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Curso de Formação para Certificação de Motorista TVDE

CMTVDE

TÉCNICAS DE CONDUÇÃO

Manual do Formando

Nos termos do Código do Direito de Autor, é expressamente proibida a reprodução, no todo ou em parte, da presente
obra sem autorização da TRANSFORM - CONSULTADORIA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL LDA.
INDICE

TECNICAS DE CONDUÇÃO ................................................................................................................ 3


O SISTEMA DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIO .................................................................................. 3
CONDUÇÃO URBANA E NÃO URBANA ......................................................................................... 10
ESTATÍSTICAS DOS ACIDENTES RODOVIÁRIOS ........................................................................................ 20
ANÁLISE DA TAREFA DA CONDUÇÃO ..................................................................................................... 22
FATORES QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO CONDUTOR .......................................................... 24
DISTÂNCIAS ....................................................................................................................................... 26
SEGURANÇA ATIVA ................................................................................................................................ 28
CONDUÇÃO ECONÓMICA E ECOLÓGICA.................................................................................................. 31

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TECNICAS DE CONDUÇÃO

A Segurança Rodoviária e as Regras de Circulação

A segurança rodoviária depende de fatores diversos relacionados com os


diferentes componentes do trânsito rodoviário.

Assim, via, condutor, veículo, peões, condições climatéricas, fiscalização e


outros fatores, relacionam-se e interagem de tal modo que é da própria relação
que se estabelece entre eles que nascem focos potencialmente geradores de
insegurança.

O ser humano, como único elemento pensante, exerce sobre todo o sistema
uma influência muito grande, pelo que deve conhecer o conjunto de regras que
regulam as relações entre os vários elementos da via pública. No entanto,
conhecer não basta, é preciso querer cumprir. Conhecer e cumprir as regras,
manter os veículos em bom estado, conhecer a dinâmica do veículo e da via,
praticar uma condução defensiva são fatores essenciais para aumentar o nível
de segurança no nosso país.

O SISTEMA DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIO

O TRÁFEGO RODOVIÁRIO

TRÁFEGO – Conjunto de veículos, dos passageiros e das mercadorias que


circulam numa via de comunicação, consideradas global ou separadamente
(tráfego de veículos, tráfego de passageiros e tráfego de mercadorias).

TRÂNSITO – É o movimento de pessoas, animais e veículos que utilizam


uma via.

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COMPONENTES DO TRÂNSITO

COMPONENTES DO TRÂNSITO

UTENTE VEÍ
VEÍCULO

Interacç
Interacção

AMBIENTE

O utente - é toda a pessoa que está


envolvida no trânsito. O utente é o
principal responsável por tudo o que
acontece na estrada, pois está na origem
do trânsito e determina a sua evolução.

O veículo - é todo o artefacto, motorizado ou


não, que se destina a transitar na via pública,
pelos seus próprios meios e auxiliado por um
condutor.

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O ambiente rodoviário é constituído pela via,
pelo clima, pela hidrografia e orografia, pelo
tipo de povoamento, pelo tipo de composição
de trânsito e pelos sistemas de lei existentes,
assim como pela forma como são impostas.

a) Via é o cenário onde o trânsito se desenrola e que se caracteriza


pela existência de uma faixa de rodagem para a circulação de
veículos e que pode apresentar cambiantes ao nível da
pavimentação, do traçado, da existência ou não de sinalização
vertical ou horizontal e marcas rodoviárias, bem como de infra-
estruturas para protecção de utentes da via que circulem a pé,
nomeadamente, passeios, passagens aéreas ou subterrâneas, entre
outros. A todas estas condições o condutor deverá adaptar-se de
modo a praticar uma condução segura

b) O clima que se faz sentir numa determinada região poderá


igualmente levar o condutor a modificar a sua condução. De facto,
não é possível conduzir de igual modo num piso seco, num piso
molhado ou coberto de gelo.

c) Conduzir numa zona montanhosa ou plana exige do condutor


competências psicomotoras diferenciadas, mas que devem estar
perfeitamente integradas para que a condução seja segura

d) O Código da Estrada rege a conduta dos diferentes elementos que


produzem o trânsito. É um normativo que deverá responder às
exigências do próprio trânsito pelo que deverá ser actualizado
sempre que as leis nele vertidas se tornem obsoletas ou contrárias à
segurança.

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e) De igual modo a fiscalização deve ser vista como um elemento
dissuasor, actuando de forma sistemática e coerente de modo a que
os utentes da estrada se sintam protegidos.

A interação é a cadeia de ligação que se estabelece entre o utente o


veículo e o ambiente.

O Comportamento a adotar pelo condutor face a peões, veículos de duas


rodas e veículos pesados

Peões

Os peões são os utentes da via pública que maiores e mais cuidados


requerem por parte dos condutores, por um
lado devido à sua fragilidade, pois não estão
protegidos por uma carroçaria, o que os
torna, desde logo, mais expostos ao perigo,
mas também pela imprevisibilidade dos seus
comportamentos. Este grupo tem, além do
mais, uma composição bastante heterogénea que vai desde as crianças até
aos idosos, passando pelos deficientes de várias etiologias.

