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Dança Do Ventre by Marcelo Jamal Oliveira
Dança Do Ventre by Marcelo Jamal Oliveira
TRATAMENTO A BAILARINA
OS PÉS DA BAILARINA
SORRISO SEMPRE
A HORA DE PARAR
BRILHO PROPRIO
QUANDO RECUSAR UM CONVITE
UM POEMA A DANÇA
A DANÇA CONTRA O CRIME (CONTO)
A HORA DO SHOW
ENCAMINHAMENTO PROFISSIONAL
OS OLHOS NA DANÇA DO VENTRE
ESTILO
INVEJA NA DANÇA? SIM! ELA EXISTE
BAILARINAS E TATUAGENS
A BAILARINA E A SERPENTE
ELA ESTA NA PLATEIA! E AGORA?
A DANÇA DA CURA
O PODER DO SORRISO
INTRODUÇÃO
A DANÇA DO VENTRE
MARCELO JAMAL
A DISTORÇAO NA DANÇA DO VENTRE
A milenar dança oriental do ventre vem sendo distorcida no Brasil por algumas pessoas que se dizem entendidas (expert) na arte e técnicas da dança. É uma pena que isto
esta acontecendo, pois está tirando à seriedade, a arte, a cultura que existe na dança do ventre, ela não é somente uma dança, ela é a historia de uma cultura antiga e deve ser
tratada da forma e proposito para a qual foi criada.
Existem no Brasil algumas casas de shows exclusivamente destinadas à dança do ventre, casas essas que ditam as regras nessa nova dança do ventre que vem se criando,
casas que só estão preocupadas com o lucro que a dança traz e não com a cultura oriental, estão influenciando diretamente as bailarinas, ditando os padrões para ser uma
bailarina com um “selo de qualidade”, criando uma regra que apenas as bailarinas com o tal selo de qualidade são as melhores, são as verdadeiras. Estão criando uma dança
onde o tipo físico da bailarina importa muito, logicamente a técnica também, mas nessa nova dança do ventre não tem vez muitas bailarinas de técnicas apuradas de anos de
estudo por não atingirem o padrão que buscam.
Os shows de dança se tornaram apresentações a um publico que não conhece nada da cultura e vão a esses lugares na intenção de verem belas mulheres em uma dança
sensual, já ouvi muitos comentários sobre as bailarinas onde reparam nos atributos físicos e não na técnica de dança da mesma, é como se fosse uma boate, onde tem uma
dançarina apenas pra mostrar o corpo vestido com o mínimo de roupa possível. As novas bailarinas estão sendo influenciadas por essas “novas regras”, estão mais
preocupadas no corpo, que na técnica, nessa nova dança do ventre não tem espaço pras mais velhas e cheinhas, por mais que sejam as melhores em técnicas, pois não atingem
o padrão exigido pra ser uma bailarina de qualidade, ate no que sei a bailarina quanto mais experiente na dança melhor fica e a dança só tem uma regra:” Só pode ser
executada por mulheres” nunca ouvi dizer que tem que ser belas, perfeitas mulheres, e sim mulheres no geral sem importar tipo físico e idade.
Tem muita gente querendo tirar proveito em cima da dança, tanto que uma bailarina pra ser um padrão de alto nível tem que investir boa soma em dinheiro em certos
cursos de aperfeiçoamento.
Em geral essas pessoas que dizem serem os experts na dança, nem árabes nem descendentes são, não tem a essência milenar que corre nas veias, e sim são admiradores
que viram uma maneira de se lucrar com isso, a dança esta acima dos lucros não podemos permitir que ela se venda por um preço qualquer que seja.
A arte da dança do ventre esta ligada a alma feminina, onde se executa os movimentos de dentro pra fora, quando uma bailarina dança, ela fica plenamente realizada e
satisfeita é uma magia que ela consegue passar aos espectadores e esses ficam encantados com sua dança, e não com o seu tipo físico e beleza, qualquer mulher passa essa
magia quando se dança com a alma, não precisa ser uma “Miss” para encantar o publico. Culturalmente, as dançarinas do ventre do oriente são mais gordinhas, os árabes
valorizam as mulheres “avantajadas”, é uma questão cultural: sinal de saúde, nobreza e que ela seria uma ótima mãe.
Vamos resgatar a verdadeira essência da dança milenar do ventre, não vamos deixar que a minoria crie seus próprios padrões, não deixar que as novas bailarinas achem
que esses padrões são os corretos, afinal como mulheres elas devem defender as mulheres, e dizer não a essa banalização, ir ao apoio da colega que estudou o mesmo que ela e
não tem chance nesse novo padrão de dança. Essa dança que sobreviveu por mais de 3.500 anos da forma que foi criada não se rendera a mais essa forma de desarticulação da
dança. Boa dança a todas.
“A verdadeira dança do ventre não deve ser confundida com a imagem publicitária que faz da bailarina um objeto sexual. A sensualidade existe, sem dúvida, mas envolta
num clima de magia e misticismo sublimes.” Frase tirada do site: hadarahkhalil.br.tripod.com
OS PES DA BAILARINA
Quando falamos em dança do ventre vem logo à cabeça os movimentos de quadris, os rodopios incessantes, a sensualidade feminina expressa na dança, admiramos os
movimentos criados pela bailarina, mas tem um movimento em si que faz toda a diferença na dança, o movimento dos pés.
Os pés é o instrumento do corpo mais usado praticamente em todas as modalidades que existam, desde esportivas como artísticas, um boxeador usa as mãos para
nocautear, mas são os pés responsáveis por toda a dinâmica da luta, um tenista também depende dos pés, jogador de vôlei, basquete, ate golfe, praticamente o movimento dos
pés esta presente em tudo, e na dança do ventre não é diferente, já que todas as danças dependem principalmente dos pés para criar seus movimentos. Observo muito o
movimento dos pés quando estou assistindo uma apresentação de dança do ventre, principalmente quando se faz os rodopios, a partida e chegada dos pés de forma correta faz
o rodopio se tornar perfeito, tem muitas bailarinas que se perdem em algumas coreografias por causa de um pé colocado errado, logico que isso não venha muitas vezes ser
notado por quem esta assistindo que seja menos entendido na dança, mas para um olhar técnico profissional isso mas muita diferença, em uma competição por exemplo pode
ser a decisão dos jurados entre uma ou outra bailarina.
