Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ECONÔMICA
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA
Brasília, 2006
MINISTÉRIO DO TURISMO
WALFRIDO DOS MARES GUIA
Ministro
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ v
1 INTRODUÇÃO..... ............................................................................................................... 1
2 SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA NO ÂMBITO DO TURISMO ............................................... 3
2.1 Conceitos e princípios fundamentais ............................................................................. 3
2.2 Aspectos econômicos do turismo.................................................................................. 6
2.2.1 Turismo e economia............................................................................................. 8
2.2.2 O turismo como fenômeno econômico................................................................... 9
2.2.3 Novas tendências ............................................................................................... 13
2.3 Sistema de gestão da sustentabilidade econômica do turismo ...................................... 14
2.3.1 Indicadores de sustentabilidade econômica do turismo......................................... 16
3 O PAPEL DA ATIVIDADE TURÍSTICA NA ECONOMIA LOCAL ................................................ 19
3.1 Impactos econômicos da atividade turística ................................................................ 19
3.1.1 Impactos positivos ............................................................................................. 21
3.1.2 Impactos negativos ............................................................................................ 23
4 INSTRUMENTOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA DO TURISMO.................................. 26
4.1 Planejamento integrado entre os diversos níveis de governo........................................ 26
4.2 Capacitação da mão-de-obra...................................................................................... 28
4.3 Construção e manutenção da infra-estrutura............................................................... 29
4.4 Incentivo aos eventos programados ........................................................................... 30
4.5 Incentivo aos produtos associados ao turismo............................................................. 31
4.6 Monitoria e avaliação dos planos, programas e projetos locais e regionais .................... 32
5 EXEMPLOS DA BUSCA PELA SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA NO TURISMO BRASILEIRO ... 35
5.1 Praia do Forte (Mata de São João/BA) ........................................................................ 35
5.2 Santuário Vagafogo (Pirenópolis/GO).......................................................................... 41
5.3 Festival de Inverno de Pedro II (PI) ........................................................................... 44
6 GLOSSÁRIO ..................................................................................................................... 47
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................... 50
Nesse sentido, tem por base as seguintes premissas: parceria e gestão descentralizada;
desconcentração de renda por meio da regionalização, interiorização e segmentação da atividade
turística; diversificação dos mercados, produtos e destinos; inovação na forma e no conteúdo das
relações e interações dos arranjos produtivos; adoção de pensamento estratégico, exigência de
planejamento, análise, pesquisa e informações consistentes; incremento do turismo interno; e, por
fim, o turismo como fator de construção da cidadania e de integração social (MTur, 2004).
Este Programa propõe transformar a ação, antes centrada na unidade municipal, em uma
política pública mobilizadora, capaz de provocar mudanças, sistematizar o planejamento e
coordenar o processo de desenvolvimento local, regional, estadual e nacional, de forma articulada
e compartilhada.
Este trabalho objetiva fornecer às pessoas que trabalham ou que pretendem trabalhar
com a atividade turística, elementos que favoreçam a um melhor domínio dos inúmeros aspectos
que compõem o universo turístico.
• Como construir uma ordem social mais justa, de forma que as divisas advindas do
turismo possam contribuir para a produção e a distribuição da riqueza, ou seja,
para reduzir a pobreza, as desigualdades regionais e promover a inclusão social?
Este documento tem como finalidade discutir tais questões de maneira mais ampla. Será
apresentado um arcabouço teórico envolvendo conceitos econômicos relacionados ao turismo e
também alguns dos impactos positivos e negativos da atividade que alertam para a necessidade
1
Dicionário de Termos Econômicos – Universidade de Brasília / http://www.unb.br/face/eco/inteco/dicionario.htm
John Maynard Keynes foi um dos principais economistas do século XX. As teorias
keynesianas ganharam o mundo durante a década de 30. Um dos pontos centrais preconizados
por Keynes, refere-se a necessidade do envolvimento do aparelho de Estado na promoção do
desenvolvimento. Assim, caberia ao setor público o importante papel de enfrentar o inevitável
caráter sazonal da economia e as discrepantes condições sociais vividas pela população de seus
territórios.
Alguns anos mais tarde, logo após a 2º guerra mundial, o conceito de desenvolvimento
foi entendido como crescimento econômico, algo que surgia da idéia de progresso.
Ficava claro que uma elevação do produto interno bruto seria, simplesmente,
crescimento. Por outro lado, desenvolvimento seria algo bem mais complexo. Com esta
diferenciação, abria-se o caminho para críticas ao modelo de desenvolvimento predador dos
recursos naturais e excludente do ponto de vista social. Crescer seria fundamental, mas não ao
custo da degradação ambiental e sem a repartição dos benefícios com a população.
