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Segurança

Rodoviária
Segurança Rodoviária
• Uma das preocupações de qualquer país é a garantia da segurança dos seus cidadãos e a
segurança rodoviária é uma componente muito importante.

• Portugal tem elevados índices de sinistralidade nas estradas.

• A sinistralidade leva a grande mortalidade e incapacidade parcial ou total das pessoas, causando
grandes prejuízos, também ao estado.

No sentido de diminuir a sinistralidade rodoviária, foi elaborado em 2003 o Plano Nacional de


Segurança Rodoviária (PNSR), pelo Ministério da Administração Interna. Este plano estabelece
as prioridades, os objetivos atingir e as medidas a tomar.
PNSR-As prioridades definidas relacionam-se:

Com os utilizadores de Com o combate à fadiga e


Com a velocidade de
Com os peões; veículos de duas rodas e ao uso de álcool e drogas
circulação;
de pesados; por parte dos condutores;

Com uma maior e melhor


Com o melhor socorro às
utilização de dispositivos Com as infraestruturas
vítimas.
de segurança;
PNSR- Objectivos

Os objetivos apontam para a redução da sinistralidade e respetiva diminuição do número de


vítimas, mortais ou não;

Para o aumento do uso dos dispositivos de segurança, como cintos de segurança, sistemas de
retenção para crianças, capacetes de proteção e material refletor;

Para a melhoria das redes rodoviárias ao nível da conceção, planeamento e projeto, para as novas
vias, e de mais e melhor intervenção e correção para as já existentes, numa perspetiva de
segurança.
Legislativas - Estabelecendo regras mais rígidas, mais restritivas e mais penalizadoras
para os infratores;

PNSR-Medidas Educativas - Promovendo atividades no ensino obrigatório, desenvolvendo campanhas


de sensibilização e ações de formação específicas para os infratores de atos muito
graves e graves;

Estruturais - Aumentando a fiscalização, colocando novas estruturas de proteção e


melhorando as existentes, como passadeiras e separadores, nas vias e criando novas
redes e melhorando as existentes para viaturas sem motor e peões e melhorando os
sistemas de alerta e socorro a sinistrados.
Segurança e prevenção rodoviária
• Segurança rodoviária: abrange tudo o que são políticas e estratégias de segurança
rodoviária;

• Prevenção rodoviária é uma expressão que se refere mais especificamente ao


conjunto de medidas, regras e atitudes que têm como propósito prevenir o acidente.

Para se promover uma verdadeira cultura de segurança rodoviária (que passe por
uma alteração de mentalidades e de comportamentos na estrada) é inevitável que as
pessoas tenham boas bases de prevenção rodoviária.
Segurança rodoviária primária, secundária e terciária

A segurança primária é tudo o que tem o objetivo de evitar


o acidente. É aqui que se encaixam as medidas de prevenção
rodoviária, tal como todo o tipo de tecnologias e de
assistência ao condutor que ajuda a evitar um acidente, como
é o caso do bom estado dos pneus, dos travões, do sistema
ABS, da suspensão, das luzes ou da direção, entre outros.
Segurança rodoviária primária, secundária e terciária

A segurança secundária destina-se a


minimizar as consequências de um acidente no
momento em que este ocorre e proteger os
seus intervenientes (caso do airbag, do cinto de
segurança ou do capacete nos motociclistas).
Segurança rodoviária primária,
secundária e terciária
A segurança terciária tem o intuito de
minimizar as consequências já depois da
ocorrência de um acidente (aqui estão
compreendidas as operações de socorro de
bombeiros e profissionais de saúde).
Segurança e prevenção rodoviária

Deste modo, quanto mais elevada for a cultura


de um país assente na prevenção rodoviária
(segurança primária), mais bem-sucedida será
a sua política de segurança rodoviária, e de
conseguir reduzir ou mesmo evitar desastres
de viação.
Prevenção rodoviária
• A Prevenção Rodoviária tem como principal missão prevenir os
acidentes rodoviários e a redução das suas consequências.