Deve-se estudar muito a coreografia antes de executa-la assim como os seus movimentos de pés, em um solo de improviso também deve estar atenta aos seus pés,
principalmente nos giros entradas e saídas de alguma evolução mais complexa. Por isso em todas as aulas e ensaios treine bem seus pés, perca horas na frente do espelho
aperfeiçoando seus movimentos, vendo onde eles escapam ou caem de forma errada e corrija-os, deve ser tornar natural você entrar em um rodopio e não se preocupar com os
pés, é como se fosse dirigir um carro, você quando troca de marcha os pés naturalmente realizam a função embreagem acelerador de forma automática, como se você não
precisa pensar pra eles executarem a tarefa, basta você pensar em mudar a marcha, colocar a mão no cambio e os pés assumem a dinâmica da troca de marcha, assim deve ser
na dança, principalmente nos giros, você pensou em entrar em rodopio os pés já assumem a posição de largada e quando você deseja terminar o giro eles já se preparam para a
posição de chegada.
De atenção aos seus pés, treine-os bem e verá que sua dança ficará muito melhor, eles serão a diferença entre o primeiro e segundo lugar.
SORRISO SEMPRE
Um aspecto importante na apresentação de uma bailarina é o carisma, ela tem que ser agradável, simpática às vezes uma apresentação ruim onde ela errou muito pode ser
disfarçada pelo seu carisma, não adianta ser excelente ter um desempenho ideal, se você fica carrancuda seria prestando atenção em seus movimentos, você torna sua dança
monótona de se assistir. A bailarina deve estar sempre com o sorriso no rosto em suas apresentações, mostrando a satisfação que ela tem em dançar e assim ao mesmo tempo
passa a satisfação de saber que alguém esta a observando prestigiando assim o publico que a assiste.
Manter o sorriso no rosto durante a apresentação é uma qualidade ímpar da bailarina, a qual mesmo pensando em seus passos, em seu desempenho, ela se mantem
aparentemente calma aos espectadores devido o seu tranquilo e belo sorriso, ah! o sorriso deve acontecer de maneira natural e não aquele sorriso forçado dando a impressão de
estar mordendo os dentes.
Também é aconselhável quando se apresentar além do sorriso natural e belo no rosto, olhar nos olhos de quem a assiste, isso cria um laço momentâneo entre você e o
espectador, levando-o desta forma a prestar atenção em toda sua dança, pois ele se sente intimidado e na obrigação de lhe dar atenção e também de respeita-la, já que é comum
quando se dança para leigos eles perderem o interesse pela dança e passarem a admirar os dotes e a sensualidade da bailarina.
Treinem seus sorrisos, deixem exalar o prazer que a dança lhe traz em seu sorriso, seja sempre natural nunca o force e verá que suas apresentações ficaram melhores e mais
gostosas.
FUSÃO?
Este é um assunto que divide opiniões, a fusão. Afinal oque é fusão?
Entende-se por fusão a junção de duas modalidades de dança, ou uma nova técnica acoplada à dança, a fusão vem sendo bastante usada e muitas vezes de forma criativa no
Brasil, onde as professoras tem muita criatividade, arrojo e técnicas para criarem novos estilos à dança do ventre. Muitas vezes enriquecem com cores e movimentos diferentes
a dança, usando materiais que deixam a dança mais cênica, para mim particularmente não gosto do nome fusão, pois a dança do ventre é mais nobre que tudo pra se deixar
fundir algo nela, afinal é uma dança primitiva que vem desde o inicio da criação, e deve permanecer justamente como sempre foi. Mas nada impede de se criar novos
caminhos usando como base a dança do ventre, podendo ate se inventar novos nomes pra modalidade, usando a dança do ventre como base, e não como uma fusão.
Conheço por fusão quando dois corpos se juntam ou se chocam criando um terceiro estado ou terceiro elemento, como acontece em uma fusão nuclear, onde se chocam
dois átomos liberando uma reação em cadeia, modificando totalmente o estado natural e ai passa a se chamar Energia Nuclear ou Atômica, pensemos na agua doce e salgada,
elas jamais se fundem, ou o Rio Negro e o Solimões acontece à mesma coisa, eles se encontram, mas não se fundem, quando se juntam a quilômetros a frente mudam de nome
e passam a se chamar Rio Amazonas, ou seja se torna um terceiro elemento com nome próprio. Então devemos mudar o nome fusão e sim usar nomes próprios para cada
modalidade que se cria em cima da dança do ventre, usando-a apenas como base e não de que algo esta se fundindo a ela.
Que sejam bem vindos os novos estilos, mas não digam que os fundiu com a dança do ventre pois ela não aceita isso, dança do ventre é dança do ventre e ponto, aquilo que
vier fora dela não pertence à dança e sim é um complemento criado para se usar com a base da dança. Citamos o véu, como sabemos ele é pouco usado na dança oriental, mas
existe, oque as ocidentais fizeram foi apenas dar mais valor a ele, elas não inventaram, apenas aperfeiçoaram o uso dele. Agora temos infinidades de véus, é wing, poi, fan,
leques e assim vai, além da dança com adaga, espada, candelabros, e outras, também estilos que unem jazz com a dança do ventre, rock com a dança, ate forró já vi se unir
com a dança do ventre. Dança do ventre é Árabe, se dança com musicas Árabes, oque vem além disso é invenção e não é dança do ventre, pode –se ate usar outro ritmo de
musica ou estilo pra mostrar a versatilidade e criatividade das bailarinas, mas não se deve apresentar isso como dança do ventre.
As bailarinas que buscam tanto respeito no meio artístico, devem preservar a tradição e mostrar a dança do ventre de maneira correta, assim ganhando prestigio, você não
vê uma casa de forró tocar rock para dançarem. Não podemos parar a criatividade do ser humano, as professoras e coreografas estão sempre em ebulição com novas ideias,
novos formatos, estilos, mas quando for mostrar isso deixe bem claro ao espectador a sua ideia e não o force a aceitar isso como dança típica do ventre.
A HORA DE PARAR
Abordaremos um assunto que tenho certeza que muitas bailarinas ainda não pensaram e jamais pensarão, mas, uma hora essa decisão chegará, e cabe a ela tomar a mais
certa, a hora de parar.