Ao final da mesma década, a Organização das Nações Unidas - ONU criou a expressão
“desenvolvimento sustentável”, condicionando o crescimento presente ao não comprometimento
2
Dicionário de Termos Econômicos – Universidade de Brasília / http://www.unb.br/face/eco/inteco/dicionario.htm
Para Oskar Lange o conceito de economia pode ser entendido como “o estudo sistemático
do ajuste social à escassez de bens e recursos e à administração dos bens e recursos escassos”,
ou seja, busca o aproveitamento eficiente e racional dos recursos disponíveis (material, espaço,
tempo etc.).
3
OMT, 2001.
Suponha-se que seja construído um hotel às margens de um belo rio nas vizinhanças de
uma pequena cidade, o local tem beleza privilegiada e já atrai muitos visitantes. Com a instalação
do empreendimento, turistas se sentem estimulados a passar temporadas no local. A taxa média
de ocupação ultrapassa às expectativas; a iniciativa é um sucesso. Verifica-se, assim, a primeira
das condições de sustentabilidade econômica: eficiência econômica, competitividade e
lucratividade. Feito o investimento inicial, o hotel gera frutos na quantidade e qualidade
esperados, o que implica em dizer que ele está sendo competitivo e, logo, lucrativo.
Por outro lado a oferta é composta pelo conjunto de produtos, serviços e organizações
envolvidas ativamente na experiência turística. Similarmente aos consumidores, quando realizam
escolhas baseados nos seus sistemas de preferência, as organizações na elaboração de seus
produtos, também se deparam com uma série de escolhas a serem feitas. Inicialmente, as
empresas devem decidir quanto produzir e o preço a ser cobrado, quanto consumir de insumos
produtivos, como capital e trabalho, a tecnologia a ser utilizada e assim por diante. Estas escolhas
são feitas mediante o conhecimento dos anseios dos consumidores.
Kuazaqui (2000) define produto como tudo aquilo que pode ser ofertado a um mercado
com a finalidade de comercialização, mostrando que os conceitos de oferta e demanda estão
intimamente ligados. Um importante fator a ser considerado é que o produto turístico difere
tenuemente de outros produtos, como os industrializados, por constituir-se de elementos e
percepções intangíveis, que são sentidos pelo turista como uma experiência (OMT, 2001; Cooper
et al, 2001; Sagi, 2006). Assim, fatores como o preço do produto e a renda do consumidor,
influenciam diretamente as percepções e a decisão para a compra do produto turístico.
Os preços por sua vez são sinais que orientam a alocação dos recursos (MANKIW apud
SANTOS, 2004). O sistema de preços tem um papel fundamental numa economia de mercado,
pois direciona os recursos produtivos para as atividades onde o ganho esperado é maior,
4
Adaptado do Modelo Gravitacional do Turismo – Glauber Eduardo de Oliveira Santos
5
Introdução ao Turismo / Organização Mundial do Turismo, 2001.
6
Organização Mundial do Turismo: http://www.unwto.org/newsroom/Releases/2006/november/barometer06.htm
O estudo da OMT indica ainda que a Europa continua sendo o principal destino mundial.
Aproximadamente 54,6% das chegadas mundiais realizam-se naquele continente, seguido pela
Ásia e o Pacífico que representam o destino de 20,2% do fluxo turístico internacional.
A atividade turística pode ter elevada importância sobre o nível da atividade econômica de
uma região. Entretanto a correta medição dos impactos provocados pela atividade sobre a
economia é uma tarefa complexa, e isto se deve a grande diversidade de segmentos impactados
de maneira direta ou indireta, uma vez que, cria postos de trabalho em uma vasta gama de
atividades relacionadas à prestação de serviços aos turistas, como: transporte, hospedagem,
alimentação, entretenimento, comunicação, entre outros. Conforme as diretrizes da Organização
Mundial do Turismo – OMT para a construção das contas satélites9 e também segundo a matriz
insumo-produto10, dos 54 setores produtivos da economia, 12 são envolvidos direta ou
indiretamente pelo segmento turístico.
E o que torna a atividade turística especial? São vários os fatores. A seguir são
relacionados alguns deles:
7
Ataques terroristas contra os Estados Unidos. Membros do grupo islâmico al-Qaeda seqüestraram quatro aeronaves, fazendo duas
delas colidirem contra as duas torres do World Trade Center em Manhattan, Nova Iorque, e uma terceira contra o quartel general do
departamento de defesa dos Estados Unidos, o Pentágono, em Arlington County, Virgínia, próximo à capital dos EUA, Washington, D.C..
O quarto avião seqüestrado foi intencionalmente derrubado em um campo próximo a Shanksville, Pensilvânia, após os passageiros
enfrentarem os terroristas.
8
Fonte: Dicionário de Termos Econômicos da Universidade de Brasília - http://www.unb.br/face/eco/inteco/dicionariob.htm
9
Conta Satélite do Turismo (CST): Instrumento desenvolvido pela Organização das Nações Unidas e Organização Mundial do
Turismo (OMT) para medir o impacto efetivo do turismo nas economias mundiais, é indispensável para que governos definam políticas
e estratégias para o setor.