As crianças são um grupo muito especial que pelas suas caraterísticas


físicas e psíquicas integram-se no trânsito de modo bastante arriscado.
A bola, o cão ou o amigo, adquirem, aos seus olhos, mais importância do
que a aproximação dum veículo, arriscando-se assim a entrar na faixa de
rodagem para se juntar a eles.
A sua estatura não lhes permite ver a
estrada em toda a sua extensão quando,
ao prepararem-se para atravessar o têm
que fazer entre veículos estacionados.
O seu campo visual tem uma amplitude
menor que o dos adultos.

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Têm dificuldade em descobrir a origem do som,
necessitando de ver o objeto ou local de onde o som
provem.
O seu modo de ver o mundo é regido pelo seu mundo
mental e emocional pelo que realidade e imaginação
tendem a confundir-se. A sua avaliação das distâncias,
bem como das velocidades é muito deficitária.

A sua fraca experiência de situações de trânsito não lhes fornece as


informações necessárias para reconhecerem situações de perigo.

Os idosos contrapõem à larga experiência, a perda de capacidades físicas e


sensoriais apercebendo-se, por vezes, demasiado tarde da aproximação de
veículos. Os deficientes tendo variados tipos de dificuldades, constituem um
grupo a que o condutor deverá dar igualmente atenção pelas dificuldades que
podem sentir, sobretudo, no atravessar da estrada.

Cuidados a observar pelos Condutores

O condutor deve moderar especialmente a velocidade e redobrar a sua


atenção:
• Ao aproximar-se de aglomerações de pessoas ou animais;
• Na presença de crianças a brincar nos passeios, pois podem
atravessar inadvertidamente a faixa de rodagem. Por exemplo, para
apanhar uma bola;
• Na presença de idosos nos passeios, pois constituem um indício de
que poderão atravessar a faixa de rodagem sem observarem o
trânsito;

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• Nos locais em que é frequente o trânsito de peões, devidamente
assinalado. Se junto desta a circulação de veículos estiver regulada
por sinalização luminosa, o condutor deve, ainda, que a sinalização
lhe permita avançar, deixar passar os peões que já tenham iniciado
a travessia da faixa de rodagem.

Quando o condutor se aproximar de uma passagem de peões, junto da qual a


circulação de veículos não está regulada por sinalização, deve reduzir a
velocidade e, se necessário, parar para deixar passar quem já tenha iniciado a
travessia.

Quando muda de direção, mesmo não existindo, passagem assinalada para a


travessia de peões, deve reduzir a sua velocidade para deixar passar os peões
que estejam a atravessar a via onde vai entrar.

Veículos de 2 rodas

Imprevisibilidade da trajetória

Os condutores de veículos duas rodas, pelas


caraterísticas próprias destes, (equilíbrio mais
precário, inexistência de carroçaria) e a falta de
formação de grande parte dos seus condutores,
são utentes da via pública que exigem cuidados
especiais. Para conduzir estes veículos é
necessário um constante equilíbrio, pelo que,
por vezes, fazem movimentos bruscos para o manterem e circulam em zigue-
zagues.

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Os velocípedes e os ciclomotores são frequentemente utilizados por crianças e
adolescentes que não têm conhecimentos de regras, de sinalização, da forma
correta de se colocarem na faixa de rodagem, ou de comunicarem com os
outros utentes da via, pelo que é comum cometerem infrações que se podem
tornar perigosas.

Os outros condutores devem, portanto, manter uma


boa distância destes veículos, tentando captar indícios
das suas intenções.
Quando mudar de direção à direita deve verificar se
não se encontra nenhum destes veículos no espaço
da manobra.

Veículos pesados

O trânsito de veículos pesados, devido às suas caraterísticas específicas,


origina aos demais utentes das vias públicas problemas de fluidez e de
visibilidade.

Assim os demais condutores, atendendo às caraterísticas físicas dos veículos


pesados, nomeadamente a sua lentidão e dimensões, devem adotar uma série
de precauções especiais, tais como:

➢ Aumentar a distância de segurança, pois ocultam uma grande parte da


faixa de rodagem e impedem ou dificultam a visibilidade de sinais de
trânsito, de outros veículos, peões, etc.
➢ Avaliar corretamente a distância de que dispõem para ultrapassar, bem
como a velocidade a alcançar.
➢ Manter uma distância lateral maior quando os ultrapassem ou cruzem
com eles, segurando com firmeza o volante, de forma a diminuir as
oscilações resultantes da deslocação do ar por eles provocada.