A bailarina de dança do ventre deve sempre estar em constantes estudos, por mais experiente que seja ela, parar de estudar é parar no tempo. Isso é um fato, quando
paramos uma atividade que gostamos, o corpo desacelera, perde ritmo, agilidade e técnica, por isso a profissional de dança nunca pode parar de ensaiar e estudar, quando
parar é porque esta na hora de se aposentar, e passar a fazer apenas apresentações distintas, e não mais como profissional. Uma velha bailarina profissional que foi destaque
dentro e fora do país, reconhecida por muitos, ganhou muitos prêmios nacionais e internacionais, muitas homenagens, uma hora chega o momento da parada, não digo parar
definitivamente, que acho impossível se afastar da dança, mas como a ordem natural do corpo humano tende-se a diminuir o ritmo, o corpo já não é mais o mesmo de anos
atrás, por mais que a técnica seja a melhor ele ira sentir o peso da idade, e como tudo na vida não é insubstituível, logo outra ira tomar seu lugar é uma ordem natural isso, não
devemos jamais achar que somos únicos, sempre terá outros muitas vezes melhor. Mas ficará para sempre o prestigio, o passado, o nome, e as coisas que ela fez durante sua
carreira em que se dedicou ao máximo para a dança, e todas as suas apresentações serão especiais para quem a assiste, justamente pela bagagem que ela acumulou e a
experiência nesses anos como bailarina profissional, e passará isso as mais novas, ela será sempre vista como um exemplo a se seguir, como uma referência, uma mestra, pois
seu passado foi sublime e sua dedicação como profissional foi impecável.
No mundo de hoje só se destacam os melhores em sua área, os que estão compromissados e investem em melhorarem seus números, é a mesma coisa com a dança do
ventre, temos bailarinas espalhadas pelo mundo todo, mas as que se dedicam inteiramente são poucas, tem muitas que chegam onde queriam e param, não investem mais em
si, tipo: - Já cheguei onde queria está bom!
Nunca se deve pensar assim, se já alcançou o seu sonho? Vá além dele, seja maior do que aquilo que imaginou ser, não deixe nunca de aprender, senão chega outra e te
passa em sua caminhada, e você se vê ficando cada vez mais para traz, de que adianta ser a primeira a chegar e depois não acompanhar as demais, que irão muito mais além. A
todas as bailarinas profissionais que realizam maravilhosos espetáculos de dança do ventre, ESTUDEM SEMPRE, nunca deixem de estudar, seja como a velha bailarina que
se aposentou com glamour e todas veem nela um exemplo a seguir, seja você esse exemplo às futuras bailarinas, seja você essa velha bailarina. Boa dança a todas.
BRILHO PROPRIO
Ter brilho próprio, mas, afinal o que é brilho próprio?
Ao anoitecer se olharmos para o céu entenderemos o que é ter brilho próprio, vemos em noites sem nuvens inúmeras estrelas, alias milhões delas, pontos de luz, umas mais
fortes outras de brilho mais fraco, segundo alguns estudiosos muitas delas já não estão mais lá, mas como sua luz esta a bilhões de anos da Terra ainda a vemos, é um encanto
a parte ver um céu todo estrelado, as estrelas tem luz própria, e a estrela mais próxima a Terra é o Sol, irradiante e pleno no céu. Ter luz própria significa ter força, ser belo,
exuberante, assim deve ser a bailarina de dança do ventre, ter sua luz própria, ter seu estilo, ser autentica, muitas se espelham em grandes mestras de dança e às vezes tentam
imita-las, jamais tentem imitar alguém, absorve-se das mestras apenas seus ensinamentos, mas seu desempenho não, pois você deve ter seu próprio desempenho, seu próprio
estilo. É como a Lua, ela encanta quando esta cheia no céu, brilhante e clara, mas não tem sua própria luz, depende do Sol para ilumina-la, e quando a terra faz sombra ela se
apaga, a Lua são as bailarinas que imitam outras pessoas, que não definem um estilo próprio. Não seja você a Lua que depende de alguém para brilhar, seja a estrela com sua
luz ofuscante, e tente cada vez mais ser a estrela mais próxima da Terra que seu brilho será ainda maior.
Eu assisto muitos vídeos pela internet de dança do ventre de bailarinas brasileiras, muitas me encantam, pelo seu estilo único, em outras eu vejo que estão tentando imitar
um estilo de algumas renomadas bailarinas, por mais que você esteja começando na dança, definir um estilo próprio já é um grande aprendizado, pois você será sempre única
quando se apresentar, nos vídeos de novas bailarinas (iniciantes) muitas já tem formado um jeito só dela de dançar, essas estão no caminho certo e serão únicas e outras que já
tem anos de dança que ainda estão buscando um estilo, ou muitas vezes ficando dependente do brilho de outras.
Ter referencia é importantíssimo, mas ser autentica depende somente de você.
Tenha seu próprio brilho, e será grandiosa.
UM POEMA A DANÇA
ENCAMINHAMENTO PROFISSIONAL
Habibit's, quero falar um pouco sobre o encaminhamento profissional das alunas de dança do ventre, sabemos que a maioria das alunas de dança do ventre são
completamente apaixonadas pela arte e a cultura que envolve a dança, sabemos também que todas tem desejo de se apresentarem em publico, é ai que entra a professora, mais
do que ensinar a dança, suas técnicas, cultura, a professora de dança do ventre é a responsável também pela colocação da aluna no cenário da dança.
Cabe à Mestra dirigir sua aluna nessa etapa, mostrar os lugares corretos a se apresentar, por se tratar de uma dança sensual, aonde a feminilidade vem à flor da pele, a
dança do ventre tem que ser tratada com máximo respeito e profissionalismo, não se dança a dança do ventre em qualquer lugar, é comum vermos festas onde aparece do nada
uma bailarina de dança do ventre fazendo uma apresentação, às vezes é aniversario de um amigo(a) e a bailarina quer oferecer de presente a sua dança ao aniversariante, mas
muitas vezes o ambiente não esta propício a tal evento, os convidados já estão um pouco passados no teor alcoólico, ai é comum ouvirmos alguns comentários desagradáveis à
bailarina.
Se sabe que para uma bailarina, se apresentar é o momento máximo para ela, mas uma bailarina completa, profissional deve saber onde e quando se apresentar, por isso
cabe à professora instruir sua aluna sobre isso durante suas aulas, a aula não consiste apenas em ensinar a dançar, mas também em ensinar a ter ética.
