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| Cipreste | 15 de Marco de 2011 | 1

É função dum romance levar as pessoas a


pensar, a questionar-se. Se é um romance em
que se chega ao fim e não levantou questões,
não suscitou dúvidas, é um livro insípido

Cipreste
Fernando Mascarenhas| Entrevista P13

1.00 €
II série nº 16 Mensal
15 de Março de 2011
Director: Rui Miranda
Fundado em 1997

Bombeiros com nova


direcção e
velhos problemas

O mês de Fevereiro foi mês de eleições para os pelo caminho.


corpos directivos da Associação Humanitária José Carlos Dias herda um cenário que ele
dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Ca- próprio, como vice-presidente da anterior
valeiros. José Carlos Dias é o novo presidente,
(era o número dois da anterior direcção) depois
direcção, não conseguiu resolver, de desunião
visível dentro da corporação dos bombeiros, e
Chacim manifes-
de ter sido eleito, nas eleições do dia 19. que transpira para a comunidade macedense. tou-se pelo ban-
Ao escrutínio apareceu apenas uma lista. A
intenção de criar uma outra alternativa ficou
Vieram a público muitos protestos. Mas tudo
poderá continuar na mesma.
co que só abre à
segunda-feira
Destaque |P 2
|Macedo P5
Estrada que está a ser construída em cima do IP4 vai ter portagem
Atlético de Ma-

Que Lorpas Que Somos! cedo está a um


passo de garantir
a segunda
|Desporto P8, 9
Restaurante * Residencial

Avenida
almoços
jantares
casamentos
batizados
Tel.: 278 421 236
festas
Av. D. Nuno Álvares Pereira
Macedo de Cavaleiros

quartos equipados: aquecimento central


ar condicionado - wc privativo - televisão

ORÇAMENTOS GRÁTIS
2 | 15 de Marco de 2011 | Cipreste |

bombeiros continuam com muitos problemas


Três anos depois de umas eleições partidarizadas, com uma forte presença dos agentes políticos locais,
e que se queriam unificadoras e apaziguadoras do seio da corporação, esta denota os mesmos proble-
mas, possivelmente agravados por outros, como o facto do quartel estar pronto desde 2009 e, quase
dois anos depois, não estar ocupado.

Reportagem
José Carlos Dias é o novo presidente dos Bombeiros de Macedo

Bombeiros têm nova direcção

alega, verificar as condições da

N
o passado dia 19 e, consequentemente, dos seus mo corpo de bombeiros. Há também uma comunica-
de Fevereiro a As- bombeiros. De registar que, nos ção publicada num blog: http:// nova estrutura.
sociação Huma- comentários a estas noticias ou Quartel abandonado bombeirosparasempre.blogs-
nitária dos Bom- comunicações podem ler-se pot.com, no dia 13 de Feverei- Concorrência desiste
beiros Voluntários de Macedo algumas afirmações graves e É o quartel novo, que está ro com o titulo “bombeiros de
de Cavaleiros, AHBVMC, foi a pessoais. Que, obviamente, a ficar velho, a julgar pela no- Macedo apelam à população” e As últimas eleições foram
votos. Ao escrutínio dos sócios carecem de confirmação e cre- tícia do Correio da Manhã, (ver que no final diz: “o Corpo dos marcadas por um processo que
apareceu apenas uma lista e dibilidade por serem anónimas “À Solta na Net”, pág. 14), que bombeiros voluntários de Ma- envolveu as forças políticas lo-
78 sócios manifestaram-se, ca- e por, muitas vezes, roçarem a aparece como tema central das cedo agradece”, portanto dei- cais, curiosamente, foram a es-
bendo à lista 58 votos a favor, fronteira do respeito mutuo. polémicas. No dia 13 de Feve- xando parecer que representa a crutínio uma lista encabeçada
19 brancos e um nulo. Estas comunicações de- reiro foi palco de uma manifes- corporação, e que apela a que por Benjamim Pinto, irmão do
José Carlos Dias, anterior monstram um evidente clima de tação que levou à colocação de a população vá visitar as ins- presidente da autarquia, e outra
número dois da AHBVMC, é o tensão entre membros do mes- cartazes na sua fachada. talações do novo quartel para, liderada por Tozé Vaz, irmão do
novo presidente. presidente da concelhia do PS.

Corporação descontente Nova Direcção O resultado foi favorável à lista


apoiada pela máquina do PSD.
Passados 3 anos, com a
Pela proximidade do perío- aproximação do período para
do eleitoral ou porque os pro- O Cipreste falou com José Carlos Dias os bombeiros irão para o novo quartel em novas eleições, Tozé Vaz tentou
blemas são muitos e de longo após as eleições. Este mostrou-se indispo- três meses. Como vai ser isso? A corpora- formar uma lista que, afirma,
tempo, nas últimas semanas nível para falar com a nossa reportagem, ção está de acordo? reunisse o consenso dentro da
surgiram a público várias posi- afirmando que só depois de tomar posse e Os bombeiros voluntários de Macedo de corporação, juntando pessoas
ções relativas aos bombeiros de reunir com a direcção é que falaria à co- Cavaleiros são uma corporação coesa? pelo seu valor independente-
de Macedo, que demonstram municação social. Nota-se, nalguns meios, nomeadamente mente das tendências políticas.
o seu descontentamento, tanto Até ao encerramento desta edição não na internet, o aparecimento de muitas vozes No terreno encontrou, afir-
na comunicação social regio- voltamos a estabelecer contacto, mas ficam de bombeiros que se manifestam uns contra ma, novamente a máquina do
nal, como em alguns blogs da algumas questões que era importante ver os outros. Perturba-o? PSD a proteger a sua repre-
internet. Uns de forma aberta, respondidas mas às quais ainda não foi pos- Há muitos bombeiros que acham que a sentatividade nos bombeiros.
outros sobre o anonimato. sível obter resposta: AHBVMC está politizada, concorda? Acusa mesmo Duarte Moreno
Os problemas focados nes- No dia 13 de Fevereiro foram colocados de fazer convites pessoais e
tas notícias e comunicações Quais os principais objectivos do seu uns cartazes no novo quartel, foi a direcção pressões directas para contro-
(das quais transcrevemos al- manifesto eleitoral? da AHBVMC, como entidade proprietária do lar o processo eleitoral. O que o
gumas na rubrica “À Solta na Fazia parte da actual direcção. O que vai imóvel que procedeu à sua remoção? levou a desistir. As razões que
Net”, pág 14) são essencial- mudar agora, que não pôde fazer antes? Por- Houve intervenção directa de Duarte Mo- o moveram estão expressas
mente dois: o novo quartel que quê? reno e/ou Carlos Barroso no processo de es- numa carta aberta que também
cada vez é menos novo. E a Disse a alguma comunicação social que colha da lista que encabeçou à AHBVMC? anda à solta na Internet (ver “À
politização à volta da AHBVMC Solta na Net”, pág 14).
Reportagem | Cipreste | 15 de Marco de 2011 | 3

Estrada no IP4 vai ter portagem

Que Lorpas Que Somos!