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➢ Moderar a velocidade e utilizar o limpa pára-brisas quando o pavimento
estiver molhado para evitar, ao cruzarem com eles, a perda de
visibilidade resultante da grande quantidade de água e lama que largam
as suas rodas.
➢ Prever as suas intenções com antecedência por forma a evitar situações
de perigo, como a que se pode dar quando, em vias estreitas, se
afastam previamente para o lado esquerdo da faixa de rodagem para
virarem à direita.
➢ Não se impacientar enquanto eles estão a manobrar, pois necessitam de
mais tempo para o fazer.
➢ Não esquecer que os ângulos mortos de visibilidade (zonas que não são
vistas através dos espelhos) são maiores nestes veículos.

CONDUÇÃO URBANA E NÃO URBANA

Condução Urbana

As diferentes situações que se apresentam na via em condução urbana


requerem do condutor um elevado nível de vigilância para se fazer face aos
diversos fatores de risco inerentes a este tipo de condução, os quais estão
ligados nomeadamente:

• Ao trânsito intenso e aos frequentes congestionamentos;


• À grande variedade de utentes, e em especial pela circulação de peões,
quer pela sua natural fragilidade, quer pela imprevisibilidade dos seus
comportamentos, sobretudo quando se trate de crianças e idosos;
• Às várias vias de trânsito no mesmo sentido, bem como à constante
sucessão de cruzamentos e entroncamentos;
• À grande variedade de sinais de trânsito.
• Assim, o condutor para além de estar atento deve, ainda, circular a
velocidade especialmente moderada, para que possa reagir atempada e
adequadamente às situações com que se depare.

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CONDUÇÃO EM ESTRADA

A condução em estrada parece mais simples que em vias urbanas, sobretudo


pela menor intensidade de trânsito. Todavia, em estrada a velocidade é mais
elevada, e se os acidentes são menos numerosos, também são mais graves.
Por outro lado, exigindo este tipo de condução menos ações sobre os
comandos do veículo que na condução urbana, existe a tendência para
diminuir a atenção. Assim, e para que a condução se processe com a maior
segurança:

➢ Deve aumentar a distância de segurança;


➢ Deve manter uma vigilância suficiente para detetar a tempo as zonas de
risco (curvas, lombas, interseções, etc) e consequentemente adaptar a
velocidade às condições existentes;
➢ Não deve conduzir por mais de duas ou três horas seguidas (ao fim
deste tempo de condução, uma paragem de, pelo menos, 10 minutos é
suficiente para combater a fadiga). No caso de sentir sono deve parar e
dormir o tempo suficiente para lhe passar a sonolência;
➢ Deve redobrar a atenção sempre que, para efectuar a manobra de
ultrapassagem, tenha de utilizar a parte da faixa de rodagem destinada
ao trânsito em sentido contrário, dada a perigosidade desta manobra.

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CONDUÇÃO EM AUTO-ESTRADA

As auto-estradas são vias com caraterísticas diferentes das vias comuns,


concebidas para permitir a um maior número de veículos de se deslocarem
rapidamente e com maior segurança. Todavia, esta segurança pode ver-se
afetada, entre outros fatores, por uma diminuição da atenção ou vigilância e
pela possibilidade de circular a velocidades mais elevadas que, por vezes leva
os condutores a esquecerem os limites impostos por lei.

A condução durante muito tempo a uma velocidade elevada e sem grandes


alterações de movimento e a frequente
monotonia da paisagem bem como do ruído
(surdo e contínuo) do motor, provocam uma
fadiga que conduz a uma diminuição da
atenção ou vigilância que pode chegar até ao
adormecimento. Por outro lado, o corpo pode
entorpecer de tanto permanecer na mesma posição. Torna-se, assim,
indispensável fazer paragens regulares (pelo menos de 2 em 2 horas) para
descontrair, arejar, recuperar forças e desentorpecer os membros.

Adaptação da Condução às Condições Ambientais Adversas

Condução em Condições Atmosféricas Adversas:

As condições atmosféricas exercem uma influência decisiva no exercício da


condução. Fatores de risco como a chuva intensa e o vento forte devem
influenciar decisivamente a forma de conduzir, pois alteram substancialmente a
estabilidade do veículo e as condições de aderência ao piso. Para evitar males
maiores, convém ser o mais cuidadoso possível e saber exatamente como agir.

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A chuva, a neve e o nevoeiro, acarretam
principalmente a diminuição da visibilidade e da
aderência dos pneus do veículo ao pavimento.

O risco de acidentes praticamente duplica com a


ocorrência de chuvas ou aguaceiros. Assim que
começam a cair as primeiras gotas de chuva, a
aderência ao piso ressente-se imediatamente.

A água dilui-se com a sujidade existente na via e com restos de óleo deixados
pelas inúmeras viaturas, propiciando a ocorrência de derrapagens. É, portanto,
importante saber que precauções tomar nestas circunstâncias.

