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ROBERT SILVA DE SOUZA

Prof. (a) Dr. (a) MARILENE OLIVIER


Prof. Msc. JÚLIO CÉSAR MARTINS

RELATÓRIO TÉCNICO PER SE


DIAGNÓSTICO ACÚSTICO DE SALAS DE AULA DO PRÉDIO DE
MULTIMEIOS DO CENTRO DE ARTES DA UFES E SUGESTÕES
VISANDO PROJETOS CORRETIVOS

VITÓRIA- ES
2021
2

PROGRAMA DE MESTRADO EM GESTÃO PÚBLICA - UFES

Tipo e Título do Produto Técnico/Tecnológico

Relatório Técnico Per Se: Diagnóstico acústico de salas de aula do Prédio de Multimeios do
Centro de Artes da Ufes e sugestões visando projetos corretivos

Autores do PTT

1. Robert Silva de Souza Orcid:

2. Prof(a) Dr(a) Marilene Olivier (Orientadora) Orcid: https://orcid.org/0000-0002-7172-1230

3. Orcid:

Instituição estudada

Universidade Federal do Espírito Santo

Recebimento do Produto Técnico/Tecnológico

Direção do Centro de Artes da UFES

Setor/Função do recebimento

Diretor do Centro de Artes

Dados do egresso

Nome da Instituição do discente/egresso- Origem da Vaga ( x ) UFES ( ) Conveniada ( ) Demanda


Social

Universidade Federal do Espírito Santo

Vínculo/Setor de trabalho do discente/egresso: Centro de Artes da UFES

Título da dissertação que deu origem ao Produto Técnico/Tecnológico

Qualidade acústica em salas de aula: contribuições à gestão da manutenção

Links do repositório da dissertação

http://repositorio.ufes.br/handle/10/879
http://www.gestaopublica.ufes.br/pt-br/pos-graduacao/PGGP/disserta%C3%A7%C3%B5es-defendidas

Celular: (27) 98828-4512 E-mail: robertsouza@hotmail.com

Matrícula do egresso no PPGGP: 2018230167 Data da titulação: 25/03/2021

Palavras-chave: Gestão Pública. Universidade Federal do Espírito Santo. Diagnóstico acústico.


Salas de aula.

VITÓRIA-ES
2021
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TERMO DE ENTREGA DO PRODUTO TÉCNICO

Vitória, 2 de abril de 2021

À Profa. Dra. Larissa Zanin


Diretora do Centro de Artes/UFES

Assunto: Entrega de produto técnico

Srª. Diretora,
Tendo sido aprovado no processo seletivo para cursar o Mestrado Profissional
em Gestão Pública, oferecido pela Universidade Federal do Espírito Santo
(Ufes) após a obtenção do título de Mestre, encaminho o produto
técnico/tecnológico, em sua versão final para depósito no repositório
institucional, denominado ‘Relatório Técnico Per Se: Diagnóstico acústico
de salas de aula do Prédio de Multimeios do Centro de Artes da UFES e
sugestões visando projetos corretivos’, resultante da minha pesquisa de
mestrado, desenvolvido sob a orientação da profª Dr a. Marilene Olivier.

Atenciosamente,

______________________________ ______________________________
Robert Silva de Souza Profa. Dra. Marilene Olivier
Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Orientadora
Gestão Pública- PPGGP- UFES
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ATESTADO DE RECEBIMENTO/EXECUÇÃO DE PRODUTO


TÉCNICO/TECNOLÓGICO

Atestamos para fins de comprovação que recebemos o produto/serviço, dentro


de padrões de qualidade, prazo e viabilidade, contidos no relatório intitulado
Relatório Técnico Per Se: Diagnóstico acústico de salas de aula do Prédio de
Multimeios do Centro de Artes da UFES e sugestões visando projetos
corretivos, que teve como origem os resultados da dissertação desenvolvida
pelo servidor Robert Silva de Souza, no Mestrado Profissional em Gestão
Pública da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), orientado pelo(a)
prof.(a)Dr(a) Marilene Olivier, no período de agosto/2018 a março/2021. O
resultado consiste em um anteprojeto contendo sugestões de tratamentos
visando as melhorias acústicas necessárias às salas de aula do estudo. Os
recursos necessários ao desenvolvimento da pesquisa foram parcialmente
investidos por esta instituição, dado que foi desenvolvida por um servidor do
nosso quadro de pessoal. Além do autor principal, participaram também da
pesquisa, como suporte técnico e discussão da temática, os seguintes
profissionais:

Prof. Msc. Júlio César Martins.


CPF 756.697.227-87
e-mail: jcms1506@gmail.com

Vitória-ES, 28 de março de 2021

Larissa Zanin
________________________________
Larissa Zanin
Diretora do Centro de Artes

Este documento foi assinado digitalmente por LARISSA FABRICIO ZANIN


Para veri car o original visite: https://api.lepisma.ufes.br/arquivos-assinados/176115?tipoArquivo=O
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO


PROTOCOLO DE ASSINATURA

O documento acima foi assinado digitalmente com senha eletrônica através do Protocolo
Web, conforme Portaria UFES nº 1.269 de 30/08/2018, por
LARISSA FABRICIO ZANIN - SIAPE 2613295
Diretor do Centro de Artes
Centro de Artes - CAr
Em 20/04/2021 às 13:56

Para verificar as assinaturas e visualizar o documento original acesse o link:


https://api.lepisma.ufes.br/arquivos-assinados/176115?tipoArquivo=O

Este documento foi assinado digitalmente por LARISSA FABRICIO ZANIN


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DIAGNÓSTICO ACÚSTICO DE SALAS DE AULA DO PRÉDIO DO


MULTIMEIOS DO CENTRO DE ARTES DA UFES E SUGESTÕES VISANDO
PROJETOS CORRETIVOS

1 INTRODUÇÃO

O produto técnico/tecnológico (PPT) aqui apresentado é resultante da


dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Gestão Pública da
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Se trata de uma área a qual
tem sido dada cada vez maior importância em todos os ambientes inclusive nos
ambientes de ensino, haja vista os inúmeros congressos realizados mundo
afora sobre o tema. Esse tipo de problema, além de recorrente no Brasil, de
forma geral, trás consequências sérias ao bom desenvolvimento das atividades
em sala de aula bem como pode afetar a saúde dos profissionais.

2 TIPO DO PRODUTO TÉCNICO/TECNOLÓGICO OBTIDO

Relatório técnico conclusivo per se: Diagnóstico acústico de salas de aula do


Prédio de Multimeios do Centro de Artes da UFES e sugestões visando
projetos corretivos.

3 SITUAÇÃO ENCONTRADA ANTES DA PESQUISA

Baseado em observações pessoais e uma pesquisa junto a professores que


utilizam o espaço para suas aulas, percebeu-se que havia alta possibilidade de
o Prédio de Multimeios do Centro de Artes da UFES apresentar problemas
relacionados a acústica.
O propósito da pesquisa foi delinear quais salas apresentam problemas
relacionados à acústica e o quanto eles podem afetar o bom desempenho das
atividades dos docentes e discentes.
O Prédio de Multimeios abriga várias salas de aula e laboratórios. A
delimitação da pesquisa se deu às salas 201 a 207 visto que são salas de aula
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comuns e foram as salas abrangidas pela temática da pesquisa quanto à parte


de reforma e de ampliação ocorridas no prédio.