Que Lorpas Que Somos


é o titulo de capa do Petição contra as portagens na auto- Petição Isenção de pagamento de por-
Repórter do Marão, de estrada transmontana - a4 tagens na a4 - troço vila real/bragan-
Março, que o Cipreste ça/fronteira de quintanilha
não plagia, subscreve. Exposição de Motivos: desvantagens desta região e
Somos lorpas (pessoa dos seus habitantes que, recor-
de-se, têm rendimentos e opor-
de carácter ingénuo; Contrariando o que o tunidades de desenvolvimento A enviar a Sua Excelência o (…)
adj. e s.m. e s.f. Falto de Primeiro-ministro afirmou no económico muito menores do Primeiro-ministro: 4 – A introdução de porta-
lançamento da auto-estrada que a média dos Portugueses. gens para residentes, volta a
inteligência; estúpido, (…) colocar-nos comparativamente
Transmontana - A4, proclaman- (…)
tolo, parvo. Retardado do que esta seria a “auto-estra- Em suma, o baixo nível dos Constatamos, estar a ser co- ao resto do País, em situação
cuja idade mental se da da justiça”, sem portagens rendimentos médios das popu- locados perante um cenário de desigual, empurrando-nos para
para o utilizador, com excepção lações transmontanas, o dimi- verdadeira injustiça que rejeita- trás, visto não nos ser concedi-
situa entre três e sete dos troços circulares às cidades nuto desenvolvimento econó- mos, (…), injustiça sustentada do o tempo necessário de isen-
anos. (Q.I. compreendi- de Vila Real e de Bragança, o mico, a escassa atractividade ainda nas seguintes razões: ção de utilização de modernas
Governo decidiu introduzir por- de empresas, o facto de outras estradas para acelerar o de-
do entre 20 e 50.) (Sin.:
tagens. regiões do País terem tido, du- 1 – A Auto-estrada entre senvolvimento como aconteceu
débil mental.)) porque Dava como justificação para rante anos a fio, auto-estradas Vila Real e Bragança está a ser com a generalidade do País e
só um povo lorpa permi- esta ausência de pagamento de não portajadas e a inexistên- construída duplicando o IP4, por isso se trata de uma rele-
portagens o facto de o Nordeste cia de vias alternativas, entre sobrepondo-se em quase toda vante injustiça. Volta a verificar-
te que lhe retirem uma Transmontano evidenciar níveis outras razões, fazem com que a extensão, não restando aos se que a solidariedade só ocor-
estrada de ligação rápi- de desenvolvimento muito abai- a introdução de portagens na utentes da Região qualquer al- re no sentido do Interior para o
da, gratuita, e a substi- xo da média nacional, o isola- auto-estrada Transmontana, ternativa, segura e praticável, Litoral, o que é absolutamente
mento deste território e ainda o logo a seguir à sua conclusão, nos tempos actuais e próximos. injusto e inaceitável.
tuam por uma estrada facto de o Distrito de Bragança em toda a sua extensão e com O pagamento de portagens irá (…)
a pagar 8 cêntimos por ser o único do País sem auto- diminutas excepções para os empobrecer ainda mais o já Não aceitamos pois, a deci-
estrada. residentes, seja profundamen- depauperado Povo Transmon- são relativa às portagens. Den-
quilometro. No passado dia 19 de Fe- te prejudicial e injusta para a tano. tro de alguns anos poderá ser
vereiro, em visita ao distrito de economia e para as populações 2 – A isenção de 10 passa- aceitável fazê-lo, não agora,
Um estudante de Ma- Bragança, o Primeiro-Ministro dos distritos de Vila Real e Bra- gens por mês, significa na práti- porque esta tem de ser a nossa
surpreendeu os Nordestinos gança. ca absolutamente nada e o pri- oportunidade para desencravar
cedo que estude em ao afirmar, na aldeia de Samil, O que Peticionamos: meiro passo de evolução para a Região, assegurar um tem-
Bragança irá pagar 5,76 no concelho de Bragança que Face ao exposto, o primeiro o pagamento total de portagens po novo, com novos projectos,
a auto-estrada Transmontana subscritor e os que subscrevem e acomodação do protesto da vencer novos desafios, vencer o
por dia, para ir às aulas, “vai ter o mesmo regime de por- a petição anexa, solicitam a população que não se pode re- atraso sócio económico em que
são 126,00 por mês. Um tagens das Scut”. Sua Excelência o Presidente da ver nesta medida, uma vez que a fronteira e o centralismo nos
trabalhador de Macedo Trata-se de uma afirmação Assembleia da República que a A4 é um eixo estruturante da colocaram, fortalecer a oportu-
inesperada que surpreendeu decida discutir esta matéria, re- Região e de utilização obrigató- nidade em termos regionais e
que trabalhe em Miran- tudo e todos e que, a concre- comendando ao Governo a cor- ria, todo o mês e não uma se- fronteiriços, consolidar a cen-
dela irá pagar 3,68 euros tizar-se, se mostra profunda- recção da orientação assumida mana por mês, a não ser que o tralidade em termos Ibéricos.
mente prejudicial e injusta não neste domínio. Povo Transmontano desista de Os Transmontanos têm no
por dia para ir trabalhar, só para a economia da região, Assim, solicitam ao Gover- trabalhar. seu gene identitário, o sentido
são 80 euros por mês. mas, acima de tudo, para as po- no que altere a decisão de intro- 3 – Trás-os-Montes é cre- do dever e da palavra, por isso,
pulações transmontanas e para duzir portagens na auto-estrada dor de uma dívida Histórica de com respeito, mas com firmeza,
Não há alternativas.
os nordestinos, em particular. Transmontana - A4. que é sujeito passivo o Esta- solicitam ao Senhor Primeiro-
Há duas petições contra Mais: esta decisão vai pre- De igual modo, ao abrigo do do Português e fazer justiça a ministro para manter a isenção
as portagens na futura figurar um retrocesso na tão exercício do direito de petição esta Região, não é só construir de portagens na A4, nos termos
esperada política de coesão e previsto na Lei n.º 43/90, de 10 as necessárias estradas ainda anunciados aquando do lança-
A4. Uma, a “Petição solidariedade nacional com to- de Agosto, os abaixo assinados que, com décadas de atraso re- mento da Concessão, visto que
contra as portagens na das as consequências econó- solicitam: lativamente ao País, sendo Bra- apesar de as condições econó-
micas, sociais, demográficas e Uma moratória de sete anos gança o último distrito a bene- micas no País terem mudado,
auto-estrada transmon-
políticas que facilmente se adi- na cobrança de portagens na ficiar da “revolução do asfalto”, as razões sociais, económicas
tana - a4” é apresenta- vinham. auto-estrada Transmontana - que ocorreu por todo o território e históricas que conduziram a
da pelo presidente da A cobrança de portagens A4. nacional e em alguns casos até essa orientação se manterem”.
manterá, e vai até potenciar, as Os signatários de forma excessiva. Os signatários
câmara de Macedo, a
outra pelo de Bragança. http://peticaopublica.com/Peticao- http://peticaopublica.com/Peticao-
O Cipreste subscreve as
Ver.aspx?pi=P2011N7343 Ver.aspx?pi=P2011N7350
duas. E o leitor?
4 | 15 de Marco de 2011 | Cipreste |

Há que esperar. Esperar com mais velocidade. Já que urge parar a


diabólica fábrica de miséria que o dito Sr. Colocou em marcha. Isso sim,
não esqueceremos, porque é oleada com as lágrimas do povo portu-
guês. Primeiro está sempre Portugal.
Che do Pinheiro

EDITORIAL
Ideias & debate
NOTAS SOLTAS
A
participação democrática e civil nas ins-
tituições é um indicador da liberdade, da
beliões, o obstáculo suficiente n Che do Pinheiro