Estava eu uma vez em um casamento, a festa já rolava quando anunciam que haveria uma apresentação de dança do ventre, logo começa a tocar a musica "Ya Helou Ya
Zein" (adoro essa musica por sinal), e entra duas bailarinas em cena, com seus véus jogados aos céus, linda apresentação, que me encantou aos olhos e o coração, porém essa
apresentação também me deixou triste após seu término, pois as bailarinas escolheram uma hora errada pra tal apresentação, se tivessem se apresentado logo no inicio da festa
teria tido um efeito melhor, pois quando se apresentaram o publico já estava um pouco acima do normal no nível de álcool, e durante a apresentação muitos homens
comentavam, não da dança, e sim dos atributos físicos das bailarinas e com isso levantaram a ira de suas companheiras e outras mulheres, que passaram a falar mal da dança
do ventre dizendo que era uma dança indecente, que jamais fariam uma dança assim, que as bailarinas estavam semi nuas, e outras bobeiras mais, teve também alguns mais
exaltados que foram dançar juntos as bailarinas fazendo aquele "requebrar clássico dos filmes de Aladim", enfim a apresentação foi maravilhosa, mas manchada por tais
acontecimentos, por isso que digo, não se dança a dança do ventre em qualquer lugar, nós devemos preservar a dança do ventre de qualquer comentário que venha a ser
ofensivo.
Professoras ensinem também as alunas onde se deve e que horas se deve apresentar-se, a dança do ventre se tornará muito mais forte se ensinada por completo, em técnicas
e éticas.
A MULHER VERDADEIRA
Todas as mulheres são verdadeiras, mesmo as que escolhem gostar do mesmo sexo continuam verdadeiras mulheres, pois todas têm dentro de si algo maravilhoso, tem
dentro de si a maquina da vida.
Vejam só que grandiosa é a mulher para o mundo, para os homens. Ela foi gerada de um pedaço do homem, nela tem um pouco de cada um de nós homens, nos foi dada
como companheiras para nossa acabar com nossa solidão, pois fomos feitos do barro, sozinhos em um paraíso que não tinha alegria, apesar de ser lindo, o Criador vendo isso
tirou de dentro de nós as companheiras e as fez modeladas de forma que se destacavam umas das outras, cada uma com sua particularidade de beleza. E mais, nos deu através
delas a forma de ter filhos de povoar a terra com nossos herdeiros, companheiras fiéis, amigas, mães, que cuidam com amor e carinho dos filhos por todo sempre.
Não podia ter outra criatura com tal devoção como a mulher, que quando foi feita teve em si o poder de suportar as dores que o mundo lhes traria, mas nunca amoleceriam.
Como até hoje elas nunca amoleceram, sempre firmes seja qual for o desafio encaram-no de frente.
Quando a mulher se alia a uma arte, ela vai além de ser mulher, ela se torna uma nova criatura, que causa muito mais encanto que seu próprio e natural encanto. A mulher
arte, se torna admirada, invejada, respeitada, é um ser com o toque divino.
Seus toques, seus olhares, sua fala, até seu modo de sorrir já encanta de imediato, logo você nota que esta de frente a uma imensa mulher, perfeita. Qualquer forma de arte
torna uma mulher incrível em uma mulher inesquecível, seja ela cantando, dançando, tocando, pintando, desenhando, enfim, tudo que seja arte a mulher será sempre única.
Querem exemplos? Quem não se encanta com cantoras, escritoras, atrizes, e bailarinas.
As musicas mais ouvidas geralmente são de cantoras: Amy Winehouse, Adele, Ivete, Elis Regina e outras, as famosas escritoras de Harry Potter da escritora britânica J. K.
Rowling, ou Crepúsculo de autoria de Stephanie Meyer. E quando falamos da dança! Logo vem os movimentos precisos e graciosos das bailarinas, o encanto que elas passam
quando exibem o largo sorriso ao dançar e grandes nomes.
Dançar! Uma força que move o ser humano, ao ouvir um ritmo pulsante já sente o corpo querendo acompanhar a musica, ninguém melhor para acompanha com seus
quadris, seus braços, seu sorriso, seu encanto, do que a mulher, ela foi modelada para a dança, tudo nela corresponde de forma harmônica, suave, delicada, ela expressa todos
seus sentimentos pela dança.
Ser mulher é ser divina, ser especial, ser forte, estar em harmonia com o universo e dele tirar sua energia, ser mulher é um presente dos céus, é estar mais perto do Criador,
quando Este as admira com sua arte na terra.
Todas são mulheres de verdade, são amigas e companheiras para todo o sempre. São merecedoras do sucesso pleno em tudo que desejam fazer.
Deixo aqui meus parabéns a todas vocês que escolheram ser mulheres, o mundo é bem melhor com a presença de vocês nele.
ESTILO
Estilo, bom; o nome já diz tudo, não é? Não? Então vamos recorrer ao dicionário para começarmos entender o que é Estilo.
Estilo: uso, costume, hábito, modo, jeito.
Ou seja! Uma coisa própria! Cada um tem seu estilo, uns tem o estilo de andar, outros de falar, outros de se vestir, outros de cantar, outros de dançar, ai chegamos no
ponto, “dançar”, é sobre esse estilo que quero falar.
Cada pessoa no mundo é única, assim como nosso DNA (código genético) ele é único em cada ser vivo, não há dois DNAs iguais. Então cada pessoa sendo única tem
estilos únicos, e na dança do ventre é assim, cada uma das bailarinas reage de forma diferente aos estímulos musicais, cada uma vive uma emoção diferente, ao iniciar a
melodia a bailarina se transporta ao seu mundo intimo que ela cria, ali ela vive suas emoções e coloca pra fora em forma de dança. O estilo de cada bailarina é único
dependendo do momento, tem bailarinas que quando estão dançando com o véu tem uma reação, um estilo, pelo contato da seda em seu corpo, ela solta em sua dança uma
emoção diferente, quando deixa o véu muda completamente seu estilo, pois passa a sentir em si os estímulos musicais.
Muitas vezes nos prendemos ao estilo da dança, seja clássica, folclórica ou moderna, e não ao da bailarina, pois como já disse a cada musica tocada, cada apresentação à
bailarina cria uma coisa única, dependendo do momento que ela esta sentindo, muitas vezes ela deixa a memória de lado e dança sentindo as emoções se soltando nos
movimentos. Isso eu chamo de pureza da dança, ali ela esta dançando de verdade, sendo harmônica, sentido e copiando as batidas da musica, ali ela se transporta a quatro mil
anos no passado e dança como as mulheres dançavam em culto ao ventre da vida.
