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EE 3. A foto retrata a rinas de um prio que funcionava em uma ha do ora de Ubatuba, cidade do ‘estado de 880 Paulo, Dante dessa informago, espoeda: Fespasts pesos. ‘@} Hi alguma relago entra istéxa qu voce» 0s cologs escreveram ea relerncia real da oto? ') Se antes de rare ahistria voos jf tvessen essa informago sobre a foto, la sri cortada ‘camesma manele? ood deve ter percebido como uma foto pode suger ideas, hstériase impressbes diferentes para cada observador. Objetvamente, vemos construcdes em muinas. Mas, por certo, depois da Fistéiae do modo como voo® e seus colegas perceberam a imagem, sua litre da foto deve te se ‘medificado, E deve ter se madicado mais ainda 20 Saber a que realmente a foto cortesponde, ‘Como tudo sso se relaciona com o conto iterio? Descubra realzando as poximas atvdades. Texto 1—Conto 0 texto a seguir foi escito pelo autor portuguds Manuel da Fonseca. Percorra-,lendo apenas as palevas © expressées destacadas em vermelho,e respond: Em sua opni, d& que assunto ele Leis. o texto ntegralmente e verique suas hipsteses O vagabundo na esplanada A surpresa, de mistua com wm indefin o receo eo imediato deseo de mats acau telada perspectiva de observagio,levava os tronseuntes a afastarem sede esque para os lados do passeio Pela clare que se abria, o vagabundo, de maos nos bokos das clas, vinha, des Dreccupodamene, avert ataio. (Cerca de cinguenta. anos, atarracado, ‘agro, tudo nele era kmpo, mas velho ¢ helo de remendos. Sobre a esburacada ca isola interior, 0 easaco puido nos eotove- los e demasiado grande cathe dos ombros em lrgas pregas, que ondulavam ats das costas ao ritmo lento da passada. Desfiadas tos Joos, mutt cures, as cajas Ue ‘om 8 mostra as canes, ras, nas de oso ‘enero, sada como dns ripas dos sapatos textbads. Caido para a nuca, copa achat a, aba as ondas, o ehapéu semelhava uma ‘uréolsalacenta, cy ‘Competéncias geais, 3.4709 ‘Campeténcias especficas de Lingua Portuguesa 23,709 Habilidades (EF9LP13), (EF6SLPA6),(EFSLP47), (EFB9LP1S), (EF89LP22) ¢ (EFBSLPS3) {Esse € o momenta de levar os alunos 3 fazer antecipagdes einferéncias sabre 0 texto que sera lido. Por isso, contextua~ lize o incercimbio ea d'scussio oral por ‘meio da questio proposta antes da ei- tra do texto Deixe os alunos se expressatem livre: mente, desde que respeitem os turnos de fala dos colegas e do professcr, as ‘opines divergences © a diversidade sociocultural. Escolha um aluno como cescrba, a fim de antat 0s sentidos le- vantados pela turma, para usar como hipéteses e compari-los apés a letura da text. [Na secuéncia, proponha uma primeira leitura do conto, de forma individual e ‘slenciosa. Em seguida, oriente a turra a fazer a lecura compartlhada, promo vendo pausas para confirmar ou nie 3s brpéteseslevantadas previamente, com base nas anotagdes realzadas. 15 Durante letura compartilhada, os alu- nos poderio, ainda, recorrer a0 Glos- Siria. © debater sobre determinados ‘trechos, a fim de discutirem questoes relatvas a interpretagio do text. ‘TRABALHO INTERDISCIPLINAR Em uma roda de conversa, explique 20s alunos que, de acordo com a defnigao dda Secretaria Nacional de Assisténcia Social "a populagio em siuagao de rua ‘aracterza-se par ser um grupo popula- ioral heterogéneo, compasto For pes- soas cam diferentes realidades, mas que ‘tm em comum a condigio de pobreza absoluta vinculosinterrompidas ou fra- ailizads e falta de habitagdo convencio- nal regular sendo compelidasautlizar a ‘ua come espaga de moradiae sustento, por cariterterpordrio ou de forma per manerte’ FRANCISCO, Wagner de Cerquir & Fopulago.em stuagio derua. ‘Mande Educogdo isponvel em: heaps /bici2Mepk>. ‘Aces er: 27 ag0. 