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MÓDULO 911

Condução Defensiva – Nível 1

UNIDADE M911U9

Fisiologia do transporte

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SESSÃO 1

Fisiologia do transporte

TEMAS

• Efeitos do transporte na vítima;


• O veículo de socorro;
• A sinalização sonora;
• Condições de segurança inerentes ao transporte.

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Objetivos específicos

Após a conclusão da sessão, os formandos devem:

• Descrever corretamente a importância que o tipo de

condução adotada pelo motorista assume na condição

clínica da vítima;

• Enumerar os princípios de segurança inerentes ao

transporte de doentes.

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Efeitos do transporte na vítima

Alta velocidade não é um sinónimo de salvar vidas.

Poderá contribuir para o agravamento do estado da vitima.

O mais importante é a segurança e o conforto pela condução


adequada ao estado de cada pessoa que se transporta na
ambulância.

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Efeitos do transporte na vítima

No caso de doentes ou sinistrados, o tipo de condução pode


agravar o seu estado clínico.

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Efeitos do transporte na vítima

Entre os vários fatores presentes no transporte de um doente /


vítima, os que mais vão influenciar o seu estado clínico são:

• Ruídos e alarmes sonoros;


• Vibrações;
• Inércia por alterações bruscas da velocidade;
• Força centrífuga.

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Efeitos do transporte na vítima

Estes fatores resultam da ação do motorista, logo este consegue


prever os movimentos do veículo.

Serão pouco percetíveis para o socorrista pois pode ver o trajeto


do veículo.

A vítima não vê o caminho. Não se protege.

Movimentos bruscos podem originar respostas fisiológicas a nível


cardiorrespiratório prejudiciais para a vítima na maca.

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Efeitos do transporte na vítima

A vítima a transportar deverá estar estabilizada, não necessitando


de um transporte muito rápido mas de um transporte de qualidade.

Um transporte mais rápido e agressivo poderá envolver elevados


riscos para a vitima, para a equipa de socorro, para os outros
utentes da via.

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Efeitos do transporte na vítima

Efeitos hemodinâmicos da aceleração

As alterações bruscas da velocidade por acelerações rápidas ou


por travagens podem alterar substancialmente a circulação
sanguínea da vítima.

Arranque Travagem ou MA

Ocupante Ocupante
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Efeitos do transporte na vítima

Efeitos hemodinâmicos da aceleração

A aceleração brusca pode provocar hipotensão e taquicardia,


originando a perda de consciência por diminuição do aporte
sanguíneo ao cérebro.

Sangue

Aceleração

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Efeitos do transporte na vítima

Efeitos hemodinâmicos da desaceleração

A travagem brusca pode anular qualquer imobilização feita,


originar uma subida brusca da pressão arterial e o aumento da
pressão intracraniana e diminuição do ritmo cardíaco, podendo
originar a paragem cardíaca.
Sangue

Desaceleração

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Efeitos do transporte na vítima

Como é que o transporte pode agravar o estado do doente /


vítima?
• Estradas mal concebidas;
• Estradas mau estado de conservação;
• Dissuasores de velocidade (bandas sonoras);
• Lombas;
• Traçado sinuoso.

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O veículo de socorro

Ambulâncias

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O veículo de socorro

Algumas das nossas ambulâncias

BOMBEIROS V. CAMBALHÕES DE CIMA

1138
ABSC
05

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O veículo de socorro

Algumas das nossas ambulâncias

São concebidas a partir de veículos de carga, sendo depois


adaptados para serviço de ambulância:

• Suspensões inadequadas;
• Célula sanitária sobre chassis;
• Insonorização deficiente;
• Binário e potência desajustados.

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O veículo de socorro

A sirene

O som da sirene tem influência no comportamento do motorista.


O motorista sente-se “acossado” pela sirene. Fica eufórico.
É o síndrome da sirene.

E no doente / vitima?
Uma vitima transportada a alta velocidade e com sirene ligada,
pode acreditar que o seu estado é muito mais grave, podendo
entrar em pânico, agravando o seu estado clínico.

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O veículo de socorro

A sirene

Uma sirene emite um som com intensidade próxima dos 115 dB;

O percurso demora entre 15’ a 20’.

Então, quer a tripulação do veículo de socorro quer a vítima, se

encontram expostos aos efeitos lesivos inerentes ao ruído intenso.

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Condições de segurança inerentes ao transporte

Vítima na maca

Uma vitima transportada na maca, deverá sempre estar segura

pelos cintos da maca devidamente colocados e ajustados:

• Proteção da vitima em caso de acidente;

• Atuação rápida do socorrista em caso de necessidade.

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Condições de segurança inerentes ao transporte

Segurança na célula sanitária

Se considerarmos que a vítima é

transportada quando se encontra

já estabilizada, também o

socorrista deverá fazer uso

adequado do cinto de segurança.

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Condições de segurança inerentes ao transporte

Segurança na célula sanitária

Qualquer ocupante que viaje sem

sistema de retenção potencia o

risco de sofrer lesões, face a uma

mudança brusca de velocidade

ou direção.

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Condições de segurança inerentes ao transporte

Objetos soltos

Todo o equipamento e material deve ser mantido nos recetáculos


próprios ou devidamente fixo pelas correias ou percintas
correspondentes.

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Condições de segurança inerentes ao transporte

Fecho das portas da célula sanitária

Não descurar a possibilidade de a maca se soltar em


consequência de uma manobra mais brusca ou em caso de
colisão.

Com as portas mal fechadas,


existe risco de a maca se soltar
e cair para o exterior.

Deve ser o motorista a fechar a porta da célula sanitária antes de


se dirigir à cabine.
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Condições de segurança inerentes ao transporte

Direcionamento dos bancos

É recomendado que todos os

bancos em utilização se

encontrem direcionados no

sentido da deslocação do veículo.

Os passageiros sentados em bancos laterais estão mais expostos

a graves lesões na coluna ou mesmo lesões fatais.

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Condições de segurança inerentes ao transporte

Posicionamento da maca
A maca deveria ser instalada no centro da ambulância,
minimizando os efeitos para a vitima.

Otimiza também o Centro de Gravidade.


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Condições de segurança inerentes ao transporte

Posicionamento da maca

O sistema de suporte e regulação da maca deverá permitir o ajuste

em altura.

Com a vitima estabilizada, a maca deve ser colocada numa

posição mais baixa, minimizando os efeitos da força centrífuga nas

curvas e a inércia longitudinal resultante das acelerações e

travagens.

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Condições de segurança inerentes ao transporte

Comunicação entre elementos da equipa

Socorrista e motorista devem “negociar” o tipo de condução

consoante as necessidades da vítima.

O socorrista deve, sempre que tal se justifique, determinar uma

condução mais lenta e suave.

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Condições de segurança inerentes ao transporte

Comunicação entre elementos da equipa

O socorrista não deve pressionar o motorista a praticar uma


velocidade mais elevada do que aquela que este considera
adequada do ponto de vista da segurança;

A mesma atitude de não pressionar o motorista deve ser assumida


pelos operadores de central.

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Lembre-se

“Na curva de aprendizagem, o que é importante


não é a mensagem que é entregue mas a
mensagem que é recebida.”

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Revisões

• Efeitos do transporte na vítima;


• O veículo de socorro;
• A sinalização sonora;
• Condições de segurança inerentes ao transporte.

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