L
iberdade não qua-
qualidade de vida, do nível cultural, do de-
dra com ignorância. às tão necessárias e propala-
senvolvimento de uma comunidade.
Ao néscio não cabe das reformas. Todas as vitórias
A participação democrática e civil nas instituições
deveria ser um valor a fomentar, livremente.
leque de escolhas. da demagogia, do tacticismo temo a campanha
Na verdade ao processo de político, da falsidade, da menti-
É assim que a comunidade civil dá o seu contributo
desenvolvimento subjaz o alar- ra, se estribam num movediço eleitoral que se
comunitário. As mais das vezes este contributo não é
remunerado, é altruísta, desinteressado, até filantropo.
gamento das possibilidades de palco que impede a mudança. aproxima. Impõe-
opção das pessoas. O aquilatar Ai não? Lembram-se da histó-
De um modo geral as colectividades reúnem mem-
livre e consciente. Aquela cons- ria política da Europa do século se agir. Denunciar.
bros que partilham interesses comuns. Sejam cultu-
ciência que nasce directamente XX? Que me dizem…?
rais, desportivos, ou humanitários. É dessa partilha
da “sabedoria” seja ou não seja Enterremos, se formos capa-
Obstar. O bom
comum que ela própria se desenvolve, que cria o seu
futuro, que nascem ideias, soluções e desafios. É des-
estribada no conhecimento, zes, aqueles tempos em que o samaritano não
que está muito para além da Primeiro-Ministro, tanto se batia
sa partilha comum que nascem os seus líderes, os
execrável e hedionda prosápia para ser considerado engenhei- deixa fazer mal. A
com L grande, que reúnem consensos e legitimamen-
te partilham os objectivos da colectividade.
de uns quantos que, sedutora- ro, tão galhardamente defendia teia, a urdidura é
mente, caçam e manobram a a autoria duns miseráveis e
Mas nem sempre o cenário é tão linear. Há colec-
vontade de muitos que, valha inestéticos riscos que, pompo- escrupulosamente
tividades grandes, que envolvem muitos elementos e
vastos orçamentos. Há colectividades que urge con-
a verdade, as mais das vezes samente, apelidou de casas, tão
montada. É esse o
apenas conviveram com misé- louca e ridiculamente corria nos
trolar, para com elas controlar as influências, ou os
seus orçamentos, ou os votos dos seus elementos.
ria material, moral e intelectual. mais variados lugares e países, seu sonho. É desse
Não se iludam, a escravatura tão corajosa, ridícula e ignoran-
Às vezes este controle é fruto de actos esporádicos
está bem viva. temente verbalizava uma lenga-
sonho que alimenta
de outras organizações, mas muitas vezes este con-
trole é fruto de uma estratégia bem definida, concerta-
Por isso temo a campanha lenga a que chamou espanhol. a sua vida. É essa
eleitoral que se aproxima. Im- Daqui peço desculpa a Cervan-
da com outras acções (o controle de outras colectivi-
põe-se agir. Denunciar. Obstar. tes. – Deixe lá, grande Miguel. teia que cimentada
dades, por exemplo) que visam solidificar no poder os
seus orquestradores.
O bom samaritano não deixa O homem é assim. Tem um to- de demagogia, salpi-
fazer mal. A teia, a urdidura é que português. Não dos bravos
Quando isto acontece é necessário escolher um lí-
escrupulosamente montada. portugueses que deram mundos cada aqui e ali com
der que represente a vontade da instituição-mãe, que
É esse o seu sonho. É desse ao mundo. Este é dos que ficou
seja um tentáculo, não interessa que reúna consenso
sonho que alimenta a sua vida. por cá. Este nunca poderá sentir
grosseiras e ignó-
dentro da colectividade, que integre os seus valores,
mas interessa que possa ser conduzido, e aceitar ser
É essa teia que cimentada de “o rio da minha aldeia”. Ou, re- beis mentiras, há-de
demagogia, salpicada aqui e ali tirando um conceito pessoano;
conduzido, à cadeira de presidente.
com grosseiras e ignóbeis men- exteriorizou-se dentro dele. coartar a liberdade
O resultado, às vezes, funciona. Mas a maior par-
te das vezes cria facções dentro das colectividades.
tiras, há-de coartar a liberdade Há que esperar. Esperar de muitos. Quem
de muitos. Quem me dera exa- com mais velocidade. Já que
Desconforto. Inoperância. Abandono da participação
gerar um palmito do que escre- urge parar a diabólica fábrica me dera exagerar
de associados (que até tinham quotas pagas!). Desin-
teresse pelos valores da colectividade.
vo. Quem me dera. de miséria que o dito Sr. Colo-
um palmito do que
Aliás, antecipo à tomada de cou em marcha. Isso sim, não
O lado visível é que temos instituições que deviam
promover produtos e não o fazem, ou deviam prestar
posse, seja de quem for, aquela esqueceremos, porque é ole- escrevo. Quem me
falta de legitimidade material, ada com as lágrimas do povo
serviços e não estão disponíveis, ou deviam ser con-
que a mentira exprime. É esta, português. Primeiro está sem-
dera.
sensuais e não o são; ou deviam zelar por património
só esta a fonte de todas as re- pre Portugal.
e não zelam; ou deviam inovar e mantém-se obsole-
tas; ou deviam ajudar e não ajudam;
Isto acontece em todo o lado, e em Macedo também.
Rui Miranda

Cipreste
Director: Rui Miranda Redacção: Paulo Nunes dos Santos;
Hugo Anes
Colaboraram nesta edição: Virginia do Carmo, Raquel Mourão;
Ilustração: Fiachra Lennon
Paginação: Edições Imaginarium, Lda.
Publicidade: Eduardo Brea
Impressão: Casa de Trabalho - Bragança; Tiragem: 1.000 ex.
Sede: Edificio Translande Loja, 49 Apartado 82 - 5340 219
Macedo de cavaleiros Telf. /Fax 278 431 421
e-mail: geral@jornalcipreste.com
Sitio Internet: www.jornalcipreste.com
Propriedade e editor: Rui Jorge Miranda da Silva; Macedo de
Cavaleiros
Registado no ICS com o n.º 125688
| Cipreste | 15 de Marco de 2011 | 5
Censos 2011
Já estão no terreno, desde o dia 7 de Março, os recenseadores do Censos 2011. Na freguesia de Macedo de Cavaleiros há 11 recenseado-
res. Numa primeira fase que se estende até 20 de Março, irão a sua casa deixar os formulários, bem como um código de acesso à inter-
net, caso opte pelo preenchimento on-line. Depois do dia 20 os funcionários passam a recolher os formulários e a ajudar o seu preenchi-
mento, caso necessite.
Atenção às fraudes: ninguém lhe vai pedir dinheiro é um serviço gratuito.
Antes do final do ano deveremos saber como se comportou, na última década, Macedo, o concelho, a região e o país.

População de Chacim Manifesta-se pelo banco


Macedo
Caixa Agrícola abre apenas à segunda
C
aixa de Credito Agrícola
pode fechar o segundo
balcão mais antigo do país,
em Chacim. Há 98 anos
que o banco tem um balcão em Chacim,
hoje funciona apenas um dia por sema-
na. À segunda-feira. Durante a semana
a população de Chacim tem apenas
uma caixa multibanco para poder fa-
zer as suas operações. Como o banco
não funciona é uma empresa que está
encarregue de fazer o carregamento do
multibanco, mas a população queixa-se
que muitas vezes está sem dinheiro.
O encerramento do banco de terça
a sexta-feira, não serve os interesses
da população de Chacim, o que motivou
uma manifestação de protesto que reu-
niu no passado dia 7 de Março mais de
uma centena de populares.
Aquela agência bancária serve, não
apenas a população de Chacim, mas
também das aldeias daquela zona que,
na ausência do banco em Chacim terão
que se deslocar a Macedo de Cavaleiros
para tratar das questões bancárias.
Com uma população significativa-
mente idosa, são as reformas e a sua
disponibilidade que preocupam grande Com os custos adicionais inerentes às veis para se deslocar ao banco nesse dia, mesmo assim a afluência de clientes ao
parte das pessoas que se manifestaram deslocações. ou precisar dos seus serviços em qualquer banco foi grande e houve clientes que
em Chacim, onde também se ouviram Os clientes da agência de Chacim ten- outro dia. tiveram que esperar mais de uma hora
muitas queixas contra a funcionária do tam demonstrar que apenas um dia por Na passada segunda-feira, após para poderem ser atendidos.
estabelecimento que acusam de não ter semana é manifestamente insuficiente e uma semana de encerramento, esti- Segundo o presidente da Junta de Fre-
simpatia nem cativar clientes. Por outro que as pessoas podem não estar disponí- veram dois funcionários na agência, guesia de Chacim, José António Génio,
lado ouviram-se elogios vastos à funcio-
Valorizar as nossas terras
em conversações com os responsáveis
nária anterior que terá sido deslocada do banco tentaram propor uma alternati-
para Izeda. va que fosse um meio-termo à situação
O banco já terá manifestado a inten- anterior e presente, que poderia passar
ção de encerrar completamente aquela Apesar de na prática a agencia cro, e que, pelo contrário, tenha pela abertura em três dias por semana ou
agência desde o mês de Junho de 2010. estar quase fechada, na Mensa- uma dimensão social relevante apenas durante a manhã. Mas a agência
O que não aconteceu mas opções de gem do Presidente do Conselho de serviço à comunidade. Assim, mantém-se encerrada quatro dias por se-
gestão terão levado ao corte de cus- Geral e de Supervisão da Caixa estamos frequentemente em lo- mana.
tos na agência que, contactou os seus Central, pode-se ler: cais que outros evitam, por não Muitas foram as pessoas que amea-
clientes por carta para os informar que a os acharem atractivos comer- çaram encerrar as contas daquele ban-
partir do mês de Março de 2011 só abre
“Orgulhamo-nos de que a activi- cialmente, mas onde para nós é co caso se verifique o encerramento da
um dia por semana, à segunda-feira. Se agência.
se verificar o encerramento total as po- dade bancária do Crédito Agríco- importante estar, como forma de
A agência encontra-se em Chacim
pulações ficarão privadas de um serviço la não vise exclusivamente o lu- valorizar as nossas terras.”
desde 2013. Foi a segunda a ser instala-
que só terão em Macedo de Cavaleiros. da em todo o país.