2018. Questione os alunos se eles tém cane ‘imento de quantas pessoas vive: em situagdo de rua na cidade onde rroram, se ja vram jovens em situagGes de rua, ‘etm conhecimento se esses jovensfre- ‘quentam alguma instiuigde de ensine Fagaaletura do artigo 277 da Corstitu- ‘80 Federal que trata do “dever da fa la, da sociedade edo Estade assegurar a ‘Aceso.en: 27 ag0.2018. 16 [Apesar de tudo 80,0 rosto largo e anguloso do homem, de onde os olhos azuis-laros ie radkavam como que um sorriso de luminosa ironiae sompreensivo perd3o,ergul-se,inacto @ stant, numa serena dignidade, Era asim, a0 qu se va, 0 seu natural comportamento de caminhar pea cidade Alheado, mas condescendente, sequin polo cantre do passelo com a distraida seguranca de um miionsrio que obviamente se est nas tints para quem passa, Nao s6 por edveagdo, mas também pelo simples motivo de ter mais e melhor en que pensar. © aque nso sucedia 20s transeuntes. Os qa, incrédulos a0 primeiro relance, se desiavam, cobliquos, da deambulante causa do seu espanto. Evita do que Ihes parecia ui homem ure Ge sujoiées, senhor de i pr6prio em qualquer ctcunstancia ¢ lugar, logo, por contrase, thes ‘corti todos os problemas, todos os compadros, das as obrigacbes que os enrodiavam. E sempre submersos de prepoténcias, sempre humihudos e sempre a fing que nada disso hes acontedla, ‘Num instante, embora se desconhecessem, altiate-os a unénime mé vontade contra quem to vincadamente 0s aftontava em plena rua. Pront, a vinganca surga.Falavam dos sapatos cambados. do fato de remendos. do ridieulo chapéu. Consolava-os imaginar os ros, as chuvas {225 fomes que o homem havia de Softer. Entretanto, lguém disse: = Ve-se com cada seit, Um senhor vestido de escuo, de pasta negra elura, colocada ostensivamente ao alto e ber segura sb 0 brago arqueado, murmurou azedamente ~ Que benefico tard tal riatura a socidade? — Devia era ser prosbdo que gente desta [lasso] andassepelas was da cidade ~ murmuroy, cescandalzada, uma velha senbora a outa veha senhora de igual modo escandalizada. E assim resmungando, se dispersavam, cada um as suas obrigaes, 20s sous problemas. Sem dar por tal, o homem seguiaadante ‘Junto dos Restauradores, a esplafadatraiu he a steno. De cabocaincinada para ts, pl ‘bras baias,catou pelos bolsos unas tans moedas, que ps na palma da mio, Com o dedo ‘esticado,separouas, contando-asconsclenclosamene. Aguardou o sina de passagem e sli da sombra dos prédios para o sol da tarde quente de vero, ‘A meio da esplanada havia uma mesa ure, Com ¢ 3 vontade de um frequentador habitual, 0 hhomem seniow-se, ‘Apés acomodarse o melhor que o feo da cada de fero consentia, tou os pés dos pater, axpalmou-oe contr 3 froscura da ompodrada, sob 0 tldo, As rugasabramihe no rosto uri elas soliras um sorse de berm estar. Mas 0 fatoe os modos da ua chegada haviam despertado nos ocupantes da espana, mi ‘heres e homens, uma turbulncla Ge expressoesdesaprovadoras. Ao desassossego de semelhan- te atrevmento sucedera a inanacso, ‘Ausente, 0 homotm entregava-sf 30 prazer de rorescar os ps cansados, quando um ins perado golpe de ventovergueu dorchio a flha inti de um jarnal¢ enrolewtha nas canoe. (© homem apanhou-a;abrua, Eslendeu as peras, cuzou um pé sobre 0 outro. Céptico, mas curioso, posse alee 0 facto, de sto dice, areceu constitur a mikima slonen pars ne prosontos Frans, emperigaram se, circunvaganto os olhos, como se gitascem: "Pols ni ha um empregado que enh expalsr dagul este tipo!" Nas eara, descomoostas pelo desorbitado melindre. havia © ‘ue quer que Fosse de reealcadhedhonda raiva conta o homem males e ranqulo, que la ‘formal na esplanads, ‘Um rapaz eproximouset Casac® branco, bandeja sob o brago, muito senhor do seu dover ‘Mas, a repararno rosto do homem, tatamudeou: 18 Gener