Eu particularmente gosto de ver uma dança com a alma, e não coreografadas certinho em cima do estilo e ritmo escolhido, não digo que não é bonito que não é grandioso o
trabalho coreografado, sim é lindo, qualquer bela apresentação de dança do ventre, ainda mais quando você vê a seriedade em mostrar uma bela coreografia em cima de um
estilo, é o trabalho de anos de estudos sendo mostrado ali, mas eu acho que quando a bailarina entra pra dançar, e ali ela cria tudo no momento, fica mais envolvente, você
sente a boa energia que ela esta emanando de si, você compartilha com ela o seu momento, as suas emoções.
Hoje vivemos em um mundo de fusões, se funde dança do ventre com rock, hard rock, pop, ate axé, eu particularmente não gosto das fusões, perde-se uma cultura milenar
quando se tentar mudar ou tirar algo dela, Ali Baba dizia: Abra-te Sésamo! E se abria a porta de seu esconderijo!
É como se quiséssemos hoje, mudarmos sua famosa frase para uma senha qualquer de seis dígitos, digitada em um painel na porta da caverna. Chega-se o moderno mas a
cultura permanece.
Estilo, que cada uma tenha seu próprio estilo, todas são maravilhosas bailarinas, e fico feliz em saber que no Brasil temos cada vez mais apaixonadas pela dança do ventre
e sua cultura, isso se deve as todas vocês, já experientes bailarinas que quando se apresentam com sua luz, faz acender em cada coraçãozinho que as assiste a chama da dança,
e traz novas adeptas a nossa amada dança do ventre.
INVEJA NA DANÇA? SIM, ELA EXISTE!
“Habibas”! eu vou abordar um tema que sei que muitas não gostarão, vou comentar sobre uma verdade que vem acontecendo e aumentando no meio da dança do ventre
que é a inveja, sim isso mesmo que você leu INVEJA.
Tenho notado que tem aumentado algumas desavenças na dança do ventre, às vezes há desavença sem um dos lados saber, como por exemplo uma bailarina(1) esta brava
com a outra bailarina(2) porque ela foi dançar onde era de costume essa bailarina(1) dançar, e sai falando horrores da bailarina(2) por ai sem ao menos a bailarina(2) saber que
esta sendo difamada, eu falo isso por que já fui “ouvidos” de muitas coisas e não concordo, acho ate antiético essa desunião da classe.
Esse negocio de inveja esta já em um ponto tão avançado que a bailarina posta um vídeo no youtube e já coloca uma frase logo abaixo “ apesar de toda inveja eu continuo
seguindo em frente” ou “ os comentários de certas bailarinas não irão me tirar do meu caminho”, ou ainda pior “ isso é pra mostrar pra vocês que sou capaz”, Rakssas!
Parem com isso! A dança do ventre não esta aqui pra cria intrigas nem desunião, muito menos inveja, sabemos que tem bailarinas umas mais avançadas que outras, mas todas
são bailarinas, todas estão na mesma causa, é ridículo essa concorrência, quando digo que todas são maravilhosas de fato realmente são, vocês são mulheres acima das outras
mulheres, quando decidiram ser bailarinas do ventre, vocês além da arte adquiriram também uma cultura, deviam ser amigas e solidarias umas das outras. Lógico que não são
todas assim, mas sempre existe algumas laranjas podres em uma caixa, mas tenho notado pelo que acompanho que esta crescendo esse mofo na caixa de laranjas e infestando
outras que eram boas.
Eu converso com muitas bailarinas e é comum quando você comenta que gostou do trabalho de alguma já de imediato ouvir uma critica, como já disse aqui uma vez a
critica que é para construir é boa, mas a critica destruindo essa é maléfica, e muitas vezes a critica nem esta ligada a dança e sim a pessoa. Bailarinas, não existe concorrência,
ninguém vai roubar suas alunas e nem você ficara sem alunas, ou sem lugar pra se apresentar, hoje o numero de profissionais no Brasil é muito pequeno, temos poucas escolas,
e o numero de adeptas esta crescendo, mas depende de vocês criarem um crescimento bom, por que quem esta entrando já vê tanta briga, tanta inveja, tanta discussão que ira
se assustar e talvez deixara de praticar a dança. A dança depende hoje de todas as bailarinas envolvidas, todas desde as experientes como as iniciantes, também as pessoas de
bastidores, as costureiras, os músicos, todos são elementos primordiais para o fortalecimento, e crescimento da dança do ventre. Quero que entendam que não sou senhor da
verdade e também que estou certo no que falo, mas é meu ponto de vista, que olhando de fora você vê a dimensão que esta tomando a coisa, e não precisa ir longe para ver,
basto dar uma olhada no youtube em vídeos que postam de ventre que vera isso, uma vez vi uma discussão nos comentários de um vídeo, de terceiras pessoas ligadas à
bailarina (destaque hoje no cenário nacional) que rendeu quase uma semana de troca de farpas.
Ainda podemos mudar isso, e sei que mudara, pois o amor à arte falara mais alto e entenderão que juntos somos mais, juntos somamos, e todos são importantes pra dança,
e a dança não aceita a inveja em seu meio, e sim o companheirismo, estamos no mesmo barco, temos que remar de forma igual para seguirmos o mesmo rumo, todos juntos e
chegarmos ao nosso objetivo.
MAIS UM POEMA
A DANÇA DA TERRA
Sabemos que a dança do ventre vem de uma cultura milenar, onde alguns estudos revelam que ela foi criada para a fertilidade da mulher, onde ela busca através dos
movimentos um interagir com forças naturais contidas no País onde foi criada.
“A dança do ventre é uma famosa dança praticada originalmente em diversas regiões do Oriente Médio e da Ásia Meridional. De origem primitiva e nebulosa, datada
entre 7000 e 5000 A.C, seus movimentos aliados a música e sinuosidade semelhante a uma serpente foram registrados no Antigo Egito, Babilônia Mesopotâmia, Índia,
Pérsia e Grécia, e tinham como objetivo preparar a mulher através de ritos religiosos dedicados a deusas para se tornarem mães.” (texto tirado da Wikipédia).
O Egito, berço da dança do ventre, tem todo um mundo místico em cima dessa cultura, foi em seu solo a milhares de anos atrás que surgiu a fantástica “dança dos quadris”,
a tão amada dança do ventre, e digo amada por que a bailarina que a pratica a ama, é como se fosse uma religião, perguntem a qualquer bailarina do ventre o que a dança
significa a ela, tenho certeza que todas dirão a mesma coisa, que a dança é tudo pra elas.
