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O BIG BANG

O debate atual da cosmologia na física moderna ganhou novos ares com o


desenvolvimento de diversas teorias no século XX, dentre elas a solução
Lemaîtreana para os instantes iniciais do universo, pejorativamente apelidada de Big
Bang, e também a revolução causada por Albert Einstein na física com a suas
teorias da relatividade geral e relatividade restrita.

Para que seja possível entender e se localizar nesta teia de soluções e


problemas propostos é bom que se conheça a base na qual tais cientistas se
apoiam, para isso faremos um aceno histórico sobre as principais teorias propostas
desde a revolução científica até os dias de hoje.

Comecemos por Copérnico que, na contramão do sistema planetário vigente


na época (Ptolomaico-Aristotélico) que descrevia os movimentos dos corpos
celestes entorno da Terra (geocentrismo) que por sua vez era plana e boiava sobre
as águas, formulou um novo sistema onde na verdade os corpos celestes girariam
entorno do Sol (heliocentrismo) tal hipótese explicava melhor os problemas das
orbitas irregulares dos planetas até então conhecidos, que até então era explicada
pela teoria dos excêntricos e dos epiciclos.

As grandes novidades da teoria heliocêntrica foram: A esfericidade da terra;


Movimento uniforme, circular e perpétuo dos planetas ao redor do Sol; Dois
movimentos da terra, um circular entrono do sol e outro sobre seu próprio eixo.

O astrônomo a princípio não publicou a sua teria, com medo das grandes
polêmicas que esta poderia causar, entretanto mais tarde foi convencido por amigos
e publicou o livro “De Revolucionibus Ordium Caelestium” dedicado à SS. Papa
Paulo III, onde apresenta suas ideias.

Logo após Galilei jogou no chão o sistema Aristotélico-Ptolomaico. Suas


observações foram revolucionárias no sentido de usar as lentes de aumento para
determinar objetos celestes, uma vez que os astrônomos da época diziam que estas
criavam ilusões e enganavam os olhos. Ao apontar seu equipamento para o céu,
Galilei descobriu uma multidão de estrelas até então não vistas, a irregularidades da
lua, galáxias, as manchas solares, os satélites de júpiter etc. (Reale,2018)
Apoiado nestes e em outros pensadores Isaac Newton desenvolve sua
teoria que conhecemos como: Inércia, Princípio fundamental da dinâmica e Ação e
reação. Em uma simples explicação tais leis ditam, respectivamente, que: Um objeto
tende a manter seu estado de repouso ou movimento retilíneo uniforme a não ser
que haja alguma interferência sobre ele, o somatório das forças externas de um
sistema é equivalente ao produto de sua massa e, aceleração, por fim, toda ação
gera uma reação de igual intensidade e sentido contrário.

Com estas leis Newton de uma vez por todas rompe com todas as narrativas
mitológicas que tentam de alguma maneira tentam fornecer respostas para o
funcionamento do cosmo. Ideias como o tempo e o espaço, de uma vez por todas
deixam o contexto mitológico para assumir na nova física o conceito de dimensão.

Newton formula então sua mais importante teoria, a lei da gravidade, que
durante séculos respondeu às questões mais problemáticas até então, o movimento
dos planetas e dos astros, as marés. Unificando assim a física celeste e a física
terrestre e colocou um ponto final à separação da mecânica e da astronomia.

A partir das observações que fez, de algumas galáxias, Georges Lamaître


percebeu que estas estavam se afastando umas das outras, o que colocava em
xeque o conceito de um universo estacionário, e portanto, um dia deveriam ter
estado juntas, tão próximas que seriam um mesmo ponto no espaço, a este
pensamento o astrônomo deu o nome de átomo primordial.

Em algumas palavras esta teoria diz que tudo que conhecemos do universo
estava um dia contida em um único ponto de altíssima energia, temperatura e
pressão que por algum motivo colapsou e se expandiu, aqui entra o nome big bang
que nada mais é que uma grande explosão, durante este processo de expansão,
que dura até hoje, este evento e tudo aquilo que restou dele se resfriou e deu origem
às primeiras partículas subatômicas, átomos, compostos, estrelas, planetas,
sistemas, galáxias entre outros.

Posteriormente Hubble observa e consegue determinar a aceleração das


galáxias. Por algum motivo além de se distanciarem, quanto mais longe mais
rapidamente se distanciam, fenômeno este atribuído à energia escura, uma forma de
energia espalhada pelo universo e que tende a acelerar a sua expansão. Junto com
a ideia da matéria escura, um tipo de matéria que não interage com a matéria
comum, não é observável e também não é mensurável, mas, é perceptível pelos
fenômenos que causa em aglomerados galácticos, estrelares e galáxias, formam o
principal exemplo de uma explicação que não pode ser provada, ou seja, é preciso
apenas acreditar na ciência.

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