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6 | 15 de Marco de 2011 | Cipreste |
Rural Arcas Há uma década

8 animais fizeram a festa Feira do Folar


dos caçadores nas Arcas em Vilarinho

da junta de freguesia e responsável


A s montarias em Arcas são
motivo de festas, de Rural
Arcas. Este ano realizou-se a 8ª edi-
pela organização da Rural Arcas o
facto de ter havido uma montaria no
ção do evento que junta caçadores, sábado, em Torre de D. Chama, in- V ilarinho de Agrochão mantém a
tradição da feira do folar que re-
não incluiu no seu programa de feiras
nenhuma Feira do Folar, o que deixa es-
caça, visitantes e um mercado de fluenciou a participação nas Arcas. aliza há 10 anos. Para além do folar que paço para o retorno ao apoio à feira de
produtos locais. Também o fato de ter decorrido uma é rei nesta feira que se realizará a 9 e Vilarinho de Agrochão.
10 de Abril, os visitantes que se desloca- O presidente da junta de Vilarinho
Foram 8 os animais abatidos nas Feira do Mel, na sede de concelho
rem a Vilarinho de Agrochão vão poder interpolou, na última Assembleia Munici-
duas montarias que, em duas man- não terá contribuido possitivamente apreciar outros produtos produzidos na pal, o presidente da autarquia no sentido
chas direferentes, decorreram na para a adesão de público em Arcas. freguesia e na região, bem como arte- de requerer o apoio para a realização do
freguesia das Arcas. E poderiam ter O mercado de produtos locais sanato. certame. Algo que Beraldino Pinto não
sido mais, houvesse pontaria afina- contou com a participação de 16 Depois de organizar o certame duran- terá recusado.
da dos 39 caçadores que, ainda as- vendedores, essencialmente locais, te oito anos, a autarquia retirou o apoio A Feira irá decorrer a 9 e 10 de Abril
sim, caçaram no sábado, 6 javalis. que expuseram o que de melhor a financeiro à junta de freguesia, entidade e contará com mais de duas dezenas
O segundo dia de batida contou tera dá e as mãos transformam. organizadora do evento, e deslocou a de expositores, a maioria, locais, que
com 60 caçadores mas apenas 2 A animação foi muita e esteve a car- feira para outra freguesia. Vilarinho de encontram na Feira uma oportunidade
Agrochão, contudo, manteve a Feira do de venda dos seus produtos tradicio-
animais foram abatidos. Os núme- go da prata da casa, no sábado com o
Folar, financiada com o apoio de empre- nais. No dia 10, há semelhança do ano
ros da participação notam um de- grupo Pandegos que animaram o local sários dos concelhos de Bragança, Mi- anterior, será realizado um raid todo-o-
créscimo em relação a anos anterio- com os seus cavaquinhos, no domingo randela e Macedo de Cavaleiros. terreno, evento organizado com parceria
res. Para Artur Parreira, presidente foi a vez dos Toka a Bombar. Este ano a autarquia macedense com o Clube Azibo Aventura.

Sobreda JORNAL CIPRESTE N.º 17 qual manifestou por escrito oposição à alteração
15 DE Março de 2011 CINCO - As alterações agora aprovadas dizem

Idoso encontrado
respeito ao regulamento das construções a executar
MUNICÍPIO DE BRAGANÇA em cada lote, respectivamente, em relação às espe-
CÂMARA MUNICIPAL cificações seguintes:
CINCO PONTO UM – Alteração à especialização

sem vida
EDITAL N° 127/2011 TRÊS PONTO SEIS, passando a constar a seguinte
ALTERAÇÃO AO ALVARÁ DE LICENÇA DE redacção: "Nos lotes 1 a 28 nos imóveis a construir
LOTEAMENTO URBANO COM nenhum piso poderá exceder as áreas previstas nem,
OBRAS DE URBANIZAÇÃO NÚMERO 2/2009 como consequência disso, ser desrespeitados os ali-
CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGANÇA nhamentos definidos no desenho da planta de pro-
jecto de Eoteamento. Será no entanto admissível que
A bílio Borges, de 72 anos, habi-
tante da Sobreda, apareceu sem
vida, na segunda-feira, dia 21 de Feve-
a porta à chave, seriam cerca das 11
horas. Depois da 1 da manhã, deslo-
cou-se à casa do pai mas viu a porta
UM - Faz público, em cumprimento do dispos-
to no art.° 78° do Decreto-Lei n° 555/99, de 16 de
as construções tenham alinhamentos não rectilíneos,
desde que projectados dentro da mancha de constru-
Dezembro, alterado pela Lei n° 60/2007, de 4 de ção prevista. Será também admissível que a fachada
reiro, depois de estar desaparecido des- aberta com sinais de arrombamento. Setembro e pelo Decreto-Lei n° 26/2010, de 30 de do imóvel a edificar no lote número treze, possa ter
de a madrugada desse dia, e com sinais Este terá saído e nunca mais foi visto Março, que foi concedida a alteração ao alvará de elementos salientes, meramente decorativos, sem
licenciamento de loteamento urbano N." 2/2009, qualquer uso habitável, projectados fora da mancha
de hipotermia. com vida. de construção permitida desde que dai resulte na va-
a requerimento de Filipe Nuno Asseiro de Sá, NIF
O idoso residia sozinho na Sobreda A GNR foi alertada e, segunda-feira 220072701 na qualidade de proprietário da parcela lorização estética do imóvel e do conjunto edificado".
e no dia 20, domingo, terá aparentado houve buscas para tentar encontrar Abí- de terreno para construção sita na Rua Dr.a Branca CINCO PONTO DOIS - Alteração à especifica-
sinais de embriaguês, aparecendo em lio Borges. Um chapéu caído perto do Augusta Lopes Chiotte n° 67 {lote n° 13), inscrito ção TRÊS PONTO SETE, passando a constar a
na matriz predial urbana da Freguesia da Sé sob o seguinte redacção: " Nos lotes 1 a 28 nos imóveis
casa de vizinhos apenas coberto com caminho que liga Sobreda a Paradinha artigo número 7663 e descrito na Conservatória do a construir as coberturas deverão ser em telhado
um lençol molhado, os vizinhos alerta- de Besteiros, foi o sinal que levou poste- Registo Predial de Bragança sob o número 4312, a duas águas, revestidas em telha cerâmica ver-
ram um filho, Luís Borges, este esteve riormente à descoberta de Abílio Borges, alvará este emitido em nome CÂMARA MUNICIPAL melha. Sem prejuízo do atrás referido, a cobertura
do imóvel edificado no lote número treze, pode ser
com o pai em casa e, para que não vol- já sem vida, a pouco mais de um quilo- DE BRAGANÇA, que titula a aprovação da opera-
executada em terraço visitável, numa área que em
ção de loteamento com obras de urbanização numa
tasse a sair durante a noite, fechou-lhe metro da aldeia da Sobreda. área de terreno com 20034,30m2, parte de um pré- caso algum ultrapasse 50% da área permitida para
dio rústico inscrito na matriz predial sob o n° 531 da a mancha de construção, e apenas numa das se-
Freguesia da Sé, Concelho de Bragança e descrito guintes situações, voltado para a frente do lote ou
Despiste na EM 553, perto de Meles na Conservatória do Registo Predial de Bragança
sob o número 3760/20050622 com a área total de
voltado para tardoz do lote, não podendo ultrapas-
sar a mancha de construção permitida. A cumeeira

Acidente vítima
50325m2, situado dentro do perímetro urbano da ci- da cobertura em telhado a duas águas, deverá ter
dade de Bragança em zona de expansão habitacio- obrigatoriamente uma altura de 3,50m medida a
nal, definida pela planta de ordenamento do P.D.M., partir da cota superior da laje de tecto do andar. As
que no seu todo confronta de Norte com Maria do lajes de cobertura dos telhados, devem ser execu-
tadas de maneira a que vão ao encontro da laje de