Dançar em solo egípcio deve ser uma experiência única para uma bailarina de DV, acho que todas as bailarinas deveriam colocar seus pezinhos sobre aquele solo, e pegar
dele a energia que lá existe, a experiência de dançar em solo egípcio é o limiar de uma bailarina, pois acho que ao andar pelas cidades antigas, sentir o cheiro, o vento, o clima,
os sons, o corpo deve responder ao chamado da terra, devem sentir algo dentro de vocês que as rementem ao passado, é como se tudo aquilo fosse algo comum, fosse seu
mundo, a bailarina de DV não é uma mulher qualquer, já disse varias vezes isso, ela é especial, pois tem dentro de si uma ligação com o passado, por isso todas as bailarinas
são incríveis, tem algumas mulheres que tentam fazer dança, mas desistem, são aquelas que não tem dentro de si a chama acesa do passado. Nós homens, podemos ir centenas
de vezes ao Egito, jamais iremos sentir o mesmo que uma bailarina sentirá, podemos nos encantar com as belezas visuais deixadas pelos egípcios, com a cultura, os sabores,
mas jamais nos encantaremos pela terra, pelo cheiro, pela agua, pelo vento, pelo sol, pelo deserto, é uma relação única que somente a bailarina pode sentir.
BAILARINAS E TATUAGENS
Uma coisa que percebi, é que hoje é raro ver uma bailarina de dança do ventre sem tatuagens, é uma minoria as que não têm, vou dar minha opinião sobre bailarinas e
tatuagens.
Que me desculpe as tradicionalistas, mas acho que a tatuagem veio pra somar, ela somou a dança do ventre e a tornou muito mais encantadora e um detalhe, foi criada no
Egito antigo, então podemos imaginar que as bailarinas do Egito antigo usavam se tatuar de forma permanente, por isso nos dias atuais mais e mais bailarinas estão se
tatuando, um resgate do passado, como eu bato sempre na mesma tecla, dança do ventre é um resgate de nossos ancestrais, as mulheres de hoje sentem a mesma coisa que as
mulheres do passado, são ligadas por um elo através da dança do ventre.
Pesquisando na Wikipédia:
Existem muitas provas arqueológicas que afirmam que tatuagens foram feitas no Egito entre 4000 e 2000 a.C. e também por nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia
e Nova Zelândia (maori), tatuavam-se em rituais ligados a religião.
E considerando que se trata de uma dança árabe vejamos o que a religião diz a respeito da tatuagem:
Islamismo:
Tatuagens são proibidas no Sunismo, mas permitidas no Xiismo. Vários muçulmanos sunitas acreditam que se tatuar é um pecado, pois isso envolve em mudar a criação
de Alá (Surah 4 Verso 117-120). No entanto existem opiniões diferentes entre os sunitas do porque as tatuagens serem proibidas (fonte: Wikipédia).
Então vimos que a própria religião fica divida nessa questão, mas não estamos aqui pra discutir religião e sim a beleza das tatuagens nas bailarinas de DV. A tatuagem veio
pra somar realmente a dança do ventre, as bailarinas, mulheres diferenciadas, ficam ainda mais diferenciadas quando tatuadas, sabemos que cada uma tem um tema, um
motivo para se tatuar, ninguém chega do nada e manda tatuar qualquer coisa no corpo, todas tem algo que as faz ter vontade de ter na pele, algumas são movidas por algo
incontrolável dentro de si para ter na pele tal tema, é como se já tivesse gravado em sua mente aquilo que deseja ter exposto em seu corpo.
A composição DANÇA, ROUPAS E TATUAGEM, é uma magia, realmente como apreciador das artes eu fico profundamente encantado quando vejo tudo isso aliado, em
uma maravilhosa bailarina.
A BAILARINA E A SERPENTE
Uma coisa na dança do ventre que fico fascinado é ver uma cobra( serpente) sobre o corpo da bailarina, ela tira toda a fragilidade feminina, e nos remete a estar diante de
uma guerreira, uma mulher inteirada com a natureza, ela representa no momento a imagem da mãe natureza ou mãe terra, é como se fosse a rainha absoluta dos seres, a mestra
de todos. Uma beleza que cativa, a cobra por sua vez sabe do seu lugar e apenas segue a bailarina como uma comandada que esta ali servindo apenas para o belo corpo
enfeitar.
ELA ESTA NA PLATÉIA! E AGORA?
Você esta pronta para se apresentar toda entusiasmada e confiante, quando olha pela fresta da cortina do teatro você vê o teatro lotado e sentada no meio publico aquela sua
diva, a bailarina que você acha o máximo. Pronto! Travou tudo! O suor já começa escorrer pela testa, as pernas ficam tremulas, a coreografia começa a sumir da cabeça, a
respiração dispara.
Calma, o mundo não irá acabar.
Quando estamos em processo de aprendizagem, seja de qualquer coisa, uma dança, um instrumento musical, ate dirigir, é normal que tenhamos alguém em quem nos
espelhamos, uma referencia, tipo:
- Eu quero tocar violão como tal pessoa! Ou, quero ser como tal bailarina!
Vou contar uma historia pessoal, eu lembro de que quando comecei a tocar violão eu me inspirava em um amigo, Cidão, nossa, achava que ele tocava demais, logo que
comecei a realizar alguns acordes ia correndo no meio da turma para tocar, mas, quando chegava o Cidão, nossa! Travava tudo; o dedos ficavam duros, suava nas mãos,
esquecia as posições, e já passava o violão pra ele, depois de certo tempo fui me dedicando, se aperfeiçoando, e recentemente fui tocar em uma festa de um amigo, estava
tocando quando vejo entrando o Cidão com a esposa voltei no passado, confesso que fiquei apreensivo, mas eu sabia o que estava fazendo e continuei, mas pensando comigo
mesmo:
- Nossa não posso errar, tenho que tocar certinho por que com certeza o Cidão estará me analisando!
Terminei a apresentação e Cidão veio até a mim para me cumprimentar, afinal fazia anos que não nos víamos, ele já foi logo dizendo:
- Puxa quanto tempo, meu, você esta tocando muito, muito mesmo, como eu queria tocar assim, nunca consegui tocar dedilhando assim como você esta tocando, fez aulas
com quem?
Ouvindo isso eu passei a analisar a situação, e vi que realmente eu tocava muito mais do que ele, na época em que comecei aprender, não era que ele tocava muito bem, era
eu que não sabia tocar nada, com minha dedicação e esforço eu fiquei melhor do que o Cidão, que apenas sabia fazer acordes e tocava batidão, e tinha parado nisso.