➢ Chuva

A chuva reduz a aderência e a visibilidade. Assim a velocidade deve ser


reduzida, principalmente nas primeiras chuvas até o piso ficar lavado de
impurezas provocadas por óleos derramados, folhas, poeiras e borracha de
pneus. Devem igualmente ser evitadas as mudanças repentinas de direção que
podem exigir demasiado dos pneus. A distância com o veículo da frente deve
aumentar, pois com a chuva aumenta consideravelmente a distância de
travagem.

Em caso de chuva é aconselhada a condução com as luzes médias acesas e,


caso se justifique, podem mesmo ser ligados os faróis de nevoeiro.

Caso a chuva seja tão intensa que impeça o condutor de ver as marcas
rodoviárias, este não deve hesitar em parar em lugar seguro até que a
intempérie passe e possa retomar a sua marcha.

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Outro inconveniente que pode ocorrer nestes casos tem a ver com um
fenómeno conhecido por
aquaplanagem ou hidroplanagem
e que consiste na ocorrência
duma cunha de água entre o
pneu e o piso de tal modo que o
contacto entre ambos é
impedido. Tal facto está
relacionado com a impossibilidade do pneu em escoar a quantidade de água
existente na via.

Pneus em mau estado são, em alguns casos, fatores


que potenciam esta situação. Quando não têm
pressão suficiente é maior a superfície de contacto
com o solo, aumentando o risco de aquaplanagem.

Quando o veículo começa a “aquaplanar” o condutor deve tirar o pé do


acelerador tão depressa quanto possível e manter o volante firme. Se
conseguir, deve mesmo pisar a embraiagem libertando as rodas de qualquer
força que as prenda ao motor. São de evitar as travagens a fundo de forma a
não perder o domínio do veículo e as viragens bruscas.

Seguir as marcas deixadas por outros veículos pode ser uma forma prática de
evitar este fenómeno da aquaplanagem.

➢ Nevoeiro

O nevoeiro reduz a visibilidade e a aderência. Este é


um fenómeno atmosférico que coloca as maiores
dificuldades à condução. Perto do litoral ou em
zonas atravessadas por cursos de água é comum
apresentarem zonas de nevoeiro intenso.

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Por vezes, ele é de tal maneira intenso que a visibilidade se torna bastante
reduzida, correndo, o condutor, o risco de não ver a tempo obstáculos que se
apresentem na via, por exemplo, veículos avariados, ou acidentados. Por outro
lado, ele próprio, corre o risco de não ser visto a tempo.

Assim, para melhor ver e ser visto, é indispensável que o condutor utilize as
luzes de cruzamento (médios) e, em caso de nevoeiro intenso, as luzes de
nevoeiro à retaguarda (no caso de se tratar de veículo que com elas deva estar
equipado). À frente, o condutor pode utilizar as luzes de nevoeiro, para
complementar as luzes de cruzamento.

O condutor deve igualmente reduzir a velocidade, de modo a poder parar o


veículo no espaço livre e visível à sua frente. Pode igualmente orientar a sua
velocidade pelo carro que o preceda, de modo a manter uma distância de
segurança, sem, no entanto, o perder de vista.

Com as más condições de visibilidade causadas pelo nevoeiro, a fadiga visual


aumenta, pelo que se recomendam paragens mais frequentes.

➢ Neve e gelo

A queda de neve reduz a visibilidade.

Assim o condutor deve utilizar as luzes de cruzamento e, no caso de má


visibilidade, as luzes de nevoeiro à retaguarda. À frente, o condutor pode
utilizar as luzes de nevoeiro, para completar as luzes de cruzamento.

O sistema de ventilação deve ser igualmente utilizado par evitar o


embaciamento dos vidros e, quando necessário, usar os limpa-pára-brisas.

Aderência

A presença de neve ou gelo sobre o pavimento torna-o escorregadio,


provocando, assim, uma redução muito grande da aderência que, por vezes,
chega a ser quase nula.

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Nestas circunstâncias o condutor deve:

✓ Reduzir a velocidade, adaptando-a às condições de visibilidade e


aderência;
✓ Aumentar a distância de segurança;
✓ Prever as paragens com bastante antecedência;
✓ Evitar acelerações e paragens bruscas;
✓ Verificar se existe sinalização que obrigue ou aconselhe à utilização de
correntes de neve.

D9 H5

➢ Vento

O vento é uma deslocação do ar que consoante a sua intensidade e direção


pode influenciar a normal trajetória do veículo.

A maior ou menor influência do vento sobre a trajetória,


é sentida especialmente quando se passa de zonas
abrigadas para descampadas, ou quando se ultrapassa
ou cruza com outro veículo.
A12 – Vento lateral

Se o vento sopra de frente ou de trás, a influência na trajetória pouco se faz


sentir. Já a incidência do vento lateral deve trazer cuidados acrescidos, uma
vez que podem afectar de forma brusca e repentina a trajetória e estabilidade
do veículo. Para evitar o perigo a velocidade deve ser imediatamente reduzida.

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Em algumas auto-estradas existem avisos de zonas mais propensas a este tipo
de condições atmosféricas, como por exemplo, pontes, viadutos e zonas altas.
A indicação da orientação do vento é dada por uma manga de cor vermelha e
branca. O condutor deve então conduzir de modo a compensar os desvios
causados.