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), assim como muitas outras


universidades, encontra dificuldades na manutenção de suas edificações.
Diante desse desafio, Palaoro et al. (2019, p. 9) elaboraram um “Manual de
procedimentos de Gestão da Manutenção de Edificações e Equipamentos da
Ufes”, visando a padronização das ações necessárias à preservação das “[...]
características de desempenho técnico dos componentes ou sistema das
edificações da Universidade”.

Foi realizada uma busca automática no texto utilizando os seguintes vocábulos:


acústica, acústico, sonoro, sonora, ruído, barulho, mas não houve retorno.

Analisando o texto apresentado, verificou-se que a Divisão de Manutenção e


Infraestrutura Urbana, subordinada à Diretoria de Manutenção de
Edificações e Equipamentos (DMEE), é a responsável pela:

 Manutenção, conservação e reparo de bens imóveis;


 Manutenção, conservação e reparo de bens móveis, divisórias, mobiliários, esquadrias
etc;
 [...]
 Manutenção e conservação de revestimentos e aplicações em paredes e pisos, interno
e externo às edificações;
 Manutenção e conservação da pintura no interior e exterior das edificações;
 Manutenção de telhados e coberturas;
 [...]
 Realizar ou supervisionar a execução de inspeções periódicas;
 Definir planos de manutenção;
 Realizar ou assessorar a contratação dos serviços de manutenção;
 Realizar ou supervisionar a execução dos serviços de manutenção;
 [...]
 Estabelecer e implementar procedimentos e rotinas de manutenção preventiva;
 Orientar os síndicos e usuários para situações emergenciais. (PALAORO et al., 2019,
p. 10-11).

No entanto, não se encontra entre as competências da DMEE, “[...] os serviços


que implicam em alteração do layout do edifício e suas dependências”, pois
são considerados como de reforma. (PALAORO et al., 2019, p. 11).

Os autores remetem o gerenciamento desse tipo de obra ao “Manual de


Procedimentos de Solicitação de Obras e Serviços em Edificações ou Áreas
Físicas da UFES”.
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Nova busca foi realizada utilizando os mesmos vocábulos referidos


anteriormente, sendo o resultado negativo, mais uma vez. Porém, entre as
competências da Comissão de Obras e Recebimento, subordinada à Diretoria
de Obras, figuram as seguintes capacidades:

Capacidade de analisar projetos arquitetônicos e complementares de


obras e serviços de engenharia;
[...]
Ser capaz de identificar os serviços de engenharia realizados nas
obras e detectar possíveis falhas ou problemas futuros que possam
vir a ser causados pela má execução destes (SIAS et al., 2019, p. 10-
11).

No detalhamento das atribuições encontra-se no item “7. Acompanhamento


anual da obra pela CROS”, o seguinte texto:

7.1. A CROS faz anualmente uma vistoria de acompanhamento da


garantia de obra  Contados 1 ano a partir do recebimento definitivo
e por 5 anos, a CROS reúne comissão de no mínimo 3 membros para
fazer uma vistoria na obra com objetivo de identificar possíveis falhas
na edificação, que devem estar cobertas pela garantia;
 Havendo problemas a serem relatados, é feito um relatório de
inconformidades. (SIAS et al., 2019, p. 22).

Entende-se que os recursos humanos da Ufes, nem sempre são suficientes


para atender todas as demandas da instituição. E, em que pese a qualidade
dos documentos consultados, ainda não houve um detalhamento das
atividades, ou seja, um manual operacional.

É obvio a quem frequenta o ambiente universitário que as salas de aula e os


laboratórios deveriam ser o foco prioritário da gestão da manutenção, por ser
onde são desenvolvidas as atividades fins das instituições federais de ensino
superior (Ifes).

Diante das necessidades prementes em todo o campus no que tange à


redução de danos por problemas de acústica em sala de aula, este Produto
Técnico vem sugerir algumas diretrizes que possam auxiliar no
desenvolvimento das atividades dessas duas diretorias.
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4 OBJETIVOS/FINALIDADE DO PRODUTO TÉCNICO/ TECNOLÓGICO

O PTT foi desenvolvido com o intuito de fornecer subsídios para o setor de


manutenção da Ufes, a fim de que outras aferições possam ser realizadas para
serem incorporadas ao planejamento de obras da Ufes.

5 METODOLOGIA UTILIZADA

A pesquisa foi realizada na Universidade Federal do Espírito Santo no Prédio


de Multimeios do Centro de Artes, visando mapear quais salas apresentam
problemas com relação a acústica. Foram realizadas vistorias nas salas e
posteriormente entrevistas junto a professores que utilizam as mesmas para
verificar quais e como os problemas interferem no desenvolver das atividades
por parte dos docentes. Depois foram realizadas medições acústicas a fim de
coletar dados que, quando comparados a valores de referência nas normas
NBR 10.151/2019 e NBR 10.152/2017, comprovassem as suspeitas iniciais.

6 CONTRIBUIÇÕES GERAIS

Ao final, pode-se concluir que todas as sete salas pesquisadas apresentavam


problemas quanto a ruído devido a acústica, seja por interferência de ruídos
externos (isolamento acústico inadequado) ou por alto nível de ruído de fundo
(devido à falta de tratamento de condicionamento acústico e a aparelhos
condicionadores de ar barulhentos). Todas apresentam problemas quanto a
interferência nas salas vizinhas, sendo que cinco delas apresentam problemas
graves. Quanto ao ruído de fundo, quatro delas apresentam ruído bem acima
do permitido em norma, duas delas apresentam ruído de fundo levemente
superior ao permitido e apenas uma apresentou ruído de fundo dentro do
padrão.
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7 CONTRIBUIÇÕES METODOLÓGICAS

Parte da metodologia utilizada traz uma contribuição inovadora ao criar um


processo que simula a situação real para se fazer as medições nos casos em
que não é possível ter acesso ao dia a dia do uso das salas avaliadas. A
descrição dos procedimentos permite a outros pesquisadores fazerem uso
dessa mesma metodologia.

8 ADERÊNCIA ÀS LINHAS E PROJETOS DE PESQUISA

Este PTT apresenta insumos para melhorar a gestão da manutenção das


edificações, sobretudo quanto à acústica portanto encontra aderência na linha
de pesquisa 2 (Tecnologia, inovação e operações no setor público), projeto
estruturante 3 (Ações e projetos finalísticos de apoio/suporte ao governo), dado
que o produto diz respeito a acústica em salas de aula, que constitui em um
dos aspectos operacionais da instituição em sua atividade-fim.

9 POSSIBILIDADES DE APLICAÇÃO DO PRODUTO


TÉCNICO/TECNOLÓGICO

A aferição de qualidade acústica pode ser realizada utilizando metodologias


diversas e em graus de complexidade diferentes. A metodologia utilizada pode
ser aplicada não só em salas de aula mas também em salas de conferência, de
reunião e miniauditórios. Só no campus de Goiabeiras, onde foi realizada a
pesquisa, existem seis miniauditórios que são usados com muita frequência e
que necessitam de correções referentes à acústica. Além disso há também
salas em construções novas que têm apresentado problemas de reverberação,
de vazamento de ruído de uma sala para outra e do exterior para as salas de
aula. O PTT poderá ser tomado como modelo para a realização do diagnóstico
em outras unidades da instituição estudada.

10 IMPACTOS

Sob o aspecto social os resultados podem trazer melhorias à qualidade de vida


no trabalho de docentes, técnico-administrativos em educação (TAEs) e
discentes que ali desempenham suas atividades.
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Na dimensão cultural, elimina a ideia que leva à crença de que não vale a pena
assistir aula nesses espaços físicos onde o professor tem dificuldade de se
fazer entender e o aluno dificuldade em apreender o conteúdo ministrado.