10
Matriz Insumo-Produto: Instrumento que relaciona todos os setores da economia.
11
Estudo do Impacto Socioeconômico do Turismo: Perfil da Hospitalidade Aracajuana e os Elos da Cadeia Produtiva: Vera Lucia Novaes
Provinciali, Marcello Edoardo Barboza Calado; Ana Claudia da Silva Monteiro; Juliana Costa Santos.
• Turistas;
Percebe-se que a comunidade, envolvida ou não com a atividade turística é a que possui
maior contato com o turismo, sofrendo os maiores impactos, sejam eles negativos ou positivos.
• Potencialidades de mercado.
12
Relatório de Oficina de Trabalho: 2° Conferência Brasileira sobre Arranjos Locais
No plano de gestão, busca orientar suas ações dentro dos seguintes princípios:
O APL Turístico, por sua natureza, reúne características sistêmicas, que possivelmente
irão levá-lo um êxito nos seus objetivos, alguns estudos vêm demonstrando que as interações
entre integrantes de um mesmo ramo da economia, quando ocorrem em situação de proximidade
geográfica, podem obter maiores vantagens, em termos da atração de atividades subsidiárias e
comerciais, consumidores de maior vulto, mercado constante para mão-de-obra especializada,
intercâmbio de conhecimentos novos entre as empresas, que prepara o caminho para a divisão de
trabalho. São condições de aglomeração, segundo Marshall (1982, p.234), em que "as forças
sociais cooperam com as econômicas".
Para Santos (1996, p. 225), esses "arranjos espaciais, são espaços nos quais a
solidariedade é obtida por via da circulação, do intercâmbio e do controle, constituindo um tipo de
sistema, no qual a organização é quem mantém o comando de sua vida funcional". Para alguns
economistas europeus que estudam esses sistemas territoriais de produção por processos de
aglomeração territorial, essas vantagens podem ser ampliadas, quando a proximidade for
acompanhada de uma lógica territorial baseada na cooperação organizada e aprendizagem
interativa, de modo a disponibilizar e compartilhar competências no âmbito de todo o sistema.
Nesse caso, as externalidades positivas tornam-se resultado dessas forças de aglomeração
(TORRE, 2003).
Segundo dados da OMT, no ano de 2005 pela primeira vez na história índice de 800
milhões de desembarques de turistas em todo o mundo foi rompido (OMT, 2005). Estima-se que
para o ano de 2020 este número praticamente dobre, chegando a quase 1,6 bilhão de chegadas,
movimentando aproximando 2 trilhões de dólares na economia mundial14.
Para a OMT (2001), uma série de novas características configuram uma nova era para o
turismo, dentre elas destacam-se:
Mediante esta mudança do mercado consumidor, tem-se no início deste século novas
tendências para o setor. Este novo perfil do visitante está em busca de novas experiências, de
refúgio em áreas protegidas e ainda de desafios e superações. Neste ponto é que se situa os
segmentos de ecoturismo, turismo de aventura, o turismo rural, dentre outros. Trata-se de uma
tendência que nos remete a simplicidade da vida das comunidades, ao contato com pessoas
humildes e com a natureza. Este consumidor é diferenciado, culto e exigente e está em busca de
“vivências e experiências”, quer fazer parte de um cenário real (sem simulacro), onde ele é o ator
e quer levar consigo lembranças do lugar visitado. Algo que lhe remeta e contribua para seu
cotidiano15. Mediante estas constatações se torna crescente a preocupação dos gestores de
13
Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais no Turismo - Geancarlo de Lima Merigue (Instituto Virtual de Turismo).
14
Organização Mundial do Turismo - http://pub.world-tourism.org:81/WebRoot/Store/Shops/Infoshop/Products/1243/1243-3.pdf
15
Projeto Brasil Brasil – Economia da Experiência: Ministério do Turismo/ Sebrae, 2006.
Ainda segundo a OMT, as tendências mais relevantes que vem alterando o perfil da oferta
do setor são: a adesão crescente aos pacotes turísticos promovidos via internet, a dinâmica
expansão das companhias aéreas de baixos preços, estadias mais curtas e viagens com interesses
específicos.
16
Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais.
• Como garantir que próximo a um hotel, não vá se instalar uma atividade incompatível
com aquele?
O setor privado procura obter taxas de retorno compatíveis com os riscos assumidos.
Tomando isto por base e considerando as invejáveis perspectivas do turismo em todo o planeta, a
atividade tem recebido crescentes investimentos por parte da iniciativa privada. O que se espera
da iniciativa privada é que esta crie meios de hospedagem, alimentação, transporte, desenvolva
passeios, construa diferentes empreendimentos turísticos, faça o marketing local, enfim, explore
de maneira racional e responsável, a atração turística ao qual está ligado. Tudo isto com qualidade
e segurança para os usuários. E que gere empregos, e que estes sejam, preferencialmente,
requisitados na própria comunidade.