Nestas condições, ultrapassar, pode ser complicado. Um especial cuidado


deve ser dado aos veículos de duas rodas, mais sujeitos a alterações bruscas
de trajetória, devido às suas menores dimensões e difícil estabilidade. Assim
quando seja necessário ultrapassá-los é conveniente guardar uma maior
distância lateral.

Condução Noturna

Alguns condutores preferem conduzir à noite, pois durante este período o fluxo
de trânsito é menor. Se este facto é verdade, não deixa também de ser
verdade que, durante este período, aumenta o número de acidentes e a sua
gravidade.

Tal fica a dever-se ao facto de durante a noite haver maior dificuldade em


distinguir eventuais obstáculos na via, bem como uma maior dificuldade em
avaliar as distâncias.

Tal fica a dever-se ao facto de durante a noite haver maior dificuldade em


distinguir eventuais obstáculos na via, bem como uma maior dificuldade em
avaliar as distâncias.

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A falsa sensação de que está só, leva o condutor a praticar velocidades mais
elevadas, o que potencia a ocorrência de acidentes graves.

A acrescentar a isto há o facto de muitos condutores terem já acumulado um


grande cansaço durante o dia, fazendo com que os níveis de vigilância sejam
inferiores ao necessário para uma condução segura.

O encandeamento por parte de outros condutores é outro risco da condução


nocturna, tal como a tardia identificação de peões pouco ou mal identificados.

Assim, tendo em conta os condicionalismos da condução nocturna, e para que


a mesma se processe com a maior segurança, é indispensável que o condutor
tome determinadas precauções, designadamente:

➢ Reduzir a velocidade, adaptando-a às condições de visibilidade;


➢ Aumentar a distância de segurança
➢ Assinalar as manobras com mais antecedência que durante o dia;
➢ Prestar atenção especial aos peões, condutores de velocípedes e de
veículos de tração animal
➢ Passar de luzes de estrada (máximos) para luzes de cruzamento
(médios) ao cruzar com outros veículos, pessoas ou animais de modo a
evitar o encandeamento.
➢ Ao ser ultrapassado e, caso leve as luzes de estrada, o condutor deve
mantê-las acesas até que o condutor ultrapassante esteja a seu lado,
altura em que deverá passar para luzes de cruzamento.
➢ Para evitar o encandeamento, o condutor não deve encarar as luzes dos
veículos com os quais se cruza. Deve olhar para o lado direito da
estrada, tão longe quanto possível.
➢ Deve verificar periodicamente as luzes a fim de detetar alguma má
orientação destas.
➢ Os períodos de condução devem ser curtos, entre duas e três horas,
com uma pequena paragem de 10 minutos para desentorpecer as
pernas, distender músculos, etc, combatendo assim a fadiga.
➢ Em caso de sono, o condutor deve parar e dormir o tempo suficiente
para lhe passar a sonolência.

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O ACIDENTE RODOVIÁRIO
O meio ambiente fornece
constantemente informações ao
O QUE É UM ACIDENTE?
condutor traduzindo-as em
dificuldades às quais o condutor É a ruptura no equilíbrio entre o nível de
exigências devido ao meio ambiente
terá que fazer face pondo em
e o nível de meios que o condutor
ação um conjunto de dispõe para actuar.

conhecimentos, actos motores


(travar, acelerar, desviar, etc) e
atitudes.

Assim, sempre que há uma falha na interligação entre os diferentes


elementos do trânsito, ocorre o acidente.

−A Falha Humana

A segurança dos utentes da via depende, não exclusivamente, mas numa


grande parte, do seu próprio comportamento. Ao reflectir sobre a sua
condução cada condutor pode evitar acidentes e situações arriscadas. Se
muitos agirem desta forma, a segurança de todos aumentará.

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Estatísticas dos acidentes rodoviários

In Relatório de Sinistralidade Rodoviária 2014 (Vítimas a 30 dias) - ANSR

No âmbito da Segurança Rodoviária, a estatística desempenha um papel


essencial, pois através dela é possível determinarem-se as deficiências do
sistema rodoviário e assim implementarem-se as medidas mais adequadas
para se resolverem alguns dos problemas detectados.

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Análise da Tarefa da Condução

A segurança na condução depende do equilíbrio que se estabelece entre o


condutor-veículo-ambiente. Cabe ao condutor conseguir esse equilíbrio.
A actividade da condução é uma tarefa complexa que envolve várias
operações. A visão é um dos sentidos mais importantes na recolha da
informação. Os olhos do condutor não são simples receptores de informação.
São também órgãos complexos que, através dos seus movimentos, fazem uma
verdadeira exploração da estrada.

O Qu e é Con d u z i r ?

Na tarefa da condução existem momentos distintos: a recolha da


informação, o tratamento da informação, a decisão e a ação.