Em termos do aproveitamento de recursos, evita o desperdício da hora de


trabalho de um professor e o desperdício de recursos investidos em um espaço
físico que não atende às condições necessárias para o processo de ensino-
aprendizagem.

11 REPLICABILIDADE

A metodologia adotada e descrita permite a replicação da pesquisa sem


dificuldades, portanto, apresenta alto grau neste quesito pois o capítulo
metodológico apresenta uma descrição clara dos procedimentos metodológicos
complementado pela parte inicial do capítulo de análise e discussão dos dados
onde são explicitados em detalhes. Dessa forma, nada obsta que a
metodologia seja utilizada em outros centros da própria Ufes, nos demais
campi da instituição,

12 ABRANGÊNCIA TERRITORIAL

Este produto técnico/tecnológico foi desenvolvido especificamente para o


Centro de Artes da Ufes, portanto, o resultado é considerado local. No entanto,
dado o grau de replicabilidade da pesquisa, pode ser aplicado em outras
instituições de ensino superior federal ou estadual, não só no Espírito Santo,
como em todo o país.

13 COMPLEXIDADE

Considera-se que o produto apresenta complexidade média devido ao fato de


ter utilizado conhecimento de outras áreas como a acústica e engenharia para
que as medidas fossem realizadas. Além disso, contou com a colaboração de
professores de outro centro diferente daquele no qual atua o PPGGP e com a
participação expressiva de um professor do Centro de Artes, o prof. Júlio
Martins.
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14 ASPECTOS INOVADORES

A inovação pode se dar devido ao fato de que foi desenvolvido um processo


alternativo para a metodologia da coleta de dados, pois devido à pandemia do
COVI-19, não foi possível a realização das medições com aulas normais
acontecendo.

15 SETOR DA SOCIEDADE INFLUENCIADO

No que diz respeito à influência que o PTT pode gerar na sociedade, ao se


considerar as opções oferecidas pela Capes e a escolha de apenas uma
opção, acredita-se que a saúde humana e o aproveitamento do processo de
apredizado/ensino em salas de aula possam ser os beneficiários deste projeto,
pois apesar de o estudo ter sido realizado no âmbito do Centro de Artes, pode
ser replicado em outras unidades da universidade, bem como em qualquer
instituição e organização, sejam elas públicas ou privadas.

16 VÍNCULO COM O PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL OU


PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Descrição do Vínculo: Alinhado à unidade estratégica denominada “Gestão”,


dentro da estratégia 2 (Garantir condições de saúde e segurança no ambiente
de trabalho e estudo), em seu Projeto Estratégivo 1 (Melhoria das condições
atuais de segurança e saúde por ambiente) (PDI/Ufes, 2015-2019/2020, p. 62-
63).
PDI disponível https://proplan.ufes.br/sites/proplan.ufes.br/files/field/anexo/pdi_-
_2015-2019_1.88mb_.pdf

17 FOMENTO

Este projeto foi desenvolvido com a participação do professor Júlio Martins do


Centro de Artes e cooperação da UFES, que ofereceu o suporte através do
provimento de equipamentos e recursos didáticos e de informática.
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18 REGISTRO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL

Não foi feito registro de propriedade intelectual deste documento.

19 ESTÁGIO DA TECNOLOGIA

O PTT, encontra-se no formato de relatório técnico per se. Enquanto relatório


diagnóstico, pode-se dizer que ela foi finalizada.

20 TRANSFERÊNCIA DA TECNOLOGIA OU CONHECIMENTO

A participação do professor Júlio Martins foi fundamental para a consecução


deste PTT, pois foi o interlocutor em todo o percurso da aferição e também de
informações sobre o locus da pesquisa. Espera-se que haja oportunidade de
interagir com os servidores lotados na prefeitura da Ufes, para expor o trabalho
realizado.

21 AÇÕES NECESSÁRIAS À IMPLEMENTAÇÃO DO PRODUTO TÉCNICO

Como parte do produto, são apresentadas ações que se fazem necessárias


para a implementação da proposta, sendo:
• Reunião com o Chefe do Departamento de Comunicação, que coordena
as atividades do prédio de multimeios para especificar as demandas dos
cursos em relação à edificação;
• Reunião com o prefeito e o chefe de manutenção e obras para verificar
as condições da elaboração de uma projeto de reforma do prédio;
• Buscar recursos alternativos para financiamento da reforma fora do
orçamento da universidade, tais como o patrocínio de grandes empresas
que possam dar nome àquela edificação, como já o fizeram a
Universidade de São Paulo e a Fundação Getúlio Vargas;
• Estudar formas legais de receber esses recursos para que, ao entrarem
no caixa único da universidade, não sejam destinados a outros locais;
• Assegurar junto à prefeitura a mão de obra necessária à reforma, assim
que o recurso seja obtido.
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22 DESCRIÇÃO DO PRODUTO TÉCNICO / TECNOLÓGICO: Divulgado /


Institucionalizado

22.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

22.1.1 Os dados coletados

O objetivo foi ajustar a fonte para uma medida de pressão sonora que
simulasse a situação real em sala de aula e realizar as medições nas salas
vizinhas. Para isso utilizamos gravações de três tipos de sinais diferentes: pink
noise (ruído rosa), um áudio de música para simular a situação de um
professor reproduzindo um vídeo durante uma aula e uma locução. Para
reproduzir essa situação de aula utilizamos a caixa acústica posicionada na
mesa do professor durante todo o processo e o aparelho de medição
posicionado no centro da sala.

Segundo a NBR 10.151/2019 o medidor não deve ficar próximo a paredes ou


outras superfícies refletoras por isso o utilizamos posicionado no centro das
salas.

Escolhemos a sala 201 como local para realizar essas medições para ajuste do
sistema de som porque é a maior sala e possui tratamento acústico. Uma vez
que o sistema de som visa simular uma situação real de aula, sabemos que o
nível de pressão sonora (NPS) ajustado nessa sala se tornará no mínimo
maior nas outras salas sem tratamento e de dimensões menores devido a
reverberação dentro das mesmas.

Como preparação para realizar os ajustes na mesa de som, posicionamos a


caixa acústica, e em seguida o medidor de nível de pressão sonora
longitudinalmente ao comprimento da sala, no centro da mesma a uma
distância de quatro metros. Reproduzimos a locução previamente selecionada
com o gravador digital e ajustamos o volume na mesa de som até que o NPS
lido no equipamento de medição fosse LAeq =77,0dB.

Segundo estipulado pela NBR 10.151/2019, as medições foram realizadas


utilizando no medidor o ajuste para medir nível de pressão sonora contínuo
equivalente ponderado em A, L Aeq, com tempo de integração de 30 segundos.
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Isso significa que cada procedimento de medição teve a duração de 30


segundos.

O decibel, ou dB, é a unidade para medida de pressão sonora. Existem três


escalas de ponderação que alteram a medição em dB: a escala A, B e C.
Todas as três ponderações significam uma correção no aparelho medidor para
aferir um peso diferente a uma certa faixa de frequências graves para
compensar pela não linearidade do aparelho auditivo humano quanto ao nível
de pressão sonora ao qual é submetido. A escala ponderada em “A” é a
indicada pela norma NBR 10.151/2019. O símbolo da grandeza para nível de
pressão sonora é o Leq. No caso de uma medição ponderada na escala “A”, o
símbolo é que deve conter tal representação, sendo indicado por L Aeq.

