a determinação de quantidades

adequadas, mas, sobretudo, a análise da qualidade, participando, quando

necessário, da especificação técnica do material. É imprescindível o

acompanhamento do perfil de consumo de materiais da UBS, incluindo os

medicamentos e os materiais esterilizados, para a devida reposição e manutenção

de estoque (UNA-SUS, 2016).

A gestão de materiais é um processo no qual se planeja, executa e controla,

em condições mais eficientes e econômicas, o fluxo de materiais, partindo das

especificações dos artigos a comprar até a entrega do produto. Os avanços

tecnológicos têm impulsionado o aumento constante da complexidade

assistencial, exigindo um nível de atenção cada vez mais elevado, por parte dos

profissionais de saúde, criando uma demanda crescente por recursos materiais

(FRANCISCHINI; GURGEL, 2002).

Os enfermeiros ao prestarem a assistência à saúde utilizem recursos

materiais, cabendo a eles a competência e responsabilidade pela administração

de materiais em suas unidades de trabalho através da determinação do material

necessário para a realização da assistência seja no aspecto quantitativo como no

qualitativo, na definição das especificações técnicas, na participação no processo

de compra, na organização, no controle e avaliação desses materiais (CASTILHO;

LEITE 1991).

31
Na Unidade Básica de Saúde do Vila Arthur, Maria Galdino da Silva. A

gestão de materiais é feita conforme necessidade. Cada equipe faz uma relação

de quantidade de materiais para sua área para um período de 15 dias e passa

essa relação para o funcionário contratado que gerencia a farmácia, o qual faz os

pedidos. Se caso houver necessidade de realizar um novo pedido antes do

período de 15 dias, é passado para o funcionário uma nova relação de materiais

para que o mesmo possa realizar os pedidos. Ele faz os pedidos com base nos

anteriores, se os materiais acabam antes, no próximo pedido ele dobra a

quantidade.

6.1 Provisão e Previsão

Outro aspecto da gestão de materiais, diz respeito a provisão e previsão de

materiais. A provisão diz respeito à reposição de materiais na unidade de

enfermagem. Para desempenhar essa função o enfermeiro deve realizar a

requisição de materiais em impresso próprio e encaminhar a solicitação aos

serviços competentes, a rotina de requisição de materiais pode sofrer pequenas

alterações de acordo com a instituição (BAHIA, 2019). Na unidade básica de

saúde da vila Arthur a requisição de materiais é feita pelo gerente da farmácia, o

qual o mesmo encaminha para a solicitação de serviços, não possui sistema

definido e tem o que parece ser por tempo e cota, separado e sem definição.

Já previsão de materiais nas unidades consiste em: fazer levantamento das

necessidades da unidade de enfermagem, identificando a quantidade e a

especificidade deles para suprir essas necessidades. É importante fazer a

manutenção de materiais para que a equipe de saúde possa desenvolver suas

atividades, ou seja, prestar uma adequada assistência à saúde de indivíduos e

comunidade, é necessário que os equipamentos existentes na unidade estejam

em perfeito funcionamento, garantindo dessa forma não apenas a assistência,

32
mas também a segurança de quem está utilizando o equipamento (KURCGANT,

2005).

Na unidade o levantamento das necessidades é feito pelas enfermeiras de

cada equipe, com a quantidade necessária para suprir as necessidades em um

período de 15 dias.

6.2 Organização e controle

A organização é um conjunto de duas ou mais pessoas que realizam

tarefas, seja em grupo ou individualmente de forma coordenada e controlada,

atuando num determinado contexto ou ambiente, com vista a atingir um objetivo

pré-determinado através da afetação eficaz de diversos meios e recursos

disponíveis (SILVA e PIRES, 2016).