Perceção, Análise, Decisão e Ação

A primeira fase da tarefa da condução é a recolha de informação. Através


dos órgãos da visão e da audição o condutor capta as informações e
reconhece essas informações, pois possui a qualidade de as reconhecer
(perceção).

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Exploração Percetiva Visual

Estratégia de exploração ocular em que os olhos procuram informação que


faça sentido, ou seja, os nossos olhos não se deslocam “à toa”, eles
procuram determinadas informações, p. ex. sinais, informações, luzes dos
outros veículos, deslocações de peões, etc., que permitam encontrar a
resposta mais adequada às exigências de cada momento do trânsito.

O Treino da EPV (Exploração Percetiva Visual)

Como olhar e porquê? Cinco Regras:

• Olhar o mais longe possível;


• Percepcionar o conjunto da situação;
• Explorar sistematicamente (incluindo os espelhos)
• Procurar escapatórias para os casos de urgência;
• Ser visto.

Análise/Previsão

Perante o que viu naquele momento, o que recorda de situações idênticas


guardadas na memória, o condutor faz comparações e prevê possíveis
evoluções da situação que se lhe depara.

Decisão

Após pensar sobre as várias hipóteses de actuação o condutor escolhe a que


lhe parece mais adequada para, por exemplo, evitar o atropelamento de uma
criança que entra na via.

O condutor decide se deve:

- Abrandar

- Parar

- Mudar de trajetória.

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A sua decisão é influenciada:

- Pela sua atitude: comporta-se de modo a evitar o acidente

- Pelos seus conhecimentos: regras de trânsito e segurança, comportamento


do veículo.

- Pela sua experiência.

Ação

A última fase da Tarefa da Condução consiste no acto da utilização dos


comandos da direção, travagem ou aceleração do veículo de modo a
concretizar a decisão anteriormente tomada. Esta execução da decisão está
dependente de vários fatores, como por exemplo da habilidade do condutor, do
seu estado físico e psíquico, dos conhecimentos que tem do código da estrada,
da dinâmica do veículo e da sua experiência, entre outros.

Fatores que influenciam o comportamento do condutor

PERCURSO DO ALCOOL NO ORGANISMO

CEREBRO

Boca PULMÕES

CORAÇ
CORAÇÃO

ESTOMAGO
RINS
FIGADO

CORRENTE SANGUINEA

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Evolução da taxa de álcool no organismo

Cinco minutos após a ingestão, o organismo inicia a absorção do álcool,


passado meia hora já é detectada a sua presença em todo o corpo e ao fim de
hora e meia atingiu a taxa máxima.

O processo de eliminação do álcool é um processo lento realizado através da


respiração, transpiração e excreção através das vias urinárias. A sua
metabolização, pela qual é responsável, em grande parte o fígado, faz-se ao
ritmo de aproximadamente 0,1g de álcool por hora. O que significa que poderá,
em certos casos, levar cerca de 24 horas a fazer uma total eliminação do álcool
no organismo, bastando para tal ter 2,4g/l de álcool no sangue.

Fatores como a ingestão de álcool com ou sem alimentos, o peso e altura da


pessoa, estado emocional, cansaço, grau de álcool da bebida ingerida, etc.
podem fazer variar a taxa de alcoolémia.

Fatores externos adversos ao condutor:

▪ O excesso de Sinalização ou a sua falta;


▪ A má sinalização;
▪ A intensidade de trânsito;
▪ As condições atmosféricas adversas;
▪ Etc.

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DISTÂNCIAS

TEMPO DE REACÇÃO
Dr = v (m/s)
Lapso de tempo que decorre desde o
momento em que o estímulo é
3600 (s)
detectado até que se inicia a execução
das tarefas destinadas a alcançar o
objectivo escolhido. ( 1 segundo )
Dt = v2
DISTÂNCIA DE REACÇÃO 2g.μ
Percurso feito pelo veículo durante o V – m/s
tempo de reacção. g (aceleração gravítica)= 9,81 m/s
μ (coeficiente de atrito :
piso seco = 0,8
DISTÂNCIA DE TRAVAGEM
piso molhado = 0,4
Percurso feito pelo veículo desde o
momento em que são accionados os
travões até que este se imobiliza.

DISTÂNCIA DE PARAGEM

Percurso percorrido entre o momento em o


condutor vê o obstáculo e aquele em que ele pára
efectivamente. Dp = Dr + Dt

DISTÂNCIA DE SEGURANÇA
Distância mínima que o condutor deve manter
entre o seu veículo e o que segue à sua frente.

RF_0024_VO 26
Método expedito para cálculo da distância de reação (dr):

Multiplica-se o algarismo das dezenas por 3.

Exemplo: 50Km/h dr= 5x3

Método expedito para calcular distância de paragem (dp):

Multiplica-se o algarismo das dezenas por si próprio:

Exemplo: 50 Km/h dp= 5x5

Distância de paragem = dr+dt

Distância de Segurança=drx2

Nota: para velocidades superiores a 100Km/h e/ou qualquer condição


adversa do sistema rodoviário, aumentar o fator de multiplicação.