jovem de Lamalonga
Carmo Correia e António Manuel Malnão, de Nas-
cente com Antiga Linha-férrea; de Sul com Maria tecto do andar, na intersecção desta com o plano
dos Prazeres Correia e de Poente com Caminho vertical das fachadas frente e a tardoz, respectiva-
Público e Maria do Carmo Correia mente, podendo apenas uma delas ter uma maior
DOIS - A alteração constante foi aprovada por de- inclinação indo sempre ao encontro da laje de tecto
liberação tomada em reunião ordiná desta Câmara do andar e nunca ultrapassando a intercepção desta
Municipal realizada no dia vinte e quatro de Janeiro com o plano vertical da fachada respectiva"
Os jovens estariam de regresso a SEIS - Mantêm-se todas as demais especifica-
A manhã do dia 6 de Março foi trá-
gica para um jovem de 22 anos,
de Lamalonga, vítima de um acidente de
casa depois de terem passado a noite
em Macedo de Cavaleiros. Dadas as cir-
de dois mil e onze,
TRÊS - O licenciamento respeita a Planta de
Ordenamento da Cidade de Bragança e demais
ções não alteradas e constantes no alvará de lote-
amento inicial
condições técnicas contidas no PDM actualmente Da concessão deste alvará vai ser dada imediata
automóvel. cunstâncias, uma das causas que che- em vigor. Respeita também o parecer emitido pela publicidade, para todos os efeitos
O acidente ocorreu na estrada muni- gou a ser pontada como origem do des- Divisão de Urbanismo desta Câmara Municipal em prescritos no artigo 78° do Decreto-Lei n° 555/99,
cipal 553, perto da aldeia de Meles quan- piste era o álcool, mas os testes à taxa onze de Janeiro de dois mil e onze de 16 de Dezembro, alterado peia Lei n°60/2007,
QUATRO - Foi dado cumprimento ao preceitua- de 4 de Setembro e pelo Decreto-Lei n° 26/2010,
do eram cerca das 7 horas da manhã. O de álcool no sangue revelaram 0.0 0 g/L. do no n° 3 do artigo 27° do Decreto-Lei n° 555/99, de 30 de Março
veículo transportava três pessoas, todos Ao local socorreram os bombeiros de 16 de Dezembro, alterado pela Lei n° 60/2007, O PRESIDENTE DA CÂMARA
eles primos e residentes em Lamalonga de Macedo de Cavaleiros que ali fize- de 4 de Setembro e pelo Decreto-Lei n° 26/2010, António Jorge Nunes (Eng.° Civil)
de 30 de Março. Tendo sido contactados todos os REGISTADO NA CÂMARA MUNICIPAL DE BRA-
e Vilarinho de Agrochão, com idades en- ram deslocar o helicóptero do INEM, GANÇA, EM 26 DE JANEIRO DE 2011.
proprietários dos restantes lotes foram presentes
tre 22 e 23 anos. A vítima mortal tinha 22 três ambulâncias e uma viatura de des- declarações escritas de nào oposição às alterações O COORDENADOR TÉCNICO, LIC., FERNAN-
anos e era de Lamalonga. carceramento. pretendidas, excepto o proprietário do Lote n° 1, o DO JORGE TEIXEIRA
| Cipreste | 15 de Marco de 2011 | 7
8 | 15 de Marco de 2011 | Cipreste |

Morais quer regressar à 3ª


O Morais Futebol Clube está a caminho da terceira divisão, novamente. A equipa treinada por Marcelo,
lidera o campeonato da distrital de Bragança com um ponto sobre o segundo classificado, o Torre de
Moncorvo. Apenas estas duas equipas estão na luta para subir de escalão. Dia 27 de Março o Morais des-
loca-se a Moncorvo naquele que poderá ser o jogo do campeonato. Recorde-se que, em casa, o Morais
venceu o Moncorvo por 4-0.

Atlético de Macedo
Desporto
A um passo da história
O Atlético de Macedo está a
um pequeno passo de fazer his-
tória, se é que não a está a fazer
já. Faltam muito poucos pontos
para que a equipa orientada por
Rui Vilarinho garanta a perma-
nência na segunda divisão na-
cional.
Este objectivo parecia garan-
tido há cerca de um mês, mas
os últimos jogos têm dificultado
as contas à equipa macedense.
Após a jornada 20, que se
disputou em 20 de Fevereiro, o
Atlético de Macedo estava no
quarto lugar com 31 pontos. Na
jornada seguinte foi à Madeira
perder com a equipa do Caniçal,
recebeu o Visela, seu adversá-
rio directo, com quem empatou
a um golo e foi, na última jorna-
da, a casa do Lousada, também amarelo, que, no entanto, viram petitivo (há 9 equipas separadas apoio da sua massa associativa, tava posição com 32 pontos, 3
seu adversário directo, perder o seu esforço recompensado ao por 7 pontos, todas com futuro chegando mesmo a afirmar que pontos acima do lugar que ga-
por duas bolas a uma. reduzir através da marcação de incerto) e que é necessário con- o publico é o 12º jogador, que rante a permanência na segun-
A perder por uma bola ao uma grande penalidade. Falta- tinuar a trabalhar para garantir muitas vezes pode fazer a dife- da divisão. A próxima jornada,
intervalo, o Macedo viu o adver- vam 12 minutos para o fim do os objectivos. O apoio do pú- rença. Mais do que muito publico dia 20 de Fevereiro, defronta o
sário aumentar a vantagem aos jogo mas a equipa da casa sou- blico (que também se fez ouvir interessa que seja público capaz Chaves, 3º classificado, num
18 minutos da segunda parte, be guardar a vantagem. em Lousada) é muito importante de puxar pela sua equipa. jogo em que a vitória é um gran-
tornando ainda mais difícil o tra- Rui Vilarinho destaca que para o técnico do Macedo, para Após a jornada 23 o Atlético de passo para os objectivos da
balho dos homens de verde e este campeonato é muito com- que a equipa sinta que tem o de Macedo encontra-se na oi- época.

Dia 20 de Março, organizado pela ACDR Bela Vista

BTT Azibo numero de inscritos verificado

A
Associação Cultural um primeiro reabastecimento
Desportiva e Recre- em edições anteriores. e às 12.00, porque pedalar
ativa da Bela Vista, O Azibo, que baptiza a pro- requer muita energia, haverá
ACDR Bela Vista, volta a dar va, será o cenário que acom- um novo reabastecimento. Às
que pedalar em Macedo. Dia panhará os ciclistas durante 14.00, hora em que se espe-
20 de Março realiza-se mais grande parte do trajecto, quer ra já todos os participantes
um BTT Azibo, prova a contar na modalidade de maratona, tenham cortado a meta, será
para o Open Regional de Ma- quer na de meia-maratona. servido um almoço convívio
ratona em BTT, uma compe- As provas terão início no entre os participantes das pro-
tição da Associação Regional jardim 1º de Maio, no centro da vas.
de Ciclismo e Ciclo-Turismo cidade de Macedo de Cavalei- As inscrições, bem como
de Bragança. ros, onde partirão os ciclistas, outras informações podem ser
A prova conta já com uma pelas 9 horas da manhã, rumo obtidas no sítio da ACDR Be-
centena de inscritos e a espe- ao Azibo e às montanhas do lavista na Internet, em www.
ra-se que possa ultrapassar o concelho. Às 10.00 h haverá acdrbelavista.com.
| Cipreste | 15 de Marco de 2011 | 9
ACDR Bela Vista não defende título

Torneio de Freguesias
Classificações Grupo A
Posição Equipas J V E D Golos Pontos
1 CHNE 2 2 0 0 14:4 6
2 Olmos 2 1 1 0 6:3 4
3 Vilariinho 2 1 0 1 4:6 3
Agrochão
4 Bornes 2 0 1 1 4:10 1
5 Cernadela 2 0 0 2 3:8 0

Classificações Grupo B
Posição Equipas J V E D Golos Pontos
1 Nogueirinha 3 3 0 0 22:8 9
2 Macedo 2 3 2 1 0 13:5 7
3 Lamas 3 2 0 1 11:9 6
4 Grijó 3 1 1 1 10:10 4
5 Vimont 3 0 0 3 4:18 0
6 Carrapatas 3 0 0 3 8:15 0

Classificações Grupo C
Posição Equipas J V E D Golos Pontos
1 Amendoeira 3 2 0 1 18:15 6
2 Feira S. 2 1 1 0 4:3 4
Pedro
3 Mogrão 2 1 0 1 9:6 3
4 Vale 3 1 0 2 11:15 3
Prados
5 GNR 2 0 1 1 2:5 1

Classificações Grupo D
Posição Equipas J V E D Golos Pontos

A
nona edição do Tor- representada com duas equi- aconteceu no dia 25 de Feve-
1 Lagoa 3 3 0 0 19:4 9
neio de Freguesias pas: Macedo I Macedo II; para reiro e o lesionado foi um jo-
já rola. Vinte e uma além destas equipas e como já gador do Mogrão, no passado 2 Macedo I 3 2 0 1 9:9 6
equipas disputam o troféu que vem sendo hábito há também domingo, dia 13 a ambulância 3 Salselas 2 1 0 1 8:6 3
na última edição foi conquista- a equipa da GNR, uma equipa foi chamada por causa de uma
do pela equipa da ACDR Bela do Centro Hospitalar do Nor- lesão do guarda-redes do Ma- 4 Travanca 2 0 0 2 4:11 0
Vista. A grande maioria das deste, CHNE, uma equipa cedo II. Em nenhum dos casos 5 Castelãos 2 0 0 2 1:11 0
equipas, 17, representa fre- da Vimont, uma asociação da houve lesão com gravidade.
guesias do concelho de Mace- freguesia de Vilar do Monte e, Até esta fase do torneio a
do de Cavaleiros: novidade, uma equipa da As- equipa de Nogueirinha regista
Vilarinho de Agrochão; sociação Comercial de Mace- o melhor ataque, com 22 go-
Bornes; Olmos; Cernadela; do: ACIMC – F. S. Pedro. los marcados, e a equipa da
Lamas; Grijó; Carrapatas; A equipa que ganhou a an- Vimont a pior defesa, com 18
Nogueirinha; Vale de Pra- terior edição, este ano não se golos sofridos.
dos; Amendoeira; Mogrão; apresentou a disputar o troféu. O torneio tem levado muito
Salselas; Lagoa; Castelãos; Durante o torneio houve a público ao pavilhão municipal
Travanca; estando a fregue- necessidade de socorrer dois nos fins-de-semana desde o
sia de Macedo de cavaleiros atletas por lesão, o primeiro dia 19 de Fevereiro.