Indicadores são ferramentas utilizadas nos Sistemas de Gestão e nos Planos de Monitoria
e Avaliação para medir as mudanças nos aspectos considerados mais importantes da
A seguir, relacionam-se exemplos de indicadores que podem ser utilizados para monitorar
os aspectos econômicos do turismo. Enquanto os resultados da nova metodologia de Conta
Satélite não estão disponíveis, utilizam-se alguns indicadores – de mais fácil obtenção – para se
mensurar o sucesso ou não de promoções, roteiros ou investimentos turísticos. Os mais comuns
são: balança de serviços17, receita cambial, desembarque de passageiros, fluxo de visitantes, taxa
de ocupação hoteleira, gasto dos turistas etc. Este conjunto de indicadores permite estimar se
houve crescimento ou não do fluxo visitantes e o volume de recursos despedidos por este
conjunto dos turistas.
Exportações brasileiras
17
Balança de Serviços: Integra a balança comercial (exportações menos importações de bens e serviços). Sendo que a balança de
serviços relaciona-se diretamente com as transações nos campos de transporte, seguros, turismo e rendimento de investimentos.
São os gastos efetuados por brasileiros no exterior, subtraído dos gastos de turistas
estrangeiros no Brasil. Historicamente o balanço da receita cambial é negativo, sendo portanto
deficitário. Desta forma, entre 1990 e 2002, o país acumulou um déficit de US$22,6 bilhões, o que
corresponde a um déficit médio anual de quase US$ 2 bilhões de dólares.
Fluxo de visitantes
Normalmente, o valor dos gastos realizados pelos turistas representa uma forma pela qual
se mede o impacto econômico da atividade, mas este dado é incompleto. Na verdade, ocorrem
ainda vários outros impactos positivos e também negativos sobre a economia. Neste último caso,
pode-se exemplificar a sazonalidade18 da renda gerada, do emprego, a inflação localizada que
atinge a população local e os vazamentos (importação de bens e serviços, remessa de lucros como
conseqüência de investimentos externos etc.).
O efeito indireto, por seu lado, consiste na repercussão das compras feitas pelos
estabelecimentos da linha de frente. Por exemplo, os hotéis, na medida em que compram bebidas,
alimentos ou ainda se utilizam de serviços como os bancários, irradiam para outros setores parte
dos benefícios que recebem por estarem na linha de frente. É o dinheiro circulando. Mas também
impostos, postos de trabalhos e empregos sendo gerados. O mesmo raciocínio pode ser feito para
todos os vendedores de bens e serviços da linha de frente.
18
Sazonalidade: Se caracteriza pelo aumento ou redução significativos da demanda pelo produto em determinada época do ano. Os
negócios com maior sazonalidade são perigosos e oferecem riscos que obrigam os empreendedores a manobras precisas. Quando em
alto grau, é considerada fator negativo na avaliação do negócio (Plano de Negócios Sebrae).
http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/planodenegocio_945.asp
19
(Barbosa e Santos, 2003). Jogos Pan-Americanos 2007 – Compreensão dos impactos a busca de uma estratégia para maximizar os
benefícios.
Outra boa repercussão da ocupação da mão-de-obra local é sua retenção nas áreas
turísticas, diminuindo o êxodo no sentido das maiores cidades.
Isto provoca, pelo menos, dois impactos favoráveis ao ambiente econômico: uma
melhoria no padrão de vida, já que circula mais dinheiro, ou seja, maior poder de compra local; os
comerciantes e os prestadores de serviço tendem a investir seus lucros na própria comunidade, o
que não acontece obrigatoriamente com os empresários não residentes.
20
Massa Salarial: É o resultado do produto entre a remuneração média dos empregados e o número de empregos – Ministério do
Trabalho e Emprego - http://www.mte.gov.br/EstudiososPesquisadores/PDET/faq/conteudo/bases.asp#4
Apesar de alguns bens e serviços demandados pelos turistas não serem necessariamente
aqueles demandados pelos residentes em lugares ou cidades turísticas, ocorre uma certa
“contaminação” nos preços destes últimos, particularmente durante as altas estações. Durante
esta temporada, fatores de produção e insumos são absorvidos pelo mercado turístico - que
normalmente remuneram melhor – diminuindo a oferta no mercado não turístico e, logo,
aumentando seus preços.
Importante porção dos benefícios trazidos pela atividade turística, pode ser prejudicada
caso os fatores de produção (especialmente a mão-de-obra) e os insumos e bens finais vendidos
na linha de frente forem importados. Neste caso, o efeito multiplicador do turismo não se realiza e,
após passada a alta estação, nenhum vigor econômico restará, pois todas as repercussões se
realizarão fora do local do impulso original.
Cabe ressaltar que na atividade turística dois outros aspectos podem se destacar
negativamente, a prostituição e o comércio de drogas, duas mazelas que costumam se instalar em
diversas localidades que descobriram o turismo como agente econômico indutor. Seu
enfrentamento é importante para a manutenção do vigor do turismo local.