caed + Projeto Axé. Disponivel em: . Acesso em: 27 ago. 2018. Pro,eC0 Travess a, Disponivel em: Acess0 em 27 ag. 2018 Fundagdo que tem come missdo defender e prom over a garantia de direitos de crlangas ‘eadolescentes em situagdo de iso, sande & melhoria da qualidade de vida e 20 exerccio da ‘eidadania, Projetoreconhecida internacionalmente por seu trabalho na irea da educacio e na dfesa dos direitos de criangas, adolescentes ejovens. = Nao pote. E calot-se © homem olhava-o com benevolinca Disse? ~£ resemvdo 0 dirt de admissao ~tornouo rapaz, estado, ~ Est além escrito, Depois de ler © i860, o homem, com a prides de quem, por mera distroccio, se disp a sprender mais ui dos confusos costumes da chad, pega = Que dteito ver a ser esse? ~ Bem... ~ vole 0 empregado, ~ A gerénch nao amie. Ndo podem vir aul cetas pes = E @a mim que vem dlaer isso? © homer estava deveras surprend do. Encolhendo 0s ombos, como quem Se presta a um sactifiio, dew uma mirada pela caras dos crcunstantes. O azulcaro Ae olhos ambaeioisath ~ Tale qu 2 gertneia tonha 79350 - conch le, om tom batxo © magoado. ~ Aqui para nos, também me no parecem Is grande cok, =O empregado nem podia faa. ‘Conciiador, i prepararse para cont ruar a letra do Jornal, © homem colocou ‘3s moedas sobre a mesa, ped, deca damente = [1 diga& gerdncia que os dete far Por mim, rio me import, FONSECA, Manual. Temp de sad Senairamceetaseieoseirrch Sipecaqstn nuts Enodtur ence ‘Soa exposiio as is sles) Eitri Manuel Lopes Fonseca ‘Mais conhecido como Manuel da Fonseca, nasceu er 1911 erd Santiano do Cacém, Distrito de Setibal, Poruca,e faleceu er Lisboa, em 1983. Era romancsta,eonista, contsta & poota, Suas, ‘bras eram carregadas de abordagons de cunho socio polite Escreveu obras postcas, entre as quais asa dos venf0® (1940), Plano (1941) @ Poemas cspersos (1958) canto: O retrar0 1953), (0 fogo e as cinzas (1963), Tempo de solséo (1973), Bnamances: Corromaor 1943) © Sear de vento (1958) ‘Acesse.o Manual digital, organize e enrioueca sua pritica pedagégica Sequéncia Didética 1 Letura de min contos Campo aristco-iterério. ‘Apresenta um conjunts de atividades erdenadas, estruturadas earticuladas para o desenvolvi- mento da habiidace (GFS9U33). Expique que o Funde das Nagies Uni das paraa Infancia (Unicef) divide crian- «a5 e jovens na rua e ciiangas e jovens derua.A prime'ra sio as que vivem com sua familia, que podem ter habitagio fou mesmo viver na rua, em terrenos baldios, prédics abandanados etc, ras passa muite do seu tempo a deambu- lar ow a trabalkar na rua, voltando para suas famlias aa fim de dia. As criangase (os adolescentes de rua sio aquelas cue ppermanecem em maior tempo na rua, ‘cam peuco ou quase nenhum contato ‘coma familia, CConsiderando que a rua por si s6 leva ‘uma condigio de vulnerabildade social, ‘oriente uma pesquisa com objetivo de colher dades sobre a falta de garantia. dos direitos ¢ oportunidades nas areas de educagia, sade e protesia social, 0 ‘enva vimento com drogas € com situa ‘es de vieléncia que ojavem que mora narua esta suite, ‘Apés a apresentacio dos dados, orien ‘te uma pesquisa sobre cuais progratras secials ou politicas pablicas slo desen volvides para aterder esses jovers em seus direitos na cidade ou regio em cue ‘Ao Fal da reflexao sobre os dados co- letados durante as pesquisas, os alunos ppaderde construir um texto coletvo para divulgar na comunidade escolar © problema das pesscas cue vive em situagio de rua na realidade local. A divulgagio de texto tem 0 objetivo de sensiilizar clhar das pessoas ao se de- ppararem com os moradores de rua, Esse trabalho colabora para 0 deservol- viento da competéncia geral 9 espe: fica de Matemitica 4 v7

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