Classificações
23ª Jornada (13/03/2011) Subida 17ª Jornada (06/03/2011) 17ª Jornada (05/03/2011)
CF Andorinha  3 - 2  Tirsense 1ª Jornada (27/03/2011) CF Nogueirense  4 - 5  Ambos os Rios
2ª Divisão Zona Norte

3ª Divisão Série A Futsal

 CCR Lamas  1 - 4  Talhas


3ª Divisão Série A

Distrital AF Bragança

AD Oliveirense  2 - 1  Merelinense Mirandela  - Esposende FC Vinhais  2 - 1  Alfandeguense CCDAT EPB  4 - 4  Contacto


Bragança  2-2  Fafe Fão - Melgacense Mirandês  0 - 1  Minas de Argozelo Gualtar  4 - 4  Fundação MC
Ribeirão  2-2  U. Madeira Limianos - Vianense Águia Vimioso  3 - 0  Carção Amigos De Cerva  9 - 0  Piratas de Creixomil
Pontassolense  0- 1  Camacha Torre Moncorvo  8 - 1  GD Sendim Desp. Aves  3 - 2  Macedense
Chaves  1- 0  Marítimo B Classificação Morais FC  3-0  Rebordelo Carrazeda 7- 7  Valpaços Futsal
AD Lousada  2 - 1  Macedo 1 Limianos 21 Paredes descansa
2 Mirandela 20 Classificação
Vizela  2-1  Caniçal
3 Melgacense 19 1 Morais FC 49
Classificação Classificação
4 Vianense 19 2 Torre Moncorvo 48
1 3 1 Piratas de Crixomil 37
U. Madeira 51 5 Fão 16 Argozelo 32
2 Macedense 36
2 Tirsense 45 6 Esposende 16 4 Vinhais 31
3 Chaves 40 5 Alfandeguense 29 3 Desportivo das Aves 35
4 6 4 CCDAT EPB 32
Fafe 35 Manuntenção Águia Vimioso 23
5 31
5 Camacha 35 1ª Jornada (27/03/2011)
7 Mirandês 22 Fundação MC
6 Vizela 33 8 CCR Lamas 18 6 Paredes 24
7 Lousada 33 FC Amares  - Maria da Fonte 9 Talhas 14 7 Carrazeda de Ansiães 21
8 Macedo 32 Santa Maria - Caç. Taipas 10 Rebordelo 12 8 Valpaços Futsal 20
9 AD Oliveirense 32 Valenciano - Vieira 11 Sendim 11 9 Gualtar 20
10 Merelinense 29 12 Caeção 4 10 Contacto 18
11 Maritimo B 29 Classificação 11 CF Nogueirense 13
1 18ª Jornada (20/03/2011)
12 Ribeirão 28 FC Amares 14 12 Ambos os Rios 6
13 Caniçal 26 2 Vieira 14  Alfandeguense -  Talhas 13 Amigos De Cerva 3
14 CF Andorinha 24 3 Maria da Fonte 14  Minas de Argozelo - FC Vinhais 
15 Bragança 14 4 Santa Maria 14  Carção - Mirandês  18ª Jornada (19/03/2011)
16 Pontassolense 12 5 Caç. Taipas 12 GD Sendim  - Águia Vimioso  Paredes  - CF Nogueirense
6 Valenciano 3 Rebordelo - Torre Moncorvo 
24ª Jornada (20/03/2011) Gualtar  -  Contacto
Morais FC  -  CCR Lamas Amigos De Cerva  -
 Merelinense -   Tirsense  Fundação MC
 Fafe -  AD Oliveirense Desp. Aves  -  Piratas de Creixomil
 U. Madeira -  Bragança Carrazeda -  Macedense
 Camacha -  Ribeirão Valpaços  - Ambos os Rios
 Marítimo B -  Pontassolense CCDAT EPB descansa
 Macedo -  Chaves
 Caniçal  -  AD Lousada * O Futsal Clube de Mondim de
Vizela - CF Andorinha Basto desistiu da competição
10 | 15 de Marco de 2011 | Cipreste |

Pequenos electrodimésticos
Artigos de decoração
Loiças
Vidros e cristais
Brinquedos
Artigos de papelaria
Artigos de limpesa
Calçado
Estacionamento Vestuário
Artigos de iluminação
próprio Bricolage
Ferramentas

a maior loja de utilidades


da região

Via Sul - Macedo de Cavaleiros


| Cipreste | 15 de Marco de 2011 | 11
Rede de Bibliotecas de Macedo de Cavaleiros
A partir de 17 de Março a Biblioteca Municipal, as Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas e o Serviço de Docu-
mentação e Informação do Instituto Piaget – Campus Académico do Nordeste (Macedo de Cavaleiros) vão estar reunidas
em rede.
O publico poderá, atraves do acesso a um portal, encontrar informação partilhada pelas bibliotecas.

Cultura
Desfile nocturno animou Macedo
Artes circenses,
pirotécnica, bai-
larinos, barulho
e música, pro-
fissionais, ama-
dores, imagina-
ção, movimento,
humor e a parti-
cipação de duas
dezenas de
colectividades
que envolveram
varias centenas
de figurantes,
foi a receita
para o desfile
nocturno, que
percorreu Mace-
do na noite do
dia 6 de Março.
Uma novidade
promovida pela
autarquia ma-
cedense que o
muito publico
ajudou a trans-
formar em festa.
12 | 15 de Marco de 2011 | Cipreste | Cultura

horóscopo ler ouvir


Capricórnio É natural que se sinta mais O Fio à Meada
atraído por assuntos de cariz James Blake
22 de Dezembro
pessoal e íntimo, não tente lu- Diálogos
tar contra isso. James Blake
19 de Janeiro Imprevistos Com um estilo de produção
Vários electrónica singularmente emo-
Aquário Nesta época deverá atribuir
cional e tão profundamente pes-
maior importância aos que
soal e apaixonado como são a
ama, e aos que em si depo-
20 de Janeiro sua voz e a sua forma de com-
sitama a sua confiança. São
18 de Fevereiro por, James Blake está a con-
eles que completam a vida.
quistar um lugar absolutamente
Peixes Possível sucesso num empre- único no universo musical. As
endimento ou negócio, portano canções de James Blake pos-
será uma boa altura para arris- suem uma graça e uma alma
19 de Fevereiro invulgares, caracterizam-se por
car, ainda que de forma regra-
20 de Março da e mantendo garantias. uma honestidade divertida e ca-
tivante. n
Carneiro Período de grande importância
para as amizades, e o contac-
21 de Março
to com o outro. Tente sair mais
“O Fio à Meada” é uma
Aurea
e participar em actividades de
20 de Abril grupo.
colecção de diálogos imagina- Aurea
dos entre figuras improváveis,
escrita por autores experien- Aurea tem a voz do tamanho
Touro Altura de grandes e fortes do mundo e a sua música tam-
emoções, e um momento pro- tes e cheios de criatividade,
que colocam frente-a-frente fi- bém não conhece fronteiras. O
21 de Abril pício para iniciar ou aprofundar talento de Aurea para cantar é
uma relação amorosa. guras pequenas e gigantes da
20 de Maio história nacional e internacio- inato e é um dom que não es-
nal, reais e divinas. Uma lei- colhe qualquer um. A vocação,
Evite ficar sozinho, o isola- essa, está-lhe nos genes, na
Gémeos tura interessante e leve, para
mento causa-lhe melancolia ficar bem-disposto.. n vida da sua família que sempre
e mau-estar. Aproxime-se dos foi muito musical. Aurea quer re-
21 de Maio clamar o seu lugar no mundo da
seus amigos e família.
20 de Junho As Mais Belas música, e ela certamente tem o
mérito para conquistar. n
Caranguejo Período óptimo para todos os Fábulas de La
assuntos relacionados com
Fontaine
ver
trabalho, aproveite para se
21 de Junho
lançar em novos projectos. Jean de la Fontaine
22 de Julho