O sucesso da atividade turística passa por diversas etapas e ações. E o planejamento bem
articulado é vital para a sua longevidade.
Abaixo, foram selecionados alguns – dentre muitos – aspectos e preocupações que devem
ser observados por aqueles que pretendem se envolver com a atividade turística no País.
O Brasil é um dos maiores países do mundo e suas potencialidades turísticas são bastante
diversificadas, além de situarem-se em diferentes estágios de desenvolvimento. Não se trata de
homogeneizar as estratégias de desenvolvimento e promoção do turismo, mas de valorizar as
diferenças e escolher a melhor forma de inserção no cenário global. A demanda turística está
gerando novas possibilidades. A procura pelo contato com a natureza, por exemplo, abre novos
horizontes para o fortalecimento do turismo local.
21
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 2005.
Para a OMT, a política turística deve ser vista como um elo a mais na corrente que conduz
ao maior bem estar dos cidadãos de um país, complementando a atuação dos agentes privados
que intervêm no mercado turístico, com a finalidade de evitar comportamentos que afastem seu
funcionamento do objetivo principal. Portanto, para evitar distorções e falhas de mercado22, o
setor público controla a atividade turística, por meio da formulação de programas e políticas
públicas que rejam o setor.
22
Falhas de Mercado: Distorções ocorridas na economia que impedem o mercado de levar o processo econômico a uma situação
social estável.
Mas o setor privado, em especial as grandes redes hoteleiras, possui programas próprios
de qualificação de mão-de-obra. O SEBRAE, SENAC e o SENAI têm realizado um extenso trabalho
nesta área. Por meio de oficinas estaduais, estes órgãos qualificam extensa lista de prestadores de
serviços que podem ser absorvidos pelo setor privado.
b) serviços e equipamentos de transporte - o acesso às áreas turísticas pode ser por ar,
terra, e água (oceanos, lagos e rios). Neste ponto é importante enfocar tanto a qualidade
dos meios de transporte, das instalações de apoio e também dos serviços ofertados. A
construção de novos aeroportos no País, tem facilitado o fluxo – especialmente de vôos
23
charters – de turistas estrangeiros no país, pelo acesso que representam. Mas também o
24
transporte interno às regiões turísticas apresentam substancial importância. Buggys e
bicicletas, por exemplo, tem sido utilizados em diversas localidades com grande sucesso.
23
Também conhecido como vôo fretado, é aquele previamente reservado e pago para empresa aérea por meio de um pool de
operadoras (Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/preparese/glossario.shtml)
24
Veiculo chamado erroneamente de Bugre - é um automóvel leve e aberto (geralmente de fibra), com rodas e pneus adaptados para
terrenos arenosos e esburacados (Fonte: Enciclopédia Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Buggy).
d) oferta de energia elétrica – O governo federal busca para os próximos anos, fornecer
acesso a energia elétrica para a totalidade dos lares brasileiros. Com a energia, o turista
passa a ter acesso a todo um conjunto de confortos . Já se pode afirmar que este é um
obstáculo praticamente resolvido. A permanente necessidade de investimentos em geração
e distribuição de energia elétrica, no entanto, é um ponto que preocupa todo o cenário
econômico brasileiro, face as altas cifras envolvidas e a grande antecedência de tempo
exigida.
25
Local onde é oferecido aos seus clientes o acesso internet (geralmente em alta velocidade), disponibilizando ainda, serviços de
impressão, fax, gravação de arquivos em CD/DVD, venda de acessórios de informática, além de fucnionar como bar e restaurante.
A atividade turística engloba um conjunto de setores econômicos e estes podem ser mais
ou menos sensíveis ao turismo. Um restaurante localizado em qualquer capital brasileira, por
exemplo, em função de sua localização e estilo, pode ser fortemente dependente do fluxo turístico
recebido pela cidade. Logo, o seu produto é associado ao turismo . Para outros restaurantes, no
entanto, o fluxo turístico pode ser algo irrelevante, uma vez que a base é o consumidor local.
A presença de turistas numa região afeta quase todos os setores econômicos locais.
Alguns mais do que outros. Mas a recíproca também parece ser verdadeira. Ou seja, diversas
atividades impactam, incentivam e estão bastante associadas ao turismo. O artesanato é uma
destas atividades. E diante desta característica, apoiar produtos associados acaba sendo uma
interessante forma de alavancar o turismo. Não há uma fórmula acabada para a realização de tal
trabalho. Inclusive porque cada realidade tem diferentes produtos associados e diferentes
composições setoriais. O setor de vestuário pode ser muito próximo ao turístico em áreas
litorâneas, mas pode ser também completamente desconectado em áreas montanhosas.
O público alvo desta ação são trabalhadores ligados direta ou indiretamente ao turismo,
como por exemplo: artesãos, prestadores de pequenos serviços, pequenos agricultores, artistas
plásticos, músicos, cantores, dançarinos, artistas circenses, promotores de ecoturismo, pescadores
etc.