Formas de controle também faz parte da gestão de materiais e é uma

função ampla, uma vez que diz respeito a quantidade, qualidade, conservação,

reparos e proteção dos materiais A realização de um controle adequado auxilia

no desenvolvimento das demais funções, pois fornece dados para a previsão,

propicia informações sobre a qualidade e a durabilidade do material, diminui o

extravio, aumenta a eficiência dos equipamentos – e assim garante uma utilização

apropriada dos recursos materiais, a continuidade da assistência ao paciente e a

diminuição dos custos relacionados aos materiais (BAHIA,2019).

O controle pode ser feito de diversas maneiras através do método ABC

(classifica os materiais segundo custo para a instituição); sistema de

troca/reposição; uso de cadernos com o número de patrimônio e quantidade;

fichas técnicas e atualmente o uso do computador (CASTILHO; LEITE, 1991).

6.3 Materiais permanentes e de consumo

Materiais permanentes são aqueles que não são estocáveis, ou que

permitem apenas uma estocagem temporária, transitória, apresentando um tempo

33
de vida útil igual ou superior a dois anos, constituem o patrimônio da instituição,

como por exemplo, mobiliários, equipamentos, instrumentais e outros (BAHIA,

2019).

Materiais de consumo são estocados e com o uso acabam perdendo suas

propriedades, sendo consumíveis, tendo uma duração de no máximo dois anos

como, por exemplo, esparadrapos, extensões para oxigênio, inaladores, seringas,

agulhas e outros. Mas, existem ainda, outras classificações para os materiais

(BAHIA, 2019).

6.4 Tipos de reposição de materiais

As reposições dos materiais são feitas de 15 em 15 dias pelo Celk Saúde


o tempo de espera é de 3 dias para a chegada dos materiais solicitados, a
quantidade de matérias a serem solicitados são baseados de acordo com a saída
dos mesmos.
O CELK SAÚDE Atenção Básica é um sistema que organiza as rotinas de
trabalho das unidades básicas de saúde, agilizando o fluxo de atendimento e
integrando em tempo real os dados dos pacientes. Gerencia o primeiro nível de
atenção (atendimento inicial) de forma simples e eficiente (CELK SAÚDE, 2018).

6.5 Sistema de Cálculo

O sistema de cálculo de material de consumo, existe um modelo de

classificação elaborado por Vilfredo Pareto, denominado curva ABC, onde os

materiais são agrupados em categorias A, B ou C de acordo com o custo. Quanto

à quantidade de material, os itens classe A deverão corresponder a 20%, os de

classe B 20 a 30% e os de classe C, 50% do total dos materiais. Em relação ao

custo ou investimento os de classe A correspondem a cerca de 50% dos custos,

os de classe B de 20 a 30% e os de classe C, a 20% (CASTILHO; GONÇALVES,

2014; LOURENÇO; CASTILHO, 2006).

34
A estimativa do quantitativo de material necessário pode ser obtida através

do consumo médio mensal (CMM) que consiste na observação do consumo por

um período de tempo, que geralmente é de três meses, dividido pelo número de

meses mais uma margem de segurança (ES) definindo-se assim uma cota de

material (CM) (BAHIA, 2019).

Cálculo de estimativa de material: CM= CMM + ES

Estoque de segurança é calculado acrescentando-se de 10 a 20% do CMM,

mais o consumo diário durante o tempo de reposição (CTR):

ES = 10 a 20% do CMM + CTR

CTR= CMM/30 x N

A unidade tem déficit no cálculo de cota de materiais, a forma de pedido é

feita por aproximação. O pedido de materiais é realizado de forma individual, onde

cada setor pede o seu material, sendo realizado o pedido quinzenalmente ou

conforme a demanda.

