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OBJECTIVO GERAL

TEMA I AULA 1.1


O objetivo da presente aula é
aquisição do conhecimento sobre
o sistema de circulação
rodoviário, dos elementos que o
compõem e suas especificações.

Tema I – Princípios gerais de Serão abordadas algumas

Transito e Segurança Rodoviária definições que serão de


relevância para a compreensão
1.Sistema de circulação rodoviário dos restantes temas
2.O acidente subsequentes. Pretende-se
3.Condução defensiva também sensibilizar e dotar de
4.Função da condução conhecimentos para a prevenção
5.Avaliação de risco do acidente rodoviário.

Ana Pereira
Teoria Comum A/B – Tema I aula 1.1
Índice
UNIDADE TEMÁTICA I ............................................................................. 3

1- SISTEMA DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA HOMEM - VIA - VEÍCULO ............. 3

1.1- Homem ....................................................................................... 4

1.1.1- Condutor................................................................................ 4

1.1.2-Passageiro .............................................................................. 4

1.1.3- Peão ...................................................................................... 5

1. 2- Veículo ....................................................................................... 6

1.2.1- O Veículo com ou sem motor .................................................... 6

1.2.3- Automóvel.............................................................................. 7

1.2.4- Automóveis Ligeiros e Pesados .................................................. 8

1.3- Via .............................................................................................. 9

1.3.1- Liberdade de Trânsito .............................................................. 9

1.3.2- Via Pública - Via de comunicação terrestre afeta ao trânsito público,


engloba passeios, bermas, vias de trânsito, pistas (...) ........................ 10

1.3.3- Onde se aplica o Código da Estrada ......................................... 10

1.3.4- Publicidades ou cartazes na via pública..................................... 11

1.4- Condições Ambientais .................................................................. 11

1.4.1- Circulação em meio urbano (dentro das localidades) .................. 12

1.4.2- Circulação em meio não urbano (fora das localidades) ................ 12

2- O ACIDENTE .................................................................................... 13

2.1- A falha humana como fator dominante. .......................................... 13

2.2- Atitude ...................................................................................... 13

3- CONDUÇÃO DEFENSIVA..................................................................... 14

3.1- Distância de Segurança ............................................................... 14

3.2- Cálculo da Distância de Segurança ................................................ 15

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3.3- Como calcular os 3 segundos do veículo da frente? .......................... 15

3.3.1- Vídeo sobre calculo da distância de segurança: .......................... 16

3.4- Distância Lateral ......................................................................... 16

3.5- Distância lateral entre veículos e velocípedes .................................. 17

3.6- Distância mínima ultrapassagem peões e velocípedes ...................... 17

4- FUNÇÃO DA CONDUÇÃO .................................................................... 17

4.1- Recolha da informação (VER)........................................................ 18

4.1.1- Exploração percetiva visual / identificação ................................ 18

4.2-Tratamento da informação (PENSAR) .............................................. 18

4.2.1- Previsão ............................................................................... 19

4.2.2- Decisão................................................................................ 19

4.3- Ação (AGIR) ............................................................................... 19

5-AVALIAÇÃO DE RISCO / O RISCO MENOR ............................................. 19

5.1- A Experiência na condução ........................................................... 20

5.2- Tempo de Reação ....................................................................... 20

5.2.1- Principais fatores que influenciam negativamente o tempo de reação:


(aumentam o tempo de reação)........................................................ 21

5.3-Distâncias: Reação - Travagem – Paragem ...................................... 22

5.3.1- Distância De Reação .............................................................. 22

5.3.2-Distância de Travagem............................................................ 22

5.3.3- Distância de Paragem ............................................................ 23

5.3.4- Fatores que influenciam as distâncias de reação, travagem e paragem


.................................................................................................... 24

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UNIDADE TEMÁTICA I
1- SISTEMA DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA
HOMEM - VIA - VEÍCULO

O sistema de circulação rodoviário é composto por três elementos


Homem, Via e Veículo, todos eles dinâmicos, interdependentes que por
sua vez também interagem em um determinado meio ambiente.

A segurança
rodoviária depende
do equilíbrio entre
estes elementos!

O equilíbrio e boa coordenação entre os elementos constituintes permite


uma circulação fluída, económica, cómoda e principalmente segura!

O bom conhecimento deste


sistema e a correta adaptação ao
mesmo, permitirá atingir o maior
objetivo da circulação rodoviária: a
Segurança.