Por outro lado, as despesas vêm crescendo, como resposta a novos desafios e novas
demandas exigidas pela sociedade. Em conseqüência, o desequilíbrio fiscal passa a ser uma
realidade cada vez mais presente. O dilema só permite uma solução: fazer mais, com menos.
A eficiência deixa transparecer o custo com o qual uma meta foi alcançada. Sempre há
caminhos alternativos para se chegar a um determinado fim. O caminho eficiente é aquele que alia
alcance do objetivo com baixo custo.
26
Consultar o documento sobre o Módulo Operacional 9 – Sistema de Monitoria e Avaliação do Programa
Em resumo, o desafio do setor público é ser ao mesmo tempo eficaz, eficiente e ainda
monitorar a implementação de suas ações. Para se enfrentar tal desafio são necessários
mecanismos que forneçam dados de desempenho.
E como mensurar o efeito dos investimentos e das ações realizadas? Como mensurar a
efetividade dos investimentos?
27
Documento: Sistema de Monitoria e Avaliação do Programa – Módulo Operacional 9
Neste capítulo são apresentados 3 casos de investimentos feitos na área turística. Seria
incorreto chamá-los de casos de sucesso em sustentabilidade econômica. Inclusive porque este
conceito pressupõe, como foi visto anteriormente, critérios de longo prazo. E estes são exemplos
de sucesso econômico no curto prazo. Ou seja, cada um no seu caminho, eles apresentam
elementos alvissareiros numa análise de curto a médio prazo. Em todos eles, a demanda turística
mostrou-se elástica ao investimento realizado; ou seja, o fluxo turístico respondeu positivamente
aos investimentos.
A Costa dos Coqueiros, por seu lado, compreende a faixa litorânea norte da Bahia e reúne
áreas de orla dos municípios de Jandaíra, Entre Rios, Mata de São João, Camaçarí e Lauro de
Freitas.
Na Praia do Forte – diferente da maioria dos casos – a presença de uma ONG foi o eixo
central do início do processo e da formatação do que seria o futuro desenvolvimento do povoado.
Os setores público e privado vieram nitidamente à reboque.
Em 1981, instalou-se no povoado a Fundação Garcia D’ Ávila, uma organização sem fins
lucrativos, esta homenageia o jovem almoxarife Garcia D’ Ávila que chegou ao Brasil em 1549 com
Tomé de Souza e começou a construção da Casa da Torre, edifício que servia de posto avançado
para a vigilância de navios que se aproximavam de Salvador. O objetivo da Fundação era de
conservar o edifício e proteger a remanescente Mata Atlântica. Ela adquiriu toda a terra onde hoje
se encontra a Praia do Forte.
28
Resorts: São hotéis situados fora das áreas metropolitanas, em áreas especialmente aprazíveis, com atividades especiais de
recreação para hóspedes de lazer. Essas instalações podem incluir balneários aproveitando as paisagens da região e os recursos
naturais. São numerosos à beira-mar, mas ocorrem também à beira de lagos, rios, na serra, nas altas montanhas e na região rural. De
formas arquitetônicas variáveis, têm sistemas de refeições geralmente na base de pensão completa ou meia-pensão. São usuais
piscinas, jardins, grandes espaços de natureza, onde são oferecidas diversões e esportes diversos.(MTur, 2000).
29
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
30
Plano de Manejo: Projeto dinâmico que determina o zoneamento de uma unidade de conservação, caracterizando cada uma de
suas zonas e propondo seu desenvolvimento físico, de acordo com suas finalidades. Estabelece, desta forma, diretrizes básicas para o
manejo da Unidade (IBAMA, 1997).
Acrescente-se que foi esta ONG a fundadora do primeiro eco resort local e que doou
terras para a instalação do projeto Tamar na área, associando uma forte imagem ecológica à Praia
do Forte.
Praia do Forte
A pedra fundamental do produto Praia do Forte como destino turístico foi a instalação, no
povoado, da Fundação Garcia D’ Ávila. Sua presença possibilitou duas vertentes que marcariam
para sempre a trajetória turística da Praia do Forte. Por um lado, a lei municipal de uso e
ocupação do solo, por outro, a marca da preocupação com a natureza e com o
desenvolvimento sustentável. A instalação do renomado projeto Tamar e a fundação do
primeiro eco resort foram os pilares da simpática e charmosa imagem criada para o local. Este é o
primeiro elemento que diferencia a Praia do Forte em relação às centenas de atrações estilo sol e
praia que compõem a Bahia.
A inauguração do Praia do Forte Eco Resort em 1985, com 250 Unidades Habitacionais
abriu a porta para o turismo estrangeiro e foi o 2º do gênero na Bahia. O primeiro foi o Club
Mediterranée, inaugurado em 1979.
Remontando o histórico da instalação deste resort, remarque-se que até o ano de 2002, o
Brasil não possuía mais do que 24 empreendimentos deste tipo, sendo 10 na Bahia dos quais 5 na
Costa do Sauípe, também município de Mata de São João.