Ex: nevoeiro intenso drx3

Pneus lisos (carecas) + nevoeiro intenso drx4

Nota: Quando a velocidade duplica a distância de travagem quadruplica!

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Medidas de Segurança

MEDIDAS DE PREVENÇÃO RODOVIÁRIA

Antes do Evitar
acidente
medidas
activas
acidente
Momentos
em que
actuam
Durante o
acidente
Reduzir
consequências medidas
passivas

Depois do
acidente
Estabilizar as
consequências  medidas
de socorro
Utente
Destinatá
Destinatários Veí
Veículo
Ambiente

As medidas de segurança destinam-se a actuar antes, durante e depois do


acidente, perseguindo diferentes objetivos.

Segurança Ativa

As medidas que visam evitar o acidente são chamadas medidas de


Segurança Ativa.

Estas aplicam-se aos diferentes elementos do sistema rodoviário: utente,


veículo e ambiente rodoviário.

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Medidas dirigidas ao utente: Uso de material retrorreflector por parte dos
peões para melhor serem vistos, uso correcto dos espaços a si destinados,
comportamentos e atitudes adequados às diferentes situações de trânsito de
modo a garantir a sua segurança bem como a dos demais utentes.

Medidas dirigidas ao ambiente rodoviário: Construção de vias com piso de


qualidade, bem como traçados correctos, com indicações claras do espaço
dirigido a cada utente, boa iluminação e sinalização adequada, entre outros.

Medidas dirigidas ao veículo: ABS, controlo de estabilidade e tração, faróis


de nevoeiro, desembaciadores, pneus em bom estado, etc.

Segurança Reativa

São medidas a tomar pelo condutor, recorrendo aos órgãos de comando do


veículo, sempre que esteja iminente o acidente (consultar parte prática do
manual).

Segurança Passiva

As medidas de Segurança Passiva têm como objetivo minimizar as


consequências do acidente. Tal como as de segurança ativa, dirigem-se a
todos os elementos do trânsito: utente, veículo e ambiente rodoviário.

Medidas dirigidas ao utente: Uso de capacete, botas e roupa protectora, etc.

Medidas dirigidas ao ambiente rodoviário: rails de protecção, separadores


de faixas, escapatórias, etc.

Medidas dirigidas ao veículo: cinto de segurança, encosto de cabeça, barras


laterais protectoras, air bags, pontos de quebra programada na carroçaria e no
volante, etc.

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Medidas de Socorro

Destinam-se a apoiar as vítimas, através do socorro, no sentido de garantir a


sua sobrevivência e qualidade de vida. Para tal, só as pessoas devidamente
habilitadas deverão mexer nas vítimas. No entanto, todo o cidadão que
presencie um acidente com feridos ou mortos fica obrigado a não abandonar as
vítimas, sinalizar o acidente e pedir socorro aos organismos competentes. Para
tal poderá recorrer ao número gratuito de socorro nacional – 112 – ou postos
avisadores SOS de utilização igualmente gratuita.

Conclusão

As medidas de segurança visam tornar a circulação rodoviária mais segura


contribuindo para a diminuição das taxas de sinistralidade e de mortalidade e
paz na estrada.

No entanto, cabe ao ser humano adotar um comportamento defensivo, através


do aumento das suas capacidades técnicas e da interiorização de atitudes de
verdadeira cidadania e de comportamentos adequados ao espaço em que
circula e que partilha com os seus concidadãos. Só no momento em que
houver uma valorização da segurança como um bem socialmente desejável
poderemos caminhar firmes em direção ao fim deste verdadeiro flagelo que é o
acidente rodoviário.

De uma vez por todas, o acidente rodoviário tem que deixar de ser visto como
uma fatalidade inevitável, um castigo dos deuses, ou como algo a que não
podemos fugir. O acidente pode ser evitado, assim encaremos todos com
responsabilidade e respeito pelo próximo esta tarefa de conduzir que se deseja
agradável e que se vê frequentemente transformada num autêntico inferno.

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Condução Económica e Ecológica

Uma condução económica e ecológica não só é vantajosa para aquele que a


executa, como é simultaneamente mais segura para todos. O Planeta, esse
agradece, uma vez que são os veículos motorizados os que mais contribuem
para o aquecimento global e consequentemente para degradar o nosso
ambiente na Terra.

Façamos um esforço cada um de nós e o somatório desses pequenos esforços


terá as suas repercussões a médio e longo prazo.