Depois disso utilizamos outros dois tipos de sinais, o pink noise e música para
simular uma situação típica de um professor reproduzindo um vídeo em sala de
aula. Observamos que os valores finais foram bem próximos, tendo havido uma
pequena diferença de LAeq =0,5dB no ruído rosa e de LAeq = 0,3dB na música, o
que representa uma diferença audivelmente insignificante. (Tabela 1)

Tabela 1 – Níveis de referência


Pink noise Vídeo Aula típica (locução)
(centro da sala) (centro da sala) (centro da sala)

Medição @ 4m da
fonte LAeq =77,5 dB LAeq =76,7 dB LAeq =77,0 dB
(centro da sala)

Fonte: elaboração própria

Esse valor de LAeq =77,0dB foi escolhido tomando como base valores obtidos
através de medições feitas em situação real de aula pelo coordenador do
Núcleo de Multimeios, professor Júlio César Martins, visando realizar melhorias
no tratamento acústico de algumas salas. Os valores por ele obtidos oscilavam
de 75 a 77dB. Escolhemos o último para representar a situação de pior caso.
Ele realiza essas medições a cada semestre desde 2009/2 excluindo o período
de 2012/2 a 2016/2 quando esteve afastado para estudos de doutorado.
16

Fizemos uma pequena correção na mesa de som para o sinal de locução, pois
na gravação utilizada havia um pouco de graves exagerado, e corrigimos isso
ajustando o equalizador (conforme mostrado na figura 24) para realizar um
pequeno corte nos graves de modo a tornar o som mais natural. Utilizamos o
canal 2 da mesa de som para reproduzir exclusivamente o sinal de voz e o
canal 1 para reproduzir os sinais de música e pink noise.

Uma vez ajustada a mesa de som, procedemos às medições sem novas


alterações.

Para todas as medições as salas foram mantidas com as portas fechadas, a


caixa acústica foi sempre posicionada na mesa do professor e o equipamento
de medição no centro das salas.

22.1.2 Apresentação dos dados

As medições foram separadas nas tabelas 2 a 8 nas quais estão os valores


representativos das salas onde a fonte sonora estava posicionada, com os
respectivos cálculos apresentados logo a seguir. Elas contém a seguintes
elementos: ruído de fundo com o aparelho de ar ligado e desligado; medições
para pink noise, vídeo e aula típica (locução); e o cálculo da diferença entre o
valor da medição @ 1m e o valor da medição nas salas vizinhas.

Tabela 2 – Medições com fonte sonora na sala 201


Ar ligado LAeq =52,3 dB
Ruído de fundo
Ar desligado LAeq =42,5 dB
Pink noise Vídeo Aula típica (locução)
(centro da sala) (centro da sala) (centro da sala)
Medição @ 1m da fonte
LAeq =88,5 dB LAeq =89,7 dB LAeq =89,0 dB
(centro da sala)
Medição na sala 202 LAeq =48,9 dB LAeq =49,2 dB LAeq =47,0 dB

Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =39,6 dB LAeq =40,5 dB LAeq =42,0 dB
as salas 201 e 202:
Fonte: Elaboração própria
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Tabela 3 – Medições com fonte sonora na sala 202


Ar ligado 49,8 dB(A)
Ruído de fundo
Ar desligado 46,3 dB(A)
Pink noise Vídeo Aula típica (locução)
(meio da sala) (meio da sala) (meio da sala)
Medição @ 1m da fonte LAeq =89,3 dB LAeq =89,8 dB LAeq =89,0 dB
Medição na sala 201 LAeq =46,4 dB LAeq =45,4 dB LAeq =44,3 dB
Medição na sala 203 LAeq =67,1 dB LAeq =68,2 dB LAeq =69,5 dB
Medição na sala 204 LAeq =49,9 dB LAeq =51,0 dB LAeq =50,2 dB

Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =42,9 dB LAeq =44,4 dB LAeq =44,7 dB
as salas 202 e 201
Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =22,2 dB LAeq =21,6 dB LAeq =19,5 dB
as salas 202 e 203
Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =39,4 dB LAeq =38,8 dB LAeq =38,8 dB
as salas 202 e 204
Fonte: Elaboração própria
Tabela 4 – Medições com fonte sonora na sala 203
Ar ligado LAeq =52,2 dB
Ruído de fundo
Ar desligado LAeq =48,3 dB
Pink noise Vídeo Aula típica (locução)
(meio da sala) (meio da sala) (meio da sala)
Medição @ 1m da fonte LAeq =87,6 dB LAeq =87,3 dB LAeq =87,1 dB
Medição na sala 202 LAeq =69,8 dB LAeq =72,2 dB LAeq =72,1 dB
Medição na sala 204 LAeq =49,9 dB LAeq =52,3 dB LAeq =48,8 dB

Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =17,8 dB LAeq =15,1 dB LAeq =15,0 dB
as salas 203 e 202
Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =37,7 dB LAeq =35,0 dB LAeq =38,3 dB
as salas 203 e 204
Fonte: Elaboração própria
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Tabela 5 – Medições com fonte sonora na sala 204


Ar ligado LAeq =57,5 dB
Ruído de fundo
Ar desligado LAeq =47,5 dB
Pink noise Vídeo Aula típica (locução)
(meio da sala) (meio da sala) (meio da sala)
Medição @ 1m da fonte LAeq =92,9 dB LAeq =92,5 dB LAeq =90,9 dB
Medição na sala 202 LAeq =48,8 dB LAeq =48,4 dB LAeq =49,5 dB
Medição na sala 203 LAeq =49,0 dB LAeq =48,2 dB LAeq =47,1 dB
Medição na sala 205 LAeq =68,8 dB LAeq =72,0 dB LAeq =70,2 dB

Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =44,1 dB LAeq =44,1 dB LAeq =41,4 dB
as salas 204 e 202
Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =43,9 dB LAeq =44,3 dB LAeq =43,8 dB
as salas 204 e 203
Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =24,1 dB LAeq =20,5 dB LAeq =20,7 dB
as salas 204 e 205
Fonte: Elaboração própria

Tabela 6 – Medições com fonte sonora na sala 205


Ar ligado LAeq =56,9 dB
Ruído de fundo
Ar desligado LAeq =46,2 dB
Pink noise Video Aula típica (locução)
(meio da sala) (meio da sala) (meio da sala)
Medição @ 1m da fonte LAeq =93,4 dB LAeq =92,9 dB LAeq =91,5 dB
Medição na sala 204 LAeq =68,2 dB LAeq =71,0 dB LAeq =69,5 dB
Medição na sala 206 LAeq =68,8 dB LAeq =71,9 dB LAeq =69,8 dB

Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =25,2 dB LAeq =21,9 dB LAeq =22,0 dB
as salas 205 e 204
Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =24,6 dB LAeq =21,0 dB LAeq =21,7 dB
as salas 205 e 206
Fonte: Elaboração própria
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Tabela 7 – Medições com fonte sonora na sala 206


Ar ligado LAeq =57,9 dB
Ruído de fundo
Ar desligado LAeq =41,2 dB
Pink noise Video Aula típica (locução)
(meio da sala) (meio da sala) (meio da sala)
Medição @ 1m da fonte LAeq =91,8 dB LAeq =91,5 dB LAeq =89,8 dB
Medição na sala 205 LAeq =69,3 dB LAeq =71,9 dB LAeq =70,2 dB
Medição na sala 207 LAeq =46,6 dB LAeq =49,6 dB LAeq =47,8 dB

Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =22,5 dB LAeq =19,6 dB LAeq =19,6 dB
as salas 206 e 205
Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =45,2 dB LAeq =41,9 dB LAeq =42,0 dB
as salas 206 e 207
Fonte: Elaboração própria

Tabela 8 – Medições com fonte sonora na sala 207


Ar ligado LAeq =56,2 dB
Ruído de fundo
Ar desligado LAeq =42,0 dB
Pink noise Video Aula típica (locução)
(meio da sala) (meio da sala) (meio da sala)
Medição @ 1m da fonte LAeq =93,1 dB LAeq =92,4 dB LAeq =90,4 dB
Medição na sala 206 LAeq =47,7 dB LAeq =50,1 dB LAeq =47,8 dB

Atenuação relativa da
intensidade sonora entre LAeq =45,4 dB LAeq =42,3 dB LAeq =42,6 dB
as salas 205 e 206
Fonte: Elaboração própria

22.1.3 Discussão dos resultados

Para procedermos à análise das medições vamos comparar o nível de ruído


medido em cada sala, gerado a partir de suas salas vizinhas, com seu ruído de
fundo. Foram medidos os ruídos de fundo de cada sala em duas situações:
com o aparelho condicionador de ar ligado e desligado. Utilizaremos o valor de
ruído de fundo com o aparelho condicionador de ar desligado. Isso porque
20

queremos considerar somente o pior caso, que seria utilizando a medição de


ruído de maior valor numérico comparada ao menor valor para ruído de fundo
da sala em questão.

Assim teremos que, se a diferença for um valor negativo significa que o ruído
de fundo da sala em questão é maior que o ruído sendo gerado a partir da sala
vizinha, sendo portanto este mascarado por aquele.

Na análise vamos considerar duas situações: primeiro colocando a fonte


geradora de ruído em uma sala e medindo nas suas salas vizinhas e depois
inverteremos a situação.

Assim temos:

 Interferência da sala 201 na 202: 49,2 dB – 46,3 dB = 2,9 dB


 Interferência da sala 202 na 201: 46,4 dB – 42,5 dB = 3,9 dB
Como os resultados são positivos nos dois casos, há interferência do ruído
de uma sala sobre a outra, sendo que a sala 202 é a que gera maior
interferência.
 Interferência da sala 202 na 203: 69,5 dB – 48,3 dB = 21,2 dB
 Interferência da sala 203 na 202: 72,2 dB – 46,3 dB = 25,9 dB
Como os resultados são positivos nos dois casos, há interferência do ruído
de uma sala sobre a outra, sendo que a sala 203 é a que gera maior
interferência.

 Interferência da sala 202 na 204: 51,0 dB – 47,5 dB = 3,4 dB


 Interferência da sala 204 na 202: 49,5 dB – 46,3 dB = 3,2 dB
Como os resultados são positivos nos dois casos, há interferência do ruído
de uma sala sobre a outra, sendo que a sala 202 é a que gera maior
interferência.

 Interferência da sala 203 na 204: 52,3 dB – 47,5 dB = 4,8 dB


 Interferência da sala 204 na 203: 49,0 dB – 48,3 dB = 0,7 dB
21

• Como os resultados são positivos nos dois casos, há interferência do


ruído de uma sala sobre a outra, sendo que a sala 203 é a que gera maior
interferência.

 Interferência da sala 204 na 205: 72,0 dB – 46,2 dB = 25,8 dB


 Interferência da sala 205 na 204: 71,0 dB – 47,5 dB = 23,5 dB
• Como os resultados são positivos nos dois casos, há interferência do
ruído de uma sala sobre a outra, sendo que a sala 204 é a que gera maior
interferência.

 Interferência da sala 205 na 206: 71,9 dB – 41,2 dB = 30,7 dB


 Interferência da sala 206 na 205: 71,9 dB – 46,2 dB = 25,7 dB
• Como os resultados são positivos nos dois casos, há interferência do
ruído de uma sala sobre a outra, sendo que a sala 205 é a que gera maior
interferência.

 Interferência da sala 206 na 207: 49,6 dB – 42,0 dB = 7,6 dB


 Interferência da sala 207 na 206: 50,1 dB – 41,2 dB = 8,9 dB
• Como os resultados são positivos nos dois casos, há interferência do
ruído de uma sala sobre a outra, sendo que a sala 207 é a que gera maior
interferência.

Podemos observar que há interferência sendo gerada entre todas as salas: 202
e 201, 203 e 202, 203 e 204, 204 e 205, 205 e 206 e, 207 e 206.

A Tabela 9 sintetiza as medidas em todos casos:


22

Tabela 9- Medida da Interferência


Síntese
Salas Medida da interferência
1. 202 para 201 3,9 dB
2. 203 para 202 25,9 dB
3. 203 para 204 4,8 dB
4. 204 para 205 25,8 dB
5. 205 para 206 30,7 dB
6. 207 para 206 8,9 dB
Fonte: elaboração própria

As diferentes medidas de interferências entre duas salas quando se invertem


entre elas as posições da fonte geradora de ruído e do medidor, pode ser
devido ao fato de que quando a fonte sonora está na sala com menos
tratamento acústico há maior reverberação, o que aumenta o nível do sinal,
gerando assim uma interferência maior na outra sala. Também mudam as
posições relativas entre fonte geradora de ruído e medidor, tendo distâncias
diferentes entre si ao inverter suas posições entre as salas.

Uma maior diferença entre os níveis de ruído de fundo com ar ligado e ruído de
fundo com ar desligado apresentado por algumas salas, como é o caso das
salas 201, 204, 205, 206 e 207, pode se dar ao fato de os aparelhos de ar
nessas salas serem mais barulhentos ao passo que nas salas com uma
diferença menor, como é o caso nas salas 202 e 203, os aparelhos serem mais
silenciosos. Também pode ser devido à reverberação na sala devido à falta de
tratamento de condicionamento acústico interno. Salas mais reverberantes vão
ter um ruído de fundo mais alto com o ar ligado.

A fim de estabelecer uma melhor compreensão dos dados obtidos, é


importante ressaltar que segundo Ballou (ano, p. 25) que variações de NPS da
ordem de 1 dB são quase imperceptíveis, variações da ordem de 3 dB’s são
perceptíveis à maioria das pessoas e uma variação de 10 dB’s é percebida
como uma dobra de volume. Assim, podemos observar que os itens 1 e 3 da
Tabela 9 tem valores de pequena relevância uma vez que produzem uma
diferença que mal pode ser detectada pelo ouvido em condições de laboratório.
Assim sendo esses valores podem ser desconsiderados. Isso corrobora com a
versão dos professores entrevistados que não reclamaram de problemas de
interferência de ruído entre essas salas.
23

Os itens 2, 4, 5 e 6 apresentam valores que indicam a necessidade de


isolamento acústico entre as salas. O ideal é que esses valores sejam
reduzidos a 0 dB ou o mais próximo possível, o que significa fazer com que o
ruído gerado pela sala vizinha, no máximo, se iguale ao ruído de fundo da sala
em questão.

Ratificando, precisamos de isolamento entre as salas conforme medidas de


interferência na Tabela 10.