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1.1- Homem

Utente da via pública que pode ser encontrado no papel de Condutor,


Passageiro e Peão. Todos eles devem evitar comportamentos que
comprometam a segurança rodoviária.

O homem é o elemento principal do


sistema de circulação rodoviário.

A falha humana constitui o


principal fator na ocorrência de
acidentes de viação.

1.1.1- Condutor

Enquanto condutor, o seu


comportamento e a relação com os
outros é decisiva para a segurança
rodoviária.

1.1.2-Passageiro

Enquanto passageiro deve respeitar


as indicações dadas pelo condutor,
adotando uma postura segura,
contribuindo sempre para o
aumento da segurança rodoviária. A
ambos, é pedida uma atenção e
trabalho constante enquanto
utilizadores da via pública.

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1.1.3- Peão

É considerado peão o utente que se desloque a pé na via pública, ou


privada aberta ao público, devendo transitar pelos passeios, pistas ou
passagens a eles destinados ou, na sua falta, pelas bermas.

Enquanto peão é o elemento mais


frágil do sistema uma vez que
está bastante exposto a possíveis
agressões exteriores e a sua
segurança não depende
unicamente de si próprio.

1.1.3.1- Tipos de peões:


Enquanto peão este pode ser encontrado como:

Peão Adulto - Peão Criança - Peão Idoso - Peão com


deficiência

1.1.3.2- Equiparados ao Trânsito de Peões:

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É equiparado ao trânsito de peões:
 Velocípedes conduzidos por crianças até aos 10 anos de idade.

 Velocípedes de duas rodas conduzidos à mão.


 Carrinhos de bebé, cadeiras de rodas e carrinhos de mão.
 Trotinetes, patins ou outros meios de circulação análogos sem
motor.
1. 2- Veículo

1.2.1- O Veículo com ou sem motor

O Veículo com ou sem motor, controlado pelo condutor é o elemento


que estabelece a ligação entre o condutor e a via.

Para poder englobar todos os dispositivos


que circulam o Código da estrada utiliza o
termo “Veículos” englobando os que não
têm motor como velocípedes e veículos de
tração animal e os que têm motor quer
sejam automóveis, motociclos, ciclomotores
ou máquinas entre outros motorizados.

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Utilizar o veículo em segurança:

Para uma condução segura e eficaz, o


condutor deve ter pleno
conhecimento das características
técnicas do veículo e utilizá-lo
corretamente consoante as
orientações do seu fabricante.

1.2.3- Automóvel

O Automóvel precisa de preencher 5 características para ser


considerado como tal:

1-Motor de propulsão

2-Dotado de pelo menos quatro rodas

3-Tara superior a 550kg

4-Velocidade máxima por construção,


superior a 25km/h

5-Se destine a transitar na via pública,


sem sujeição a carris

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1.2.4- Automóveis Ligeiros e Pesados

Já a designação de Automóvel
compreende Automóveis
Ligeiros e os Automóveis
Pesados quer sejam de
passageiros ou de mercadorias
consoante ao transporte que se
destinam.

Automóveis Ligeiros:
São os automóveis com peso bruto igual ou inferior a 3500kg e com
lotação não superior a 9 lugares, incluindo o do condutor.

Podem ser de passageiros ou


mercadorias consoante a sua
utilização.

Automóveis Pesados

São os automóveis com peso bruto superior a 3500kg ou com lotação


superior a 9 lugares, incluindo o do condutor.

Também podem ser de


passageiros ou mercadorias
consoante a sua utilização.

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1.3- Via
A Via é a superfície que se destina ao trânsito de veículos, dos três
elementos do sistema de circulação é o único estático.

1.3.1- Liberdade de Trânsito


A circulação de trânsito é livre com as restrições constantes do código
da estrada. Podemos dizer que é livre, mas condicionado ao
cumprimento das regras e sinais de trânsito.

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1.3.2- Via Pública - Via de comunicação terrestre afeta ao trânsito
público, engloba passeios, bermas, vias de trânsito, pistas (...)

1.3.2.1- Definições relacionadas:

Faixa de rodagem - Parte da via pública especialmente destinada ao


trânsito de veículos.

Via de Trânsito - Zona longitudinal da faixa de rodagem destinada à


circulação de uma única fila de veículos.

Eixo da faixa de rodagem - linha longitudinal, materializada ou não, que


divide uma faixa de rodagem em duas partes, cada uma afeta a um
sentido de trânsito.

Via Privada Aberta ao Público - “via de comunicação terrestre do


domínio privado aberta ao trânsito público.