• A Prevenção Rodoviária Portuguesa é uma instituição sem fins


lucrativos que promove ações de sensibilização junto da população,
com o objetivo de prevenir e reduzir o impacto dos acidentes
rodoviários. Esta instituição cria diversas campanhas de prevenção
rodoviária focadas em temas como a condução defensiva ou o
código da estrada.
Medidas de prevenção rodoviária

Deve verificar as condições de


segurança do veículo (estado dos
Verifique sempre o
pneus, travões, direção,
ANTES DE VIAJAR: acondicionamento e distribuição
suspensão, dispositivos de
da carga;
sinalização e funcionamento dos
limpa para-brisas);

Tenha atenção aos fatores que Faça uma revisão automóvel


condicionam a condução rápida através de uma Inspeção
(medicamentos, álcool, Facultativa, em qualquer um dos
fadiga...); nossos centros.
Medidas de prevenção rodoviária

Tenha muita atenção ao


Certifique-se que todos os Tenha atenção à velocidade
transporte de crianças (com
DURANTE A VIAGEM: Não ingira bebidas alcoólicas; ocupantes usam cinto de (respeite os limites) e ajuste-a
dispositivo de retenção
segurança; ao estado do pavimento;
adequado);

Em autoestrada circule
Mantenha uma distância de Com chuva ou nevoeiro deve sempre pela direita, utilizando
Tenha atenção às Evite quaisquer manobras
segurança em relação aos circular com os médios e a via da esquerda
ultrapassagens, não arrisque; perigosas;
veículos da frente; faróis de nevoeiro ligados; exclusivamente para
ultrapassar;

Em caso de avaria, imobilize Em viagens longas, faça


o veículo na berma e coloque pausas pelo menos de duas
o colete e triângulo de em duas horas.
sinalização de forma visível;
Fiscalização rodoviária

Diz respeito à segurança rodoviária, mas como é


sabido, quando os condutores veem uma patrulha de
polícia adotam um melhor comportamento na
estrada, pelo que a fiscalização rodoviária também
desempenha um papel importante como fator de
prevenção rodoviária.
A segurança rodoviária depende de comportamentos e atitudes

NÃO CUMPRIMENTO DAS REGRAS:

1. O excesso de velocidade,

2. A condução sob a influência do álcool e drogas,

3. A fadiga,

4. As ultrapassagens perigosas,

5. O desrespeito pelas passadeiras, sinalização luminosa e pictórica

6. A não utilização dos dispositivos de segurança.

O exercício de uma cidadania responsável é, possivelmente, o fator mais importante na promoção da segurança
rodoviária.
Causas dos acidentes

Estado deficiente do veículo (travões, estado dos pneus, luzes, cinto de segurança, espelhos retrovisores, buzina);

Excesso de velocidade;

Imprudência, cansaço e/ou falta de atenção do condutor;

Consumo excessivo de álcool;

Desrespeito pela sinalização.


Como a tecnologia está a mudar
a segurança rodoviária

Os automóveis recorrem cada vez mais à tecnologia para


proporcionar uma maior segurança aos condutores.

Por isso mesmo, os carros do futuro prometem ser mais


tecnológicos, mas também mais seguros.
Como a tecnologia está a mudar a segurança
rodoviária
Tendo em vista a maior segurança dos automóveis a circular na Europa, e as novas funcionalidades potenciadas pela tecnologia, a
União Europeia aprovou um conjunto de normas que os veículos comercializados têm de cumprir a partir de 2022:

1. A travagem de emergência, atualmente obrigatória em camiões e autocarros, é estendida aos


veículos ligeiros.

2. Os automóveis produzidos devem também integrar sistemas de monitorização da atenção,


detetando sonolência e cansaço no condutor.

3. Os veículos devem possuir um assistente de manutenção na faixa de rodagem e cruise


control adaptativo.

4. Entre os dispositivos obrigatórios passam a estar câmaras e sensores traseiros, que visam facilitar
as manobras de marcha-atrás.