7 GESTÃO DE PESSOAS

Os Processos utilizados na gestão de pessoal é agregar, recompensar,


desenvolver, manter, monitorar. Gestão de pessoas é o conjunto de atividades de
especialistas e gestores que visam proporcionar competências e competitividade
à organização. Faz -se relevante verificar se os gestores de enfermagem estão
atentos à sua participação nos processos de gestão de pessoas, pois gestores
ativos nestes processos, observam os rastros deixados por sua equipe e
conseguem traduzi-los em informações para a tomada de decisões (FRANCISCO,
2020).
De acordo com o Ministério da Saúde (2012), um ponto importante é o
estabelecimento de uma equipe multiprofissional (equipe de Saúde da Família

35
ESF) composta por, no mínimo: (I) médico generalista, ou especialista em Saúde
da Família, ou médico de Família e Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou
especialista em Saúde da Família; (III) auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV)
agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os
profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em
Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. A unidade Vila Arthur
Maria Galdina da Silva é composta por três equipes (Quadro 5):

Quadro 5-composição de equipe

COLABORADORES EQUIPE 4 EQUIPE 5 EQUIPE 6

Médicos 1 1 1

Enfermeiros (a) 1 1 1

Técnico/ou auxiliar 2 1 1
de enfermagem

Saúde bucal - - -

Administrativo 1 para unidade - -

ACS 5 5 5

Auxiliar de Farmácia 1 para unidade - -

Serviços Gerais 1 para unidade - -


Enfermeira de férias.
Na unidade temos 3 (três) equipes fazendo sua composição são elas:
Equipe 4 com 1 médico, 1 enfermeiro, 2 técnico (sendo 1 destino para cobrir a
sala de vacina) e 5 ACS;. Equipe 5 com 1 médico, 1 enfermeiro, 1 técnico e 5
ACS; Equipe 6 com 1 médico, 1 enfermeiro, 1 técnico e 5 ACS; na farmácia temos
1 colaborador contratado que não é farmacêutico, na administração 1 colaborador
contratado e no serviços gerais 1 colaborador contratado, a número de
colaboradores está dentro da quantidade mínima para o funcionamento da
unidade.
Os médicos que atuam na unidade são generalistas e atualmente fazem
residência em saúde da família, as enfermeiras possuem formação generalista

36
sendo uma enfermeira especializada em saúde pública e outra especializada em
saúde da família, o profissional que atua na farmácia não possui formação
específica para atuar na área e a equipe de apoio possui nível médio conforme
preconizado pela secretaria de saúde para ocupação do cargo.

No âmbito municipal, a gestão dos serviços de saúde assume significado


estratégico para a consolidação do processo de trabalho das equipes com a
reorientação de um modelo de saúde baseado nas necessidades da população
(FERREIRA, 2012).

7.1 Avaliação de desempenho

A avaliação de desempenho, acredita-se ser importante uma vez que, a


avaliação como uma das funções na gestão de pessoas é um processo complexo
e dinâmico que requer constantes discussões na busca de novas maneiras de se
abordar estratégias que visem a melhoria da assistência prestada à população e
que se traduzam em ações cada vez mais certas, eficientes e eficazes na solução
de necessidades e/ou problemas da comunidade/população refletindo se também
na satisfação no trabalho destes profissionais (NEVES, et al 2004).
É importante destacar que, além dos benefícios, os programas de incentivo
de produtividade tornam a gestão de pessoas nas empresas mais fortalecida, há
maior envolvimento das pessoas, o nível de produtividade cresce e o grau de
envolvimento é maior. Isso acontece nas empresas que oferecem incentivos, seja
ela grande ou microempresa (CASTRO, 2011).
De acordo com a enfermeira gerente da unidade os regimes de trabalho
dos profissionais são contratados, por meio de concurso e contratos de prestação
de serviços, as avaliações periódicas de desempenho e satisfação da equipe é
feita anualmente pela Secretaria municipal de saúde e mensalmente pela gerente
da unidade e as capacitações acontecem frequentemente através de cursos
presenciais e online para toda equipe. A enfermeira verbaliza que possui POP’s
essenciais na unidade, porém uma precisa ser atualizada e 11 a serem criados
para a execução de tarefas e procedimentos. Precisa ser criado e implantado,
Normas e Rotinas, que deveria ter na unidade básica.

