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estático e cinético
Origem do atrito Princípios do atrito Leis do atrito Conclusão Bibliografia
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As forças de atrito têm uma grande importância em todos os processos que ocorrem na
Natureza. Elas se originam, evidentemente, nas áreas de contacto entre dois corpos. Assim,
uma caixa entra em repouso logo que paramos de arrastá-la sobre o solo. As forças de atrito
formadas nas áreas de contacto travam-na. Por outro lado, temos que empregar uma força
para movê-las do lugar, empurrando ou puxando. Podemos medir o valor da força de atrito.
Puxamos uma caixa ou um bloco sobre uma base horizontal e a força necessária empregada é
medida por meio de um medidor de forças. Esta é a força que se iguala, em intensidade, à
força de atrito que dificulta o movimento.
A origem do Atrito
Quando duas "superfícies" de dois sólidos são postas em contacto, há de facto apenas uma
pequena superfície de contacto entre eles. Nessas pequenas regiões de contacto os materiais
ficam "soldados": os picos aderem uns aos outros em virtude das forças de coesão inter-
moleculares. Mas quando os materiais são empurrados um em relação ao outro, esses
inúmeros mas minúsculos "pontos de soldagem" entram em ruptura, dando lugar a outros à
medida que novos contactos vão sendo realizados.
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Princípios do Atrito
Começando por discutir o atrito, dizemos que as superfícies não são perfeitamente lisas, há
imperfeições invisíveis, só perceptíveis a nível microscópico, o que se manifesta na dificuldade
de movimento quando se entra em contacto dois corpos quaisquer, daí a oposição ao
movimento.
Escrevendo a 2ª Lei de Newton para um corpo num plano inclinado com atrito em movimento
rectilíneo e uniforme, teríamos como componentes na direcção de cada eixo, as expressões 1
e 2 a seguir:
Se dividirmos a força de atrito pela força normal encontra-se o mesmo resultado da Equação 2.
Mas para analisarmos melhor vejamos a seguinte situação experimental teórica:
Um livro assente sobre uma mesa é empurrado com uma pequena força horizontal, F, exercida
com a mão, da esquerda para a direita como mostra a fig. 2
Se esta força for suficientemente pequena o livro não se desloca. Porquê? Por causa de uma
força que se gera na interface livro-mesa: a mesa também passa a exercer uma força sobre o
livro que contraria a força F. Trata-se da força de atrito que está representada na fig. 2 pelo
vector ƒe.
Esta é uma força de atrito estático assim chamada porque não há movimento relativo entre o
livro e a mesa. Mas quando a força exercida pela mão aumenta, o livro começa, de facto, a
deslocar-se sobre a mesa. Continua a existir uma força de atrito mas verifica-se que ela é
menor. Na fig. 3 esta força de atrito cinético está representada por ƒ c.
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Leis do atrito cinético e estático
Quando um corpo se move sobre uma superfície (apenas estamos a considerar movimento de
translação) a força de atrito cinético que actua sobre o corpo tem direcção oposta à da
velocidade do corpo. A intensidade dessa força de atrito depende da natureza dos materiais em
contacto, como se disse já. A experiência mostra que, para dois materiais sólidos em contacto,
a força de atrito cinético é proporcional à força normal entre duas superfícies, ou seja, é
proporcional à força normal que um objecto exerce sobre o outro. Representando a força
normal por N, a força de atrito cinético relaciona-se com a força de contacto normal através de
onde µc o coeficiente de atrito cinético "tem a ver" com os materiais em contacto.
Note-se que a expressão anterior, que traduz uma lei empírica, é uma relação entre grandezas
de vectores e não entre os próprios vectores já que estes são perpendiculares entre si. Na fig.
4 (a) representa-se uma caixa assente sobre uma superfície horizontal, à qual se aplicou uma
força F que a obriga a deslocar-se para a direita. As outras forças aplicadas são o peso, P, a
força normal N que a superfície horizontal exerce sobre a caixa e que contraria o peso, e a
força de atrito cinético ƒcque é horizontal (portanto, perpendicular a N) e que aponta no sentido
oposto ao da velocidade.
Note-se que o conjunto de forças aplicadas obrigaria a caixa a rodar (tal como o objecto da fig.
4). Por isso, e sabendo-se que apenas existe movimento de translação, há toda a vantagem
em representar o corpo por um ponto onde todas as forças estão aplicadas, como na fig. 4. No
caso de superfícies sólidas em contacto estarem secas, o coeficiente de atrito cinético é
praticamente independente da velocidade do movimento relativo. Mas, em geral, as forças de
atrito dependem da velocidade, como veremos no final deste trabalho. Analisemos agora o
atrito estático que se gera entre superfícies que estão imóveis uma em relação à outra, mas
sujeitas a forças que solicitam o seu movimento relativo. Retomemos o exemplo da fig. 2 em
que se aplica uma força F a um livro assente sobre uma mesa mas com intensidade tal que
este não se desloca em virtude do aparecimento de uma força de atrito estático, igual a F, mas
com sentido oposto. Se a força directamente aplicada aumentar e o corpo continuar sem se
deslocar, é porque a força de atrito também aumentou. Mas, continuando a aumentar a
intensidade de F, a certa altura o livro começa a mover-se sobre a superfície, como sabemos.
A força de atrito estático já não pôde crescer mais do que um certo valor e portanto já não pôde
acompanhar o crescimento de F. Dizemos que a força de atrito estático atingiu o seu máximo
valor possível o qual depende, por um lado, da natureza dos materiais em contacto e, por outro
lado, da força de reacção normal sobre o objecto.
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Conclusão
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Bibliografia
Sá, Mª Teresa Marques de, Física 12º ano, Texto Editora, Unidade 1, "Força e Movimento", 1ª
edição, Lisboa 2001, págs. 48 a 53
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