Os resorts brasileiros são dirigidos às faixas de maior poder aquisitivo do mercado e tem
grande visibilidade junto aos meios de comunicação.A proximidade de Salvador – 60km – é mais
um elemento que explica o vigor da atividade turística em Praia do Forte.
O fluxo turístico em Salvador e entorno cresce de maneira consistente nos últimos anos.
Atualmente, estima-se (PDITS – Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável -
Salvador e Entorno – Prodetur NE - Governo da Bahia – 2004) o fluxo turístico anual em 1,8
milhões contra 1,6 milhões em 1996. Os turistas nacionais compõem 90,1% da demanda total,
enquanto os estrangeiros representam 9,9%.
A Praia do Forte não atrai todo o turista que chega a Salvador, mas principalmente os
estrangeiros e aqueles de maior poder aquisitivo. Isto implica num maior dispêndio médio por
turista, exatamente o filão mais desejado do mercado.
“Enquanto o acesso rodoviário à Costa dos Coqueiros não existia, o acesso hidroviário
para as Ilhas de Itaparica, de Maré e dos Frades, lento e restritivo, era a opção mais viável para os
soteropolitanos que procuravam lazer e alternativas de turismo” ( PDITS – Salvador e Entorno).
Mas a comunidade continuava com problemas graves. A drenagem era um dos principais,
já que haviam muitas áreas de cota zero, isto é, áreas muito baixas e sujeitas a alagamentos. A
cota máxima não superava 1 metro.
Mediante ao atraso na liberação dos recursos do PRODETUR II, o governo estadual fez
com recursos próprios novos investimentos na Praia do Forte, onde melhorias ligadas a
urbanização foram realizadas:
d) iluminação pública;
Para muitos, o local não tem o mesmo “clima”, teria se tornado muito “sofisticado”,
ficando semelhante a outros destinos turísticos como Búzios (RJ) ou Arraial d’Ajuda (BA).
A crítica tem sentido, mas também não se pode esquecer que os visitantes têm aprovado
essas transformações na localidade. A evolução da oferta dos meios de hospedagem em toda a
Costa dos Coqueiros e, particularmente em Mata de São João, não deixam margens a dúvidas.
Tais investimentos, se por um lado modificaram para melhor diversos aspectos da Costa
dos Coqueiros e da Praia do Forte, por outro lado deixaram claros seus limites na melhoria da
qualidade de vida e na promoção de um desenvolvimento sustentável, sobretudo nos seus
aspectos ambientais e socioculturais.
O PDITS de Salvador e entorno sintetiza o estágio atual da região: “De maneira geral, o
turismo no Pólo Salvador e entorno apresenta características típicas de um processo de
desenvolvimento em regiões com predominância de baixos níveis socioeconômicos, apoiado em
recursos naturais e históricos de grande atratividade. Não foi, em linhas gerais, resultado de um
processo de planejamento amplamente controlado, mas, equilibradamente, fruto de : (i) ações
públicas estratégicas com objetivos claros de desenvolvimento ; e (ii) processos espontâneos de
crescimento de fluxo”.
E mais adiante:
“As regiões com estruturas econômicas mais consolidadas possuem melhores condições
socioeconômicas, resultando em um ciclo virtuoso de apropriação das oportunidades sem sérios
danos ao meio ambiente. Nas demais municipalidades, por sua vez, são registrados processos de
degradação urbanística, ambiental e social até a intervenção do Governo Estadual”.
O caso Vagafogo
Naquela época, morar “no mato” era algo inusitado e o início foi bastante difícil.
Empréstimo em bancos, exigia a prática de culturas como milho, feijão e arroz, completamente
divergentes aos objetivos da iniciativa, mas coerentes com o pensamento de viabilidade
econômica vigente.
No fim dos anos 80, a cidade de Pirenópolis viu crescer seu fluxo de turistas, originário
basicamente do Distrito Federal e Goiás. A cidade passou a ter os primeiros empreendimentos
hoteleiros que ultrapassavam a fase de pequenas pousadas. A Quinta Santa Bárbara e,
posteriormente, a Pousada dos Pireneus representavam a confirmação de que o caminho do
ecoturismo e do turismo sustentável era acertado. Desenvolve-se a idéia de hotel-fazenda no
Brasil.
Para os novos hotéis, o Vagafogo representava uma atração local que atraía e
aumentava a permanência dos turistas na cidade. A organização de clínicas e temporadas de
emagrecimento impulsionou as vendas de produtos naturais na cidade e, logo, o Vagafogo não
tinha mais necessidade de buscar demanda em Brasília: os clientes iam até a propriedade.
Auxiliada pela Funatura e após a realização de um plano de manejo financiado pela WWF,
o Santuário Vagafogo recebeu financiamento do governo inglês e também da Fundação Boticário
que viabilizaram a construção de seu Centro de Visitantes para o recebimento de um fluxo turístico
organizado. Ele foi inaugurado em março de 1992, com a presença do príncipe Philips da
Inglaterra.