37
De acordo com Política Nacional da Atenção Básica (PNAB) (2012), a
carga horária exigida é de 40 horas semanais para todos os profissionais de saúde
membros da equipe de Saúde da Família, à exceção dos profissionais médicos,
cuja jornada é descrita no próximo inciso. A jornada de 40 horas deve observar a
necessidade de dedicação mínima de 32 horas da carga horária para atividades
na equipe de Saúde da Família, podendo, conforme decisão e prévia autorização
do gestor, dedicar até oito horas do total da carga horária para prestação de
serviços na rede de urgência do município ou para atividades de especialização
em Saúde da Família, residência multiprofissional e/ou de Medicina de Família e
de Comunidade, bem como atividades de educação permanente e apoio matricial.
O monitoramento dos colaboradores é registrado através do ponto
eletrônico que fica localizado na própria unidade e é monitorado pela enfermeira
gerente. A escala de serviço é de 40 horas semanais de segunda a sexta-feira; os
horários alternativos podem se estender, se houver alguma atividade
especializada em Saúde da Família; a enfermagem possui uma escala de serviço,
porém não é atualizada; o programa de cargos e carreiras somente os
concursados possuem, não existe um meio de incentivo por capacitação para os
colaboradores contratados.

7.2 Déficit nos Indicadores de Saúde

Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (2013), a


Estratégia e-SUS AB faz referência ao processo de informatização qualificada do
Sistema Único de Saúde (SUS) em busca de um SUS eletrônico (e-SUS) e tem
como objetivo concretizar um novo modelo de gestão de informação que apoie os
municípios e os serviços de saúde na gestão efetiva da AB e na qualificação do
cuidado dos usuários.
Segundo o Manual PEC 3.2, O Prontuário Eletrônico do Cidadão e a Coleta
de Dados Simplificada do e-SUS AB são utilizados de forma complementar nos
cenários possíveis de informatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS) nos
municípios e no Distrito Federal. Ambas as ferramentas possibilitam a
identificação do registro dos atendimentos por meio do Cartão Nacional de Saúde
(CNS), promovendo efetiva coordenação e gestão do cuidado do cidadão, além

38
da possibilidade de compartilhamento de informações com outros serviços de
saúde.
Os indicadores clínicos avaliam estruturas, processos e resultados de
saúde específicos. Há indicadores baseados em taxas ou médias, que servem
como uma base quantitativa para a melhoria de qualidade, e indicadores-
sentinela, destinados a identificar incidentes no cuidado de saúde que instigam
investigações futuras. Os indicadores devem subsidiar o desenho de avaliações
de desempenho e impacto, buscando associações entre ações e suas
repercussões/efeitos (Hartz, 1997, 2000).
Com relação ao processo de trabalho clínico é possível perceber que os
registros de atendimento no e-sus não são padronizados, nem para os
atendimentos médicos nem para os de enfermagem, o que ocasiona duplicidade
de informações, registro inadequado de dados para composição dos indicadores,
sendo assim, há necessidade de construção de documento orientativo e uma
capacitação para fins de padronização.

7.3 Caracterização das atividades de enfermagem

Segundo o COFEN (2018) A Estratégia Saúde da Família-ESF assume o


compromisso de prestar assistência universal, integral, equânime, contínua e
acima de tudo, resolutiva à população. Deve ser o contato preferencial dos
usuários com o SUS e sua principal porta de entrada. A Equipe de Saúde da
Família-ESF possui o Enfermeiro, Técnico ou Auxiliar de Enfermagem em sua
composição mínima, sendo estes responsáveis pelo desenvolvimento da
assistência à população adscrito a um território vinculada a uma Unidade Básica
de Saúde (UBS).

