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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação – VREGRAD
Divisão de Assuntos Pedagógicos – DAP
Créditos Teórico / Prático
Código Nome da Disciplina J589 –
DIREITO ADMINISTRATIVO I 4,0
Curso Centro
DIREITO CCJ
Segundas e Quartas
19h00min – 20h40min
21h00min – 22h40min
Aula 19
ATO ADMINISTRATIVO
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Já o ato discricionário é aquele que a Administração pode praticar com certa
liberdade de escolha, nos termos e limites da lei, quanto ao seu conteúdo (objeto), seu modo
de realização, sua oportunidade e sua conveniência administrativa (motivos). Tal liberdade de
escolha é usualmente mencionada pela doutrina como mérito administrativo.
Enquanto nos atos vinculados a autoridade pública está presa à lei em todos os
seus requisitos (competência, objeto, forma, motivo e finalidade), ao praticar o ato discricionário
dispõe de certa liberdade quanto à escolha dos motivos (oportunidade e conveniência) e do
objeto (conteúdo). Segundo a doutrina tradicional, os requisitos (ou elementos) competência,
forma e finalidade são sempre de natureza vinculada, em qualquer tipo de ato, vinculado ou
discricionário.
Ato Vinculado C, O, Fo, Mo, Fi são todos previstos em lei (ex,: licença médica)
Ato Discricionário C, Fo, Fi são previsto em lei / O, Mo são de escolha do gestor, ou seja,
compõe o mérito administrativo (ex.: autorização para capacitação)
C O Fo Mo Fi
ATO DISCRICIONÁRIO (controle de legalidade e de mérito, apenas em caso de violar o interesse público)
Moldura C, Fo, Fi
Mo
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Discricionariedade é a liberdade dada a agentes do Estado para garantir
fruições aos cidadãos (exercício de politicas publicas ou prestação de
serviços públicos) ou limitar temporariamente o exercício de direitos em
nome de um interesse coletivo (poder de policia e intervenção na
economia), sendo incompatível com as atividades cujo arbítrio possa
restringir ou privar de forma não aceitável a liberdade e o patrimônio
privado (tributação) ou dilapidar o patrimônio público (regime jurídico
das licitações).
O ato administrativo em vigor permanecerá no mundo jurídico até que algo capaz
de alterar esta situação lhe aconteça. Uma vez publicado, esteja eivado de vícios ou não, terá
vigência e deverá ser cumprido, em respeito ao atributo da presunção de legitimidade, até que
ocorra formalmente o seu desfazimento.
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos.
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Passaremos, a seguir, a estudar as espécies de desfazimento dos atos
administrativos.
Caducidade
Anulação
Quando o vício for insanável o ato é nulo e a anulação é obrigatória; quando for
sanável, o ato é anulável, e pode ser anulado ou convalidado (a convalidação é privativa da
Administração).
Como a anulação retira do mundo jurídico atos com defeito de validade, ela
retroage seus efeitos, em regra, ao momento da prática do ato (ex tunc). Isso quer dizer que,
regra geral, o ato nulo não gera direitos ou obrigações para as partes, não cria situações
jurídicas definitivas e nem admite convalidação.
Em alguns casos, há um prazo para a anulação, pelo menos na esfera federal; ele
é de 5 anos, se o fato for favorável ao administrado e se este estiver de boa-fé. Se o ato for
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desfavorável ao administrado ou, em qualquer hipótese, se houve má-fé por parte deste, não
há prazo para anulação do ato. Tais regras estão contidas no art. 54 da Lei 9.784/99.
Revogação
A revogação somente produz efeitos prospectivos, para frente (ex nunc), porque o
ato revogado era válido, não tinha vício nenhum. Além disso, devem ser respeitados os direitos
adquiridos.
a) os atos consumados;
b) os atos vinculados;
Cassação
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No mais das vezes, a cassação é uma sanção para o particular que deixou de
cumprir as condições exigidas pela Administração.