Leão Dê maior atenção aos afectos,


especialmente aos que lhe A Lenda dos Guardiões
são mais próximos, até por-
23 de Julho Emilie De Ravin/Abbie Cornish, Zack Snyder
que a sua expressão estará
22 de Agosto em cima.
Soren é um jovem mocho
Virgem Tenha cuidado com o consu- que adora as histórias que o seu
mismo, a necessidade de ter pai lhe conta sobre os Guardi-
coisas superfulas. Nem tudo ões de Ga`Hoole, um bando
23 de Agosto
na vida se compra. de guerreiros que defendem a
22 de Setembro nação dos mochos contra os
Um clássico da literatura Pure Ones. O seu grande so-
Balança Neste momento da sua vida,
infantil, sempre actual, e tan- nho é juntar-se ao seus heróis,
está a ganhar uma maior cons- ao contrário do seu irmão mais
tas vezes presente na vida
ciência de si. Utilize o auto-co- velho, Kludd, que apenas ridi-
23 de Setembro real. Esta colectânea de 35
nhecimento para evoluir. culariza a ideia. Um dia, os dois
22 de Outubro fábulas de La Fontaine é uma
delícia para graúdos e miú- irmãos caem da árvore onde
dos, a leitura ideal antes de estão e são capturados pelos
Escorpião Tenha em atenção as extrava- Pure Ones. Agora cabe a Soren
gâncias, apesar de atravessar dormir, uma obra inesquecível
cheia de lições importantes e tentar escapar e encontrar a
23 de Outubro um bome período financeiro. Grande Árvore, o lar dos famo-
necessárias. Dê aos seus fi-
21 de Novembro lhos um pedaço de sabedoria sos Guardiões - a única espe-
que tem atravessado as gera- rança que ele tem para salvar o
Sagitário Irá sentir uma energia invul- ções. n reino dos mochos...n
gar e uma enorme vontade de
fazer algo, abraçar um novo
22 de Novembro
projecto. Ofício Cantante
21 de Dezembro
Herberto Helder O Escritor Fantasma

Electro
Roman Polansky
Roman Polansky de

Cruz
regresso, ainda rodeado
a nível pessoal de intrigas
e acusações, mas profis-
sionalmente irrepriensível.
Continua a ter olho mágico,
neste suspense político, re-
cheado de intrigas, traições
e mistério. O filme conta a
hstória de uma escritor, in-
Electricidade - Redes informáticas terpretado por Ewan Mc-
Gregor, contratado para
Aquecimento electrico Esta é uma nova versão da terminar as memórias de
obra “Abrasivas” publicada em um ex-primeiro ministro bri-
Orçamentos Grátis 2005, em que são revisitados tânico, interpretado por um
os textos intensos e curtos, em muito sério Pierce Brosnan,
formas breves como o texto após a morte do seu escritor
mariocruzsousa@hotmail.com proverbial e o micro-conto. Um fantasma. Com a acusação
Telef. 278 108 755 Telm: 964 965 490 935 188 404 livro para ir lendo e guardando do envolvimento do político
Bairro da Sagrada Família R. Santa Maria, 6 as palavras cheias de signifi- em crimes de guerra, o tra-
5340 070 Carrapatas Macedo de Cavaleiros cância e ritmo. n balho torna-se perigoso. n
Publicidade | Cipreste | 15 de Marco de 2011 | 13

No primeiro livro que escrevi não tinha intenção de escrever


aquele livro, a ideia inicial era escrever algumas memórias, mas à
medida que a história se foi desenvolvendo eu fui-me sentido apa-
nhado por ela. De facto as personagens vão impondo uma derter-
minada orientação à história.

Entrevista com: Fernando Jorge Mascarenhas


Entrevista
“Vertigem, não
é um livro de fi-
losofia, mas tem
questões”
Porquê Vertigem? Há histórias em aberto, que novo livro em que ele seja um levantou questões, não suscitou que lhe descreve a Maçonaria
Nos três livros que escrevi ficam à imaginação do leitor, personagem? dúvidas, é um livro insosso. como uma coisa tolerante.
tive três experiências diferentes como a do próprio João, ou Se houver um desenvolvi-
para escolher o nome. Neste li- do filho. Que é a história de al- mento dessa história não poderei No caso do João, quando Mas a Opus Dei é descrita
vro estive até ao fim com grande guém que teve um passado de deixar de ter em consideração ele regressa do coma tem me- como castrante do livre arbi-
dúvida para escolher o nome. drogas dificil, com uma relação essa página e essa actitude dele. mórias daquele periodo. Isso trio e da liberdade humana.
De alguma forma a história complicada com o pai, mas que tem suporte científico? E de certa forma é, é conhe-
do João que está em coma é se regenera, tem uma conversa Não sei se é possivel para cida por ser uma ordem muito
uma história de vertigem… com o pai, ainda em coma, em o mundo científico, mas para exigente, mesmo fisicamente.

Para além do joão há uma


que há uma catarse e abre ca-
minho a uma reconciliação.
As personagens vão o romancista é. O grande di- Sobre a Maçonaria o que apa-
lema do João é que, se ele rece são os principios, é os
outra história.
Poderá considerar-se que
Nessa conversa ele dirige-
se ao autor, seu criador, chega
assumindo uma está perfeitamente consciente, principios são gerais, se a Ma-
então o que aconteceu ao cor- çonaria na prática corresponde
há coisas comuns nos três li- a ameaçar o autor, sito: “mas determinada per- po? Ou se existe sem corpo. a esses principios ou não, não
vros, ao acabar o primiero en- ele que não tente fazer o mes- Daqui impõem-se uma dúvida é referido, isso é apenas a opi-
tendi que havia matéria para mo comigo, aliás, se era isso sonalidade que vai do universo do dualismo car- nião do Barbosa que vê a Ma-
criar um segundo ao acabar o que ele queria já se deu mal”, tesiano de Descartes. Poderá çonaria com benovolência.
segundo entendi que havia ma- “ele que não tente apagar do ficando vincada e existir apenas como espirito?
téria para um terceiro livro… computador isto que estou aqui Mas, quando regressa do coma
a dizer, porque se tentar, então se vai impondo acaba por dizer que faz todo o
Mas está aberto o cami- que me espere num proximo sentido o Erro de Descartes, do
nho para um quarto livro que queira escrever e vai Damásio. há coisas comuns
Claro que está. Um roman- ver como elas mordem”. A parte do coma do João,
ce deste tipo não tem que ser que designa por Trevas, é um Retomando à história do nos três livros, ao
fechado. Como é que se lida com espaço de introspecção onde Rosa Cruz, este tinha uma
uma ameaça desse género? nascem muitas perguntas. amiga íntima, que era a Gra- acabar o primiero
Com algum receio da ame- Numa página, com cerca de ça, uma parte da história é
aça e respeito pela actitude da trinta linhas, contei mais de sobre a ida de Graça para a entendi que havia
Há histórias em personagem. É uma situação cinquenta pontos de interro- Opus Dei, da qual traça um
interessante que até não me gação. Isto é um livro de per- cenário muito negro. matéria para criar
aberto, que ficam recordo de ter visto situação se- guntas?
melhante, mas porque não? Ele está cheio de perguntas
O retrato resulta bastante ne-
gativo mas é conhecido. O livro um segundo ao
à imaginação do de dúvidas. Nessa parte que diz
Isto deixa-nos uma ques- respeito ao Dr João é um livro
que é referido no texto, sobre a
Opus Dei, não existe, mas há ou-
acabar o segundo
leitor, como a do tão: o escritor cria a persona- de perguntas.
gem, mas é, de algum modo, Numa apresentação que foi
tros livros que relatam experien-
cias de quem viveu a opus dei e
entendi que havia
próprio João, ou do influenciado pelo objecto da feita por Esteves Rei na FNAC depois saiu e é o que refletem.
sua criação? no Porto ele dizia que era o livro matéria para um
filho No primeiro livro que escrevi que conhecia com maior núme-
não tinha intenção de escrever ro de pontos de interrogação
Depois fala do Rosa Cruz,
que terá tido um avô com
terceiro livro
aquele livro, a ideia inicial era por centimetro quadrado. passado ligado à maçona-
escrever algumas memórias, Isso verifica-se nessa parte, ria, que descreve como uma Mesmo que não haja con-
Mas há aqui histórias que mas à medida que a história no resto do livro é um romance coisa boa. É mesmo assim, a tinuação destas histórias, a
ficam fechadas, como a his- se foi desenvolvendo eu fui-me com uma estrutura comum. Opus dei é uma coisa má e a sua experiencia como escri-
tória do Rosa Cruz. Ele é de sentido apanhado por ela. De Não é um livro de filosofia, maçonaria uma coisa boa? tor é para continuar?
facto a personagem principal facto as personagens vão im- mas tem questões. Não há da parte do autor a Sim, tenho uma ideia na ca-
do livro? Há uma altura em pondo uma derterminada orien- intenção de referir uma como baça mas ainda não conseguiu
que parece ser o filho do Dr. tação à história. É função dum livro criar boa e outra como má. Resulta é arrancar.
João o personagem central… As personagens vão assu- questões? do desenvolvimento da história
Há varias personagens princi- mindo uma determinada perso- Tambem pode ser dar respos- que, num determinado conceito O joão Manuel também
pais. Há várias histórias. Mas o re- nalidade que vai ficando vinca- tas, principalmente se for um en- a Opus Dei é uma coisa má por- vai ser uma personagem?
levo fundamental é do Rosa Cruz. da e se vai impondo. saio. Mas é função dum roman- que está a privar o Rosa Cruz e Não, não, deste fica de
Tem noção de que o facto ce levar as pessoas a pensar, a as tias de uma coisa boa, que é fora. A ideia ainda está imber-
Se houver continuidade do João Manuel ter dito aqui- questionar-se. Se é um romance a companhia da Graça. E, de- be mas haverá um regresso às
passa por quem? lo irá influenciar um provável em que se chega ao fim e não pois, há um amigo, o Barbosa, origens.
14 | 15 de Marco de 2011 | Cipreste |