A equipe de enfermagem da unidade é composta por 3 enfermeiras que


ficam responsáveis pela supervisão, planejamento, organização, execução,
coordenação e monitoramento do trabalho desenvolvido pelos Técnicos de
Enfermagem. O desenvolvimento dessas ações inerentes à atuação profissional
dos auxiliares/técnicos de enfermagem que atuam na Saúde da Família requer
conhecimento, atualização constante, cumprimento dos preceitos éticos e legais

39
da profissão, organização administrativa do seu local de trabalho e conhecimento
de informática; serviços de enfermagem como a consulta de enfermagem,
vacinação, curativos, administração de medicamentos, dentre outros; As Técnicas
de enfermagem que são 5 no total, desenvolvem suas atividades em setores
específicos na unidade de saúde como Salas de Vacinação, curativos, preparo de
pacientes (verificação de Temperatura, Peso, altura, PA e glicemia capilar),
administração de medicamentos, aerossol terapia, auxílio na coleta de material
citopatológico e exames laboratoriais, expurgo, esterilização de materiais dentre
outros.

7.4 Caracterização do trabalho dos ACS

Os Agentes Comunitários de saúde praticam atividades de prevenção de


doenças e de promoção da saúde, a partir dos referenciais da Educação Popular
em Saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas,
desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS que normatizam a
saúde preventiva e a atenção básica em saúde, com objetivo de ampliar o acesso
da comunidade assistida às ações e aos serviços de informação, de saúde, de
promoção social e de proteção da cidadania, sob supervisão do gestor municipal,
distrital, estadual ou federal (PEDROSO, 2018). De acordo com a enfermeira
gerente da unidade, os Agentes Comunitários de Saúde são todos contratados
através de concurso público.

7.5 Fluxo de acidente de trabalho

Segundo o art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é o que ocorre


pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente
ou temporária, da capacidade para o trabalho".

O Ministério da Saúde tem proposto estratégias e orientações à Rede


Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) que permitam a

40
detecção, modificação e cuidado oportuno e integral a todos os trabalhadores. E,
ainda, atuação na vigilância nos locais de trabalho com intervenções que
propiciem a eliminação ou minimização dos riscos inerentes ao processo de
trabalho.
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 6 do Ministério do Trabalho,
considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) “todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”. O normativo
traz ainda a obrigação da empresa de fornecer aos empregados, gratuitamente,
EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento,
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e para
atender a situações de emergência.
De acordo com a enfermeira gerente da unidade, o fluxo de acidentes de
trabalho é no nível municipal e as vítimas são encaminhadas para o pronto socorro
do município, onde é feita a notificação e a vigilância, na unidade não possui
motorista para realizar esse transporte, para o caso tem que fazer solicitação de
transporte.

8 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E RISCOS À SAÚDE

Resíduo sólido é um material, substância, objeto ou bem descartado,


resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação se propõe
proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem
como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem
inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos; água, ou
exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da
melhor tecnologia disponível (BRASIL, 2018).
Ao adentrar na temática dos riscos, cabe conceituar os riscos à saúde e
riscos ambientais. O risco à saúde é a possibilidade do acontecimento de efeitos
adversos à saúde vinculados com a exposição humana a agentes físicos,
químicos ou biológicos, em que um sujeito exposto a certo agente patogênico