1.3.3- Onde se aplica o Código da Estrada

Código da Estrada é aplicável ao trânsito nas vias do domínio


público do Estado, das Regiões Autónomas e das autarquias locais, é
também aplicável nas vias do domínio privado, quando abertas ao
trânsito público.

Resumindo podemos dizer que


o Código da Estrada é aplicado:

1. Na Via Pública
2. Nas vias privadas quando
abertas ao trânsito público.

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1.3.4- Publicidades ou cartazes na via pública

Podem ser colocados na via pública ou na sua proximidade, quadros,


painéis, anúncios, cartazes, focos luminosos, inscrições ou outros meios
de publicidade.

Desde que não possam:

Confundir-se com os sinais de trânsito


ou prejudicar a sua visibilidade ou
reconhecimento.

Prejudicar a visibilidade nas curvas,


cruzamentos ou entroncamentos.

Perturbar a atenção do condutor,


prejudicando a segurança da condução.

Dificultar, restringir ou comprometer a


comodidade e segurança da circulação
de peões nos passeios.

1.4- Condições Ambientais

Os três elementos do sistema de circulação rodoviário, Homem, Veículo e


Via vão inserir-se num determinado meio ambiente.

Os principais fatores que concorrem para uma maior perigosidade da


condução sob condições meteorológicas e ambientais adversas são:

 Má visibilidade
 Perda de aderência
 Maior desgaste da viatura

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Para atenuar estes efeitos é necessário que o condutor:

Verifique regularmente as condições


técnicas do seu veículo.

Adapte a condução ao estado do piso, às


condições de visibilidade, ao estado e carga
do veículo, às suas próprias condições
psicofisiológicas e à intensidade do trânsito.

1.4.1- Circulação em meio urbano (dentro das localidades)

O condutor necessita de toda a atenção e destreza para identificar os


eventuais perigos e agir em conformidade tendo sempre em vista a
segurança rodoviária.

A condução em meio urbano exige um


maior esforço por parte do condutor, porque
normalmente existe um maior fluxo de
veículos, maior diversidade de utentes
incluindo todos os tipos de peões, maior
número de interceções e existe maior
quantidade e diversidade de sinalização.

1.4.2- Circulação em meio não urbano (fora das localidades)

Em circulação em meio não urbano, o condutor deverá adaptar a sua


condução ao tipo de via em que circula.

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Nas vias sinuosas ou com pavimento em mau estado, deve sempre
reduzir a velocidade e adaptar a sua condução às características
próprias de cada local.

Nas vias rápidas, como é o caso das


autoestradas e vias reservadas, o condutor
deve ter especial atenção ao cumprimento da
velocidade máxima que pode circular, à
monotonia que pode aparecer neste tipo
de vias, principalmente em retas
prolongadas que são propícias ao
aparecimento de sonolência que pode
acontecer nestas situações.

2- O ACIDENTE

2.1- A falha humana como fator dominante.

Mais de 90% dos acidentes têm


como fator causal principal o
condutor, pelo que temos de
acreditar que é a ele, condutor, que
cabe evitar os acidentes.

2.2- Atitude

O condutor deve ter consciência que a sua atitude influencia a


segurança rodoviária.

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É a componente principal e imprescindível para se efetuar uma condução
segura, confortável e económica.

O condutor deve manter uma atitude


responsável na tarefa da condução, sempre
consciente dos riscos que corre e que é dele
próprio que provêm os maiores perigos,
da sua concentração, do seu estado físico,
do seu carácter e das suas emoções.

3- CONDUÇÃO DEFENSIVA
Define-se por condução defensiva, conduzir
de forma a prevenir, evitar e não provocar
acidentes, sejam quais forem as condições
de circulação inerentes à via, ao veículo e às
condições meteorológicas e quaisquer que
sejam os comportamentos dos outros
utentes que sejam condutores ou peões.

3.1- Distância de Segurança

A distância de segurança, é o espaço disponível para imobilizar o


veículo em condições de segurança.

O condutor de um veículo em marcha deve manter entre o seu


veículo e o que o precede a distância suficiente para evitar
acidentes em caso de súbita paragem ou diminuição de velocidade deste,
tendo em especial consideração os utilizadores vulneráveis.

Manter a distância de segurança é talvez uma das mais importantes


medidas de condução defensiva.

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A manutenção permanente de uma
distância de segurança relativamente
aos veículos à nossa frente,
retaguarda e lateralmente é
fundamental para evitar acidentes.