5. Os veículos passam a ter um alcoolímetro, cuja função passa por impedir condutores embriagados
A segurança rodoviária e a
Física
A distância de segurança rodoviária
•O conceito de distância de segurança, ao abrigo do Código da Estrada é algo de dúbia interpretação.
Segundo a legislação em vigor “os condutores devem guardar dos outros veículos uma distância suficiente
que lhes permita parar em segurança no caso de travagem ou paragem súbita”.
•Para a Física é a distância mínima que dois veículos devem manter entre si, para que, no caso de uma
travagem brusca, não colidam um com o outro, ou seja, é a distância total percorrida por um veículo, desde
que o condutor se apercebe do perigo, até ao momento em que a viatura pára completamente.

•Calcula-se da seguinte forma:

• Distância de segurança = Distância de reação + Distância de travagem

•Distância de reação = Distância percorrida pelo veículo durante o tempo de reação.


•Tempo de reação = Intervalo de tempo que se inicia no momento em que o condutor se apercebe do
perigo e termina no momento em que o condutor inicia a travagem. Geralmente varia entre 0,4 s e 1 s.
A distância de segurança rodoviária
•Distância de travagem = É a distância percorrida pelo veículo, desde o momento em que o
condutor inicia a travagem, até ao momento em que o veículo se imobiliza.
•Tempo de travagem = Intervalo de tempo que decorre desde o momento em que se inicia a
travagem, até à sua conclusão.
•Com o aumento da velocidade, as distâncias de reação e de travagem aumentam, assim:

• Aumento de velocidade => Aumento da distância de segurança

•Por outro lado, se o tempo de reação do condutor aumentar, a distância de reação aumenta
também:

• Aumento do tempo de reação do condutor => Aumento da distância de segurança


A distância de reação depende de:

· Velocidade do veículo - A distância de reação é diretamente proporcional à


velocidade (por ex: se a velocidade duplica, a distância de reação também
duplica.

· Tempo de reação do condutor - que por sua vez depende das características
do condutor (idade, experiência) e das condições do condutor (cansaço, efeito
de álcool ou drogas, sonolência, ingestão de determinados medicamentos,
estados emocionais fortes, uso de telemóveis ou outros dispositivos, etc).
A distância de travagem depende de:

· Velocidade do veículo - A distância de travagem aumenta exponencialmente com a velocidade, pelo


que é extremamente importante respeitar os limites de velocidade impostos pelo código da estrada.

· Características do veículo - O seu estado geral de manutenção, a sua idade, o tipo de veículo e o
estado dos pneus e travões em particular.

· Estado do pavimento - Se o pavimento não estiver nas melhores condições, aumenta a distância de
travagem.

· Condições atmosféricas - Se existirem condições adversas (chuva, neve ou gelo, por exemplo) o
tempo de travagem varia significativamente, pelo que o condutor deve adaptar o seu tipo de condução
e a velocidade às condições atmosféricas. Deve conduzir mais devagar se houver pavimento molhado,
usar correntes de neve, na presença de neve, para aumentar o atrito e evitar conduzir, se houver gelo na
estrada.
A distância de Segurança é uma questão de Física

• Na leitura de uma formula simples podemos facilmente analisar o espaço percorrido por um condutor a uma
determinada velocidade durante o seu tempo de reação, ou seja, podemos verificar a distância de reação. Velocidade/
3600 segundos = metros percorridos por segundo, ou seja, 50 km/h/ 3600 segundos = 13,88 metros. Esta é a distância
aproximada que um condutor percorre enquanto reage, circulando a uma velocidade instantânea de 50 km/h.

• Sabendo nós que para muitos condutores o seu estimulo de travagem é a luz de travagem do veículo precedente,
sabemos agora que esses condutores reagem cerca de 13,88 metros depois do condutor da frente, ou seja, em um
segundo aproximam-se dele uma distância idêntica a um autocarro de dois eixos.

• A massa do veículo está diretamente relacionada com três fatores básicos e essenciais na sua utilização, quanto maior
a massa maior a energia necessária para desloca-lo, maior a dificuldade em fazê-lo mudar de direção e maior a
distância necessária para pará-lo.