41
pode contrair alguma doença, agravo ou, até mesmo, a morte, em um determinado
tempo ou idade. Já o risco ambiental é considerado como a probabilidade da
ocorrência de implicações adversas ao meio ambiente, oriundas da ação de
agentes físicos, químicos ou biológicos, geradores de condições ambientais
potencialmente perigosas que beneficiam a persistência, disseminação e
modificação desses agentes no ambiente (BRASIL, 2006).
O manejo inapropriado dos RSS pode vir, ainda, a comprometer a auto
sustentabilidade do meio ambiente. A efetividade de um correto gerenciamento
dos RSS torna-se imprescindível, tendo em vista o alto grau de contaminação
presente nesses materiais, devido à presença de organismos patogênicos
transmissores de doenças, podendo ocasionar danos tanto à saúde da população,
como também, propiciar a contaminação do meio ambiente (PEREIRA, 2011).
Os RSS, se descartados de forma inadequada também proporcionam
riscos às pessoas quando atuam como catadores, principalmente, por meio de
lesões provocadas por materiais perfurocortantes, pela ingestão de alimentos
contaminados ou aspiração de material particulado contaminado. Ainda, há o risco
de contaminação do ar, dada quando os RSS são tratados pelo processo de
incineração descontrolado, que emite poluentes para a atmosfera contendo, por
exemplo, dioxinas e furanos (BRASIL, 2006).
Os resíduos originados durante a assistência à saúde, requerem um
adequado gerenciamento visando, além do atendimento da legislação, a
prevenção de problemas relativos à saúde do trabalhador, saúde pública e meio
ambiente (COSTA et al., 2012).
Deste modo então o gerenciamento correto de resíduos sólidos é um
processo importante na preservação da qualidade da saúde e do meio ambiente.
Os mesmos merecem uma atenção especial, desde a sua geração até o seu
descarte final. Quando são gerenciados inadequadamente, causam diversos
riscos, como contaminação e elevados índices de infecção, acidentes de trabalho
e problemas ambientais. Os profissionais de enfermagem são os que mais lidam
com os resíduos sólidos, com isso possuindo função especial na elaboração do
plano de gerenciamento de resíduos, onde deve-se ser debatido de forma ampla
e interdisciplinar e procurar refletir a postura crítica, ecológica e comprometimento
dos profissionais, envolvendo a ética social e responsabilidade eco ambiental
(ROSA FILHO, 2016).

42
Apesar da Unidade Básica de Saúde não apresentar um Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), o estabelecimento
possui recursos para o descarte correto de diferentes resíduos, a qual dispõe de
lixo comum, lixo infectante e coletores de Resíduos Perfurocortantes Descarpack.
Os materiais biológicos e infectantes são colocados em seus recipientes
adequados, sendo armazenados na parte de trás da unidade em baldes de lixo,
esses materiais são coletados por uma empresa especializada uma vez na
semana. Apesar da presença dos coletores de Resíduos Perfurocortantes
Descarpack, a unidade ainda apresenta falhas no fornecimento e disposição dos
mesmos e suporte. Os riscos ocupacionais associados ao manejo inadequado dos
RSS, estão relacionados com consequências imediatas e tardias, tais como:
acidentes com materiais perfurocortantes, exposição desnecessária, surgimento
de doenças, tanto por parte dos trabalhadores dos estabelecimentos de saúde.
Constata se que a gestão dos resíduos é por vezes falho. Neste sentido a
RDC 222/18, preconiza um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e
implementados a partir de bases científicas, técnicas, normativas e legais, com o
objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar um encaminhamento
seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores e a preservação
da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
Além disso a RDC 222/2018 traz que a gestão compreende as ações
referentes às tomadas de decisões nos aspectos administrativo, operacional,
financeiro, social e ambiental e tem no planejamento integrado um importante
instrumento no gerenciamento de resíduos em todas as suas etapas - geração,
classificação, segregação, acondicionamento, armazenamento, transporte,
destinação até a disposição final ambientalmente adequada, possibilitando que se
estabeleçam, de forma sistemática e integrada em cada uma delas. Com o
planejamento, a adequação dos procedimentos de manejo, o sistema de
sinalização e o uso de equipamentos apropriados, não só é possível diminuir os
riscos, como reduzir as quantidades de resíduos a serem tratados e, ainda,
promover o reaproveitamento de grande parte dos mesmos pela segregação de
boa parte dos materiais recicláveis, reduzindo os custos de seu tratamento
desnecessário e disposição final que normalmente são altos.
Ao realizar a Coleta de dados observa-se a implantação do Programa de
Controle de Controle e Prevenção de Infecção e de Eventos Adversos – PCPIEA.