Garantindo esta distância, garante-se


o espaço de visibilidade, de ação e de
reação.

3.2- Cálculo da Distância de Segurança

A distância de segurança, deve ser uma distância sempre superior á


equivalente ao tempo de reação do condutor.

Se o tempo médio de reação é de cerca de 1 segundo, e se a 50 Km/H


num segundo o veículo percorre perto de 14 metros, então a distância de
segurança deve ser 3 vezes esse valor, que são 42 metros.

3.3- Como calcular os 3 segundos do veículo da frente?

Se o condutor conseguir contar 3 crocodilos (3 segundos) até ter passado


um ponto de referência marcado após outro condutor passar por ele, então
estará a deixar uma distância suficiente do veículo precedente.

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3.3.1- Vídeo sobre calculo da distância de segurança:

3.4- Distância Lateral

Também a distância lateral deve ser a suficiente para evitar acidentes


(colisões).

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3.5- Distância lateral entre veículos e velocípedes

Os condutores de veículos motorizados devem manter uma distância


lateral de, pelo menos 1,5 metros, entre o seu veículo e um velocípede
que transite na mesma faixa de rodagem, para evitar acidentes.

3.6- Distância mínima ultrapassagem peões e velocípedes

Na ultrapassagem de velocípedes ou à passagem para peões que circulem


ou se encontrem na berma, deve guardar-se a distância lateral mínima de
1,5 metros e abrandar a velocidade.

4- FUNÇÃO DA CONDUÇÃO

A condução é uma tarefa complexa em termos físicos e mentais, que exige


muito treino para que possa ser executada de forma eficaz, ou seja em
segurança, de forma confortável, económica e respeitando o código da
estrada.

De uma forma simplificada podemos dizer que conduzir se divide


em três etapas:

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4.1- Recolha da informação (VER)

Contudo quando se diz “VER”, não quer dizer só o que se vê, mas sim a
toda a informação que o condutor recolhe através das suas
capacidades sensoriais, através dos seus olhos, ouvidos, nariz e
tato, (…), contudo, umas capacidades são mais importantes do que outras
para a tarefa da condução, como por exemplo a visão, a qual será mais
aprofundada.

4.1.1- Exploração percetiva visual / identificação

A Exploração Percetiva Visual consiste no conjunto de procedimentos


utilizados pelo condutor, para a recolha de informações necessárias à
execução da tarefa da condução.

A identificação é o segundo momento da 1ª fase da função da condução


e consiste no reconhecimento da informação na sua classificação
relativamente ao tipo de acontecimentos que indica.

4.2-Tratamento da informação (PENSAR)

Os principais processos desta fase são a


Previsão e a Decisão.

Uma vez recolhida a informação é necessário


tratá-la, ou seja, pensar no que ela nos diz,
para agirmos em conformidade.

A previsão e a antecipação que cada condutor


faz, deve depender principalmente da sua
atitude.

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4.2.1- Previsão

A Previsão consiste em antever acontecimentos ou ações futuras, a partir


das informações percebidas. O condutor, em função da informação
presente representa (adivinha) as possíveis consequências das diversas
ações.

4.2.2- Decisão

A decisão é o processo pelo qual o condutor escolhe uma opção concreta


entre várias, num curto espaço de tempo.

4.3- Ação (AGIR)

A ação diz respeito à utilização dos comandos do veículo, ou seja, o seu


domínio nas várias situações de condução e designa-se, por isso, de Ação
Motora, pode resultar por exemplo de uma travagem de emergência, na
execução de uma manobra ou no controlo efetivo do veículo em circulação.

O correto
posicionamento do
condutor ao volante é
essencial à realização de
ações precisas e à
diminuição de possíveis
erros na sua execução.

5-AVALIAÇÃO DE RISCO / O RISCO MENOR

A segurança na condução depende da avaliação constante que cada


condutor faz do risco.

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A avaliação do risco, que é efetuada
pelos condutores, varia entre eles
consoante também seja a sua
experiência na condução, a sua
atitude, os seus conhecimentos,
aplicabilidade dos conhecimentos e a
sua destreza na sua realização.

5.1- A Experiência na condução

Os condutores recéns encartados são


aqueles que terão mais tendência para
se envolverem em acidentes
rodoviários, entre os vários fatores
destacamos a falta de experiência e
o excesso de confiança para a
ocorrência de acidentes.