Isso foi uma lição que carrego ate hoje comigo, nunca podemos desmerecer nossos esforços quando estamos aprendendo algo, hoje somos pequenos, mas amanha seremos
imensos, às vezes ate maiores do que aquilo em que se espelhávamos.
Também devemos saber que se temos alguém como uma referencia uma “diva”, sabemos que ela é completa em tudo, pois ninguém irá adorar alguém só por que é bonito,
a pessoa tem que ter um conjunto para ser tornar uma referencia para nós, ela tem que ser legal, amiga, verdadeira, e outras qualidades, ai sim ela se torna uma referencia, de
que adianta ser uma excelente bailarina e ser uma antipatia só.
Então tenha certeza que esta Diva jamais irá julga-la por ter errado um passo, ou desencentivar você dizendo que você não serve para dançar, muito pelo contrario, ela te
incentivara ao máximo, pois um dia ela também estava atrás dessa mesma cortina de teatro olhando pra alguém na plateia, nervosa com as pernas tremulas. Afinal ninguém
nasce sabendo.
A DANÇA DA CURA
Que a dança do ventre é milenar, mística e poderosa isso todos já sabemos, mas acho que ela é muito mais do que simplesmente tudo isso, acho que ela é também
curativa, isso mesmo, tem o poder de cura.
Tenho notado que na dança do ventre há poderes psicológicos, poderes medicinais, poderes de cura, na verdade tudo aquilo que nos faz bem, nos da um prazer intenso é
em beneficio da nossa mente e de nosso corpo também, não tem nada confirmado cientificamente ainda, nenhuma pesquisa feita, mas notei que as mulheres ligadas à dança do
ventre, vivem mais felizes, com menos problemas, são espontâneas, tem um brilho diferente nelas, não são mulheres comuns, é como se o corpo no momento da dança
liberasse enzimas benéficas e com poder de cura e benfeitoria por todo o corpo, durante e pós a dança.
Conheci alguns casos de recuperação de pessoas que praticam dança do ventre, casos pós-cirúrgicos de recuperação bem eficaz, mais rápida, casos de depressão profunda
que foram vencidos com a dança, também dois casos de cura total de câncer diagnosticado como maléfico e outros casos semelhantes. Já foi provado que algumas atividades
fazem bem pro nosso corpo, saúde e mente, tenho plena certeza que a dança do ventre é completa, pois condiciona o físico, relaxa a mente, eleva a autoestima, traz prazer a
vida, comparo a dança do ventre a um Yoga dançante.
Quando se dança o corpo e a mente se sentem tão bem, que recebem todas as energias boas que a dança lhe traz, é como se abrisse um portal com outro mundo de onde
absorve uma energia especial que cura todo o corpo, alma e mente, sim e da pra notar isso quando olhamos para a bailarina em seu momento de dança, o sorriso estampado no
rosto, o prazer que ela esta sentindo, para ela só importa a dança, ela e a dança uma união perfeita onde a mulher se faz deusa e a musica se faz seu céu. Eu noto o prazer das
bailarinas quando converso com elas e dizem que já, já terão aulas ou ensaios de dança, é como se fosse o momento máximo para elas, “é como o esfomeado diante um
banquete imenso”, uma comparação diferente né? Mas é verdade! Pois a bailarina tem fome de dança do ventre, fome de aprender, fome de criar, fome de viver dentro
daquilo que ela escolheu.
A dança do ventre é um beneficio geral para o corpo e para vida também, pois quem vive bem, com satisfação plena jamais adoece e retarda o envelhecimento precoce,
acho que nós homens espectadores da dança também nos beneficiamos com isso, pois sinto um imenso prazer e satisfação quando vejo uma apresentação de dança, quando
estou dentro daquele ambiente magico que a dança proporciona, e com isso também sou beneficiado com a energia da dança, com seu poder magico de cura, de bem estar,
confesso que depois que passei a interagir diretamente com a dança do ventre, senti grandes melhoras, meu humor, minha auto estima, minha alegria, minha percepção e ate
meu modo de agir mudou para melhor, hoje posso dizer que sou completamente feliz e realizado, tanto no meu emprego, nas minhas atividades que realizo e principalmente
em fazer parte do universo da dança do ventre.
OS TIPOS DE DANÇA DO VENTRE E SEUS ARTEFATOS
A Dança do Ventre é uma arte que encanta homens e mulheres há séculos, talvez mais do que séculos, diria milênios, encanta com sua beleza, mistérios, graça e
sensualidade. Ao longo dos anos recentes essa dança foi se enriquecendo e tendo alguns elementos da dança moderna adicionados, como as bases do Ballet clássico
(praticamente é hoje a base usada em todas as escolas). Já o aprofundamento de algumas bailarinas no estudo dessa dança pode permitir a fusão dessa arte milenar com
artefatos moderníssimos como o Swing poi, por exemplo. Mas de quantas formas podemos interpretar essa dança nos palcos? Quais artefatos podemos usar na dança do
ventre? Quais os tipos de dança do ventre que podemos dançar?
Dúvidas comuns para as bailarinas e futuras bailarinas, então vamos tirar alguns esclarecimentos sobre a dança:
Dança do ventre Tradicional: Pela lógica a dança tradicional é aquela que é dançada no país que consideramos de origem, por exemplo, o Samba é uma dança tradicional
do Brasil. Dança do ventre tradicional é a dança do ventre executada na sua forma mais original, ou seja, é a dança do ventre “pura”, se é que podemos chamar uma dança
milenar de pura. Trata-se de uma dança mais descontraída e popular. A música geralmente é mais homogênea, não contendo tantas variações na contagem de tempo. O traje é
o tradicional de duas peças.
Dança do ventre Clássica: Como já sugere o nome possui bases e influencias de movimentos do Ballet clássico como, movimentos de giros, pés em meia-ponta, postura
elegante de bailarina, além de braços clássicos bem definidos. Tudo isso associado aos movimentos da dança do ventre é claro! É dançada na música clássica feita por uma
orquestra é lógico! Mas não uma música clássica comum, mas sim a música clássica Árabe e oriental. São músicas lindíssimas que possuem muitas variações de ritmos, são
bem longas podendo variar de 6 minutos até 13 minutos, possuem introduções instrumentais longas em torno de 1 minuto. A bailarina pode usar o traje de 2 peças ou um
vestido se estiverem bem caracterizados para a música. Na maioria das músicas clássicas fica maravilhoso se a bailarina fizer uma entrada com véu.
