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Introdução

O presente trabalho inerente a cadeira de Electrodinâmica e Técnicas de Alta Frequência


subordina-se ao tema Linhas de transmissão, abordar-se-á no mesmo aspectos relacionados
com a sua generalidade, ondas viajantes, suas equações entre outros tópicos patentes no
mesmo.

Linhas de Transmissão (LT) são condutores através dos quais energia eléctrica é transportada
de um ponto transmissor a um terminal receptor. As linhas de transmissão e distribuição de
energia eléctrica são exemplos típicos. Os sistemas de transmissão proporcionam à sociedade
um benefício reconhecido por todos: o transporte da energia eléctrica entre os centros
produtores e os centros consumidores. Formas comuns de linhas de transmissão são: − Linha
aérea em corrente alternada ou em corrente contínua com condutores separados por um
dielétrico. − Linha subterrânea com cabo coaxial com um fio central condutor, isolado de um
condutor externo coaxial de retorno. − Trilha metálica, em uma placa de circuito impresso,
separada por uma camada de dielétrico de uma folha metálica de aterramento, denominado
microtrilha (microship).

As linhas de transmissão podem variar em comprimento, de centímetros a milhares de


quilómetros. As linhas com centímetros de comprimento são usadas como parte integrante de
circuitos de alta frequência, enquanto que as de milhares de quilómetros para o transporte de
grandes blocos de energia eléctrica.

As frequências envolvidas podem ser tão baixas quanto 50 Hz ou 60 Hz para linhas de


transporte de grandes blocos de energia ou tão altas como dezenas de GHz para circuitos
eléctricos utilizados na recepção e amplificação de ondas de rádio.

Em frequências muito altas (VHF), o sistema de transmissão utilizado pode ser os guias de
ondas. Estes podem estar na forma de tubos metálicos rectangulares ou circulares, com a
energia eléctrica sendo transmitida como uma onda caminhando no interior do tubo. Guias de
ondas são linhas de transmissão na forma de apenas um condutor.

Parâmetros das Linhas de Transmissão

Resistência (R), dissipação de potência activa na passagem de corrente.

Condutância (G), representação de correntes de fuga entre condutores e pelos isoladores


(principal fonte de condutância), depende das condições de operação da linha humidade
relativa do ar, nível de poluição, etc. É muito variável seu efeito é em geral desprezado (sua
contribuição no comportamento geral da linha é muito pequena).

Indutância (L), deve-se aos campos magnéticos criados pela passagem das correntes.
Capacitância (C), deve-se aos campos eléctricos: cargas nos condutores por unidade de
diferença de potencial entre eles.

Ondas viajantes em sistemas de transmissão

Assim que ocorrem distúrbios em uma linha de transmissão de energia eléctrica provocados
por uma diversidade de fenómenos electromagnéticos como, por exemplo, descargas
atmosféricas, acontecem bruscas mudanças nas condições dos circuitos eléctricos que
compõem o sistema de transmissão fazendo com que ocorra uma redistribuição de energia
com a finalidade de se encontrar um novo ponto de equilíbrio. Assim, as ondas viajantes se
referem a propagação de energia sobre um sistema. Energia esta que está distribuída pelo
sistema em seus elementos de circuito, capacitares e indutores. A propagação de ondas
viajantes sempre se dá na direcção de todos os terminais da linha de transmissão e provoca os
transitórios eléctricos percebidos pelos relés de protecção e outros dispositivos de automação
e controle localizados nos centros de operação do sistema. Se uma variação qualquer ocorre
em um terminal de uma linha de transmissão de energia o outro terminal só irá sentir a
variação ocorrida quando a onda percorrer todo o comprimento da linha (HEDMAN, 1978).

O terminal remoto da linha de transmissão não pode influenciar nas decisões sobre o sistema,
até que a onda tenha viajado da fonte do terminal local ao terminal remoto, onde, através da
interacção deste com a linha de transmissão, seja produzida uma resposta que viaja de volta
para a fonte local. Desta maneira, os sinais eléctricos tendem a se propagar para frente e para
trás, como ondas viajantes, normalmente dissipando energia com perdas no material
(HEDMAN, 1978).

A teoria de ondas viajantes permite que sejam definidos os coeficientes de reflexão e refração
da onda viajante em descontinuidades, a velocidade de propagação da onda e a impedância de
surto da linha de transmissão. Vale ressaltar que, durante a propagação ao longo da linha, as
ondas viajantes são atenuadas principalmente por perdas resistivas e por corrente de fuga e
ainda podem sofrer distorções na sua forma de onda (NAIDU, 1985).

Equações gerais das linhas de transmissão

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