Sejamos então cuidadosos entre outras coisas com o seguinte:

• Com a manutenção do veículo;

• Procure acondicionar a carga sempre que possível na mala ou na sua


impossibilidade sobre o tejadilho mas apoiada na maior superfície
possível e bem amarrada;

• Procure não conduzir em regimes altos. Use a mudança adequada em


função da velocidade que leva;

• Não use o ar condicionado se não se justificar;

• Com as janelas fechadas o consumo de combustível é menor;

• Se parar o veículo por 2 minutos, desligue o motor;

• Faça as revisões de acordo com o fabricante;

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• Verifique regularmente a pressão dos pneus (a frio);

• Não aqueça o motor com o veículo parado;

• Evite acelerações e travagens bruscas;

• Evite circular a velocidades elevadas. Além de perigoso, o consumo


aumenta desmesuradamente e o tempo de vantagem após a viagem é
insignificante. Uma condução calma pode chegar a uma economia de
40%;

• Programe as suas viagens, preveja um segundo itinerário e adeque a


velocidade ao estado da via;

• Não atire objetos para fora da viatura nem permita que outros o façam;

• Não exceda os ruídos previstos para o seu motor (consta do certificado de


matrícula) nem para o seu rádio;

• Se sair fumo excessivo do tubo de escape consulte o mecânico;

Lembre-se que, do seu tipo de condução depende o conforto


e a segurança não só sua, mas daqueles que o acompanham

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Atividades Práticas
Atividades Práticas
Correção da Posição de Condução
Objetivo 1: Tendo em conta as caraterísticas do veículo e seus acessórios, o
formando deverá escolher a melhor posição, sentido conforto e, se possível,
prazer.

Objetivo 2: Além do conforto, estar bem posicionado para responder a


qualquer situação de emergência

Operacionalização: Altura do Banco

Distância das pernas aos pedais

Encosto das costas (regular o volante)

Distância dos braços aos comandos

Colocar as mãos na posição correta

Encosto de cabeça

Regulação dos espelhos

Regulação e colocação do cinto

SLALOM
Objetivo: O formando deverá ser capaz de contornar os obstáculos sem
recorrer a travagens bruscas e sem guinadas fortes da direção, evitando os
obstáculos, treinando a exploração visão (olhar longe).

Se possível, fazê-lo sem travar, nem pisar a embraiagem.


Notas. Não meter as mãos por dentro do volante. Não rodar o volante com a
palma da mão. Acompanhar o movimento do volante quando desfizer a curva
sem que este deslize dentro das mãos.

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Distâncias de Travagem
Objetivo: O formando deverá confirmar, através de exercício prático, que a
paragem não é instantânea, pelo que deverá manter (em trânsito real) uma
boa distância do veículo da frente (distância de segurança).
TRAVAGENS DESCENTRADAS sem ABS
Objetivo: O formando deverá ser capaz de, em situação de emergência, travar
sem perder o controlo da direção.
Operacionalização: O veículo deverá passar com a roda dianteira e traseira
do mesmo lado, em superfícies de aderência diferenciada relativamente às
duas restantes do lado contrário. O formando deverá travar a fundo até parar.
- O carro vai atravessar-se ou fazer mesmo “peão”…

Repetir o ensaio com as 4 rodas sobre a superfície escorregadia, travando a


fundo e virando as rodas. - O carro vai seguir em frente…

Repetir os exercícios, agora com ABS para constatar que tem sempre
controlo na direção mesmo travando a fundo.

Introduzir a variante de travar e levantar braços, com as rodas direitas, para


provar que o ABS faz as respectivas compensações.
Desvio de obstáculos (esquiva)
Objetivo: Contornar os obstáculos, sem os derrubar.

Operacionalização: Sem ABS: o formando deverá travar a fundo, aliviando e


contornando o obstáculo mas mantendo-se a travar até parar. Se não
conseguir, desvia do próximo obstáculo e pára de seguida.

Repete o exercício com ABS: o formando deverá travar a fundo até parar
desviando-se dos obstáculos.

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Travagem com Obstáculo que surge repentinamente
Objetivo: O formando, perante um objeto que surge repentinamente, deverá
ser capaz de travar e/ou desviar-se, de modo a não embater com ele ou
noutro sítio. Aqui, com ABS continuando a travar pode e deve tentar desviar
se for essa a melhor alternativa.

Demonstrar a necessidade de adotar velocidades baixas em meios urbanos,


mesmo tendo um veículo equipado com ABS, prever situações de risco face
aos indícios e manter a distância de segurança.
SOBREVIRAGEM
Objetivo: O formando deverá ser capaz de controlar a direção do veículo,
quando as rodas de trás descrevem um arco de amplitude superior ao
esperado pelo condutor quando executa o movimento sobre o volante
(derrapa de traseira).
SUBVIRAGEM
O veículo descreve com as rodas da frente, uma curva superior ao ângulo
dado ao volante (derrapa de frente).
Como combater?
Levantando o pé do acelerador para transferir massas para a frente e assim
ter aderência voltando ao seu trajeto normal. Se não for suficiente, travar um
pouco para reforçar esse objetivo.

Com este curso, temos a esperança de contribuir para uma melhoria do saber
saber, do saber fazer e do saber ser/estar na estrada.

BOA VIAGEM!

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