• Em 1687, Isaac Newton, já tinha descoberto todas estas relações e escreveu na sua primeira lei diz que “Todo corpo
continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar
aquele estado por forças imprimidas sobre ele.(Lei da Inércia)
Deslocar a massa do veículo
• A massa influi a capacidade do motor em fazer deslocar o veículo, quando maior a massa mais energia é
necessária para movê-lo. Comparando um veículo que tenha todas as características iguais – motor, relações de
caixa de velocidade, dimensões de pneu, etc. – o mais leve será mais rápido a atingir determinada velocidade.

• Com um peso superior a energia necessária para atingir a velocidade de cruzeiro, por exemplo os 110/120 km/h
desde a entrada num troço de autoestrada, será superior também. Ou seja a capacidade de aumentar a
velocidade também é afetada. Ao tentar parar o seu veículo terá que lidar não só com a massa do seu veículo
mas também com o fator vetorial da velocidade que sobre ele atua, ou seja a velocidade.

• Quanto mais rápido for, maior distância percorrerá até conseguir imobilizar o veículo, segundo dados
da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) circulando a 80km/h e considerando um tempo de reação de 1,2
segundos, percorrerá 58 metros para imobilizar um veículo, 27 metros devido ao tempo de reação e mais 31
metros para a travagem propriamente dita.

• Aumentando 50% a velocidade, para os 120km/h a velocidade máxima permitida nas autoestradas, passamos a
necessitar de 40 metros do tempo de reação e 71 metros da travagem, totalizando 111 metros. Constata-se
um aumento de 91% da distância necessária para imobilizar o veículo.
Na construção e condução de veículos

• A massa do veículo deve ser considerada como algo fundamental na segurança rodoviária, a sua
influência sobre a dinâmica de um veículo automóvel é tão grande que não a levar em consideração
é negligenciar um fator crucial quando conduzimos.

• Todos os dias os construtores estão a adicionar “gadgets” aos veículos e dessa forma aumentando
a massa do veículo, o seu peso, por outro lado novas técnicas de construção, novas formas de
modelar o aço, novas ligas de metais e outros materiais leves estão a ser aplicados na construção
para contrabalançar esse problema.
Dispositivos de segurança rodoviária

• Os dispositivos de segurança visam aumentar o tempo de colisão e distribuir as forças


por áreas maiores de forma a diminuir a sua pressão e assim reduzir os efeitos de uma
colisão.

• Elementos de segurança:

• cinto de segurança

• encosto de cabeça

• airbag

• capacete
• estrutura com zonas deformáveis
Dispositivos de segurança
Cintos de segurança-air bags

• Quando o carro pára, o condutor continua andando até algo fornecer uma força na direção
oposta para impedi-lo. (Lei da Inércia de Newton) As suas pernas podem fornecer essa força
se os carros diminuírem gradualmente de velocidade, mas se o carro bater num obstáculo, a
desaceleração e a força são demais para suas pernas ou braços. Os automóveis têm airbags
para absorver o movimento para frente e dispersar a força de embate numa área mais ampla.

Força de colisão

• A força necessária para impedir que uma pessoa de 68 quilos viajando a 26,8 metros por
segundo em 60 segundos seja de 364 newtons. Se o carro bate num obstáculo e pára
subitamente, essa força sobe para 1.822 newtons Na ausência de cintos de segurança, a
força é fornecida pelo pára-brisa ou volante, e o impacto é mais do que suficiente para
matar a pessoa.
Dispositivos de segurança
Encostos de cabeça

• Os encostos de cabeça estão presentes na maioria dos veículos atuais,


uma vez que existe uma grande possibilidade de que os ocupantes de um
veículo fraturem o pescoço no caso de uma colisão na traseira de um
automóvel parado. O princípio físico capaz de explicar a necessidade dos
encostos de cabeça é a Lei da Inércia de Newton.

• A cabeça dos passageiros tem a tendência de continuar parada, se o carro


levasse uma pancada por trás, o carro era levado para a frente, mas a cabeça,
não, tem a tendência a se manter no mesmo lugar, o que pode ser perigoso para
os passageiros.
Fontes

• Infopédia

• Controlauto

• Circula seguro

• O observador

• ec.Europa.eu

• Science19.com

Trabalho realizado por Lara Silva- nº 14 º D no âmbito da disciplina de Física-Química

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