43
Segundo a equipe do apoio, receberam um treinamento adequado voltado para
recolhimento, armazenamento e descarte dos materiais, somente uma orientação
sobre a coleta dos materiais e separação. Essa orientação foi realizada pelos
acadêmicos na unidade no semestre de 2021/2.
No momento não está sendo realizada educação permanente voltadas
para o descarte dos resíduos. O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com
as normas federais, estaduais e municipais, e ainda deve estar de acordo com os
procedimentos institucionais de Biossegurança, relativos à coleta, transporte e
disposição final (FIOCRUZ,2020).
Ressalta se que os riscos identificados foram: a falta identificação de risco
nas portas e a Identificação sala de CME e Expurgo, conservadora com
vazamento de gás destinação incorreta de lixo biológico .

9 MATRIZ SWOT

Forças Fraquezas

● Ambiente limpo e organizado; ● Falta de álcool gel na


● Trabalho em Equipe recepção;
● Ponto eletrônico; ● Coleta de CCO, abaixo do
● Estacionamento para esperado;
funcionários e clientes; ● Ausência de mapa
● Prontuário eletrônico implantado inteligente;
e funcionante; ● Norma e rotina inexistente e
ausência de POP’s em
alguns setores;
● Déficit na consulta de
enfermagem;
Internas ● Falha na busca ativa de
(Comunidad pacientes;
e e outros ● Falta de identificação dos
setores) riscos a saúde das salas;
● Déficit de padronização dos
registros clínicos no
prontuário Eletrônico do
cidadão

44
● Falta de dados atualizados
no PEC para o cálculo dos
indicadores de saúde da
unidade.
● Não dispõe de sala para uso
exclusivo como
almoxarifado
● Déficit de organização
adequada na sala de
procedimentos
● As dimensões da sala de
procedimento não são
adequadas, se apresenta
com tamanho inferior ao
preconizado pelo manual.
● Perfil epidemiológico está
desatualizado e que
apresentam problemas de
registro
● Falhas no fornecimento e
disposição dos de Resíduos
Perfurocortantes
Descarpack, e suporte
● Não apresenta um Plano de
Gerenciamento de Resíduos
de Serviços de Saúde
(PGRSS)
● Falta identificação de risco
nas portas e a Identificação
sala de CME e Expurgo
● Conservadora com
vazamento de gás (a
secretaria de saúde traz
diariamente as vacinas)
● Destinação incorreta de lixo
biológico.
● Técnica de enfermagem fixa
na sala de vacina.
● Descarte incorreto de
diferentes resíduos, lixo

45
comum, lixo infectante e
coletores de Resíduos
Perfuro-cortantes
Descarpack.

Oportunidades Ameaças

Externa ● Presença de acadêmicos de ● Expurgo sendo utilizado


(Comunidad Enfermagem Univag; como deposito;
e e outros ● Local de fácil acesso com ● Falta capacitação do
setores)
parada de transporte público programa E-SUS para
na frente; colaboradores

10 PRIORIZAÇÃO DE PROBLEMAS

PROBLEMA 1 – Norma e rotina inexistente.


PROBLEMA 2 - Ausência de identificação dos materiais da sala de curativo
PROBLEMA 3 - Falta de identificação das salas
PROBLEMA 4 - Déficit de padronização dos registros clínicos no prontuário
Eletrônico do cidadão
PROBLEMA 5- Técnica de enfermagem fixa na sala de vacina
PROBLEMA 6- Coleta de CCO, abaixo do esperado

46
Explicação do problema

Problema. Causa. Determinante .

POPs e Normas e rotina Falta de atualização Falta de conhecimento


em construção frequente dos POP’s sobre a necessidade do
setor.