PEC de feijão com espinafres

http://noticias.sapo.pt/cartoon/

A solta na net
Domingo, 13 de Fevereiro de 2011
Bombeiros de
Macedo Apelam
à . População
Nesles úllimos lempos lemo-nos sujeitado à crilica e não
nos lemos feilo ouvir, hoje é o dia do nosso grilo de revolta'
Convém a Iodos os Macedenses saber que o quarlel novo,
não eslá acabado e tem problemas estruturais graves. Convém
Tambem saber que é desejo do Corpo Activo em irmos para o
novo quarlel o mais breve possível, no enlanlo, lem que reu-
nir condições óplimas para que nós possamos lá eslar. não é
colocando lá mobília usada que eslas condições eslâo garanli-
das. eslas aliludes de s pró pó s liadas e arroganles, em nada
abonam à operacionalidade dos Bombeiros e eslá-se a querer
lapar o sol com a peneira, não é com comenlános feilos pelos
Macedenses que se manifeslam sem conhecimenlo de causa
que o nosso problema [ e vosso lambem (será resolvido
Eslão desafiados em visilar as instalações do * quarlel novo
* dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros e pe-
çam para que alguém lhe abra a porta, sem receios, para que
lenham uma noção do quanto há ainda a fazer e para que pa-
rem de nos julgar'
Convém que os Macedenses saibam a verdade de lodo
este processo que nos envergonha e que nos limila. Antes que
seja tarde demais, OLHE POR NÓS, PARA QUE POSSAMOS
OLHAR POR SI"
Antes de ir volar para a próxima Direcção que vai olhar
pelos destinos dos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros, não
olhe à cor pohlica e sim olhe pela sua segurança'
Exigir é fácil, mas trabalhar é extremamente difícil e neslas
condições onde impera a hipocrisia e a falta de diálogo, é im-
possível'
Para que o amanhã seja mais seguro para Iodos, manifes-
tamo-nos'
O Corpo Aclivo dos Bombeiros Voluntários de Macedo de
Cavaleiros agradece

http://bombeirosparasempre.blogspot.
com/2011/02/bombeiros-de-macedo-apelam-
populacao.html

http://bombeirosparasempre.blogspot.
com/2011/02/bombeiros-de-macedo-de-
cavaleiros-de.html

Macedo de Cavaleiros são cada vez mais evidentes. O sulta de um projecto com mais O vice-presidente da Câma- O CM não conseguiu uma
Novo quartel apodrece caso resulta de um impasse en- de 11 anos e que está desactua- ra de Macedo, Duarte Moreno, reacção do presidente da As-
vazio tre a direcção e o comando dos lizado das necessidades de uma também admite que este e um sociação Humanitária dos
bombeiros. corporação. "Não tem vestiários problema, no mínimo, "estra- bombeiros de Macedo, nem
O novo quartel dos Bombei- Â deterioração externa do nem camaratas condignas e não nho". No entanto, diz, a autarquia do comandante, que aguarda
ros Voluntários de Macedo de edifício é visível, mas e no in- está preparado para receber "não pode mandar na casa dos eleições para a direcção para
Cavaleiros, concluído há três terior que os sinais são ainda material informático", reitera outros". tomar uma posição.
anos, ainda não foi inaugurado mais gritantes devido à humida- uma fonte dos voluntários.
e já está a precisar de obras. Os de. A direcção da corporação diz Os bombeiros continuam no
não ter 73 mil euros para mobilar antigo quartel, sem condições, http://diariobombeiro.blogspot.com/2011/01/mace-
bombeiros recusam-se a mudar
para as novas instalações e os o quartel, enquanto os bom- enquanto o novo se degrada à do-de-cavaleiros-novo-quartel.html
sinais de degradação do edifício beiros alegam que o edifício re- espera de uma solução.
| Cipreste | 15 de Marco de 2011 | 15

Cavaleirada Onde vais Maria?


E não levas farnel? É que agora só
Vou ao banco abre daqui a 6 dias!!
a Chacim
!?
!?!

Juliano Silva

Suaves
Sabia que... Macedo no seu melhor
Quando alguém vai à azeitona com uma carrinha da
câmara, ou ao domingo com a família ao restaurante, so-
mos nós que pagamos a gasolina (que, por acaso, está
caríssima). E o desgaste dos pneus. E dos travões. E da
suspensão. E da bateria. E da manete das velocidades…
enfim, somos nós que pagamos…

O deputado do PS por Bragança, Mota Andrade, acha


que devemos pagar portagem na estrada que vai estar no
lugar do IP4.

Há 98 anos que Chacim tem Caixa Agrícola? Foi a se-


gunda do país. Mas possivelmente não vai chegar aos 100!

Vêm milhares de pessoas de todo o pais a Podence ver


os Caretos, no dia de Carnaval… E estes estão em Mace-
do até às 5 horas?

…o António Gomes tem talento? É de Macedo e tem


dado cartas de gaita na capital. Está bm lançado no progra-
ma Portugal tem Talento, da SIC. Tem uma “Página Oficial
de Apoio a António João M. Gomes (Portugal Tem Talen-
to)”, o endereço é:
http://www.facebook.com/pages/P%C3%A1gina-Ofi-
cial-de-Apoio-a-Ant%C3%B3nio-Jo%C3%A3o-M-Gomes-
Portugal-Tem-Talento/188129854551532

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Edifício Translande Lj 49 Decoração do novo(?) quartel dos bombeiros. Quem viu, viu, quem não viu, pode ver agora
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16 | 15 de Marco de 2011 | Cipreste | Macedo
Um forte terremoto de magnitude 9.0 atingiu a costa nordeste do
Japão na sexta-feira, 11, gerando um tsunami (onda gigante com
potencial destrutivo) que devastou cidades, arrastando prédios,
casas, carros e navios. Uma central nuclear foi abalada pelo terre-
POTOSI moto e sofreu explosões nos reatores.

11 de Março, o dia em que o medo tremeu


Mundo
O Japão está abituado
a tremer. Os edificios
obdecem a regras que
os fazem vibrar como
gelatima, mas mantêm-
se de pé. Mas veio do
mar a principal destri-
ção. Não há edificios
preparados para resistir
a ondas gigantescas
que entram vários qui-
lometros por terra.

A segunda economia
mundial ficou fortemen-
te abalada. Há milhares
de vitimas e muitos
mais de desalojados.
As reprecursões podem
não ficar por aqui com
o perigo de um desas-
tre nuclear.
O Japão fica nos anti-
podas de Portugal, mas
sabemos que um bater
de asas de borboleta,
lá, pode afectar-nos,
cá. E um terramoto de
intensidade 9.0 na es-
cala de Ritcher? Ou um
acidente nuclear?

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