5.2- Tempo de Reação

Na condução e de uma forma


simples designa-se por tempo
de reação o tempo que
decorre entre o
reconhecimento de uma
informação pertinente e o
momento em que o condutor
inicia a resposta a essa
informação, acionando o
respetivo comando do veículo.

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Entre o "VER" e o "AGIR" decorre o tempo de reação, num condutor em
condições normais, é de mais ou menos 1 segundo.

5.2.1- Principais fatores que influenciam negativamente o tempo


de reação: (aumentam o tempo de reação)

Fatores inerentes ao condutor, fatores internos, que levam ao aumento


do tempo de reação:

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5.3-Distâncias: Reação - Travagem – Paragem

Pretende-se medir quantos metros o veículo percorre na distância de


reação, na distância de travagem e na distância de paragem.

Estas distâncias são medidas em metros.

5.3.1- Distância De Reação

A distância de reação é a distância


percorrida pelo veículo durante o tempo
que o condutor demorou a reagir.

5.3.2-Distância de Travagem

A distância de travagem é a distância percorrida pelo veículo desde que


o travão é acionado, até que o veículo fica imobilizado (pára). Só

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começa a contar, a partir do momento, em que o veículo é travado e
termina a medição, quando ele fica imobilizado!

5.3.3- Distância de Paragem

A distância de paragem é a contabilização do somatório da distância de


reação mais a distância de travagem.

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5.3.4- Fatores que influenciam as distâncias de reação, travagem
e paragem

Velocidade:

As distâncias de reação, travagem e paragem são influenciadas pela


velocidade, quanto maior a velocidade maior serão as distâncias.

Fatores que influenciam a distância de reação:

A distância de reação é influenciada ainda por fatores internos, a


fadiga, sonolência, condução sob efeito de álcool ou drogas, estados
emocionais alterados, uso de telemóvel entre outros inerentes ao estado
físico e psíquico do condutor e também a velocidade (maior velocidade
e fatores negativos a respeito do condutor aumentam a distância
de reação).

Distância de reação (m)


Velocidade Tempo Tempo Tempo Tempo Tempo Tempo
(km/h) Reação Reação Reação Reação Reação Reação

0,75 1,00 1,25 1,5 1,75 2,00

30 6,3 8,3 10,4 12,5 14,6 16,7

50 10,4 13,9 17,4 20,8 24,3 27,8

70 14,6 19,4 24,3 29,2 34,0 38,9

90 18,8 25,0 31,3 37,5 43,8 50,0

110 22,9 30,6 38,2 45,8 53,5 61,1

130 27,1 36,1 45,1 54,2 63,2 72,2

Dados disponibilizados pela Autoridade Nacional Segurança Rodoviária (ANSR)

Como podemos observar, a distância de reação aumenta com o


aumento do tempo de reação e com o aumento da velocidade.

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Todos os comportamentos passíveis de provocar um aumento do
tempo de reação são prejudiciais para a segurança rodoviária e
constituem riscos de acidente, pelo que se devem evitar, nomeadamente,
a prática de velocidades excessivas, a condução sob o efeito do álcool, a
distração, particularmente, o uso do telemóvel.

Disponibilizamos um vídeo elucidativo da relação entre velocidade


e tempo de reação realizado pela ANSR:

Vídeo disponibilizado pela ANSR.

Fatores que influenciam a distância de Travagem:

A distância de travagem é influenciada por fatores externos, o estado


de conservação do veículo principalmente o sistema de travagem e de
suspensão (estado dos travões e pneus), a carga transportada, estado de
conservação da via, o seu traçado e inclinação, condições meteorológicas
e ambientais adversas, como a chuva, neve, gelo, pó, lama entre outros
e também a velocidade (maior velocidade, más condições do veículo

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e via que ofereçam menor aderência aumentam a distância de
travagem).

Fatores que influenciam a distância de Paragem:

A distância de paragem é influenciada pelos fatores internos e pelos


fatores externos e pela velocidade. Esta distância resulta da soma da
distância de reação mais a distância de travagem.

Nota: O desrespeito pelas regras e sinais relativos à distância entre


veículos, quer se trate da distância lateral ou da distância para o veículo
da frente, constitui contraordenação grave ou muito grave se
praticada em autoestrada ou via reservada a automóveis e motociclos.

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Exercício Prático:

A fadiga do condutor reduz


significativamente:
a) A distância de paragem do
veículo.
b) A sua capacidade de
vigilância.
A fadiga faz com que o condutor fique
c) A distância de reação do
menos vigilante logo a resposta certa é a
b). condutor.

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