Dança do ventre moderna: Muitas das músicas de Oum Koulsoum foram regravadas com uma interpretação mais moderna, além do surgimento de novos cantores
trazendo para a música uma nova roupagem com influências mais populares e ocidentais, mas mantendo seus ritmos característicos. Para poder acompanhar a modernidade da
música, ao dançar a bailarina deve estar de preferência usando um traje mais moderno assim como a sua interpretação coreográfica.
Folclore Árabe: As danças folclóricas de origem árabe e oriental são muitas, cada uma com sua história, localização, roupas e artefatos característicos, música e a
população que a dançava. Podemos dançá-las de maneira mais fiel possível com todas as características da dança, também podemos dançar traços suaves delas quando
aparecem levemente representadas em músicas clássicas e também podemos dar uma interpretação moderna a esses folclores. Esses são alguns exemplos dessas danças:
Said (Dança do bastão ou bengala), Baladi, Gawasi, Khaleege, Dabke, Meleah laf, Dança do jarro, Dança das flores, Karcilama, dança Núbia, Fallahi, Haggala Tribal.
Artefatos que você pode usar na Dança do ventre:
Espada, Punhal, Pandeiro, Véu duplo, Véu de seda, Véu tradicional, Véus Wings, Bastão, Bengala, Véu poi, 7 véus, Snujs, Taças, Candelabro, Cesta de Flores, Jarro,
Serpente.
(algumas citações foram tiradas da internet sem saber qual a fonte original para creditar).
As danças “Ventranas”
por: Jamal Marzuq
Elas, sempre belas, pairam sobre o palco, Bailarinas do Ventre ou simplesmente “Ventranas”.
Ah! Como sou louco por elas, que giram, giram, parecem ligadas a manivela, me levando em seus giros ao mundo novo, porem muito conhecido.
Elas tem armas de pura sedução, armas de encantamento, armas de persuasão, quando se alia a elas belas Bailarinas Ventranas, me deixa sem ação, pois já estou pego
em seu jeito meigo, estou pego definitivamente, preso em seu mundo, preso dentro de seu coração.
Vem com véus esvoaçantes, vem com taças flamejantes, vem com curvos bastões, às vezes tem fogo sobre ti, às vezes agua em jarros dourados, reluzentes, ocultos atrás de
belo olhar.
Bailarinas divinas, que ocupam os espaços dançando, com seus véus jogando, vibrando, balançando, coloridos, suaves, leves, divinos, enfeitam o mundo, em cores e
movimentos sincronizados, ah que bom, ter o dom da visão para tudo isso deslumbrar.
Mulher , diva, deusa, princesa, sim simplesmente bailarina Ventrana, que soma tudo isso dentro de si, unida a sua dança magica com seus variados artefatos mágicos, é
para todo o sempre minha fonte de inspiração, minha musa, minha vida, sem você sou apenas mais um, comum, em vão, dedico a todas bailarinas Ventranas este simples
poema, que posso ser soado em uma linda canção.
O PODER DO SORRISO
Um belo sorriso, quem não se encanta com um belo sorriso, um sorrisão.
habibits, na dança do ventre o sorriso é a arma fundamental para encantar o publico.
Um sorriso natural. bonito estampado no rosto tem um poder incrível, é uma artimanha tremenda usa-lo em sua dança, pois irá encantar cada vez mais, assistir uma
apresentação de uma bailarina que une a dança e o sorriso é uma das maiores satisfação quem tenho, simplesmente amo. Uma vez vi uma bailarina aprendiz ( dois meses de
aulas) dançar em um restaurante, ela encantou a todos com seu sorriso, sabia apenas o básico do básico, mas só dela passear entre as mesas com seu belo sorriso cativou a
todos no local, mesmo que entende de dança do ventre ficou encantado com a apresentação da aluna, devido seu belo e espontâneo sorriso. Complete sua dança com seu belo
sorriso, afinal a bailarina que dança feliz dança sorrindo.
FAÇA AQUILO QUE TE FAZ BEM, FAÇA DANÇA DO VENTRE
Devia ser uma regra, uma obrigação, fazer aquilo que nos faz bem, que nos faz se sentir plenamente felizes e realizados. Com toda correria do dia a dia, contas pra pagar,
receber, obrigações profissionais, caseiras, tudo isso se acumulando é fácil acontecer o tal "estresse", por isso precisamos ter uma válvula de escape, e acho que a melhor delas
é a arte, pode ser qualquer forma de arte, mas tem duas em especial que com certeza alivia todo e qualquer tipo de estresse, a Dança e a Musica. Bom as duas estão ligadas
diretamente então ate podemos dizer que se trata de uma só.
No meu caso e creio que da maioria que frequentam o Blog, a dança escolhida é a Dança do Ventre, e sem duvidas ela é mais que uma terapia contra o estresse, ela é uma
filosofia para vida plena e feliz, conheço muitas bailarinas e todas tem o sorriso mais belo que já vi em uma mulher, parece que todas estão sempre irradiando felicidade, sei
que as vezes tem problemas (todos temos), mas acho que elas lidam melhor com eles, ou melhor a dança as faz lidar melhor, é como se a dança do ventre fosse a passagem
para um outro mundo onde não existe medo, dor, sofrimento, angustia. Viver bem é aquilo que todos desejam, mesmo o homem se beneficia com a dança do ventre, sendo
o expectador ele absorve toda a sua energia benéfica que ela propicia, confesso que não da para descrever a satisfação de assistir uma bailarina rodopiando ao som de belos
derbaks, snujs, alaúdes, flautas, daffs e outros instrumentos da musica Árabe.
Seguir os passos da Dança do Ventre com certeza lhe trará a felicidade, vale a pena investir, dedicar-se a Dança do Ventre, pois ela lhe trará a felicidade, os bons fluidos da
arte milenar da dança lhe fará ser uma pessoa melhor realizada.
Gosto sempre de falar sobre as coisas boas da dança, e não vi nada de ruim nela, em nenhum aspecto que seja, ela é perfeita e acho que todas concordam com isso.
DESEJO A TODAS MARAVILHOSAS BAILARINAS UMA DANÇA INCRIVEL, DANÇEM COM O CORAÇAO, A ALMA, QUE SEJAM PLENAMENTE
FELIZES NAQUILO QUE FAZEM E QUE SEMPRE ENCANTEM CADA VEZ MAIS.
PARABENS A TODAS VOCÊS, MARAVILHOSAS BAILARINAS “VENTRANAS”.
Marcelo Jamal Marzuq
FIM