31
Brunch: Do inglês breakfast and lunch (café e almoço). Um tipo de refeição de origem americana que combina café da manhã com
almoço.
Em 2002, o Santuário acrescentou uma nova atração em sua variedade de serviços, além
das caminhadas e banhos, o visitante passou a contar com a possibilidade de praticar esportes
radicais como o rappel e o arvorismo. Neste último caso, os turistas caminham entre os topos das
árvores através de escadas e cabos feitas com toda a segurança. Os novos esportes têm a sua
gestão terceirizada e atraem especialmente o público mais jovem, abrindo novas perspectivas para
o empreendimento. Cerca de 25% dos visitantes praticam os esportes radicais, aumentando o
faturamento do empreendimento.
Em resumo, o Santuário Vagafogo foi uma iniciativa pioneira no país e teve que arcar com
as conseqüências; as dificuldades iniciais quase levaram à desistência da iniciativa.
A expressão sucesso econômico, neste caso, não deve ser entendida como um
investimento que possibilitou um grande lucro a seus empreendedores; mas sim como uma
experiência onde se comprovou ser possível o sustento de uma família inteira, valorizando o
ambiente natural e conservando-o.
Pedro II
O município conta com uma população de 36.200 habitantes (IBGE 2000), o que o
posiciona entre os 10 maiores municípios do Estado. Pedro II é um dos municípios mais pobres do
Nordeste e do Brasil, qualquer que seja o indicador utilizado. Seu Índice de Desenvolvimento
Humano é de 0,605, o que classifica o município como o 74º do Piauí (sobre um total de 223) e o
4.575º do Brasil (sobre um total de 5.505).
Pelo menos 4 fatores atestam o potencial turístico de Pedro II: a força do seu
artesanato, basicamente tecelagem de redes, tapetes e cerâmicas; a ocorrência de minas de opala
puras, o que fez a cidade conhecida como “a cidade dos opalas”; belezas naturais que viabilizam
Este potencial, no entanto, não foi suficiente para impulsionar o turismo naquela região, a
atividade sempre foi incipiente em Pedro II.
Foi a partir deste quadro que no início de 2004 o Sebrae, o Governo do Estado do Piauí,
a Prefeitura Municipal de Pedro II e a Fundação Grande Pedro II se articularam e criaram um
evento: o Festival de Inverno de Pedro II.
b) 60% dos turistas moravam em Teresina; 29% nas outras cidades do Piauí; fora do
Estado, Brasília e Fortaleza apareceram com 2% cada;
d) 39% dos turistas tinham nível superior concluído; 31% eram estudantes universitários;
A oferta de meios de hospedagem na cidade é muito reduzida. Mas o que era uma
restrição, transformou-se num dos pontos altos da iniciativa. A cidade cadastrou 150 casas que
ofertaram Bed & Breakfast – cama e café – no qual residências transformaram-se em pousadas. E
foi criada a Associação de Pousadas Domiciliares que funciona mesmo fora do período do festival.
A iniciativa, além de internalizar os benefícios da atividade turística, irradiam seus benefícios por
toda a sociedade local e tornam a sua população amplamente simpática a idéia do festival e ao
turismo.
Cadeia Produtiva:
Cyber Café: Local onde é oferecido aos seus clientes o acesso internet (geralmente em alta
velocidade), disponibilizando ainda, serviços de impressão, fax, gravação de arquivos em
CD/DVD, venda de acessórios de informática, além de fucnionar como bar e restaurante.
Déficit: Resultado de uma conta em que as despesas são sempre maiores que as receitas.
Ou seja, sai mais dinheiro que entra. Quando há esse desequilíbrio nas contas públicas,
dizemos que há um déficit público. Esse, pode ser déficit (público) primário - que não inclui
gastos com juros das dívidas interna e externa - ou nominal - que leva em conta as despesas
com juros das duas dívidas.
32
Baseado no Dicionário de Termos Econômicos – Universidade de Brasília/UnB
Efeito Multiplicador: Corrente ou fluxo de divisas em direção aos locais onde a atividade
turística se desenvolve. Não é constituída somente da divisas para aquelas empresas ou
pessoas vinculadas diretamente ao turismo, mas também os benefícios irradiados aos demais
setores da economia.
Produto Interno Bruto (PIB): O valor de mercado de todos os bens e serviços finais
produzidos em um país em dado período de tempo.
Superávit: Resultado de uma conta em que as receitas são sempre maiores que as
despesas. Ou seja, entra mais dinheiro que sai. Quando há uma arrecadação maior que as
despesas nas contas públicas, dizemos que há um superávit público.
Tânia Brizolla
Coordenação técnica
Acompanhamento Técnico
Wilken Souto
Consultoria
Antônio Cezar Fortes
Marcelo Abreu
Apoio
Parceiros