Tabela 10 – Medida da interferência


Síntese das salas que apresentam problemas
Salas Medidas da Interferência
203 para 202 25,9 dB
204 para 205 25,8 dB
205 para 206 30,7 dB
207 para 206 8,9 dB
Fonte: elaboração própria

Para dar uma dimensão de quanto representa a ordem de grandeza dos


valores das diferenças acima, conforme Everest (2001, p. 55, tradução nossa)
“muitos experimentos conduzidos com centenas de indivíduos e muitos tipos de
sons produziram um consenso de que para cada 10dB de aumento no nível de
pressão sonora, a pessoa média relata que o volume é dobrado”. Então para
uma diferença de 20dB a percepção é de que o volume teria quadruplicado e
para uma diferença de 30dB o volume teria octuplicado.

Ainda, a título de ilustração, na Tabela 11 apresentamos alguns exemplos para


auxiliar na compreensão da ordem de grandeza dos valores encontrados na
tabela 10 acima a partir de situações conhecidas:
24

Tabela 11 – Exemplos de níveis de pressão sonora


Nível de Pressão Sonora (dB ponderado
Fonte Sonora
em A)
Foguete Saturno 194
Turbina de avião 160
Limiar da dor 135
Rebitador 120
Caminhão pesado 100
Escritório barulhento,
80
Trânsito pesado
Discurso coloquial 60
Escritório particular 50
Residência silenciosa 40
Estúdio de gravação 30
Folhas farfalhando 20
Limiar da audição (bons ouvidos na
10
frequência de máxima sensitividade)
Fonte: Everest (2001, p. 32)

Além da análise realizada, é possível ainda realizar uma comparação do ruído


de fundo das salas com o padrão estabelecido na NBR 10.152/2017. Pela
norma, o valor de referência de ruído de fundo estabelecido como aceitável
para um ambiente de sala de aula é de 40dB. Se compararmos esse valor com
os valores dos ruídos de fundo das salas (com os condicionadores de ar
ligados) constatamos que seis das sete salas não atendem ao critério da norma
enquanto salas de aula. (Tabela 12)

As diferentes tonalidades de vermelho servem para indicar o quão longe o valor


do ruído de fundo está do valor de referência. O vermelho mais claro simboliza
a sala que tem o valor mais próximo do valor de referência, e o vermelho mais
escuro simboliza aquelas que estão mais distantes do padrão de referência.
25

Tabela 12 – Comparativo dos ruídos de fundo


com o valor na NBR 10.152/2017
Valor de referência pela norma 40 dB (ponderado em A)
Valor na sala 201 52,3
Valor na sala 202 49,8
Valor na sala 203 52,2
Valor na sala 204 57,5
Valor na sala 205 56,9
Valor na sala 206 57,9
Valor na sala 207 56,2
Fonte: Elaborado pelo autor

Vale salientar que segundo a norma NBR 10.152/2017, os valores de


referência apresentados “são estabelecidos de acordo com a finalidade de uso
do ambiente no local onde a medição for executada, visando a preservação da
saúde e do bem-estar”. Assim sabemos que qualquer valor acima dos
recomendados irá, em algum grau, afetar a saúde e o bem-estar e também,
conforme já discutido, comprometer o aproveitamento e rendimento em sala de
aula tanto do professor como dos alunos.

22.2 DIRETRIZES PARA MANUTENÇÃO ACÚSTICA DE EDIFICAÇÕES EM


USO

O tratamento acústico em ambientes educacionais deve ser tratado como uma


prioridade. Graças à variedade de soluções para tratamento acústico de
ambientes, nem sempre elas serão complexas, pois soluções simples podem
também ser encontradas. São dois os elementos que precisam ser
considerados quando da construção ou reforma de ambientes: o isolamento
acústico e o condicionamento acústico.

As devidas especificações em projeto e a utilização de materiais corretos


poderá garantir um isolamento e condicionamento apropriados de modo a se
obter níveis de inteligibilidade dentro dos padrões requeridos pelas normas
para unidades de ensino. No caso de salas de aula o ruído de fundo de ser
de no máximo 40dB ponderado na curva A.
26

O isolamento acústico visa proporcionar conforto eliminando, ou colocando


dentro de padrões aceitáveis, os ruídos provenientes dos ambientes vizinhos e
externos. O condicionamento acústico visa proporcionar conforto por meio do
tratamento das superfícies internas ao ambiente.

A primeira coisa que a administração das instituições de ensino deve fazer é


uma avaliação das condições atuais e então iniciar as modificações
necessárias para eliminar a poluição sonora em sala de aula. Profissionais
qualificados têm condições de identificar se existem ou não problemas de
isolamento e reverberação, a fim de subsidiar a elaboração de um
planejamento que contemple as correções das situações adversas
encontradas. Isso significa, aplicar tratamento específico aos problemas
encontrados no ambiente educacional.

Outro aspecto a ser considerado diz respeito aos prédios mais antigos, cuja
manutenção acústica nem sempre é possível. Isso porque, os materiais com os
quais foram construídos sofrem variações ao longo do tempo, gerando brechas
por onde os ruídos escapam, vazam para outros ambientes. Em relação às
construções novas, esses problemas podem também estar presentes, mas não
pelas mesmas razões. De modo geral os problemas acústicos em construções
mais novas estão relacionados às lajes e paredes, que por serem mais finas,
não bloqueiam o som adequadamente.

Como sugestões de medidas a serem tomadas destaca-se que não há como


fazer generalizações, especificar um padrão, pois as soluções são particulares
para cada caso. A seguir, tem-se algumas diretrizes que devem ser avaliadas
em edificações que necessitam reforma ou manutenção:

1. Investir em materiais que sejam isolamentos mais eficientes,


quando se tratar de paredes - Do ponto de vista do isolamento sonoro,
os materiais a serem empregados nas edificações de maneira geral
deverão ser tijolos ou blocos maciços nas partições externas e
internas;

2. Observar as características dos ambientes vizinhos - Paredes


divisórias entre ambientes, especialmente quando um destes for uma
27

sala de aula, deverão se erguer até a cumeeira, a fim de se evitar o


vazamento sonoro;

3. Elevar a eficiência do isolamento – O drywall vem se revelando como


um bom elemento para ser usado em paredes, forros e revestimentos. É
necessário que esse material tenha um laudo ou certificado que informe
sua densidade, que é a característica mais importante para o isolamento
(quanto maior a densidade do material, maior é o isolamento
acústico em todas as frequências);

4. O material utilizado no teto é fundamental – para melhorar o


isolamento, se não houver uma laje separando os ambientes, procurar
usar no teto, materiais mais pesados como drywall por exemplo. Evitar
usar PVC e materiais mais leves com a função de teto onde o
mesmo é que define a separação entre os ambientes.

5. Para aumentar a inteligibilidade no ambiente - procurar usar forros


removíveis, placas acústicas coladas diretamente no teto, painéis nas
paredes entre outras soluções como espuma acústica, lã de rocha ou de
vidro para proporcionar uma melhor absorção do ruído. Estas são as
opções mais utilizadas na criação/melhora de isolamento e para reduzir
a reverberação e garantir inteligibilidade acústica.

6. Não ignore janelas e portas - janelas acústicas são capazes de


proporcionar reduções sonoras equivalentes à sensação psicológica de
60 a 80% no nível de ruídos. As janelas antirruídos têm estrutura
modificada para evitar que os ruídos atrapalhem o andamento das
atividades em salas de aula. Em função do nível de isolamento acústico
pretendido, elas podem ser feitas de vidros duplos ou triplos e têm
caixilhos mais espessos feitos de PVC ou alumínio. Por sua vez, as
portas acústicas utilizadas em salas de ambientes educacionais devem
apresentar padrões de isolamento elevado o suficiente para criarem uma
barreira aos sons oriundos de conversação ou outros de padrões
semelhantes, vindos do ambiente ao redor, como áreas comuns, pátios
e corredores. A função dessas portas é isolar o som/ruído vindo de
outras áreas. Dessa forma, deveriam ser utilizadas as portas de madeira
28

maciça, pois elas propiciam uma barreira melhor do que as que são
ocas ou as de alumínio e vidro, por exemplo.