Coleta de CCO, abaixo do Falta de planejamento Déficit no gerenciamento


esperado para aumento de adesão dos setores.
de mulheres na realização
do exame preventivo

Falta de identificação das Déficit de gerenciamento Gestão e planejamento


salas

Técnica de enfermagem Déficit de gerenciamento Gestão e planejamento


fixa na sala de vacina

47
11 PLANO DE AÇÃO

PLANO DE AÇÃO

Situação/ Onde, quando Objetivo Meta Ação Responsáv Prazo


Problemas e com quem eis/
Estratégica
acontece Parceiros

POPs Ocorre em Elaborar e Padronizar Monitorar Estagiários de 7 dias


desatualizados alguns setores implantar há dados de enfermagem,
da ESF Vila os POP’s execução atualização Equipe de
Arthur durante nos dos POPs já enfermagem,
a jornada de procediment existentes. professor.
trabalho, pela os a fim de
Propor
equipe de minimizar
criação de
enfermagem. desvios na
POPs em
execução
setores que
de tarefas
não tenham.
fundamentai
s, para o Troca de
funcioname informações
nto correto com a
do equipe para
processo. ressaltar a
importância
de um
Procediment
o
Operacional
Padrão
atualizado.
Criação de
Procediment
o
Operacional
Padrão.

Coleta de CCO Ocorre na Organizar Aumentar o Realizar Estagiários de 7 dias


abaixo do unidade o quantitativo captação e enfermagem
esperado durante a planejamen de CCO educação e Equipe de
jornada de to para o realizado na em saúde enfermagem
trabalho com a aumento unidade na sala de e professor.
equipe de da adesão espera
enfermagem de

48
mulheres
ao exame
preventivo

Falta de ESF, Vila Identificar Facilitar a Implementar Alunos e 30


identificação das Arthur, as portas visualização juntamente Equipe de dias
salas funcionários e com as e com os enfermagem.
clientes. placas de identificação alunos
acordo . matutino.
com o
setor.

Falta de quadro ESF, Vila Sanar Informar dia Implementar Alunos e 30


informativo na Arthur, dúvida de cada juntamente Equipe de dias
recepção. funcionários e sobre o dia atendimento com os enfermagem
clientes. de . alunos
atendiment matutino.
o para
cada
especialida
de

Técnica de Ocorre na Promover Estabelecer Sugerir que Estagiários de mens


enfermagem fixa unidade ESF assistência um rodízio as técnicas enfermagem almen
na sala de vacina Vila Arthur integral na da equipe de e Equipe de te
durante a sala de de técnica enfermagem enfermagem
jornada de vacina de façam o e professor.
trabalho, pela enfermagem rodizio entre
equipe de mensalment si para
enfermagem. e prestar
assistência
na sala de
vacina

49
12 GRÁFICO DE GANNT
ATIVIDADES 1ª SEMANA 2ª 3ª 4ª 4ª
SEMANA SEMANA SEMANA
SEMANA

Conhecer a
instituição e equipe
multiprofissional.

Coleta de dados para


o Planejamento
Estratégico
Situacional, Matriz de
Swot e Grafico de
Gannt.

Elaboração do PES

Elaborar plano de
ação

Realizar escala de
tarefas do setor

Realizar educação em
saúde na escola:
promoção da
acuidade visual

Entrega do PES

Realizar reunião de
despedida com a
equipe e
coordenação da
unidade

50
REFERÊNCIAS

BAULI, J.D; MATSUDA, L.M. Diagnóstico situacional do serviço de enfermagem de


hospital de ensino sob a ótica dos profissionais de nível médio. RAS, v. 11, Nº43, Abr-
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BRASIL. Ministério Da Saúde. RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o


Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de
projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da República
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Atenção Básica. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde: saúde
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Atenção Básica. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde : saúde da
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Atenção Básica.Qualificação dos Indicadores do Manual Instrutivo para as equipes
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