22.3 DIRETRIZES PARA ANÁLISE DE PROJETOS E AVALIAÇÃO DE OBRAS

As recomendações projetuais e construtivas apresentadas a seguir não tem a


função de obrigar ou exigir que sejam seguidas e implantadas em sua
totalidade, pois não se pretende padronizar os projetos das edificações
escolares. Objetivam, então, garantir um ambiente qualificado acusticamente
ao mesmo tempo que permitem a liberdade compositiva do projeto. O intuito é
que estas recomendações sejam um documento de auxílio aos arquitetos
projetistas das edificações escolares, cabendo ao mesmo as decisões finais de
cada projeto.

LOCALIZAÇÃO

O primeiro ponto a considerar é a implantação das edificações no terreno.


Neste momento deverão ser localizadas as fontes sonoras já existentes no
entorno, tais como o ruído de tráfego e de vizinhos, e locar os edifícios, de
forma a proteger as áreas que requerem maior silêncio, longe das áreas
ruidosas. Terrenos situados em avenidas e ruas muito ruidosas e com grande
fluxo de tráfego não são recomendadas para receberem escolas. Deverão ser
consideradas, também, as fontes sonoras internas na própria escola, como
pátios, estacionamentos, quadras esportivas, sanitários e outras, segregando-
as também, e/ou utilizando-as como áreas de transição.

MEDIÇÕES PRELIMINARES

Se houver disponibilidade de instrumentação, deverão ser feitas medições do


nível de pressão sonora no terreno que foi destinado à instituição de ensino,
para se preverem os níveis de ruído de fundo. Poderá ser elaborado um estudo
através de um mapeamento sonoro, facilitando, assim, a visualização das
áreas mais ruidosas e silenciosas.

RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA ISOLAMENTO

Do ponto de vista do isolamento sonoro, os materiais a serem empregados nas


edificações de maneira geral deverão ser tijolos ou blocos maciços nas
partições externas e internas. No caso de não ser possível, devem-se
29

priorizar tijolos ou blocos mais densos. A estrutura poderá ser a mesma dos
tipos empregados atualmente, convencional com pilares vigas e lajes de
concreto ou alvenaria estrutural. Os tetos das salas de aula deverão ser de laje,
independentemente do número de pavimentos. Quando houver mais de um
pavimento, deverá se prever uma camada de material resiliente na laje, de
forma a se construir um “piso flutuante”. Devem-se evitar materiais metálicos
nos panos dos telhados, pois as telhas metálicas produzem maior nível de
ruído quando sofrem impacto da chuva.

RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA AMBIENTES INTERNOS

No caso das paredes internas, os materiais leves como gesso, madeira e


outros devem ser evitados pois têm menor capacidade de isolamento e sofrem
com o problema da depredação por serem materiais mais “frágeis”.

Frestas e aberturas em paredes, portas ou janelas devem ser evitadas.

Paredes divisórias entre ambientes, especialmente quando um destes for


uma sala de aula, deverão se erguer até a cumeeira, a fim de se evitar o
vazamento sonoro.

Os aparelhos sanitários (vasos, pias, mictórios) não deverão ser locados em


paredes que dividem o banheiro da sala de aula.

A fim de se conseguir um maior isolamento, em casos especiais, poderão ser


usadas janelas com vidros duplos, com espessuras diferentes em cada
lâmina de vidro.

Os caixilhos das portas devem receber um filete de borracha no batente a


fim de se evitarem ruídos decorrentes do fechamento e da utilização das
mesmas, bem como proporcionar um bom selamento. Por serem elementos
“fracos” acusticamente, as portas e janelas não devem ter dimensões muito
grandes e fora dos padrões usuais construtivos.

Os pés das carteiras (mesas e cadeiras) dos alunos devem ter uma capa
de borracha a fim de se evitar o ruído de impacto e o ruído de arrastar.

O ruído de fundo máximo nas salas de aula deve ser de 40 dB(A). Valores
maiores deverão ser reduzidos através da adoção de medidas posteriores à
30

construção da escola. Estas medidas poderão ser a utilização de janelas com


vidro duplo e utilização de muros em substituição a grades e portões,
para servirem como barreiras acústicas.

O pé direito não deverá ser demasiadamente alto, para se evitar um tempo de


reverberação elevado. Caberá ao projetista a definição das dimensões e dos
materiais de revestimento com intuito de garantir um tempo de reverberação
adequado. Recomenda-se que o TR60 seja de 0,5 segundos para as bandas
de freqüência entre 500 e 2k Hz.

A distribuição de material de absorção e reflexão sonora deverá garantir uma


boa distribuição do som em toda sala. Uma opção adequada poderá ser a
colocação de material de reflexão no entorno próximo ao professor, no
piso e na parte central do teto. O material de absorção poderá ser colocado
nas regiões dos encontros entre parede e teto. Esta solução poderá contribuir,
também, para o aumento das reflexões iniciais.

Deve-se tomar cuidado com o material de absorção utilizado e sua posição na


sala, a fim de se evitar o desgaste excessivo e a diminuição da vida útil. Com
relação a geometria da sala, deverão ser evitadas superfícies côncavas,
especialmente na parede do fundo e no teto da sala. Superfícies irregulares
são recomendadas para facilitar o espalhamento sonoro. Vigas cruzando o
teto em qualquer sentido não são recomendadas.

Estas recomendações acústicas devem ser compatibilizadas com diferentes


necessidades ambientais, construtivas, econômicas e outras, cabendo ao
arquiteto projetista a decisão final de cada alternativa. Deverão ser
considerados custos e benefícios, a fim de se obter a solução ideal em cada
caso específico. Por fim, eventuais avaliações pós-ocupação das novas
edificações escolares poderão ser feitas.
31

PRODUTO TÉCNICO/TECNOLÓGICO: CARACTERÍSTICAS RELEVANTES

1 – Qual a área do seu PTT?


Administração pública

2 – Qual o tipo da produção do seu PTT?


Técnica

3 – Qual o subtipo do seu produto técnico?


Serviços técnicos

4 – Natureza do produto técnico.


Documento técnico-científico no formato de relatório técnico conclusivo, com o diagnóstico
realizado e as sugestões para correção.

5 – Duração do desenvolvimento do produto técnico


12 meses

6 – Número de páginas do texto do produto técnico


37

7 – Disponibilidade do documento (PTT).


Restrita (quando a instituição não permite a divulgação do PTT)

X Irrestrita (quando o PTT pode ser disponibilizado no Repositório Institucional, no site do


PPGGP ou da Instituição estudada/beneficiada)

8 – Instituição financiadora
Universidade Federal do Espírito Santo. O custo total do projeto foi de R$6.345, correspondendo
às horas de trabalho, instrumentos de medição, deslocamento e materiais como livros e acessos a
bancos de dados, dos quais 45% foi coberto pela instituição (R$2.845,00) e os outros 55%
(R$3.500,00) foi coberto pelo próprio egresso.

9 – Cidade do PPGGP
Vitória – ES

10 – País
Brasil
32

11 – Qual a forma de divulgação do seu PTT?

X Meio digital – disponibilização do texto em um repositório ou site de acesso público, via


internet.
Vários – disponibilização em uma combinação de, pelo menos, duas modalidades anteriores.

12 – Idioma no qual foi redigido o texto original para divulgação


Português

13– Título do seu PTT em inglês


Per Se Technical Report: Acoustic Diagnosis of Classrooms in the Multimedia Building of the UFES
Arts Center and Suggestions for Corrective Projects.

14– Número do DOI (se houver)

15 – URL do DOI (se houver)

16 –Subtipos – produtos técnico/tecnológicos


Relatório técnico conclusivo “per se”

17– Finalidade do seu PTT


Diagnosticar salas do prédio de Multimeios do Centro de Artes da UFES que apresentam
problemas de ruídos relacionados a acústica e sugerir possíveis soluções a serem contempladas
em projetos corretivos.

18 – Qual o nível de impacto do seu PTT? Marcar apenas uma opção.


Impacto consiste na transformação causada pelo produto técnico/tecnológico no ambiente
(organização, comunidade, localidade, etc.) ao qual se destina.
Alto
X Médio

Baixo

19 – Qual o tipo de demanda do seu PTT?


X Espontânea (Identificou e desenvolveu a pesquisa e o PTT)

Por concorrência (Venceu a concorrência)


Contratada (Solicitação da instituição, sendo ou não remunerado)
33

20 – Qual o impacto do objetivo do seu PTT?


Experimental
X Solução de um problema previamente identificado

Sem um foco de aplicação previamente definido

21 – Qual a área impactada pelo seu PTT?


Econômica
Saúde

X Ensino

Social
Cultural
Ambiental
Científica
Aprendizagem

22 – Qual o tipo de impacto do seu PTT neste momento?

X Potencial (Quando ainda não foi implementado/ adotado pela instituição)

Real (Quando já foi implementado/ adotado pela instituição)

23 – Descreva o tipo de impacto do seu PTT


A execução das sugestões conduzirá a meios de se corrigir os problemas acústicos, o que irá
proporcionar maior conforto, permitindo um melhor aproveitamento das atividades de ensino-
aprendizado ao passo que também irá preservar a saúde vocal dos docentes.

24 – Seu PTT é passível de replicabilidade?

X SIM

NÃO

25 – Qual a abrangência territorial do seu PTT?


Local ( só pode ser aplicado/utilizado na instituição estudada e em outras na mesma
localidade).
Regional (Pode ser aplicado/utilizado em instituições semelhantes em nível regional dentro
do estado).

X Nacional (Pode ser aplicado/utilizado em qualquer instituição semelhante, em todo o


território nacional)
Internacional (Pode ser aplicado/utilizado por qualquer instituição semelhante em outros
países).
34

26 – Qual o grau de complexidade do seu PTT?


Complexidade é o grau de interação dos atores, relações e conhecimentos necessários à
elaboração e ao desenvolvimento de produtos técnico-tecnológicos.
Alta (Quando o PTT contemplou a associação de diferentes novos conhecimentos e atores
-laboratórios, empresas, etc.-para a solução de problemas)

X Média (Quando o PTT contemplou a alteração/adaptação de conhecimentos pré-


estabelecidos por atores diferentes -laboratórios, empresas, etc.- para a solução de
problemas)
Baixa (Quando o PTT utilizou a combinação de conhecimentos pré-estabelecidos por
atores diferentes ou não).

27 – Qual o grau de inovação do seu PTT?


Intensidade do conhecimento inédito na criação e desenvolvimento do produto.
Alto teor inovativo– Inovação radical, mudança de paradigma

Médio teor inovativo – Inovação incremental, com a modificação de conhecimentos pré-


estabelecidos
X Baixo teor inovativo – Inovação adaptativa, com a utilização de conhecimento pré-
existente.
Sem inovação aparente – Quando o PTT é uma replicação de outro trabalho já existente,
desenvolvido para instituições diferentes, usando a mesma metodologia, tecnologia,
autores, etc.
35

28 – Qual o setor da sociedade beneficiado por seu PTT?


Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Indústria da transformação
Água, esgoto, atividade de gestão de resíduos e descontaminação
Construção
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas
Transporte, armazenagem e correio
Alojamento e alimentação
Informação e comunicação
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Atividades imobiliárias
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Atividades administrativas e serviços complementares
Administração pública, Defesa e seguridade social
X Educação

Saúde humana e serviços sociais


Artes, cultura, esporte e recreação
Outras atividades de serviços
Serviços domésticos
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
Indústrias extrativas
Eletricidade e gás

29 – Há declaração de vínculo do seu PTT com o PDI da instituição na qual foi


desenvolvido?
X SIM
NÃO
Descrição do Vínculo: O presente PTT está alinhado com o PDI 2021-2030 da UFES nos
seguintes aspectos:
 Garantir o planejamento integrado de projetos urbanos e prediais;

 Levantar as necessidades reais de infraestrutura, mapear as


deficiências e propor soluções de curto a longo prazo,
considerando as necessidades atuais e decorrentes das novas
ações planejadas;

 Aproveitar a produção científica e tecnológica da Ufes em favor da


própria instituição, integrando discentes, docentes e técnicos
administrativos na construção de projetos que visam melhorar a
infraestrutura da instituição; e

Aprimorar o Plano de Gestão Sustentável das Edificações, como política de sustentabilidade.


(UFES, 2021, p. 102-103, https://pdi.ufes.br/sites/pdi.ufes.br/files/field/anexo/minuta_pdi_2021-
2030.pdf)
36

30 – Houve fomento para o desenvolvimento do seu PTT?


Financiamento
X Cooperação

Não houve

31 – Há registro de propriedade intelectual do seu PTT?


SIM
X NÃO

32 – Qual o estágio atual da tecnologia do seu PTT?


Piloto ou protótipo
X Finalizado ou implantado (Ex : o PTT pode estar finalizado enquanto proposta, feito o
diagnóstico de uma situação o PTT apresenta sugestões para a solução de problemas ou
melhoria do contexto encontrado no início da pesquisa )
Em teste

33– Há transferência de tecnologia ou conhecimento no seu PTT?


SIM (quando foi apreendido total ou parcialmente por servidores da instituição onde foi
desenvolvido a pesquisa da dissertação ou no caso de empresas privadas, ONGs, etc)
X NÃO

34 – URL do seu PTT (colocar na linha seguinte) (Onde ele pode ser encontrado)
http://repositorio.ufes.br/handle/10/879
http://www.gestaopublica.ufes.br/pt-br/pos-graduacao/PGGP/disserta%C3%A7%C3%B5es-defendidas

35 – Observação
A pesquisa confirmou alguns problemas referentes à contratação de construção de edifícios na
Ufes e as consequências que deles resultam, como foi o caso do Prédio de Multimeios, que tem
sete salas de aula com problemas de acústica.

36 – Qual a área do seu PTT?


Administração pública
37

37– Seu PTT está alinhado com qual Linha de Pesquisa e projeto estruturante?
Política, planejamento e governança pública (Linha 1)
Linha 1 - Projeto Estruturante 1 – Governo, políticas públicas e planejamento
Linha 1 - Projeto Estruturante 2 – Governo e gestão no setor público
Tecnologia, inovação e operações no setor público (Linha 2)

X Linha 2 - Projeto Estruturante 3 – Ações e programas finalísticos de


apoio/suporte ao governo
Linha 2 - Projeto Estruturante 4 – Transformação e inovação organizacional

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